Post on 24-May-2015
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Fontes de crescimento económico
Investimento em capital físico e humano
Trabalho realizado por:• Alexandra Soares,
nº 2• João Cunha, nº 14
Portugal 2012Antes de ligar o computador espalhei sobre a secretária as projeções dos
organismos que mais me interessavam: Governo, Banco de Portugal, INE, Eurostat e Troika. A imagem que delas sobressai está ligada a cortes. Vamos cortar em tudo: no consumo, no investimento e no produto; no emprego, na educação e na saúde; nos salários, nos subsídios e nas pensões. Lembrei-me do Eça: se V.Exas. nos cortam tudo, que poderemos nós cortar a V.Exas?
O corte que mais me preocupa é o do investimento. Medido em percentagem do PIB, este indicador representava 27% em 2000 e era dos mais altos da Zona euro. Depois foi caindo, caindo, e em 2010 estava reduzido a 19%. A cumprirem-se as atuais projecções, o percurso mantém-se e chegará aos 16% em 2012, um número arrepiante. Como o investimento é o principal motor do crescimento económico, adivinha-se o abismo para que nos estão a empurrar.
Acresce que ao investimento está associado o emprego, um fenómeno muito sensível e que mexe com toda a gente. Nos últimos 10 anos terminados em 2010, a taxa de desemprego subiu seis pontos para os 10,8% da população ativa. E para 2011-12 admite-se a destruição de mais 100 mil postos de trabalho, o que elevará aquela taxa para os 13,2%. Consultei registos até aos anos sessenta do século passado: não há memória de um pesadelo assim.
O problema dos salários é diferente. Ainda que muito baixos em termos absolutos, não se pode dizer o mesmo quando os comparamos com a produtividade, já que o seu peso no PIB tem andado pelos 50%, dos mais elevados da Europa. Mas a crise da dívida alterou tudo: as expectativas baixaram tanto que bem poderemos dar-nos por satisfeitos se mantivermos os salários nominais, o que só por si significa uma perda equivalente à taxa de inflação.
O cenário é desolador. E na sua origem está a necessidade imperiosa de travar as dívidas. O problema é que as dívidas mantêm uma trajetória de subida que parece não ter fim. Não se pense que isto é uma crítica ao Governo; ele não tinha alternativa. O que eu critico são as três entidades que se propuseram "ajudar-nos" e escolheram como instrumento a asfixia. Como economista, tenho extrema dificuldade em perceber como é que se para uma recessão profunda promovendo uma recessão ainda maior.
Que modelo é este? A VERTIGEMCai a economia... (Variação, 2006=100)
...disparam as dívidas (Dívidas, % PIB)
O colapso do investimento, que em apenas seis anos caiu mais de 30%, arrastou consigo centenas de milhar de postos de trabalho e elevou a taxa de desemprego para níveis explosivos. Mas o investimento é também um dos principais motores da economia, o que levou a que o PIB entrasse igualmente em colapso. E as dívidas não servem de desculpa, já que ambas continuam a crescer. Estamos a regar o fogo com gasolina...
Noticia de: Diário Económico Sexta-feira, 29 de Julho de 2011 Daniel Amaral, EconomistaGráficos de: Banco de Portugal
“Como o investimento é o principal motor do crescimento económico, adivinha-se o abismo para que nos
estão a empurrar.”
“Mas o investimento é também um dos principais motores da economia, o que levou a que o PIB entrasse igualmente
em colapso.”
Inovação na gestão/Capacidade empresarial
Investimento físico
Aumento da produtividade
Crescimento da produção
Crescimento económico
“… ao investimento está associado o emprego, um fenómeno muito sensível
e que mexe com toda a gente.”Investimento em
recursos humanos
Educação/Formação
Investigação e Desenvolvimento
(I&D)
Novas formas de gestão / capacidade
empresarial
Crescimento económico
Cai a economia...(Variação, 2006 =100)
...disparam as dívidas(Dívidas, % PIB)
“Que modelo é este? A VERTIGEM”
Conclusão
•A noticia é, na verdade, assustadora porque a diminuição do investimento leva ao aumento do desemprego e à diminuição PIB pm, o que agrava cada vez mais a recessão económica que o nosso país está a atravessar. Por outro lado a divida pública aumenta, aumentando a nossa dependência em relação ao Exterior.
•Somos levados a perguntar: Qual a solução?
•Gostamos de responder mas se nem os nossos Governantes a encontram mais difícil para nós opinar.