Post on 10-Mar-2016
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ANO 1 / NÚMERO 11
10 a 16 DE JUNHO DE 2011 DIFERENTE PORQUE RESPEITA SUA INTELIGÊNCIA
8 Folha do Japi
ARQUITETURA E URBANISMO DISTRIBUIÇÃO GRATUITA
Arquitetura só se consolida como tal, se o projeto for executado, cons-truído e o sonho torne-se então
realidade. A cidade é arquitetura e é onde o cidadão vive, estuda, trabalha, diverte-se, passeia, percorre.
Muitas vezes não nos damos conta de quanto somos depen-dentes da arquitetura, de quanto ela está presente e de que forma ela interfere em nosso dia a dia, diretamente.
Ao percorrer a cidade da casa ao trabalho, da escola ao lazer, seja caminhando ou sob algum meio de transporte, vivenciamos ar-quitetura, cujas atividades defi-nem-se no conjunto da cidade, formando ai o conceito de urba-nismo.
Assim podemos refletir sobre qual é o papel do arquiteto, ao atuar dentro de uma realidade
que se transforma com uma velo-cidade, que não acompanha o crescimento populacional e que contribui assim para um déficit significativo.Seja ao projetar um pequeno e aparentemente insignificante “pedaço”, no seu local de atuação ou mesmo ao projetar uma cida-de, desenvolvendo a tarefa única da melhoria e qualidade dos espaços públicos ou privados, o arquiteto nos demonstra que a sua contribuição profissional torna-se, ao mesmo tempo, com-plexa e absolutamente necessá-ria. E, ao ocupar todos os espaços possíveis, seja em órgãos públi-cos ou privados, seja por meio da representação da sua entidade em comissões, conselhos ou mes-mo nas parcerias com outras entidades, o arquiteto permite que seu compromisso com a sociedade supere o projeto em si, distendendo-se por todas as
atuações profissionais, observan-do a sua responsabilidade social, a sustentabilidade de suas pro-postas, bem como a inserção do homem nesse contexto.A cidade é um organismo vivo, que se transforma rapidamente e, ao sofrer influência de fatores econômicos e imobiliários, a todo o momento propõe um desafio ao arquiteto, que é o de abranger a grande maioria populacional, com espaços planejados e um conjunto de obras organizadas urbanisticamente, oferecendo a todos, de forma democrática, o direito a uma arquitetura com qualidade.Por outro lado, ao analisar a exce-lência de inúmeros projetos no setor habitacional, sejam eles premiados ou reconhecidos publicamente, que não conse-guem garantir seus benefícios ao consumidor final ou obter sua inserção no mercado imobiliário, ficando, na maioria das vezes,
Prefeito do PSDB inaugura em agosto novo hospital...
Miguel Haddad aumentaseu salário para R$ 15.732
Prefeitura aumenta valor dos parquímetros em 71%
População protesta contratarifa de R$ 2,90 dos ônibus
EM CAMPO LIMPO PAULISTAEM CAMPO LIMPO PAULISTAOrçado em R$ 17 milhões, obra é concluída em quatro anos.Já em Jundiaí, promessa do Hospital Regional feita em 2007 ainda não saiu do papel.
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Hospital leva esperança de cura a mais de 400 crianças e adolescentes de Jundiaí e região
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apenas no projeto, vimos o quan-to é importante a intercessão profissional do arquiteto, sua influência e atuação para que o projeto torne-se arquitetura e que se construa a obra planejada, com qualidade, respeito e cidadania.
Espaço
- por Rosana Ferrari, Presidente do Instituto de Arquitetos do Brasil – Departamento São Paulo.
DVD
29 anos após seu lançamento nos cinemas, “Blade Runner” continua mais atual do que nunca. O filme de Ridley Scott voltou à cena re-centemente graças ao lançamento da “Versão Final” (Final Cut) engendrada pelo próprio diretor, a qual seria a versão definitiva de “Blade Runner”. O impacto do filme não diminiu talvez pela grandiosidade dos efeitos visuais, pela fotografia revolucionária de Jordan Cronen-weth, pela música inspirada de Vangelis, pela atuação impecável de todo o elenco ou pela descrição de um futuro possível para a huma-nidade.A visão totalmente sombria de um futuro distópico, onde o planeta foi reduzido a uma terra arrasada sob constante chuva ácida e os animais já estavam extintos, numa sociedade dominada por megacor-porações, onde o Estado pratica-mente só existe na forma de polícia e a maioria da população peram-bula pelas ruas poluídas e conges-tionadas sem esperança, enquanto os ricos já foram colonizar outros
EM EXIBIÇÃO
Como Arrasar Um Coração
(Leg) – Sala 1
Kung Fu Panda 2
(Dub) – Sala 3
Kung Fu Panda 2 3D
(Dub) – Sala 4 e 5
Piratas do Caribe
(Leg) – Sala 7
Piratas do Caribe
(Dub) – Sala 7
Piratas do Caribe 3D
(Leg) – Sala 4
Piratas do Caribe 3D
(Dub) – Sala 4
Qualquer Gato Vira-Lata
– Sala 1 e 2
Se Beber, Não Case! Parte II
(Leg) – Sala 1
X-Men: Primeira Classe
(Leg) – Sala 2
X-Men: Primeira Classe
(Dub) – Sala 6
Mais informações:
www.moviecom.com.br
planetas. Uma sociedade na qual a cereja do bolo é a Tyrell Corporati-on, especializada na produção de “replicantes” para uso fora da Terra – que nada mais são do que clones fabricados para realizar trabalho escravo em operações militares, serviços domésticos ou sexuais nas colônias.A mais famosa controvérsia, que gera polêmica até hoje, é: será que Deckard é também um replicante? Nem mesmo os membros da equi-pe de produção e do elenco de “Blade Runner” chegam a conclu-sões iguais nesse tópico, embora seja fato que Scott tenha coberto o filme de dicas que levam a crer que o detetive era realmente um repli-cante. Muitas dessas dicas são sutis e dúbias, sendo que algumas só fazem sentido e se encaixam na “Versão Final” que traz várias cenas restauradas e lima a narração do protagonista.E, à medida que nos aproximamos do futuro de “Blade Runner”, percebemos o quanto tudo fica mais parecido com o que é retrata-do no filme. Aquecimento global,
poluição, superpopulação, escas-sez de água e combustíveis, extin-ção de animais, consumismo de-senfreado e o domínio de megacor-porações sobre os Estados são apenas alguns desses fatores.A única diferença em relação ao filme é que ainda não existem colônias fora da Terra. Portanto, quando o futuro de “Blade Run-ner” virar presente, todos vão sofrer as consequências, sejam ricos ou pobres...
José Roberto Lux, o Zé Boquinha, foi jogador e técnico profissionalde basquete por 51 anos e hoje é comentarista de basquete
e futebol do canal de TV ESPN e da rádio Estadão ESPN.
2 Folha do Japi
OPINIÃO DO JORNAL ESPORTES
Tática de recolher jornais comcríticas à Prefeitura é antiga em Jundiaí
das bancas
O leitor da Folha do Japi pode ficar
espantado de saber que a edição
passada do jornal foi sistematica-
mente recolhida das bancas da
cidade. A alegação é de que a
reportagem sobre a crise no gover-
no de Miguel Haddad teria inco-
modado o chefe do Executivo.
Algumas denúncias feitas ao jor-
nal, inclusive de servidores públi-
cos, também davam conta de que
um ‘arrastão’ estaria acontecendo
em Jundiaí para impedir que a
informação chegasse até você.
Quem acompanhou a edição de
número 9 sabe até que uma carta
assinada pela Distribuidora Pau-
lista de Jornais e Revistas ameaça-
va os jornaleiros que tomassem
“cuidado” com alguns meios de
comunicação que poderiam gerar
“prejuízo à categoria”. O docu-
mento, obviamente, repercutiu de
forma ruidosa em toda cidade.
Sou estudante de jornalismo. Fico
muito contente em finalmente ver
um jornal que passe a verdade
para os leitores de Jundiaí, esta-
mos cercados de jornais presos à
prefeitura, que tentam ''tapar o sol
com a peneira''. É uma vergonha
pagarmos R$ 2,90 num transporte
sem qualidade. Também não me
conformo com a propaganda que
acontece nos terminais, onde
existem cartazes enormes dizendo
que temos uma frota de 300 ônibus
em Jundiaí, isso é um motivo de
orgulho? Segundo o último Censo
Jundiaí tem 370.251 habitantes, 300
ônibus não são o suficiente. Se
quiserem uma prova vão no termi-
nal do Eloy Chaves, onde moro.
São 5 bairros que utilizam este
terminal, isso sem contar que o
ônibus 940 e 941 B são os únicos
que passam pelos condomínios
Alfa e Metalúrgicos. É impossível
Esta prática, entretanto, não é
nova. No dia 19 de abril de 2000, o
jornal Notícias Populares, de São
Paulo, denunciou que uma pessoa
nma Kombi teria levado todos os
exemplares do NP trazia denúncias
de suposta corrupção na adminis-
tração tucana. De acordo com
testemunhas ouvidas à época pelo
jornal, o veículo tinha identificação
da Prefeitura de Jundiaí.
A busca para restringir a informa-
ção era uma tática empregada pela
ditadura militar. Todos que tenta-
vam passar à população o que
realmente acontecia eram caçados,
presos, torturados e até mortos.
Tudo para que o poder continuasse
nas mãos de quem menos se
importava com o povão.
Nos dias atuais, guardadas as
devidas proporções, temos visto
várias reações de insatisfação por
parte da população aos desmandos
Segredo do sucesso é investir na formação de cidadãos, afirma diretoria do clube
m jogo válido pela terceira Erodada do Campeonato
Brasileiro, o Corinthians enfren-
tou o Flamengo no Rio de Janei-
ro no estádio Engenhão sem
poder contar com o lateral direi-
to Alessandro. Então, o recém
contratado Welder fez sua
estréia.
Welder Silva Marçal, 20 anos, é a
mais nova revelação do Paulista
a ingressar em um grande clube
do Brasil, Weldinho – como era
chamado nos tempos de Jayme
Cintra -, foi contratado pelo
Corinthians para a disputa do
Campeonato Brasileiro e em sua
estréia foi muito bem, com bons
arranques ao ataque e autor do
cruzamento para o gol.
O jogo acabou empatado em 1 a
1, resultado que colocou o
Corinthians na liderança, mas
para os admiradores do Paulista
teve outro sentido. Foi a com-
Estreia de Welder no Corinthians mostra a força das categorias de base do Paulista
EXPEDIENTE
Edição: André Lux (Mtb 26054)
Reportagens e fotos:
Felipe Andrade da Silva e
Renata Gutierrez
Ilustrações: Fábio Iglesias
Tiragem: 5 mil exemplares
cartas, sugestões, denúncias:
folhadojapi@terra.com.br
Blog do jornal:
folhadojapi@blogspot.com
Twitter: @FolhaDoJapiJund
As opiniões assinadas são de
responsabilidade de seus autores
DISTRIBUIÇÃO GRATUITA
Folha do Japi
Primeira ou segunda?Apreensão da nova droga “oxi” na região foi matéria nos jornais locais na quinta-feira, 9 de junho, a droga foi encontrada na cidade de Cabreúva. Resta saber se essa foi a primeira ou a segunda, enquanto o Jornal da Cidade estampou, em sua capa, como a pri-meira apreensão da droga na região, o Jornal de Jundiaí noticiou que a “polícia fez mais uma apreensão de oxi na região”, de acordo com o JJ a primeira aconteceu no mês de maio, em Jundiaí.
De olho na MÍDIA
provação de que o clube tem
tradição na formação de atletas.
Nos últimos anos não foram
poucas as revelações exitosas do
clube, que a partir da conquista
da Copa São Paulo de Futebol
Junior em 1997, entrou em uma
fase de bonança nas categorias
de base.
Jogadores como Nenê, Arthur,
Rafael Bracalli, Marcinho, Cristi-
an, Márcio Mossoró, Réver,
entre outros, são exemplos do
bom trabalho feito pelos profis-
sionais do galo. De acordo com
o gerente de futebol do Paulista,
Marcos Bonequini, trata-se de
uma herança dos tempos de
parceria com a empresa italiana
Parmalat. “Ela nos trouxe méto-
dos de trabalho avançados, onde
o clube passou a formar não
apenas jogadores de futebol,
mas também um ser humano
com valores indispensáveis para
o bom convívio com a sociedade
e sucesso na vida”, comenta.
Para o técnico Wagner Lopes, o
Paulista acerta em olhar o lado
humano de cada atleta. “Peço
para que cada um se cobre, pois
para poder ter sucesso você tem
de trabalhar, aprendi muito
Coluna do
ZÉ BOQUINHAA seleção brasileira de futebol fez dois amistosos sem nenhum brilho antes da Copa América. Nenhuma discussão maior sobre os seleciona-dos para a disputa. A escassez é tão grande, que o Mano leva Pato e Gan-so, que ainda estão em recuperação, por faltarem talentos maiores. É cla-ro que temos dois diamantes brutos, Neymar e Lucas, que poderão ser fatores de desequilíbrio, mas a ex-pectativa de todo torcedor, é de quando iremos ver novamente uma seleção jogando um futebol envol-vente e não pragmático, como foi com o Dunga e que tem sido tam-bém com o novo técnico. Vaiada em Goiânia e São Paulo, nossa seleção parece que não provoca mais aquela empatia com o povo, que olha com descrédito aos novos jogadores, mui-to mais preocupados com o visual, com o marketing e com a possibilida-de de um grande contrato fora do Brasil. A insistência com alguns vete-ranos que estão mais para “bois can-sados” e que não têm mais o que
acrescentar e alguns que são ho-mens de confiança do treinador, mas que nada provaram até agora.A Copa América não tem nenhuma atração para nós brasileiros, e só vai servir para derrubar o técnico se o Brasil for mal na competição. Talvez a curiosidade em ver o Messi jogan-do um futebol na seleção argentina, no nível que ele joga no Barcelona, coisa que não fez ainda. Messi que está sendo comparado a Pelé (que sacrilégio), e que ainda não chegou aos pés do Maradona. A realidade do futebol brasileiro é que estamos nive-lados com qualquer outra seleção de primeira linha. Não temos mais aque-la sobra de talento que desequilibra-va como antigamente, o que fez o Mano Menezes apostar no baleado fisicamente Fred, como a solução para o ataque.Vamos desenrolar as bandeiras e ten-tar fazer renascer aquele sentimento que sempre tivemos quando a cana-rinho entrava em campo para jogar o futebol de outrora.
Esta coluna tem como objetivo mostrar como alguns órgãos da imprensa jundiaiense tratam determinados assuntos. O propósito é a reflexão: a quem interessa transformar notícias preocupantes em fatos positivos?
Folha do Japi 7
Reprodução
CARTAS
um transporte de qualidade para
todos esses cidadãos, já que são só 3
ônibus que fazem o trajeto para o
centro.
- Daniela Ventura
Gostaria de parabenizar o pessoal
da Folha do Japi, por abordarem
assuntos que outros veículos de
comunicação de nossa cidade não
tem coragem de publicar! Sem
dúvidas é um brinde à liberdade de
expressão, pois mostra o outro lado
de nossa querida cidade. Jundiaí é
excelente em alguns pontos, graças
ao seu povo que é trabalhador por
natureza. Infelizmente ainda existe
miséria, insegurança e uma grande
confusão com o crescimento desor-
denado que estamos sofrendo, tudo
isso, fruto da incompetência, pouco
caso e arrogância da administração
municipal.
- Rogério Cardoso, Micro Empresário
que acontecem em Jundiaí. A falta
de voz dos jundiaienses para deci-
dir como e de que forma o dinheiro
dos impostos será empregado na
cidade, quais as obras são mais
importantes e o que realmente é
preciso para melhorar o município
está com os dias contados.
A Folha do Japi vai continuar ao lado
do povo, prestando este serviço de
informar, sem rabo preso com o
poder. Doa a quem doer.
Welder estreia com sucesso
no Corinthians
sobre disciplina nos 17 anos que
trabalhei no Japão e tento passar
isto aos meus atletas”, conclui o
técnico.
De acordo com Bonequini, o
Paulista vai começar a dar
preferência para atletas
da região, pois diver-
sos nomes de Jundi-
aí, e das cidades
que a circundam,
estão despontan-
do em clubes
grandes , e o
Paulista entende
que deve fazer
e s t e f i l t r o . O
gerente de futebol
comenta que é motivo
de muito orgulho para o clube
formar cidadãos.
6 Folha do Japi Folha do Japi 3
CIDADES POLÍTICA
População protesta contra o aumento da tarifa dos ônibus urbanos da cidade
Hospital atende mais de 400 crianças e adolescentes da cidade e da região Prefeitura reajusta tarifa para estacionar em locais públicos bem acima da inflação
O Grupo em Defesa da Criança
com Câncer (Grendacc), fundado
em 1995, trouxe mais qualidade
de vida às crianças e aos adoles-
centes portadores do câncer e de
doenças hematológicas crônicas
de Jundiaí. Antes, as famílias
eram obrigadas a se deslocar
para cidades vizinhas. “Era
muito sofrimento para família
saber que o filho estava doente e
ainda tinham de ir para outra
cidade dar continuidade ao
tratamento”, afirma Verci Bútalo,
presidente do Grendacc.
Esta afirmação vem de uma
pessoa que passou por esta reali-
dade. Em 1994, um dos filhos de
Verci foi diagnosticado com
linfoma e o tratamento era reali-
zado no hospital da Unicamp.
Entre idas e vindas, a mãe conhe-
ceu o trabalho dos médicos e
outros pais que estavam em
busca da cura para os filhos.
“Contatamos alguns pais que
levavam os filhos para o Boldrin e
conversamos com uma médica.
Foi a partir da realidade de mui-
tos pais, assim como eu, que
decidimos nos unir para fundar o
Dois dias após o aumento de 9,4%
da tarifa dos ônibus, ocorrido em
29 de maio, manifestantes reuni-
ram-se em frente ao Terminal Vila
Arens para protestar. O ato con-
tou com cerca de 70 pessoas e
diversas forças políticas da cida-
de estavam representadas.
A manifestação foi organizada a
partir de uma iniciativa no Face-
book, que ganhou apoio do Movi-
mento Jundiaí Livre, União da
Juventude Socialista (UJS), PT,
PCdoB e PSOL. No ato, os mani-
festantes panfletaram e utiliza-
ram um carro de som para discur-
sar aos usuários do Terminal.
Uma carta ao prefeito Miguel
Haddad foi aprovada na manifes-
valor cobrado nos par-Oquímetros de Jundiaí
aumentou no começo deste
ano. Eram cobrados R$ 2,20
pelo tempo de 2 horas e hoje o
mesmo valor garante apenas
1h10min. Trata-se de um
aumento de 71%, muito acima
da taxa de inflação e do ajuste
do salário mínimo.
A maioria dos cidadadãos só
descobriu a surpresa no
momento de usar o aparelho.-
Como foi o caso do aposentado
Cleunezio dos Santos. "Esse
reajuste é um absurdo, a Prefei-
tura não avisou sobre o aumen-
to e pegou todo mundo de
surpresa".
Os lojistas que trabalham pró-
ximos às áreas dos parquíme-
tros dizem ouvir críticas cons-
tantes dos clientes. O gerente
Alejandro Fonseca, 32 anos,
Depois de todos os protestos da população e do recuo dos vereadores no aumento de 63% nos seus salários, o prefeito Miguel Haddad e seus secretários tiveram reajuste de 6,3% em seus vencimentos, aprovado por 13 votos a 2 pela Câmara Municipal. Uma medi-da que atropela o momento da conjuntura política local, pois após a manifestação popular o reajuste a ser feito ficou para ser debatido com a população.
O prefeito Miguel Haddad, que recebia R$ 14.800, passará a receber R$ 15.732. Já seus secretários, que recebiam R$ 12.932, passam a rece-ber R$ 13.750. Para obter um aumen-to de 7%, os servidores públicos da cidade tiveram de realizar manifesta-ções e parar por 8 horas, até que o prefeito aceitasse a proposta da classe e desse o aumento que a cidade pode, realmente, pagar. Já o reajuste do execu-tivo foi aprovado na surdina, sem repercussão na imprensa.
Somente os vereadores do PT, Marilena Negro e Durval Orlato, votaram contra o aumento.
reclama dos fiscais que atuam
na área. "Além do alto preço do
parquímetro, essas áreas são
verdadeiros festivais de mul-
tas", denuncia.
O secretário de Transportes,
Roberto Scaringella afirma ter
informado o reajuste pela
imprensa oficial e que os jornais
noticiaram o fato na época."O
ajuste anterior foi executado em
2004, por isso o alto índice do
atual", explica.
De acordo com ele, o gerencia-
mento e a manutenção do esta-
cionamento rotativo são feitos
por empresa terceirizada, a
Auto Park, e os problemas
devem ser informados para as
monitoras da empresa ou dire-
tamente para o telefone de
atendimento aos usuários: (11)
4522-3200, que está visível nos
parquímetros.
Grendacc”.
Inicialmente, a ideia era apenas
prestar assistência às crianças e
adolescentes diagnosticados com
câncer, oferecer atendimento às
famílias e cesta básica. Mas com
apenas dois anos de fundação o
grupo começou a se organizar e
contratou a primeira profissional
da associação,
uma assistente
social. “Nunca
pensei na pro-
p o r ç ã o q u e
pudesse ter”.
Segundo Verci,
o estigma da
doença era de
morte. “Hoje, temos 80% de
chances de cura e apenas 20% de
óbito. Mas o diagnóstico antiga-
mente era o contrário. Tínhamos
80% de índice de morte e apenas
20% de cura”. Graças ao trabalho
400 voluntários e de mais de 85
profissionais, entre médicos e
equipe administrativa, o Gren-
dacc está há quase um ano sem
registrar óbitos.
Atualmente, a entidade atende
mais de 400 crianças e adolescen-
tes com idades
de zero a 19
anos, encami-
nhados pelo
SUS (Sistema
Única de Saúde) ou que possuem
planos de saúde das cidades de
Jundiaí, Várzea Paulista, Campo
Limpo Paulista, Itatiba, Itupeva,
Louveira, Jarinu, Cabreúva e
Morungaba. Para o tratamento
dos pacientes da rede pública, o
SUS oferece R$ 1,2 mil por bloco
quimioterápico, sabendo que há
tratamento que chega a custar R$
20 mil. “Basicamente vivemos de
doação”, afirma Verci. Com
gastos mensais de R$ 400 mil, o
FHC querliberar a
maconha
Entrelinhas daPOLÍTICA
Com quem será? Uma fonte da Prefeitura fez questão de manter contato com a Folha do Japi para contar que o prefeito Miguel Haddad vai escolher o candi-dato a vice para 2012 de uma lista com três nomes. Julião levaria vantagem por ser o atual presidente do Legislativo. Tico, líder do gover-no, figura na relação mas corre por fora pois estaria em baixa no parti-do. O terceiro o secretário de Finan-ças José Parimoschi, que leva des-vantagem pela linguagem rebusca-da e jeito tecnocrata.
Metas legislativas Mais uma pérola capturada nas reuniões promovidas pela ONG Voto Consciente. Durante a plenária realizada na Associação dos Aposen-tados, dia 10, o vereador Tico foi perguntado a respeito dos requeri-mentos de informação da oposição que sempre são rejeitados pela Câmara Municipal. Entre uma justificativa e outra, principalmente de que há limitações para os parla-mentares, o tucano soltou essa: "A informação está lá. O cidadão que vá atrás". Então tá.
Grendacc tem 90% do orçamento
suprido pelas doações por meio
do telemarketing.
O projeto da Casa do Voluntário e
da Família já está pronto e prevê a
construção de três suítes para
abrigar as famílias dos pacientes.
Outro projeto desenvolvido pelo
Grendacc e prevê a geração de
renda é ampliar o espaço culiná-
rio. “Este novo projeto vai au-
mentar a venda de macarrão e
lasanha”, acredita a presidente.
Para saber como doar, basta
entrar em contato pelo telefone:
4815-8440. Ou ir até o Grendacc
que fica na Rua Olívio Boa, 99,
Parque da Represa, em Jundiaí.
Cadê você? A ausência dos vereadores Fernando Bardi e de Zé Dias na apresentação dos novos filiados do PDT, na Câmara Municipal, causou burburinho nos bastidores políticos. O partido, agora administrado por Alexandre Pereira, já anunciou que fará oposição ao atual prefeito e que pensa em um nome para concorrer à Prefeitura, no ano que vem. Não terem aparecido no evento e sequer terem respondi-do ao convite para a reunião significa que Bardi e Zé Dias não concordam com esta filosofia?
Vez das mulheres Uma conversa animada numa das mesas do Mercadão do Vianelo revelou uma tendência que pode dar muito o que falar nas próximas eleições municipais de Jundiaí. Entre uma beliscada e outra num aperitivo, um senhor bem apessoado garantia que duas mulheres vão sair candida-tas a prefeita, buscando capitalizar votos pela renovação política: Mari-lena Negro, do PT, e a delegada Fátima Giassetti, pelo PPS. Os nomes, inclusive, estariam prestes a receber o aval dos respectivos partidos.
Fachada doGrendacc
Parquímetros tiveram aumento de 71% no início do ano
Haddad aumenta o próprio salário
Rindo à toa:Miguel aumentaseu salário em 6,3%
tação, e no dia seguinte foi proto-
colada na prefeitura de Jundiaí. O
texto pede a criação dos conse-
lhos tarifários e de transportes,
assim como a abertura das plani-
lhas de custo do transporte públi-
co da cidade, para que se possa
entender o raciocínio que o secre-
tário de Transportes, Roberto
Scaringella, usou para chegar ao
valor de R$ 2,90. Na conclusão, os
manifestantes solicitam o cance-
lamento do aumento e uma nova
discussão em torno do preço
justo a ser pago.
O presidente do PSOL de Jundiaí,
Vanderlei Victorino, foi um dos
organizadores do ato e idealiza-
dor da carta, de acordo com ele o
aumento é um abuso, um assalto
ao jundiaiense. “O preço é muito
caro e o serviço prestado é muito
ruim, desconfortável, com traje-
tos mal planejados e turismo
entre terminais”, denuncia.
Jundiaí, que já possuía uma das
tarifas mais caras do país, subiu
no ranking e agora está mais
perto do topo.
Entrega da carta na Prefeitura
4 Folha do Japi
MEIO AMBIENTE
Estudante formula proposta baseada em reportagem do jornal
m alerta feito pela Folha Udo Japi se transformou em
proposta do Cidade Democráti-
ca. Publicada na edição número
6, a reportagem que tratava do
descaso da Prefeitura de Jundi-
aí em relação ao terreno da
antiga Cadeia Pública virou
assunto do portal – responsável
por receber ideias da população
para melhorias públicas.
Postada pela estudante Cristina
Midori, de 16 anos, a iniciativa
cita trechos da entrevista com
moradores do Anhangabaú,
feita pela Folha do Japi, em que
eles afirmam ter medo por
conta da bandidagem que
tomou conta do terreno aban-
donado. O prédio onde funcio-
nou por vários anos o Cadeião
foi demolido em setembro de
2010 e até agora nada foi feito
pelo governo municipal.
“É preciso fazer algo com o
terreno antes que a situação se
agrave e termine em mortes ou
aparecimento de doenças”,
comentou Cristina, na proposta
criada há pouco mais de 20 dias.
A ação da jovem pode ser acom-
panhada pela internet, no site
do Cidade Democrática, no
seguinte endereço:
http://www.cidadedemocratica
.org.br/topico/3217-terreno-
abandonado-no-anhangabau-
cadeiao.
Repercussão
O assunto também ganhou
repercussão nas páginas do
jornal Bom Dia.
A edição de 8 de junho deu
grande destaque para o tema,
dizendo que os moradores do
Anhangabaú se fecharam nas
casas por conta da onda de
furtos e roubos. E ressaltou,
conforme a Folha do Japi já havia
noticiado, que a Prefeitura
ainda não definiu o que vai fazer
com o terreno.
Divulgação
Folha do Japi 5
SAÚDE
Duas cidades administradas pelo PSDB. Dois jeitos diferentes de fazer uma obra similar
onstruir um novo hospi-Ctal em Campo Limpo
Paulista, com quase 100 leitos
e uma Unidade de Terapia
Intensiva (UTI), vai custar R$
17 milhões para a Prefeitura
daquela cidade. O prédio de 9
mil m² terá estação de trata-
mento de esgoto própria,
cisternas subterrâneas para
aproveitamento da água da
chuva e uma estrutura modu-
lar que permitirá triplicar a
capacidade de atendimento se
a cidade necessitar. Em Jundi-
aí, depois de já ter gastado R$
13 milhões com a desapropri-
ação da Casa de Saúde Dr.
Domingos Anastasio, a Prefei-
tura anunciou que vai ter de
investir mais R$ 30 milhões
para a reforma do imóvel e
construção de um anexo.
Só papel: projeto do Hospital Regional de Jundiaí
Em entrevista recente à Rádio
Cidade, o prefeito campo-
limpense Armando Hashimo-
to (PSDB) afirmou que a obra
será entregue à população dia
30 de julho. “Nosso novo
hospital será de média com-
plexidade. Isso garantirá a
realização de procedimentos
como cirurgias de próstata, de
ortopedia, uma grande inter-
venção no abdome”. No proje-
to, de acordo com Hashimoto,
a construção foi feita de mane-
ira modular para garantir uma
futura ampliação. “Isso vai
permit i r que possamos
aumentar mais dois pisos e
triplicar a capacidade de aten-
dimento.” Anunciado em
março de 2006, o hospital de
Campo Limpo tinha previsão
de ser entregue em 2008.
Por aqui
Depois de amargar por mais de
quatro anos o fechamento da
Casa de Saúde, a população
jundiaiense ouviu da Prefeitu-
ra de Jundiaí, também adminis-
trada pelo PSDB, que está ter-
minando o projeto arquitetôni-
co do Hospital Regional e que a
planilha de custos da reforma
vive a fase final de conclusão.
A etapa inicial, segundo a Admi-
nistração, tem prazo de até 15
meses para a conclusão e envol-
ve melhorias no imóvel. Na
segunda parte, será erguido
um anexo e uma torre de ele-
vadores que ligará um prédio
ao outro. O que mais chama a
atenção, no entanto, é o valor
da obra: R$ 30 milhões e a
morosidade para a conclusão.
O hospital terá 138 leitos – 120
para atendimentos de média
complexidade e outros 18 para
a UTI.
A licitação para o início dos
trabalhos só deve sair em 60
dias. “Não é uma obra rápida
porque o projeto é complexo”,
afirmou Tânia Pupo, secretá-
ria de Saúde, à imprensa.
Em Jundiaí, vão sepassar no mínimoseis anos paraa promessa doHospital Regionalsair do papel
Bom Dia destaca tema que já foi abordado pela Folha do Japi