Post on 22-Apr-2015
Flutuações Económicas
Modelos explicativos das flutuações económicas de curto prazo e dos efeitos das políticas monetárias e fiscal.
Introdução
• A actividade económica flutua de ano para ano.
– O PIB real cresceu em Portugal em média acima dos 4% por ano na
segunda metade do séc. XX. Contudo, em certos anos, este crescimento
normal não ocorreu.
– O crescimento é volátil:
– A estas flutuações chamam-se ciclos económicos.
2007 2008 2009 2010 2011 2012 Média
2,4% 0,0% -2,5% 1,3% -1,6% -3,4% -0,6%
Os ciclos apresentam 3 características importantes:
São irregulares e imprevisíveis
A maioria das grandezas macroeconómicas flutuar em conjunto
Correlação negativa entre output e desemprego (“lei de Okun”)
Ciclos económicos
• O Produto Natural (ou Potencial ou de Pleno Emprego ou de longo prazo) é o nível do PIB real que ocorre quando
– Dado o estado da tecnologia e– Dadas as quantidades disponíveis
dos factores– Todos os factores estão a ser
utilizados ao seu nível de equilíbrio (“pleno emprego”)
• Em particular não existe desemprego (involuntário)
• O Produto Real flutua em torno do seu nível natural (ciclos económicos)
Flutuações cíclicas do Produto
0
0,2
0,4
0,6
0,8
1
1,2
1,4
-3 -2 -1 0 1 2 3 4
Desvios do Produto Natural
Níve
l de P
reços Series1
a ideia
• Objectivo: Explicar as flutuações de P e Y
• Flutuações explicadas por:
1. Choques nas decisões de consumir e investir; choques de custos; choques tecnológicos
1. Comportamento dos preços (e salários):
• Rígidos no curto prazo• Flexíveis – respondendo a S&D – no longo prazo
despesa desejada e nível de preços
• O que acontece aos níveis desejados de
consumo
investimento
exportações
importações
quando o nível médio de preços varia?
despesa desejada e nível de preços
P aumenta
M/P tcr aprecia
NXC
S
tjr
I
despesa desejada e nível de preços
• Quando P aumenta– Consumo cai: efeito
riqueza– Investimento cai: efeito
liquidez– Exportações líquidas
caem: efeito competitividade
• Logo a Despesa
C+I+G+NX
cai.
P
Y
PROCURAAGREGADA
AD
choques na procura agregada
• Política orçamental– Gastos– Impostos
• Política monetária– Stock moeda
• Confiança– Consumidores– Investidores
• Choques externos
P
Y
AD
AD
ajustamento a choques quando o produto está no pleno emprego
Choques procura1. Procura de bens e serviços aumenta2. Pressão para produzir mais com a
economia em pleno emprego, aumenta os salários e outros custos
3. O oferta de bens contraí-se e os preços aumentam
4. Com o aumentos dos preços os salários voltam a aumentar o que origina nova contração do produto, aumento de preços e aumento de salários…
5. Depois de um impacto inicial, aumento de preços e salários até que
– O poder de compra da moeda volte ao inicial
– Os salários reais voltem ao inicial– Produto e emprego voltem ao
inicial
P
YY pl emp
AD1
AD2P1
P2
Qd o produto está no pleno emprego choques de procura apenas aumentam P
produto
preço
início
Fim
1
2
emprego
Sal nom
fim
inicio
Recordar a Teoria quantitativa: se M/P não varia e sendo V constante então Y também não varia. A moeda é neutral.
Resposta de longo prazo da economia a choques de procura agregada.
mas no curto prazo:
– O produto desvia-se do pleno emprego
– Os preços são rígidos:
1. Mark-up pricing:– Os preços são estabelecidos como uma margem activa dos custos marginais
Preço = (1 + m) × Custo Marginal– Se os custos não se alteram, preços não se alterarão.
2. Contratos:– Explícitos: garantem oferta a um preço preestabelecido– Implícitos: as empresas desejam estabelecer relações estáveis e de longo
prazo com os clientes e variações frequentes e desligadas de variações de custo podem por em causa essas relações.
– Contratos salariais
• Custos de menu:– Custos directos de imprimir e distribuir listas de preços– Custos indirectos de obter a informação relevante para proceder a alterações
oferta agregada
• Oferta Agregada (AS): relação entre o nível de preços e produção das empresas
• A oferta de curto prazo representa a resposta da produção a variações da despesa agregada quando os preços são fixos (horizonte 3 a 5 trimestres);
• A oferta de longo prazo representa a resposta da produção a variações da despesa agregada quando os preços são perfeitamente flexíveis e a economia está no pleno emprego.
a ideia de que P é rígido no CP representa-se por:
Produto real
Nível de Preços
P Curva Oferta CP
P é o nível de preços “fixado”
ajustamento a choques de procura quando os preços são rígidos
Produto real
Nível de Preços
P Curva Oferta CP
Y2Y1 Y pl emp
o que acontece quando custos produção aumentam?
Y
P
SRAS (custo inicial)
SRAS (novo custo)
P0
P1
O nível de preços reage mais depressa a alterações de custos do que a alterações da procura
AD• aumenta P • cai Y• aumenta U
em suma: curto prazo v.s. longo prazo
• Longo Prazo– Dicotomia clássica; a moeda é
neutral– Pressupõe flexibilidade de todos
os preços (incluindo salários) e ausência de ilusão monetária para que os mercados se equilibrem
– Pleno emprego
• Curto Prazo– A moeda não é neutral:
• Variações na procura afectam o produto real
• Têm um impacto lento no nível de preços
– Um modelo que capta estes factos resulta de assumir que os preços (e salários) são rígidos no curto prazo
P
Y
Y pleno emprego
P
Y
SRASP
resposta a choques de procura
• Redução da procura agregada– Pessimismo (animal spirits)
– Quebra procura externa
– Política Económica: ↓M, ↓G, ↑T
Y
P
SRAS
AD
YeqY
Recessão
AB
• Em B o Produto está abaixo do potencial
•Desemprego superior ao pleno emprego
U > Ueq
desvalorização interna
• U > U eq. Salários e custos ↓
– com o decorrer do tempo P ↓– Procura aumenta– Output começa a expandir
• No novo equilíbrio LP o output está de volta ao nível natural.
B
AD
SRAS
P
Y
C
B1B2
Y Ype
P
P
choques e mandatos dos BC
• Dois Bancos centrais:– BC A apenas se preocupa com a estabilidade dos preços
– BC B apenas se preocupa com manter o produto ao nível natural
• Como reagem a 1. Aumento da procura de moeda?
2. Aumento do preço do petróleo?
P
Y
AD
Y*
P*
AD
Y*
P
BC B
BC B