Post on 27-Jan-2021
DISET
FIESP: 8º Encontro de Logística
e Transportes
Investimentos em Infraestrutura
e Competitividade da Economia.
Carlos Campos Neto
carlos.campos@ipea.gov.br
Maio de 2013
DISET
INVESTIMENTO RODOVIÁRIO
Fonte: Orçto Fiscal (SIGA BRASIL / SIAFI) e ABCR.
Elaboração IPEA.
Valores de dez/2012 (IGPM-FGV)
2
2,941,78
1,592,00 2,13 1,94
3,333,89 4,08 4,12
4,44
3,34
1,51
3,023,95
6,036,80
6,34
9,87
11,63 11,31
9,65
6,28
3,28
4,62
5,95
8,168,74
9,66
13,76
15,71 15,43
14,09
0,00
2,00
4,00
6,00
8,00
10,00
12,00
14,00
16,00
18,00
2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010 2011 2012
R$ b
ilh
ões
Investimento Privado
Investimento Público (Fiscal Total)
Investimento Total
INVESTIMENTO FERROVIÁRIO
Fonte: Orçto Fiscal (SIGA BRASIL / SIAFI); ANTF.
Elaboração IPEA.
Valores de dez/2012.
3
2,04 2,14
3,21
5,10
3,75
4,23
6,22
4,39
6,276,59
6,38
0,79 0,25 0,190,36 0,49
0,69
1,14 1,25
2,89 1,66
1,081,26 1,89
3,02
4,74
3,263,54
5,08
3,14
3,38
4,935,30
0,00
1,00
2,00
3,00
4,00
5,00
6,00
7,00
2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010 2011 2012
R$
bil
hõ
es
Investimento Total
Público
Privado
INVESTIMENTO HIDROVIÁRIO
Fonte: Orçto Fiscal (SIGA BRASIL / SIAFI); DEST/Cias Docas; BNDES
Elaboração IPEA.
Valores de dez/2012.
4
1,981,81
2,07
1,421,52
2,262,43
2,953,09
2,41
3,22
1,21
0,03
0,31
0,35 0,35
0,65
1,07
1,65
1,47
0,82
0,70
0,77
1,77 1,77
1,07 1,17
1,61
1,37 1,30
1,62
1,60
2,52
0,00
0,50
1,00
1,50
2,00
2,50
3,00
3,50
2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010 2011 2012
R$ b
ilh
ões
Investimento Total
Público
Privado
INVESTIMENTO AEROPORTUÁRIO
Orçto Fiscal (SIGA BRASIL / SIAFI); DEST/INFRAERO
Elaboração IPEA.
Valores de dez/2012
5
554433
857
1708
1367
1233
13921481
2106
1405
458364
433839
653
767860
749
872
46096 69
423
869714
466 531
732
1.234
945
0,00
500,00
1.000,00
1.500,00
2.000,00
2.500,00
2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010 2011 2012
R$
mil
hõ
es
Público Total
Público (Orç. Fiscal total)
Público (INFRAERO)
DISET
6
Investimento em TRANSPORTES
Fonte: Investimentos públicos (orçamento fiscal federal SIAFI e orçamento das estatais (DEST-MPOG);
Investimentos privados (ABCR, ANTF, BNDES).
Obs: Valores constantes de dezembro de 2012 atualizados pelo IGP-M.
Em 2012 estes investimentos representaram aproximadamente 0,60% do PIB.
10,317,78
10,3313,33
15,1416,59
19,55
22,50
26,55 26,54 25,09
0,00
10,00
20,00
30,00
40,00
50,00
60,00
2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010 2011 2012
R$ b
ilh
ões
AERO
HIDRO
FERRO
RODO
DISET
7
Investimento Público e Privado em
TRANSPORTES
Fonte: Investimentos públicos (orçamento fiscal federal SIAFI e orçamento das estatais (DEST-MPOG);
Investimentos privados (ABCR, ANTF, BNDES).
Obs: Valores constantes de dezembro de 2012 atualizados pelo IGP-M.
5,0
5,46,4
7,8
6,6 7,1
9,88,3
9,110,64
12,26
5,3
2,54,1
6,0
9,09,9 10,5
14,9
17,515,90
12,83
10,3
7,9
10,5
13,8
15,617,0
20,3
23,2
26,5 26,5425,09
0,0
5,0
10,0
15,0
20,0
25,0
30,0
2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010 2011 2012
R$ B
ilhõe
s
Investimentos Totais
Privado
Público
Total
DISET
8
(IN)EFICIÊNCIA DO INVESTIMENTO PÚBLICO (2003-2012)
R$ bilhões de dezembro de 2012
Modal Total
autorizado Invest.
Realizado Diferença % Execução
Rodovias 104,83 70,11 34,72 66,88 Ferrovias 16,74 10,01 6,72 59,80 Hidrovias 18,83 7,41 11,42 39,35
Setor Aéreo 23,26 12,53 10,73 53,87 Total 163,66 100,06 63,59 61,14
(Inclui orçamento fiscal, cias. Docas e Infraero)
DISET
Investimentos em infraestrutura de transportes no Brasil
• Desta feita, as dificuldades que postergam os investimentos em
infraestrutura não são oriundas da escassez de recursos financeiros
públicos;
• Os empreendimentos para serem levados a termo enfrentam uma série
de dificuldades:
1. Ajustes frequentes nos marcos regulatórios;
2. Legislação complexa e recursos interpostos, inclusive na justiça (Lei
8.666/93 e RDC);
3. Projetos e contratos mal elaborados, que elevam os custos das obras;
4. Interveniência do TCU;
5. Licenças ambientais (que, além do Ibama, incluem consultas à Funai,
Iphan,etc);
6. Dificuldades nas desapropriações.
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DISET
Estimativa de investimentos em infraestrutura de
transportes nos próximos 5 anos (em bilhões de Reais)
10
Modal Público (1) PIL (2) Privado (3) Pub. e Privado
Rodoviário 45,00 23,50 21,00 89,50
Ferroviário 5,00 56,00 22,70 83,70
Hidroviário 10,00 31,00 10,00 51,00
Setor Aéreo 10,00 7,30 8,60 25,90
TAV 36,00
Naval 90,00
PAC Mobilidade 39,00
Trens de passageiros MG
e SP - 7 linhas 27,00
Total 70,00 117,80 62,30 442,10
DISET
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Investimentos em transportes – projeção para 2013
R$ bilhões
Modal Público (1) PIL (2) Privado (3) Pub. e Privado
Rodoviário 8,65 0,00 4,21 12,86
Ferroviário 1,06 0,00 5,00 6,06
Hidroviário 1,85 0,00 1,91 3,76
Setor Aéreo
1,85 0,00 1,44 3,29
Total
13,41
0,00
12,56
25,97
(1) - Inclui investimentos programados no orçamento fiscal e estatais (Cias Docas e Infraero) multiplicados pelos fatores de execução; (2) - considerou-se 50% de execução da média do período, mais execução integral da média do período para os três aeroportos concedidos;
(3) Média do triênio 2010-2012;
Este investimentos deverão representar cerca de 0,59% do PIB. (PIB 2012 = R$ 4,402 trilhões)
DISET
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Investimentos em transportes – projeção para 2014
R$ bilhões
Modal Público (1) PIL (2) Privado (3) Pub. e Privado
Rodoviário 8,65 3,29 4,21 16,15
Ferroviário 1,06 7,84 5,00 13,90
Hidroviário 1,85 5,00 1,91 8,76
Setor Aéreo 1,85 1,29 2,58 5,72
Total 13,41 17,42 13,70 44,53
(1) - Inclui investimentos programados no orçamento fiscal e estatais (Cias Docas e Infraero) multiplicados pelos fatores de execução; (2) - considerou-se 100% de execução da média do período, mais execução integral da média do período para os três aeroportos concedidos;
(3) Média do triênio 2010-2012;
Este investimentos deverão representar cerca de 1,01% do PIB.
DISET
NECESSIDADE DE INVESTIMENTOS EM
TRANSPORTES EPL – (Bernardo Figueiredo): PNLT, PLNP e outros estudos indicam
necessidade de investimento de R$ 400 bilhões. Isso significa R$ 80
bilhões para zerar o passivo do setor em cinco anos. Mais outros R$ 20
bilhões para não gerar novo passivo e ser preventivo. Então a
necessidade de investimento seria de R$ 100 bilhões por ano. Com
esses programas (PIL) tem-se R$ 40 bilhões por ano em cinco anos. O
Ministério do Transportes está investindo R$ 20 bilhões por ano. Tem-se
R$ 60 bilhões. Faltam R$ 40 bilhões que tem-se que estudar e preparar as
ações para aplicá-los. Resolvendo isto, pode-se dizer que em cinco anos
não teríamos mais problemas de infraestrutura.
Publicação IPEA: R$ 91 bilhões por ano, durante 15 anos.
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DISET
Custo Logístico no Brasil e nos EUA
como proporção do PIB
Fonte: Instituto ILOS, 2012 (dados relativos a 2010)
14
Custo Logístico BRASIL EUA
Transportes 6,3% 4,7%
Estoque 3,2% 1,9%
Armazenagem 0,7% 0,8%
Administrativo 0,4% 0,3%
TOTAL 10,6% 7,7%
DISET
15 15
Infraestrutura e Desenvolvimento
• A disponibilidade de uma infraestrutura adequada e de seus serviços correlatos é condição indispensável para que o país possa desenvolver vantagens competitivas, alcançando maior grau de especialização produtiva.
• Os investimentos em infraestrutura elevam a competitividade sistêmica da economia, melhorando as condições de transportes, de comunicação e de fornecimento de energia.
• Além disso, tais inversões promovem efeitos multiplicadores e dinamizadores nos demais setores da economia, induzindo outros investimentos, inclusive produtivos.
DISET
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Impactos sobre a produção
• No âmbito das unidades produtivas, a existência
de uma infraestrutura adequada reduz os custos
de transação, permitindo que a empresa tome
decisões mais apropriadas com relação à
recepção e distribuição de insumos e produtos,
e permite uma aplicação mais produtiva de
recursos que, em outros casos, seriam
utilizados para cobrir necessidades imediatas de
infraestrutura.
DISET
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Impactos parciais sobre a economia
• Comércio Internacional: melhor infraestrutura permite uma melhor gestão dos custos privados, possibilitando uma diminuição dos preços relativos da produção local e ganhos de produtividade, gerando impactos positivos nas exportações e importações.
– Setor Exportador: reduz custos logísticos e viabiliza a prática de preços mais baixos
– Setor Importador: reduz o preço de bens importados, pressionando competitivamente os produtores nacionais. A redução nos preços permite a importação de um maior volume de bens de capital, viabilizando a renovação e modernização tecnológica do parque industrial.
DISET
18 18
Impactos parciais sobre a economia
• Consumidor: amplia o poder de compra, ao baratear os custos do abastecimento interno e gera uma maior disponibilidade de bens, ampliando as possibilidades de consumo e gerando ganhos de bem-estar.
• Commodities: permite uma redução de custos de produção e escoamento, elevando a receita auferida e o potencial de produção.
DISET
Comentários finais: “Nossa hipótese é que os setores para os quais são necessários
investimentos complexos acabam mais penalizados pelas dificuldades do
nosso marco regulatório”.
No Brasil “é complicado exportar, importar, construir uma estrada, uma
hidrelétrica. Isso significa custos maiores de produção, maior incerteza
sobre o investimento”.
“A questão não é tornar mais fácil fazer a obra ou não. É tornar o processo
mais eficiente e ter clareza do que pode e do que não pode fazer”.
“É uma agenda extensa de melhorias institucionais, que vai aperfeiçoar
processos de autorização, de controle, de negociação de conflitos, que vai
permitir a expansão dos investimentos e a redução do seu custo. Isso se
traduz em eficiência para a economia”.
Marcos Lisboa – Economista do Insper Entrevista à Folha de São Paulo (15/04/2013)
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DISET
Comentários finais:
Porém, “na medida em que os problemas vão sendo enfrentados, isso tem
impacto positivo sobre a taxa de crescimento de longo prazo”. Por outro
lado, “na medida em que os problemas vão se agravando, tem-se uma
impacto negativo”.
“Quando se tem uma agenda que melhora a infraestrutura, isso tem
efeitos positivos sobre toda a economia. Quando se consegue reduzir
custos de energia porque houve ganhos de produtividade, quando se
consegue melhorar eficiência no processo de exportação e importação –
que passa por portos, mas também pela burocracia -, isso ajuda o
investimento e a melhorar a qualidade do investimento”. “Com essa
complexidade dos processos, o que acontece é que alguns investimentos
começam e param em obstáculos, atrasam... e cada vez que isso ocorre,
vira custo para os novos projetos”.
Marcos Lisboa – Economista do Insper Entrevista à Folha de São Paulo (15/04/2013)
20
DISET
Comentários finais:
Há que se pensar em ganho de produtividade para a economia e não
para determinados setores selecionados. “Existe uma diferença grande
entre medidas de proteção ou estímulo que levem a transferência de
recursos entre os setores e medidas que permitam ganho de
produtividade para toda a economia”.
Portanto, “melhoras na produtividade, sobretudo na infraestrutura, têm
impactos difusos sobre a economia. Aumenta a capacidade de renda
como um todo”.
Marcos Lisboa – Economista do Insper Entrevista à Folha de São Paulo (15/04/2013)
21
DISET
Muito obrigado pela atenção!
Carlos Campos
carlos.campos@ipea.gov.br
(61) 3315 - 5374
22
mailto:carlos.campos@ipea.gov.br