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FICHA PARA IDENTIFICAÇÃO
PRODUÇÃO DIDÁTICO-PEDAGÓGICA
TURMA - PDE/2012
Título: O ENSINO DA ORTOGRAFIA NO 6º ANO DO ENSINO FUNDAMENTAL: EM BUSCA DE INTERVENÇÕES SIGNIFICATIVAS
Autor WILZA HASS ZANONI
Disciplina/Área (ingresso no PDE)
LÍNGUA PORTUGUESA
Escola de Implementação do Projeto e sua localização
COLÉGIO ESTADUAL PROFESSOR AMARÍLIO, SITO NA RUA CORONEL LUSTOSA, NÚMERO 2.041, GUARAPUAVA, PR.
Município da escola
GUARAPUAVA
Núcleo Regional de Educação
GUARAPUAVA
Professor Orientador
CRISTIANE MALINOSKI PIANARO ANGELO
Instituição de Ensino Superior
UNICENTRO
Relação Interdisciplinar (indicar, caso haja, as diferentes disciplinas compreendidas no trabalho).
TODAS AS DISCIPLINAS PODEM/DEVEM INCENTIVAR A REFLEXÃO ORTOGRÁFICA DOS APRENDIZES.
Resumo (descrever a justificativa, objetivos e metodologia utilizada. A informação deverá conter no máximo 1300 caracteres, ou 200 palavras, fonte Arial ou Times New Roman, tamanho 12 e espaçamento simples).
O aprendizado da ortografia é um processo que caracteriza a modalidade escrita da língua. Sustentando-se em teorias mais recentes, que priorizam formar o aluno como sujeito que interage com o conhecimento, foram sugeridas nesta unidade didática atividades que visam a alicerçar a prática do professor em sala de aula no trabalho com ortografia. Propõem-se que os encaminhamentos para o trabalho com as convenções ortográficas levem em conta casos de regularidades (diretas, contextuais e morfológico-gramaticais) e irregularidades de nossa norma ortográfica, conforme propõe Morais (2001). O trabalho didático-pedagógico será direcionado para que o aluno perceba a importância da escrita ideal, conforme as situações a serem enfrentadas na sociedade. Para tanto, toma-se o gênero discursivo carta do leitor, a partir do qual será apresentada uma sequência didática, incluindo-se, nessa, atividades reflexivas sobre ortografia.
Palavras-chave (3 a 5 palavras)
AQUISIÇÃO DA ESCRITA; ORTOGRAFIA; 6º ANO;
Formato do Material Didático
UNIDADE DIDÁTICA
Público Alvo (indicar o grupo para o qual o material didático foi desenvolvido: professores, alunos, comunidade...).
Alunos do 6º ano do ensino fundamental. As atividades propostas serão direcionadas aos discentes com recomendações aos docentes em como desenvolver o conteúdo sobre ortografia em sua prática.
APRESENTAÇÃO
CARO PROFESSOR, CARA PROFESSORA.
Penso que as atuais dúvidas sobre como tratar a ortografia são o reflexo dos avanços que temos vivido na área de língua portuguesa e que nos têm levado a priorizar, no trabalho escolar, a formação de alunos que possam ler e produzir textos significativos. Vivemos um momento histórico de renovação: pouco a pouco, vamos conseguindo que a língua ensinada na escola tenha propósitos e características semelhantes aos que adotamos quando lemos e escrevemos fora do ambiente escolar (MORAIS, p. 17, 2001).
A dúvida em como desenvolver o trabalho pedagógico significativo com a
ortografia em sala de aula foi o motivo de buscar o estudo sobre esse tema.
Sabe-se que as atribuições do professor de língua portuguesa são várias:
ensinar a ler, interpretar e a escrever, em busca do letramento do aluno. Como
parte do processo de aquisição e aperfeiçoamento da escrita, é preciso que o
professor prepare atividades também voltadas à apropriação da escrita
padronizada, exigida em alguns gêneros discursivos mais formais.
A ortografia é um processo que caracteriza a modalidade escrita. Portanto,
precisa ser trabalhada em sala de aula. Nesta unidade didática estão sugestões de
material didático-pedagógico ao docente de língua portuguesa, para serem
aplicadas mais especificamente para alunos do 6º ano, mas que podem ser
adaptadas a outras séries.
A abordagem foi conduzida conforme os apontamentos teóricos das
Diretrizes Curriculares do Estado do Paraná (PARANÁ, 2008), que defendem o
desenvolvimento de um sujeito-aprendiz autônomo diante da apropriação do
conhecimento. Um sujeito que, ao se deparar com dificuldades relacionadas às
particularidades da língua, como as ortográficas, tenha condições de refletir sobre
o processo de formação linguístico, e conseguir escrever de maneira apropriada.
É no período de formação escolar que o aluno deve obter esses
conhecimentos linguísticos, pois muitas vezes espera-se que o discente represente
a língua escrita conforme os padrões convencionados, deduz-se que domine o
processo linguístico da língua materna, sem, no entanto, que se tenha abordado
atividades direcionadas para sanar as dificuldades que enfrenta em representar a
escrita. Por ser falante nativo, subentende-se que domine certas particularidades
do registro das palavras, porém esse processo de representar a língua falada para
a escrita é complexo, devido às variações de regras que a Língua Portuguesa
apresenta.
Por esse motivo, é preciso que a prática docente esteja voltada a
desenvolver atividades a sanar as dificuldades ortográficas dos aprendizes, de
maneira mais reflexiva, levando em consideração, a língua como se apresenta no
meio social, com o uso formal e informal dos gêneros discursivos.
Como lembra Morais (2001, p. 18) os erros de ortografia “funcionam como
uma fonte de censura e de discriminação, tanto na escola como fora dela”, ficando
evidente que o aluno precisa se apropriar desses conhecimentos da língua, para
saber o momento propício de usá-la ou manifestar-se livremente como achar
conveniente.
As atividades, desta unidade didática, estão direcionadas aos discentes,
com apontamentos e sugestões de trabalho aos professores.
UNIDADE DIDÁTICA
REFLEXÃO SOBRE A LINGUAGEM
A LÍNGUA EM USO
- Imagine uma situação de comunicação, entre um grupo de jovens, em
várias situações do cotidiano:
a) ao celular com o irmão;
b) na diretoria do colégio, com o gestor escolar;
c) no facebook, com os colegas;
d) no banco financeiro, com o gerente.
- Em trio, com seus colegas de classe, represente através de diálogos essas
situações do uso da fala.
- Após a leitura dos diálogos, converse com os colegas sobre as diferentes
maneiras de falar de acordo com a situação em que a pessoa está. Reflita: o modo
de falar, ao celular com o irmão; na diretoria, com o gestor escolar; no facebook e
ao banco financeiro, com o gerente é o mesmo?
- Assista ao vídeo
http://www.educadores.diaadia.pr.gov.br/modules/debaser/singlefile.php?id=9553
e discuta sobre a variação linguística apresentada.
- O que você e seus colegas acham que seja: variação linguística?
PROFESSOR
A citação sobre variação linguística de Cagliari (2009) apresenta
algumas considerações que são importantes de serem comentadas com os
alunos.
(…) as línguas evoluem com o tempo, se transformam e vão adquirindo peculiaridades próprias em função do seu uso por comunidades específicas. (...) O que as diferencia são os valores
sociais que seus membros têm na sociedade. Desse modo, um baiano falará como baiano, não como o gaúcho, uma pessoa de classe alta não falará como uma pessoa de classe baixa, e assim por diante (CAGLIARI, p. 70, 2009).
Comentar com o aprendiz sobre a relevância que a sociedade atribui
àquele que se expressa segundo o dialeto padrão da língua, o que não
ocorre com outro que não se manifesta da mesma forma. Cagliari constata
que:
Uma pessoa que deseja trabalhar como operário que lida em silêncio com uma máquina pode consegui-lo mesmo se falar um dialeto estigmatizado pela sociedade (aliás, se falar “bonito”, vai chocar as pessoas). Porém, se alguém aspira a um emprego em que se lide com o público, sobretudo envolvendo as classes sociais mais altas, só o obterá se for falante do dialeto dessas mesmas classes. Se uma pessoa deseja frequentar os mesmos lugares que pessoas de determinada classe social considerada de prestígio, ou ocupar cargos de poder, deverá saber falar como as pessoas desse grupo, ou satisfazer as expectativas linguísticas que a sociedade tem a respeito da fala de seus dirigentes. (p. 72, 2009)
Ao manifestar-se por escrito, é possível ser de modo informal, conforme seu
estilo de variação linguística. Isso é permitido em alguns gêneros discursivos, como
em bilhetes, cartas para familiares, mensagens e outros, quando o destinatário tem
um relacionamento mais íntimo com o remetente. No modo formal da escrita os
gêneros seguem a forma padrão, como: em documentos, pesquisas, notícias e
outros. Hintze e Antonio (p.115, 2010) vêm ao encontro dessa ideia ao defenderem
que a escola deve respeitar o modelo linguístico do aluno e ensinar a ele o modelo
que possa ser utilizado em situações de uso formal da língua.
PROFESSOR
Oportunizar reflexão nesse momento para que o aluno perceba a
importância de se apropriar da forma padronizada da língua. Porém, é
imprescindível ressaltar que as variações linguísticas, próprias de cada um,
não são consideradas erradas, ficando a critério do falante decidir os
momentos adequados de expressar-se livremente, conforme a situação
social em que se encontra.
A escrita formal deve seguir as normas preestabelecidas da ortografia.
- Vejamos o que diz Morais (2001) sobre ortografia. Leia, analise, pesquise
outras fontes e, com suas palavras, conclua o que é ortografia.
Segundo Morais (p. 18, 2001): a ortografia: é uma convenção social cuja
finalidade é ajudar a comunicação escrita.
Defende também, que:
A ortografia funciona como um recurso capaz de “cristalizar” na escrita as diferentes maneiras de falar dos usuários de uma mesma língua. Escrevendo de uma forma unificada, podemos nos comunicar mais facilmente. E cada um continua tendo a liberdade de pronunciar o mesmo texto à sua maneira quando, por exemplo lê em voz alta (MORAIS, p. 19, 2001)
Sendo a ortografia uma convenção, é preciso que, ao produzirmos textos de
diferentes gêneros discursivos, adotemos as regras ortográficas.
Nessa unidade, vamos refletir a respeito da ortografia a partir do gênero
carta do leitor.
Vejamos como é uma carta do leitor, onde é publicada, quem a escreve,
quem a lê.
A LINGUAGEM EM GÊNEROS DO DISCURSO
GÊNERO EM DISCUSSÃO:
CARTA DO LEITOR
Disponibilizar vários suportes em que circule o gênero, carta do leitor,
para que o aluno possa compreender em qual situação de interlocução ela
ocorre: revistas, jornais, sites e outros.
- Para apreender algumas características da carta do leitor, leia alguns
exemplares desse gênero:
Carta 1:
Li e adorei!!
Olá pessoal de CHC. Tenho onze anos e curso a quinta série. Conheci a CHC
neste ano por meio de uma amiga da minha mãe. Quando eu li a revista,
adorei e pedi para meu pai fazer a assinatura. Eu adoro a seção Galeria dos
Bichos Ameaçados de Extinção e a seção Quando crescer vou ser... Minha
edição favorita até agora foi a CHC 169. Eu gostaria que vocês publicassem
meu endereço para que outros leitores possam se corresponder comigo.
Abraço para o Zíper, para a Dina e para o Rex.
Álvaro Jader Lima Dantas. Rua Silenio Lopes, 425, ap. 101, 58039-190. João
Pessoa/PB.
Que bom que você leu e gostou da CHC, Álvaro. Abraços de toda a turma.
Carta 2:
Louco por ciência
Querida CHC quero dizer que adoro suas matérias, pois sou louco por
animais e pela ciência. Gostei muito do artigo Os microvilões, publicado na
CHC 130. Quero pedir que publiquem meu endereço na revista. Estou a fim
de fazer amizade com pessoas novas. Paulo Izidório da Conceição Luz.
Rua Pedro da Silva Oliveira 165, Centro, 4849000, Inhambuque/BA
Esperamos que você faça muitos amigos, Paulo. Abraços.
Carta 3:
Recado verde
Oi, CHC! Amo esta revista interessante. Adorei a matéria sobre o peixe-boi,
publicada na CHC 107. Quem gosta de poesia, música, desenho e natureza é
só me escrever. Espero responder todas as cartas. Gostaria de mandar um
recado para quem destrói a natureza: Vamos ficar sem o nosso verde!
Marisol Xavier.
Rua Açucena 375, Jardim da Paz, 39314000, Chapada Gaúcha/MG.
Valeu o recado, Marisol. Beijos!
ATIVIDADES: GÊNERO CARTA DO LEITOR
- Após ter lido essas três cartas de leitores, você observou que há algumas
características em comum entre elas e outras diferentes. Vamos identificá-las,
seguindo o que pede no quadro a seguir. Complete-o:
destinatário cumprimento assunto principal despedida resposta da CHC
Carta 1
Carta 2
Carta 3
- Agora, reflita e responda:
1- Observe o título de cada carta, e responda: quem o colocou: o remetente
ou os próprios editores da revista? Justifique sua resposta.
2- Que ideia cada título revela do texto?
3- O que há de diferente entre uma carta e outra?
4- Toda carta do leitor, representa a intenção do leitor em escrevê-la. Qual
foi a intenção de cada um, nas cartas mencionadas anteriormente? (Opinar,
elogiar, indignar, criticar, agradecer, reclamar, solicitar, outra).
5- CHC é uma sigla da Revista Ciência Hoje das Crianças. Os leitores em
geral são crianças e jovens, percebe-se que a linguagem representa seus
escritores, por manifestar uma certa informalidade no modo de escrever.
Em outros veículos de comunicação, como revista Veja, Isto é, Revista
Época; Jornais: Gazeta do Povo, Folha de São Paulo, jornais locais e outros, onde
os leitores são adultos, observe como a linguagem se manifesta:
Senhor Editor:
Dirigimo-nos a essa prestigiada revista para estranhar a ausência dos artigos
do Prof. Olavo de Carvalho, ultimamente, em suas páginas.
Motivados pelo costume e pela necessidade de ler as lúcidas e precisas
colocações do Professor, solicitamos que sua publicação não volte a ser
interrompida, o que traria um enorme vácuo ao ambiente intelecto-cultural do
país, já insuportavelmente árido, medíocre e monocórdio
Atenciosamente
Ademar Pereira Zorek (nome fictício)
- Comparando as cartas dos leitores da revista Ciências Hoje das Crianças,
com essa carta do leitor Ademar, responda: Elas seguem a mesma estrutura? E a
linguagem também é a mesma?
6 - Na carta do Ademar, há palavras que você não utiliza no dia-a-dia? Quais
são?
7 - Juntamente com o seu professor e seus colegas, conclua o que é carta
do leitor:
Professor, através da observação dos modelos de carta do leitor
apresentados nessa sequência didática e de outros que poderão ser
apresentados aos alunos em suporte próprio em que veiculam, podem-se
discutir as particularidades das cartas, para que os alunos percebam as
características em comum que apresentam para serem consideradas: carta
do leitor.
Faz-se necessário comentar com o aluno, os três tipos de carta: carta
familiar, carta do leitor e carta ao leitor.
Carta ao leitor: direcionadas aos leitores da revista, os editores
apresentam alguns conteúdos mais interessantes que a revista traz naquela
edição. Proporcionar exemplos em suportes próprios.
8 - As cartas que você leu seguem as convenções ortográficas?
9 - Se na primeira carta, o produtor estivesse escrito: “peçoal”, “quimta”,
“asinatura”, “publicasem”, você acha que a carta seria publicada? Discuta essa
questão.
10 - Leia o texto de divulgação científica “Fauna”, com bastante atenção e
em dupla encontre com seu colega, qual é a ideia principal do texto:
Fauna
No Brasil existe uma enorme variedade de animais. Todas as espécies
têm significado para o equilíbrio da natureza. Além de importância científica,
social, estética e econômica, a fauna silvestre é fundamental para a
sustentabilidade dos ecossistemas.
Elza Fiuza/ABr Pesquisadores da USP descobriram na Floresta
Nacional de Carajás um refúgio de araras-azuis.
Entre os mais famosos animais brasileiros estão o tamanduá-bandeira,
a onça-pintada, o peixe-boi, o boto-rosa e a arara-azul-de-lear. Algumas
espécies não são encontradas em nenhum outro lugar do mundo.
Somos o País da América do Sul com a maior diversidade de aves e
também o que abriga o maior número de primatas, animais vertebrados e
anfíbios da Terra. Estima-se que existam no Brasil mais de 11 mil espécies de
mamíferos, aves, répteis, anfíbios e peixes no país, 30 milhões de espécies
de insetos e cerca de 30 mil espécies de outros invertebrados.
As espécies de peixe de água doce somam 3 mil, um total três vezes
maior que o de qualquer outro país. Na lista de espécies nativas brasileiras
estão pelo menos 17% das aves e 10% dos anfíbios e mamíferos
encontrados em todo o planeta.
Apesar de toda esta riqueza, a fauna silvestre está sendo ameaçada
por uma verdadeira exploração predatória. O desmatamento das florestas, a
poluição das águas, o comércio ilegal de animais e a caça predatória são
fatores que vêm exterminando muitos animais e diminuindo a riqueza da
fauna.
Novas espécies estão sendo descobertas e imediatamente
consideradas ameaçadas de extinção. O mico-leão-caissara, o bicudinho-do-
brejo e a ararinha-azul são exemplos de animais que em breve poderão
deixar de existir.
Para incentivar a conservação da biodiversidade brasileira, o Ministério
do Meio Ambiente encomendou para centenas de especialistas um criterioso
trabalho científico que resultou no Livro Vermelho da Fauna Brasileira Animais
Ameaçados de Extinção que colabora para a divulgação do problema e a
tomada de decisões para iniciativas de proteção. A lista, atualizada em 2008,
aponta 627 espécies de animais brasileiros que correm risco de sumir da
natureza, sendo 394 espécies terrestres e 233 espécies aquáticas.
Tráfico de animais
O comércio ilegal de animais silvestres é um dos grandes problemas
enfrentados na conservação da fauna brasileira. Milhões de bichos são
mortos pela ganância de quem vende e pela desinformação de pessoas que
criam bichos selvagens como se fossem animais domésticos.
Calcula-se que o tráfico de animais silvestres retire, anualmente, cerca
de 12 milhões de animais de nossas matas. Outras estatísticas estimam que
o número real esteja em torno de 38 milhões.
Fontes:
Ministério do Meio Ambiente
IBAMA
EMBRATUR
IBGE
Eco Desenvolvimento
11 - Agora, chegou a sua vez de produzir uma carta de leitor, comente a
respeito do texto: “Fauna”, escolha com que intenção escreverá: elogiar, criticar,
manifestar indignação, solicitar algo, apoiar, agradecer ou outra. A sua carta será
enviada para o site http://www.brasil.gov.br/sobre/meio-ambiente/ecossistema, de
onde o texto foi retirado.
PROFESSOR
Posteriormente a leitura do texto e debate do tema abordado, o aluno
poderá escolher, com que finalidade escreverá e qual será o seu
destinatário.
Após essa primeira produção do aluno, serão diagnosticadas as
dificuldades relacionadas às dúvidas sobre o gênero carta do leitor, também
como as dificuldades ortográficas. As dúvidas sobre a estrutura e demais
especificidades do gênero: carta do leitor, serão sanadas através de
sequência didática.
Para um ensino produtivo da ortografia, torna-se fundamental
verificar, como ponto de partida, que tipos de erros ortográficos os alunos
cometem em seus textos. As dificuldades ortográficas serão trabalhadas
coletivamente, as que forem dúvidas da maioria e, particularmente, as
demais.
Jaime Luiz Zorzi (1998) apresenta algumas possibilidades de
incidência de dificuldades apresentadas pelos aprendizes e que podem
auxiliar o professor a levantar os tipos de erros cometidos pelos alunos:
Alterações ou erros decorrentes da possibilidade de representações
múltiplas
Alterações ortográficas decorrentes de apoio na oralidade
Omissões de letras
Alterações caracterizadas por junção ou separação não convencional
das palavras
Alterações decorrentes de confusão entre as terminações AM e ÃO
Generalização de regras
Alterações caracterizadas por substituições envolvendo a grafia de
fonemas surdos e sonoros
Acréscimo de letras
Letras parecidas
Inversão de letras
Outras
REFLETINDO SOBRE A ORTOGRAFIA
Professor, as atividades que seguem deverão ser desenvolvidas com
os alunos conforme as dificuldades diagnosticadas, a partir da observação e
das produções de texto deles. Para os encaminhamentos, toma-se como
apoio as discussões propostas por Morais (2001), no livro “Ortografia:
ensinar e aprender”:
Segundo Morais (p.27–28, 2001), há palavras escritas que seguem
regras regulares e irregulares.
Nas regulares, a representação letra-som pode servir como base para
o registro escrito. Ocorre nessas palavras o “princípio gerativo”: uma regra
que se aplica a várias (ou todas) as palavras da língua nas quais aparece a
dificuldade em questão. É, por exemplo, o que ocorre com o emprego de R
ou RR em palavras como “honra” e “cachorro”.
As regulares podem ser compreendidas pelos alunos, não é preciso
memorizá-las.
As irregulares não possuem uma maneira única de reprodução letra-
som, caso do fonema /Z/,em palavras, como: caso, exato, riqueza..., fonema
/S/: seguro, cidade, auxílio, cassino, piscina, cresça, giz, força, exceto...,
fonema /G/: girafa, jiló..., fonema: /X/: enxada, enchente..., mas envolvem,
ainda, por exemplo o emprego do H inicial: hora, harpa... a disputa entre E e
I, O e U em sílabas átonas, como: cigarro e seguro, bonito e tamborim..., a
disputa entre do L com o LH: Júlio e julho, família e toalha..., ditongos que
têm uma pronúncia “reduzida”: caixa, madeira, vassoura,etc.
Em todos esses casos das irregulares, não há regra que ajude o
aprendiz, é preciso consultar o dicionário ou outros a fins e memorizar.
Dessa forma, as palavras com escritas regulares, devem ser
compreendidas e as que apresentam dificuldades irregulares na escrita
devem ser memorizadas.
TRABALHANDO OS CASOS DE IRREGULARES
É importante salientar que nos casos das irregulares: não existe uma
regra que possa justificar a escrita. Resta ao aprendiz memorizá-la, ou seja,
conservar na mente a imagem visual da palavra. Portanto, se torna mais
conveniente que o professor elimine de sua prática os exercícios de
preenchimento de lacunas que se referem a casos de irregularidades (por
exemplo, complete com s, z ou x), pois tais exercícios reforçam a dúvida e o
medo de errar, já que não existe um princípio gerativo capaz de auxiliar o
aluno. O aluno precisa ser exposto à palavra, ver a palavra, para que
consiga fotografar a imagem da palavra em sua mente.
1 - ATIVIDADE
- Reflitamos sobre a linguagem escrita: precisamos seguir as convenções da
escrita para que possamos nos entender mutuamente. Vamos brincar um pouco
com isso! Um estrangeiro que ainda não domina a escrita completamente e vai
escrever uma carta do leitor, redigiria baseado na oralidade. Como ficariam essas
palavras extraídas dos textos estudados anteriormente?
a) paz:
b) extinção:
c) ameaçados:
d) endereço:
e) luz:
f) Brasil:
g) faça:
h) criterioso:
i) existe:
j) vermelho:
PROFESSOR
Questionar os alunos por que o estrangeiro trocaria as letras das
palavras ao escrevê-las.
O estrangeiro, quando não domina a ortografia da língua, se apoia na
oralidade, para representar na escrita como pronuncia as palavras. É o que
acontece com algumas crianças, conforme Zorzi (p.36, 1998) explica, que as
alterações ortográficas decorrentes de apoio na oralidade são devidas a
preocupação do falante em representar o sistema alfabético, que caracteriza
a escrita, baseada nas correspondências entre sons e letras. Podemos
encontrar palavras que são escritas praticamente como são faladas,
dizemos: “pata” e escrevemos “pata”.
Porém, a escrita alfabética não significa a escrita fonética:
frequentemente encontramos palavras que são pronunciadas de uma forma
e escritas de maneira diferente (quando há uma discrepância entre o falar e
o escrever). Exemplos: trabalhar - trabaliar; dormir - durmi; se importa -
sinporta...
Essa atividade (brincar de estrangeiro) é denominada por Morais de
transgressão intencional, é importante trabalhar com esse tipo de atividade
porque faz com que o aluno reflita e compreenda que muitos sons das
palavras são representadas graficamente por letras diferentes. E que em
Língua Portuguesa, cada falante e ou grupo de falantes têm suas
particularidades da fala. Porém, a representação gráfica deve ser única.
- Há palavras do texto: “Fauna”, que ao serem lidas apresentam o som
(fonema) de /z/, porém nem todas são representadas pela letra z. Você pode
encontrá-las no trecho a seguir?
No Brasil existe uma enorme variedade de animais. Todas as espécies
têm significado para o equilíbrio da natureza. Além de importância científica,
social, estética e econômica, a fauna silvestre é fundamental para a
sustentabilidade dos ecossistemas.
Elza Fiuza/ABr Pesquisadores da USP descobriram na Floresta
Nacional de Carajás um refúgio de araras-azuis.
- Registre as palavras encontradas no fragmento do texto, em seu caderno e
pesquise outras, que também tem o som de /z/, porém são escritas com letras
diferentes.
Os casos em que a mesma letra pode ser representada por diferentes
sons: a letra c, pode representar o fonema /s/ e o fonema /k/. O fonema /s/,
pelas letras: s, ss, c, ç, entre outras, como o fonema /z/, são chamadas de
correspondências múltiplas. (Zorzi, p. 34, 1998).
- Oba, chegou a hora de brincar com o: Jogo da memória:
2 - JOGO DA MEMÓRIA
Essa atividade, com o jogo da memória, tem como objetivo mostrar ao
aluno que há palavras que apresentam casos com irregularidades letra-som
(um fonema representado graficamente por várias letras) e que não há uma
regra específica para defini-las. Precisam ser conhecidas e memorizadas.
Recomendo construir vários jogos da memória com dificuldades
diversas: com fonema /z/:zebra, casa, exame,...; com fonema /s/: exemplo:
seguro, cidade, auxílio, cassino, piscina, cresça, giz, força, exceto; palavras
com fonema /g/ girafa, jiboia,; com o fonema /x/: enxada, enchente,...;
palavras com a letra H inicial e outras.
Como confeccionar o jogo:
Em cartões, o professor escreverá as palavras com os casos de
irregularidades, formando vários jogos e uma tabela para cada participante.
Nessa tabela, estarão contidas algumas das palavras dos cartões, que
estarão repetidas nos tabelas dos outros participantes.
Como jogar: os cartões serão distribuídos na mesa para que todos
contemplem as palavras e prestem atenção na disposição que ocupam
sobre a mesa, depois serão virados, para que as palavras não sejam mais
vistas. Aquele que conseguir descobrir onde estão as palavras que
necessita para completar a sua tabela será o ganhador.
Os participantes podem jogar várias vezes o mesmo jogo ou podem
trocar de jogo com outro grupo.
GIRAFA
JIBOIA
GIGANTE
GEMA
MAJESTADE
GENTE
MÁGICO
HOJE
CANJICA
GELATINA
Observe que há uma palavra que instiga conflito e pode ser explorada
pelo professor: GIGANTE, que apresenta os sons do G, /gi/ e /ga/.
- Brincou bastante? Agora reflita com a sua equipe e diga se há regra que
ajude na escrita dessas palavras.
Todos os alunos devem ter contato com as diferentes dificuldades
ortográficas dos jogos de memória.
Incentivar sempre a utilização do dicionário para verificação de
palavras que causem dúvidas.
2 - CAÇA PALAVRAS
- Que tal “caçar” umas palavras nesse quadro, procure as seguintes
palavras:
Passeio, cabeça, calça, silêncio, dez, giz, felicidade, adolescente, excelente,
classe, fosforescente, piscina, máximo.
- Pronuncie as palavras encontradas e verifique que som elas têm em
comum. A que conclusão podemos chegar?
PROFESSOR
Despertar no aluno a percepção de que em nossa língua, há várias
palavras com o som/fonema /s/, porém as letras para representá-las podem
ser diferentes .
J B D T Y A B W B E N A S Z I G Ç E
S F O S F O R E S C E N T E E D S C
C M R G A J U I B O D A T D U T H H
L F A D E U J B M L Z F L U O L A U
A N E P U C A B E Ç A L O R A F S T
S A G N O L N O N O N E S T K O D A
S D V I T O L J I H A L D E U C E R
E B E B E S I L E N C I O R F T O E
F A V O F G G N I A F C A V N K P V
K P A S S E I O M O A O L U R I L G
T E A F O R A F S T Y D A I E J M L
J C C C O N L A G N R R P C X B R K
D H L A I O R I O C A D I O C A A I
A G O L T M E A D O L E S C E N T E
E V T Ç I Z O D G B N S C D L D D U
U E P A G R O S M O X T I N E N O T
V D E S I L E N E S I L N M N M R R
K O F H G N I A F S G N A R T R F S
N C G E Y U I Z E S X G E I E D B A
A O M I X A M F F I O A V N F M E Ç
3 – DITADO: THE FLASH
O ditado é uma atividade que pode ser trabalhada em casos de
irregularidades, o professor, seleciona palavras, a fim de propiciar reflexão e
memorização ortográfica.
Como é o ditado - The Flash: o professor, faz cartões escrevendo
palavras com casos de irregularidades, mostra para os alunos, uma palavra
de cada vez ou para aumentar o grau de dificuldade, mostra duas, esconde a
escrita, pede para que escrevam a(as) palavra(s), depois mostra novamente
o (os) cartão (cartões), para verificação da escrita.
Nesse tipo de ditado é importante que o aluno visualize a palavra com
a dificuldade relacionada com uma irregularidade.
CASOS DE REGULARIDADES
PROFESSOR
Entre os casos de regularidades, podemos identificar três tipos:
regulares diretas, regulares contextuais e regulares morfológico-
gramaticais.
O caso das dificuldades regulares podem ser previstas pelo aluno por
terem um princípio gerativo, uma regra que se aplica a várias palavras da
língua, nas quais aparece a dificuldade em questão.
TRABALHO COM AS DIFICULDADES REGULARES DIRETAS
Nas regulares diretas, encontramos o grupo de relações entre letra-
som, em que não se encontra outra letra concorrendo para grafar
determinado som. Incluem-se, nesse grupo, as grafias de P, B, T, D, F e V
em palavras como pato, bode... ( Zorzi (1998) chama de correspondência
biunívoca, quando uma letra corresponde a um determinado som).
Segundo Angelo; Penkal e Bettes (2011, p.06), os casos de regulares
diretas incluem :
“a grafia dos chamados ‘pares mínimos’: p/b, t/d e f/v, em que há uma só letra para cada som. Muitos aprendizes podem confundir na hora de registrar algumas palavras, escrevendo ‘parco’, por exemplo, ao invés de ‘barco’. Isso se deve ao fato de os sons em questão serem muito similares em sua realização no aparelho fonador, ou seja, são produzidos expelindo-se o ar do mesmo modo e lugar de articulação, diferenciando-se apenas porque um (por exemplo, o /b/) é vozeado – ocorre vibração nas cordas vocais – e o outro (/p/) é desvozeado – não ocorre vibração”.
Observação: caso os alunos não apresentem dúvidas com as
regulares diretas, não é necessário trabalhá-las em sala de aula.
1 - TRAVA-LÍNGUAS
- DESAFIO: Vamos nos divertir com os trava-línguas. Veja alguns exemplos:
1 - Paulo Pereira Pinto Peixoto, pobre pintor português, pinta
perfeitamente, portas, paredes e pias, por parco preço, patrão.
- Leia o trava-língua a seguir e depois resolva os exercícios:
2 - Bote a bota no bote e tire o pote do bote.
- Faça um desenho que represente esse trava-língua.
- O que acontece se, na palavra BOTE, trocarmos a letra T por D?
- O que acontece se, na palavra BOTE, trocarmos a letra B por P?
- O que acontece se, na palavra POTE, trocarmos a letra T por D?
- Descubra as letras que estão faltando e desvende os trava-línguas:
1- O CA...É ESTÁ ...RACO, ....RIO, COM ...ORMIGA NO ...UNDO,
....AZENDO ...O...OCA.
2 - A ...A...Á ...O...A ...E...EU O LEITE DO ...E...Ê.
3 - ...IA, ...IO A ...IO, ...INO ...IO, ...RIO A ...RIO.
4 - A A...E DA ...IÚ...A ...OOU NA ...IOLA DO ...O...Ô.
Respostas dos trava-línguas:
1 - O café está fraco, frio, com formiga no fundo, fazendo fofoca.
2 - A babá boba bebeu o leite do bebê.
3 - Fia, fio a fio, fino fio, frio a frio.
4 – A ave da viúva voou na viola do vovô.
- Pesquise trava-línguas na internet do colégio, com as seguintes
características, que apresentem palavras com P e B, outras com as letras: T e D, F
e V – treinem bastante em casa e disputem em dupla, quem consegue falar os
trava-línguas sem se perder ao pronunciá-los.
- Escolha um dos trava-línguas que você achou mais interessante e dite-o
ao seu colega.
- Que tal você criar trava-línguas, seguindo as letras indicadas pela
professora? Vai ser muito divertido!
2 – AMARELINHA
Pular amarelinha!!! Puxa que legal!!!
Como brincar de amarelinha (jogo adaptado):
Antes de sair da sala de aula para brincar com a amarelinha, solicitar
aos alunos que escrevam listas de palavras que comecem com as letras p,
b, f, v, t, d.
Desenhar uma amarelinha para cada quatro ou cinco participantes,
conforme modelo no quadro anterior; os alunos começam a pular a
amarelinha jogando uma pedrinha ou outro objeto na primeira casa, depois
da casa nominada “INFERNO”. Onde está a pedrinha, o participante não
pode pisar. Cada vez que a pedrinha cair em uma casa com letra, o aluno
ficará pulando com um pé só, na casa ao lado e terá que dizer uma palavra
que comece com aquela letra, onde se encontra a pedrinha (não pode ser
nenhuma palavra que já tenha sido dita pelos colegas, caso se engane e
repita uma palavra já mencionada voltará ao início do jogo). Serão
T D
INFERNO
V F
P B
CÉU
vencedores, os jogadores que chegarem ao “CÉU” sem repetir as palavras e
sem pisar com os dois pés em campo proibido. Os primeiros vencedores
saem do jogo e a disputa continua com os demais.
Objetivo do jogo: Os alunos prestarão atenção na escrita e pronúncia
das palavras com casos de regulares diretas.
CASOS DE REGULARES CONTEXTUAIS
Segundo Morais(2001), regulares contextuais são casos em que a
posição, dentro da palavra, vai determinar a letra a ser usada. O caso do ‘r’ e
do ‘rr’ constitui um bom exemplo. O som /R/ aparece tanto no início da
palavra como no meio de vogais, mas em começo de palavras devemos usar
apenas um ‘r’, enquanto entre vogais, temos de usar ‘rr’, como “rato”,
“guerra” e outros usos: “honra”, “prato” e “barata”.
O uso do ‘z’ inicial é outro exemplo. Sabemos que o som /z/ pode ser
representado pelos grafemas ‘z’, ‘s’ e ‘x’, no entanto, no início de palavras,
sempre usamos ‘z’, como em “Zé”, “zinco”.
Nossa ortografia compreende vários outros casos de regularidades
contextuais que precisam ser trabalhados com os alunos. Por exemplo:
- a escrita das vogais e ditongos nasais, representados de cincos
maneiras (conforme exemplificado, mais adiante, na atividade da Palavra
Cruzada)
- O uso do G ou GU, como em “garoto” e “guerra”.
- Do C e do QU, notando o som /k/, como em “capeta” e “quilo”.
- O uso do J formando sílabas com o A, O e U, como em “jabuti”,
“jogada” e “caju”.
- O uso do S no início das palavras, formando sílabas co A,O, U:
“sapinho”, “sorte” e “sucesso”.
- O uso do O ou U no final das palavras que terminam “com o som de
U” (por exemplo, “bambo” , “bambu”).
- E do uso do E ou I no final de palavras que terminam “com o som de
I” ( por exemplo, “perde”, “perdi”).
Neste tipo de relações letra-som, é o contexto, dentro da palavra, que
vai definir qual letra (ou dígrafo) deverá ser usada. O que leva a
compreensão dessas diferentes regras “contextuais” é despertar no aluno a
percepção para os diferentes aspectos das palavras, em alguns casos, ele
precisará apenas observar qual letra vem antes ou depois (por exemplo o
uso do M ou N). Em outros casos terá que atentar para a tonicidade (como
na disputa entre o O e U no final das palavras).
Em alguns casos as regras se aplicam em todas as palavras da língua
nas quais a letra aparece, independente se está no começo, meio ou final da
palavra ( como em G ou GU). Em outros, a regra só serve para certas
posições, como o “som do U” em posição final em palavras átonas se
escrevem com O; em outra posição precisamos memorizar a grafia das
palavras, como em “português” e “tamborim”.
Portanto, para que haja aprendizado de regras contextuais diferentes é
preciso raciocinar de modos distintos sobre as palavras. Isso precisa ser
considerado quando o professor pensa em estratégias de ensino que levem
a incorporação das regras de nossa ortografia.
1 - CARTA ENIGMÁTICA
Professor, atente para que os textos não sejam utilizados como
pretexto para o desenvolvimento de atividades ortográficas, portanto
primeiramente explore as especificidades do gênero e tema abordados, para
posteriormente partir para a análise ortográfica.
- Decifre o enigma dessa carta do leitor:
Senhor João Henrique.
- Escreva as frases novamente, nas linhas em branco na própria carta.
* Imagens: Domínio público
- Foi fácil, não é?! Agora faça um levantamento das palavras da carta
enigmática que apresentam o som do “R forte”.
- Podemos notar que muitas palavras que apresentam o som do “R forte”,
são escritas com dois “rr”, como em terra, serra, morro e outras. Mas esse som de
“R forte”, também aparece em outras palavras que não estão escritas com “rr”.
Quais são elas?
- Nas atividades anteriores, levando em conta o som do “R forte”, conclua:
- rros + ros editores da Revista: Terra – Cultivo - ios + to:
Tenho a - rário + nra de escrever-lhes, pelas dicas úteis sobre lavoura que nos passam
aproveitamos muito em minha propriedade, principalmente sobre os conteúdos das seguintes matérias: cultivo do
no da serra; sobre a - res + ita da vagem na época adequada, para que fique tenra e
também sobre a - nte + rvação da +ta - ite + s morros.
Continuem escrevendo sobre a problemática da terra.
Agradecido
João Henrique Ferreira
Município de Terra Roxa, K 45, Paraná
em que situações usamos “rr”? Em que situações usamos “r”? Para responder,
observe o contexto da palavra, ou seja, a letra que vem depois do “r” ou “rr”.
Aproveite e conclua com os alunos, sobre a representação letra-som
do R, para conceituar o seu uso. Pode ser comentado com eles que devido
à semelhança de se pronunciar tal fonema é que, muitos aprendizes se
equivocam ao escrever: honra, tenro, genro, Henrique, e outras, pois
apresentam o mesmo som forte do R que em serra, morro, correto e outras,
porém a representação gráfica se difere, e é constante nos dois casos:
exemplo, genro e em outros casos o N sempre antecede o R.
2 - O EMPREGO DO “M” E DO “N”
Que dúvida cruel! Quando devo usar o M? Quando devo usar o N? Será que
é “canto” ou “camto”? Como saber?
- Observe as letras posteriores ao N e M nas palavras retiradas do texto:
Fauna, depois elabore uma regra para usá-la sempre que ocorrer esse tipo de
caso:
Tamanduá-bandeira
onça-pintada
insetos
anfíbios
desmatamento
REGRA:
Usamos N antes de …...............
Templo
ambientes
campo
pomba
campestre
REGRA:
Usamos M antes de …................
- Com seus colegas, elabore um cartaz, expondo as regras para o uso do M
e do N antes de consoantes. Após, fixe-o no mural da sua sala de aula.
- Pesquise mais palavras que contemplem as duas regras que você acabou
de elaborar.
Nessa atividade, o aluno é instigado a refletir e a descobrir a regra
ortográfica que justifica o uso do M antes do P e B e do N diante das outras
consoantes. Como as demais correspondências fonográficas regulares
contextuais, devem ser abordadas com os aprendizes de modo que eles
reflitam e construam conceitos sobre a ortografia das palavras.
3 - PALAVRAS CRUZADAS
As palavras dessa atividade: PALAVRAS CRUZADAS, não partiram
especificamente de textos trabalhados nessa unidade didática; as questões
ortográficas relacionadas com os casos regulares podem ser trabalhadas
com palavras isoladas, visto que é o contexto, dentro da palavra, que define
a letra ou dígrafo a ser usado em cada palavra.
Morais (2001) afirma que, os alunos apresentam dificuldades na
escrita das vogais e ditongos nasais, porque na escrita do português
existem cinco modos de “marcar” a nasalidade, porém seguem uma
regularidade de uso, que o aluno pode compreender. Como:
- usando o M em posição final de sílaba (“campo”);
- usando o N em posição final de sílaba (“vento”);
- usando o til (“romã”)
- usando o dígrafo NH (“ninho”);
- e há ainda, casos em que a nasalização ocorre “por contiguidade”,
pois a sílaba seguinte começa com uma consoante nasal, como em “cama”
e “cana”.
Siga as dicas e complete a cruzadinha:
1 – Local onde se respira ar puro.
2 – 1ª fase da vida do ser humano.
3 – O melhor amigo do homem.
4 – Fruta envenenada pela Bruxa, a qual a Branca de Neve mordeu.
5 – Local onde alguns animais vivem e ou chocam seus ovos.
6 – Fruta suculenta, verde por fora, vermelha por dentro.
7 – Espécie de ave doméstica criada com a finalidade proporcionar alimento
ao ser humano.
8 – Fruta com muitas sementes, muito consumida em final de ano, por
acreditar-se que traz sorte.
9 – Objeto que emite som de alerta.
10 – Brisa forte.
6
2 M O
I 10 V E N T O P
N L A 4 M O
F A 9 C A M P A I N H A
7 G A L I N H A 3 A C N
N C Ç 1 I
C I 8 R O M A N
I A 5
A
- Ao ler essas palavras da cruzadinha, você pronunciou vários sons nasais
de nossa língua. Eles são representados por letras diferentes. Quais são elas?
Os sons nasais abordados nessa palavra cruzada, são representados
pelas letras: M, N, NH, ÃO e Ã.
CASOS DE REGULARES MORFOLÓGICO-GRAMATICAIS
Regulares morfológico-gramaticais são casos em que é a categoria
gramatical da palavra que estabelece a regra.
Morais (2001) apresenta diversos casos de regularidades morfológico
gramaticais presentes em substantivos e adjetivos:
- “portuguesa”, “francesa” e demais adjetivos que indicam o lugar de
origem se escrevem com ESA no final;
- “beleza”, “pobreza” e demais substantivos derivados de adjetivos e
que terminam com o segmento sonoro /eza/ se escreve com EZA;
- “português”, “francês” e demais adjetivos que indicam o lugar de
origem se escrevem com ÊS no final;
- “milharal”, “canavial”, “cafezal” e outros coletivos semelhantes
terminam com L;
- “famoso”, “carinhoso”, “gostoso” e outros adjetivos semelhantes se
escrevem sempre com S;
- “doidice”, “chatice”, “meninice” e outros substantivos terminados
com o sufixo ICE se escrevem sempre com C;
- substantivos derivados que terminam com os sufixos ÊNCIA, ANÇA
e ÂNCIA também se escrevem com C ou Ç ao final (por exemplo, “ciência”,
“esperança” e “importância”).
As regras morfológico-gramaticais se aplicam ainda a vários casos de
flexões dos verbos que causam dificuldades para os aprendizes. Eis alguns
exemplos:
- “cantou”, “bebeu”, “partiu” e todas as outras formas da terceira
pessoa do singular do passado (perfeito do indicativo) se escrevem com U
final;- “cantarão”, “beberão”, “partirão” e todas as formas da terceira
pessoa do plural do futuro se escrevem com ÃO, enquanto todas as outras
formas da terceira pessoa do plural de todos os tempos verbais se
escrevem com M final (por exemplo, “cantam”, “cantavam”, “bebam”,
“beberam”);
- “cantasse”, “bebesse”, “dormisse” e todas as flexões do imperfeito
do subjuntivo terminam com SS;
- todos os infinitivos terminam com R (“cantar”, “beber”, “partir”),
embora esse R não seja pronunciado em muitas regiões de nosso país.
Importante ressaltar que não são apenas nessas palavras que
ocorrem o princípio gerativo. Há outras em nossa língua. O conhecimento
das regras morfológico-gramaticais permite ao aluno compreender e usar os
princípios gerativos, que lhe possibilitarão resolver uma série de problemas
na escrita, sem precisar armazenar formas ortográficas na memória.
1 - CARTA DO LEITOR: LUÍS
Luís é uma criança muito preocupada com os acontecimentos de seu bairro.
Ele escreveu uma carta à Revista Criança Feliz para denunciar os danos que sua
escola sofreu recentemente. No entanto, na hora de escrever ele cometeu alguns
erros. Você é capaz de identificá-los?
Prezados editores da Revista Criança Feliz
Tenho uma denúncia a fazer. Algumas pessoas invadirão o meu bairro e
numa noite dessas fizerão coisas terríveis na minha escola. Elas picharão o
muro, quebrarão as janelas, arrombarão a porta, roubarão o computador e
ainda sujarão os livros que usamos todos os dias e agora, como faremos
nossos deveres? Eu gostaria que essas pessoas não fizecem mais isso, que
focem mais educadas, que paracem de fazer estragos. Peço para quem tiver
alguma pista, favor denunciar na delegacia.
Obrigado ao apoio da revista.
Luís Tomazino Silva
Rua: Pernambuco, s/n, Paraná.
- Quais foram os erros que Luís cometeu?
- Por que ele está cometendo esses erros? O que está faltando ele saber?
- Quando usamos os verbos terminados em ão? Quando usamos os verbos
terminados em am?
- Por que “fizecem”, “focem” e “paracem” estão com a grafia errada?
- Para que Luís não tenha dificuldades, formule uma regra para o uso do ão
e am nos verbos da nossa língua.
- Formule a regra para o uso do SS em verbos, como esses.
Agora reflita, um pouco mais e responda:
- Você já leu várias cartas de leitores. Em alguma delas, você notou erro
ortográfico? Será que os editores das revistas só publicam as cartas que não há
erros? Mas se chega à redação da revista uma carta muito interessante, porém
contendo alguns enganos, como essa do Luís, o que será que os editores fazem?
- Você será o editor da revista e irá publicar a carta do Luís. É preciso
reescrevê-la conforme as normas ortográficas. Então, reescreva-a .
- Continuando em seu papel de editor da revista, responda a carta para o
Luís.
- Após, revise o texto, observando as questões ortográficas. Se surgir
alguma dúvida, verifique se há uma regra que ajude a resolvê-la. Se não houver
regras, consulte um dicionário.
2 – JOGO DAS CARTAS: “UMA ESTRANHA NO NINHO”
calabresa
(estranha)
marquesa
freguesa
mesa
(estranha)
libanês
francês
inglesa
mês
(estranha)
princesa
irlandês
três
(estranha)
polonês
inglês
framboesa
(estranha)
rês
(estranha)
Observação: Outras palavras podem ser incluídas nos cartões, esse é
apenas um modelo, como: Burguês, camponês, camponesa, marquês,
português, japonês, tailandesa, portuguesa, polonesa, francesa e outras.
“Estranhas no ninho”: Teresa, defesa, Inês, indefesa e outras.
CONCEITO:
Os sufixos “ês” ou “esa” são empregados na formação de nomes que
designam profissão, títulos honoríficos de posição social, assim como em
palavras que indicam origem, nacionalidade.
Professor: Os alunos ao receber essa regra, poderão procurar no
dicionário o significado de “honoríficos”.
Como jogar:
A turma será dividida em quartetos. Cada grupo receberá suas cartas
e o conceito da regra, em questão. As cartas serão dispostas umas sobre
as outras, viradas com a escrita para baixo. Os participantes cada um em
sua vez, comprarão suas cartas, sem mostrá-las aos jogadores
adversários, após cada compra irão verificando se adquiriram o estranho
no ninho. Ao terminar todas as cartas, os participantes mostrarão suas
cartas e farão a contagem de pontos.
Valores das cartas: para cartas contemplando a regra, somam 10
pontos; as cartas, com as estranhas no ninho: diminuem 10 pontos. O
jogador ganhador será aquele que somar mais pontos.
Objetivo do jogo:
Com essa atividade o aluno refletirá sobre o conceito da regra das
palavras em questão.
O professor pode aproveitar esse jogo para trabalhar outros casos
de regularidades morfológico-gramaticais.
Professor, após a produção do aluno de carta do leitor, verifique a
necessidade de trabalhar mais as características do gênero, com outros
exemplos, até que compreendam como é, e qual função social desempenha,
só então solicite outras produções e finalmente a produção para ser
destinada a publicação.
- Nesse momento, que você já percebeu como é uma carta do leitor,
produza um texto desse gênero, solicitando alguma benfeitoria para seu bairro ou
reclamação, crítica ou agradecimento.
- Após a correção da professora, refaça a sua redação, seguindo as
orientações sugeridas:
- Observe se o tema escolhido por você em sua carta do leitor, está
compreensível para quem lê-la.
- Para escrever sua carta seguiu as características específicas do gênero
carta do leitor, verifique.
- Quanto aos verbos, verifique que você usou AM (para o pretérito) e ÃO
para o futuro.
- E se você utilizou M antes de p e b, e N antes de outras consoantes.
- Veja se há mais alguma irregularidade na ortografia e realize as
adequações de acordo com o que estudamos até aqui.
- Fez as correções? Agora leia para ver como ficou e a envie para a editora
do jornal local. Esperamos que seja publicada. Boa sorte!
AVALIAÇÃO
A avaliação ocorrerá durante todo o processo de abordagem do
gênero: carta do leitor, com:
- interpretações;
- produções;
- e atividades relacionadas à ortografia.
Quando diagnosticada as dificuldades dos alunos relacionadas ao
conteúdo trabalhado, será realizado novo direcionamento de abordagem,
para sanar as dúvidas detectadas.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS:
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CAGLIARI, Luiz Carlos.Alfabetização e Linguística. São Paulo: Scipione, 2009.
HINTZE, Ana Cristina Jaeger; ANTONIO, Juliano Desiderato. Para que gramática no ensino fundamental? In: MENEGASSI, Renilson José (org.). Leitura, escrita e gramática no ensino fundamental (das teorias às práticas docentes). Maringá: EDUEM, 2010.
MORAIS, Artur Gomes de. Ortografia: ensinar e aprender. São Paulo: Ática, 2001.
PARANÁ, Secretaria de Estado de Educação. Diretrizes Curriculares da Educação Básica Língua Portuguesa, 2008.
ZORZI, Jaime Luiz. Aprender a Escrever: apropriação do sistema ortográfico. Porto Alegre: Artmed, 1998.
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