Post on 07-Jul-2015
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Fases da investigação/ estudo na Metodologia de Desenvolvimento (Design-Based Research)
Uma das características desta metodologia é a sua
permanente adaptabilidade e constante autoavaliação
metodológica e processual. Isto é, não é um processo
estático em que, quando definidas as etapas e
especificações da investigação, estas se mantêm
inalteradas até ao fim de todo o processo.
Assim, e apesar das possíveis diferenças inerentes
às especificidades de cada estudo, podemos
considerar a existência de três fases principais,
Nunes (2012) define-as como:
“i) Fase da investigação preliminar-visa analisar as
necessidades do contexto, realizar a revisão de
literatura e o desenvolvimento de um quadro
conceptual ou teórico para o estudo.
ii) Fase de protótipo destina-se ao processo iterativo
que consiste em repetições, sendo que cada uma é
um microciclo da pesquisa e a avaliação formativa a
atividade de pesquisa mais importante, a qual visa
melhorar e aperfeiçoar a intervenção.
iii) Fase de avaliação-avalia para concluir se a solução ou
intervenção atende às especificações pré-determinadas
(Plomp, 2010).”
Outros autores, no entanto, consideram apenas duas
fases, por exemplo, para Collins, “The first phase of work
in constructing such a theory will be to identify all the
relevant variables” e “The second phase of our work will
specify how different independent variables interact to
produce success or failure with respect to the different
dependent variables” Collins (1988).
Qualquer que seja o modelo utilizado na conceção,
nenhum pressuposto deve ser encarado como definitivo
e inquestionável.
As metodologias de desenvolvimento são uma realidade
da investigação no século XXI e todas as variáveis são
suscetíveis de alteração em qualquer momento do
estudo.
Referências
Collins, A. (1988). Proceedings of the NATO advanced
Research Workshop on New Directions in Advanced
Educational Technology, Held in Milton Keynes, UK,
10-13 November 1988. Retirado de:
http://elearning.ul.pt/mod/resource/view.php?
id=97109
Nunes, C. (2012). Apoio a pais e docentes de alunos com
multideficiência: Conceção e desenvolvimento de
um ambiente virtual de aprendizagem. Manuscrito
não publicado, Tese de doutoramento. Instituto de
Educação da Universidade de Lisboa.
Plomp, T. (2010). Educational design research: An
introduction. in T. Plomp & N. Nieveen (Ed.), An
introduction to educational design research (pp.9-35).
Netherlands: SLO – Netherlands Institute for Curriculum
Development. Retirado de:
http://www.slo.nl/downloads/2009/Introduction_20to_2
0education_20design_20research.pdf