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Exercício Físico e Saúde da Mulher: Tríade da Mulher Atleta
Resumo
Sabe-se o quanto é importante a prática regular de exercícios físico para a
manutenção da saúde e longevidade. No caso específico do sexo feminino, quando
se trata de cargas demasiadamente intensas e excessivas durante o treino,
semelhantes aos homens, pode ocorre o surgimento de problemas específicos
relacionados à saúde para essas mulheres.
O estudo que se desenvolve a seguir abordará temas relacionados à prática
de exercícios físico e saúde, destacando a “tríade as mulher atleta”, termo que
surgiu na década de 80, que englobava três problemas interrelacionados: doenças
do comportamento alimentar, disfunções menstruais e osteoporose.
Este trabalho representa o posicionamento sobre atividade física e saúde em
indivíduos do sexo feminino (atletas ou não atletas), visando nortear esclarecer e
ampliar a recomendação da prática de atividade física pelos profissionais de saúde
que lidam com esse grupo.
1. Introdução
Fatores como distúrbios alimentares e alterações no ciclo menstrual,
segundo Souza (2010), são as mais freqüentes alterações relatadas por mulheres
atletas, nas quais geralmente, são praticantes de modalidades esportivas que
necessitam de grande exigência física como, por exemplo, as ginásticas rítmicas e a
artística, o atletismo de fundo, a patinação artística e bailarinas, havendo menor
incidência destes distúrbios em atletas do ciclismo de estrada e Mountain bike.
Alterações bruscas na composição corporal e também nos hábitos alimentares
podem contribuir para o desenvolvimento de doenças como a anorexia e a bulimia
nervosas, associando-se a alterações menstruais e ósseas.
Diante das cobranças exercidas pelos treinadores, patrocinadores e
familiares, surgem também os fatores psicológicos, que colaboram de foram efetiva
para o surgimento dessas doenças. No entanto, executam treinos muito elevados
durante horas, todos os dias da semana para obtenção de resultados causando uma
preocupação crescente com problemas de saúde associados às atletas. (GREEN et
al.,2003 citado em CUNHA,2006)
Outro fator relacionado com o aparecimento da doença, é questão
nutricional, que também pode contribuir com o agravamento deste quadro, pois, o
baixo peso e má nutrição são fatores importantes na determinação do início da
desmineralização na presença de amenorréia. Na prática as atletas adotam dietas
altamente restritivas e desequilibradas, que causam problemas físicos e psíquicos
às atletas. (SOUZA, 2001 citado em PARDINI,2001)
Os interessados em se aprofundar no tema devem consultar a bibliografia
relacionada.
1.1. Objetivo
Nortear, esclarecer e ampliar a recomendação da prática de atividade física
pelos profissionais de saúde que lidam com esse grupo.
2. Fundamentação Teórica
2.1. Exercício físico
- Seqüência planejada de movimentos repetidos sistematicamente com o
objetivo de elevar o rendimento (BARBANTI, 2003)
- O Exercício, tipo atividade física, definido como movimento corporal
planejado, programado, estruturado e repetitivo realizado com intuito de melhorar ou
manter um ou mais componentes aptidão física. (ACSM, 2007)
2.2. Saúde
É uma condição de bem estar que influencia extensivamente o
comportamento. A muitas definições de saúde, que vão desde a antiga “ausência de
doenças” a mais atual proposta pela Organização Mundial da Saúde (OMS): “é o
estado ideal de completo bem estar físico, psicológico e social”. (BARBANTI, 2003)
Na atualidade, saúde tem sido definida não apenas como a ausência de
doenças. Saúde se identifica como uma multiplicidade de aspectos do
comportamento humano voltados a um estado de completo bem-estar físico, mental
e social. Pode-se também, definir saúde como uma condição humana com
dimensões física, social e psicológica, cada caracterizada por pólos positivo e
negativo. A saúde positiva estaria associada com a capacidade de apreciar a vida e
de resistir aos desafios do cotidiano, enquanto a saúde negativa estaria associada
com a morbidade e, no extremo, com a mortalidade. (BOUCHARD, 1990 citado em
PITANGA, 2002)
2.3. Exercício físico e saúde
Os exercícios leves entre 50 a 85% VO2 máx, realizados durante 20 a 60
minutos, 3 a 5 por semanas, é capaz estimular de forma benéfica os componentes
da aptidão física, tais como: Aptidão cardiorrespiratória, fortalecimento muscular,
composição corporal, flexibilidade, densidade óssea, perfil lipídico e glicêmico,
promovendo melhor qualidade de vida e longevidade. (ACSM, 2007)
2.4. Fisiologia da mulher
A fisiologia especial feminina a torna mais vulnerável a deficiências
nutricionais durante os diferentes estágios da sua vida. As necessidades de
nutrientes específicos como ferro e cálcio são maiores nas mulheres do que nos
homens. (VIEBIG et al.2006)
Existem diferenças entre os sexos quanto à fisiologia do exercício, mesmo
antes da puberdade, que aumentam durante a adolescência e a vida adulta. Estas
ocorrem fundamentalmente em função de tamanho e composição corporal. Mais
especificamente, os homens possuem maior massa muscular em termos absolutos e
relativos (por peso corporal total), enquanto que mulheres possuem maior percentual
de gordura corporal, o que resulta numa menor eficiência termorregulatória nos
exercícios em ambientes quentes. Apesar da composição de fibras musculares
serem semelhante em homens e mulheres, o volume de cada fibra, seja do tipo I ou
II, é maior nos homens. Estas características conferem maior potência e endurance
muscular aos homens, no entanto, que a potência aeróbica máxima, VO2 máx, é
uma medida reproduzível de capacidade do sistema cardiovascular de liberar
sangue a uma grande massa muscular envolvida num trabalho dinâmico. (POWER
& HOWLEY, 2000 p.232;412; SIMÃO, 2007 p.116)
Durante exercícios aeróbicos observa-se menor consumo máximo de
oxigênio em mulheres em comparação com os homens, sendo que o principal
mecanismo hemodinâmico envolvido é o menor débito cardíaco decorrente de
menor volume sistólico. Esta característica, por sua vez, é conseqüente à menor
massa e volume ventriculares em mulheres, seja do ponto de vista absoluto ou
relativo ao peso corporal total. Além disso, a capacidade de transporte de oxigênio
(devido a um nível médio de hemoglobina inferior decorrente das menstruações) é
menor nas mulheres. (PARDINI, 2001; MCARDLE, 2008 p.203)
Existem fatores em conjunto fazem com que o desempenho desportivo seja
6 a 15% menor nas mulheres em comparação com os homens, embora a
capacidade de adaptação ao treinamento seja semelhante. Para Pardini (2001), o
desempenho masculino em atividades competitivas é em geral melhor que o
feminino. Contudo, alguns estudos sugerem que em corridas de ultralonga duração
exista a possibilidade de que o desempenho feminino venha a ser no futuro igual ou
até mesmo superior ao masculino.
Apesar das respostas fisiológicas ao exercício em meninas pré-púberes apresentarem o mesmo perfil daquelas de mulheres adultas, existem algumas diferenças a serem consideradas. A mais marcante naquelas é o maior consumo de O2 durante a caminhada ou corrida de intensidade submáxima (menor eficiência mecânica), o que acarreta menor reserva metabólica e fadiga mais precoce. Em adendo, a potência anaeróbica e a endurance muscular são muito menores em meninas em comparação com as mulheres, levando ao menor desempenho daquelas em saltos, corridas de velocidade e arremessos. Meninas também apresentam menor adaptação ao treinamento que mulheres adultas. (PARDINI, 2001)
A mulher possui uma taxa metabólica menor e maior quantidade de gordura
que o homem, apresentando ganho de peso mais facilmente.
Antes da puberdade não existe diferenças significativas entre meninos e
meninas, mas quando a puberdade começa e no decorrer do ciclo menstrual, alguns
fatores controlados por determinados hormônios que possuem uma variação cíclica,
cuja principal função é preparar o organismo para a gestação, controlando,
principalmente, a ovulação e o aporte nutricional para o futuro embrião, nos meninos
a testosterona aumenta a formação óssea e a síntese de proteína na formação
muscular. (SIMÃO, 2007)
Durante o amadurecimento do óvulo, as células próximas a ele passam a
produzir:
Estrogênio: hormônio que, durante a adolescência é responsável pelos
caracteres sexuais femininos como desenvolvimento das mamas e de alguns tecidos
adiposos, amadurecimento dos órgãos sexuais, etc, passa e ser responsável pelo
início da formação do endométrio;
Progesterona: também responsável, durante a adolescência, pelo
surgimento dos caracteres sexuais femininos, mas que, durante o ciclo menstrual,
conclui o desenvolvimento do endométrio (membrana mucosa que reveste a parede
uterina).
Para a mulher na idade fértil e durante os três primeiros meses de uma
gestação normal, existe o risco de descolar a placenta do útero representando a
interrupção da gravidez. Neste período aconselha-se suspender atividades físicas de
alta intensidade e de grande impacto.
Após os três primeiros meses, a mulher poderá continuar suas atividades
físicas de rotina sem nenhuma contra indicação, e este trabalho poderá ser muito
benéfico para um bom parto, para uma gestação saudável e sem ganho exagerado
de peso.
As células ovarianas que estavam próximas aos óvulos em
desenvolvimento, quando não há a fecundação, perdem sua função secretora de
estrogênio e progesterona cerca de 8-10 dias após a ovulação. Com a queda destes
hormônios, bloqueia-se a irrigação sangüínea do endométrio levando à morte do
mesmo e sua posterior expulsão por meio das contrações uterinas, ocasionando a
menstruação, porém, segundo Mann et al. (2009), os benefícios dos exercícios
durante a gestação claramente se sobrepõem aos riscos potenciais.
Geralmente em torno dos 52 anos a mulher também sofre as conseqüências
provocadas pela menopausa - período em que ocorre a interrupção definitiva do
ciclo menstrual - que incluem alterações físicas, emocionais e hormonais as quais
que costumam alterar temperatura corporal, humor e apetite, mas que podem ser
prevenidas ou ter seus sintomas aliviados por pequenas mudanças na dieta
associada com atividade física.
2.5. Mulher e Performance
Os hormônios sexuais são as principais substâncias responsáveis pelas
diferenças existentes entre homens e mulheres. Em homens, o principal hormônio
sexual é a testosterona e, em mulheres são o estrogênio e a progesterona, que tem
sua atividade muito intensa durante a puberdade sendo fundamental para definição
das diferenças na performance entre homens e mulheres.
A testosterona é responsável em estimular o crescimento de massa
muscular (hipertrofia) e, conseqüentemente de força e de explosão, isso justifica a
vantagem a favor dos homens, em provas como 100m rasos, arremesso de peso,
saltos, etc.
Em comparação dos sexos em provas cada vez mais longas, a diferença na
performance torna-se menos evidente, tanto que já se sabe que em corridas acima
de 60km as mulheres tem um maior rendimento do que os homens, podendo ser
justificado da seguinte forma: o organismo utiliza carboidratos e gorduras durante a
atividade física, porém, quanto mais prolongada for a atividade, mais gordura e
menos carboidratos serão utilizados. (LEITÃO ET AL, 2009)
Como disse também Leitão et al. (2000), capaz de pode viabilizar a
metabolização de gordura, a atividade física para mulheres, deve estar associada à
dietas saudáveis a fim de evitar distúrbios menstruais e potencializar os resultados
de composição corporal.
A prática correta da atividade física proporciona menor risco de doenças e
derrames, menor risco de câncer de mama, colo e ginecológico, diminuição de
diabetes, aumento da densidade óssea e diminuição do risco de osteoporose,
aumento do controle de peso a longo prazo, aumento do bem estar, melhoria da
função orgânica na terceira idade, diminuição do risco de hipertensão arterial,
melhoria do perfil lipídico sanguíneo. (OLIVEIRA, 2009)
2.6. Exercício físico e saúde da mulher: Tríade da mulher atleta
Tríade da mulher atleta é uma síndrome que ocorre em mulheres
fisicamente ativas. Seus componentes interligados são: alimentação desordenada,
amenorréia e osteoporose. Surge devido à pressão de alcançar ou manter um peso
corporal extremamente baixo. (MALURY & SALA, 2007).
Esportes onde o peso corporal é enfatizado tanto para atividade atlética
como para aspectos físicos correm maior risco. Mulheres que apresentarem um
componente da tríade devem ser avaliadas para possível presença dos outros
componentes. Os componentes da tríade podem reduzir o desempenho físico,
causar morbidez e mortalidade.
Alimentação desordenada – A baixa aceitação social de indivíduos cm
porcentagem elevada de gordura corporal e a ênfase em conseguir o corpo “perfeito”
aumentaram a incidência distúrbios nos comportamentos alimentares prejudiciais
para a saúde ao tentar conseguir uma redução de peso ou aspecto magro. Anorexia
e a bulimia são comportamentos podem variar desde a restrição de alimentos,
passando por exageros alimentares e purgação (vômito induzido), podendo resultar
em distúrbios alimentares. (POWERS & HOWLEY, 2000 p.412; MALURY & SALA,
2007).
Desordem alimentar
Osteoporose Amenorréia
Anorexia nervosa – distúrbio alimentar comum que não está relacionado a uma doença
fisica específica. Estado de inanicao no qual o individuo se torna fraco/magro em razão
de recusar alimentos.
o Causa - medo de engordar;
o Técnicas – privação alimentar, exercícios físicos e uso de laxantes.
o Efeitos - perda excessivas de peso, a cessação da mestruação, em casos
extremos a morte.
Bulimia – (complusão alimentar) – comer exageradamente e (purgação) seguido por
vômito. Ingesta repetitivamente grandes quantidades de alimentos, em seguida, provoca
o vômito para evitar o ganho de peso. E mais comuns em atletas e tem sua origem
psicológica
o Efeitos - danos aos dentes; esôfago, decorrente do vômito de ácidos gástricos.
A maioria dos bulímicos tem a aparência e possuem peso normal, podendo o abdome
protruir em decorrência de da distensão acarretada pela compulsão alimentar.
POWERS & HOWLEY, 2000
Sinais de advertênc
ia da anorexia nervosa
Perda rápida de
peso
Alterações no humor
Evita atividades relacionad
as a alimentos
Exercício excessivo
Precupação com a
alimentação, calorias
e peso.
Uso de roupas frouxas
Sinais de advertênci
a da bulimia
Perda de peso
perceptível
Humor depressivo
Alimentação restrita
seguida de complusão alimentar
Preocupação excessiva com o peso
Idas ao banheiro após as
refeições
Aumento da crítica sobre o
corpo dos outros
Amenorréia – O termo amenorréia é ausência de três ou mais ciclos
menstruais consecutivos segundo, Malury & Sala (2007), ou menos de quatro
menstruações por ano segundo Powers & Howley (2000), após a menarca. Quando
associada ao exercício ou à anorexia nervosa, resulta em menor produção de
hormônios ovarianos e em hipoestrogenemia semelhante à menopausa.
Classificação de sobrepeso e obesidade pelo % de gordura
PERCENTUAL DE GORDURA
CLASSIFICAÇÃO MULHERES HOMENS
Normal 10,0 – 24,9% 5,0 – 14,9%
Sobrepeso 25,0 – 29,9% 15,0 – 19,9%
Obesidade Moderada 30,0 – 34,9% 20,0 – 24,9%
Elevada 35,0 – 39,9% 25,0 – 29,9%
Mórbida >39,9% >29,9%
Fonte: NOVAES & VIANA, 2009
Maiores casos de ocorrências segundo Powers & Howley (2000): corredoras
de distâncias, bailarinas; e menores ocorrências: nadadoras e as ciclistas.
As possíveis causas, para Powers & Howley (2000), é baixo percentual de
gordura, mas evidencias não comprovam; segundo Pardini (2001), disse que já é
reconhecida como amenorréia de causa hipotalâmica.
Durante o exercício há uma produção de ᵦ-endorfina (peptídeo opióides
endógeno que são considerados neurotransmissores, neuro-hormônios e
neuromoduladores), que depende mais da intensidade do que na duração, podendo
influenciar na variedade de funções hipotalâmicas incluindo a regulação da produção
do GnRH. Sob essa circunstância a secreção pulsátil do GnRH (gonadorelina
hipotalâmica) fica alterada, redundando numa diminuição da produção de LH
(hormônio luteinizante) e FSH (folículo estimulante) que, por sua vez, acarreta
decréscimo dos esteróides ovarianos, como conseqüência a amenorréia.
Osteoporose – Distúrbios minerais ósseos - É uma doença caracterizada
pela massa óssea reduzida e maiores taxas de perda do conteúdo mineral ósseo.
Práticas alimentares desordenadas, baixa ingestão de cálcio, combinada com
disfunção menstrual, pode levar a perda óssea, que em geral, existem duas causas
principais de perda óssea na atleta (POWERS & HOWLEY, 2000 p.412; MALURY &
SALA, 2007):
1. Deficiencia de estrogênio decorrente de amenorréia;
2. Ingestão inadequada de calcio em razao de distúbios alimentares.
Grupo de risco
1. A princípio, todas mulheres e adolescentes fisicamente ativas correm o risco de
desenvolverem um ou mais componentes;
2. Alterações biológicas, o impulso social pela magreza e a preocupação com a
imagem corporal que ocorre durante a puberdade fazem que a adolescência seja
a época mais vulnerável.
3. Esportistas que enfatizam um baixo peso corporal também podem ser um fator
de risco.
4. Modalidades mais atingidas: aeróbica, corrida, corridas de cavalo, dança,
ginástica, líder de torcidas, lutas, natação, patinação artística e voleibol, entre
outras.
Dicas nutricionais
Antes do exercício prefira carboidratos complexos com baixo e moderado
índice glicêmico, como por exemplo: cereais integrais, iogurte, banana,
laranja, suco de fruta, pães integrais, etc. Esse carboidrato tem uma absorção
mais lenta, conseqüentemente a liberação de insulina será menor.
Promovendo estabilidade durante o exercício.
Depois do exercício opte por carboidratos simples e complexos com índice
glicêmico moderado e alto, como massas, batata, arroz, pães, etc. Os
carboidratos simples possuem altos índices glicêmicos (maior liberação de
insulina), não devem ser consumidos antes do treino, pois podem causar
desconforto, picos de insulina, desmaios, tonturas etc, já após do exercício
são ótimos para repor rapidamente a energia gasta.
O consumo de proteínas é indicado antes e após a atividade física.
Quanto à ingestão de ferro, dê preferência por alimentos de origem animal
como, por exemplo, a carne bovina. Outros alimentos de origem vegetal
(verduras e legumes de cor verde escura) devem ser ingeridos,
acompanhados de vitamina C para a melhor absorção do mineral. Ex: suco
de laranja na mesma refeição que ingerir o feijão.
Principais fontes de proteínas: Iogurtes, leite e derivados, carnes magras,
feijões, barras de proteína, etc. Suplementação somente quando necessário,
com orientação de um profissional.
Na hora de escolher os lipídios dê preferência às gorduras mono e
poliinsaturadas (pois elas não alteram os níveis de colesterol no sangue).
Ex: azeite de oliva, óleo de canola, soja e girassol, atum, sardinha, salmão, abacate
e sementes oleaginosas.
Evite gorduras saturadas e trans, além de extremamente calóricas podem
elevar os níveis de colesterol no sangue. Ex: margarinas, manteigas, óleo de
coco, creme de leite, leite integral, bacon, etc.
Fracione as refeições ao longo do dia (5 a 6 refeições) para ativar o
metabolismo, e facilitar a queima de gordura e perda de peso de um modo
saudável.
Fique atento à alimentação pré-treino, consuma alimentos que está habituado
a ingerir, com baixo teor de fibras, para não causar nenhum tipo de
desconforto durante a atividade física.
3. Prescrição de exercício físico para a manutenção da saúde
3.1. Modalidade;
Aptidão Cardiorrespiratória (CR) –
[...] está relacionada à capacidade de realizar um exercício dinâmico de intensidade moderada a alta com grandes grupos musculares por longo período de tempo,[...] depende do estado funcional dos sistemas respiratórios, cardiovascular e musculoesquelético[...] que está relacionada à saúde. (ACSM,2007)
Por que:
a) Baixos níveis de aptidão CR estão relacionados a um risco
extremamente maior de morte prematura por doenças
cardiovasculares.
b) Aumentos na aptidão CR estão relacionados a uma redução na
morte por todas as causas.
c) Altos níveis na aptidão CR estão associados a níveis mais altos de
atividade física habitual, que por sua vez estão relacionados com muitos
benefícios à saúde.(ACSM,2007)
Os exercícios de endurance proporcional um maior aprimoramento no
VO2máx porque utilizam grandes grupos musculares por longo períodos prolongados
em natureza rítmica e aeróbica,( por ex.:, caminhada, marcha, corrida, subida de
escada, natação, ciclismo, atividade elíptica, remo, ergometria combinada para
seguimentos superiores e inferiores, dança e etc.)
3.2. Freqüência - Para Monteiro (2004 p.168), a freqüência é uma variável de
estímulos que deve ser cuidadosamente estruturada para que haja
adaptações favoráveis e que está ligado diretamente ao nível de aptidão
do(a) praticante variado entre 3 a 5, podendo chegar a 6 vezes.
Fonte: POLLOCK & WILMORE, 2009 p.102
3.3. Duração da sessão –
[...] um exercícios menos cansativo, em steady state - estado de equilíbrio entre o consumo e a absorção de oxigênio – por mais de 20 minutos ou mais, [...] aumentará a eficiência de bombeamento do coração e a capacidade dos músculos específicos.[...]recomendamos para iniciantes, obesos, hipertensos e cardiopatas uma prescrição inicial em ritmo moderado, com duração de 20 a 30 minutos. (NOVAES & VIANA, 2009 p.69)
3.4. Intensidade – [...] a dose de exercício necessária para conseguir um
aprimoramento na aptidão CR, deve exercitar-se com uma intensidade de:
43,744,6 44,9 44,9
42,2
48,3
50,7
52,7
40
44
48
52
56
Controle 1 x/Semana 2 x/Semana 3x/ SemanaVO
2m
áx (m
l/kg
-min
)
Efeito de diferentes frequencias de treinamento e sua relação com VO2máx
Antes do Treinamento Depois do Treinamento
40-50 a 85% do VO2máx ou 55-65 a 90% da FCmáx – Atenção par um
número menor para pessoa menos aptas, idosas ou sedentárias.
(MCARDLE, 2008)
3.5. Progressão – Com base no “Princípio da variação da sobrecarga”, a partir
de um determinado desempenho, o aumento variado da sobrecarga passa a
ser um requisito essencial para a progressão na progressão do exercício
físico. (WEINECK, 1999)
Imediatamente após uma carga de trabalho em um determinado exercício
físico, há uma recuperação no organismo visando a homeostase. Isso provoca a
depleção de reservas energéticas, sendo necessário repouso prolongado e
alimentação adequada para a total recuperação.
A progressão deve ser efetuada de forma cuidadosa variando os estímulos
que podem ser obtidos por alterações de velocidade dos movimentos, ou pelo uso
de pesos/cargas adicionais, por alterações de pausas e freqüências dos exercícios,
por mudança no método de treinamento, etc.
4. Considerações finais
5. Referências bibliográficas
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