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23/09/2015
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MEIOSCOMPLEMENTARES DE
DIAGNÓSTICO
Escola Superior AgráriaInstituto Politécnico de Viana do Castelo
EXAME CLÍNICO
Obtenção da história pregressa – anamneseExame físico completoExames laboratoriais apropriadosExames diagnósticos complementares
MEIOS DE DIAGNÓSTICOEm muitas situações fundamentais
para atingir um diagnóstico definitivoEm animais de produção não são muito
utilizados caros, demorados e muitas vezes com resultados duvidosos
Clínicos de campo deveriam recorrer mais a estes meios
+ utilizados em equinos recorrem a clínicas especializadas, com equipamento mais específico
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MEIOS DE DIAGNÓSTICO Imagiologia Imunodiagnóstico laboratorial HematologiaBioquímica sanguíneaAnálise líquido peritonealAnálise líquido pleuralAnálise líquido sinovialColheita líquidos das vias aéreas ECGUrianáliseAnálise de fezes
MEIOS DE DIAGNÓSTICOIMAGIOLOGIA
Raio –XTomografia computorizada (CT)Ressonância magnética (MRI)EcografiaCintigrafiaEndoscopia
MEIOS DE DIAGNÓSTICOIMAGIOLOGIA
Raio XPatologias musculo - esqueléticasPatologias do Ap. Respiratório - avaliação do
campo pulmonar, seios paranasais, etc.Endoscopia/Gastroscopia
Visualização das vias respiratórias – cavidadesnasais , seios paranasais, faringe, laringe, traqueiae brônquios/ visualização do esófago, estômagoe inicio do intestino delgado (duodeno)
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IMAGIOLOGIATomografia Computorizada
Crescente uso Visualização da área a 3 dimensões
Ressonância Magnética Melhor em visualização da geometria articular detecção
precoce de lesões Dispendiosa + necessidade anestesia geral
Cintigrafia Útil na detecção de danos no osso cortical (e.g. fracturas de
stress) Método sensitivo não demonstra problema anatómico
específico
MEIOS DE DIAGNÓSTICO
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MEIOS DE DIAGNÓSTICOIMAGIOLOGIA
EcografiaReprodução – diagnósticos de gestação,
patologias reprodutivasPatologias musculo - esqueléticasPatologias do Ap. Respiratório e Cardiovascular
- avaliação do campo pulmonar, seios paranasais, ecocardiografia
Patologias abdominais – hepáticas, renais, ap. digestivo
Patologias oculares
MEIOS DE DIAGNÓSTICO
IMUNODIAGNÓSTICOPesquisa no soro sanguíneo ou no leite do
tanque de:Vírus (e.g. IBR, BVD, BRSV, PI-3, etc.)Protozoários (e.g. Neospora caninum, etc.)Bactérias (e.g. Mycobacterium paratuberculosis,
Chamydia spp, Leptospira spp, Babesia bovis)Tremátodes (Fasciola hepatica)
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MEIOS DE DIAGNÓSTICOHEMATOLOGIA
Locais de colheita Bovinos – jugular, coccígea, auricularEquinos – jugular, facialPequenos ruminantes – jugular Suínos – jugular, auricular
Tubos de recolhaEDTA - hemogramaSimples – bioquímica, liq. peritoneal, sinovial
e pleuralCitrato – provas de coagulação
MEIOS DE DIAGNÓSTICOHEMATOLOGIA
Hemograma:
1. Número de eritrócitos (% reticulócitos)
2. Hematócrito (Ht %)
3.Hemoglobina (Hb): gr/dl
4. VCM = Ht (%) x 100 / nº de eritrócitos
Média do volume das Hemácias
Anemias:1. Microciticas2. Normocítica3. Macrocítica
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5. HCM = Hb / nº de eritrócitos
• Determina a quantidade de hemoglobina média,presente num eritrócito.
• É apresentada sempre num hemogragramacompleto
• Diminuida nas anemias hipocromicas,
• Aumentada nas anemias hipercromicas.
Concentração de Hemoglobina Corpuscular Média, abreviadamente CHCM (ou MCHC, do inglês Mean corpuscular hemoglobinconcentration)é sendo parte de um hemograma padrão.
6. CHCM = Hb / Ht (%)
7. Plaquetas
8. Glóbulos Brancos
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MEIOS DE DIAGNÓSTICOHEMATOLOGIA
MEIOS DE DIAGNÓSTICOHEMATOLOGIA
1. Ht (%) ↑ + Proteína plasmática ↑ desidratação. 2. Ht (%) =
a) Proteína plasmática ↑ anemia mascarada por desidratação ou aumento de globulinas.b) Proteína plasmática = normalc) Proteína plasmática ↓ aumento da perda de proteína através do TGI ou urinário; diminuição da produção hepática (doença hepática)
3. Ht (%) ↓a) Proteína plasmática ↑ anemia associada a desidratação.b) Proteína plasmática = aumento da destruição de GV; diminuição da produção de GV, perda de sangue crónica (deficiência em ferro)c) Proteína plasmática ↓ hiperhidratação; hemorragia externa
MEIOS DE DIAGNÓSTICOBIOQUÍMICA SANGUÍNEA
Proteica
Patologia Albumina α globulina β globulina γ globulina
Infecção ViralAgudaCrónica
NORMALNORMALNORMAL
NORMALELEVADAELEVADA
ELEVADANORMALELEVADA
NORMALelevada + tardeELEVADA
Parasitismo BAIXA ELEVADA ELEVADA NORMAL
Doença hepática BAIXA NORMAL NORMAL ELEVADA
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MEIOS DE DIAGNÓSTICOBIOQUÍMICA SANGUÍNEAProteica
Equinos
MEIOS DE DIAGNÓSTICOBIOQUÍMICA SANGUÍNEA
Não-proteicaAmóniaÁc. BiliaresBilirrubinaGlucoseCreatinina e ureiaFosfatoColesterol e TGC
Patologias hepáticas
Patologias renais
MEIOS DE DIAGNÓSTICOBIOQUÍMICA SANGUÍNEA
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MEIOS DE DIAGNÓSTICO
BIOQUÍMICA SANGUÍNEAEnzimasALP – tec. ósseo, intestino, rim e tec. biliarGGT – fígado e rimAmilase - pâncreasAST – fígado, músculo esquelético e cardíacoGLDH - fígadoSDH - fígadoLDH (1-5) – vários tecidosCK – músculo, cérebro
MEIOS DE DIAGNÓSTICOBIOQUÍMICA SANGUÍNEA
MEIOS DE DIAGNÓSTICO ANÁLISE LIQ. PERITONEAL
Alterações liq. peritoneal:•Isquémia•Compromisso da parede intestinal•Inflamação•Necrose intestinal
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Aparência Proteínas g/dl
Contagem celular
µl *1000
Citologia
Normal Amarelo claro < 2 < 7,5 2 neutrófilos 1mononucle.
Obstrução não
estrangulada
Amarelo claro a turvo
< 3 3-15 Predom. Neutró. não degenerados
Obstrução estrangulada
Serosanguinolento
2,5 -6 5 – 50 Predom. Neutró.
degeneradosPeritonite Amarelo
esbranquiçado turvo
> 3 >20 Predom. Neutró.
degeneradosRuptura Amarelo
acastanhado com restos
alimentares
5 - 6,5 >20 Predom. Neutró.
Degenerados, bactérias
MEIOS DE DIAGNÓSTICO ANÁLISE LIQ. PERITONEAL
Isquémia Contaminação Ruptura intestinal
MEIOS DE DIAGNÓSTICO ANÁLISE LIQ. PLEURAL
Local de inserção da agulha ou cânula:Lado esquerdo: 18º ou 19º EIC, cerca de
2.5 a 5 cm acima do olecrâneoLado direito: 6º ou 7º EIC, próximo ao
nível da articulação do cotovelo
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MEIOS DE DIAGNÓSTICO ANÁLISE LIQ. PLEURAL
Parâmetro Valor referênciaTotal de células nucleadas (x 109 / l) 0.8 – 12.1Neutrófilos (x 109 / l) 0.448 – 10.285Monócitos (x 109 / l) 0.048 – 2.624Linfócitos (x 109 / l) 0 – 0.675Eosinófilos (x 109 / l) 0.013Proteína total (g / l) 0.2 – 4.7Eritrócitos RarosTurbidez TransparenteTendência a coagular AusenteVolume Poucos mililitrosOdor InodoroCor Incolor ou amarelado
MEIOS DE DIAGNÓSTICOANÁLISE LIQ. SINOVIAL
Avaliação de cor, volume, coagulação, citológica, concentração proteica, actividade enzimática
Marcadores bioquímicos ou imunológicos medir concentração de produtos resultantes da degradação articular
Grau de sinovite
MEIOS DE DIAGNÓSTICOANÁLISE LIQ. SINOVIAL
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MEIOS DE DIAGNÓSTICOCOLHEITA LIQ. VIAS AÉREAS
1.Lavagem e aspiração transtraqueal percutânea(LTP)
2.Aspiração transtraqueal percutânea (ATP)
3.Lavagem e aspiração transtraqueal endoscópica(LTE)
4.Lavagem broncoalveolar (LBA)
MEIOS DE DIAGNÓSTICOCOLHEITA LIQ. VIAS AÉREAS
Colheita percutânea das secreções das viasaéreas inferiores. Um cateter é inseridopercutaneamente no interior da traqueia
Colheita transtraqueal através de um endoscópio doTRI. O cateter está no interior do endoscópio que foiintroduzido pela fossa nasal e pela traqueia
MEIOS DE DIAGNÓSTICOECG
Registo do potencial eléctrico médio gerado no músculo cardíaco, em termos de voltagem e tempo durante as diferentes fases do ciclo cardíaco
Onda P: despolarização atrial
Complexo QRS: despolarização ventricular
Onda T: repolarização ventricular
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MEIOS DE DIAGNÓSTICOECG
Onda P - contracção do átrio; nódulo sinusalComplexo QRS - actividade eléctrica nos ventrículosOnda T - desactivação (repolarização) dos ventrículos
ECG é ainda útil quando:1. Exame clínico de rotina2. Terapia cardíaca3. Performance atlética4. Viabilidade do feto (ECG fetal)5. Exame do acto de compra6. Anestesia
MEIOS DE DIAGNÓSTICOURIANÁLISE
Métodos de colheita Micção espontânea Micção provocada Sondagem (preferencial para testes bacteriológicos) Administração de furosemida
Características Viscosidade Transparência Cor Odor
MEIOS DE DIAGNÓSTICOURIANÁLISE
CaracterísticasViscosidade Normal - fluida, aguada Pielonefrite devido a pus e muco - lodosa, gelatinosa Nefrose amilóide - formação de espuma
Transparência e presença de substâncias estranhas Normal - clara e transparente Cristalúria Hematúria Piúria
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MEIOS DE DIAGNÓSTICOURIANÁLISECaracterísticas
Cor Normal - Amarelo clara Poliúria, ingestão excessiva de água- incolor a amarelo
muito clara Oligúria, hipertermia, patologias sistémicas agudas -
amarela-dourada a acastanhada Hematúria – sangue
Odor Normal - levemente aromático Infecções bacterianas - fétido Cetose - frutuoso
MEIOS DE DIAGNÓSTICOANÁLISE DE FEZES
Contagem de ovos de parasitas – verificar estado parasitário do animal espécies de parasitasTeste de sangue ocultoPresença de areia
DÚVIDAS?...
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BIBLIOGRAFIADirksen, G., Grunder, A.D., Stober, M. (2003)
“Rosenberger – Bovine Internal medicine andsurgery” 4th Edition. Mosby
Radostitis, O., Gay, C., Blood, D. (1994) “Veterinary Medicine. A textbook of the diseasesof cattle, sheep, pigs, goats and horses” 8th Edition. W. B. Saunders
Smith, B. P. (2001) “Large Animal InternalMedicine” 3rd Edition. Mosby
Knottenbelt, D. C. (2006) “Saunders EquineFormulary” Saunders Elsevier