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CENTRO ESTADUAL DE EDUCAÇÃO TECNOLÓGICA PAULA SOUZA
ETEC PEDRO D'ARCÁDIA NETO
Técnico em Administração
DIANA VITORELLI DANTAS
FRANCIELE DA SILVA
MICHELE APARECIDA DA SILVA MARQUES
A EVOLUÇÃO DA FORÇA FEMININA NO MERCADO DE TRABALHO, EM FUNÇÕES QUE ANTIGAMENTE
ERAM EXECUTADAS EXCLUSIVAMENTE PELOS HOMENS.
Trabalho de conclusão de curso apresentado ao componente curricular de Desenvolvimento do Trabalho de Conclusão de curso em Administração, como parte dos requisitos necessários para a obtenção do título de Técnico em Administração.
Orientador: Prof. Alecsandro Michael de Andrade
MARACAÍ
2010
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CENTRO ESTADUAL DE EDUCAÇÃO TECNOLÓGICA PAULA SOUZA
ETEC PEDRO D'ARCÁDIA NETO
Técnico em Administração
DIANA VITORELLI DANTAS
FRANCIELE DA SILVA
MICHELE APARECIDA DA SILVA MARQUES
A EVOLUÇÃO DA FORÇA FEMININA NO MERCADO DE TRABALHO, EM FUNÇÕES QUE ANTIGAMENTE
ERAM EXECUTADAS EXCLUSIVAMENTE PELOS HOMENS.
Trabalho de conclusão de curso apresentado ao componente curricular de Desenvolvimento do Trabalho de Conclusão de curso em Administração, como parte dos requisitos necessários para a obtenção do título de Técnico em Administração.
Aprovada em 6 de Dezembro de 2010.
Orientador: Prof.
Alecsandro Michael de Andrade
Examinador: Profª
Lígia Ribeiro Oliveira Correia
Examinador: Prof.
Luiz Carlos Ferceli Junior
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Dedicatória
Aos nossos familiares e amigos e em especial a nossa professora Karina Dorta de Souza Rocha, que tanto nos dedicou seu tempo e sua atenção, dedicamos este trabalho pela constante presença, tanto nos momentos de alegria e distração, quanto nos momentos de aflição e ansiedade. A conquista desta etapa é o resultado do carinho e dedicação que sempre recebemos.
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"Cada dia que amanhece assemelha-se a uma página em branco, na qual gravamos os nossos pensamentos, ações e atitudes. Na essência, cada dia é a preparação de nosso próprio amanhã."
Chico Xavier
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RESUMO
DANTAS, Diana Vitorelli; MARQUES, Michele Aparecida da Silva; SILVA, Franciele da. A evolução da força feminina no mercado de trabalho , em funções que antigamente eram executadas exclusivamente pelos ho mens. Trabalho de conclusão de curso. Curso Técnico em Administração da Escola Técnica Pedro D'Arcádia Neto. Maracaí. p.47, 2010.
Este trabalho de conclusão de curso teve por objetivo tratar sobre a evolução da mulher no mercado de trabalho. Durante muito tempo as mulheres eram vista na história como aquela responsável apenas pela criação dos filhos, servir seus maridos, e cuidar da casa, dependendo somente de seus companheiros, limitando a refletir apenas sobre a figura do homem como sujeito universal, raramente a mulher era apresentada pelos historiadores, todo discurso sobre temas clássicos como a abolição da escravatura, a imigração européia para o Brasil, a industrialização, ou o movimento operário, evocava imagens da participação de homens, e jamais de mulheres capazes de merecerem uma maior atenção; porque estavam confinadas ao espaço da vida privada, envolvida no cuidado com o lar, na educação dos filhos, na atenção com o marido; ocupada demais para ser percebida pela história, que até então era oculta para a vida pública, mas esta realidade mudou consideravelmente com o passar dos anos as mulheres conquistaram o seu espaço, adquiriram independência, devido a tanta dedicação e esforço, vestindo a camisa da responsabilidade, e desafiando a desigualdade cresceram de maneira uniforme no mercado de trabalho, e não só nas áreas administrativas como se costuma ver em algumas empresas, e sim, em funções que até muito pouco tempo eram consideradas funções exclusivamente masculinas; mas conquistar espaço não é sinônimo de conquista dos direitos; as mulheres ainda fazem dupla, às vezes tripla jornadas de trabalho ganham menos que os homens exercendo as mesmas funções, e quando chegam a casa trabalham com a mesma dedicação, porém, quem vê as mulheres ocuparem os mais diversos cargos nas empresas, não imagina o quanto está realidade demorou a acontecer. Diante das necessidades o número de mulheres que trocaram o trabalho doméstico pelo exercício de uma profissão remunerada vem crescendo em grande progresso, tornou-se inevitável a participação da mulher no sustento da família, ou ainda, o trabalho cujos objetivos apontam na independência e na realização, ou seja, o “sexo frágil” foi à luta.
Palavras-chave : realidade; necessidade; dedicação; desigualdade; independência.
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LISTA DE ILUSTRAÇÕES
Figura1- Salário do Emprego Formal............................................................ 26
Figura 2- Ruth Cilene da Silva Munis . Trabalha em revestir
massa á 60 metros do chão........................................................... 34
Figura 3- Mulheres vencendo desafios e perigos......................................... 35
Figura 4- Nas estradas elas também vencem barreiras............................... 37
Figura 5- Ângela Demetrio em sua função de técnica
automobilística na empresa Ford................................................... 38
Figura 6- Adriana Silvestre trabalha em uma fábrica que
produz janelas de alumínio............................................................ 39
Figura 7- Ana Maria Leme Prado trabalha há 33 anos na
Bolsa de Valores............................................................................ 39
Figura 8- Ramo em que a participação feminina tem crescido a
nível nacional é o da construção civil............................................ 40
Figura 9- Nem sempre a força está somente na aparência pode
estar também na vontade de trabalhar.......................................... 40
Figura 10- A primeira diretora da Petrobrás é Maria das Graças
Foster (Gás e Energia), que assumiu em 2007........................... 41
Figura 11- Devido ao cuidado e dedicação das mulheres
muitas delas dedicam-se a medicina........................................... 41
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LISTA DE ABREVIATURAS E SIGLAS
MTE
FAT
SENAI
AAA
CLT
IBGE
SUS
Ministério do Trabalho de Emprego
Fundo de Amparo ao Trabalhador
Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial
Associação Automotora Americana
Consolidação das Leis Trabalhistas
Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística
Sistema Único de Saúde
CLADEM Comitê Latino-Americano de Defesa dos Direitos da Mulher
RA Regiões Administrativas
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SUMÁRIO
1. INTRODUÇÃO..................................................................................................... 11 2. JUSTIFICATIVA................................................................................................... 12
3. OBJETIVO............................................................................................................
12
3.1 Objetivo Geral.............................................................................
12
3.2 Objetivo Especifico......................................................................
12
4. HIPOTESE........................................................................................................... 13
5. METODOLOGIA................................................................................................... 13
6. A EVOLUÇÃQO DA FORÇA FEMININA NO MERCADO DE TRABALHO, EM FUNÇÕES QUE ANTIGAMENTE ERAM EXECUTADAS EXCLUSIVAMENTE PELOS HOMENS................................................................ 14
6.1 A história...................................................................................... 14
6.2 Das responsabilidade á Produtividade......................................... 16
6.3 As dificuldades vividas pela mulher de antigamente supridas pelas da atualidade.................................... 18
7. DIREITOS DA MULHER NO MERCADO DE TRABALHO................................. 20
7.1 Direitos que transforma é o mesmo direito que conserva............ 21
7.2 Desigualdade Social..................................................................... 23
8. PRECONCEITOS, DESVALORIZAÇÃO E DISCRIMINAÇÃO............................ 27
9.INDEPENDÊNCIA E RESPONSABILIDADE........................................................ 29
10. A MULHER NO MERCADO DE TRABALHO..................................................... 30
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11. TIPOS DE FUNÇÕES MASCULINAS QUE HOJE AS MULHERES ESTÃO DOMINANDO................................................................
31
11.1 Construção civis...................................................................... 31 11.2 Eletricistas de autos, residenciais e industriais.............................................................................. 34 11.3 Motoristas................................................................................. 36 12. A MULHER NA CONSTANTE LUTA............................................................. 37 13. CONCLUSÃO................................................................................................. 43 14. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS................................................................ 45
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1. INTRODUÇÃO
As mulheres, nas sociedades antigas, viviam de maneira limitada, com
dificuldades até para ser mulher, era difícil obter educação, respeito e conhecimento,
já que suas vidas era viver para servir, eram diferenciadas apenas pelo aspecto de
mulheres, pois, obter objetos que hoje as mulheres consideram essências em suas
vidas, antes isso nem existia, e o pouco que existia eram destinados apenas a
mulheres de famílias assim por dizer que tinham sobrenome. Hoje podemos ver que
qualquer mulher desde sua infância já adquiri, aqueles acessórios femininos, onde
passa ser um hábito usá-los. Neste trabalho iremos tratar um pouco sobre a
situação da mulher no mundo contemporâneo; suas realizações, suas conquistas,
as lutas pelas desigualdades, a força para vencer as necessidades, o conceito de
sua capacidade, a visão diante a sociedade, o interesse sobre o conhecimento, e
principalmente a sua entrada no mercado de trabalho onde foi consideravelmente
uma da suas maiores transformações, e que ainda vem aumentando diariamente,
desempenhando funções, a qual antes nenhuma mulher vivera. Porém não
devemos tapar os olhos diante dessas mudanças. Há ainda um longo caminho à
percorrer, como organizar as concepções, diferenciar o preconceito da
desvalorização, provar que lugar se conquista e não apenas tem. Revelar que a
busca pela igualdade profissional, que as mulheres almejam não é invadir o espaço
masculino ou provar uma superioridade em relação aos homens, e sim o que elas
desejam é poder escolher o melhor caminho para serem felizes e completas, serem
bem remuneradas de igual para igual, ter sua capacidade vista como um bem e não
uma rivalidade, ou um abuso, conscientizar de que o crescimento das tecnologias e
dos meios de negócios invoca oportunidades para diferentes os sexos.
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2. JUSTIFICATIVA
Foram vários os motivos que levaram a escolha do tema “A EVOLUÇÃO DA
FORÇA FEMINIA NO MERCADO DE TRABALHO EM FUNÇÕES QUE
ANTIGAMENTE ERAM EXECUTADAS EXCLUSIVAMENTE PELOS HOMENS”,
porém o que mais se destacou foi que, hoje em dia as mulheres não procuram
apenas um trabalho para auxiliar em suas necessidades particulares e sim, algo que
as satisfaçam mesmo que isso exija força bruta, as mulheres vêm adquirindo
experiência em diversas áreas ocupando variados tipos de funções e se sobressaindo
nas realizações, e o mais encantador é que as mesmas buscam se especializar nas
áreas, tomam gosto pela atividade, e agem como uma equipe e no mesmo tempo
conquistam confiança tanto do empregador, como dos companheiros de equipe, sem
dizer da admiração que conquistam entre seus familiares por demonstrar força
coragem e objeção.
3. OBJETIVOS
3.1 OBJETIVO GERAL
Aceitar as diferenças, e as valorizar, pela qualidade da execução não por quem
faz valorizar de forma igual, para igual remunerar justamente, e ter a colaboração da
sociedade, em nível de estrutura e direitos.
3.2 OBJETIVOS ESPECIFICOS
I. Promover a regularização do salário de acordo com sua função e não pelo
sexo.
II. Ter seus direitos respeitados de acordo com a lei
III. Poder trabalhar em equipe sem sofrer qualquer tipo de desvalorização, des-
respeito ou até discriminação.
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IV. Obter o direito de trabalhar com tranquilidade sabendo que seus filhos fica-
ram bem cuidados, tendo assim da sociedade uma estrutura que a apóie de acordo
com sua necessidade.
V. Proporcionar experiências a quem tem intenção ou objetivo de adentrar em
respectivas áreas sem que aja limite ou requisitos específicos, na qual não prejudique
sua estabilidade.
VI. Possibilitar estágios para mulheres que estudam em cursos profissionali-
zantes de áreas masculinas.
VII. Investir na qualificação de trabalhadoras que já ocupam áreas executáveis
por homens, e não somente qualificar homens por serem das respectivas áreas.
VIII. Promover a autonomia das atividades sem que espere que uma empresa
reconheça determinado valor.
4. HIPÓTESE
O que poderia ser feito, é que os responsáveis pelas cidades e municípios se
empenhassem para facilitar o dia a dia dessas mulheres, construindo mais creches
com profissionais competentes, escolas com atividades extracurriculares, formando
atividades até mesmo na cidade para valorização do menor aprendiz, assim daria
tranquilidade para os pais trabalharem, ainda valorizariam a cidade de forma positiva,
as mães que trabalham não precisaria deixar seus filhos sozinhos, podendo ocorrer
algum acidente ou problema, e com tranquilidade claramente seriam mais produtivas,
aumentando a produtividade certamente aumenta o lucro e o processo de produção
empresarial tornando assim, necessária mais mão de obra, consequentemente
atraindo mais moradores, fazendo com que a população das cidades cresça
permitindo o crescimento da cidade também, pois uma cidade que oferece uma boa
estrutura é bem vista para novos moradores. Umas das hipóteses também é que as
empresas abram oportunidades de empregos, diminuam a exigência do requisito de
ser exclusivamente masculino permitindo assim que ambos os sexos disputem as
vagas, ofereçam estágios, e a mesma remunere justamente para melhor desempenho
da funcionária, e que as empresas priorizem conhecimento e capacitação.
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5. METODOLOGIA
Revisão bibliográfica.
6. A EVOLUÇÃO DA FORÇA FEMININA NO MERCADO DE TRABA LHO, EM FUNÇÕES QUE ANTIGAMENTE ERAM EXECUTADAS EXCLUSIVAMENTE PELOS HOMENS
Neste capítulo será apresentado um histórico sobre a vida da mulher nos
tempos mais antigos comparado com os dias atuais.
6.1 A história
Quem nunca teve aquele momento de conversa com seus pais e avós e por
um longo tempo ouviu suas histórias de vida e ficaram perplexos de tanta informação
sobre força, coragem e dedicação; é difícil de acreditar, que era tão difícil naquela
época, pois quem vive nos dias de hoje com tantas as facilidades jamais conseguiria
se vê naqueles tempos onde, os filhos homens nasciam e assim que atingia certa
idade, ainda que muito pouca fosse esta idade, acompanhavam seus pais nas
atividades da roça, onde viviam uma vida debaixo de sol escaldante, criando tão cedo
calos em suas mãos e tendo como educação uma forma única, bruta e sofrida, como
para garantir o sustento da casa, tão pequenos com inchada nas mãos arcando de
uma responsabilidade que hoje muitos só conhece depois de completar maior idade,
alguns nunca se quer conhece este tipo de realidade, vivendo onde tudo pode-se ter
com muita facilidade; como estudos, conhecimentos avançados, aparelhos e produtos
que facilitam o dia a dia, quanto antigamente isto era para poucos; só estudavam os
filhos “caçulas”, os mais velhos tinham que trabalhar, e eram trabalhos pesados para
idade, já as filhas eram educadas por suas mães e designadas a aprender atividades
domésticas, lavar passar, limpar, cozinhar, costurar, era uma educação vocacional
para uma vida de doméstica, que fosse facilitar quando obtivesse seus maridos, e
suas casas.
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E em muitos lugares as meninas ainda muito crianças já eram educadas para
casar. Desde pequenas já ouvia os conselhos de seus pais, para quando fosse se
casar e tiver suas casas. Nestes tempos viviam-se em lugares onde água e luz eram
escassos, os chãos eram de terra, não havia saneamento básico, suas comidas eram
colhidas no quintal de casa, e escola para aqueles que tinham oportunidade, tinham
que batalhar para chegar, pois eram trajetos difíceis de fazer, alguns levavam horas
caminhando ou de carroça, outros atravessavam rios, cada um com uma dificuldade
maior que a do outro. Tanto homens como mulheres tem essas histórias cravadas em
seus conceitos de vida, pretendendo mudar o caminho a ser percorrido no futuro. Os
homens têm certa dificuldade de aceitar mudanças, já as mulheres ao lembrar que
além do trabalho doméstico ainda levavam almoço para os homens e filhos que
trabalhavam na roça, e quando ainda lhes restavam tempo, elas ajudavam os homens
no trabalho da roça, querem que esta realidade esteja bem longe de ser vivida nos
dias de hoje, fazendo com que suas busquem por novos caminhos, desafiam as
mudanças e muitas delas se preparando para essas mudanças, tornando diferente o
futuro, buscando pelas modernidades e versatilidades dos objetos e meios que
oferecem os dias de hoje levando a enfrentar uma realidade ainda em processo de
aceitação, mesmo que seja difícil de ouvir, que os homens naquela época chegavam
da roça, iam ajudar nas atividades domésticas, e que apenas sentavam em uma
cadeirinha no seu quintal e aguardavam “a janta” feita pelas suas mulheres que além
do dia difícil estava ainda preparando jantares e banhos, e mesmo assim as mulheres
ainda carregam um sentimento de companheirismo, pois as que são casadas e
trabalham foram muitas delas tem por objetivo dividir as contas da casa tirando a
sobrecarga da responsabilidade dos “ombros” de seus maridos, tornando assim
comum de que os homens sintam saudades daquela época.
Em uma pesquisa na cidade de Maracaí, onde habitam cerca de 14.000
pessoas, concretiza-se que 70% das pessoas idosas que viveram este tipo de vida,
tem vontade de trocar os dias de hoje pelos de antigamente, como a opinião do
senhor João Manoel de Oliveira de 78 anos de idade, morador do bairro Nosso Teto
da cidade de Maracaí, onde viveu praticamente mais de metade de sua vida aqui neta
região, já as mulheres idosas não querem voltar no tempo não, pois consideram as
máquinas de lavar roupa mais próximas que os rios, os ferros de passar mais leves
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que os de brasa, e o fogão tem gás onde alguém traz e já deixa no jeito, não sendo
preciso catar lenha e esperar secar quando chove, na opinião da senhora Joanna
Aparecida de Oliveira de 75 anos, esposa do senhor João Manoel. Por fim ao
analisarmos, concretizamos que a força da mulher está cravada desde que mundo é
mundo, citando as palavras da senhora Joanna:
“Deus concedeu o dom a mulher de gerar vida, por naturalmente serem mais fortes em aturar dor, e ainda assim sentir amor e orgulho pelo o que causou tanto sofrimento”,
Bem mas tudo são relatos erguidos atualmente,como cita Elisiana Renata
Probst, sobre o mesmo estudo do Instituto Catarinense:
“A história conta que tudo começou com as I e II Guerras Mundiais (1914 – 1918 e 1939 – 1945, respectivamente), quando os homens iam para as frentes de batalha e as mulheres passavam a assumir os negócios da família e a posição dos homens no mercado de trabalho. Mas a guerra acabou. E com ela a vida de muitos homens que lutaram pelo país. Alguns dos que sobreviveram ao conflito foram mutilados e impossibilitados de voltar ao trabalho. Foi nesse momento que as mulheres sentiram-se na obrigação de deixar a casa e os filhos para levar adiante os projetos e o trabalho que eram realizados pelos seus maridos. No século XIX, com a consolidação do sistema capitalista inúmera mudanças ocorreram na produção e na organização do trabalho feminino. Com o desenvolvimento tecnológico e o intenso crescimento da maquinaria, boa parte da mão-de-obra feminina foi transferida para as fábricas. Desde então, algumas leis passaram a beneficiar as mulheres. Ficou estabelecido na Constituição de 32 que “sem distinção de sexo, a todo trabalho de igual valor correspondente salário igual; veda-se o trabalho feminino das 22 horas às 5 da manhã; é proibido o trabalho da mulher grávida durante o período de quatro semanas antes do parto e quatro semanas depois; é proibido despedir mulher grávida pelo simples fato da gravidez”. Mesmo com essa conquista, algumas formas de exploração perduraram durante muito tempo. Jornadas entre 14 e 18 horas e diferenças salariais acentuadas eram comuns. A justificativa desse ato estava centrada no fato de o homem trabalhar e sustentar a mulher. Desse modo, não havia necessidade de a mulher ganhar um salário equivalente ou superior ao do homem.”
Nos dias atuais dificilmente, haja alguma empresa que não há mão de obra
feminina na linha de produção, podemos ainda encontrar mulheres ocupando cargos
que fogem da linha de visão, como por exemplo, motoristas de caminhões
transbordos, operadoras de máquinas agrícolas, empilhadeiras, terraplanagens e
muitos outros.
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6.2 Da responsabilidade á produtividade
As mulheres deixaram de ser apenas uma parte da família para se tornarem
parte de uma empresa. Por isso esse ingresso no mercado de trabalho é uma vitória.
O fato é que o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), divulgou dois es-
tudos com o balanço dos ganhos e dificuldades enfrentadas pelas brasileiras ao longo
dos anos, uma foi que devido a escolaridade dessas mulheres, as tornaram aptas pa-
ra trabalharem nas empresas, mesmo que seu ganho salarial não fosse correspon-
dente ao mesmo dos chefes de família, pois seu conhecimento eram mais vastos, sua
dedicação e interesse eram bem maiores, e solidamente 70% contém o ensino fun-
damental o contrario dos homens, as segunda é de que a redução do numero de fi-
lhos, que contribuiu para facilitar a presença da mão de obra feminina, ou seja, com
menos filhos, as mulheres puderam consolidar melhor o papel de mãe e trabalhadora.
Bem com isso é possível esperar que as mulheres atinjam pela primeira vez na histó-
ria, o número de cargos masculinos nos postos de trabalho. Isso seria o rompimento
de uma forte estrutura, as hierarquias empresariais moldadas pelos homens a partir
da era Industrial, hoje o perfil das mulheres é muito diferente daquela do começo do
século, além de trabalhar e ocupar cargos de responsabilidade assim como os ho-
mens, ela desempenham as tarefas tradicionais de ser mãe, esposa, e dona de casa.
Mas há um grande desafio ainda a percorrer que é, de serem remuneradas conforme
seu cargo de contratação, muitas mulheres recebem bem menos do que deveriam,
trabalham por mais horas, e ainda sofrem discriminação e desvalorização. E ainda
sofrem abuso, sem falar da dificuldade de ter que trabalhar fora e ainda com a preo-
cupação de onde ficaram seus filhos menores por falta de estrutura de muitas cidades
de não haverem creches ou escolas apropriadas, tendo que se sobressair de alguma
força moldando as dificuldades e ainda realizando suas atividades com exatidão. As
mulheres a cada dia conquistam um pouco mais de espaço em diferentes áreas. Tor-
nam-se grandes empresárias, operárias, dirigentes de grandes empresas, pois, quan-
do se trata de aprender elas se empenham muito mais que o sexo oposto, muitos
homens, mesmo após tantas mudanças sociais ainda se julgam no direito de mandar,
controlar e subjugar a mulher que se torna sua companheira, claro que isso não trata-
se de todos os homens há sim aquele que sabe reconhecer, e são esses que dão es-
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paço para que ela possam crescer e fazer algo por si e para muitos, a diferença é que
estes homens ainda infelizmente são a minoria, existem muitos que tratam a mulher
discriminatoriamente, infelizmente essa ainda é uma permanência das sociedades
antigas, para vermos isso basta apenas observar os tiranos domésticos sobre os
quais a história nos revela; a sensibilidade, a força, a coragem, a perseverança, a fé,
a confiança, são algumas dessas virtudes, encontradas nos diferentes sexos, que de-
vemos buscar cultivar e desenvolver, mesmo que estejamos vivendo em uma socie-
dade onde a concorrência se mostra cada vez mais acirrada, onde a demonstração
de sentimento e afeto, e reconhecimento da capacidade tem se tornado motivo de
vergonha ou de fraqueza, é preciso que apresentamos compreensão, independente
do rótulo que a sociedade impõem, conscientizar que as pessoas podem e devem
dividir seus conhecimento sem olhar para classe, cor, raça, religião, que trabalhando
em equipe a produtividade é maior, e todos lucram, sem medir forças, apenas provar
que cada um tem um valor diferente, e ainda assim remunerar conforme sua compe-
tência e não por ser homem ou mulher.
6.3 As dificuldades vividas pela mulher de antigame nte supridas pelas da atualidade
Algumas oportunidades no mercado de trabalho designado as mulheres deu-se
porque as empresas necessitaram de mão de obra para devidos cargos masculinos e
somente obteve candidatas inscritas a vaga, isto é um fato divulgado pela empresa
empregadora conhecida como Catho, com certo grau de insegurança por parte do
empregador, foi surpreendentemente comprovado que realmente as mulheres estão
aptas a trabalharem em cargos destinados a homens.
As mulheres têm arriscado a se candidatar em funções que lhes obriga força,
pois as necessidades em que a vida lhes clausura, acaba por obrigar os atos
cometidos pelos seres humanos, hoje em dia a vida melhorou bastante em alguns
termos, pois, claro que ao compararmos as dificuldades dos nossos ancestrais às
diferenças são poucas em questão de força, capacidade e centralização de objetivos,
o que diferencia são os meios, por exemplo, ha muito mais facilidade em questão de
moradia e equipamentos, como água, luz, aparelhos, transporte, acesso a alimentos e
estudos diferente de antigamente que quando se precisava de água tinha que descer
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até o rio e trazer de balde, tinham luz através de velas e lamparinas, o ferro de passar
roupa eram á brasa, chuveiros nem existiam na época, transporte então; rico era
aqueles que tinha burrinhos ou cavalo para arriar suas carroças, e alimento era aquilo
que sua terra permitia, para mulher o irresistível espelho de hoje era refletida na
transparência da água, a maquiagem a marca da sujeira causada pelo trabalho, o
sapato mais confortável era o conhecido “chinelo” que calejava os pés cansados de
trabalhar, os cabelos eram algo em que a vaidade não atingia, e assim como tantos
outros detalhes a que hoje se dá tanta importância. Perante as dificuldades as
mulheres decidiram por si que mudariam o futuro muitas ainda opinando por uma
transformação obrigatória ante as necessidades, outras por conquista de espaço.
Diante as mudanças com o passar dos anos, e dos costumes que passamos
adquirir, podemos considerar que o mundo mudou e facilitou bastante, para algumas
necessidades femininas, porém, existem mulheres que descarta esse tipo de vaidade,
e valoriza o que realmente em algumas opiniões traz algum beneficio, ou seja, há
muitas mulheres que hoje ainda privilegia o seu lado profissional, tenta se realizar e
foca em aprimorar seus objetivos, apostando no conhecimento e experiência. Quando
mencionado algumas opiniões, é porque em algumas pesquisas realizada em um
estabelecimento comercial na cidade de Maracaí, para ser mais exato, em uma
empresa de comércio de peças e prestações de serviços; uma oficina mecânica com
aproximadamente 6 funcionários, e cercado de uma clientela de opinião que
considera a aparência do candidato, contando muito na sua pontuação perante uma
seleção e as vezes infelizmente a imagem supera o conhecimento.
Apesar da aparência como dita na pesquisa ser um grande requisito, ainda há
muitas empresas que apostam no valor da capacidade. O mundo dos negócios anda
apostando em valores femininos, como a capacidade de trabalho em equipe contra o
antigo individualismo, a persuasão em oposição ao autoritarismo, a cooperação no
lugar da competição.
As mulheres estão ocupando postos nos tribunais superiores, nos ministérios,
nas diretorias de grandes empresas gerenciando e administrando operacionalmente e
financeiramente, em organizações de pesquisa de tecnologia de ponta, pilotam jatos,
comandam tropas, perfuram poços de petróleo, operam máquinas agrícolas, como
empilhadeiras, plantadeiras, colhedeiras, prestam manutenção automotiva tanto na
20
elétrica como na mecânica, dirigem caminhões, trabalham nas construções civis, nas
plantações e criações, nas câmaras e mais recentemente Presidência da República,
bem poderia citar aqui tudo que hoje podemos ver em que a mulher se tornou capaz,
no entanto, é muito importante ressaltarmos que a inserção da mulher no mundo do
trabalho vem sendo acompanhada, ao longo desses anos.
Nesse desencadeado processo de ocupação das mulheres em cargos que
antigamente eram exercidos pelos homens ainda falta uma longa caminhada até para
vencer algumas desigualdades. O que antes seus obstáculos eram alcançar uma vida
digna e estável com os privilégios oferecidos hoje; hoje o difícil é conseguir manter.
7. DIREITOS DA MULHER NO MERCADO DE TRABALHO
Em todas as empresas hoje, encontramos, mulheres exercendo um tipo de
função seja qual ela for, em todas as áreas ou situações, a mulher é protegida pela
lei, assim como a Lei n.º 9.799, de 26 de maio de 1.999, de autoria da Deputada Rita
Camata, no capítulo que versa sobre a proteção ao trabalho da mulher, modificando o
título da primeira seção do atual “Da Duração e Condições do Trabalho” para “Da
Duração, Condições do Trabalho e da Discriminação contra a Mulher”.
“A Constituição Brasileira de 1988 é o marco jurídico de uma nova concepção da igualdade entre homens e mulheres. É o reflexo da impressionante transformação social que tomou corpo a partir da segunda metade do século XX e ainda não acabou. Trata-se da superação de um paradigma jurídico que legitimava declaradamente a organização patriarcal e a conseqüente preferência do homem ante a mulher, especialmente no locus da família. Em seu lugar, delineia-se uma ideologia de igualdade de direitos e deveres. Desaparece a figura da chefia da sociedade conjugal e com ela as preferências e privilégios que sustentavam juridicamente a dominação masculina. A ruptura paradigmática implicará a construção de um novo conjunto de valores, de uma nova estrutura que dê coerência ao ordenamento jurídico. É importante ressaltar que se trata de um processo ainda em fase de consolidação. Ainda existem perguntas sem resposta e espaços de resistência. Especialmente por isso, uma vez que a ciência jurídica é uma ciência de persuasão, é importante conhecer a ideologia e os argumentos que se utilizaram para ocultar a dominação patriarcal, com vistas a impedir que se reproduzam, mediante novas roupagens, no novo Direito que se constrói. No momento atual, esta é uma necessidade imperativa. Isso porque as mulheres da geração de hoje já não se dão conta do quê significam as conquistas das gerações anteriores, principalmente porque para muitas pessoas a luta feminista é vista como algo já superado (e “superados” seriam seus defensores). A falta de consciência sobre o que representam os avanços
21
sociais e jurídicos em relação à mulher desvaloriza estas conquistas e, por isso, as põem em risco. Para defender uma conquista, é preciso conhecer mais do que o conteúdo literal da norma jurídica que eventualmente a consagre. Assim, por exemplo, é certo que poucas pessoas saberiam explicar quais as razões que justificariam”
7.1 Direitos que transforma é o mesmo direito que c onserva
O Direito existe para promover o ato de defender um individual do fato ou do
qual, assim, porém foram criadas as leis para que, diante a tanta discriminação e falta
de igualdade sobre o ser mulher fossem diminuídas, assim como os direitos
prevalecerem no caso de gestantes e mães amamentando, fazendo parte de uma
corporação remuneradora, fazendo firmar o Capítulo II, Artigo 7, Parágrafos XVIII.
Licença Gestante.
Garantidos pelas leis trabalhistas – CLT (Consolidação das Leis Trabalhistas):
• Sempre que você for às consultas de pré-natal ou fizer algum exame neces-
sário ao acompanhamento de sua gravidez, solicite ao serviço de saúde uma
DECLARAÇÃO DE COMPARECIMENTO. Apresentando esta declaração à sua
chefia você terá sua falta justificada no trabalho.
• Você tem o direito de mudar de função ou setor no seu trabalho, caso o mes-
mo possa provocar problemas para a sua saúde ou a do bebê. Para isso, apre-
sente à gerência um atestado médico comprovando que você precisa mudar de
função.
• Enquanto estiver grávida, e até cinco meses após o parto, você tem estabili-
dade no emprego e não pode ser demitida, a não ser por “justa causa”, isto é,
nos casos previstos pela legislação trabalhista se cometer algum crime, como
roubo ou homicídio, por exemplo.
• Você tem direito a uma licença maternidade de 120 dias – recebendo salário
integral e benefícios legais – a partir do oitavo mês de gestação.
• Até o bebê completar seis meses, você tem direito de ser dispensada do seu
trabalho todos os dias, por dois períodos de trinta minutos, para amamentar.
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• O seu companheiro tem direito a uma licença paternidade de cinco dias, logo
após o nascimento do bebê.
Assim como também protegendo a mulher dos atos criminalística vivenciado na
sua área de trabalho inibindo pessoas de provocarem tais atos, que podem levar a
punições seríssimas. Como a carta: (Lei nº9.029 de 13/04/1995)
Claramente, que diante a tantas as leis a ser seguida nem sempre são
respectivamente respeitadas da mesma forma, porém a lei mais severa e conhecida é
a Lei 11.340/2006 conhecida como Lei Maria da Penha, que é base do nome de uma
farmacêutica, ou também conhecida como Letícia Rabelo Maia Fernandes,”...Ela foi
agredida pelo marido durante seis anos. Em 1983, por duas vezes, ele tentou
assassiná-la. Na primeira com arma de fogo, deixando-a paraplégica, e na segunda
por eletrocução e afogamento. O marido de Maria da Penha só foi punido depois de
19 anos de julgamento e ficou apenas dois anos em regime fechado.
Em razão desse fato, o Centro pela Justiça pelo Direito Internacional e o
Comitê Latino Americano de Defesa dos Direitos da Mulher (CLADEM), juntamente
com a vítima, formalizaram uma denúncia à Comissão Interamericana de Direitos
Humano, que é um órgão internacional responsável pelo arquivamento de
comunicações decorrentes de violação desses acordos internacionais...”
Como cita o primeiro parágrafo da lei:
“Cria mecanismos para coibir a violência doméstica e familiar contra a mulher, nos termos do art. 226 da Constituição Federal, da Convenção sobre a Eliminação de Todas as Formas de Discriminação contra as Mulheres e da Convenção Interamericana para Prevenir, Punir e Erradicar a Violência contra a Mulher; dispõe sobre a criação dos Juizados de Violência Doméstica e Familiar contra a Mulher; altera o Código de Processo Penal, o Código Penal e a Lei de Execução Penal; e dá outras providência”.
Esta lei é mais temida, hoje, pois é a única que se segue severamente em suas
punições, sem recurso de absorção, ela pode dar um ar de que se está fugindo
previamente do tema do trabalho, mas é importante ressaltar, que tratando-se da
mulher em muitos dos casos entre pesquisas realizadas no próprio meio de
comunicação eletrônico, que as mesmas ao se dedicarem a procura de um trabalho
23
fora sofreram violência de seus companheiros assim por julgarem incapazes de
sustentar a casa, a ponto de suas esposas tomarem seus lugares, levando a
consequência de súbita de causar as suas esposas violências domésticas.
“Conhecida como Lei Maria da Penha a lei número 11.340 decretada pelo Congresso Nacional e sancionada pelo presidente do Brasil Luiz Inácio Lula da Silva em 7 de agosto de 2006; dentre as várias mudanças promovidas pela lei está o aumento no rigor das punições das agressões contra a mulher quando ocorridas no âmbito doméstico ou familiar. A lei entrou em vigor no dia 22 de setembro de 2006, e já no dia seguinte o primeiro agressor foi preso, no Rio de Janeiro, após tentar estrangular a ex-esposa.”
Relativamente, alguns desses atos mesmo que domésticos, fora do âmbito de
trabalho dá-se por tentarem serem independentes.
7.2 Desigualdade social
Em muitos campos de trabalho ainda é comum vermos mulheres trabalhando
nas mesmas funções masculinas, com a mesma carga horária, as vezes fazendo até
dupla jornada ou mais, e recebendo um salário inferior aos dos homens. É,
infelizmente isso ainda acontece, a mulher conseguiu o seu lugar e provar sua
capacidade mas ainda em muitas empresas o seu reconhecimento fica a abaixo do
esperado, mas mesmo assim isso não tornou motivo para as que as mulheres se
dedicassem menos as suas funções, e nem tão pouco fez com que desistisse de seus
objetivos, pelo contrário isso lhes deu ainda mais força de seguir a diante.
A mulher faz dupla jornada e recebe menos. Dedica-se ao emprego, à
administração da casa e aos cuidados com os filhos. No mercado de trabalho, o
número de chefes de família cresceu 10 vezes na última década, mas as
trabalhadoras ainda recebem um salário equivalente a 74,6% do que ganham os
homens, conforme dados do IBGE. Em 2007, os bancos empregavam 209.800
mulheres e 222.000 homens (dados do balanço social da Federação dos Bancos),
número bastante equilibrado. Porém, quando comparados os números de cargos na
diretoria, a diferença entre elas e eles é alarmante. Apenas 16% dos profissionais com
cargo de chefia são do sexo feminino. Na gerência, a história não muda somente 33%
dos cargos são ocupados por mulheres.
24
A participação das mulheres no mercado de trabalho é a mais alta da história,
aumentou 18,4% na última década, o que representa 200 milhões a mais de
trabalhadoras.
Em geral, a média dos rendimentos das mulheres é inferior a dos homens. No
caso do Estado de São Paulo, o salário médio recebido pelas mulheres formalmente
empregadas, em 2002, era de R$ 1.033, enquanto o dos homens, na mesma
condição, era de R$ 1.294. Parte dessa diferença reflete o que se poderia chamar de
“discriminação salarial”, isto é mulheres e homens exercendo a mesma ocupação,
mas recebendo salários diferentes. Outros elementos igualmente contribuem para
explicar tal discrepância, como a extensão da jornada de trabalho que em geral mais
extensa entre os homens e a qualidade das ocupações exercidas por homens e
mulheres, o que poderia ser denominada “discriminação ocupacional”.
Porém, o que de mais relevante é a possibilidade de se estabelecer a
hipótese de que quanto mais complexa a estrutura ocupacional, maior tende a ser a
diferenciação salarial entre homens e mulheres. Na RA (Regiões Administrativas) de
Registro, por exemplo, praticamente não há diferenciação salarial entre sexos. A
região, contudo, é sabidamente uma das menos dinâmicas do Estado e as pessoas
que ali trabalham encontram-se entre as que recebem menor remuneração do Estado
de São Paulo. É razoável se concluir, portanto, que devido às reduzidas
diversificações das atividades produtivas e de oportunidades de trabalho disponíveis
na região, sobretudo com vínculo formal, e que diante dos níveis salariais
relativamente baixos, seja pequeno o espaço para provocar a referida diferenciação.
Outra situação ocorre em regiões mais dinâmicas, como as de Franca, Barretos e
Araçatuba, onde se pode supor que devido ao fato de suas economias apresentarem
graus relativamente elevados de especialização, da mesma forma haveria pouco
espaço para diferenciação expressiva de sua estrutura ocupacional.
Divulga-se que relativamente o salário é baseado no piso edificado na cidade,
porém, mesmo assim avaliando por igual o salário a diversificação de um para outro é
consideravelmente desigual.
A tabela abaixo expressa relativamente à diferença salarial entre os sexos
região assim citado.
25
Estado de São Paulo e Masculino Feminino Masc./Fem.
Regiões Administrativas (A) (B) (B) / (A)
Estado de São Paulo 1.294,17 1.033,41 0,8 RA de Barretos 720,91 574,5 0,8
RA de Araçatuba 747,38 618,85 0,83 RA de Franca 790,29 656,47 0,83
RA de Registro 665,61 659,63 0,99 RA de Marilia 758,18 675,32 0,89 RA Central 870,73 680,23 0,78
RA de Pr. Prudente 759,04 682,4 0,9 RA de S. J. do Rio Preto 762,79 707,96 0,93
RA de Bauru 852,05 714,97 0,84 RA de Sorocaba 930,27 721,77 0,78
RA de Rib. Preto 998,57 809,56 0,81
RA de Campinas 1.169,55 911,47 0,78 RA de S. J. dos Campos 1.456,59 919,02 0,63 RM da Baixada Santista 1.209,46 936,71 0,77
RM de São Paulo 1.511,83 1.176,23 0,78
Tabela 1-Salário do Emprego Formal, segundo Sexo
Regiões Administrativas do Estado de São Paulo 2002
Em reais de dezembro de 2003
Fonte : Ministério do Trabalho e Emprego – MTE/Fundo de Amparo ao Trabalhador – FAT, Rais
2002
De uma outra forma mais bem visualizada podemos considerar as diferenças.
No gráfico a seguir podemos visualizar melhor a situação
Figura 1-GRÁFICO Salário do Emprego Formal, Segundo Sexo Regiões Administrativas do Estado de São Paulo
Ao tomar consciência automaticamente, trona
R$ 930,27
R$ 998,57
R$ 1.169,55
R$ 1.456,59
R$ 1.209,46
GRÁFICO Salário do Emprego Formal, Segundo Sexo Regiões Administrativas do Estado de São Paulo
Ao tomar consciência automaticamente, trona uma visão discriminatória
R$ 1.294,17
R$ 720,91
R$ 747,38
R$
790,29
R$
665,61
R$
758,18
R$ 870,73
R$ 759,04
R$ 762,79 R$ 852,05
R$
1.511,83
Estado de São Paulo
RA de Barretos
RA de Araçatuba
RA de Franca
RA de Registro
RA de Marilia
RA Central
RA de Pr. Prudente
RA de S. J. do Rio Preto
RA de Bauru
RA de Sorocaba
RA de Rib. Preto
RA de Campinas
RA de S. J. dos
RM da Baixada Santista
RM de São Paulo
26
GRÁFICO Salário do Emprego Formal, Segundo Sexo Regiões
uma visão discriminatória.
Estado de São Paulo
RA de Barretos
RA de Araçatuba
RA de Franca
RA de Registro
RA de Marilia
RA Central
RA de Pr. Prudente
RA de S. J. do Rio Preto
RA de Bauru
RA de Sorocaba
RA de Rib. Preto
RA de Campinas
RA de S. J. dos Campos
RM da Baixada Santista
RM de São Paulo
27
8. PRECONCEITO, DESVALORIZAÇÃO E DISCRIMINAÇÃO
O avanço ocorrido com o passar dos tempos amenizou um pouco o conceito de
que mulher foi feita para comandar tanques e fogão, a não muito tempo, o preconceito
estava em alta dentro das empresas, existia muita rivalidade ao aceitar que mulheres
trabalhariam em equipes contendo homens, tornando a vida das trabalhadoras
insustentáveis, pois, passavam por provocações, até então os direitos a vir lhes
proteger ainda sofria alguns abusos, que hoje a lei condena, porém não se descarta
totalmente esse tipo de diferença mas de forma contenda hoje o mesmo é
considerado desvalorização, pois as mulheres que exercem os mesmos tipos de
trabalho que os homens são mal remuneradas, e consideravelmente isso é uma
discriminação, já que atingem suas metas, provam sua capacidade e muitas delas
vão além, sem nem mesmo receber pelo que lhes destinam ainda exercem funções
fora de sua área designada.
Certamente que sujeitos de abusos sexuais ainda espantosamente nos dias de
hoje ouvimos falar, infelizmente essa percepção de desrespeito ainda aconteça, mas
o ponto mais alto dentro das empresas no quesito de indiferença é a aceitação do
trabalho em equipe exercendo uma atividade que prova que a mulher não precisa da
mesma força do homem e ainda assim realiza suas metas muitas das vezes melhor
que as masculinas. Porém há o desafio de driblar certos meios de que não haja ações
que confundam em sedução, onde que acontece em muitos casos de haver
envolvimento entre companheiros de equipe por não saber diferenciar trabalho em
equipe e relação pessoal, referente a isso, a maioria das empresas são contra relação
intima entre funcionário, já que isso causa desconcentração e diminuição de produção
no meio de negócio, além de levar brigas e desentendimentos no ambiente, causando
envolvimento do restante dos colaboradores da empresa. Perante isso a forma em
que homens enfrentam isso é de descaso, não dizendo de todos mas ainda acontece.
É inútil fazer projeções. Se as mulheres passarem a ser maioria em todos os
degraus de entrada das profissões em questão, não haverá discriminação nem
preconceito que as impeçam de chegar à igualdade de condições ao topo da pirâmide
das empresas e das instituições.
28
As mulheres sofrem mais do que os homens com o estresse de uma carreira,
pois as pressões do trabalho fora de casa se duplicaram. As mulheres dedicam-se
tanto ao trabalho quanto o homem e, quando voltam para casa, instintivamente
dedicam-se com a mesma intensidade ao trabalho doméstico. Embora alguns homens
ajudem em casa, não chegam nem perto da energia que a mulher tende a dar.
Apesar das diferenças e previamente saberem que possam viver tipos de
situações em uma empresa é difícil presenciar um fato onde mulheres abriram mão
de exercer alguma atividade, pelo contrário, parece até que a certa dificuldade lhes
proporcionou ainda mais confianças de si mesmas e um desafio a se vencer assim
como seus direitos, onde impõem seu respeito para que todos presenciem, e retorne
da mesma maneira, em pesquisas realizadas na internet, é possível levantarmos um
assunto de que as mulheres mesmo vivenciando algum tipo de descriminação ou
preconceito tenham a seu favor a lei que lhe protege não usufrua dela pra que não há
torne ainda mais frágil diante os conceitos da sociedade.
Quando é noticiado algo na televisão jornais e revistas, algo e que as mulheres
sofreram algum tipo de desfloramento, é natural que à condenamos por permitir tal
situação, mas se analisarmos bem e reconhecer os meios, na história a mulher nunca
que preferiu ser protegida, e sim seu extinto é de proteger, defender o que é seu com
suas próprias mãos, pensando assim, quantas não são as mulheres que sofrem
algum tipo de descriminação, desvalorização ou preconceito que seja dentro de uma
empresa e não relata, para que não se afirme fragilidade e indefesa.
Infelizmente a quem aproveite este silêncio para despejar trabalhos fora do
requisitado as mulheres tornando assim suas jornadas ainda mais longas e
implorativas, é preciso ainda conscientizar as pessoas dos limites, mas a busca pelo
lucro excessivo e rápido faz com que a dignidade e compromisso com o respeito fique
em segundo plano em excessiva às vezes.
29
9. INDEPENDÊNCIA E RESPONSABILIDADE
“Estado ou condição de quem ou do que é independente, de quem ou do que tem liberdade ou autonomia...” “Capacidade de entendimento ético-jurídico e determinação volitiva adequada, que constitui pressuposto penal necessário da punibilidade...” (Dicionário Aurélio),
Esta é uma palavra onde vem ocupando o dia a dia das mulheres
constantemente, ao enfrentarem seus obstáculos tanto pessoal como profissional, e
cabe muito bem seu significado, já que empregadores estão considerando este ponto
como principal ao selecionar uma mulher para trabalhar em determinadas funções
que exijam paciência, concentração, cuidado, objetividade e persuasão.
Empresas de pequenos e grandes portes estão requisitando mão de obra
feminina justamente por destacarem tanto no trabalho em equipe como também nos
trabalhos individuais, executando com a mesma exatidão.
Bem como dita a independência da mulher vem de gerações, é possível dizer
que a mulher vive sozinha sem reclamar já o homem não, a mulher aprende cedo a
cuidar da própria vida, atinge a responsabilidade mais cedo do que os homens
tornando-as mais independentes e objetivas. As mulheres podem considerar adultas
nas faze dos dezoito anos de idade já os homens é uma faze de descobrimento, as
mulheres com vinte anos modulam suas vidas onde isso acontece aproximadamente
aos vinte e oito ou trinta anos dos homens, uma boa porcentagem das mulheres
escolhem sua profissão ainda na escola cursando ensino fundamental, já os homens
espera as obrigações chegar, claro que não são todas as situações, mas é base de
uma boa parte.A responsabilidade caminha com a independência, pois só uma
responsabilidade para se tornar independente, e responsabilidade é um dos pontos
forte feminino, pois já desde criança, a menina já se sente mais responsável pelos
seus estudos, suas atividades, consequentemente ela valoriza mais o que adquire,
diante sua formação e responsabilidade e na qual desempenha sua independência,
as mulheres ressaltam suas finalidades nas funções principalmente hoje, nas funções
consideradas masculinas.
30
10. A MULHER NO MERCADO DE TRABALHO
Nos dias atuais é muito comum vermos mulheres trabalhando em funções
masculina, como mecânica, solda, elétrica, construção civil, operadoras de máquinas,
e várias outras funções; e o que torna mais comum é a procura da especialização
nessas funções, ou seja, há muito mais mulheres há procura de cursos
profissionalizantes nestas áreas. Em uma pesquisa feita na Instituição do SENAI
(Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial) no ano de 2009, uma grade
oferecendo o curso de azulejista, encanador, mecânica, de 50 pode se dizer que no
mínimo 35 dos inscritos são mulheres, além de que podemos ver que as mulheres
sempre se interessam por aprimorar seus conhecimentos, e em qualquer tipo de
curso sempre a procura maior é feminina.
As a dependência dos interesses aumentam seu desenvolvimento tornando-a
assim ainda mais capaz.
O que essas mulheres almejam não é invadir o espaço masculino ou provar
uma superioridade em relação aos homens, o que elas desejam é poder escolher o
melhor, ou igual aos homens. A beleza está justamente na diferença entre homens e
mulheres.
Na empresa do conhecimento, a mulher terá cada vez mais importância
estratégica, pois trabalha naturalmente com a diversidade e processos
multifuncionais. A sensibilidade feminina, por exemplo, permite a constituição de
equipes de trabalho marcadas pela diferença e pela heterogeneidade. Equipes desse
tipo, quando atuam de forma sinérgica, fazem emergir soluções variadas e criativas
para problemas aparentemente insolúveis. A empresa que aposta na singularidade de
seus interlocutores internos se torna mais inteligente, mais capaz e mais ágil.
Curiosamente, essa ascensão se dá em vários países, de maneira semelhante, como
se houvesse um silencioso e pacífico levante de senhoras e senhoritas no sentido da
inclusão qualificada no mundo do trabalho. Segundo alguns analistas, esse processo
tem origem na falência dos modelos masculinos de processo civilizatório. Talvez seja
verdade. Os homens, tidos como superiores, promovem guerras, realizam atentados,
provocam tumultos nos estádios, destroem o meio ambiente e experimentam a aflição
inconfessa de viver num mundo em que a fibra ótica substituiu o cipó. Quando já não
31
se necessita tanto de vigor físico para a caça, vale mais o conhecimento que permite
salgar ou defumar a carne, de modo a preservá-la por mais tempo.
Nenhuma mulher se tornou astronauta, juíza da Suprema Corte, presidente de
uma corporação apenas por não ser homem. Ou seja, não subiram por necessidade
das corporações de diversificar seu quadro. Subiram por seus méritos medidos pelos
padrões que valem tanto para homens quanto para mulheres. Poderiam ter subido em
maior número? Ou seja, já que são mais da metade da população, deveriam ser
também mais da metade dos líderes empresariais, dos deputados e senadores? Mais
da metade dos médicos e engenheiros? A resposta a essa pergunta vem de um
estudo estatístico feito pela Universidade Harvard, nos Estados Unidos, segundo o
qual isso é uma questão a que só o tempo responderá.
11. TIPOS DE FUNÇÕES MASCULINAS QUE HOJE AS MULHERE S ESTÃO DOMINANDO
São diversos os cargos hoje ocupados pelas mulheres, com a persistência,
confiança, inclinação a aprimorar suas atividades remuneradas, as mulheres não só
estão entrando no mercado de trabalho e vivenciando novas experiências como
também vem dominando estas áreas assim como:
11.1 Construções civis
Atualmente é possível encontrar mulheres trabalhando nos canteiros de obras.
Até agora, já são 118 as mulheres integradas a essa revolução, munidas de máquinas
de solda, carrinhos de mão, controles de guindastes e pesadas ferramentas utilizadas
no serviço duro dos barraqueiros. Quando as primeiras delas chegaram ao canteiro
de obras, dois anos atrás, as empresas Norberto Odebrecht e Camargo Corrêa,
responsáveis pela construção, onde a mesma se estabeleceu por obter mão de obra
especializada do sexo feminino, estavam fazendo uma aposta.
32
“Homens são fortes e geralmente têm alguma experiência nessa dura atividade. Mas as mulheres, que já ocupam 4% dos postos de trabalho, poderiam trazer algumas vantagens. Têm refinada habilidade manual, boa para solda, por exemplo. Com laços familiares na região, tornam-se mais ligadas ao trabalho e não costumam abandoná-lo para aventurar-se em obras distantes. Não raramente, numa região de emprego escasso, são os verdadeiros arrimos de família, enquanto os companheiros tentam a sorte longe de casa. Com a responsabilidade pela criação dos filhos, agarram-se à oportunidade de emprego com dedicação difícil de igualar. A maioria delas não bebe, e isso as faz mais confiáveis para trabalhos perigosos, como a operação de guindastes capazes de levantar um caminhão. Por fim, como se soube depois, são também dedicadas, sérias e, em muitos casos, mais envolvidas com as tarefas que os trabalhadores do sexo masculino. Desvantagens? Só uma: faltam um pouco mais ao serviço, porque de vez em quando um filho adoece. Não há analfabetas. Mais da metade delas têm o curso fundamental e 40% alcançaram o ensino médio. Os responsáveis pela área de recursos humanos desta empresa, também lamentam que não haja entre elas um número maior de qualificadas para trabalhos técnicos e que não tenham força física para encarar muitas tarefas. Não fosse isso, eles já teriam contratado muitas outras mulheres. No aspecto do preparo técnico, já estão dando um jeito, depois de ter firmado convênio com a Secretaria de Promoção Social do Pará, onde fica a obra, e o Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial (Senai), para criar cursos femininos de qualificação.
Depois disso, serão vistas ainda muitas histórias como a de Marisa Vinha, de
32 anos, que foi barraqueira em obra de São Paulo, como ajudante geral, e chegou a
operadora de guindaste, ganhando mais de 1.000 reais por mês. As empresas vêm
utilizando a mão-de-obra feminina para fazer acabamentos, montar azulejo, rejuntar e
limpar. A escolha é justificada pelo fato de as mulheres serem consideradas mais
organizadas e caprichosas que o sexo oposto.
Pesquisas
� Elizângela Gomes é estagiária em segurança do trabalho: fiscaliza os
250 funcionários usam os equipamentos.
“A mulher é mais detalhista, ela conversa de uma forma melhor, sabe abordar melhor as pessoas”
33
São dois prédios em Belo Horizonte, cada um com 27 andares; o projeto
estrutural, arquitetônico, elétrico e hidráulico está sob a responsabilidade de Cíntia
Reis, engenheira civil, que passa o dia supervisionando o trabalho na obra. Cíntia já
comandou a construção de seis prédios de grande porte e alto luxo, mas não
consegue se ver livre das piadinhas.
“Quando a gente pega muito no pé deles, eles falam: ‘olha, você não sabe que lugar de mulher é na cozinha, não?’. Mas aí eu respondo: ‘meu lugar é aqui mesmo e vocês têm que me obedecer!´”,
O desempenho da construção civil é o melhor dos últimos 15 anos no país.
Foram quase 100 mil contratações no primeiro semestre deste ano, segundo o
ministério do Trabalho. É nisso que apostam algumas jovens para conseguir o
primeiro emprego.
� Cristiane Magalhães já é capaz de construir uma parede nos primeiros
dias do curso de formação de pedreiros, com um pouco de vaidade e cuidado para
assentar os tijolos.
“A mesma coisa que o homem faz, a mulher faz. Se usar luva, não estraga as unhas, não estraga nada”.
34
Antes, sobravam vagas. Hoje, o curso está lotado – graças a elas. Na turma,
há apenas um homem.
Figura 2- Ruth e Cilene da Silva Munis. Trabalha em revestir de massa de painéis a 60 metros do chão.
11.2 Eletricistas de Autos, residenciais e industri ais
Em uma cidade bem próxima á Paraguaçu Paulista existe uma usina chamada
Ibéria onde há mulheres eletricistas, casualmente não foi possível colher diretamente
estas informações, mas baseando nos relatos de profissionais terceirizados que
prestam serviços nesta empresa, diz que as eletricistas exercem sua função de forma
que é muito respeitada, sendo responsáveis por praticamente todos os autos e
maquinários da empresa, e além, são responsáveis por requisitar assim que preciso
de mão de obra terceirizada, em um turno de três períodos todas as trocas de turno
são representadas por mulheres.
Já na micro empresa Auto Elétrica Portal situada na cidade de Maracaí há uma
eletricista também mulher na aprendizagem, mas já confirmado pelo seu responsável
Marcos Adriano de Oliveira, a eletricista Vanessa Aparecida é uma profissional de um
35
futuro arrebatador, ela demonstra interesse, esperteza, competência e o mais
importante para a empresa, é que já conquistou a confiança dos clientes.
Isso mostra que não tão longe das grandes cidades e grandes empresas este
acontecimento vem avançando e também no interior onde localiza o maior grau de
pessoas capacitadas em áreas agrícolas.
Figura 3- Mulheres vencendo desafios e perigos.
Levou muito tempo para que as mulheres tivessem direito de dirigir, algumas o
faziam por mera ousadia, sem ter qualquer tipo de licença algum tempo atrás, agiam
conforme a precisão, no entanto o preconceito era tanto que até cavalos e carroças
as mulheres eram inibidas de poder guiar, tornando assim totalmente diferente os dias
atuais que conseguimos ver mulheres dirigindo imensas carretas pelas rodovias e
manobrando de forma habilidosa, tirando de muitos homens o conceito de que
“mulher no volante o perigo é constante”.
36
11.3 Motoristas
A mulher tem mais precaução no volante do que o homem evitando
consequentemente acidente no transito.
Os homens motoristas correm 78% mais riscos que as mulheres de morrer em
um carro, segundo cálculo baseado no número de quilômetros percorridos e que
consta deste estudo realizado pela Universidade Carnegie Mellon. A análise foi
encomendada pela fundação para a segurança rodoviária da Associação Automotora
Americana (AAA) e é apresentada na internet como um site interativo onde os
motoristas podem inserir parâmetros como sexo e idade, hora, região onde dirige, em
que estação ou em que tipo de veículo, e descobrir suas chances de sofrer um
acidente fatal.
A melhor conduta das mulheres ao volante já havia sido provada em
estatísticas, embora persista a consciência de que seriam más motoristas, admitiu
David Gerard, pesquisador de políticas públicas da Universidade Carnegie Mellon.
Quando levado em consideração o número de acidentes fatais ocorridos nos Estados
Unidos entre 1999 e 2004 (último ano disponível para estudo), em 116.493 casos o
motorista morto era um homem, contra 40.381 casos quando quem estava ao volante
era uma mulher. Desde 1998, a quantidade de homens e mulheres com carteira de
motorista é a mesma nos Estados Unidos.
“...Os homens são mais propensos a adotar uma conduta de risco, a dirigir embora
tenham bebido álcool e a não usar o cinto de segurança" (Russ Rader, porta-voz do
Instituto de Seguros para a Segurança nas Estradas (Insurance institute for highway
safety).
As mesmas seguradoras, que baseiam suas tarifas no histórico do motorista e
na quantidade de quilômetros percorridos por ano, concedem os melhores prêmios às
motoristas, reconheceu Michael Barry, porta voz do Instituto de Informação de
Seguros (Insurance information institute). "O estudo da AAA mostra uma tendência
que indica que as mulheres, em geral, pagam um seguro mais barato que os homens,
mas as seguradoras dirão que avaliam os riscos dos segurados caso a caso", disse
Michael Barry.
37
Segundo números das seguradoras, em 2004 houve 46.200 acidentes mortais
nos Estados Unidos com homens ao volante contra 16.800 quando a motorista era
uma mulher.
No caso de colisões menos graves, no entanto, a diferença foi menos flagrante,
com 11,2 milhões de acidentes com homens contra 8 milhões com mulheres.
O site interativo da AAA revela outras surpresas. As possibilidades de acidentes
fatais nos Estados Unidos são maiores no verão que no inverno, ao contrário do que
se poderia imaginar, e os riscos de morrer ao volante são os mesmos para um jovem
de 18 anos e para uma idosa de 80.
Figura 4- Nas estradas elas também vencem barreiras
12. A MULHER NA CONSTANTE LUTA
As mulheres estão emprestando seu profissionalismo no universo reduto
profissional da mecânica automotivo, quem vê Ângela Demetrio não diz que é uma
técnica em automobilística e trabalha em uma das maiores autorizadas da Ford, em
38
Santa Catarina no setor da mecânica. ela é a única na ativa Grande – Florianópolis.
Com apenas 21 anos formada pelo SENAI em dezembro de 2006, ela já atua no ramo
há mais de um ano, apesar dos milhares de desafios que enfrenta diariamente tem
como objetivo cursar uma faculdade de engenharia para aprimorar seus
conhecimentos.
Figura 5- Ângela Demetrio em sua função de técnica automobilística na empresa Ford
Os colegas de trabalho dizem que ela é companheira e não fazem distinção
de sexo. Eles se ajudam mutuamente para atingir a satisfação do cliente que é o
objetivo final da equipe. Demonstra muita atenção na hora de aprender e demonstra
estar sempre pronta, tem o apoio incondicional de seus familiares e a admiração de
seu chefe pois ele a considera um exemplo entre os outros.
Mas estas são apenas um terço das profissões exercidas hoje pelas
mulheres, pois há uma extensa lista a ser citada das atividades de competência em
que as mulheres vem trabalhando como solda, mecânica, motoristas de máquinas de
linhas pesadas, eletricistas residenciais, professoras e instrutoras de auto escolas,
professoras e instrutoras de esportes de requisito masculino olímpico, auxiliares e
recapeamento, contabilistas, gerentes de empresas, policiais, seguranças,
investigadoras, delegadas, prefeitas, deputadas e temos na atualidade até a
39
concorrência a presidência no nosso país.
Como maior exemplo de profissão conquistada pelas mulheres e a
prefeitura da cidade de Maracaí que hoje é liderada pela prefeita Elizabete Fetter,
onde vem realizando e tornando possível algumas vantagens e melhorias na cidade.
A seguir iremos ver um álbum de mulheres trabalhando em funções
consideradas masculinas:
Figura 6- Adriana Silvestre trabalha em uma fábrica que produz janelas de alumínio.
Figura 7- Ana Maria Leme Prado trabalha há 33 anos na Bolsa de Valores.
40
Figura 8- Ramo em que a participação feminina tem crescido a nível nacional é o da construção
civil.
Figura 9- Nem sempre a força está somente na aparência pode estar também na
vontade de trabalhar.
41
Figura 10- A primeira diretora da Petrobras é Maria das Graças Foster (Gás e Energia ), que
assumiu em 2007.
Figura 11- Devido ao cuidado e dedicação das mulheres muitas delas dedicam-se a medicina
A falta de mão de obra proporcionou oportunidade, permitindo que elas
tomassem grande parte de cargos que até muito pouco eram destinadas
exclusivamente por homens. As mulheres vêem ocupando cargos que antes eram
executados exclusivamente por homens, infelizmente, atualmente as mulheres são
mal remuneradas exercendo as mesmas funções, não se limitando apenas ao seu
42
desempenhar da sua carga horária, muitas mulheres ainda chegam a suas
residências com disposição para continuar exercendo funções mesmo que diferentes,
mas com o mesmo atributo. Muitas delas exercem funções que exigem força bruta
dentro da empresa, tais como: técnico em mecânica, operários de construções civis e
outros. Tais experiências as tornam mais especializadas no ramo de trabalho fazendo
com que elas busquem constantemente aprimorações e modernização e execução de
seus cargos destinados.
O diferencial atribuído à intuição, paciência, dedicação, centralização e
observação que fazem parte do caráter feminino, hoje são requisitos exigidos por
pequenas e grandes empresas, mas a um grande caminho a percorrer, pois
consequentemente uma das conquistas a ser adquiridas é a remuneração justa.
Um dos objetivos a serem atingido também é a conscientização da aceitação de
dividir tarefas com mulheres, sem que ajam discriminação preconceito rivalidade ou
qualquer tipo de desvalorização designados de seus parceiros de equipe.
Hoje não há duvidas de que as mulheres representam uma porcentagem
consideravelmente importante no mercado de trabalho, seu desempenho trás
melhorias a empresa. As mulheres buscam cada vez mais oportunidade na
sociedade, pois também acreditam que não há conquistas sem grandes desafios.
Lutam para adquirirem direitos iguais dando ar de competitividade, mas conquistaram
seus direitos não é invadir o espaço masculino, mas sim buscam a igualdade
profissional.
Dificilmente existem empresas que não haja mão de obra feminina. Provando
que capacidade não se carrega entre os músculos ou jeito grosso de se pronunciar as
palavras, mas sim no suave desempenho de paciência, observação e objetividade.
No mercado de trabalho a entrada expressiva das mulheres é marcada, por
períodos de transformação produtivos e crise.
Quando o trabalho feminino passou a ser interessante para as grandes e
pequenas empresas, houve um movimento feminista por direito ao trabalho e a
remuneração e outras relações com reivindicações sócias. No Brasil, em alguns
setores, o trabalho feminino já é aceito com naturalidade, havendo aspectos
específicos dessa mão de obra que tem sido um dos melhores valorizados nos dias
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de hoje. Há algumas áreas em que as mulheres veem dominando e encontram um
pouco de dificuldade de inserção na carreira e na forma de trabalhar.
13. CONCLUSÃO
Diante de pequenas dificuldades é de costume colocar as limitações a frente
das atitudes e acabar abrigando capacidades desconhecidas. A mulher ao demons-
trar sua capacidade de atingir limites até mesmo de ir além, vem derrubando as bar-
reiras do que antigamente seria considerado impossível. Obrigando assim com que
nossa sociedade amplie seu modo de visão e abra portas que antes se laqueavam
com indignação. Perante a tanta dedicação nada mais que justo conscientizar os
mesmos de que mulheres não são mais ou até mesmo nunca foram o sexo frágil, que
a fragilidade está nos olhos de quem as vê, e de que competência não se faz na apa-
rência, e nem tão pouco carrega entre os músculos ou no jeito de gerir divergências,
mas nos que observa apenas com os olhos e organiza soluções de forma alternativa
para um problema, que se empenha em indagar antes concretizar suas palavras, que
paciência não é sinal de lerdeza, porém de inteligência, e o mais importante é que se
ela tem a capacidade de trazer ao mundo uma vida, o que seria trabalhar em uma
empresa, dirigir um sistema, operar uma máquina, nada que o faça supera sua virtu-
de. Apesar da evolução da mulher dentro de uma atividade que era antes exclusiva-
mente masculina e apesar de ter adquirido mais instrução, os salários não acompa-
nharam este crescimento, nem tão pouco obteve apoio estrutural dos que por obriga-
ção deveria lhes oferecer por direito. O grande desafio para as mulheres dessa gera-
ção é tentar reverter o quadro da desigualdade salarial entre homens e mulheres e
ainda rever formas de moldar suas necessidades conforme a sociedade oferece, pelo
menos elas já provam que além de ótimas donas de casas, mães, cozinheiras, conse-
lheiras elas também são boas engenheiras, advogadas, motoristas, mecânicas, eletri-
cistas, médicas, prefeitas e presidentes. Já está mais que provado que as mulheres
são perfeitamente capazes de cuidar de si e atualmente assim como na cidade de
Maracaí, cuidar de uma cidade até mesmo de um País, como provou a última eleição
realizada dia 31/10/2010 que elegeu uma mulher como a primeira presidente do Bra-
sil. A única esperança é que valha a pena tanta luta.
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“Uma mulher forte não tem medo de nada...
Uma mulher de força demonstra coragem, em meio a seus medos
Uma mulher forte não permite que ninguém tire o melhor dela... Uma mulher de força dá o melhor de si a todos.
Uma mulher forte comete erros e evita-os no futuro...
Uma mulher de força percebe que os erros na vida, também podem ser bênçãos inesperadas e aprende com eles.
Uma mulher forte tem o olhar de segurança na face... Uma mulher de força tem a graça.
Uma mulher forte acredita que ela é
forte o suficiente para a jornada...
Uma mulher de força tem fé de que é durante a jornada que ela se tornará forte.”
Vera Roglio
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