Post on 08-Nov-2018
1
CURSO DE ESPECIALIZAÇÃO EM ENGENHARIA
DE SEGURANÇA DO TRABALHO
DISCIPLINA: M5 D3 – ERGONOMIA
GUIA DE ESTUDO DA AULA 62
ESTUDOS ERGONÔMICOS
PROFESSOR AUTOR: Profª Valéria Barbosa Gomes
PROFESSOR TELEPRESENCIAL: Profª Valéria Barbosa Gomes
COORDENADOR DE CONTEÚDO: Engº Josevan Ursine Fudoli
DIRETORA PEDAGÓGICA: Profa. Maria Umbelina Caiafa Salgado
06 de novembro de 2012
2
APRESENTAÇÃO DA DISCIPLINA: ERGONOMIA
O desenvolvimento desta disciplina está organizado em quatro partes, nas
quais serão tratados os seguintes conteúdos:
Parte I: Introdução à Ergonomia: Introdução. Conceitos. Correntes de Ergonomia. Análise Ergonômica e Intervenção Ergonômica. Aspectos biopsicossociais na saúde ocupacional. Mecanismos de defesa que podem levar às somatizações. Ergonomia nos equipamentos de proteção. Movimentação e transporte de ferramentas. Salas de descompressão: um oásis no trabalho. Harmonia nas relações sociais. Motivação para a luta pela prevenção. Referências bibliográficas.
Parte II: Estudos Ergonômicos: Histórico da Ergonomia. Definições de ergonomia. A
multidisciplinaridade da ergonomia. Norma Regulamentadora NR 17 de Ergonomia.
Diagnóstico ergonômico. Análise do Ambiente Físico. Agentes ambientais segundo a
NR 17. Agentes ambientais na avaliação ergonômica. Elaboração de questionário.
Referências bibliográficas.
Parte III:
Parte IV:
3
O Calendário atualizado da Disciplina Ergonomia encontra-se no quadro a seguir.
2012
aulas
Guia de
Estudo Textos Complementares de Leitura Obrigatória
No Lista
Exercícios
30 out Parte I
Ergonomia: um estudo sobre sua influência na
produtividade. Acessar o site:
http://www.revistasusp.sibi.usp.br/scielo.php?pid=S180
9-22762009000400006&script=sci_arttext
61
06 nov Parte II
http://portal.mte.gov.br/data/files/FF8080812BE914E6012BEFBAD7064803/nr_17.pdf
62
13 nov Parte III 63
20 out Parte IV 64
Objetivos da aprendizagem:
Conceituar a multidisciplinaridade da ergonomia
Conhecer a elaboração de questionários ergonômicos
Descrever os agentes insalubres segundo a NR 17
Conceituar os agentes ambientais no relatório ergonômico
Descrever um diagnóstico ergonômico
4
INDICE
1. HISTÓRICO DA ERGONOMIA 5
2. DEFINIÇÕES DE ERGONOMIA 6
3. A MULTIDISCIPLINARIDADE DA ERGONOMIA 8
4. NORMA REGULAMENTADORA NR 17 – ERGONOMIA 13
5. DIAGNÓSTICO ERGONÔMICO 16
6. ANÁLISE DO AMBIENTE FÍSICO 17
7. AGENTES AMBIENTAIS SEGUNDO A NR 17 18
8. AGENTES AMBIENTAIS NO RELATÓRIO DE ANÁLISE ERGONÔMICA 20
9. ELABORAÇÃO DE QUESTIONÁRIOS 21
10. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS 24
5
1. HISTÓRICO DA ERGONOMIA
Segundo MORAES & SOARES (1989), atribui-se a denominação da nova disciplina
“Ergonomia” a Murrel, engenheiro inglês. A adoção oficial do termo data de 1949,
quando da criação da primeira sociedade de Ergonomia, a Ergonomic Research
Society, na Inglaterra, onde se reuniram fisiologistas, psicólogos e engenheiros
interessados em adaptar o trabalho ao homem. Nos Estados Unidos utilizaram-se as
denominações human factors ou human engeneering. Buscava-se um termo de fácil
tradução para outros idiomas, que permitisse derivação de outras palavras –
ergonomista, ergonômicos etc. – e que não implicasse que uma disciplina fosse mais
importante que a outra. O neologismo ergonomia compreende os termos gregos ergo
(trabalho) e nomos (normas, regras). Entretanto, a etimologia do vocabulário não
define, precisamente, o objeto desta disciplina.
A origem do termo Ergonomia, no entanto, remonta a 1857. O polonês W.
Jastrzeboeski deu como título para uma de suas obras Esboço da ergonomia ou Ciência
do Trabalho baseada sobre as Verdadeiras Avaliações das Ciências da Natureza.
Define-se, então, a Ergonomia como a ciência de utilização das forças e das
capacidades humanas.
No fim da guerra, em 1945, foram estabelecidos laboratórios de engeneering
psychology pela Força Aérea e Marinha dos Estados Unidos. Na mesma época, forma-
se a primeira companhia civil de consultoria sobre o assunto. Esforços paralelos
ocorriam na Inglaterra sobre a condução do conselho de Pesquisas Médicas e do
Departamento de Pesquisa Científica e Industrial. Data de 1946 a publicação, pela
McGraw-Hill, do livro de R. C. McFarland – Human Factors in Air Transport Desing.
Em 1949, foi publicado o primeiro livro de fatores humanos Applied experimental
psychology: Human Factors in Engeneering Design (CHAPANIS, GARNER e MORGAN).
Durante os anos seguintes ocorreram conferências, surgiram novas publicações de
ergonomia e novos laboratórios, assim como empresas de consultoria.
6
Em 1957, ano importante para a Ergonomia nos Estados Unidos, é editado o jornal
Ergonomics da Ergonomics Research Society, formada a Human Factors Society,assim
como surge a primeira edição do livro Human Factors Engeneering and Design, de
Ernest J. McCormick. Em 1958, J. M. Faverge, J. Leplat e B. Guinet publicam, pela
Presses Universitaires de France, a obra L’adaptation de la machine à l’homme. Em
1959, forma-se a IEA – International Ergonomics Association, para congregar as várias
sociedades de Fatores Humanos e Ergonomia que já existiam. No mesmo ano,
Alphonse Chapanis edita seu livro Research Techniques in Human Engeneering, pela
Johns Hopkins Press.
A partir daí, a Ergonomia teve uma evolução com grandes mudanças no Brasil e no
mundo. No Brasil, foi criada a Associação Brasileira de Ergonomia – ABERGO em 1983,
nas associações internacionais e na brasileira foram criados grupos técnicos de
Ergonomia que mostram essa evolução na direção de diversas áreas do conhecimento,
avançando além da mera avaliação de posto de trabalho, incluindo estudos
antropométricos, mas para o ambiente do trabalho como um todo, em uma análise
Macroergonômica.
2. DEFINIÇÕES DE ERGONOMIA
Segundo BENSSOUSSAN (1987), a Ergonomia é considerada como adaptação do
trabalho ao homem e pode ser encarada como uma atividade tão velha quanto a
própria humanidade, pois o homem primitivo, ao escolher e utilizar um determinado
formato de madeira ou pedra, já estava buscando uma melhor forma de vencer os
obstáculos do meio com maior eficiência e em proveito próprio.
Ainda existem divergências marcantes quanto à conceituação do que seja Ergonomia.
Alguns a consideram como ciência, outros como tecnologia. A opção por uma dessas
vertentes norteará o enfoque metodológico do ergonomista. Algumas definições
demonstram tal divergência.
7
“Ergonomia é uma tecnologia das comunicações nos sistemas homens-máquinas” –
Montmollin.
“Ergonomia é o conjunto de conhecimentos científicos relativos ao homem e
necessários para conceber utensílios, máquinas e dispositivos que possam ser
utilizados como o máximo de conforto, segurança e eficácia” – Wisner.
“A Ergonomia é um estudo multidisciplinar do trabalho humano que procura descobrir
as leis para melhor formular as regras. Ela é, então, conhecimento e ação. O
conhecimento é científico e se esforça para chegar a modelos explicativos. A ação visa
melhor adaptar o trabalho aos trabalhadores” – Cazamian.
“Ergonomia no domínio tecnológico é a aplicação interdisciplinar de todas as ciências
ligadas ao sistema Homem-Máquina para melhor adaptação do trabalho ao homem” –
Seminério.
“A Ergonomia não é, ainda, uma disciplina unificada. Ela ainda se mostra como um
mosaico de partes relevantes de disciplinas distintas. O conjunto obtém sua coerência
do centro de interesses privilegiados que é o homem no trabalho e da necessária
conjunção de perspectivas multidisciplinares não só para o aperfeiçoamento dos
conhecimentos teóricos como também para a aplicação de seus resultados na
organização do trabalho” – Sperandio..
A Associação Brasileira de Ergonomia – ABERGO, fundada em 1983, define-a como
“conjunto de conhecimentos sobre o homem e seu trabalho”. Tais conhecimentos são
fundamentais ao planejamento de tarefas, postos e ambientes de trabalho,
ferramentas, máquinas e sistemas de produção, a fim de que sejam utilizados com o
máximo de conforto, segurança e eficiência.
Definição Oficial
"A ergonomia é o estudo científico da relação entre o homem e seus meios, métodos e
espaço de trabalho. Seu objetivo é elaborar, mediante a contribuição de diversas
8
disciplinas científicas que a compõem, um corpo de conhecimentos que, dentro de uma
perspectiva de aplicação, deve resultar numa melhor adaptação ao homem dos meios
tecnológicos e dos ambientes de trabalho e de vida" (Congresso Internacional de
Ergonomia, 1969).
"Ergonomia (ou human factors) é a disciplina científica que trata de entender as
interações em humanos e outros elementos de um sistema; é a profissão que aplica
teoria, princípios, dados e métodos para projetar de modo a otimizar o bem-estar
humano e a performance total do sistema". (Conselho Executivo da IEA, 2000).
3. A MULTIDISCIPLINARIDADE DA ERGONOMIA
Verifica-se que, apesar das divergências, alguns pontos são comuns a todos os que
nela labutam:
a multidisciplinaridade;
a priorização do homem no processo de trabalho;
a preocupação com a eliminação dos riscos, os esforços e a maximização do
conforto e eficiência do sistema.
A Ergonomia abrange conhecimentos de diferentes disciplinas, sem que se possa
precisar a maior ou menor relevância de algumas delas. O destaque de um
determinado saber em detrimento dos demais normalmente está associado à natureza
do problema, ao grau de desenvolvimento sócio-tecnológico e à concentração na
formação, em uma determinada especialidade, dos profissionais envolvidos.
Em linhas gerais, várias áreas do conhecimento têm contribuído de maneira marcante
para a Ergonomia: Engenharia, Desenho Industrial, Ciências Biomédicas e Sociais. Este
fato é facilmente explicável se considerarmos, por um lado, natureza, ambiente,
equipamentos e organização do trabalho e, por outro, as capacidades e limitações do
homem em um contexto determinado. Outro dado que cabe considerar é que a
Ergonomia, à diferença de outras ciências, preocupa-se em realizar estudos e
definições para o homem normal (Figura 1).
9
Figura 1 – Multidisciplinaridade da ergonomia.
Como se pode depreender, o ergonomista é geralmente um profissional com uma
formação de nível universitário (Engenharia, Medicina, Desenho Industrial, Psicologia
etc.) e que possui uma habilitação em Ergonomia adquirida em cursos de Pós-
Graduação específicos, além de muita prática adquirida com profissionais da área em
organizações sociais de produção, centros de pesquisa ou universidades.
As modalidades de intervenção variam de acordo com a origem, natureza e extensão
do problema, bem como do momento em que é realizada. Dentro desta perspectiva,
temos inicialmente:
Psicologia Psicofisiologia
Fisiologia Biomecânica Antropometria
ERGONOMIA
Economia Sociologia Antropometria
Engenharia Desenho Industrial
Medicina do Trabalho Enfermagem do Trabalho Terapia Ocupacional Fisioterapia
Administração Relações Sindicais
10
A – ERGONOMIA DE CORREÇÃO: Concentra-se na modificação ou replanejamento de
situações concretas de trabalho que apresentam problemas ou disfunções, mostrando-
se nocivas, inadequadas, perigosas. Normalmente, surge de uma demanda gerada por
problemas tais como fadiga, absenteísmo, baixa produção, acidentes, rotatividade alta,
doenças ocupacionais, entre outras.
B – ERGONOMIA DE CONCEPÇÃO OU PREVENTIVA: visa à elaboração de propostas e
recomendações – fundamentadas em estudos e pesquisas, para o estabelecimento de
especificações e exigências ergonômicas – a serem utilizadas no planejamento de
máquinas, instrumentos e sistemas produtivos.
C – ERGONOMIA DE PRODUÇÃO: Refere-se aos estudos e pesquisas para otimização
de máquinas e instrumentos ou tarefas a fim de que ofereçam o mínimo de risco,
esforço e o máximo de eficiência para o operador. Concentra-se, portanto, nas
condições e características do trabalho.
D – ERGONOMIA DE PRODUTO: A partir do usuário conhecido ou potencial, também
refere-se a estudos e pesquisas para otimização de máquinas ou utensílios, tendo em
vista as características do produto.
Heurística
Ergonomia
Sistemas Organizacionais
Concepção
Produção
Correção
Informacional
Posto de Trabalho
Sistemas
Produto
Movimentos
11
E- ERGONOMIA DE POSTO DE TRABALHO: Centra-se em estudos e pesquisas tanto
para correção quanto para concepção de um posto de trabalho ou Sistema Homem-
Tarefa-Máquina, isolado dos demais, a fim de melhor adaptá-lo ao homem. Envolve a
análise dos comportamentos operatórios e dos mecanismos e processos subjacentes,
ou seja, adaptação da máquina ao homem através do estudo de reações humanas,
sem esquecer que o posto está circundado e é influenciado pelo ambiente mais geral.
F – ERGONOMIA DE SISTEMAS: Envolve estudos e pesquisas par correção ou
concepção de um conjunto de postos de trabalho ou sistemas homens-tarefas-
máquinas. Estudo de sistemas complexos, amplos, cujos elementos interatuantes são
humanos e não humanos e que trabalham conjuntamente para alcançar um fim
comum e estão unidos entre si por uma rede de comunicações.
G – ERGONOMIA DE MOVIMENTOS OU GESTUAL: Implica o estudo de sistemas de
resposta em nível psicomotor, abrangendo o planejamento de padrões cinético-
postural e todos os problemas conexos de biorritmo e biomecânica.
H – ERGONOMIA INFORMACIONAL: Descreve a atividade em função da tomada e do
tratamento de informações relacionadas com diversos aspectos da percepção humana
e os respectivos sistemas de sinais.
I - ERGONOMIA HEURÍSTICA: Vincula-se ao estudo de estratégias do pensamento, aos
fatores lógicos e básicos da cognição e de decisão que antecedem cada ato e cada
momento.
J – ERGONOMIA DE SISTEMAS: Fundamenta-se em noções de regulação, controle e
previsão em âmbito mais geral, dinâmicas, interpessoais e comunicações a fim de
otimizar o sistema e envolve:
estudo dos objetivos e estruturas organizacionais;
estudo dos sistemas de comunicação e regulação;
estudo da configuração dos grupos de trabalho;
estudo das linhas de responsabilidade e delegação de autoridade.
12
4. NORMA REGULAMENTADORA – NR 17 ERGONOMIA
A Constituição Federal no Art.7º do Capítulo II – Dos direitos sociais - estabelece que
“são direitos dos trabalhadores urbanos e rurais, além de outros que visem a melhoria
de sua condição social – XXIII – adicional de remuneração para as atividades penosas,
insalubres ou perigosas, na forma da Lei”.
A NR-17 visa estabelecer parâmetros que permitam a adaptação das condições de
trabalho às características psicofisiológicas dos trabalhadores, de modo a proporcionar
um máximo de conforto, segurança e desempenho eficiente. Refere-se aos mobiliários,
equipamentos, organização de trabalho, às posturas, movimentos e movimentação
manual de materiais; estabelece níveis de conforto para os agentes físicos de ruído,
iluminação e temperaturas.
Na avaliação ergonômica dos agentes, realiza-se um levantamento exaustivo de
problemas que são classificados utilizando-se classificação própria, e depois é
elaborada a formulação dos problemas, onde se verifica como cada um dos problemas
apontados age nos trabalhadores observados (Quadro 1).
13
Quadro 1 - Problematização
PROBLEMATIZAÇÃO
CLASSIFICAÇÃO
1- INTERFACIAIS Posturas prejudiciais resultantes de inadequações do campo de visão/tomada de informações, do envoltório acional/ alcances, do posicionamento de componentes comunicacionais, com prejuízos para os sistemas muscular e esquelético.
2- INSTRUMENTAIS Arranjos físicos incongruentes de painéis de informações e de comandos, que acarretam dificuldade de tomada de informações e de acionamentos, em face de inconsistências de navegação e de exploração visual, com prejuízos para a memorização e para a aprendizagem.
3- INFORMACIONAIS / VISUAIS Deficiências na detecção, discriminação e identificação de informações, em telas, painéis, mostradores e placas de sinalização, resultantes da má visibilidade, legibilidade e compreensibilidade de signos visuais, com prejuízos para a percepção e tomada de decisões.
4- ACIONAIS / MANUAIS E PEDIOSOS Constrangimentos biomecânicos no ataque acional a comandos e empunhaduras; ângulos, movimentação e aceleração, que agravam as lesões por traumas repetitivos, dimensões, conformação e acabamento, que prejudicam a apreensão e acarretam pressões localizadas e calos.
5- COMUNICACIONAIS: (ORAIS / GESTUAIS) Falta de dispositivos de comunicação à distância; ruídos na transmissão de informações sonoras ou gestuais; má audibilidade das mensagens radiofônicas e/ou telefônicas.
6- COGNITIVOS Dificuldade de decodificação, aprendizagem, memorização, em face de inconsistências lógicas e de navegação dos subsistemas comunicacionais e dialogais (resultam perturbações para seleção de informações, para estratégias cognoscitivas, para a resolução de problemas e para a tomada de decisões).
7- INTERACIONAIS Dificuldades no diálogo computadorizado, provocadas pela navegação, pelo encadeamento e pela apresentação de informações em telas de programas; problemas de utilidade (realização da tarefa), usabilidade (diálogo) e amigabilidade (apresentação das telas) de interfaces informatizadas.
14
8- MOVIMENTACIONAIS Excesso de peso, distância do curso da carga, frequência de movimentação dos objetos a levantar ou transportar; desrespeito aos limites recomendados de movimentação manual de materiais, com riscos para os sistemas muscular e esquelético.
9- DE DESLOCAMENTO
Excesso de caminhamentos e deambulações; grandes distâncias a serem percorridas para realização das atividades da tarefa.
10- DE ACESSIBILIDADE
Despreocupação com a independência e a autonomia dos usuários portadores de deficiência, dos idosos e das crianças, considerando locomoção e acessos, nas ruas e edificações e nos sistemas de transporte; má acessibilidade, espaços inadequados para movimentação de cadeiras de rodas, falta de apoios para utilização de equipamentos.
11- URBANÍSTICO
Deficiências na circulação dos usuários no espaço da cidade; ausência de pontos e/ou marcos de referência que auxiliem a circulação e a orientação dos usuários no espaço urbano; falta de áreas públicas de lazer e integração.
12- ESPACIAIS/ARQUITETURAIS Deficiência de fluxo, circulação, isolamento, má aeração, insolação e iluminação natural; isolamento acústico, térmico e radioativo em função dos materiais de acabamento empregados; falta de otimização luminosa, da cor, da ambiência gráfica, do paisagismo.
13- FÍSICO-AMBIENTAIS Iluminação, ruído, temperatura, vibração, radiação, pressão acima ou abaixo dos níveis recomendados nas Normas Regulamentadoras.
14- QUÍMICO-AMBIENTAIS Partículas, elementos tóxicos e aerodispersóides em concentração no ar acima dos limites permitidos.
15- BIOLÓGICOS Falta de higiene e assepsia, o que permite a proliferação de germes patogênicos (bactérias e vírus), fungos e outros microrganismos.
16- NATURAIS Exposição a intempéries e exposição excessiva ao sol.
17- ACIDENTÁRIOS/SECURITÁRIOS Comprometem os requisitos secundários que envolvem a segurança do trabalho. Falta de dispositivo de proteção das máquinas, precariedade do solo, de andaimes, rampas e escadas; manutenção insuficiente; deficiência de rotinas e equipamentos para emergência e incêndios; atendimento às Normas de colocação e sinalização de extintores de incêndio.
18- OPERACIONAIS Ritmo intenso, repetitividade e monotonia; pressão de prazos de produção e de controle.
15
19- ORGANIZACIONAIS Parcelamento taylorizado do trabalho, falta de objetivação, responsabilidade, autonomia e participação; jornada, horário, turnos e escala de trabalho, seleção e treinamento para o trabalho.
20- GERÊNCIAIS Inexistência de uma gestão participativa, desconsiderando opiniões e sugestões dos funcionários; centralização de decisões, excesso de níveis hierárquicos; falta de transparência nas comunicações das decisões, prioridades e estratégias; falta de política de cargos e salários coerente.
21- INSTRUCIONAIS Desconsideração das atividades concretas da tarefa durante o treinamento; manuais de instrução confusos que privilegiam a lógica de funcionamento em detrimento das estratégias de utilização.
22- PSICOSSOCIAIS Conflitos entre indivíduos e grupos sociais; dificuldade de comunicação e interações interpessoais; falta de opções de repouso, alimentação, descontração e lazer no ambiente de trabalho.
23- CONDIÇÕES AMBIENTAIS E DE CONFORTO
Condições ambientais e de conforto propostas na NR-24 como: banheiros, vestiários, refeitórios, água potável.
24- RESPONSABILIDADE SOCIAL
Importância e influência social da empresa junto às comunidades vizinhas.
25- QUALIDADE DA IMAGEM EMPRESARIAL
Conjunto de aspectos que influenciam a imagem empresarial.
26- QUALIDADE AMBIENTAL
Qualidade do meio ambiente; comprometimento e consciência; impacto; poluição/poluente; resíduos sólidos; efluentes líquidos; emissões gasosas.
5. DIAGNÓSTICO ERGONÔMICO
A Diagnose Ergonômica compreende a análise macroergonômica, comportamental,
ambiência tecnológica da tarefa e o perfil e voz dos trabalhadores. Trata, portanto,
dos níveis hierárquicos, da comunicação na empresa, da participação dos
trabalhadores e da organização do trabalho: é o momento das observações
sistemáticas com registro de frequência, análise de posturas e movimentos e
priorização dos problemas observados e das recomendações propostas.
Compreendendo: caracterização da tarefa; discriminação da tarefa (Atividades e
Meios); avaliação das posturas segundo o Método RULA; Avaliação da
16
Movimentação Manual de Materiais segundo o Método NIOSH; perfil e voz dos
trabalhadores, com escala de desconforto e dor.
As recomendações e conclusões da Diagnose Ergonômica buscam soluções para que
os constrangimentos observados e as sugestões dos trabalhadores possam ser
implementados quando da fase do projeto.
6. ANÁLISE DO AMBIENTE FÍSICO
6.1. Análise Arquitetural
A Análise Arquitetural avalia as condições do espaço construído e do ambiente que o
envolve, visto que a relação entre o homem e o ambiente edificado segue em ritmo de
modificações constantes, sendo indispensável transformar o espaço habitado em o
mais adequado às necessidades do usuário, considerando as peculiaridades das tarefas
por ele executadas.
O ser humano possui uma dinâmica que rege o funcionamento do corpo humano.
Condições ambientais desfavoráveis prejudicam o desempenho deste ciclo básico,
gerando o stress, perda de eficiência e eventualmente até perda da saúde.
6.2 – Análise da Ambiência Física
Os postos de trabalho dos setores de Abastecimento de aeronaves (foto 1) e de
Recebimento de Combustíveis (foto 2), a seguir, situam-se a céu aberto, recebendo
toda iluminação natural.
17
Foto 1 Foto 2
Os postos de trabalho do setor de Abastecimento de Aeronave e os postos de trabalho
do Descarregamento de combustíveis do setor de Recebimento (fotos acima) estão
expostos diretamente às variações climáticas, tendo sua temperatura e ventilação de
acordo com o período do ano e condições do tempo.
No espaço destinado a atender as atividades de inspeção dos combustíveis (foto 3),
observou-se que as disposições do mobiliário não levaram em consideração a
orientação em relação ao sol: a mesa de trabalho recebe os raios solares diretamente
em sua superfície de trabalho durante todo o período da tarde. As dimensões do
mobiliário também não atendem às necessidades das tarefas, obrigando os operadores
às posturas inadequadas ao realizar a inspeção do material.
7- AGENTES AMBIENTAIS SEGUNDO A NR-17
A NR-17 em seu item 17.5.2 estabelece que nos locais de trabalho onde são
realizadas atividades que exijam solicitação intelectual e atenção constantes, tais
Foto 3
18
como: salas de controle, laboratórios, escritórios, salas de desenvolvimento ou análise
de projetos, dentre outros, sejam obedecidas as seguintes condições de conforto.
Para as atividades que possuam as características definidas no subitem 17.5.2, mas
não apresentam equivalência ou correlação com aquelas relacionadas na NBR 10152, o
nível de ruído aceitável para efeito de conforto será de 65 dB(A) e a curva de avaliação
de ruído (NC) de valor não-superior a 60 dB.
Conforto térmico
O item17.5.2 da NR-17 faz alusão às condições de:
Índice de temperatura efetiva entre 20 e 22°C;
Velocidade do ar não superior a 0,75 m/s;
Umidade relativa do ar não inferior a 40%.
A climatização dos locais de trabalho onde há solicitação intelectual e atenção
constante, frequentemente é obtida pelo sistema de ar condicionado. Na grande
maioria das situações de trabalho, não há o emprego de fontes de calor radiante para
a execução das tarefas. A abordagem para verificar as condições de conforto térmico
inicia-se por uma fase exploratória. Essa fase compreende a observação da situação de
trabalho complementada por entrevistas com os trabalhadores a respeito do conforto
térmico.
Iluminação
Em todos os locais de trabalho, deve haver iluminação adequada, natural ou artificial,
geral ou suplementar, apropriada à natureza da atividade. A iluminação geral deve ser
uniformemente distribuída e difusa. A iluminação geral ou suplementar deve ser
projetada e instalada de forma a evitar ofuscamento, reflexos incômodos, sombras e
contrastes excessivos.
19
Os níveis de iluminamento a serem observados nos locais de trabalho são os valores
de iluminâncias estabelecidas na NBR 5413, norma brasileira ABNT, registrada no
INMETRO.
Na grande maioria dos ambientes de trabalho, há iluminação natural e artificial. A
iluminação natural advém de janelas dispostas nas faces longitudinais e/ou
transversais da edificação.
A iluminação artificial é obtida, geralmente por meio de lâmpadas fluorescentes
acopladas em luminárias embutidas no forro do teto com aletas metálicas de superfície
opaca ou brilhante, dispostas em fileiras paralelas a um dos eixos da edificação.
A NR-17 remete à Norma Brasileira (NBR 5413), que trata apenas das iluminâncias
recomendas nos ambientes de trabalho. O iluminamento fluxo luminoso por unidade
de área, medido em lux, depende também da refletância dos materiais, das dimensões
dos detalhes a serem observados ou detectados, do contraste com o fundo. A melhor
situação seria aquela em que, além do iluminamento geral, o trabalhador dispusesse
de fontes luminosas individuais nas quais pudesse regular a intensidade.
8. AGENTES AMBIENTAIS NO RELATÓRIO DE AVALIAÇÃO ERGONÔMICA
Condições Ambientais do Trabalho (Exemplificativo)
AGENTE VALOR NÍVEL ATENÇÃO LT
Ruído dB(A)
Envase 57,3 65 85
Embalagem 63,2 65 85
Encaixotamento 61,2 65 85
Ponta de Linha 58,6 65 85
Temperatura °C (IBUTG)
Início e meio da Jornada
24,8 20-<TE< 23 26,7
Fim da Jornada 24,9 20-<TE< 23 26,7
Iluminamento (Lux)
Linha 30 514 300 X
20
9. ELABORAÇÃO DE QUESTIONÁRIOS
9.1- Métodos de Aplicação de Questionário
O questionário deve ser elaborado de acordo com as características da empresa e da
tarefa. Tendo desenvolvido o questionário, o próximo passo é como aplicá-lo. Isto
envolve não somente custos e taxas de resposta, mas também quais perguntas e em
que formato.
Métodos de aplicação:
Entrevistas face a face
Por telefone
Pelo correio
E mais recentemente por e-mail
Entrevista Face a Face
Como o nome indica, este método envolve um entrevistador treinado, aplicando
o questionário e uma base, um a um.
Vantagens:
O entrevistador tem certeza de quem está respondendo.
A resposta verbal reduz o número de itens omitidos pelo entrevistado.
O entrevistador pode verificar se o entrevistado está tendo alguma dificuldade
de entendimento dos itens, ou falta de compreensão da linguagem, ou
inteligência limitada, problemas de concentração ou aborrecimento.
Flexibilidade nos itens apresentados, já que as perguntas podem variar entre
fechadas e abertas.
Perguntas Fechadas: Requerem apenas um número como resposta, como idade,
número de filhos ou tempo de trabalho.
Perguntas Abertas: Podem ser usadas para coletar informações adicionais.
21
Padrões de Salto - Skip Pattern:
Instruções ou setas que indicam que a pessoa pode ir mais adiante no questionário,
omitindo um item, como número de gravidez para entrevistado masculino, por
exemplo.
A menos que os questionários sejam cuidadosamente construídos e trabalhados, os
padrões de passar adiante podem confundir alguns entrevistados e induzir a erros.
Os entrevistados, por seu treinamento e experiência em aplicar o questionário várias
vezes, podem conduzir os caminhos através das questões de saltos mais prontamente,
sendo os erros menos prováveis.
Com o uso de computadores, os padrões de salto podem ser programados para ser
apresentados ao entrevistador assim que o potencial para perguntar as questões
erradas ou omissão de itens seja minimizado.
Desvantagens:
Custo associado às vantagens apresentadas.
Os entrevistadores devem ser treinados de modo que eles perguntem a mesma
questão sempre da mesma forma e que lidem similarmente com circunstâncias
invulgares.
No caso de entrevistas longas, é necessário o entrevistador ser anunciado.
O número de entrevistas por dia fica limitado quando o sujeito trabalha durante
o dia e a entrevista só pode ser feita à noite.
Atributos do entrevistador como etnia ou sexo podem levar a vieses.
O entrevistador pode sutilmente conduzir à resposta que ele deseja ouvir, sem
ter consciência de que está fazendo assim.
Aplicação Assistida por Computador
Microcomputadores agora fazem parte do cotidiano das empresas.
Vantagens:
22
Libera o entrevistador para fazer outras coisas ou aplicar a escala a várias
pessoas simultaneamente.
Os dados são transferidos o tempo todo de um meio para outro.
Nem o sujeito nem o entrevistador podem inadvertidamente omitir itens ou
perguntas.
Pessoas podem ser mais honestas em relatar comportamentos inaceitáveis ou
indesejáveis sem falar diretamente com uma pessoa.
Desvantagens:
Uma potencial desvantagem de escalas informatizadas provém da transferência
direta dos instrumentos existentes para o formato informatizado. Em muitos
casos, não está estabelecido se a tradução foi ou não afetada na sua
reprodutibilidade ou validade.
Fatores que contribuem para adesão à pesquisa e retorno dos questionários
via e-mail:
Carta de cobertura ou texto de abertura: a parte mais importante do
questionário talvez seja a carta de cobertura ou texto abertura. Ela determinará
se o formulário será olhado ou jogado fora e a atitude da pessoa ao respondê-
lo. Uma carta deve começar com uma declaração que enfatiza dois aspectos: a
importância do estudo e a importância das respostas para tornar os resultados
passíveis de serem interpretados. Outros pontos que devem ser incluídos na
carta são a promessa de sigilo, a descrição de como os resultados serão
utilizados, e a menção algum incentivo.
Número de perguntas: um questionário pequeno traz maior taxa de retorno;
contudo, aumentar o questionário com perguntas interessantes pode passar
mais credibilidade.
23
Perguntas pré-codificadas: embora não aconteça um apreciável número de
aquiescência, a pré-codificação serve a um número de propostas úteis. Primeiro,
questões abertas-fechadas têm, em algum momento, que ser codificadas para
análise. Segundo, os entrevistados provavelmente preferem preencher uma
quadrícula, a dar respostas longas.
Respostas manuscritas podem ser ilegíveis ou ambíguas. Por outro lado, as
pessoas podem achar que precisam explicar suas respostas ou indicar porque
nenhuma das alternativas se aplica, sinal de perguntas pobremente desenhadas.
O questionário pode fazer previsões disto, incluindo seções opcionais depois de
cada seção ou ao final, para quem está respondendo poder adicionar
comentários.
Acompanhamentos e necessidades de persistência: tão importante quanto a
carta introdutória ao estudo é o acompanhamento para maximizar o retorno. O
entrevistador deve ser persistente para receber as respostas ao questionário.
10. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
OLIVEIRA, Chrysóstomo Rocha de Oliveira e Colaboradores. Manual Prático de LER – Lesões por Esforços Repetitivos. Editora HEALTH. Brasil – Belo Horizonte – MG. 1997.
BART, P. Ergonomia e Organização do Trabalho. Revista Brasileira de Saúde Ocupacional, nº 6, vol. 21, pág. 6-11, 1978.
SANTOS, Neri & FIALHO, Francisco Antônio Pereira. Manual de Análise Ergonômica no Trabalho. Editora Gênesis – Brasil – PR – 1997.
DEJOURS, C. A loucura do trabalho. Tradução: A. I. Paraguai e L. Leal. São Paulo: Cortez- Oboré, 5ª ed., 1992.
DUL, J., WEERDMEESTER, B. Ergonomia prática. Tradução Itiro Iida. São Paulo: Editora Edgard Blücher, 1995.
GRANDJEAN, E. Manual de Ergonomia. Porto Alegre: Bookman, 1998.
LAVILLE, Antoine. Ergonomia. Tradução: Márcia Maria das Neves Teixeira. São Paulo: Ed. da Universidade de São Paulo, 1977.
24
VERDUSSEN, R. Ergonomia: a racionalização humanizada no trabalho. Rio de Janeiro: Livros Técnicos e Científicos, 1978.
WISNER, Alain. A Inteligência no Trabalho, Textos selecionados de ergonomia. São Paulo: Editora da UNESP, 1994.
ASSOCIAÇÕES DE ERGONOMIA E GRUPOS TÉCNICOS
Associação Brasileira de Ergonomia – ABERGO
Grupos Técnicos da ABERGO:
GT Acessibilidade Integral (Profa. Vera Bins-Ely, UFSC);
GT Biomecânica Ocupacional e Fisiologia do Trabalho (Prof. Marcio Marçal, PUC-
MG);
GT Certificação de Ergonomistas Brasileiros (Prof. Mario Vidal, UFRJ);
GT Ensino e Formação em Ergonomia (Prof. Dierci Silveira, Pride Int.);
GT Ergodesign (Profa. Anamaria de Moraes, PUC-RJ);
GT Normalização e Certificação de Produtos (Prof. Clóvis Correia Bucich,
UFRJ);
GT Ergonomia do Ambiente Construído (Profa. Vilma Villarouco, UFPE).
Associação Internacional de Ergonomia ( International Ergonomics Association – IEA)
Comitês Técnicos da IEA
Existem 17 Comitês Técnicos atuantes na Associação Internacional de Ergonomia. Seus nomes, áreas de interesse e detalhes de contato dos responsáveis são mostrados a seguir.
Envelhecimento (Aging) Prof. Juhani Ilmarinen, Ph.D. Department of Physiology Finnish Institute of Occupational Health Tapeliuksenkatu 41 a A 00250 Helsinki Finland Phone: 358-9-47 471 Fax: 358-9-414 634 Mobile phone: 358-400-815 511 Email: juhani.ilmarinen@occuphealth.fi
25
Agricultura (Agriculture) Prof. Peter Lundqvist, Ph.D. Division of Work Science Department of Agricultural Biosystems and Technology Swedish University of Agricultural Sciences Box 88, S - 230 53 Alnarp Sweden Phone: 46 40 41 54 95 Fax: 46 40 41 54 89 Mobile phone: 46 70 729 61 15
Email: Peter.Lundqvist@jbt.slu.se
Web site: http://WWW.JBT.SLU.SE
Ergonomia de Auditórios (Auditory Ergonomics) Ellen Haas, Ph.D. Auditory Controls and Displays Laboratory Human Research and Engineering Directorate U.S. Army Research Laboratory Aberdeen Proving Ground, USA 21005 Phone: 1-410-278-5825 Fax: 1-410-278-8828 Email: ehaas@arl.army.mil Link to IEA web pages: www.iea.cc/auditory Arquitetura e Edificações (Building and Architecture) Prof. Gabriella Caterina Universita' Degli Studi di Napoli Frederico II Via Tarsia 31 Napoli Italy Phone: 39-081-2514302 Fax: 39-081-5519509 Email: corited@tin.it
Arquitetura e Edificações (Building and Construction) Mr. Ernst A.P. Koningsveld TNO Work and Employment P.O. Box 718 2130 AS HOOFDDORP The Netherlands Phone: 31.23.554.9.524 Fax: 31.23.554.9.305 Mobile phone: 31.629.57.4109 Email: e.koningsveld@arbeid.tno.nl Ergonomia para Crianças e Ambientes Educacionais (Ergonomics for Children and Educational Environments) Ms. Cheryl L. Bennett
26
Lawrence Livermore National Laboratory P.O. Box 808, L-438 Livermore, CA 94550 USA Phone: (925) 423-1978 Fax: (925) 422-3442 Email: bennett13@llnl.gov Links to Relevant Sites: www.ergonomics4children.org
Ergonomia Hospitalar (Hospital Ergonomics) Dr Sue Hignett Lecturer in Ergonomics Dept. of Human Sciences Loughborough University Loughborough Leics LE11 3TU Tel. 01509 223003 email: S.M.Hignett@lboro.ac.uk
Aspectos Humanos de Manufatura Avançada (Human Aspects of Advanced Manufacturing) Prof. Waldemar Karwowski, Ph.D., PE Center for Industrial Ergonomics University of Louisville Academic Building, Room 437 Louisville, KY 40292 USA Phone: (502) 852-7173 Fax: (502) 852-7397 Email: karwowski@louisville.edu
Interação Homem-Computador (Human-Computer Interaction – HCI) Tom Stewart System Concepts 2 Savoy Court, Strand London, WC2R 0EZ United Kingdom Phone: 44 (0) 20 7240 3388 Fax 44 (0) 20 7240 5212 Email: tom@system-concepts.com Web site: www.system-concepts.com/people/tom.html Reabilitação Humana (Human Reliability) Prof. Dr. Heiner Bubb Lehrstuhl für Ergonomie der Technischen Universität München Boltzmannstr 15 D-85748 Garching
27
Germany Tel: (089) 289 15388 Fax: (089) 289 15387 Email: bubb@lfe.mw.tu-muenchen.de Distúrbios Músculo Esqueléticos (Musculoskeletal Disorders) Prof. Enrico Occhipinti Research Unit “Ergonomics of Posture and Movement” EPM CEMOC - ICP Hospital – Milano Address: Via Riva Villasanta, 11 20145 Milano Italy Tel: +39 0257995170 Fax: +39 0257995168 Email: epmenrico@tiscali.it Prof. Nico Delleman (Co-Chair, Netherlands) Email: Delleman1@zonnet.nl Prof. Pedro Mondelo (Co-Chair,Spain) Email: pedro.mondelo@upc.es
Gerência e Projeto Organizacional (Organizational Design and Management) Pascale Carayon, Ph.D. Professor of Industrial Engineering Director, Center for Quality and Productivity Improvement University of Wisconsin-Madison 610 Walnut Street 575 WARF Madison, WI 53726 USA Tel: +1-608-265-0503 or +1-608-263-2520 Fax: +1-608-263-1425 Email: carayon@engr.wisc.edu
Controle de Processo (Process Control) Dr. John O'Hara Science & Engineering Technical Division Brookhaven National Lab, Bldg 130 Upton, NY 11973 USA Phone: (631) 344-3638 Fax: (631) 344-4900 Email: ohara@bnl.gov Scott Malcolm (co-chair) Email: malcolms@candu.aecl.ca
Psicofisiologia em Ergonomia (Psychophysiology in Ergonomics) Dr Robert A. Henning Department of Psychology University of Connecticut
28
Storrs, CT 06269 USA Phone: + 1 860 486-5918 Fax: + 1 860 486-2760 Email: henning@uconnvm.uconn.edu Gerência da Qualidade (Quality Management) Dr. Ram R. Bishu IMSE Department University of Nebraska Lincoln, Nebraska 68588-0518 USA Phone: (402) 472-2393 Fax: (402) 472-2410 Email: rbishu@engunx.unl.edu
Saúde e Segurança (Safety & Health) Prof. Masaharu Kumashiro University of Occupational and Environmental Health Department of Ergonomics Institute of Industrial Ecological Sciences 1-1, Iseigaoka, Yahatinishi-ku Kitakyushu, 807-8555 Japan Phone: 81-93-691-7458 Fax: 81-93-692-0392 Email m-kuma@med.uoeh-u.ac.jp
Normas (Standards) Mr. Nico J. Delleman NIA TNO B.V. P.O. Box 75665 1070 AR Amsterdam The Netherlands Phone: 31 20 549 89 31 Fax: 31 20 644 14 50 Email: N.Delleman@nia-tno.nl Link to IEA web pages: www.iea.cc/standards