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8/17/2019 Estudo de caso: Controlo Interno na Área das Disponibilidades - Angola - João Maria Funzi Chimpolo
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CONSULTORIA ESTRATEGICA DE GESTAO EMPRESARIAL
João Maria Funzi Chimpolo PhD
Professor Universitário e Consultor de EmpresasPós Doutorado em Gestao dos Recursos Humanos - USA-2014
Doutor em Gestão e Organização de Empresas – USA 2013Doutorando em ciências Técnicas na especialidade de Gestão dos Recursos Humanos ( Com a Pré Defesa Feita-2014 )
Mestre em Direcção e Administração de empresas ( Cuba – 2003 )Enginheiro Industrial ( Cuba -2000 )
Pos Graduação em Agregação Pedagógica – 2009Coordenador dos Cursos de Ciências Económica na Universidade de Belas de Angola 2007 –2009
Chefe do Departamento dos Recursos Humanos na Faculdade de Economia U.A.NSócio Gerente da Consultoria Estratégica de Gestão Empresarial - 2011
Director de empresa (2005 -2014 Angola)
TR B LHO INVESTIG TIVO
TEMA: Controlo Interno na Área das Disponibilidades
Estudo de Caso
Luanda
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Resumo
O presente trabalho de fim de curso tem como tema o controlo interno na ária das
disponibilidades, cujo seu objectivo consiste. Dar a conhecer a necessidade de ser
implementar um sistema de controlo na ária das disponibilidades que se adeqúe ao
objectivo social da empresa.
Como vimos anteriormente, todo o circuito de controlo funciona como um sistema
nervoso de uma organização, já que abrange a mesma servindo como um sistema de
comunicação de duas vias e esta desenhada unicamente para fazer frente as
necessidades de uma organização específica. Assim com o desenho de um sistema de
controlo interno de uma organização depende das necessidades específicas desta, o
controlo interno caracteriza-se-á em função da sua classificação.
Portanto, todas as empresas por mais pequenas que sejam, possuem um sistema de
controlo interno…” A grande questão surge na adequação deste sistema face á
organização.
Palavra-chave: Controlo Interno , Disponibilidade
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Abstract
Presentjob limit been themed internal control in the área of cash, whose ai mis to
publicize the need to implement a system internal control in the of cash that suists the
objecto of the company.
As we saw earlier, the entire circuit internacional control acts as a nervous
system of an organization, as it covers the same serving as a system of two-way
communication and is designed solely to tackle the needs of a particular organization.
Just as the design of an internal control system of an organization depends on the
specific needs of this, the internal control will be characterized according to their
clssification.
Therefore, all businesses, however small they may be. Have a system of internal
control …” the big issue is the suitability of this system compared to the organization.
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Índice
INTRODUÇÃO ................................................................................................................ 1
Capítulo I – Aspectos Gerais sobre o Controlo Interno.................................................. 12
1.1- Conceito de Controlo Interno .............................................................................. 12
1.2- Objectivos do controlo interno ............................................................................ 13
1.2.1- Controlo interno de acordo com o IIA ............................................................. 17
1.2.2- Controlo Interno de Acordo com a COSO ....................................................... 18
1.2.3- Controlo Interno de Acordo com a AICPA ..................................................... 191.2.4- Controlo Interno de Acordo com a ISA ........................................................... 19
1.3- Componentes do Controlo Interno ...................................................................... 22
1.4- Tipos de Controlo Interno ................................................................................... 23
1.4.1 – Controlo Interno Contabilístico .......................................................................... 24
1.4.2 – Controlo Interno Administrativo ........................................................................ 25
1.5- Limitações e Distorções do Controlo Interno ...................................................... 26
1.6- Planeamento, Recolha e Registo dos Sistemas de Controlo Interno ................... 28
1.6.1 – Questionário Padronizado ............................................................................. 30
1.6.2 – Narrativa ....................................................................................................... 31
1.6.3 – Fluxograma ................................................................................................... 31
1.6.4 – Forma Mista .................................................................................................. 32
Capítulo II- Controlo Interno nas Disponibilidades ....................................................... 33
2.1– Procedimentos da Auditoria na Área das Disponibilidades ................................... 33
2.1.1 – Aspectos de Natureza Contabilística .................................................................. 33
2.1.1.1 – Depósitos em Banco ........................................................................................ 35
2.1.1.2 – Caixa ................................................................................................................ 35
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APÊNDICE .................................................................................................................... 54
INTRODUÇÃO
Há muito tempo que a concorrência é um aspecto importante a ser considerado na
economia e, actualmente, não é diferente, pois a concorrência determina, muitas vezes,
o valor de mercado e caso as empresas não tenham condições para se adaptarem a este
mercado não terão como manter o seu empreendimento.
Este último factor, adaptabilidade ao mundo dos negócios, tem levado muitos gestores a
buscarem ferramentas para alcançar a eficácia empresarial.
Neste contexto, surge o controlo interno como uma pratica que contribui para que a
empresa alcance seus objectivos, pois através de suas técnicas o controlo interno oferece
o suporte necessário de apoio às decisões da gerência.
Observa-se que existem muitas fragilidades na área das disponibilidades e em todos os
sectores empresariais que poderão tornar-se pontos de controlo, contribuindo para
salvaguardar os activos e minimizar os riscos de práticas fraudulentas nas empresas. Agestão adequada dos controlos internos está directamente ligada ao planeamento, pois é
através deste que são fixadas as metas e padrões adoptados pela empresa. Já o controlo é
a ferramenta que vai assegurar que os objectivos sejam atingidos, monitorando o
desempenho dos processos, comparando o resultado com o que fora inicialmente
planeado e principalmente, possibilitando que sejam feitas correcções e adaptações aos
planos iniciais. Este trabalho demonstra a importância do controlo interno e como sua
falta pode interferir no desenvolvimento das empresas. Um controlo interno eficiente
auxilia a empresa a tomar melhores decisões operacionais, evitando evasão de recursos
e favorecendo a empresa a obter vantagem competitiva em relação a outras no mercado.
Inversamente, em uma empresa onde os controlos internos não sejam eficientes, valores
podem ser desviados por meio de fraudes, sem que haja conhecimento por parte dos
empresários.
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A falta de organização, ocasionando transtornos a funcionários e clientes, prejudica
notavelmente o desempenho da empresa, causa impactos negativos tanto em termos de
lucratividade quanto de imagem. Dentre esses, e uma gama de outros exemplos à
administração da empresa tornou-se responsável pela implantação de sistemas, que
possam controlar suas actividades, evidenciar e proteger com segurança e fidelidade o
seu património.
Um dos meios eficientes para assegurar que a empresa tenha um desempenho
satisfatório, é o uso contínuo dos sistemas de controlos internos. Estes proporcionam
segurança para a administração na busca que seus objectivos e metas estabelecidos
sejam atingidos. São normas, procedimentos, métodos, rotinas, manuais, enfim, uma
gama de mecanismos, que são implantados para que os membros da organização
possam segui-los, e sem dúvida alguma aprimorá-los. A administração visa a
minimização de erros, tanto propositais, ou não, de fraudes, falhas, conluio e é o
administrador o responsável de prevenir e identificar qualquer ameaça. Ressalta-se que
mesmo tendo a empresa um excelente sistema de controlo interno, ainda assim é
susceptível a falhas, tendo em vista que o ser humano é passível a erros, e
principalmente por ser ele o executor, é capaz de driblá-lo. E por mais que se verifique a
confiabilidade desses controlos, sempre haverá uma brecha onde o ser humano será
capaz de descobrir, e não seguir o que foi determinado. Os controlos internos funcionam
como uma importante ferramenta no processo de gestão.
Controles internos bem elaborados e executados facilitam o progresso da organização, e
as pessoas têm que ter consciência da sua importância à continuidade das actividades da
empresa. Estes procuram prevenir, corrigir falhas, evitar informações distorcidas. É uma
forma de prevenir e resguardar, que não se esgota. Partindo da premissa de que nãoexiste controlo perfeito, sempre que se cria um mecanismo de controlo ele deve ser
acompanhado verificando a sua exatidão: se é o mais recomendável; se merece
aprimoramento; se está adequado à realidade da empresa.
Problema científico:
Grandes organizações têm investido cada vez mais em controlos internos, com o
objectivo de garantir a execução adequada de seus processos. São medidas que evitam e
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detectam erros e fraudes, possibilitando sua correção imediata. Com suas rotinas
operacionais e administrativas funcionando adequadamente, a empresa pode manter o
foco no planeamento estratégico e manutenção de suas políticas de desenvolvimento e
crescimento.
De todos os activos existentes na empresa, as disponibilidades, são as mais vulneráveis
a ponto de eventualmente, serem objecto de utilização não apropriada por parte das
pessoas que a qualquer nível, trabalhem nesta empresa.
Focado na necessidade de controlo interno na área das disponibilidades, e no potencial
do controlo interno como ferramenta de gestão, este trabalho visa responder a seguinte
questão:
Qual é a Importância de um controlo interno eficiente dentro da organização?
Objectivos:
Geral:
Dar a conhecer com este trabalho a necessidade de se implementar um sistema de
controlo interno na área das disponibilidades que se adeqúe ao objecto social daempresa.
Objectivos Específicos:
Para atingir o objectivo geral deste trabalho, foram definidos os seguintes objectivos
específicos:
a) Explicar a importância do controlo interno como ferramenta de gestão
empresarial;
b)
Identificar quais são os controlos internos utilizados na área das disponibilidadesna empresa avaliada;
c) Estabelecer uma relação entre o sistema de controlo interno sobre as
disponibilidades e o alcance dos objectivos organizacionais;
d) Propor ferramentas de controlo interno para serem aplicadas à área de
disponibilidades.
Hipótese:
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Para atingir esses objectivos traçamos as seguintes hipóteses:
• A falta de controlo interno pode levar a empresa a uma situação de desiquilíbrio
financeiro.
•
O controlo interno é um instrumento indispensável para qualquer tipo de
organização, pois serve para prevenir ou detectar, na maioria das vezes, as
causas de fraudes ocorridas nas organizações.
A área das disponibilidades, é uma área que requer maior preocupação por parte do
órgão de gestão, pois se tal não suceder ocorrerão distorções materialmente relevantes e
poderá levar a empresa a uma situação de desequilíbrio financeiro
Metodologia da Pesquisa:
O estudo foi efectuado numa primeira fase consulta bibliográficas várias no âmbito do
tema.
O material necessário empregar para realização desta pesquisa consubstanciou-se
basicamente no computador actualizado e o pacote de software office, com especial
aplicação dos programas Word e Excel.
Justificativa:
A justificativa da escolha do tema decorre da discussão que se pretende empreender
quanto à finalidade dos Sistemas de Controlo Interno e seus mecanismos nesta área que
é a das disponibilidades, pois é uma área que requer grande atenção devido aos riscos e
fraudes a que está sujeita, principalmente no âmbito das suas obrigações fiscais e
auditoria externa. O controlo interno é um instrumento indispensável para o
desenvolvimento de qualquer tipo de entidade. Deve ser utilizado pela administração
com o objectivo primordial de proteger os activos contra erros não intencionais ou
irregularidades propositais. Tem caráter preventivo e encontra-se em todos os níveis da
empresa: operacional, administrativo, comercial etc. Sua aplicação se faz necessária
quando o objectivo é a qualidade e confiabilidade da informação. Garante, ainda, que as
operações respeitem às políticas administrativas da empresa em questão.
O controlo interno deverá ser preventivo e praticado permanentemente. Para atingir os
seus objectivos é essencial à empresa um controle interno planeado e organizado.
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Este estudo contribui no sentido de ampliar o entendimento e conhecimento dos
acadêmicos e profissionais quanto à importância de um controlo interno adequado e sua
contribuição para possíveis pesquisas e consultas sobre o assunto.
Importância & Actualidade:
Vislumbra-se a importância desta pesquisa para a sociedade como factor importante de
avaliação e a manutenção dos controlos internos, uma vez que esses controlos servem
para prevenir ou detectar, na maioria das vezes, as causas das fraudes ocorridas nas
organizações.
Porém, essa visão muitas vezes é limitada às empresas de grande porte. Isso porque,normalmente, empresas de médio e pequeno porte não possuem uma estrutura gerencial
capaz de criar um ambiente de controlo interno. Sacrificadas pela limitação de recursos
financeiros e humanos, as pequenas e médias empresas acabam sobrecarregando alguns
sectores com actividades que não são de sua especialidade. Resolvem, assim, problemas
imediatos de alocação de atividades, mas criam um ambiente potencialmente favorável
a erros e fraudes.
Limitações do Tema:
As limitações neste trabalho não faltaram, tal como em qualquer trabalho cientifico, e
neste caracterizam –se acima de tudo pelas reservas em relação á disponibilização da
informação necessária para levar a cabo a parte prática desse trabalho, visto tratar-se de
um assunto que diz respeito ao funcionamento da organização em que o estudo de caso
foi levado a cabo.
Estrutura do trabalho:
O trabalho esta estruturado em três capítulos, organizados da seguinte forma:
O primeiro capítulo trata da fundamentação teórica, sendo abordado o conceito de
controlo interno, seus princípios, elementos, limitações e categorias.
No segundo capítulo falaremos sobre o Controlo Interno na área das disponibilidades.
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No terceiro capítulo trata-se do estudo de caso, apresentando a caracterização da
empresa, os controles internos utilizados, análise dos dados e comparação entre os
controles internos da empresa com a fundamentação teórica. E por fim vem as
conclusões e as recomendações. (ver estrutura abaixo).
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CAPÍTULO I – ASPECTOS GERAIS SOBRE O CONTROLO INTERNO
1.1- Conceito de Controlo Interno
O conceito de controlo interno muitas vezes se confunde com o de Auditoria Interna.
Este equívoco não deveria ocorrer, pois a auditoria interna pode ser considerada como
um trabalho de revisão e conferência dos controles internos, que são procedimentos de
organização adoptados de forma permanente dentro da empresa.
Para Oliveira (1999), “o controlo pode ser definido, em termos simples, como a acção
necessária para assegurar a realização dos objectivos, desafios, metas e projectos
estabelecidos”.
Os controlos internos são processos operados pelos diversos níveis da organização,visando à plena consecução do objectivo principal da empresa. Têm como foco
principal garantir a confiabilidade das informações físicas e financeiras, a aplicação
correcta dos regulamentos internos da organização e, por fim, garantir a eficácia e
eficiência das operações.1
Controlo Interno é um processo desenvolvido para garantir, com razoável certeza, que
sejam atingidos os objectivos da empresa, nas seguintes categorias:
•
Eficiência e efectividade operacional (objectivos de desempenho ou estratégia):esta categoria está relacionada com os objectivos básicos da entidade, inclusive
com os objectivos e metas de desempenho e rentabilidade, bem como da
segurança e qualidade dos activos;
• Confiança no registo contabilístico - financeiros (objectivos de informação):
todas as transacções devem ser registadas, todos os registos devem reflectir
transacções reais, aplicadas pelos valores e enquadramentos correctos;
•
Conformidade (objectivos de conformidade) com leis e normativos aplicáveis àentidade e sua área de actuação.
Para Crepaldi (2002), controlos internos são “os procedimentos, métodos ou rotinas
cujos objectivos são proteger os activos, produzir os dados contabilísticos confiáveis e
ajudar a administração na condução ordenada dos negócios da empresa”.
1 OLIVEIRA, D. P. R. Estratégia Empresarial. São Paulo: Atlas, 1991.P.53
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Pode-se afirmar então que o uso de controlos internos dentro da organização tem como
finalidade controlar o desenvolvimento de suas actividades conforme o planeamento
efectuado pela alta administração, garantindo que os processos sejam executados de
maneira eficaz por todos os envolvidos. Garante ainda que os procedimentos sejam
avaliados e corrigidos ao longo do tempo, buscando sempre o aprimoramento de suas
actividades.2
Uma empresa que não possui um controlo interno adequado poderá ter uma maior
ocorrência de fraudes. Lunkes (2009) ressalta que o controlo interno é o elemento
fundamental para prevenir perdas de toda ordem, inclusive às decorrentes das fraudes.
O controlo interno utilizado eficientemente assegura o património de uma organização e
representam os métodos, ou ainda rotinas, com o objectivo de ajudar a administração na
condução ordenada dos negócios da empresa (CREPALDI, 2002). Neste sentido, um
controlo interno praticado com excelência auxilia na detecção de erros, irregularidades e
fraudes.
1.2- Objectivos do controlo interno
O conceito, a interpretação e a importância do controlo interno envolvem imensa gama
de procedimentos e práticas que, em conjunto, possibilitam a consecução dedeterminado fim, ou seja, controlar.
Regra geral, o controlo interno tem quatro objectivos básicos:
A salvaguarda dos interesses da empresa;
A precisão e a confiabilidade das informações e relatórios contabilísticos,
financeiros e operacionais;
O estímulo à eficiência operacional; e
A aderência às políticas existentes.
1º A Salvaguarda dos interesses refere-se à protecção do património contra
quaisquer perdas e riscos devidos a erros ou irregularidades.
Uma empresa dispõe de bens, direitos e obrigações que se encontram divididos por
diversos departamentos e sectores que cuidam individualmente da parte que lhes cabe.
Dessa forma o responsável pelo armazém tem ao seu dispor o material estocado da
2 CREPALDI, Silvio Aparecido. Contabilidade Gerencial: teoria e prática. São Paulo: Atlas, 2002.P.204
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empresa e requer cuidados na sua manutenção, guarda e distribuição. A tesouraria, por
sua vez, controla os saldos bancários, entradas e saídas de numerário, e assim por
diante. O sector de pessoal é o responsável pelo cálculo e controle da folha de
pagamento, assim como pelo recolhimento dos encargos sociais.
Como se vê, por esses exemplos, a empresa dispõe de enorme gama de actividades que
requer especialização, conhecimento e entendimento de forma que sejam conduzidas
dentro de padrões adequados, minimizando a possibilidade de perdas e riscos.
Os principais meios que podem dar o suporte necessário à salvaguarda dos interesses
são os seguintes:
a) Segregação de funções: estabelece a independência para as funções. Ninguém
deve ter sob sua inteira responsabilidade todas as fases inerentes a uma
operação.
b) Sistema de autorização e aprovação: compreende o controlo das operações
através de métodos de aprovações, de acordo com as responsabilidades e os
riscos envolvidos. A medida do possível, a pessoa que autoriza não deve ser a
que aprova para não expor a risco os interesses da empresa.
c) Determinação de funções e responsabilidades: determina para cada funcionário a
noção exacta de suas funções, incluindo as responsabilidades que compõem o
cargo.
d) Rotação de funcionários: corresponde ao rodízio dos funcionários designados
para cada trabalho, possibilita reduzir as oportunidades de fraudes e resulta,
geralmente, em novas ideias de trabalho para as funções.
e) Manutenção de contas de controlo: indica a exactidão dos saldos das contas
detalhadas, geralmente controladas por outros funcionários.
f) Seguro: compreende a manutenção de apólice de seguros, a valores adequados
de reposição, dos bens, valores e riscos a que está sujeita a empresa.g) Legislação: corresponde à actualização permanente sobre a legislação vigente.
2º A Precisão e a confiabilidade das informações e relatórios contabilísticos, financeiros
e operacionais compreende a geração de informações adequadas e oportunas,
necessárias gerencialmente para administrar e compreender os eventos realizados na
empresa.
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Uma empresa necessita constituir, para si, controlos que lhe garantam conhecer os actos
e eventos ocorridos em cada um dos seus segmentos. Por outro lado, um pedido de
venda ou de compra colocado não é contabilizado até que haja informações palpáveis
suficientes para fazê-lo.
Um cash flow é projectado com base em factos reais e factos estimados. O sector de
cobrança necessita conhecer dia a dia os valores a receber dos clientes, indicando-os
nominalmente. O sector de vendas precisa conhecer os produtos disponíveis em estoque
e, por vezes, a próxima produção.
Pelos exemplos descritos vemos que a empresa necessita de informações que possam
auxiliar a administração dos negócios e que possibilitem entendimento uniforme da
informação. A informação só tem validade a partir do momento em que é exacta,
confiavel e oportuna.
Os principais meios que possibilitam dar o suporte necessário à precisão e
confiabilidade das informações e relatórios contàbeis, financeiros e operacionais são os
seguem:
a) Documentação fidedigna: corresponde à utilização de documentação hábil para o
registro das transacções.
b) Conciliação: indica a precisão ou diferenças existentes entre as diversas fontes
de informação, visando a manutenção equilibrada entre estas e à eliminação
tempestiva de possíveis pendências.
c) Plano de contas: compreende a classificação dos dados da empresa dentro de
uma estrutura formal de contas, com a existência de um plano de contas bem
definido.
d) Tempo hábil: determina o registro das transacções dentro do período de
competência e no menor espaço de tempo possível.
3º O estímulo à eficiência operacional determina prover os meios necessários à
condução das tarefas, de forma a obter entendimento, aplicação e acção tempestiva e
uniforme.
As inúmeras tarefas praticadas pelos diversos sectores de uma empresa necessitam de
uma linha mestra de raciocínio e de conduta. Cada um dos segmentos tem suas
particularidades e cada indivíduo precisa conhecer sua tarefa, para que a totalidade
mova a empresa como um todo.
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A empresa dispõe de políticas que estabelecem procedimentos para cada sector. Se há
uma politica de crédito, é preciso que seja comunicada a fim de que possa ser praticada.
Se o funcionário tem de lidar com uma máquina específica, é necessário que lhe seja
fornecido o treinamento adequado.
Cada um desses exemplos implica o estabelecimento de regras para que se possa
permitir um desenvolvimento suave e harmónico de toda a empresa, e possibilitar maior
eficiência na forma em que se desenvolvem as operações.
Os principais meios que podem prover suporte ao estímulo à eficiência operacional são
os que seguem:
a) Selecção: possibilita a obtenção de pessoal qualificado para exercer com
eficiência as funções específicas.
b) Treinamento: possibilita a capacitação do pessoal para a actividade proposta.
c) Plano de carreira: determina a política da empresa ao pessoal quanto às
possibilidades de remuneração e promoção, incentivando o entusiasmo e a
satisfação do pessoal.
d) Relatórios de desempenho: compreendem a identificação individual de cada
funcionário; indicam suas virtudes e deficiências e sugerem alternativas
necessárias ao aperfeiçoamento pessoal e profissional.
e)
Custo padrão: permite o acompanhamento permanente do custo de produção dos
bens e serviços produzidos, identificando benefícios e ineficiências do processo
de produção.
4º A aderência às políticas existentes assegura que os desejos da administração,
definidos através de suas políticas e indicados por meio de seus procedimentos, sejam
adequadamente seguidos pelo pessoal.
A empresa tem seu objectivo maior assegurado pelo facto de poder continuar operandoindefinidamente, gerando resultados favoráveis que possibilitem sua permanência e
expansão de suas actividades. Seus desejos não passam de meros sonhos quando não se
tem a estrutura de apoio necessária à conjugação de suas actividades. Cada pessoa e
cada segmento da organização precisam funcionar harmonicamente, fazendo com que
toda a estrutura da empresa caminhe para o mesmo objectivo.
Ao sector de facturamento cabe emitir as facturas certas aos clientes certos e no tempo
certo, para que se possa despachar e entregar as mercadorias. O sector de vendas deve
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realizar os pedidos de vendas de acordo com as politicas de preço e prazo definidos. Os
cheques para pagamento de compromissos precisam ser emitidos no tempo e valor
certos para as aquisições realizadas.
Esses exemplos servem de base para verificar-se que as actividades necessitam ser
realizadas de forma eficiente e de acordo com as politicas traçadas pela empresa.
Os principais meios que visam dar embasamento para a aderência o político existente
são:
a) Supervisão: a supervisão permanente possibilita melhor rendimento pessoal,
corrigindo-se rapidamente possíveis desvios e dúvidas decorrentes da execução
das actividades.
b) Sistema de revisão e aprovação: indica, através do método de revisão e
aprovação, que politicas e procedimentos estão sendo adequadamente seguidos.
c) Auditoria interna: possibilita a identificação de transacções realizadas pela
empresa que estejam em consonância com as politicas determinadas pela
administração.
1.2.1- Controlo interno de acordo com o IIA
O Institute of Internal Auditors (IIA) Professional Practice of Internal Auditing(Normas):
1. Norma 100 - Independência - “Os auditores internos devem ser independentes da
actividade que auditam”;
2. Norma 200 – Proficiência profissional – “A auditoria interna deve ser realizada com a
devida proficiência e cuidado profissional”.
3. Norma 300 – Âmbito de trabalho – “O âmbito da auditoria interna deve conter a
examinação e avaliação da adequação e eficiência do sistema de controlo interno da
entidade e a qualidade do desempenho na realização das actividades atribuídas”.
Dentro deste âmbito, a IIA identificou cinco objectivos primordiais do controlo interno:
• “Confiança e integridade na informação” – deve ser adequada, segura e oportuna;
• “Conformidade com as políticas, planos, procedimentos, leis e regulamentos”;
• “Salvaguarda dos activos”;
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• ” Utilização económica e eficiente de recursos”;
• ” Realização dos objectivos estabelecidos para as operações ou programas”.
4. Norma 400 – Desempenho do trabalho – “O trabalho de auditoria deve incluir um
plano de auditoria, exame e avaliação da informação, comunicação dos resultados e
posterior acompanhamento”.
5. Norma 500 - Gestão do departamento de auditoria interna – “O director da auditoria
interna deve controlar adequadamente o departamento de auditoria interna”.
Em Julho de 1983, o IIA, adicionalmente, avançou com o entendimento do controlo
através da Statement on Internal Auditing Standards (SIAS) N.º 1 - "Control: Concepts
and Responsibilities". A SIAS N.º 1 é interpretação suplementar das Normas,
fornecendo uma definição para controlo interno e clarificando as regras dos
intervenientes no estabelecimento, manutenção e avaliação do controlo.
Posteriormente, em 1985, o IIA publicou um “white paper” criado pela “Task Force on
Control” (o mesmo grupo que desenvolveu a aludida SIAS N.º 1). Essa monografia,
“Controlo: Its Meaning and Implications for the Professional Pratice of Internal
Auditng”, proporcionou uma maior fundamentação lógica dos principais conceitos
emanados pela SIAS N.º1, assim como uma maior definição das definições e conceitos
de controlo.
1.2.2-
Controlo Interno de Acordo com a COSO
Em 1992, o Committee of Sponsoring Organizations of the Treadway Commission
(COSO) elaborou um estudo extensivo sobre o controlo interno. COSO definiu o
controlo interno como “um processo, efectuado por pessoas da direcção, da gestão e
outro pessoal, designado para fornecer uma razoável certeza acerca do cumprimento dos
objectivos” em três categorias:
• Eficiência e eficácia (rendimento) das operações;
• Confiança nas demonstrações financeiras;
• Conformidade com as leis e regulamentos.
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Posteriormente, a COSO estabeleceu que o controlo interno consiste nos seguintes
objectivos:
• Ambiente de controlo;
• Avaliação de risco;
• Actividades de controlo, informação e comunicação e motorização dos
controlos.
1.2.3- Controlo Interno de Acordo com a AICPA
Nos Estados Unidos da América, em 1995, a AICPA estabeleceu esta definição de
controlo interno na SAS n.º 78 (AICPA 1995).
1.2.4- Controlo Interno de Acordo com a ISA
A ISA 315, que vem estabelecer normas relativamente à obtenção de compreensão
sobre a entidade e o seu ambiente, nomeadamente "o seu controlo interno e avaliar os
riscos de distorção material numa auditoria de demonstração financeira", compreende,
quanto ao controlo interno, os seguintes cinco componentes:
1.
O Ambiente de Controlo
O ambiente de controlo inclui as atitudes, conhecimento, e acções da gerência e dos
encarregados da governação respeitantes ao controlo interno da entidade e a sua
importância na entidade. O ambiente de controlo também inclui as funções de
governação e de gerência e estabelece o tom de uma organização, ao influenciar a
consciência de controlo das suas pessoas. É o fundamento para controlo interno eficaz,
proporcionando disciplina e estrutura.
Engloba os seguintes elementos:
• Comunicação e reforço de integridade e valores éticos;
• Compromisso de competência;
• Participação pelos encarregados da governação;
• Filosofia da gerência e estilo operacional;
• Estrutura organizacional;
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• Atribuição de autoridade e responsabilidade;
• Políticas de recursos humanos e práticas.
2. O processo de avaliação de risco da entidade
O processo de avaliação do risco da entidade é o seu processo para identificar e
responder a riscos e a respectivas consequências. Para finalidades de relato financeiro, o
processo de avaliação de risco da entidade inclui como a gerência identifica os riscos
relevantes à preparação de demonstrações financeiras que apresentem uma imagem
verdadeira e apropriada (ou apresentem apropriadamente, em todos os aspectos
materiais) de acordo com a estrutura de relato financeiro aplicável à entidade, estime o
seu significado, avalie a probabilidade da sua ocorrência e decida sobre as acções para
geri-las. (...) Os riscos relevantes ao relato financeiro incluem eventos e circunstâncias
externos e internos que possam ocorrer e adversamente afectar a capacidade de uma
entidade iniciar, registar, processar e relatar dados financeiros consistentes com as
asserções da gerência nas demonstrações financeiras.
Os ricos podem surgir ou alterar-se devido a: Alterações no ambiente operacional; novo
pessoal; sistemas de informação novos ou revistos; rápido crescimento; tecnologia
nova; modelos de negócio, produtos ou actividades novos; reestruturações de
sociedades; expansão de unidades operacionais no estrangeiro; novas tomadas de
posição contabilísticas.
O sistema de informação, incluindo os processos de negócio relacionados, relevantes ao
relato financeiro e comunicação;
O sistema de informação relevante aos objectivos de relato financeiro, que inclui o
sistema de relato financeiro, consiste dos procedimentos e registos estabelecidos para
iniciar, registar, processar e relatar as transacções da entidade (assim como eventos e
condições) e para manter responsabilidade perante, pelos activos relacionados, passivos
e capital próprio (...) A comunicação envolve proporcionar compreensão dos papéis
individuais e responsabilidades relacionados com o controlo interno para além do relato
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financeiro. Isso inclui a extensão até que o pessoal compreende como as suas
actividades no sistema de informação de relato financeiro se relacionam com o trabalho
de outros e os meios de relatar excepções a um nível mais elevado apropriado dentro da
entidade. Canais de comunicação abertos ajudam a assegurar que excepções são
relatadas e sobre as quais se agiu.
Os manuais de políticas, contabilidade e de relato, memorandos e acções da gestão, são
uma forma de comunicação que seja feita electrónica, oralmente ou pelas próprias
acções da gestão.
3. Actividades de Controlo;
As actividades de controlo são as políticas e procedimentos que ajudam que as
directivas da gestão sejam levadas a efeito.
As mais relevantes podem ser classificadas como políticas e procedimentos que se
relacionam com revisões de desempenho; processamento de informação; controlos
físicos; e segregação de deveres.
Monitorização de controlos.
"A monitorização de controlos é um processo de avaliar a qualidade do desempenho do
controlo interno no decorrer do tempo. Envolve avaliar a concepção e operação de
controlos numa base tempestiva e tomar acções correctivas necessárias. A
monitorização é feita para assegurar que os controlos continuam a operar com eficácia
(...) As actividades de monitorização podem incluir usar informação provinda de
comunicações de partes externas que podem indicar problemas ou salientar áreas com
necessidade de melhoramento. Os clientes corroboram implicitamente os dados defacturação ao pagar as suas facturas ou reclamar acerca dos seus encargos.
Adicionalmente, os reguladores podem comunicar com a entidade no que respeita a
questões que afectem o funcionamento do controlo interno, por exemplo, comunicações
respeitantes a exames por agências reguladoras de bancos. Também, a gerência pode
considerar comunicações relacionadas com o controlo interno provindas de auditores
externos ao executarem actividade de monitorização.
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Esta divisão nestes cinco componentes permite ao auditor considerar como é que cada
um destes cincos aspectos do controlo interno de uma entidade pode afectar a auditoria.
1.3- Componentes do Controlo Interno
O Controlo Interno compreende os seguintes componentes:
a) O ambiente de controlo;
b) O processo de determinação do risco da entidade;
c) O sistema de informação, incluindo os processos de negócios relacionados,
relevante para o relatório financeiro e a comunicação;
d) A monitorização dos controlos.
1.
O ambiente de controlo inclui atitudes, a consciência e as acções da gestão e dosque estão encarregados da governação em relação ao controlo interno da
entidade e sua importância para a mesma. Este inclui também as funções da
governação e estabelece o tom de uma organização, influenciando consciência
dos seus membros. É o fundamento de um controlo interno eficaz,
proporcionando disciplina e estrutura.
De acordo com ISA 315 o ambiente de controlo compreende os seguintes elementos:• Comunicar e fazer cumprir valores éticos e de integridade;
• Compromisso com a competência;
• Participação por todos que estão encarregados da governação;
• Filosofia de gestão e estilo operacional;
• Definição de autoridade e de responsabilidade;
• Políticas de recursos humanos e respectivas práticas.
2. Tem a ver com o processo para identificar e responder ao risco de negócios e os
respectivos resultados. Para finalidade do relato financeiro, o processo para
determinação de risco pela entidade inclui a forma como a gestão identifica os
riscos relevantes para a preparação das demonstrações financeiras conceptual do
relato financeiro aplicável á entidade, estimar o seu significado, avaliar a
probabilidade de sua ocorrência e decidir sobre as acções a tomar.
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A mencionada ISA refere que os riscos podem surgir ou alterar-se devido a diversas
circunstâncias, tais como:
• Alteração do meio envolvente operacional
• Novos trabalhadores
• Novos ou reformulados sistemas de informação
• Crescimento rápido
• Nova tecnologia
• Novos modelos de negócio, produtos ou actividades
• Reestruturações da empresa
• Expansão com operações com o estrangeiro
•
Novos pronunciamentos contabilísticos.
3. A ISA 315 começa a salientar que um sistema de informação compõe-se de infra
– estruturas componentes física e hardware, software, pessoas, procedimentos e
dados.
Qualquer sistema de informação (manual ou não), que seja relevante para os objectivos
do relato financeiro, consiste em procedimentos e registos estabelecidos não só para
iniciar, registar, processar e relatar transacções, acontecimentos e condições da entidade,
como também para manter responsabilidade sobre os activos, passivos e capital próprio
relacionados.
Assim sendo, um sistema de informação compreende métodos e registos, que:
• Identificam e registam todas as transacções válidas;
• Descrevem tempestivamente as transacções com suficiente detalhe, de forma a
permitir uma adequada classificação das mesmas para o relato financeiro;
1.4- Tipos de Controlo Interno
Segundo a AICPA (American Institute of Certified Accountants), o controlo interno de
uma empresa se decompõe em dois grupos de controlo: os de natureza contabilística e
os de natureza administrativa.
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1.4.1 – Controlo Interno Contabilístico
O controlo contabilísticos compreendem o plano de organização e todos os métodos e
procedimentos utilizados para salvaguardar o património e a propriedade dos itens que
os compõem3.
Compreendidos ainda segundo o autor por:
• Segregação de funções: Cria independência entre as funções de execução operacional,
custodia dos bens patrimoniais e sua contabilização;
• Sistema de autorização: Controla as operações através de métodos de aprovações, de
acordo com as responsabilidades e riscos envolvidos;
• Sistema de registo: Compreende a classificação dos dados dentro de uma estrutura
formal de contas, existência de um plano de contas que facilita o registo e preparação
das demonstrações contabilísticas e a utilização de um manual descritivo para o uso das
contas.
Podemos então concluir que os controlos internos de natureza contabilística abrangem
dentro da empresa todos os sistemas, métodos e procedimentos, nos quais são utilizados
dentro dos diversos setores, com o propósito de salvaguardar o património da empresas
como: bens, direitos e obrigações, como também, a verificação de todos os registos
contabilísticos da empresa, a fim de avaliar se os mesmos se encontram devidamente
corretos.
Podemos destacar como exemplos destes controlos contabilísticos o sistema de
aprovações e autorizações de transações, como também, a segregação de tarefas, nas
quais reduzem drasticamente o risco do cometimento de fraudes dentro da empresa por
parte de funcionários.
A realização de controlos sobre informações e bens físicos da empresa também podem
ser exemplo de controlo contabilístico, pois realiza vistoria e compara com os dados
obtidos com os dados da contabilidade, para saber a real situação dos dados da empresa.
Sempre que se trabalhar com a contagem de bens físicos deve-se ter o cuidado para que
este controlo sobre informações e bens físicos seja realizado por pessoas nas quais não
trabalhem directamente com os stocks, a fim de não facilitar a ocorrência de fraudes.
3 CREPALDI, Silvio Aparecido. Contabilidade Gerencial: teoria e prática. São Paulo: Atlas, 1998. P.275
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1.4.2 – Controlo Interno Administrativo
Os controlos administrativos compreendem um plano de organização e todos os
métodos e procedimentos utilizados para proporcionar eficiência às operações, dar
ênfase à política de negócios da empresa, bem como seus registos financeiros.
Compreendidos ainda segundo o autor por:
• Normas salutares, que observam práticas saudáveis aos interesses da empresa no
cumprimento dos deveres e funções;
• Pessoal qualificado, que esteja apto a desenvolver suas actividades, sendo estes bem
instruídos e supervisionados por seus responsáveis.
Ficando, assim, evidente que nos controlos internos de natureza administrativa a
atenção é mais voltada aos sistemas, métodos e procedimentos adoptados pela
administração da empresa, mas com o propósito diferenciado dos controlos
contabilísticos, pois os controlos administrativos visam à eficiência e à eficácia das
operações realizadas pela empresa.
Podemos também incluir como controlo administrativo a constante procura pela
obediência das normas e directrizes da empresa na qual visa à ordem na execução das
operações realizadas nos diversos sectores da empresa.
A realização de controlos das actividades, avaliações de desempenho e treinamento de
pessoal constituem a prática do controlo administrativo.
Existe, também, outra visão sobre a tempestividade do controlo dentro das empresas,
onde segundo Franco & Marra (2009) o principal meio de controlo de que dispõe uma
administração é a contabilidade. Esta, entretanto, através da escrituração, regista os
factos após sua ocorrência (controlo consequente), enquanto em outros meios de
controlo são utilizados para constatar a ocorrência no momento em que ela se verifica
(controlo concomitante), existindo ainda aqueles que prevêem a ocorrência do facto por
antecipação (controlo antecedente).
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Os autores com esta visão abrem uma maior classificação sobre os controlos dentro das
empresas, pois demonstram que os controlos se classificam também por sua
tempestividade.4
Os controlos consequentes são os que apenas registam factos já ocorridos e que não
mais poderão ser alterados pela gestão, não sendo mais possível evitar algum tipo de
intempérie dentro da empresa.
Os controlos concomitantes fazem o acompanhamento directo no momento em que os
factos estão ocorrendo, dando a oportunidade ao gestor de que possa tomar medidas de
emergência, a fim de evitar prováveis danos à empresa.
Os controlos antecedentes são os que podem ser mais analisados e proporcionam aos
gestores à oportunidade de antever factos que trarão danos ou prejuízos a empresa.
Todos os tipos de controlo citados acima possuem sua relevância dentro da
administração da empresa, mas cabe ao gestor a avaliação e escolha do tipo que trará
um melhor acompanhamento das actividades da empresa.
1.5- Limitações e Distorções do Controlo Interno
Por muito bem que esteja implementado, estruturado, desenvolvido e mantido o
processo de controlo interno não significa que o mesmo permita oferecer uma razoável
certeza acerca do cumprimento dos objectivos acima enunciados, nomeadamente no que
respeita a eficiência e eficácia (rendimento) das operações, confiança nas
demonstrações financeiras e conformidade com as leis e regulamentos. Isto porque o
risco de ocorrência de irregularidades, fraudes e distorções não deixa de existir apenas porque foi estabelecido um sistema de controlo interno, na medida em que existem
diversos factores que podem distorcer e limitar todo o processo; tais como:
4 FRANCO, H.; MARRA, E. Auditoria contábil. Normas de Auditoria. Procedimentos e papéis de
trabalho. Programas de auditoria. Relatórios de Auditoria. 2. ed. São Paulo: Atlas, 2009. P.45
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• Fraude;
O conluio de diversas pessoas (internas ou externas à empresa), nomeadamente aquelas
com cargos de maior responsabilidade na gestão, na prática de actos fraudulentos
podem ser difíceis de detectar, principalmente quanto maior for o nível hierárquico dos
intervenientes. A falta de integridade moral e idoneidade não pode ser suprimida por
nenhum sistema de controlo.
• A existência de erros humanos;
A falta de competência, compreensão e capacidade dos colaboradores para desenvolver
a actividade controlo interno torná-lo-á falível, independentemente da sua robustez e
sofisticada tecnologia.
• Falta de cultura de gestão relativamente à necessidade de controlo interno;
Por vezes a gestão, mais preocupada com a contenção de custos e na ausência de uma
cultura de gestão de controlo, não encontra motivação para a implementação de um bom
sistema de controlo interno e nem promove acções nesse sentido, outras vezes é porque
a própria gestão não esta interessada em garantir que a informação prestada aos
accionistas e restantes [stakeholder]s não seja integra, verdadeira e apropriada de forma
a que eles não possam fazer um juízo fundamentado sobre o valor da entidade.
• Rácio custo/benefício
A implementação de um sistema de gestão representa, necessariamente, um custo, que é
preciso balancear com o benefício que pode trazer. Por vezes pode-se correr o risco de
implementar um sistema em que o custo seja muito maior que o benéefício ou vice-
versa. É importante pensar que é preferível correr certos riscos pela não implementação
de determinados processos de controlo interno, quando estes se traduzem num custo
maior que o benefício que podem trazer, do que incorrer em faltas de eficiência
financeira por esta razão.
É necessário haver uma relação directa entre os objectivos de benefícios que a entidade
pretende atingir com a implementação de um sistema de controlo interno e a segurança
razoável que este poderá proporcionar.
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Neste caso deverá fazer um juízo sobre a materialidade, complexidade das operações,
dimensão e natureza da entidade e a própria natureza do negócio, para além de
eventuais exigências legais e refutatórias.
• Transacções pouco comuns à entidade;
Nas transacções pouco comuns à entidade, por não serem usuais, podem fugir ao crivo
de um sistema de controlo interno que pode não estar preparado para lidar com as
mesmas, uma vez que está pensado para outro tipo de transacções.
• Risco informático.
O acesso indevido ou falhas nos meios de informática pode constituir uma falha no
sistema de controlo interno.
1.6- Planeamento, Recolha e Registo dos Sistemas de Controlo Interno
Um dos primeiros requisitos que o trabalho de campo requer é ser adequadamente
planeado. Nesse sentido, o auditor deve efectuar um estudo e avaliação apropriada aos
sistemas de controlo internos afim de determinar o grau de confiança nos mesmos. Deve
considerar os métodos que a entidade usa para processar a informação contabilística noseu plano de auditoria porque esses métodos influenciam a função do controlo interno
(N.º 9 da AU Section 311A - SAS nº22).
De acordo com a ISA 315, torna-se necessário ao auditor proceder ao levantamento e
recolha de documentos relativamente aos elementos chave da compreensão obtida com
respeito a cada um dos aspectos do controlo interno de forma a poder avaliar “os riscos
de distorção material nas demonstrações financeiras, as fontes de informação das quaisa compreensão foi obtida e os procedimentos de avaliação do risco, pelo que, conforme
orienta a ISA 230, deverá começar por analisar:
Informação obtida na compreensão da entidade e do seu ambiente, incluindo o seu
controlo interno, tal como o que se segue:
• Informações respeitantes à estrutura legal e organizacional da entidade.
•
Extractos ou cópias de documentos legais, acordos ou actas importantes.
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A forma e a extensão como estas questões são documentadas, depende da natureza,
dimensão, complexidade da entidade, do seu controlo interno e da leitura que o auditor
faça em função do seu juízo profissional. No entanto, independente da maneira como
estas questões são documentadas, o auditor deve efectuar, entrevistas a quem considere
necessário nas diversas secções, observar como é que se processam e são executadas as
tarefas e como a documentação é tratada.
Importa, atendendo ao 73 da ISA 330, que o auditor documente “as respostas globais
para tratar os riscos avaliados de distorção material ao nível de demonstração financeira
e a natureza, tempestividade e extensão dos procedimentos de auditoria adicionais, a
ligação desses procedimentos com os riscos avaliados ao nível de asserção, e os
resultados dos procedimentos de auditoria.”; ou seja, é fundamental ficar com a prova
(audit evidence) desse trabalho, conseguidas através de algumas técnicas comuns usadas
só ou em combinação e que incluem questionários padronizados (listas de verificações)
descrições narrativas, fluxogramas e forma mista.
1.6.1
– Questionário Padronizado
Um questionário padronizado é uma lista de controlo organizada sobre os
procedimentos contabilísticos e medidas de controlo interno que se esperam cobertos
numa empresa minimamente organizada.
Nessa lista de controlo (checklist) regista-se, numeradamente, a descrição do
procedimento contabilístico e/ou a medida de controlo interno e verifica-se a existência
do procedimento ou medida descrita, marcando, conforme o caso, a coluna “Sim” ou
“Não” ou “Não aplicável” (N/A). Por fim, o auditor pode ainda fazer as observações em
cada procedimento que entenda necessárias anotar.
Este tipo de questionários são apenas importantes para permitir ao auditor aferir se a
empresa esta minimamente organizada, já que a forma de registo é a menos vantajosa
pela falta de uma visão rapida e global.
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1.6.2 – Narrativa
Uma narrativa é uma descrição relativamente detalhada dos procedimentos
contabilísticos e das medidas de controlo interno existentes em cada uma das áreas
operacionais da empresa.
Esta forma de descrição se por um lado permite um registo mais pormenorizado por
outro tem tendência para uma demasiada pormenorização e consequente perda de uma
visão rápida e global do conjunto da área descrita e dos seus aspectos mais
significativos.
Começa-se por preencher o lado esquerdo da folha que serve para registar os
procedimentos e medidas em vigor à data do levantamento do sistema. O lado direito da
folha só será preenchido quando forem registadas alterações ao procedimento indicadono lado esquerdo, que será rasurado, dando a seguinte redacção: “A partir da data de --/-
-/---- o procedimento adoptado passou a ser: … ”
1.6.3 – Fluxograma
Por exemplo, a documentação da compreensão de um sistema complexo de informação
que envolva um grande volume de transacções pode incluir fluxogramas, de forma a permitir ao auditor recolher informações que lhe dêem a conhecer de uma forma geral e
sintética, o modelo de sistema implantado.
Um fluxograma (flowchart) não é nada mais do que uma representação gráfica de um
processo, com o recurso a uma simbologia predefinida, conhecida e geralmente aceite,
em que os vários símbolos, distribuídos de forma esquemática, dispõem e representam
os procedimentos contabilísticos e de controlos internos existentes em cada área
operacional da empresa para determinadas transacções.
Existem dois tipos de fluxogramas, os horizontais e os verticais, cada um com as suas
vantagens e desvantagens. Os primeiros dão ênfase as secções envolvidas no processo e
os segundos aos documentos. Ver apêndice 1.
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1.6.4 – Forma Mista
A forma mista surge da necessidade de relevar determinada operação que por vezes é
difícil representar apenas por fluxogramas (normalmente no caso dos fluxogramas
verticais (como o apresentado em cima), ou que, mesmo que possível, o mesmoresultaria de tal forma confuso que a sua interpretação seria difícil.
O fluxograma, como apresentado na imagem acima, tem uma coluna para observações,
que será utilizada para indicar a página da narrativa da respectiva descrição, quando a
operação seja demasiado complexa. Assim, a operação em causa é “cortada” e descrita
numa narrativa feita em folha à parte após a conclusão do fluxograma.
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33
CAPÍTULO II- CONTROLO INTERNO NAS DISPONIBILIDADES
2.1– Procedimentos da Auditoria na Área das Disponibilidades
As Disponibilidades representam meios líquidos de pagamentos de propriedade daempresa, quer em dinheiro quer em valores facilmente convertíveis em dinheiro.
2.1.1 – Aspectos de Natureza Contabilística
Segundo o Plano Geral de Contabilidade, esta classe é composta pelas contas de
Depósitos em Banco, Caixa e Aplicações de Tesouraria.
De acordo com o Plano Geral de Contas, as Disponibilidades compõem a classe 4,
englobam para efeitos de apresentação no balanço, as seguintes contas:41. Títulos Negociáveis;
42. Depósitos a prazo;
43. Depósito à ordem;
45. Caixa;
46 ……………….
47 ……………. .
48. Conta tr ansitória;
49. Provisões par a aplicação de tesourar ia
Vejamos de seguida o que o Plano de Contas estabelece sobre o conteúdo e
movimentação de cada conta.
A conta 41. Títulos negociáveis, "inclui os títulos adquiridos para aplicação de
excedente de tesourar ia e que são detidos com objectivo de serem transaccionados
a curto prazo ou por período inferior a um ano".
Os depósitos bancários englobam as contas 42. Depósito a prazo, 43. Depósito a
ordem e 44. Outros depósitos.
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34
"As operações a incluir nas contas 42 e 44 será estabelecida de acor do com a
legislação bancária", a primeira respeita a " ... meios de pagamentos existentes em
contas a prazo nas instituições de crédito".
A conta 43. Depósitos á ordem “incluem os meios de pagamentos existentes em contas
á vista nas instituições de crédito”.
A conta 45. Caixa “ inclui os meios de pagamento, tais como nota de banco e moedas
metálicas de curso legal, cheques e vales postais, nacionais e estrangeiros”.
Assim sendo não devem fazer parte do saldo de caixa, entre outros:
Vales de empregados de membro de órgão sócias ou de sócios,relacionado com adiantamento ou com outras situações;
Cheques pré-datados e cheques sacados por terceiros e que tenham
sido devolvido pelos bancos por qualquer rnotívo..
Senhas de almoço e de combustível;
Selos postais;
Documentos justificativos de despesas efectuada;
A conta 48 - Conta transitória, destina-se a registar os meios monetários que já não
se encontram em depósito à ordem por ter sido solicitada, a uma instituição
financeira, a sua transferência para uma terceira entidade mas relativamente aos
q uais ainda não foi obtida confirmação da efectivação da operação.
A conta 49 - Provisões para aplicação de tesouraria, " ... regista a diferença entre
o custo de aquisição e o preço de mercado das aplicações de tesouraria, quando
este for inferior àquele. A provisão é constituída por contrapartida da correspondente
conta de custos e é corrigida ou anulada na medida em que se reduzirem ou
deixarem de existir as situações que justificarem a constituição".
De acordo com os critérios de valorimetria definidos pelo plano de contas, podemos
resumir da seguinte forma os critérios adoptados para as disponibilidades: a moeda
estrangeira deve ser expresse em moeda nacional ao preço do mercado (Câmbio à
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Vejamos de seguida, e com alguns detalhes os aspectos de controlo interno mais
sinificativos nesta área
2.2.1– Pagamento
De um ponto geral as empresas apenas devem efectuar pequenos pagamentos em
dinheiro devendo os pagamentos normais a terceiros serem realizados através dos
Bancos.
Tais pequenos pagamentos em dinheiro são aqueles que se referem a despesas
miúdas, como sejam, selos fiscais e de correio, transportes público, táxi, etc.
Para tal dever-se-á constituir um fundo fixo de caixa o qual deverá ser reposto
periodicamente por exemplo no final de cada semana ou quando o numerário em
caixa atinja um limite que se considere mínimo.
A medida que cada pagamento seja feito da caixa pequena o seu responsável
deverá constatar a autenticidade do seu documento que o origina e verificar se o
mesmo foi devidamente aprovado, pós o que registará na chamada folha de caixa
pequena, depois de na manutenção de um bom sistema lhe ter aposto um carimbo
de "PAGO".
No momento da reposição do fundo dever-se-á emitir um cheque nominativo, á ordem
do responsável do fundo (que deverá ser apenas uma pessoa) pelos valores concreto aos
documentos entretanto pagos. Será pois esta data que tais documentos serão
contabilizados nas respectivas contas e custos. Por tal motivo, e independentemente do
período estabelecido para a reposição do fundo dever-se-á estabelecer que o mesmo
seja reposto no último dia útil de cada mes para que, aquela data, não sejam
consideradas em disponibilidades custos já incorridos.
A existência de uma caixa pequena em sistema de fundo fixo tem pois, entre outras, asseguintes vantagens:
• Limita a um valor determinado por exemplo: 150.000,00 Kwanzas o máximo
do numerário existente em caixa;
• Facilita as contagens de surpresa á caixa uma vez, em qualquer momento, o
somatório do numerário existente com os documentos pagos e não resgatados
terá de ser esforçadamente, igual ao limite estabelecido.
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É evidente que de acordo com as circunstâncias especificas de cada actividade,
poderão existir dentro da mesma empresa mais de uma caixa pequena, cada uma
das quais com respectivo responsável. Em empresas de dimensão pequena ou
média a responsabilidade da caixa pequena pode ser atribuída a uma secretária ou
recepcionista.
2.2.2 Recebimento
Todas as quantias recebidas devem ser diárias e integralmente depositadas nos bancos.
Alias, não se devem fazer pagamentos com as quantias recebidas.
A correspondência deve ser aberta por um empregado que não tenha quaisquer funções
nas Secções de Contabilidade e Tesouraria. Alem do registo no livro da correspondênciarecebida deve ser emitida diariamente uma lista dos valores recebidos com três
exemplares:
Original, para a tesouraria, com os respectivos valores; duplicado, que acompanha o
original e que se destina a ser devolvido à Secretária ou Recepcionista, devidamente
rubricado, depois de terem sido conferidos os valores enviados e; triplicado para o
Director Financeiro ou Auditor Interno, se existir, afim de o mesmo poder
posteriormente verificar se os valores foram integralmente depositados no respectivodia.
Após a conferência dos valores preencher-se-á o respectivo talão de depósito bancário,
cuja autenticação deve ser posteriormente verificada. Com base no original da lista dos
valores recebidos devem ser emitidos os respectivos recibos, com três exemplares:
Original, para o cliente, e o enviar para sector de correio; duplicado, para a
Contabilidade creditar a conta corrente do cliente e para posteriormente ser apenso ao
respectivo talão de depósito; e triplicado para ser arquivado por ordem sequencial.
Todos os recibos por utilizar devem estar guardados em lugar seguro, por exemplo, no
cofre.
No caso dos valores recebidos serem em cheques, dever-se-á de imediato proceder ao
seu cruzamento ou apor-lhe um carimbo de “VÁLIDO SÓ PARA DEPÓSITO”.
Quando a empresa tem cobradores ao seu serviço haverá que, diariamente, elaborar uma
folha de cobrança da qual devem constar os elementos indicados em cada um dos
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recibos cujos originais serão entregues aos cobradores, para estes, por sua vez, os
entregarem aos clientes após o recebimento. No final de cada dia o cobrador deverá
prestar contas das suas cobranças, fazendo entrega na tesouraria da empresa dos valores
recebidos os quais, após conferência, deverão ser depositados no banco. Os recibos não
cobrados deverão ser incluídos na folha de cobrança correspondente ao novo dia
marcado.
Se os clientes efectuam diariamente os seus pagamentos à tesouraria da empresa, o
duplicado do recibo servirá para suportar os valores recebidos os quais, após
conferência deverão ser depositados no banco; e se o cliente compra directamente ao
balcão e a pronto emite-se um recibo, em duplicado, muitas vezes denominado “V.D –
Venda a dinheiro”. O original é entregue ao cliente e o duplicado fica a suportar osvalores.
Noutros casos recorre-se a máquinas registadoras. No final do dia o totalizador indicará
o somatório dos valores recebidos permitindo portanto a respectiva conferência.
Se nas vendas a balcão forem aceites cheques, dever-se-á identificar o portador,
confrontando a assinatura do cheque com a que consta do bilhete de identidade. No caso
da utilização de cartões de crédito há que solicitar ao cliente que assine o documento
justificativo da despesa, confrontando também a assinatura com a que consta no própriocartão.
2.2.3 – Vantagens de uma Caixa Pequena em Sistema de Fundo Fixo
Uma Caixa Pequena em Sistema de Fundo Fixo limita a um valor determinado o
máximo do numerário existente em Caixa facilitando as contagens de surpresa a Caixa
uma vez que, em qualquer momento, o somatório do numerário existente com os
documentos pagos e não resgatados terá de ser igual ao limite estabelecido.
2.2.4 – Pagamentos por Banco
As empresas devem efectuar os seus pagamentos normais a terceiros através dos
bancos, utilizando uma das seguintes formas: cheques, transferências bancárias ou
ordens permanentes de pagamento.
Os cheques devem ser emitidos por um empregado responsável o qual deverá ficar com
uma cópia de cada cheque emitido. Todos os cheques deverão ser emitidos nominativa
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mente e cruzados ou barrados devendo cada cheque ser assinado por duas pessoas, cujas
funções sejam independentes.
Os cheques só devem ser assinados na presença dos respectivos documentos de suporte,
previamente conferidos, devendo a primeira pessoa que assina verificar, rubricando, aconcordância do valor e do beneficiário e a segunda pessoa proceder à aposição de um
carimbo de “PAGO” em tais documentos para evitar que estes documentos possam ser
apresentados com outro cheque a outras pessoas com poderes de assinatura. Existindo
cheques em branco, estes devem estar à guarda de um empregado responsável e em
local seguro.
No caso de anulação de um cheque já emitido, o mesmo deve ser arquivado depois de se
lhe destruírem as assinaturas.
Nunca devem ser assinados cheques em branco; a alternativa será alargar o número de
pessoas com poderes de assinatura e, quando isto for impossível, a forma de minimizar
o perigo de sacar um cheque em branco será a de o cruzar e escrever o nome do
respectivo beneficiário.
As transferências bancárias têm vantagens operacionais relativamente à emissão de
cheques, mas o banco normalmente exige uma certa antecedência para processar as
transferências nas datas requeridas.
Para as ordens permanentes de pagamento é aconselhável existir uma conta bancária
específica devido a ser usual mediar um lapso de tempo apreciável entre a data de
débito da conta por parte do banco e a data de recepção do respectivo recibo.
2.2.4.1 – Pagamentos por Cheque
A emissão de cheques relativos a pagamentos de terceiros deve estar a cargo de um
empregado responsável o qual deverá providenciar no sentido de ficar com uma cópia
de cada cheque emitido;
Cada cheque deverá ser assinado por duas pessoas, cujas funções sejam independentes;
Os cheques só devem ser assinados na presença dos respectivos documentos de suporte,
previamente conferidos devendo a primeira pessoa que assina verificar rubricando, a
concordância do beneficiário e a segunda pessoa a proceder a oposição de um carimbo
de PAGO em tais documentos a fim de evitar que os mesmos possam ser apresentados,
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com outro cheque, a outras pessoas com poderes de assinatura.
Os cheques em branco devem estar a guarda de um empregado responsável e em lugar
seguro. Quando por qualquer motivo, se anula um cheque já emitido deve o mesmo ser
arquivado depois de se lhe destruírem as assinaturas, no caso no de o mesmo estar jáassinado.
Por razões óbvias nunca devem ser assinados cheques em branco. Mesmo nos casos em
que sejam necessárias duas assinaturas nunca uma pessoa deve assinar um cheque em
branco. A alternativa será aumentar como já foi dito, o número de pessoas com poderes
de assinatura.
2.2.4.2
– Pagamentos por Transferência Bancária
A ordem de transferência pode ser feita através de uma carta previamente preparada e
padronizada de forma tipográfica, através de um duplicador ou mesmo directamente do
computador.
A ordem de transferência pode ser colectiva. Quer dizer a empresa dá instruções ao seu
banco para transferir, por débito de sua conta e para diversos beneficiários, as
importâncias mencionadas.
As pessoas que assinam a ordem de transferência só têm de assinar uma vez, ao
contrário do que acontece no caso de pagamentos serem feitos em cheques.
O lançamento da conta a crédito de depósitos a ordem é feito, obviamente, pelo total da
transferência, enquanto no caso dos cheques terão de ser feitos tantos lançamentos
quantos os cheques emitidos.
Como consequência do que se disse anteriormente, as reconciliações bancárias serão
muito mais fáceis de efectuar.
2.2.4.3 – Ordens de Pagamento
Os pagamentos de determinados serviço de tipo repetitivo podem ser efectuados através
dos bancos desde que a empresa lhes dê instruções precisas nesse sentido e avise de tal
facto as entidades prestadoras dos serviços.
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É o caso dos pagamentos de água, electricidade, telefone, telex, telefax, rendas, seguros,
quotas, assinaturas, de jornais e revistas, etc.
Nesta hipótese há, no entanto, que ter, em atenção o facto de ser usual medir um lapso
de tempo apreciável entre a data do débito na conta por parte do Banco e a conta darecepção do respectivo recibo. O controlo de tais situações deve ser feito através de
análise das reconciliações bancárias mensais. É pois aconselhável existir uma conta
bancária específica para este tipo de pagamento.
2.2.5 Elaboração de Reconciliações Bancárias
Conciliar e reconciliar são sinónimos significando entre outras coisas, pôr de acordo.
As reconciliações bancárias serão elaboradas mensalmente por um empregado que não
pertença à Secção de Tesouraria e que na Secção de Contabilidade não tenha acesso as
contas correntes. Para tal, dever-lhe-ão ser remetidos directamente do sector de correio
ou da Secretária - Recepcionista os respectivos extractos bancários.
Tais reconciliações deverão ser feitas previamente com a posição diária dos bancos,
devido ao atraso muito usual da escrituração das contas correntes.
As reconciliações bancárias devem ser feitas de maneira normalizada e devem ser
visadas pelo Chefe da Contabilidade ou pelo Director Financeiro.
Os itens de reconciliação que apareçam dois meses consecutivos na reconciliação
deverão ser adequadamente investigados. No caso de se tratar de débitos e/ou créditos
do banco que não tenham sido contabilizados na empresa haverá que detectar a razão do
sucedido e, se não existirem ou tiverem sido extraviados os respectivos documentos de
suporte solicitar ao banco as respectivas segundas vias.
No caso de cheques que há vários meses permaneçam pendentes de levantamentohaverá que contactar por escrito o beneficiário, e se tal não resultar, dever-se-á proceder
ao seu estorno e instruir o banco no sentido de não proceder ao seu pagamento. Será
emitido um novo cheque se o beneficiário reclamar.
Em conjunto com o responsável pela auditoria deve-se estabelecer o valor-limite
individual para os itens que deverão ser testados. Ainda que abaixo do limite de teste,
devem ser lidos todos os itens pendentes das reconciliações bancárias e investigado
qualquer item, que pareça incomum, anormal, errado etc.
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Ações a serem tomadas durante os testes das conciliações:
• Obtenha cópia das reconciliações bancárias;
• Conferir as somas das reconciliações bancárias;
•
Conferir o saldo contabilístico com o razão analítico;• Conferir o saldo bancário com o extracto bancário;
• Cruzar o saldo bancário com a confirmação bancária;
• Testar os itens pendentes referentes a pagamentos contabilizados pela empresa e
não acusados pelo banco;
• Testar os itens pendentes referentes a recebimentos, depósitos, contabilizados
pela empresa e não acusados pelo banco; e
•
Testar os débitos ou créditos acusados pelo banco mas não contabilizados pelaempresa;
É importante ainda observar:
• A contabilização no razão analítico até a data da conciliação;
• A documentação-suporte do pagamento;
• A contabilização no extracto bancário após a data da conciliação;
•
A contabilização no razão analítico até a data da conciliação;• O slip de depósito em nome da empresa e se a data da autenticação dada pelo
banco é a mesma da registada no razão analítico;
• A contabilização no extracto bancário após.a data da conciliação;
• Ver contabilização no extracto bancário até a data da conciliação;
• Inspeccionar documentação-suporte;
• Ver contabilização no razão analítico após a data da conciliação;
•
Investigar a causa pela qual a empresa não registrou até a data da conciliação.Para outros itens pendentes, inspecionar a documentação-suporte, analisar a natureza do
item e ver a contabilização no razão analítico e no extracto bancário em data anterior ou
posterior à da conciliação bancária.
2.2.6 – Inspecção Física ou Contagem de Caixa
Dada a vulnerabilidade à apropriação ou utilização indevida a que esta está sujeita, a
contagem do Caixa deve ser feita sempre de surpresa, simultaneamente em todos os
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caixas caso existam e, na presença dos seus responsáveis não devendo assumir as
responsabilidades deles nas suas ausências.
Não devem fazer parte do saldo de Caixa: vales de empregados, de membros dos órgãos
sociais ou de sócios, relacionados com adiantamentos ou com outras situações; cheques pré-datados e cheques sacados por terceiros e que tenham sido devolvidos pelos bancos
por qualquer motivo; senhas de almoço e de combustível; selos fiscais e postais e;
documentos justificativos de despesas efectuadas.
2.3 - Confirmação dos Saldos das Contas de Depósitos Bancários
Este procedimento visa a confirmação junto das instituições de crédito dos saldos
apresentados nas respectivas contas de razão.
Relativamente as contas de Depósitos em Banco o Chefe da Contabilidade deve possuir
fotocópias de todas as Reconciliações para comprovar se estão aritmeticamente
correctas e se os valores segundo o extracto bancário e segundo o razão estão de acordo
com os saldos referidos.
De referir que para os Títulos Negociáveis deve-se verificar se as respectivas aplicações
permitem determinar os valores dos proveitos e ganhos imputáveis ao exercício.
Igualmente para a validação do saldo constante dos razões dever-se-á cruzar com o
preço de mercado respeitante a sua valorimetria final.
2.3.1- Análise das Transferências entre Bancos
A análise das transferências entre bancos como um dos Procedimentos de Auditoria
relacionado com as contas de Depósitos à Ordem, que podem ser directamente ou
através de cheques e depósitos, é de suma importância pois estas transferências podem
empolar os Meios Monetários da empresa e portanto distorcer as suas Disponibilidadese alguns rácios de tipo financeiro.
Esta operação consiste em explorar o período que leva um cheque a ser levantado pelo
beneficiário no banco sacado, apresentando o mesmo valor em depósito
simultaneamente em dois bancos.
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Capítulo III: Estudo do Caso: Empresa Benamb- Comercial & Industria, Ano
2014.
Este capítulo demonstra a realidade de uma missão desenvolvida que são:
• Conhecimento do Negocio e da Materialidade do Controlo;
• Avaliação do Sistema de Controlo Interno (SCI);
3.1 Apresentação da Empresa
A empresa Benamb - Comercial & Industrial Lda, é uma empresa Angola, de direito
privado, fundada no ano de 2004, com sede em Luanda, no Bairro Sagrada Esperança,
Rua Zero Casa nº15.exerce a actividade comercial.
O capital social é de 374.500,00 KZ, repartidos em partes iguais entre os dois sócios. O
seu objecto social Serviço de Estética e Beleza.
3.2 Estrutura Organizacional da empresa Benamb - Comercial & Industria Lda.
Quanto a estrutura organizacional da empresa Benamb Comercial, a mesma está
estruturada conforme o organigrama que se segue:
Fonte: Material fornecido pela Empresa em estudo
DIRECTOR
DIRECÇÃO DE
DIRECÇÃO DE
ADMINISTRAÇÃO
DEPARTAMENTO DE
RECURSOS HUMANOS
DEPARTAMENTODE
CONTABILIDADE DEPARTAMENTO DE
TESOURARIA
DEPARTAMENTO
COMERCIAL
DEPARTAMENTO
TÉCNICO
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3.3- Análise das Informações Dadas pela Empresa
3.3.1 O Controlo Interno na Área das Disponibilidades
Da avaliação do sistema de controlo Interno efectuado às Disponibilidades da EmpresaABC S.A, com referência ao 1º semestre do exercício económico de 2019, apuramos os
seguintes aspectos:
3.3.1.1 Confirmação ao Caixa
Em cumprimento do programa de trabalho estabelecido, foi efectuada uma contagem de
caixa em 27 de Maio de 2019, às 11 horas e 20 minutos, tendo sido apurado um total em
caixa de 559.798,00 AKZ, decomposto da forma como se segue:
Numerário (notas e moedas)……………......…………..……...........…450.9755,00 AKZ
Vale do Director Financeiro, para despesas de deslocação aos pontos de venda
………………………………………………………………....................50.000,00 AKZ
Senhas de refeição…………………………………………………...........5.000,00 AKZ
Senhas de Combustível………………………………………….........…20.575,00 AKZ
Moeda estrangeira (USD 2.524,00 ao câmbio AKZ/USD de 77,00
…………………………………....…………………………….........… 194.348,00 AKZ
Diferença de caixa, para menos, não justificada pelo tesoureiro tendo o tesoureiro,
esclarecido que se tratava de uma diferença antiga, anterior à sua entrada na empresa,
que a sua regularização embora discutida, ainda se encontra por concretizar
....................................................................................................................21.125,00 AKZ
Cheque visado de Clientes…………………………….........……..…......98.750,00 AKZ
Documentos referentes a pagamentos efectuados 3 dias antes da contagem
....................................................................................................................20.000.00 AKZ
Vales de adiantamentos de salários efectuados a trabalhadores……….150.000,00 AKZ.
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3.4 Medidas de Controlo Interno Aplicadas pela Empresa:
a) Os pagamentos significativos são geralmente f eitos por meio de cheques.
Exce ptua-se a parte das r emunerações as quais são pagas em numer ário,
sendo par a o efeito emitido um cheque à ordem do Caixa pelo valor total
das remuner ações líquidas, que é descontado na manhã do dia em que se
procede ao pagamento. A empresa alega que tal processa-se pelo facto
dos trabalhadores não possuírem contas bancárias.
b) Os cheques emitidos pela Empresa exigem sempr e duas assinaturas pelo
que existem dois administradores com poderes par a o efeito. De acor do
com as competências def inidas é sem pr e necessária a assinatura de um
dos administradores e em situações particulares a assinatura dos dois. Os
cheq ues são sem pr e nominativos e q uando referentes a pagamentos a
ter ceiros são devidamente cr uzados.
c) Os documentos não são invalidados após o pagamento nem evidenciam
q ualquer r eferência ao meio de pagamento utilizado.
d) Existindo sem pre coincidência entr e o saldo da folha de caixa e o saldo
contabilístico o Director Financeiro tem considerado desnecessár io
proceder a confer ências f ísicas de caixa, tanto mais q ue o r es ponsável
pelo caixa tem instr uções verbais par a fazer essa conf er ência no f inal de
cada mês.
e) Os valores recebidos na Em presa são ger almente pr ovenientes de
pagamentos efectuados pelos clientes através de cheq ues enviados
pelo correio e de vendas a dinheiro ef ectuadas no estabelecimento devenda ao público.
f) É normal existirem adiantamentos a trabalhadores e a membros do
órgão de gestão, os quais são documentados através de vales que
permanecem em caixa até serem integralmente regularizados;
g) A empresa adquire de forma regular senhas de refeição para
pagamento do subsídio de almoço e senhas de gasolina para
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distribuição aos utilizadores das viaturas da empresa. Estas senhas,
assim como outros valores eventualmente existentes, encontram-se à
guarda do caixa que os considera como fazendo parte integrante do
respectivo saldo;
h) Existe uma única conta de conta de caixa através da qual são
registadas todos os pagamentos e recebimentos ainda que estes sejam
por meio de cheques. A folha de caixa tem periodicidade mensal e
remetida à contabilidade juntamente com os documentos ate dia 10
do mês seguinte, de acordo com as informações obtidas tal acontece
por se existir muito trabalho e alguns documentos demorarem a ser
obtidos.
i) A empresa não efectua regularmente as reconciliações bancárias,
alegando que existe sempre coincidência entre o saldo do extracto
bancário e o saldo do extracto contabilistico.
3.5 Determinação do Saldo de Caixa que Deve Constar do Balanço em 30 de Junho
de 2014.
De acordo com os conceitos apresentados das normas contabilísticas, só devem fazer
parte do saldo de caixa os activos representativo de meios líquidos de pagamentos tais
como notas e moedas de curso legal, cheques e vales postais, nacionais ou estrangeiros.
Nesta circunstância não fazem parte do saldo caixa:
As senhas de combustível;
As senhas de refeição;
Os vales;
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No caso particular da moeda estrangeira, e de acordo com critérios de valorimetria
definidos no Plano de Contas, deve a mesma ser expresse no balanço ao câmbio como
perdas ou ganhos financeiros conforme sejam favoráveis ou desfavoráveis.
Assim sendo, o saldo de caixa a constar no Balanço em 31 de Junho de 2014 deve ser
(ver tabela abaixo):
Tabela 3.1 – Determinação do Saldo de Caixa
Nº DESCRIÇÃO VALOR (AKZ)
1 Numerário (notas e moedas) incluindo os pagamentos
efectuados 3 dias antes da contagem
140.035,00
2 Moeda estrangeira valorizada ao câmbio de 31 de Junho de
2014 (USD 2.524,00 ao câmbio AKZ/USD de 81,92
206.766,08
3 Cheque visado de Clientes 121.750,00
SALDO DE CAIXA 448.551,00
OBS: O câmbio cotado pelo banco Espírito Santo Angola (BESA), na data da contagem
era 81,92.
3.6
Principais Pontos Fracos Sobre as Medidas de Controlo Interno
Da análise efectuada sobre as medidas de controlo interno adoptadas pela empresa na
área de disponibilidade, identificamos os seguintes pontos fracos (ver tabela 3.2):
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Tabela 3.2 : Principais Pontos Fracos Sobre as Medidas de Controlo Interno
Fonte: Elaborado pela Autora deste trabalho
Principais Pontos Fracos Sobre as Medidas de Controlo Interno
1. Existem pagamentos significativos efectuados em numerário dos quais sedestacam as remunerações da generalidade do pessoal;
2. Os documentos não são invalidados com carimbo de PAGO nem evidenciadoso meio de pagamento;
3.
Não existem conferências físicas do saldo de caixa por parte do DirectorFinanceiro ou de alguém que seja independente do responsável pelo manuseio eguarda de valores de caixa;
4. Não existem normas escritas sobre o funcionamento do caixa, sendo alguns procedimentos adoptados com base em instruções verbais transmitidas peloDirector Financeiro;
5. Existem r ecebimentos em cheq ue, cu jo depósito só é ef ectuado no pr ópr io diase os valores envolvidos justif icarem a deslocação ao Banco. No que r es peita ao
circuito dos cheques rece bidos atr avés do cor reio não são obser vados os pr in-cípios referentes à segregação de funções;
6. É prática corrente a existência de vales referentes a adiantamentos efectuados atrabalhadores e a membros do órgão de gestão, os quais permanecem em caixaaté serem integralmente realizados
7. As senhas de refeição e de combustível adquiridas pela empresa são mantidasem caixa, fazendo parte integrante do saldo de caixa
8. A empresa faz contabilizar através da conta caixa todas operações derecebimentos e pagamentos, ainda que estes sejam por cheques. Por outro ladoa empresa faz contabilizar através da conta caixa todas operações derecebimentos e pagamentos, ainda que estes sejam por cheques. Por outro ladoo registo nas folhas de caixa é feito com algum atraso, sendo que as mesmas sãoremetidas a contabilidade de uma vez e apenas até ao dia 10 do mês seguinte.
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Conclusões
Da pesquisa feita sobre as medidas de controlo interno adoptadas pela empresa
concluímos as seguintes consequências negativas para empresa:
1. Existe um risco associado decorrente do transporte e manuseio de quantias
avultadas pondo em risco a segurança de activos e pessoas, o trabalho é inseguro
e sua comodidade é menos boa;
2. Não sendo os documentos invalidados por qualquer forma existe o risco dos
mesmos voltarem a ser apresentados para pagamentos;
3. A falta de conferência do saldo de caixa pode potenciar a utilização indevida do
dinheiro da empresa e o atraso no registo e depósito dos recebimentos;
4. A falta de conferência do saldo de caixa pode potenciar a utilização indevida do
dinheiro da empresa e o atraso no registo e depósito dos recebimentos;
5. O r etardamento do de pósito bancár io, além do "pr e juízo" quanto à
disponi bilização do dinheir o, f az aumentar os r iscos iner entes, nomeadamente os
que decor rem da possibilidade de existirem cheques sem provisão. Por outr o
lado, a inexistência de uma adequada segr egação de funções relativamente a
valor es rece bidos na Empr esa, constitui um factor limitativo da eficácia do sis-
tema de controlo interno;
6. A inclusão dos vales no saldo de caixa conduz a que este deixe de ser
representativo dos meios líquido de pagamentos efectivamente existentes no
caixa;
7. O saldo de caixa encontra-se afectado por activos que não correspondem a
verdadeiros meios de pagamentos de aceitação generalizada;
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8. Além de duplicar o movimento contabilistico e por conseguinte o tempo de
trabalho, o procedimento adoptado dificulta qualquer conferência do caixa, pois
proporciona a existência de saldos elevados, potenciando a possibilidade de
ocorrência de erros humanos ou mesmo de práticas irregulares.
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Recomendações
Para melhoria dos pontos fracos identificados nas medidas de controlo interno
adoptadas pela empresa recomendamos o seguinte:
1. Apenas pequenas despesas devem ser pagas por caixa, as remunerações devem
ser preferencialmene pagas por cheques ou transferência bancárias e a empresa
deve criar uma politica em que todos trabalhadores possam ter contas bancarias
com obrigatóriedade;
2. Todos os documentos devem ser invalidados após o respectivo pagamento.
Quando pagos por meio de cheques deve ser evidenciado no documento o
respectivo número, Banco sacado e data de emissão;
3. Devem ser efectuadas contagens físicas do caixa por parte do Director
Financeiro ou alguém independente indicado para o efeito. As contagens devem
ser feitas no fim ou no ínicio do dia e sempre de surpresa.;
4. Todos os cheq ues r ece bidos devem ser diar iamente depositados exigindo-se q ue
os r espectivos talões evidenciem claramente a autenticação aposta pelo Banco;Além de acelerar a dis poni bilização dos meios de pagamento, constitui uma
atitude de pr udência face à possi bilidade de existirem cheques devolvidos por
falta de pr ovisão, q ue a Administração entenda accionar . No q ue respeita ao
circuito dos cheques há que ter em conta que q uem r egista e controla as dívidas
a receber não deve ter acesso aos valores r ecebidos, os quais devem ser
r emetidos dir ectamente à Tesourar ia acompanhada duma lista concebida para o
efeito.
5. Os adiantamentos concedidos quer a trabalhadores quer a membros do orgão de
gestão, devem ser contabilizadados como dividas a receber, não influênciando,
portanto o saldo do caixa.
6. As referidas senhas devem ser excluídas do saldo de caixa e consideradas como
despesas, cujo custo só deve ser reconhecido à medida em que são destribuidas
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APÊNDICE
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APÊNDICE 1 - FLUXOGRAMA
Fonte: www. Thinkful.com/wikibolsa/controlo interno. 17 de Agosto 2010.