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ESTIMATIVA DO CUSTO TOTAL DE
RECUPERAÇÃO DA ÁGUA EM UMA ESTAÇÃO
DE TRATAMENTO EM JUNDIAÍ-SP A PARTIR
DA CONTABILIDADE AMBIENTAL EM
EMERGIA
Helton Raimundo Oliveira Da Silva
(UNIP) Silvia Helena Bonilla
(UNIP)
Resumo: Nesse artigo, através do contexto em que se insere o gerenciamento dos
recursos hídricos no Brasil, foram contabilizadas as contribuições dos ecossistemas
para o abastecimento de água no município de Jundiaí-SP. Fazendo o uso do
conceito de custo total de recuperação que utilizado pela 'Water Framework
Directive' se desdobram em mais três custos, custo do recurso, ambiental e
financeiro. Aplicou-se a contabilidade em emergia para mensurar as contribuições
ecossistêmicas em uma estação de tratamento de água - ETA. Os custos encontrados
em um espaço tempo de um ano foram de R$ 1,35 para o custo do recurso, de R$
0,06 para o custo ambiental e de R$ 0,70 para o custo financeiro. Totalizando um
custo médio total de recuperação de R$ 2,11 para a água da ETA do município de
Jundiaí-SP.
ISSN 1984-9354
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1 INTRODUÇÃO
De acordo com Detoni e outros (2007), três quartos da superfície terrestre são cobertos por água,
correspondendo a 354.200 km² do planeta, formado por oceanos, rios, lagos, pântanos, manguezais,
geleiras e as calotas polares. Dos 1.386 milhões de m³ de água apenas 2,5% desse total é de água doce,
no entanto apenas 0,3% dessa água está acessível e pode ser usada para saciar a sede humana e animal.
Trata-se de um recurso essencial para a manutenção da vida. Seu gerenciamento eficiente tornou-se
uma das maiores preocupações dos governos atualmente no Brasil devido ao seu gerenciamento crítico
(MOURA, 2013). A falta e a dificuldade técnica de metodologias de valoração e precificação que
melhorem o seu gerenciamento para um uso mais racional e eficiente é uma das principais razões para
tal (MOTTA, 2011).
Em suma, essas dificuldades técnica e institucional em definir direitos de propriedade entre
contemporâneos e gerações presentes e passadas impedem a existência de um mercado que
sinalize o valor do recurso ou, quando esse existe, essas imperfeições resultam em preços ou
custos de uso que não refletem o valor econômico (ou social) do recurso e, portanto, seu uso
introduz ineficiência no sistema econômico. Isto é, o uso dos recursos ambientais gera custos
externos negativos intra e intertemporais. (MOTTA, 2011, p. 180).
Considerado um bem público pela lei 9.433 (BRASIL, 1997), é imprescindível tornar a
valoração e a precificação da água mais abrangente ao ecossistema e justificada metodologicamente
para absorver esses custos externos gerados para melhor refletir o seu valor econômico.
Uma das razões para a falta de técnicas e metodologias que reflitam melhor o valor de um
recurso ambiental no momento tem sido o observar de forma isolada o sistema econômico. Muitos dos
problemas causados pela gestão dos recursos ambientais parte desse principio, entretanto recentes
estudos mostram que o sistema econômico interage e faz parte de um sistema maior, o sistema
ambiental (AYRES; AYRES, 2002). Existe certa dificuldade das gestões públicas em identificar
ferramentas que possibilite ganhos mútuos para si e para o ambiente, porque suas principais
metodologias estão fundamentadas em um modelo que não considera os processos ecossistêmicos. Isso
significa que as mesmas ainda estão presas em um modelo de fluxo circular padrão determinada pela
teoria econômica como mostra a fig. 1.1 (HARRIS; ROACH, 2013).
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Fig. 1.1 - Modelo de fluxo circular padrão. Fonte: (HARRIS; ROACH, 2013, p. 7, tradução nossa).
Fundamentada em uma abordagem como mostrada na fig. 1.1 a visão ou perspectiva da métrica
de valoração e precificação para o homem se transformou durante séculos e milênios. Essa perspectiva
moldou-se durante mudanças no comércio, a chegada da indústria e a quebra do sistema feudal e a
introdução do capitalismo na maior parte do mundo (HUBERMAN, 1986). No entanto, o fundamento
do pensamento econômico direciona essa métrica durante o tempo a uma só unidade, o dinheiro. Essa
unidade está presa ao modelo de fluxo circular padrão e possui limitações para refletir o valor
econômico de um produto (HARRIS; ROACH, 2013). O modelo de fluxo circular padrão apresenta a
relação entre famílias e firmas em dois mercados: o mercado de bens e serviços e o mercado de fatores
de produção. Os fatores de produção são geralmente definidos como terra, trabalho e capital. Em
ambos os mercados as interações de oferta e demanda determinam os preços de equilíbrio e
estabelecem um nível de equilíbrio do produto ou serviço (HARRIS; ROACH, 2013). No entanto esse
modelo não detecta os ecossistêmicos no todo como parte de seus fluxos, ou seja, não capta maior
parte dos serviços realizados pelo mesmo que geram os recursos ambientais. Sua abordagem não
engloba um modelo de fluxo circular abrangente que inclui o ecossistema. Essa limitação abre a
possibilidade da ocorrência de muitas ineficiências no sistema de valoração e precificação dos recursos
ambientais dentro do sistema econômico (MOTTA, 2011). Para diminuição dessa ineficiência faz-se
necessário à inclusão desses serviços ecossistêmicos no todo, reconhecendo que toda à prosperidade
econômica depende também inteiramente dos fluxos de massa e energia providos pelo meio ambiente,
começando pela luz solar como única entrada. Para isso recorre-se a uma abordagem sistêmica como
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mostra a (fig. 1.2) abrangendo sistemas que até então não eram considerados pela teoria economia.
(ALMEIDA; GIANETTI, 2006).
Fig. 1.2 - Um modelo de fluxo circular abrangente. Fonte: (HARRIS; ROACH, 2013, p. 8, tradução nossa).
O ecossistema providência todas as entradas limitadas dos fluxos de materiais e energia
necessários para manter os padrões de vida da sociedade moderna e a omissão deste principio implica
em imperfeições no sistema de valoração e precificação. Em todo o desenvolvimento econômico
conhecido pelo homem e os altos padrões de vida são processos muito complexos que compartilham
um denominador em comum: essa mesma provisão de entradas limitadas dos fluxos de energia
(HINRICHS; KLEINBACH; REIS, 2010). A energia como métrica comum para ambos os sistemas
ambientais e econômicos pode melhor sinalizar o valor de um produto ou serviço. No entanto, uma
metodologia para valorar esses fluxos limitados de energia providos pelo ecossistema e transpô-los em
indicadores monetários para serem entendidos e incorporados pelo sistema de precificação torna-se
necessário. O presente trabalho destina-se a aplicar um modelo mais transparente em termos de
conceitos empregados ao público referente à precificação do custo da água, utilizando a contabilidade
ambiental em emergia e aplicando a abordagem de “Custo Total de Recuperação”, adotada também
pela Unidade Econômica Europeia, no seu documento ‘WFD’ para uma valoração do recurso água
mais abrangente ao sistema como um todo.
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2 Método
Odum em 1996, em seu livro intitulado ‘Environmental Accounting: emergy and environmental
decision-making’ em português “Contabilidade Ambiental: Tomada de decisão ambiental e emergia”
propõe uma metodologia que pode contabilizar os fluxos limitados de energia, recursos não renováveis
(N), recursos renováveis (R) e recursos pagos da economia (F) de todos os ecossistemas terrestres
soma-los em uma mesma unidade juntos. Essa soma reflete o trabalho exercido pela biosfera para
gerar determinado bem ou serviço. Esse trabalho da biosfera pode ser transformado em unidade
monetária, por médio do emprego do EMR ‘Emergy Money ratio’ como explicado mais adiante. A
teoria da Emergia está baseada em termos termodinâmicos de memória de energia solar para a
produção de uma unidade de determinado produto sendo ele um produto natural ou desenvolvido pelo
homem. Ou seja, a emergia é a quantidade de energia solar investida (Do inglês: Solar Energy Joule-
SeJ) para a produção de um bem ou serviço (ODUM, 1996). A transformidade é um fator de
transformação utilizado para caracterizar os recursos globais que foram utilizados para fazer uma
unidade de determinado produto ou serviço. Para assim multiplicar por um fluxo de energia disponível
desse produto ou serviço e encontrar a emergia do mesmo. A metodologia faz uso de símbolos e
diagramas de fluxo de energia como mostra a fig. 1.3.
Símbolos Descrição
Fluxo de Energia: Um fluxo cuja vazão é
proporcional ao volume do estoque ou à
intensidade da fonte que o produz.
Fonte: Um recurso externo que fornece
energia ao sistema. Recursos provenientes
de serviços, materiais e recursos são
representados desta forma.
Depósito / Estoque: Uma reserva de energia
dentro dos limites do sistema determinada
pelo balanço de entradas e saídas.
Sumidouro de Energia: O sistema usa a
energia potencial para produzir trabalho. O
custo dessa transformação é a degradação
da energia, que abandona o sistema como
energia de baixa qualidade. Todos os
processos da biosfera dispersam energia.
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Interação: Interseção de no mínimo dois
fluxos de energia para produzir uma saída
(trabalho) que varia de acordo com certa
função de energia. Exemplos: uma ação de
controle de um fluxo sobre outro, presença
de um fator limitante, uma válvula.
Caixa: Símbolo de uso múltiplo que pode
ser usado para representar uma unidade de
consumo e produção dentro de um sistema
maior. Representa um subsistema. A caixa
pode ser preta, cinza ou branca, conforme o
conhecimento que se tem sobre os fluxos de
entrada e saída.
Consumidores: Unidade que transforma a
qualidade da energia, estoques, e
retroalimentação autocatalítica para
melhorar os fluxos de entrada.
Produtor: Unidade que coleta e transforma
baixa qualidade de energia debaixo de um
controle de interação de um fluxo de alta
qualidade.
Transação: Uma unidade que indica uma
venda de bens ou serviços (linha sólida) em
troca por pagamentos de dinheiro (linha
pontilhada). O preço representa uma fonte
externa.
Figura 1.3 - Símbolos da linguagem do sistema de energia. Fonte: (ODUM, 1971a,b, 1983b apud ODUM, 1996, p. 5,
tradução nossa)
A taxa de emergia por dinheiro ‘EMR’ é um indicador que pode mensurar a quantidade de
emergia investida de um dado setor em um dado período, para a obtenção de uma unidade de dinheiro
da mesma. Para isso divide-se a quantidade total do fluxo de emergia utilizada por ano pelo Produto
Interno Bruto (PIB) da nação em especifico (ODUM, 1996).
Se a emergia total utilizada em um ano por um estado ou nação é dividida pelo produto interno
bruto expresso em unidades monetárias locais, resultará em um índice de emergia por dinheiro
(EMERGIA solar/unidade de dinheiro expressos em EMjoules por dinheiro) (ODUM, 1996, p.
55, tradução nossa).
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Esse indicador pode traduzir a quantidade de recursos globais que foram utilizados para se obter
uma unidade de determinada moeda. Cálculos para os Estados Unidos em 1992 podem ser visualizado
no diagrama de fluxo de energia na fig. 1.4.
Fig. 1.4 - Visão Geral do sistema de energia dos Estados Unidos em 1992 mostrando as principais contribuições de
emergia, o PIB medido pela moeda circulante, e a taxa de EMERGIA/moeda. Fonte: (ODUM, 1996, p. 56, tradução nossa).
Essa metodologia vem sendo aplicada em vários trabalhos para mensurar os recursos ambientais
de todas as escalas das atividades econômicas dentro dos ecossistemas terrestres (BROWN; ULGIATI,
1999), categorização termodinâmica dos ecossistemas (BASTIANONI et al., 2013), sustentabilidade
das nações econômicas (ULGIATI; ODUM; BASTIONONI, 1994); (LAGERBERG; DOHERTY;
NILSSON, 1999); (BROWN; COHEN; SWEENEY, 2009); (DEMETRIO, 2011), cálculo do valor da
emergia da água (PULSELLI; PATRIZI; FOCARDI, 2011), cálculo do custo da água (BROWN;
MARTÍNEZ; UCHE, 2010), serviços dos ecossistemas (WATANABE; ORTEGA, 2011), para
produção de biocombustíveis (ULGIATI, 2010); (AGOSTINHO; ORTEGA, 2013), fornecimento
alternativo de água (FERREIRA, 2011); (BUENFIL, 2001), gerenciamento de água (CHOU; LEE,
2007); (TILLEY e BROWN, 1998, 2006); (COHEN; BROWN, 2007); (ALMEIDA et al., 2010),
Fluxo de EMERGIA = (8+32+23+15) E23 sej/ano = 1.44E14 sej/$ 1992
Fluxo de dinheiro 5.4E12$/ano
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comparações do sistema de agricultura de café brasileiro (GIANNETTI et al., 2011) e comparações
históricas da indústria e o sistema de agricultura pré-industrial (RYDBERG; JANSEN, 2002).
2.1 Custos da água
No fim do ano 2000, a comissão e o parlamento europeu aprovaram e publicaram o que foi um
marco no gerenciamento da água no continente europeu conhecido como ‘Water Framework
Directive’. E foi instituída para um melhoramento comum para o gerenciamento dos recursos hídricos
de todo os estados membros da União Européia. O objetivo central da ‘WFD’ é aplicar um bom
‘status’ para todos os corpos d’água europeus. A diretiva reconhece que ambos os aspectos biológicos
e hidromorfológicos são importantes para um diagnóstico integrado da água. Em adição aos
tradicionais usos de indicadores físico-químicos e medida de tóxicos ou poluentes persistentes
(UNIÃO EUROPÉIA, 2000). Para a valoração da água a ‘WFD’ introduz os seguintes princípios
(UNIÃO EUROPÉIA, 2000):
- O princípio da não deterioração e alcançar um bom estado, sobretudo dos corpos superficiais e
subterrâneos;
- O princípio de uma abordagem combinada para controlar a poluição e a gestão integrada dos
recursos;
- O princípio de custo total de recuperação associados a serviços da água e uso de áreas aquáticas;
- O princípio da participação pública e a transparência nas políticas de água.
Tomando por base essa diretiva pela adaptabilidade, compreensão e aplicabilidade ao contexto
dos comitês das bacias hidrográficas brasileiras em seu documento e parâmetros para o cálculo da
valoração e precificação da água. Permitindo a adoção de aspectos em busca de uma estratégia
comum, aplicar-se-á a valoração da mesma sobre três aspectos de acordo com o documento de
orientação da ‘WATECO group’, em inglês ‘WATer and ECOnomic’ grupo que integra a ‘WFD’
(UNIÃO EUROPÉIA, 2003). São eles:
Custo financeiro (CF) é definido como custo da operação, custo de manutenção, custo do
capital para novos investimentos, depreciação, custo de oportunidade por custo de capital,
custos administrativos, e outros. (UNIÃO EUROPÉIA, 2003, p. 70, tradução nossa);
Custo do recurso (CR) é definido como os custos de oportunidades perdidas que outros usos
sofrem devido ao esgotamento do recurso além da sua taxa natural de recarga ou de
recuperação (por exemplo, a exploração excessiva das águas subterrâneas ou sobre o uso das
águas superficiais). (UNIÃO EUROPÉIA, 2003, p. 72, tradução nossa);
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Custo ambiental (CA) é definido como os custos dos danos que a água utilizada impõe sobre o
meio ambiente, os ecossistemas e aqueles que usam o ambiente (redução da qualidade
ecológica dos ecossistemas aquáticos). Ele também inclui a economia de externalidades, como
a perda de emprego no sector dos serviços em áreas rurais, devido aos impactos sociais a partir
da degradação dos recursos hídricos. (UNIÃO EUROPÉIA, 2003, p. 69, tradução nossa);
2.1.1 Custo total de recuperação
O conceito de custo total de recuperação da água foi introduzido pelos estados membros dentro
da ‘WFD’ como o custo referente a todas as contribuições das diferentes utilizações da água dentro da
economia, separados em uso industrial, doméstico e agricultura de acordo, em particular, com o
princípio poluidor pagador (PPP) (UNIÃO EUROPÉIA, 2003). Esse conceito ajudou a ‘WFD’ a
desdobrar o custo da água em outros três custos específicos, custo financeiro, custo do recurso e custo
ambiental.
2.2 Definição dos custos usando a contabilidade ambiental em emergia
Para a contabilidade ambiental em emergia utilizando os conceitos determinados pela ‘WFD’ as
três classes de custos são definidas em termos de emergia. A diferença entre a contabilidade em
emergia e a contabilidade financeira é que a contabilidade ambiental em emergia não está relacionada
com preços de mercado e inclui recursos ambientais não contabilizados pela contabilidade financeira.
Possibilitando ainda assim uma comunicação em uma unidade comum que pode ser convertida em
unidades monetárias para facilitar a comunicação e a incorporação dos custos dentro do sistema
econômico.
A taxa de emergia por dinheiro ‘EMR’ de um estado ou nação pode ser expressa pela divisão do
fluxo anual de emergia pelo (PIB) dos mesmos, obtendo uma métrica que pode transformar unidades
de emergia em unidades monetárias (ODUM, 1996).
Para contabilidade ambiental em emergia aplicando o conceito de Custo Total de Recuperação
(CR+CA+CF = CTR), avaliar-se-á para o cálculo dos dois primeiros (CR e CA) na pesquisa, duas
características fundamentais da água, o potencial químico e geopotencial. O CR pode ser calculado
pela emergia do recurso, e é determinada para cada tipo: águas subterrâneas, águas estocadas em
lagoas, águas de rios e etc. (BROWN; MARTÍNEZ; UCHE, 2010). No cálculo do CA assume-se que a
água é entrada necessária para o processo produtivo de uma região especifica. Como mostra o
diagrama de energia do sistema em estudo na fig. 1.5, a produtividade total medidos em emergia
(Produto Bruto da Emergia Regional – PBemR) é a soma das entradas da água (Chuva e Rio), sistema
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ecológico e energia importada (Dinheiro, Combustíveis e energia elétrica, Bens). Se uma relação entre
a produção total e a água disponível e usada é assumida, então o custo marginal da emergia da água
(CMemA) encontra-se pela divisão do (PBemR) pela quantidade da água disponível em determinado
período (BROWN; MARTÍNEZ; UCHE, 2010). A emergia da água do (CR) e o custo marginal da
água do (CA) são convertidos em unidades monetárias através do fator ‘EMR’ da região em estudo.
Para o cálculo do CF o total por metro cúbico dos custos em emergia para o tratamento de água para
residências, indústrias e comércios são divididos pelo ‘EMR’ regional, ou seja, os recursos globais
investidos para provisão de toda a água tratada por metro cúbico, possibilitando um valor monetário
por metro cúbico de água tratada. A soma dos valores desses três custos possibilitará a compreensão de
um valor médio do custo total de recuperação (CTR) da água para o município de Jundiaí no período
de um ano. Na fig. 1.5 um diagrama de energia apresenta uma visão geral do tratamento de água e o
contexto em que o CR, CA e CF se inserem.
Fig. 1.5 - Diagrama de energia do sistema em estudo mostrando o contexto em que se inserem os custos (CR, CF e CA).
($= Dinheiro, C&E= Combustíveis e energia elétrica, A= Ativos, P= Pessoas, S= Serviços). Fonte: Autor.
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2.3 Descrição do sistema em estudo
A rede de tratamento conta com um curso d'água com vazão média de 800 litros de água por segundo.
Uma barragem, com 15 metros de altura e 450 de extensão, foi concluída em 2010. A represa possui
1.816.174 metros quadrados de área e capacidade para armazenar até 12,5 bilhões de litros de água
bruta (DAE, 2014). Isso será suficiente para abastecer, em época de estiagem prolongada, um
município com 600 mil habitantes, previsão para a população de Jundiaí para daqui a 50 anos.
População que atualmente é de 382.363 habitantes (SEADE, 2013). O abastecimento de água abrange
100% da zona urbana de Jundiaí. Porém 5% da água que abastece Jundiaí são captados do córrego
Moisés (Jardim Samambaia) e represa da Serra do Japi, ambos não serão considerados na pesquisa por
representação mínima no abastecimento total. Serão considerados nessa pesquisa os 95% do corpo
d’água que abastece o município proveniente do rio Jundiaí-Mirim, que nasce na divisa de Jarinu
(Córrego do Tanque) e Campo Limpo Paulista (Ribeirão do Perdão). No entanto, Jundiaí possui uma
outorga para fazer a reversão sazonal, quando necessário, do rio Atibaia. Para isso, foram construídas
duas casas de bombas em Itatiba, cada uma com quatro conjuntos de bombas, capazes de enviar 1200
litros de água por segundo ao manancial Jundiaí-Mirim, através de duas adutoras (uma com 700
milímetros de diâmetro e outra com 1200), com 11 quilômetros de extensão (DAE, 2014). O rio
Jundiaí-Mirim, em toda sua extensão, é o único classe 1 (de excelente qualidade) em uma região com
71 municípios, de acordo com a resolução 357 do Conama (Conselho Nacional do Meio Ambiente)
(BRASIL, 2005). A boa qualidade da água deste principal manancial de abastecimento do município
foi divulgada pelo comitê das Bacias Hidrográficas PCJ (dos rios Piracicaba, Capivari e Jundiaí), no
Plano de Bacias 2010/2035, aprovado em dezembro de 2010 (SÃO PAULO, 2010). O Plano foi
elaborado com base nos dados do decreto estadual nº 10.775/77. O único poluente encontrado no rio é
o excesso de argila. Por isso, o produto captado deste curso d'água recebe o tratamento convencional,
com cal, decantação, filtragem, desinfecção/cloração, correção do pH e fluoretação (DAE, 2014).
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3 RESULTADOS
3.1 Custo do recurso
O custo do recurso foi contabilizado mensalmente e extraído uma média anual para estimação do
mesmo. Duas principais características fundamentais da água são contabilizadas, características
energéticas químicas e geo-potencias. Para a chuva o potencial químico e geo-potencial e para o fluxo
d’água de entrada do rio Jundiaí Mirim, somente será contabilizado o químico potencial, conforme
tabelas 1.1, 1.2 e 1.3.
Tabela 1.1 - Custo do recurso do potencial químico da água da chuva usada.
Mês
(Ano 2011)
Chuva²
(m/mês)
Energia da
Chuva³
(J/mês)
Transformidade⁴ (sej/J)
Emergia da
Chuva⁵ (sej/mês)
Água
Usada⁶ (m³)
Emergia
da Água
Usada⁷ (m³)
Valor
monetário⁸ (2007 em$/m3)
Janeiro 0,5180 5,12E+12 3,10E+04 1,59E+17 1,42E+11 1,12E+06 0,0000006588
Fevereiro 0,1800 1,78E+12 3,10E+04 5,51E+16 1,42E+11 3,89E+05 0,0000002289
Março 0,0830 8,20E+11 3,10E+04 2,54E+16 1,42E+11 1,79E+05 0,0000001056
Abril 0,1290 1,27E+12 3,10E+04 3,95E+16 1,42E+11 2,79E+05 0,0000001641
Maio 0,0267 2,63E+11 3,10E+04 8,17E+15 1,42E+11 5,76E+04 0,0000000339
Junho 0,0485 4,79E+11 3,10E+04 1,49E+16 1,42E+11 1,05E+05 0,0000000617
Julho 0,0042 4,12E+10 3,10E+04 1,28E+15 1,42E+11 9,02E+03 0,0000000053
Agosto 0,0579 5,72E+11 3,10E+04 1,77E+16 1,42E+11 1,25E+05 0,0000000737
Setembro 0,0052 5,11E+10 3,10E+04 1,58E+15 1,42E+11 1,12E+04 0,0000000066
Outubro 0,1556 1,54E+12 3,10E+04 4,77E+16 1,42E+11 3,36E+05 0,0000001979
Novembro 0,1533 1,51E+12 3,10E+04 4,70E+16 1,42E+11 3,31E+05 0,0000001950
Dezembro 0,1437 1,42E+12 3,10E+04 4,40E+16 1,42E+11 3,11E+05 0,0000001827
Média 0,1254 1,24E+12 3,10E+04 3,84E+16 1,42E+11 2,71E+05 0,0000001595
(2) Dados do DAE (2014).
(3) Energia da chuva: (Área da represa) x (Chuva, m) x (Densidade da água) x (Energia livre de ‘Gibbs).
(4)Transformidade do potencial químico da água = 31,000 (ODUM, 2000).
(5) Emergia da chuva: emergia (sej) = energia da chuva x transformidade.
(6) Dados do DAE (2014).
(7) Emergia da água usada: emergia (sej/m³) = emergia da chuva (sej)/água usada (m³). (8) Valor monetário: em$/m³ = emergia da água usada/1,70E+12 sej/$ (DEMETRIO, 2011).
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Tabela 1.2 - Custo do recurso do geo-potencial da água da chuva usada.
Mês
(Ano 2011)
Chuva²
(m/mês)
Energia da
chuva³
(J/mês)
Transformidade⁴
(sej/J)
Emergia da
chuva⁵ (sej/mês)
Água
usada⁶ (m³)
Emergia da
água
usada⁷(m³)
Valor
monetário⁸ (2007
em$/m3)
Janeiro 0,5180 7,74E+15 3,10E+04 2,40E+20 3,04E+07 7,89E+12 4,64
Fevereiro 0,1800 2,69E+15 3,10E+04 8,34E+19 3,04E+07 2,74E+12 1,61
Março 0,0830 1,24E+15 3,10E+04 3,85E+19 3,04E+07 1,26E+12 0,74
Abril 0,1290 1,93E+15 3,10E+04 5,98E+19 3,04E+07 1,97E+12 1,16
Maio 0,0267 3,99E+14 3,10E+04 1,24E+19 3,04E+07 4,06E+11 0,24
Junho 0,0485 7,25E+14 3,10E+04 2,25E+19 3,04E+07 7,39E+11 0,43
Julho 0,0042 6,23E+13 3,10E+04 1,93E+18 3,04E+07 6,35E+10 0,04
Agosto 0,0579 8,66E+14 3,10E+04 2,68E+19 3,04E+07 8,83E+11 0,52
Setembro 0,0052 7,73E+13 3,10E+04 2,40E+18 0,00E+00 7,88E+10 0,05
Outubro 0,1556 2,33E+15 3,10E+04 7,21E+19 3,04E+07 2,37E+12 1,39
Novembro 0,1533 2,29E+15 3,10E+04 7,11E+19 3,04E+07 2,34E+12 1,37
Dezembro 0,1437 2,15E+15 3,10E+04 6,66E+19 3,04E+07 2,19E+12 1,29
Média 0,1254 1,88E+15 3,10E+04 5,81E+19 2,79E+07 1,91E+12 1,12
(2) Dados do DAE (2014).
(3) Energia da chuva: (Área da represa) x (Elevação média) x (Densidade da água) x (Gravidade) x (Chuva, m).
(4)Transformidade do geo-potencial da água = 34,300 (ODUM, 2000).
(5) Emergia da chuva: emergia (sej) = energia da chuva x transformidade.
(6) Dados do DAE (2014).
(7) Emergia da água usada: emergia (sej/m³) = emergia da chuva (sej)/água usada (m³). (8) Valor monetário: em$/m³ = emergia da água usada/1,70E+12 sej/$ (DEMETRIO, 2011).
Tabela 1.3 - Custo do recurso do quimico potencial da água do rio usada.
Média
dos
Meses
(2011)
Fluxo
Médio²
(m³/mês)
Energia do
Rio³
(J/mês)
Transformidade⁴ (sej/J)
Emergia do
Rio⁵ (sej/mês)
Água
Usada⁶ (m³/mês)
Emergia
da água
usada⁷ (m³)
Valor
monetário⁸ (2007
em$/m3)
Janeiro à
Dezembro 3,04E+07 1,46E+14 8,10E+04 1,19E+19 3,04E+07 3,90E+11 R$ 0,23
(2) Dados do DAE (2014).
(3) Energia química potencial recebida: (Volume do fluxo) x (Densidade da água) x (Energia livre de ‘Gibbs).
(4)Transformidade do potencial químico do rio = 81,000 (ODUM, 2000).
(5) Emergia da chuva: emergia (sej) = energia da chuva x transformidade.
(6) Dados do DAE (2014).
(7) Emergia da água usada: emergia (sej/m³) = emergia do rio (sej)/água usada (m³). (8) Valor monetário: em$/m³ = emergia do rio usada/1,70E+12 sej/$ (DEMETRIO, 2011).
3.2 Custo ambiental
O fluxo total de emergia de entrada na região de Jundiaí foi estimado pela multiplicação do uso
de unidade por área anual de emergia U = 34,00E+15 sej/ha do estado de São Paulo (DEMETRIO,
2011), pela área total do município (430km²). O total de entrada do (PBemR) foi de 1,47E+21 sej. O
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total de água usada em Jundiaí por ano é de 3,65E+08 m³ (DAE, 2014). Usando a equação Eq. (1) o
valor da marginal da emergia da água (CMemA) em Jundiaí foi o seguinte:
CMemA = 1,47E+21 sej = 4,02E+12 sej/m³ (1)
3,65E+08 m³
A intensidade de emergia do valor monetário para o município de Jundiaí (IEVM) obtem-se pela
divisão do (PBemR) pelo produto interno bruto (PIB) de Jundiaí para o ano de 2011 (SEADE, 2013)
Eq. (2):
IEVM (sej/reais) = 1,47E+21 sej/ano = 6,73E+13 sej/reais (2)
2,18E+07 reais/ano
O valor equivalente do custo ambiental da água por m³ para o município de Jundiaí foi
estabelecido pela divisão do custo marginal da emergia da água (CMemA) Eq. (3) pela intensidade de
emergia do valor monetário para a economia de Jundiaí (IEVM) como sendo o seguinte:
CA = 4,02E+12 sej/m³ = 0,06 reais/m³ (3)
6,73E+13 sej/reais
3.3 Custo Financeiro
A estimativa do custo financeiro (CF) foi realizada utilizando dados da literatura. Pela adequação
do índice da qualidade da água (IQA-CETESB) ao corpo d’água do presente estudo, selecionando um
trabalho que apresenta o custo da operação em emergia por m³ de um tratamento de água. Ferreira
(2011) contabilizou um custo de operação por m³ de 1,19E+12 sej/m³ para o tratamento do alto da
cotia em São Paulo. Utilizando o ‘Emergy Money Rate’ ‘EMR’ do estado de São Paulo por estar mais
relacionados com recursos externos ao sistema para o funcionamento da operação. O ‘EMR’ de São
Paulo em 2007 foi 1,70E+12 sej/reais (DEMETRIO, 2011). Dividindo o custo de operação pelo ‘EMR’
obtem-se a estimativa do custo de operação por m³ para uma ETA - (Estação de Tratamento de Água)
com as características presentes dos corpos d’água em estudo. Para esse estudo o custo financeiro é
estimado na Eq. (4):
CF = 1,19E+12 sej/m³ = 0,70 reais/m³ (4)
1,70E+12 sej/reais
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3.4 Custo total de recuperação
O custo total de recuperação para a (ETA) de Jundiaí foi à média de 2,11 $/m³ de água tratada
conforme figura 1.6. Está estimativa de do custo total pode variar de acordo com a fonte, geografia e
algumas extensões econômicas (BROWN; MARTÍNEZ; UCHE, 2010).
Fig. 1.6 – Contribuições para a média do custo total de recuperação na ETA de Jundiaí.
4 CONCLUSÕES
Custos diferentes podem ser observados em diferentes contextos hídricos e econômicos. Três
pontos chaves devem ser observados referentes ao custo total de recuperação (BROWN; MARTÍNEZ;
UCHE, 2010). O primeiro, que para recuperar os custos totais por metro cúbico de água, assume que
toda a água que foi retirada de um sistema não retorna, como por exemplo, água que é utilizada para a
irrigação e evapotranspirou ou a própria água virtual (CARMO et al., 2007). Em segundo lugar se toda
água que foi usada retorna com um estado mais poluído, usando a qualidade química potencial da água
pode-se determinar e medir a quantidade de químicos potenciais que foram utilizados. E em terceiro,
admitir que de fato usando médias fáceis de aplicar, não permitem considerar que nem toda a água é
criada em ambas os termos no mesmo tempo e espaço. A faixa média do custo total de recuperação
para a ETA do município de Jundiaí ficou na média de 2,11 $/m³. A contribuição mais significante
para esse custo foi a do recurso (CR), podendo ser explicada pelas características físico químicas,
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geográficos e potencias da água. Todos esses aspectos resultados do trabalho realizado pelo
ecossistema, ou seja, ambientes vivos e não vivos, podem ser mensurados e capturados fazendo uso
dessa metodologia para a mensuração do custo total de recuperação.
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