Post on 11-Feb-2018
ESTADO DE MATO GROSSO
SECRETARIA DE CIÊNCIA E TECNOLOGIA
UNIVERSIDADE DO ESTADO DE MATO GROSSO
CAMPUS UNIVERSITÁRIO DE SINOP
DEPARTAMENTO DE ENGENHARIA CIVIL
2Aula 8 – CLASSIFICAÇÃO DOS SOLOS
Profª Ana Elza Dalla Roza
| Sistemas de Classificação| Class. Granulométrica| Sistema AASHTO| Class. Unificada |
IMPORTÂNCIA DA CLASSIFICAÇÃO DOS SOLOS
A diversidade e a enorme diferença de comportamento apresentada pelos
diversos solos perante as solicitações de interesse da engenharia, levou ao
seu natural agrupamento em conjuntos distintos.
O objetivo da classificação dos solos, sob o ponto de vista de engenharia, é
o de poder estimar o provável comportamento do solo ou, pelo menos, o de
orientar o programa de investigação necessário para permitir a adequada
análise do problema.
3Aula 8 – CLASSIFICAÇÃO DOS SOLOS
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| Sistemas de Classificação| Class. Granulométrica| Sistema AASHTO| Class. Unificada |
SISTEMAS DE CLASSIFICAÇÃO DOS SOLOS
A elaboração de um sistema de classificação deve partir dos conhecimentos
qualitativos e quantitativos.
A identificação pode ser feita através de testes visuais e tácteis, rápidos e
específicos a cada tipo de solo. A NBR 6484/2001: Solo - Sondagens de
simples reconhecimentos com SPT - Método de ensaio (em substituição à
NBR 7250/1982) orienta a identificação e descrição de amostras obtidas
em sondagens de simples reconhecimento de solos.
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SISTEMAS DE CLASSIFICAÇÃO DOS SOLOS
A classificação dos solos a partir dos tamanhos de suas partículas é uma
das formas mais comuns.
Como a fração argila pode diferenciar amplamente nas suas propriedades
físicas, a classificação apenas pelo tamanho é inadequada quando se
contém finos, especialmente os argilo-minerais.
Portanto, sistemas de classificação de solos mais elaborados levam em
conta os limites de Atterberg, associados à granulometria.
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SISTEMAS DE CLASSIFICAÇÃO DOS SOLOS
Para a fração grossa, pedregulhos e areias, informações quanto a
composição granulométrica, forma das partículas, existência ou não de
finos são sempre necessárias; estas partículas são ásperas ao tato,
visíveis ao olho nu e se separam quando secas.
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SISTEMAS DE CLASSIFICAÇÃO DOS SOLOS
Para os solos finos, siltes e argilas, são importantes informações sobre
plasticidade, resistência à compressão do solo quando seco e seu
comportamento do quando imerso em água.
De acordo com o resultado dos testes, o solo será identificado por um
nome, conforme recomendado pela NBR 6484/2001.
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SISTEMAS DE CLASSIFICAÇÃO DOS SOLOS
Na Mecânica dos Solos
procura-se criar um sistema
de classificação que permita
o agrupamento de solos
dotados de características
similares tanto do ponto de
vista geotécnico como do
comportamento.
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SISTEMAS DE CLASSIFICAÇÃO DOS SOLOS
Sob aspecto mais prático pode-se dizer que é necessário haver várias
classificações, que possam atender mais especificamente aos vários
campos da geotecnia. Um sistema de classificação que atenda aos
interesses da área de estradas pode não atender com a mesma eficiência
à área de fundações.
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SISTEMAS DE CLASSIFICAÇÃO DOS SOLOS
Muitas das características físicas, químicas e biológicas dos solos são
relacionadas à sua textura, fazendo de sua determinação uma das mais
básicas análises de solos.
O Sistema de Classificação baseado apenas na textura utiliza a curva
granulométrica e uma escala de classificação.
A curva granulométrica define a distribuição das diferentes dimensões das
partículas enquanto a escala define a posição relativa aos quatros grupos:
pedregulhos, areias, siltes e argilas.
Existem várias escalas, mas as diferenças entre elas alteram sutilmente o
nome dado ao solo.
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CLASSIFICAÇÃO GRANULOMÉTRICA
ABNT - Associação Brasileira de Normas Técnicas
MIT- Massachusetts Institute of Technology
USDA - Department of Agriculture
AASHTO - American Association of State Highway and Transportation Officials
USCS - Unified Soil Classification System (USACE - U.S. Army Corps of Engineers, U.S. Bureau of Reclamation
ASTM - American Society for Testing and Materials)
Fonte: Das, 2006
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A identificação de amostras de solo pela granulometria inicia na
classificação nas duas grandes divisões, solos grossos (ásperos) ou solos
finos (macios ao tato).
Quando predominam grãos maiores que 2 mm, o solo deve ser classificado
como pedregulho.
Se percebida a predominância de grãos na faixa de 0,1 mm a 2 mm, deve
ser classificado como areia. Um exame mais acurado de areias permite a
classificação em areias grossas (ordem de grandeza 1mm), médias
(0,5mm) ou finas (0,1mm).
A classificação em solos grossos ou solos finos também pode ser feito com
auxílio de lavagem da amostra em uma peneira de 0,075mm (#200) e
avaliação da porcentagem retida.
CLASSIFICAÇÃO GRANULOMÉTRICA
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Para a classificação do solo, segundo a textura, a partir da curva
granulométrica obtida em laboratório, serão determinadas as porcentagens
de cada fração de acordo com a escala adotada.
A fração predominante dará nome ao solo, que será adjetivado pela fração
imediatamente inferior em termos percentuais.
CLASSIFICAÇÃO GRANULOMÉTRICA
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Para a classificação granulométrica podem-se utilizar as curvas
granulométricas indicando a finura do solo e a forma da curva, ou então,
através dos diagramas triangulares (triângulo de FERET).
Nos diagramas triangulares, fazem-se corresponder aos três lados do
triângulo as porcentagens respectivas de argila, silte e pedregulho e areia.
Os lados do triângulo são então divididos em segmentos representando as
porcentagens de 0 a 100 para cada uma dessas frações, num sentido
previamente estabelecido.
CLASSIFICAÇÃO GRANULOMÉTRICA
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TRIÂNGULO DE FERRET 0
10
20
30
40
50
60
70
80
90
1000 10 20 30 40 50 60 70 80 90
100
0
10
20
30
40
50
60
70
80
90
100
% SILTE
Classificação de um solo com:
– 49 % de areia
– 23 % de silte e
– 28 % de argila
ARGILA
ARENOSA
ARGILA
SILTOSA
ARGILA
AREIA
ARGILOSA
SILTE
ARGILOSO
AREIA SILTE
AREIA
SILTOSA
SILTE
ARENOSO
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TRIÂNGULO DE FERRET0
10
20
30
40
50
60
70
80
90
1000 10 20 30 40 50 60 70 80 90
100
0
10
20
30
40
50
60
70
80
90
100
% SILTE
ARGILA
ARENOSA
ARGILA
SILTOSA
ARGILA
AREIA
ARGILOSA
SILTE
ARGILOSO
AREIA SILTE
AREIA
SILTOSA
SILTE
ARENOSO
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Sistema elaborado para uso dos engenheiros rodoviários, principalmente,
classificando os solos de acordo com a demanda para materiais de subleito
em rodovias.
Nesta classificação os solos são reunidos em grupos e subgrupos os "solos
granulares“ compreendem os grupos A-1, A-2, A-3 e os "solos finos" os
grupos A-4, A-5, A-6 e A-7, três dos quais divididos em subgrupos.
SISTEMA AASHTO
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SISTEMA AASHTO
10
40
IP
LL
A 4 ou A 2-4 A 5 ou A 2-5
A 6 ou A 2-6
A 7-5
A 2-7
A 7-6
A 2-7
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O melhor material de subleito é um solo bem graduado constituído
principalmente de pedregulho e areia, mas contendo pequena quantidade
de finos para servir de liga e enquadrado como A-1.
SISTEMA AASHTO
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Solos mal graduados, como areias finas, são difíceis de serem
compactados para alcançar altas densidades e são menos desejáveis (ex:
solo A-3).
Solos contendo grande quantidade de finos são inadequadas como material
de subleito. Estes são classificados de A-4 a A-7, na ordem decrescente de
adequação como material de sub-leito.
Argila com altos valores de LL e LP estão sujeitos a amplas variações na
resistência durante os ciclos de secagem e umedecimento, o que é muito
indesejável. Quando estes solos estão presentes em quantidades
suficientes, o solo é enquadrado como A-6 e A-7.
SISTEMA AASHTO
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Algumas modificações foram introduzidas na classificação original, entre as
quais a criação do chamado índice de Grupo (IG), um número inteiro
variando de 0 a 20 que define a "capacidade de suporte" do terreno de
fundação de um pavimento.
Os seus valores extremos representam solos ótimos (IG = 0) e solos
péssimos (IG = 20).
A determinação do IG, se baseia nos limites de Atterberg do solo e na
porcentagem do material fino que passa na peneira # 200.
SISTEMA AASHTO
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O IG é determinado pela equação empírica
IG = 0,2.a +0,005.a.c +0,01.b.d
a= (P-35) → parcela do solo que passa na peneira #200 superior a 35% e
inferior a 75%, expressa por um número entre 0 e 40.
b= (P-15) → parcela do solo passando na peneira #200 for superior a 15%
e inferior a 55%, expressa por um número entre 0 e 40.
c= (LL-40) → parcela do limite de liquidez superior a 40% e inferior a 60%,
expressa por um número entre 0 e 20.
d= (IP-10) → parcela do índice de plasticidade superior a 10% e inferior a
30%, expressa por um número entre 0 e 20.
SISTEMA AASHTO
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Exemplo:
Porcentagem que passa #10 = 100%
Porcentagem que passa #40 = 100%
Porcentagem que passa #200 = 24%
Limite de Liquidez = 22%
Limite de Plasticidade = 20%
SISTEMA AASHTO
a= (P-35) → a= 35-35 = 0
IP= LL-LP → IP= 22-20 = 2
b= (P-15) → b= 24-15 = 9
c= (LL-40) → c= 40-40 = 0
d= (IP-10) → d= 10-10 = 0
Como P<35%, adota-se 35.
Como LL<40%, adota-se 40.
Como IP<10, adota-se 10.
23Aula 8 – CLASSIFICAÇÃO DOS SOLOS
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| Sistemas de Classificação| Class. Granulométrica| Sistema AASHTO| Class. Unificada |
Exemplo:
Porcentagem que passa #10 = 100%
Porcentagem que passa #40 = 100%
Porcentagem que passa #200 = 24%
Limite de Liquidez = 22%
Limite de Plasticidade = 20%
IG = 0,2xa +0,005xaxc +0,01xbxd
IG = 0,2x0 +0,005x0x0 +0,01x9x0
IG = 0
SISTEMA AASHTO
24Aula 8 – CLASSIFICAÇÃO DOS SOLOS
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O quadro a seguir, mostra como são classificados os solos segundo o TRB
Determina-se o grupo do solo, por eliminação da esquerda para a direita.
O primeiro grupo a partir da esquerda, com o qual os valores do solo
ensaiado coincidir, será a classificação correta.
SISTEMA AASHTO
25Aula 8 – CLASSIFICAÇÃO DOS SOLOS
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SISTEMA AASHTO
Classificação
Geral
Materiais granulares (p)
(35% ou menos passando na peneira nº 200)
Materiais siltosos e argilosos (p)
(mais de 35% passando na
peneira de nº 200)
A-1
A-3
A-2
A-4 A-5 A-6
A-7
Grupo A-1-a A-1-b A-2-4 A-2-5 A-2-6 A-2-7A-7-5
A-7-6
Peneiração % que
passa na peneira
Nº10 50 máx
Nº40 30 máx 50 máx 51 máx
Nº200 (p) 15 máx 25 máx 10 máx 35 máx 35 máx 35 máx 35 máx 36 mín 36 mín 36 mín 36 mín
Características da
fração que passa na
nº40:
6 máx NP
Limite de Liquidez
(%)40 máx 41 mín 40 máx 41 mín 40 máx 41 mín 40 máx 41 mín
Índice de
Plasticidade (%) 10 máx 10 máx 11 mín 11 mín 10 máx 10 máx 11 mín 11 mín
Índice de Grupo (IG) 0 0 0 4 máx 8 máx 12 máx 16 máx 20 máx
Materiais que
predominam
Pedra britada
pedregulho e areiaAreia Fina Areia e areia siltosa ou argilosa Solos siltosos Solos argilosos
Comportamento
geral como subleitoExcelente a bom Fraco a pobre
26Aula 8 – CLASSIFICAÇÃO DOS SOLOS
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Os solos são distribuídos da seguinte maneira:
• G (gravel) → pedregulhos
• S (sand) → areias
• M (mo) → siltes inorgânicos e areias finas
• C (clay) → argilas inorgânicas
• O (organic) → siltes e argilas orgânicas
Cada grupo é dividido em subgrupos de acordo com suas propriedades
índices mais significativas.
• W (well graded) → bem graduado
• P (poorly graded) → mal graduado
• H (high) → alta compressibilidade
• L (low) → baixa compressibilidade
SISTEMA UNIFICADO DE CLASSIFICAÇÃO DOS SOLOS - SUCS
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Os pedregulhos e areias com pouco ou nenhum material fino são
subdivididos de acordo com suas propriedades de distribuição
granulométrica dentro de bem graduado (GW e SW) ou uniforme (GP e
SP). A expressão “bem graduado” expressa o fato de que a existência de
grãos com diversos diâmetros confere ao solo, em geral, melhor
comportamento, sob o ponto de vista da engenharia. Esta característica dos
solos granulares é expressa pelo “coeficiente de uniformidade” e pelo
“coeficiente de curvatura”.
SISTEMA UNIFICADO DE CLASSIFICAÇÃO DOS SOLOS - SUCS
10
60u
D
DC
D60 é o diâmetro abaixo do qual situam-se 60%,
em peso, das partículas
D10 é o diâmetro abaixo do qual situam-se 10%,
em peso, das partículas
D30 é o diâmetro abaixo do qual situam-se 30%,
em peso, das partículas
1060
230
cDD
DC
28Aula 8 – CLASSIFICAÇÃO DOS SOLOS
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SISTEMA UNIFICADO DE CLASSIFICAÇÃO DOS SOLOS - SUCS
6CD
DC u
10
60u
Para areias bem graduadas:
3Cc1DD
DC
1060
230
c
4CD
DC u
10
60u
Para pedregulhos bem graduados:
3C1DD
DC c
1060
230
c
29Aula 8 – CLASSIFICAÇÃO DOS SOLOS
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Como a fração fina nos solos pode ter substancial influência no
comportamento do solo, os pedregulhos e areias têm outras duas
subdivisões.
Aquelas com fração fina que servem como materiais de boa liga
(principalmente siltes) são enquadradas em GM ou SM.
Se os finos contêm argilas plásticas, os solos são do tipo GC ou SC.
Como característica complementar dos solos finos, é indicada sua
compressibilidade, sendo utilizados os termos alta compressibilidade (H) e
baixa compressibilidade (L) para os solos M, C ou O.
SISTEMA UNIFICADO DE CLASSIFICAÇÃO DOS SOLOS - SUCS
30Aula 8 – CLASSIFICAÇÃO DOS SOLOS
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Para finos a propriedade índice mais importante é o limite de consistência.
Sendo assim, Casagrande criou o Gráfico de Plasticidade, montado a partir
dos limites de consistência dos solos finos, usado para subdividir as argilas
dos siltes, tanto na classificação dos solos finos quanto da fração fina dos
solos grossos.
SISTEMA UNIFICADO DE CLASSIFICAÇÃO DOS SOLOS - SUCS
31Aula 8 – CLASSIFICAÇÃO DOS SOLOS
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Na quinta região, hachurada, com LL < 50% e 4% < IP < 7%, há
superposição nas propriedades dos solos argilosos e siltosos. Nessa região
o solo deverá ter um símbolo duplo, CL-ML.
SISTEMA UNIFICADO DE CLASSIFICAÇÃO DOS SOLOS - SUCS
CL - ML
60
50
40
30
20
10
00 10 20 30 40 50 60 70 80 90 100
Limite de Liquidez (LL)
Índ
ice d
e P
las
ticid
ad
e (
IP)
4
7
32Aula 8 – CLASSIFICAÇÃO DOS SOLOS
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| Sistemas de Classificação| Class. Granulométrica| Sistema AASHTO| Class. Unificada |
A linha vertical LL = 50% separa os solos de alta plasticidade (MH, CH) dos
de baixa plasticidade (ML, CL), baseando-se na observação empírica de
que a compressibilidade do solo cresce com o LL.
SISTEMA UNIFICADO DE CLASSIFICAÇÃO DOS SOLOS - SUCS
CL
CH
CL - ML ML
MH
60
50
40
30
20
10
00 10 20 30 40 50 60 70 80 90 100
Limite de Liquidez (LL)
Índ
ice d
e P
las
ticid
ad
e (
IP)
4
7
33Aula 8 – CLASSIFICAÇÃO DOS SOLOS
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A Linha A é uma fronteira arbitrária entre as argilas inorgânicas (CL e CH),
que estão acima desta linha, e os siltes inorgânicos e argilas orgânicas (ML,
MH, OL e OH).
SISTEMA UNIFICADO DE CLASSIFICAÇÃO DOS SOLOS - SUCS
CL
CH
CL - ML ML OL
MH OH
60
50
40
30
20
10
00 10 20 30 40 50 60 70 80 90 100
Limite de Liquidez (LL)
Índ
ice d
e P
las
ticid
ad
e (
IP)
4
7
34Aula 8 – CLASSIFICAÇÃO DOS SOLOS
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| Sistemas de Classificação| Class. Granulométrica| Sistema AASHTO| Class. Unificada |
Na última revisão do Sistema Unificado foi introduzida a Linha U que
estabelece um limite superior empírico para os solos naturais. Qualquer
ponto que venha se situar acima dessa linha deve ter os resultados dos
ensaios verificados.
SISTEMA UNIFICADO DE CLASSIFICAÇÃO DOS SOLOS - SUCS
CL
CH
CL - ML ML OL
MH O
H
60
50
40
30
20
10
00 10 20 30 40 50 60 70 80 90 10
0Limite de Liquidez (LL)
Índ
ice d
e P
las
ticid
ad
e (
IP)
4
7
35Aula 8 – CLASSIFICAÇÃO DOS SOLOS
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| Sistemas de Classificação| Class. Granulométrica| Sistema AASHTO| Class. Unificada |
A Linha U,inicia-se na vertical para LL = 16% até IP = 7% e a partir desse
ponto é representada por:
Linha U → IP = 0,9 (LL - 8)
SISTEMA UNIFICADO DE CLASSIFICAÇÃO DOS SOLOS - SUCS
CL
CH
CL - ML ML OL
MH O
H
60
50
40
30
20
10
00 10 20 30 40 50 60 70 80 90 100
Limite de Liquidez (LL)
Índ
ice d
e P
las
ticid
ad
e (
IP)
4
7
36Aula 8 – CLASSIFICAÇÃO DOS SOLOS
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| Sistemas de Classificação| Class. Granulométrica| Sistema AASHTO| Class. Unificada |
A Linha A é representada por:
Linha A → IP = 0,73(LL-20)
SISTEMA UNIFICADO DE CLASSIFICAÇÃO DOS SOLOS - SUCS
CL
CH
CL - ML ML OL
MH OH
60
50
40
30
20
10
00 10 20 30 40 50 60 70 80 90 100
Limite de Liquidez (LL)
Índ
ice d
e P
las
ticid
ad
e (
IP)
4
7
37Aula 8 – CLASSIFICAÇÃO DOS SOLOS
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| Sistemas de Classificação| Class. Granulométrica| Sistema AASHTO| Class. Unificada |
Além do gráfico de plasticidade, o Sistema Unificado de Classificação dos
Solos ainda possui um método auxiliar na identificação dos solos em
laboratório, como apresentado no esquema a seguir.
SISTEMA UNIFICADO DE CLASSIFICAÇÃO DOS SOLOS - SUCS
38Aula 8 – CLASSIFICAÇÃO DOS SOLOS
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| Sistemas de Classificação| Class. Granulométrica| Sistema AASHTO| Class. Unificada |
SISTEMA UNIFICADO DE CLASSIFICAÇÃO DOS SOLOS - SUCS
Exame Táctil-Visual do Solo
Grosso FinoOrgânico
Em casos limites, determinar % partículas Ø 0.074mm (#200)
39Aula 8 – CLASSIFICAÇÃO DOS SOLOS
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| Sistemas de Classificação| Class. Granulométrica| Sistema AASHTO| Class. Unificada |
SISTEMA UNIFICADO DE CLASSIFICAÇÃO DOS SOLOS - SUCS
Orgânico – Pt
Estrutura fibrosa, cor
escura, cheiro.Teor de
umidade alto,restos de
vegetais ou animais
40Aula 8 – CLASSIFICAÇÃO DOS SOLOS
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| Sistemas de Classificação| Class. Granulométrica| Sistema AASHTO| Class. Unificada |
Pedregulho (G) Areias (S) da fração grossa
% que passa # 4 < 50 % que passa # 4 > 50
% que passa
# 200 > 12
% que passa # 200
entre 5 - 12
% que passa
# 200 < 5
Curva
granulométrica
Bem
graduada
Mal
graduada
GW GP
Abaixo
IP < 4
GM GM-GC
Acima
4<IP<7
Acima
IP > 7
GC
Casos limites
símbolo duplo
função da
plasticidade e
granulometria
% que passa
# 200 > 12
Curva
granulométrica
Bem
graduada
Mal
graduada
SW SP
Grossos % Partículas Ø < 0.074mm (#200) < 50%
LL – LP
Solo que passa # 40
LL – LP
Solo que passa # 40
SM SM-SC SC
% que passa
# 200 < 5
Abaixo
IP < 4
Acima
4<IP<7
Acima
IP > 7
LINHA A LINHA A
41Aula 8 – CLASSIFICAÇÃO DOS SOLOS
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| Sistemas de Classificação| Class. Granulométrica| Sistema AASHTO| Class. Unificada |
Finos % partículas Ø < 0,074mm (#200) > 50%
Ensaios LL - LP
partículas Ø < 0,42mm (#40)
LL < 50 LL > 50
AcimaAbaixo
ou IP < 4
Acima
4 < IP < 7
CL Cor, cheiro, LL, LP:
solo natural e
seco em estufa
Orgânicos Inorgânicos
OH MHML - CL
Abaixo
CHCor, cheiro, LL, LP:
solo natural e
seco em estufa
Orgânicos Inorgânicos
Acima
OL ML
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Exame de Solo
Táctil-Visual
Grosso
Fino
Orgânico – PtEstrutura fibrosa, cor escura, cheiro.
Teor de umidade alto, restos de
vegetais ou animais
Em casos limites, determinar % partículas Ø 0,074mm (#200)
Grossos
% partículas Ø < 0.074mm (#200) < 50%
Ensaio de peneiramento
Pedregulho (G)Areias (S)
da fração grossa
% que passa # 4 < 50 % que passa # 4 > 50
% passa
# 200 < 5
% passa # 200
entre 5 - 12
% passa
# 200 > 12
Curva
granulo-
métrica
Bem
graduada
Mal
graduada
GW GP
LL – LP
Solo passante # 40
Abaixo
ou IP<4
Acima
4<IP<7
Acima
IP > 7
SM SM-SC SC
LL – LP
Solo passante # 40
Abaixo
ou IP<4
GM GM-GC
Acima
4<IP<7
Acima
IP > 7
GC
% passa
# 200 > 12
Casos Limites
Símbolo duplo
função da
plasticidade e
granulometria
% passa
# 200 < 5
Curva
granulo-
métrica
Bem
graduada
Mal
graduada
SW SP
Finos
% partículas Ø < 0,074mm (#200) > 50%
Ensaios LL - LP
partículas Ø < 0,42mm (#40)
LL < 50 LL > 50
Acima
Abaixo
ou IP < 4
Acima
4<IP<7
CL
Cor, cheiro, LL, LP:
solo natural e seco
em estufa
Orgânicos Inorgânicos
OH MH
ML - CL
Abaixo
CH
Cor, cheiro, LL, LP:
solo natural e seco
em estufa
Orgânicos Inorgânicos
Acima
LINHA A LINHA A
OL ML
LINHA ALINHA A
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CLASSIFICAÇÃO PARA SOLOS TROPICAIS
Tendo em vista que o Sistema Unificado de Classificação dos Solos não se
tem mostrado satisfatório para solos tropicais, em face do seu
comportamento diferenciado, uma classificação mais apropriada aos solos
tropicais, com ênfase em projetos de estradas, foi proposta por Nogami e
Villibor, 1961, separando-se os solos em dois grupos:
• O primeiro com comportamento laterítico;
• O segundo com comportamento não-laterítico.
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São considerados lateríticos os solos:
• Resultam de um processo pedológico inerente aos perfis de solos bem
drenados, desenvolvidos em climas quentes e úmidos.
• Permanência da caolinita como argilo-mineral exclusivo, ou predominante,
e fração argila caracterizada pela riqueza em óxidos hidratados de ferro
e/ou alumínio.
• Os solos apresentam, ainda, macroestrutura e microestrutura porosas
características, sobretudo, em sua parte argilosa.
• Morfologia peculiar dos perfis naturais, caracterizada pela grande
espessura do horizonte pedológico, constituintes pouco nítidas, cores
típicas, macrofábrica aglomerada.
CLASSIFICAÇÃO PARA SOLOS TROPICAIS
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A técnica permite avaliar propriedades fundamentais dos solos associados
à contração, permeabilidade, expansão, coeficiente de penetração d'água,
coesão, capacidade de suporte e famílias de curvas de compactação,
utilizando corpos-de-prova de dimensões reduzidas (50 x 50 mm).
O gráfico da classificação MCT é subdividido em sete regiões, onde os
solos de comportamento não-laterítico ocupam a parte superior e os de
comportamento laterítico estão situados na parte inferior do gráfico.
A cada uma das regiões foram associadas duas letras: a primeira letra N ou
L indica o comportamento não-laterítico ou laterítico e a segunda A, A', S',
G' complementam a classificação.
Há também uma referência ao tipo de mineral encontrado no solo (quartzo,
mica ou caulinita). No gráfico, os solos coesivos estão localizados à direita
e os não coesivos à esquerda.
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N – Solos de comportamento não-laterítico
L – Solos de comportamento laterítico
CLASSIFICAÇÃO PARA SOLOS TROPICAIS
NA NS’
NG’
LG’LA’
NA’
LA
2,0
1,5
1,0
0,5
0 0,5 1,0 1,5 2,0 2,5
c’
e’
A - areias
A’ - arenosos
S’ - siltosos
G’ - argilosos
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A execução da metodologia MCT baseia-se resumidamente no seguinte
procedimento:
a) Compactação de cerca de 200 g de solo com diferentes umidades, em
molde cilíndrico de 50 mm de diâmetro, para determinação de curvas de
compactação (γd x w) em diferentes energias, ou número de golpes
aplicados por soquete padronizado e curvas correlacionando a redução
de altura do corpo-de-prova (Δh) em função do número de golpes
aplicados;
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CLASSIFICAÇÃO PARA SOLOS TROPICAIS
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A execução da metodologia MCT baseia-se resumidamente no seguinte
procedimento:
b) Perda por imersão (Pi) dada pela relação percentual entre as massas
seca e úmida da parte primitivamente saliente desprendida por imersão,
cerca de 1,0cm, do molde de compactação.
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CLASSIFICAÇÃO PARA SOLOS TROPICAIS
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A execução da metodologia MCT baseia-se resumidamente no seguinte
procedimento:
Os resultados obtidos são associáveis ao valor mini-MCV definido pela
expressão: mini-MCV = 10 log N
em que:
N é o número de golpes a partir do qual o solo compactado não sofre
redução sensível de altura (Δh ≤ 1 mm)
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A execução da metodologia MCT baseia-se resumidamente no seguinte
procedimento:
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A execução da metodologia MCT baseia-se resumidamente no seguinte
procedimento:
c) Determinam-se os parâmetros classificatórios C', d', P1 e e', onde:
C' é a inclinação da reta que passa pelo ponto de mini-MCV = 10,
interpolada entre os trechos retos das curvas mais próximas;
d' é a inclinação, multiplicada por 103, do ramo seco da curva de
compactação correspondente a 10 golpes;
Pi é determinado para o mini-MCV = 10 e na curva que relaciona as perdas
por imersão dos corpos-de-prova ensaiados e os mini-MCV’s
correspondentes, para ΔH = 2 mm;
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A execução da metodologia MCT baseia-se resumidamente no seguinte
procedimento:
d) Com os valores de e' e C', o solo é classificado em subclasses.
CLASSIFICAÇÃO PARA SOLOS TROPICAIS
NA NS
’NG’
LG’LA’
NA’
LA
2,0
1,5
1,0
0,5
0 0,5 1,0 1,5 2,0 2,5
c’
e’
A - areias
A’ - arenosos
S’ - siltosos
G’ - argilosos
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A necessidade de modificações por melhoria no processo de classificação
de solos tem trazido modificações nos métodos de ensaios desde 1981.
Procurando reduzir a complexidade dos procedimentos, Nogami e
Cozzolino (1985) introduziram o método expedito das pastilhas para tornar
a classificação mais rápida eficiente.
O método tem finalidade de tomar uma fração de solo que passa na peneira
de 0,42mm e, utilizando anéis metálicos, moldar corpos de prova que, uma
vez secos, fornecem a medida da contração diametral e, depois de
submetidas reabsorção de água são solicitados à resistência de penetração
de uma agulha padrão. Nogami e Villibor (1994) propuseram a classificação
MCT com o desenvolvimento da técnica expedita reunindo os valores da
contração diametral (Cd) e da penetração (p) das pastilhas em milímetros.
CLASSIFICAÇÃO PARA SOLOS TROPICAIS
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CLASSIFICAÇÃO PARA SOLOS TROPICAIS
Fonte: RAZIA, P.(2013)
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A necessidade de modificações por melhoria no processo de classificação
Para a classificação preliminar obtida por este método, tem-se uma tabela
que fornece o grupo MCT de acordo com a penetração e o valor de c’.
O coeficiente c’, que está presente no gráfico de classificação, é um fator
aproximadamente correlacionado com a granulometria assim, quanto maior
for seu valor, menor será o tamanho dos grãos que predominam no solo.
Para se obtê-lo, deve-se aplicar as seguintes equações:
CLASSIFICAÇÃO PARA SOLOS TROPICAIS
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CLASSIFICAÇÃO PARA SOLOS TROPICAIS
Coeficiente c’ Penetração p (mm) Grupo MCT
≤ 0,5 ≤ 3,0 LA
3,1 a 3,9 NA
≥ 4,0 NA/NS’
0,6 a 0,9 ≤ 2,0 LA – LA’
2,1 a 3,9 NA’/NS’
≥ 4,0 NS’/NA’
1,0 a 1,3 ≤ 2,0 LA’
2,1 a 3,9 NA’/NS’
≥ 4,0 NS’/NA’
1,4 a 1,7 ≤ 2,0 LA’ – LG’
2,1 a 3,9 NA’/NG’ – NS’
≥ 4,0 NS’ – NG’
≥ 1,8 ≤ 2,0 LG’
2,1 a 3,9 NG’
≥ 4,0 NG’
Fonte: VILLIBOR e NOGAMI (2009)
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A Tabela a seguir apresenta as propriedades típicas dos solos, segundo os
diferentes grupos classificatórios.
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