ESTADO DE CHOQUE

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ESTADO DE CHOQUEESTADO DE CHOQUE

Acadêmica: Carla Xavier Martins

CHOQUE HIPOVOLÊMICOCHOQUE HIPOVOLÊMICOCaracterizado pela redução de volume sanguíneo,

resultando distúrbios celulares. É o tipo de choque mais comum e está subdividido em choque hemorrágico e não hemorrágico.

a) CAUSAS: Hemorragia interna ou externa; Perda de plasma em grandes queimaduras e lesões

traumáticas; Desidratação em grau III; Fratura de fêmur

b) Sinais e Sintomas:

Ansiedade e agitação; Náuseas e vômito; Sede intensa; Fraqueza; Tontura; Frio; Hipotensão;

Respiração rápida e profunda;

Pulso rápido; Pele fria e úmida; Palidez ou cianose de

extremidades; Pupilas dilatadas; Regressão no nível de

consciência.

c) Tratamento

Reposição rápida de solução salina e/ou sangue;

Controlar o sangramento.

CHOQUE HEMORRÁGICO

Caracterizado por hemorragia intensa, de início súbito, com perda de volume sanguíneo considerável. Muito comum em acidentes, com trauma em varizes esofagianas, esmagamento de membros, aneurisma de aorta, pós-partos e outros.

a) Sinais e Sintomas

Taquicardia; Taquipnéia; Hipotensão; Ansiedade; Pele fria e úmida; Lábios descorados;

Cianose de extremidades;

Náuseas e vômito; Tonturas; Alteração do nível de

consciência; Perda sanguínea

visível.

b) Tratamento

Reposição imediata de sangue e derivados, e líquidos.

CHOQUE NÃO- HEMORRÁGICO

Não ocorre perda externa de sangue. O paciente tem um desequilíbrio e uma descompensação do nível de circulação sanguínea, devendo ser reposto imediatamente. Ocorre mais comumente em pacientes portadores de DM, queimadura, desidratação, diarréia crônica.

a) Sinais e Sintomas

Taquicardia; Hipotensão; Sudorese; Pele fria e úmida; Cianose de extremidade; Alteração do nível de consciência

CHOQUE CARDIOGÊNICO

Caracterizado pela redução do rendimento cardíaco, ou seja, quando ocorre baixa do rendimento cardíaco. O coração não bombeia o sangue efetivamente para os demais órgãos.

a) Sinais e Sintomas

Taquicardia; Hipotensão; Ansiedade; Sudorese; Pele fria e úmida; Alteração do nível de consciência.

b) Tratamento

Não é necessário repor perdas líquidas de imediato;

Administrar oxigênio; Manter a vítima em posição semi Fowler.

CHOQUE OBSTRUTIVOÉ a dificuldade de manter o débito cardíaco em

nível adequado, com dificuldade de esvaziamento das câmaras cardíacas, ocorrendo obstrução das artérias. Acontece nos casos de tamponamento cardíaco, embolia de gordura.

CHOQUE DISTRIBUTIVOCaracterizado pela dilatação vascular excessiva-

na vasoplegia, presente também na septicemia, na intoxicação por cocaína, no TCE e na reação anafilática.

OUTROS CHOQUES Choque Neurogênico: causado pela falha no

sistema em controlar o diâmetro dos vasos.Ocorre perda da resistência periférica e dilatação da rede vascular. Os sinais e sintomas são os mesmos do choque hipovolêmico.

Choque Psicogênico: semelhante ao choque neurogênico, aparece em condição de dor intensa, acompanhada de bradicardia no início e em seguida taquicardia, voltando ao estado normal espontaneamente.

Choque Anafilático: é resultado de uma reação de sensibilidade em pessoas que já apresentam reações alérgicas. Os sinais e sintomas podem ser: vermelhidão, ardência, edema de face e língua, respiração ruidosa e hipotensão e início de sinais de coma.O tratamento deve ser rápido, iniciando com medicações para combater o estado de choque.

Choque Séptico: ocorre em infecções severas, em que as toxinas são liberadas na circulação de forma descontrolada. Ocorre perda de plasma e diminuição do volume sanguíneo.

QUADRO CLÍNICO Pulso: geralmente é rápido, fraco, filiforme, de

difícil palpação. Apresenta-se dessa forma devido á diminuição do débito cardíaco e á hipovolemia já presente.

Perfusão periférica: apresenta vasoconstrição ou vasodilatação, com alteração na coloração da pele de extremidades, sudorese, palidez, cianose e pele fria.

Freqüência respiratória: apresenta taquipnéia, devido ao estímulo respiratório e como compensação do choque.

Pressão arterial: pode ocorrer aumento de ambas, levando á vasoconstrição e ao aumento de débito cardíaco; ou queda súbita de ambas, quando ocorre descompensação de todos os órgãos e a compensação já não é mais suficiente. Ocorre nas grandes hemorragias e grandes traumatismos.

Oligúria: ocorre devido à diminuição do fluxo renal.

Temperatura: a hipotermia é mais comum, mesmo quando paciente apresenta infecção.

Distúrbios neurológicos:ocorrem baixa do nível de consciência, sonolência, inquietação, confusão mental. Ocorre também a diminuição da sensibilidade, dos reflexos e da tonicidade muscular.

Alterações sanguíneas: ocorre acidose,prejudicando a função do miocárdio.

Gerais: os sintomas geralmente são simultaneamente: pulso rápido e fino; pele fria, úmida; sudorese; cianose de extremidade;náuseas acompanhada de vômito; hipotensão; hipotermia; queda do nível de consciência, caracterizada por desmaio.

O que fazer fora do ambiente hospitalar?

Providenciar uma rápida análise do que ocorreu e procurar informações com algum acompanhante sobre a vítima;

Chamar o socorro médico; Manter a vítima deitada, com a cabeça abaixo da

altura do corpo; Conversar com a vítima, avaliar o seu nível de

consciência e se estiver consciente, tentar acalmar e pedir que siga suas instruções.

Lateralizar a cabeça evitando que broncoaspire o vômito;

No caso de acidente, remover a vítima com cuidado, lembrando-se sempre da mobilização cervical;

Elevar os MMII, na mesma altura, o que contribuirá com o retorno venoso;

Afrouxar as roupas e acessórios; Manter a vítima aquecida; Não dar líquidos á vítima; Aguardar o socorro médico ou transferir

imediatamente para o hospital a vítima.

APH

Colher as informações de quem socorreu a vítima primeiro;

Conversar com a vítima sem deixar de identificar-se;

Fazer avaliação primária na vítima; Manter VA livres; Verificar sangramento e avaliar outras lesões; Verificar SSVV;

Manter a vítima em posição dorsal e com as pernas ligeiramente elevadas;

Manter a vítima aquecida; Transportar a vítima para ambulância e dar

continuidade ao atendimento de acordo com orientações médicas;

Monitorar a vítima, instalar oxímetro de pulso, administrar oxigênio até 12 l/min, de acordo com a conduta médica;

Transportar a vítima rapidamente a um hospital suporte.

Assistência de enfermagem na hospitalização

Manter o paciente em maca própria; Instalar oxigênio sob máscara com 10 litros/min; Puncionar acesso venoso de grosso calibre, colher

sangue para amostra e manter hidratação conforme prescrição médica;

Verificar SSVV, monitorizar e instalar oxímetro de pulso;manter a vítima aquecida;

Manter o material para entubação e sondagens de fácil acesso;

Providenciar a transferência da vitima da sala de emergência