Post on 07-Nov-2018
ESCOLA ESTADUAL TELMO OCTÁVIO MÜLLER - ENSINO FUNDAMENTAL
NRE - FRANCISCO BELTRÃO - PARANÁ
PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO
2010
SUMÁRIO
ESCOLA ESTADUAL TELMO OCTÁVIO MÜLLER - ENSINO FUNDAMENTAL............1I – APRESENTAÇÃO.........................................................................................................................4II - IDENTIFICAÇÃO.........................................................................................................................6III - OBJETIVOS DO PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO .........................................................73.1 – OBJETIVOS GERAIS................................................................................................................7IV - MARCO SITUACIONAL DA ESCOLA ESTADUAL TELMO OCTÁVIO MÜLLER ENSINO FUNDAMENTAL................................................................................................................8
FORMAÇÃO.........................................................................................................................9Relação dos Funcionários da Escola Estadual Telmo Octávio Müller - 2010...................................10V - MARCO CONCEITUAL DA ESCOLA ESTADUAL TELMO OCTÁVIO MÜLLER ENSINO FUNDAMENTAL..............................................................................................................................17VI - MARCO OPERACIONAL DA ESCOLA ESTADUAL TELMO OCTÁVIO MÜLLER – ENSINO FUNDAMENTAL .............................................................................................................26VII – AVALIAÇÃO DO PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO....................................................34VIII - REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS.....................................................................................35PLANO DE AÇÃO DA ESCOLA ESTADUAL TELMO OCTÀVIO MÜLLER...........................39
I – APRESENTAÇÃO
As rápidas mudanças que estão ocorrendo na grande maioria das sociedades
contemporâneas representam um grande desafio para a educação. As teorias sobre as
práticas pedagógicas das escolas denunciam reflexões e revisões que excluem a postura
acrítica. A ação educativa precisa ser redimensionada no cenário político, econômico e
no próprio discurso educacional, pois ambos repercutem na organização do trabalho
escolar.
Os governos têm colocado em relevo a discussão sobre a política da educação no
que tange os diferentes níveis e modalidades de ensino do sistema educacional brasileiro,
tendo como eixo norteador a formação integral para a cidadania. A escola tem tarefas
imensas a executar. É ela que difunde conhecimentos e fornece instrumental para a
compreensão do mundo do outro e de si mesmo, além de desenvolver o sentido dos
valores relacionados à solidariedade, à responsabilidade e o respeito às diferenças
étnicas e culturais.
O exercício pleno da cidadania, ainda utópico para a maioria da nossa sociedade,
exige amplas oportunidades de acesso de todos aos bens culturais, incluindo aí um
ensino de qualidade e este é o objetivo principal da educação.
Na prática escolar, esta “utopia” é perseguida através de momentos de reflexão
sobre a prática pedagógica, que se dão em reuniões promovidas pela SEED e garantidas
no calendário; em planejamentos que revêem práticas de anos anteriores e que precisam
ser melhoradas; em reuniões do conselho escolar para o acompanhamento da dinâmica
pedagógica de cada estabelecimento; em reuniões de pais onde se busca aperfeiçoar e
estreitar as relações escola/comunidade, enfim, no contato comprometido de todos os
envolvidos nesse processo, chamado educação.
É preciso superar as deficiências do processo educativo, dando ao aluno uma
cultura geral, associada ao desenvolvimento de suas potencialidades que o tornem
estudante apto para enfrentar diferentes situações, tendo em vista o seu
desenvolvimento, reconhecimento e participação na vida cidadã.
A qualidade da educação pode ser conquistada a partir de um planejamento eficaz,
aliada à iniciativa e criatividade de todos os envolvidos nesse processo como também
dependerá dos movimentos reivindicatórios e das prioridades e políticas para a educação.
A necessidade de um Projeto Político Pedagógico na Escola é fundamental para
educadores e demais membros da instituição escolar, haja visto que é preciso ter claro
onde pretende-se chegar com os alunos, envolvendo a comunidade e comprometendo a
sociedade na participação, discussão e melhoria tanto do que se vê (aspecto físico),
quanto do que se aprende (conteúdos), mediante um trabalho coletivo entre todos os seus
colaboradores na busca de objetivos comuns. Estes aspectos ficarão mais evidentes nas
exposições do marco operacional.
Sendo assim, o Projeto Político Pedagógico da Escola Estadual Telmo Octávio
Müller Ensino Fundamental, levará em conta, dentre outras, a Lei de Diretrizes e Bases
da Educação Nacional – LDB 9394/96, a Constituição Brasileira, o Estatuto da Criança e
do Adolescente, bem como as deliberações do Conselho Estadual de Educação do
Estado do Paraná para o Ensino Fundamental, regulamentadas através da Secretaria de
Estado da Educação.
II - IDENTIFICAÇÃO
Escola Estadual Telmo Octávio Müller – Ensino Fundamental
Autorização: Decreto nº 2329 de 07/05/80
Resolução nº 945/79
Reconhecimento: Resolução nº 2641 de 19/11/81.
CNPJ 076.592.468/0001-84
Rua: Ignácio Felipe, nº 700
Marmeleiro – PR
85615-000
Dependência Administrativa: Secretaria do Estado da Educação – SEED
Código da Escola: 0546
Ato de Aprovação do Regimento Escolar nº 304/2008 de 11/12/2008.
Entidade Mantenedora: Governo do Estado do Paraná.
NRE: Francisco Beltrão – Cód. 012
Distância do estabelecimento ao NRE: 7 Km.
III - OBJETIVOS DO PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO
3.1 – OBJETIVOS GERAIS
São objetivos gerais deste Projeto Político Pedagógico para a Escola Estadual
Telmo Octávio Müller – Ensino Fundamental.
- Buscar a reflexão sobre o processo educativo desenvolvido na escola, apoiando-se em
dados da realidade vivida, para justificar e propor alternativas de intervenção pedagógica
que possam transformar a prática de sala de aula;
- Resgatar a intencionalidade da ação educativa e superar o caráter fragmentado das
práticas em educação, bem como registrar os esforços e recursos para atingir de forma
ampla o processo educacional;
- Criar condições para que todos os alunos desenvolvam suas capacidades e aprendam
os conteúdos necessários para a vida em sociedade;
- Melhorar a qualidade do ensino e o aprimoramento do processo pedagógico através de
mecanismos de participação que traduzam o compromisso de toda a comunidade escolar;
- Promover a integração escola/comunidade, ampliando gradativamente a atuação no
sentido do desenvolvimento humano, cultural e social.
IV - MARCO SITUACIONAL DA ESCOLA ESTADUAL TELMO OCTÁVIO MÜLLER ENSINO FUNDAMENTAL
A Escola Estadual Telmo Octávio Müller Ensino Fundamental, em sua sede
própria, está situado à Rua Ignácio Felipe nº 700, Centro no município de Marmeleiro,
Região Sudoeste do Estado do Paraná.
O estabelecimento de ensino se encontra inserido em uma comunidade
basicamente agrícola ou que pelo menos depende economicamente da agricultura,
suinocultura, avicultura, algumas indústrias e pequenos comércios.
A escola iniciou suas atividades em 1953, em um barracão construído na praça
do povoado, para servir como instituição de ensino. Essa escola foi oficializada pelo
Decreto nº 3.903/6 e denominada Grupo Escolar Rui Barbosa. Foi a primeira escola do
município a ofertar o ensino ginasial na época, hoje ensino fundamental.
Em 1965, já instalada em prédio próprio, construído em alvenaria e mantida pela
Campanha Nacional das Escolas da Comunidade - CNEC, passa a se chamar Ginásio
Manoel Ribas através do Decreto nº 21864-70.
Em 1980, através do Decreto de reorganização nº 2329 o Grupo Escolar Rui
Barbosa e o Ginásio Manoel Ribas se unem e passam a constituir um único
estabelecimento de ensino denominado “Escola Estadual Telmo Octávio Müller- Ensino
de 1º Grau. O nome da escola é uma homenagem ao saudoso Telmo Octávio Müller, ex.
prefeito do município de Marmeleiro.
Em 1991 ocorreu a municipalização de ensino de pré a 4ª série, portanto a
referida escola deixa de atender alunos das séries iniciais do Ensino Fundamental.
Quando se desagrega a educação de pré a 4º série passam a funcionar no local
dois estabelecimentos de ensino: a Escola Municipal Padre Afonso (pré a 4ª série) e a
Escola Estadual Telmo Octávio Müller (5ª a 8ª série), conforme a Resolução 2691 de
13/08/91 da SEED.
Pela Resolução 1326/2000 passou a denominarar-se Colégio Estadual Telmo
Octávio Müller Ensino Fundamental e Médio, ofertando, então, a Educação para Jovens e
Adultos.
Através da Resolução 3952/07 o estabelecimento passa por nova modificação na
nomenclatura, denominando-se Escola Estadual Telmo Octávio Müller - Ensino
Fundamental e oferecendo apenas o ensino de 5ª a 8ª série do Ensino Fundamental.
Atualmente, portanto, a Escola Estadual Telmo Octávio Müller Ensino
Fundamental, oferece ensino de 5ª a 8ª série do Ensino Fundamental em dois turnos,
sendo: matutino com oito turmas, portanto duas turmas de cada série e vespertino com
seis turmas, ou seja, duas 5ª séries, duas 6ª séries e uma turma para as demais séries do
Ensino Fundamental, perfazendo um total de 420 alunos.
A escola tem treze salas de aula, sala para laboratório, secretaria, sala de
professores, sala de estudos, banheiro para professores, sala do(a) pedagogo(a),
banheiros masculino e feminino para os alunos, almoxarifado, área coberta, cozinha,
saguão , duas quadras de esportes sendo uma delas coberta, duas salas ambientes,
cantina comercial, lavanderia e sala de material esportivo.
Possui uma biblioteca com acervo bibliográfico, renovado constantemente, na
medida do possível e conforme as necessidades da escola.
A escola conta com um quadro de 23 professores todos habilitados e pós-
graduados em suas respectivas áreas de ensino. Destes, 03 professores com PDE, (Nível
III), 05 Agentes Educacionais I, 03 Agentes Educacionais II, 02 professores pedagogos,
diretor e secretário.
Na sequência, apresenta-se o quadro desses profissionais e suas formações
respectivas para as áreas de atuação na instituição.
Relação de Professores da Escola Estadual Telmo Octávio Müller - 2010
NOME: FORMAÇÃOAderson Dalla Costa Ed. FísicaAdriana Antes Zuchelo MatemáticaCarmélia Roque Pacheco História Célia Maria B. Vieira PedagogiaClaci Fátima Lavall LetrasDione Maria Huppes LetrasÉdina Ponsoni PedagogiaGema de Fátima Zambilo MatemáticaJanice Giongo Preto MatemáticaJanice Heming de Souza Monteiro GeografiaJaqueline Maria Schiffl Biava Ed. FísicaJober José da Silva CiênciasJones Baifus Educação FísicaJuleide Maria Gehlen LetrasLúcia Padilha HistóriaLuciane Detoni Becher Ciências BiológicasMaria Flach Andreolli Letras
Marlene Cardoso Ghizzi História Simone Detoni Buratto LetrasSôni Mara Zardinelo GeografiaSônia Soster GeografiaTisciana Pietta Bueno ArtesVanusa Ramos Muller Letras
Relação dos Funcionários da Escola Estadual Telmo Octávio Müller - 2010
Nome Função FormaçãoCélia Maria Baptistella Vieira
Pedagoga Pedagogia
Cesar Claudino Pedagogo PedagogiaCristiane Zago Agente Educacional II Economia DomésticaFátima Laurindo da Silva
Agente Educacional I Ensino Médio Incompleto
Irma Noronha Agente Educacional I Ensino MédioIvanir Buratto Diretor Economia Domestica/ Estudos
SociaisIvone K. Zimmermam Agente Educacional I Ensino MédioJanete Marli B. Pauczinski
Agente Educacional I Ensino Médio
Maria Aparecida Miotti Agente Educacional II Economia Doméstica e Letras - Inglês
Marlei Dalla Costa Agente Educacional II Letras – EspanholSantina Brofati Agente Educacional I 1º Grau Incompleto
A organização curricular da instituição segue as determinações da Secretaria de
Estado da Educação e em conformidade com LDB n. 9394/96. portanto está assim
organizada:
TURNO: MANHÃ MÓDULO: 40 SEMANAISDISCIPLINAS SÉRIES
5 6 7 8ARTE 2 2 2 2CIENCIAS 3 3 3 3EDUCAÇÃO FÍSICA 3 3 3 3ENSINO RELIGIOSO 1 1GEOGRAFIA 3 3 4 3HISTÓRIA 3 3 3 4LÍNGUA PORTUGUESA 4 4 4 4MATEMÁTICA 4 4 4 4L.E.M. IINGLES 2 2 2 2TURNO: TARDE MÓDULO: 40 SEMANAISDISCIPLINAS SÉRIES
5 6 7 8ARTE 2 2 2 2CIÊNCIAS 3 3 3 3EDUCAÇÃO FÍSICA 3 3 3 3ENSINO RELIGIOSO 1 1
GEOGRAFIA 3 3 4 3HISTÓRIA 3 3 3 4LÍNGUA PORTUGUESA 4 4 4 4MATEMÁTICA 4 4 4 4L. E. M. – INGLÊS 2 2 2 2
A APMF é constituída por pais de alunos e corpo docente, tem estatuto próprio e
são realizadas assembléias ordinárias e extraordinárias para a tomada de decisões
referentes ao andamento das atividades pedagógicas, bem como para a melhoria na
estruturação do espaço físico e por conseqüência, uma atividade educativa melhor.
A direção é responsável pela administração e gestão escolar, bem como participa
das orientações pedagógicas com vistas ao bom andamento das atividades escolares, por
entender que as decisões fazem parte do coletivo e está subordinada ao NRE de
Francisco Beltrão.
O Projeto Político Pedagógico reflete a prática democrática adotada na instituição,
onde foi necessário captar a realidade vivida pela comunidade a qual está inserida a
escola, nos momentos em que as relações de ensino e aprendizagem se concretizam, ou
seja, em todos os momentos em que os entes que se relacionam no espaço escolar,
produzem conhecimento.
Os registros apresentados nesse documento têm a intencionalidade de convergir
para o bom funcionamento da escola, demonstrando os rumos possíveis a serem
assumidos para este e os próximos anos. Em momentos anteriores a esta escrita, a
escola proporcionou um levantamento dos dados, através de questionário específico para
cada segmento, ou seja, pais, professores, funcionários, APMF, Conselho Escolar e
alunos, como forma de proporcionar uma investigação que traduzisse a realidade, as
necessidades e contribuições para a elaboração deste documento, sendo que para os
pais foi realizado por amostragem.
Posterior a isso, a participação das famílias na escola em reuniões coletivas ou
particulares, foram dando novas certezas para a construção desse documento oficial, bem
como o novo olhar que se lançou sobre os agentes educacionais como profissionais
importantes dentro da escola, pela sua função educativa.
Essas contribuições registradas aqui demonstram a forma democrática assumida
pela instituição na construção de um pensamento pedagógico que privilegia o desejo da
maioria, ou seja, que este seja um espaço para a reflexão, divulgação e construção de
conhecimentos necessários para a vida.
A partir dos dados coletados, sistematizados, foram apreciados por todos os
profissionais da escola, que em reuniões pedagógicas, puderam discutir e a partir de
então, foram sendo acrescentados outros dados, outras reflexões necessárias para que
se completassem no pensamento do grupo e nas possíveis tomadas de decisão a partir
de então.
Através do levantamento junto aos pais de alunos, constatou-se que o período de
residência no município varia entre 10 e 60 anos, sendo que a maioria se encontra na
faixa de 10 a 40 anos fixos no município, demonstrando conhecimento sobre a realidade
sócio-econômica. Mais recentemente, com a ampliação das oportunidades de trabalho em
cidades vizinhas, há também uma certa rotatividade maior no ingresso e saída de alunos.
Portanto, os alunos são oriundos tanto da zona urbana quanto da zona rural o que
reflete o grande número de pais cujas profissões estão ligadas à agricultura. Aparece
ainda nessa estatística um índice alto de profissões como: empregadas domésticas,
operadores de máquinas, auxiliares de serviços gerais, pedreiros, ajustadores, manicuras,
além de enfermeiras, mestres-de-obras, professores dentre outros.
A renda mensal desses profissionais varia conforme a profissão. Os salários
declarados variam de 1 a 5 salários mínimos.
A comunidade escolar: pais, alunos, professores e funcionários, na sua maioria,
são da denominação religiosa católica, mas também encontra-se um número expressivo
de famílias e funcionários pertencentes a outras denominações religiosas.
Quanto à escolaridade dos pais, os índices apresentados na pesquisa foram: 60%
apenas possuem as séries iniciais do ensino fundamental (1ª a 4ª), 23,8% com estudos
de 5ª a 8ª séries, 3,6% possuem o 2ª grau incompleto, 1,8% concluíram pós-graduação e
um contingente de 3,6% analfabetos, refletindo muitas vezes a dificuldade em
acompanhar a aprendizagem dos filhos auxiliando-os na resolução de atividades dos
conteúdos propostos em tarefas e trabalhos escolares.
Em relação às moradias dos alunos da Escola Estadual Telmo Octávio Müller –
Ensino Fundamental, quase que a totalidade reside em casa própria, sendo 23% na zona
rural do município.
Parte do que os alunos possuem de conhecimentos são adquiridos ainda no seu
convívio com o mundo letrado, seja ele através de materiais escritos ou informações
obtidas nos meios circundantes da nossa sociedade. Quanto a isso, o levantamento
realizado com as famílias que compõem a escola revelou que 86% possuem livros de
alguma espécie em casa, 25% algum tipo de revista, 33% têm jornais em casa, 3,6%
possuem algum tipo de enciclopédia para pesquisa e informação e 1,8% nenhum tipo de
recurso para leitura.
Em relação aos meios de comunicação disponíveis nas residências, evidenciou-se
que rádio e televisão a maioria possuem, sendo que alguns têm ainda telefone fixo e
celular. Hoje, com a importância dada a tecnologia, muitas famílias já possuem
computadores com acesso a internet.
Esse levantamento realizado com as famílias reflete o grau de complexidade que a
escola precisa incorporar em suas decisões e práticas, quando trabalha com pesquisa,
exemplos, sugestões, enfim quando procura expandir para além da escola.
Com relação à formação humana proposta para a instituição, os professores
evidenciaram a preocupação para a formação de um cidadão consciente de seus direitos
e deveres, que saiba dialogar com conhecimento e argumentar criticamente, sendo mais
atuantes na família, na escola e na vida em comunidade. Que sejam capazes de tomar
iniciativas geradas pela autonomia trabalhada com responsabilidade, conscientes de sua
participação na convivência em grupo.
Portanto, o desejo do corpo docente se traduz em formar pessoas mais
responsáveis, equilibradas e comprometidas, mais humanas, alegres e felizes, e que isso
seja o objetivo permeador das práticas pedagógicas. Cidadãos participativos, capazes de
respeitar, não porque é uma regra imposta, mas porque entenderam que esta é uma
necessidade da convivência humana. Ainda que sejam transformadores da realidade que
se apresenta, valorizando e compreendendo o contexto social em que vivem. Que
relacionem o conhecimento científico ao desenvolvimento e construção de uma sociedade
mais solidária e portanto, mais justa.
Para tanto há que se tornar um aluno leitor e pesquisador, buscando
embasamento teórico para todas as práticas futuras que possa adotar sejam elas
profissionais ou de convívio social. Resgatar o papel da escola como espaço do
conhecimento, também traduz o desejo dos profissionais da educação.
Os objetivos das disciplinas do currículo trabalhadas na instituição buscam,
segundo a pesquisa realizada, “despertar para a sensibilidade, raciocínio e a leitura de
mundo”. Ainda “propagam a compreensão e discussão dos paradigmas e conceitos pré-
formados para a melhoria da qualidade de vida, interpretando-os através da apreciação
das formas, espaços, sons, movimentos”.
As práticas pedagógicas têm oportunizado atividades individuais e coletivas,
buscando partir dos conhecimentos prévios adquiridos fora do ambiente escolar e
valorizando-os na construção ou aprofundamento de novos conceitos. Em diversos
momentos são criadas situações que facilitam a tomada de consciência e a construção de
valores e de uma identidade moral e cívica, desenvolvendo a crítica e autocrítica, o senso
de companheirismo e responsabilidade, sejam em atividades recreativas ou reflexivas.
Essas práticas proporcionam muitas leituras, produções escritas e de outras
formas, debates buscando sempre acrescentar algo novo ao que já está instituído.
Os professores revelam desta forma a responsabilidade e compromisso com a
profissão, buscando ter um bom relacionamento com alunos e funcionários,
compreendendo os objetivos da escola, demonstrando domínio de conteúdos pertinentes
a suas áreas de atuação, bem como o empenho e dedicação nos projetos implantados
até o presente momento na instituição.
Salienta-se que esse é o discurso dos profissionais que atuam no estabelecimento,
porém há uma dicotomia entre este e as falas de alguns alunos que se apresentam nesse
documento.
Mas, o desafio transformador da escola, torna-se cada vez mais difícil, e repensar
a própria atuação não é tarefa fácil. Portanto, buscar novas metodologias e utilizar
recursos técnicos para adaptar conteúdos e integrá-los nas diferentes disciplinas, é fato
presencial na atualidade.
A necessidade de mudanças se depara muitas vezes com a falta de tempo para
aprimorar atividades, a falta de estímulos para a realização de algumas propostas e o
reconhecimento de que deve existir um melhor relacionamento com os pais e o repensar
das formas de avaliar, tudo isso estudado, analisado e não somente isso, é preciso
encarar o desafio com intensa responsabilidade, motivação pessoal, compromisso, pois o
profissional da educação tem um papel fundamental na espécie humana.
O gestor escolar, apoiado pelas instâncias que o ajudam administrar a instituição,
busca tornar o ambiente cada vez mais agradável e afetuoso, estimulando a capacitação
profissional, participando efetivamente das discussões referentes a prática pedagógica,
inovando frequentemente a dinâmica escolar.
A opinião dos alunos quanto às aulas oferecidas pela instituição diferem muito, pois
a dinâmica adotada pelos profissionais de cada área difere também. Esse discurso
aparentemente incoerente naquilo que se diz e naquilo que se faz, também está
associado ao momento específico entre a disposição dos alunos em aprender e a não
aceitação das regras de conduta ou comportamento para o bom andamento das aulas.
Esta dicotomia dá margem para questionar a nossa realidade escolar e propor metas, as
quais serão apresentadas no marco operacional deste Projeto Político Pedagógico.
Quanto as atitudes e participação dos próprios colegas, os alunos sugerem
mudanças de comportamentos, maior participação nas aulas, que os colegas não
apelidem colegas denegrindo-os, não praticar bullyng, ampliar as amizades, menos
fofocas, menos críticas. Escrever mais e brincar menos, mais organização.
Os alunos também citam nomes de colegas de sala de aula para serem punidos,
pois os mesmos não acompanham os conteúdos por sua indisciplina, o que acaba
comprometendo de certa forma o rendimento dos demais colegas e gerando a quebra das
normas estabelecidas na instituição.
Este fato gerou a necessidade de um trabalho na reunião de pais onde se
questionou sobre a inclusão no seu aspecto mais amplo, ou seja, o acesso de todos na
escola e a preocupação com a socialização, sem jamais pensar em exclusão como forma
de melhoria no ambiente de trabalho, pois desta forma estaria em jogo a questão dos
direitos ao acesso, permanência e sucesso dos mesmos.
Ainda pode-se constatar no discurso do alunado que há professores e disciplinas
cujos elogios são inúmeros. Os registros citados caracterizam os diferentes pensamentos,
onde aparecem formas diversificadas de entender e reivindicar mudanças na escola. Eles
servem de suporte para que a comunidade toda possa ajudar na busca da implantação de
novas vivências, novas discussões, enfim, melhores propostas para a educação que é
oferecida na escola.
O conselho de classe realizado ao final de cada etapa de estudos tem como
objetivo o levantamento de informações referentes ao aprendizado escolar dos alunos
neste período e motivar ações para a retomada das aprendizagens em defasagem. A
cada Conselho de Classe tomam-se proporções diferenciadas, podendo ser realizado da
forma tradicional, somente com professores, diretor e equipe pedagógica, também
realizada com a presença de alunos representantes das turmas e por fim, com a
realização de pré-conselhos onde os professores fazem anotações sobre o desempenho
dos alunos e os alunos explicitam as práticas efetivas da escola, para as devidas
discussões no dia da reunião propriamente dita.
Em relação à avaliação da aprendizagem, a Escola Estadual Telmo Octávio Müller
sempre primou em ajustar-se às diferentes formas de constatar os níveis de
aproveitamento dos alunos.
Desta forma, considerando que este processo se dá ao longo de um período letivo
e que precisa ser conduzido em diversas retomadas para garantir o êxito quanto a
assimilação dos conteúdos, optou-se por caracterizar a avaliação como norteadora de
constantes redirecionamentos tanto de planejamentos e replanejamentos como de
repensar a relevância de certos conteúdos das disciplinas.
Neste processo há que se pensar em buscar compreender o viés por que passam
as avaliações “individuais” em cada disciplina, orientando para novas posturas, novos
olhares da prática profissional.
Após submeterem os alunos a vários tipos de aferições, e que no cômputo das
mesmas alcançarem média 6,0 (seis) no final do ano, os alunos são aprovados para
cursarem a série subseqüente. Os que não atingirem este índice para a aprovação, serão
analisados no Conselho de Classe final de forma criteriosa para juntos visualizarem seus
avanços durante o período, podendo ser aprovados ou retidos na série.
A recuperação paralela é o mecanismo adotado pelos professores para oportunizar
aos alunos um momento de retomada do conteúdo cuja aprendizagem não se efetuou
corretamente. Ela se dá paralela ao processo normal de sala de aula sendo muitas vezes
utilizada a hora atividade para este fim. Porém ainda pretende-se mudar a concepção de
alguns professores que a entendem como uma recuperação de notas.
A escola não adota a progressão parcial, conforme artigo 94 do Regimento Escolar.
A partir do ano de 2006 oferta-se a Sala de Apoio aos alunos de 5ª série e Sala de
Recursos aos alunos com dificuldades de aprendizagem mais comprometedoras
evidenciadas em qualquer uma das séries de 5ª a 8ª, os quais muitos oriundos de salas
de Educação Especial ou Salas de Recursos na educação das séries iniciais do Ensino
Fundamental.
Embora se faça um trabalho conscientizador para evitar a evasão escolar, com
chamamento dos pais, solicitação ao Conselho Tutelar através do FICA, reuniões do
Conselho Escolar, APMF, ainda temos alunos que desistem durante o processo.
A tabela abaixo demonstra que a escola apresentou em 2009 os seguintes índices
de aprovação, reprovação e abandono em cada série do Ensino Fundamental:
Rendimento/Movimento Escolar – Ano 2009
Ensino/série Taxa de Aprovação Taxa de Reprovação Taxa de Abandono5ª Série 83,70% 13,60% 2,50%6ª Série 78,90% 15,70% 5,20%7ª Série 79,40% 16,80% 3,70%8ª Série 76,50% 18,50% 4,90%TOTAL 80,00% 16,00% 4,00%
Estes índices caracterizam a diversidade de empenhos e cobranças apresentados
em cada ano, e influenciados pela própria dinâmica das famílias. Em alguns casos o
abandono se deve a mudanças repentinas, onde os alunos desaparecem sem pegar a
transferência. Também a condição social de muitas famílias é fator agravante na hora da
desistência bem como a falta de instrução dos pais, que muitas vezes priorizam o trabalho
dos filhos como fonte de renda em detrimento do estudo.
Vários projetos foram desenvolvidos no decorrer dos últimos anos, destacando-se:
Projeto Resgate de Valores, PREVIDA contra o alcoolismo, Projeto Sexualidade, Meio
Ambiente, Programa Agrinho e Projeto pela Paz, Projeto Viva a Escola, dentre outros
onde se pode discutir a valorização da vida, a importância da formação crítica como
mecanismo de superação ou amenização das dificuldades da vida adulta.
Em relação a hora-atividade dos professores, ela é cumprida no estabelecimento,
sendo esse um momento para a realização de planejamentos, estudos, correção de
trabalhos de alunos, bem como para o atendimento de alguns alunos com necessidade de
explicações mais individualizadas. Também é o espaço de aperfeiçoamento individual
através de leituras complementares ao conteúdo a ser ensinado.
V - MARCO CONCEITUAL DA ESCOLA ESTADUAL TELMO OCTÁVIO MÜLLER ENSINO FUNDAMENTAL
A universalização do ensino, tem sido a grande preocupação do Brasil nos últimos
30 anos em relação à educação pública. Os dados da IBGE em 2003 mostravam que no
censo 2000, 94,9% das crianças de 7 a 14 anos estavam em sala de aula. Portanto, o
próximo desafio das autoridades foi e vem sendo na atualidade, a melhoria da qualidade
da educação oferecida para todos.
A questão da aprendizagem bem como as formas de ensinar, devem ser o enfoque
das mudanças necessárias para a melhoria dessa educação bem como todos os
processos envolvidos na construção de conhecimento pelo aprendiz e novos papéis do
professor quanto do aluno.
Nesse sentido, todos os recursos pedagógicos e tecnológicos, são importantes,
para tornar a sala de aula um ambiente de aprendizagem mais rico, favorecendo ainda
mais o processo de construção do conhecimento. No entanto, o grande investimento e
preocupação da educação está na oferta de capacitação do capital humano, ou seja, os
profissionais e demais funcionários que lidam diretamente com o educando e construindo
valores pelas suas atitudes .
Nessa análise, a idéia de universalização perpassa a concepção de que todos
devem ser tratados igualmente e, portanto assimilam informações nas mesmas condições
e do mesmo modo o que não reflete a nossa realidade, pois nossos alunos diferem em
termos de capacidade de aprender ou em termos de assimilação de informações o que
fica evidente no cômputo das tarefas realizadas e apresentadas em sala de aula.
Na sala de aula deve-se levar em consideração que estão em jogo tanto as
preferências do professor quanto dos alunos. As aulas preparadas pelo professor serão
encaminhadas com base em suas próprias preferências, mas este se profissionalizou na
arte de dar aulas, cabe a ele, entender, refletir sobre os processos de ensino e
aprendizagem baseados em um espiral crescente de conhecimento onde a busca por
aquilo que os alunos já sabem possa traduzir-se em novas aprendizagens, ou seja,
conhecendo a realidade busca-se problematizar para juntos encontrar motivos para a
transformação. Quem sabe aí residam as preferências dos alunos.
Essa espiral pode ficar evidente na maneira como o profissional conduz sua prática
pedagógica, diversificando a forma (verbal, escrita ou falada, imagens, estatísticas ou
dinâmicas, mapas, esquemas, etc.).
Entende-se que pela consciência das suas preferências de aprendizagem o aluno é
levado a desenvolver suas habilidades e o professor suas estratégias que o tornem um
aprendiz mais eficiente, nos diferentes ambientes de aprendizagem que encontrar.
Quanto mais conhecer sobre suas preferências, tanto mais poderá adequá-las às
atividades que realiza.
Moreno, Sastre, Bovet e Leal (2000) introduzem a possibilidade de entender a
aprendizagem como uma junção de fatores cognitivos, sociais e emocionais, frutos da
experiência de vida de cada indivíduo.
Portanto, o processo de conhecer é mais amplo do que a concepção do pensar,
raciocinar e medir, pois envolve a percepção, a emoção e a ação, tudo o que constitui o
processo de vida. Para tanto, professores e aprendizes precisam desenvolver estratégias
que os auxiliem a lidar com as mais diferentes situações de aprendizagem na escola ou
na vida.
Nesse processo de construção de uma escola voltada para as questões vivenciais
da sociedade, é preciso verificar junto aos pais, professores, funcionários e com os
próprios alunos a respeito dos seus anseios e dúvidas sobre o funcionamento da prática
escolar e assim traçar caminhos comuns para o surgimento ou consolidação dessa escola
sonhada, utópica, diferente.
Nunca houve tantas pessoas aprendendo tantas coisas ao mesmo tempo como em
nossa sociedade atual. De fato podemos concebê-la como essa sociedade de
aprendizagem (Pozo, 2002) uma sociedade na qual aprender constitui não apenas uma
exigência social crescente que conduz ao seguinte paradoxo: cada vez se aprende mais e
cada vez se fracassa mais na tentativa de aprender – como também uma via
indispensável para o desenvolvimento pessoal, cultural e mesmo econômico dos
cidadãos. Além disso, essas demandas crescentes de aprendizagem produzem-se no
contexto de uma suposta sociedade do conhecimento, que não apenas exige que mais
pessoas aprendam cada vez, mais coisas, mas que as aprendam de outra maneira no
âmbito de uma nova cultura da aprendizagem, seja na perspectiva cognitiva ou social.
Uma das metas essenciais da educação, para poder atender às exigências dessa
nova sociedade da aprendizagem, seria, portanto, fomentar nos alunos capacidades de
gestão do conhecimento ou, se preferindo, de gestão metacognitiva, ou seja, colocá-los
no compromisso de assumirem suas aprendizagens, buscando novas fontes de
informação que ampliem o que já foi apreendido e fazendo uso desses conhecimentos na
realidade em que vivem já que, para além da aquisição de conhecimentos pontuais
concretos, esse é o único meio de ajudá-los a enfrentar as tarefas e os desafios que os
aguardam na sociedade do conhecimento.
Além de muitas outras aprendizagens interpessoais, afetivas e sociais, a nova
cultura da aprendizagem requer, no mínimo, ensinar aos alunos, a partir das diferentes
áreas, currículos, cinco tipos de capacidades para a gestão metacognitiva do
conhecimento:
Capacidade para a aquisição de informações.
Capacidade para a interpretação da informação
Capacidade para a análise da informação
Capacidade para a compreensão da informação
Capacidade para a comunicação da informação.
O desenvolvimento destas capacidades, ajudam os alunos a exercerem seus direitos,
munidos da responsabilidade que as informações corretas exigem bem como fortalecem a
compreensão sobre os deveres. Toda pessoa consciente, de algum modo, desenvolveu
estas capacidades em relação à construção de conceitos para a vida.
Todavia, mudar as formas de aprender dos alunos requer também mudar as
formas de ensinar de seus professores. Por isso, nova cultura da aprendizagem exige um
novo perfil de alunos e de professor, exige novas funções discentes e docentes, as quais
só se tornarão possíveis se houver uma mudança de mentalidade, uma mudança nas
concepções profundamente arraigadas de uns e de outros sobre a aprendizagem e o
ensino para encarar essa nova cultura da aprendizagem (Pozo e Pérez Echeverrría.
2001).
Nesse sentido, o valor crescente do conhecimento, assim como sua gestão social
em nossa sociedade, deverá valorizar a importância dos processos de aprendizagem ou
de aquisição de conhecimento, já que constituem uma das ferramentas mais poderosas
para essas formas de gestão social do conhecimento. Em suma, na sociedade da
aprendizagem, converter esses sistemas culturais de representação simbólica em
instrumentos de conhecimento – fazer um uso epistêmico deles – requer apropriar-se de
novas formas de aprender e de relacionar-se com o conhecimento. Esse é um dos
maiores desafios a ser enfrentados por nossos sistemas educacionais nas próximas
décadas, além de incorporar no cidadão, o compromisso com a soberania, o
compromisso com a solidariedade, compromisso com o desenvolvimento, o compromisso
com a sustentabilidade, e então o compromisso com a democracia integral..
Atualmente, o país vive um momento de intensa atividade político-educacional. Isso
se dá em razão das determinações legais relacionadas a reforma do sistema de ensino no
Brasil. Vale ressaltar, também, nesse contexto, que com o advento das novas tecnologias
de comunicação, que vêm transformando as práticas tradicionais de conviver, trabalhar,
educar, e mesmo de pensar e conhecer novos modelos educacionais que transformem a
atual situação da educação no país exige, consequentemente a implementação de uma
nova proposta para a formação do cidadão.
A Escola Estadual Telmo Octávio Muller, consciente de seu papel na disseminação
de conhecimentos, cumpre o mesmo com a oferta do Ensino Fundamental – 5ª a 8ª série
no que se refere à aquisição de conhecimentos que é requisito importante para a
promoção pessoal e social, permitindo-lhes o acesso à cultura, ao trabalho futuro, ao
progresso da região como um todo.
A Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional nº.9394/96, mantém a
concepção abrangente de educação, atribuindo valor primordial às experiências
individuais, de modo a atender aos objetivos dos diferentes níveis e modalidades de
ensino e as características de cada fase do desenvolvimento do educando a associação
entre teorias e práticas, ou seja, a organização do trabalho pedagógico na instituição
escolar deve encontrar na prática social seu ponto de partida e de chegada. Dessa forma,
tanto os profissionais da educação quanto os educandos se construirão nas relações
sociais, tornando-se sujeitos partícipes de um projeto coletivo que poderá conduzi-los à
superação das atuais necessidades.
Diante do exposto acima, a escola assume o compromisso de implantar e
implementar a política educacional adotada pelas instâncias federal, através do Ministério
da Educação e Cultura, bem como estadual, através da Secretaria de Estado da
Educação.
Como as políticas educacionais atuais exigem do coletivo uma participação efetiva
na construção de uma educação democrática e justa, o colégio tem participado dos vários
encontros entre professores, diretores, equipes pedagógicas e administrativas,
demonstrando que essa construção coletiva precisa contemplar a realidade da nossa
região e especialmente a do município de Marmeleiro – PR, caracterizado pela economia
tipicamente agrícola que movimenta pequenas indústrias e comércios, gerando um
desenvolvimento sem grandes transformações na estrutura, haja vista os dados
estatísticos quanto a população e o próprio crescimento econômico do município
registrados nos últimos anos.
Pensar a escola como mecanismo de mudanças, é pensá-la no contexto das
transformações pertinentes ao mundo globalizado, a partir de seus condicionamentos
históricos - sociais, cuja concepção se respalda na ótica neoliberal que concebe a
educação sob a lógica do mercado sendo seu principal objetivo o ensino. Para tanto, é
indispensável situar o papel do professor no processo ensino – aprendizagem e
procedimentos avaliativos necessários para fazer frente a esses complexos e
contraditórios desafios.
As exigências do mundo globalizado impõem transformações substanciais nas
instituições e, em particular, na escola, desde sua concepção, organização,
administração, e estrutura; na atitude e na participação dos cidadãos diante dessas
mudanças que atingem o país de forma impactante e desigual. Assim a forma de dirigir a
escola, através de um Projeto Político Pedagógico concebido de forma democrática e
coletiva, pode não ser determinante da melhoria da qualidade de ensino, mas por certo,
contribui nessa configuração.
Não se tem receita pronta para apontar qual o tipo ideal de projeto da escola
compatível com as mudanças atuais na direção, sobretudo, de uma sociedade mais justa,
igualitária e humana. Entretanto, algumas características e medidas podem ser
expressas, como fundamentais para a nova maneira de construir o Projeto Político
Pedagógico da escola: relações democráticas, responsáveis, flexíveis, competentes,
comprometidas, criativas, solidárias, coletivas e outras.
Todo projeto supõe rupturas com o presente e promessas para o futuro. Projetar: significa tentar quebrar um estado compatível para arriscar-se, atravessar um período de estabilidade e buscar uma nova estabilidade em função da promessa que cada projeto contém de estado melhor que o presente. Um projeto educativo pode ser tomado como promessa frente a determinadas rupturas. Assim promessas tornam visíveis os campos de ação possíveis, comprometendo seus atores e autores. Gadotti (1994 p. 579).
Por isso é que se deve considerar o Projeto Político Pedagógico como um
processo permanente de reflexão e discussão dos problemas da escola, deve estar
vinculado à melhoria da escola, e esta, por sua vez, à mudança educativa. Pois cada
instituição é o resultado de um processo de desenvolvimento de suas próprias
contradições. Além disso, a escola não pode ser “propriedade” dos professores; ela deve
incluir toda a comunidade educativa no planejamento de suas metas de melhoria. Trata-
se de práticas constituídas nas práticas sociais fundamentais, aquelas que garantem a
produção da vida material e pessoal e, igualmente, constituintes destas práticas que
perpassa por forças antagônicas e conflitantes. Não existem duas escolas iguais,
portanto, a implantação desse projeto pertinente a nossa comunidade escolar
desprestigiada nos aspectos tecnológicos e culturais mais elaborados, por falta de
condições financeiras, que necessita de uma escola acolhedora, libertadora, desafiadora,
que compreende o mundo como local de vivência e passagem, deve reconstruir-se
freqüentemente através do diálogo.
Nesta visão, a sociedade é entendida como meio de relações importantes, que
precisam ser planejadas tendo em vista a promoção da vida. Nela precisam estar
enraizadas as conquistas que a humanidade já adquiriu, bem como os desafios para a
transformação. São muitos os obstáculos a serem superados para que possamos
incorporar a prática pedagógica dentro de um novo contexto social, uma sociedade com
diferentes características e necessidades, onde a educação tem um papel fundamental.
Portanto, a sociedade é um agrupamento de pessoas, de culturas, tecido por uma
série de relações diferenciadas. É configurada pelas experiências individuais do homem,
havendo uma interdependência em todas as formas da atividade humana, desenvolvendo
relações, instaurando estruturas sociais, instituições sociais e produzindo bens,
garantindo a base econômica e é o jeito específico do homem realizar sua humildade.
A educação tem seu papel fundamental quanto ao acesso, permanência e sucesso
dos educandos. Garantida por lei, ela depende das políticas governamentais e estruturas
do ensino a que estão submetidas. Precisamos nos tornar pesquisadores, pois dentro da
nova sociedade do conhecimento, a informação é essencial, mas muito mais útil é o uso
que se faz dela.
Entender a educação como uma prática social, específica dos homens situados
num contexto histórico, ou seja, um fenômeno próprio dos seres humanos em sociedade,
e entendê-la como processo, como um fato existencial, fato social, intencional com
objetivo de ser libertadora.
A escola é o espaço real da participação e construção da cidadania. Ela terá que
incorporar novas práticas, novos olhares para a sociedade que se desenvolve
dinamicamente ao seu redor. Deve buscar metodologias que privilegiem a apropriação de
diferentes formas e para a diversidade de aprendizados que estão presentes na sala de
aula.
Entender que a escola pública precisa ser defendida pelas camadas populares
como forma de acesso ao conhecimento bem como um direito social. Ela deve ser
moldada pela qualidade dos serviços prestados a essa população.
A cultura, entendida aqui como o desenvolvimento das relações de vivências que
incorporam na sua trajetória, fatos, costumes, valores, materiais produzidos e assimilados
pelas diferentes gerações. O respeito para a diversidade de raças, credos, costumes,
enfim a multiculturalidade presente no espaço escolar. Tudo isso sendo compreendido e
marcando a vida dos que nela tem acesso.
Cultura para Saviani é o resultado de toda a produção humana. “Para sobreviver o
homem necessita extrair da natureza, ativa e intencionalmente, os meios de sua
subsistência. Ao fazer isso ele inicia o processo de transformação da natureza, criando
um mundo humano (o mundo da cultura)”(1991,p.19).
Igualmente, todo conhecimento, na medida em que se constitui num sistema de
significação, é cultural. Além disso, como sistema de significação, todo conhecimento está
estreitamente vinculado com as relações de poder”.
Respeitando a diversidade cultural e valorizando a cultura popular e erudita, cabe a
escola aproveitar essa diversidade existente, para fazer dela um espaço motivador, aberto
e democrático.
A concepção de ciência, presente nesse Projeto Político Pedagógico, está pautada
na evolução do conhecimento e nas formas de sua propagação. É inevitável a presença
do conhecimento nas relações humanas, pois ele que garante a superação de níveis
inferiores de informação, incorporação e uso desses saberes para que o ser humano
possa viver mais criticamente e com qualidade. A construção da especificidade da escola,
significa recuperar sua razão histórica, cabendo a ela dosar e dar seqüência ao saber
sistematizado, o conhecimento científico, tendo em vista o processo de transmissão e
assimilação que deve nortear a definição de métodos e processos de ensino e
aprendizagem. Portanto, “a ciência também é determinada pelas necessidades materiais
do homem em cada momento histórico, ao mesmo tempo que nela interfere”.
As novas tecnologias de informação estão causando profundas mudanças em
processos fundamentais como pensamento e comunicação, e isso significa um novo
contexto para a educação. A tecnologia presente em nosso dia a dia, deverá ser
disponibilizada à todos que circulam pelo ambiente da instituição, ajudando a entender o
mundo cada vez mais informatizado, sem perder de vista que ela deve beneficiar o
humano e não vir em detrimento deste.
As relações de trabalho também precisam ser analisadas na escola, seja para a
compreensão como para a própria formação dos alunos que estão cada vez mais cedo
sendo inseridos no mundo do trabalho e do consumo. O trabalho é uma atividade que
está na base de todas as relações humanas, condicionando e determinando a vida. É
uma atividade humana intencional que envolve formas de organização, objetivando a
produção dos bens necessários à vida.
Ao considerarmos o trabalho uma práxis humana, é importante o entendimento de
que o processo educativo é um trabalho não material, mas uma atividade intencional,
organizada e necessária para a formação do ser humano cidadão.
O homem cidadão que o colégio formará a partir da aprovação deste Projeto
Político Pedagógico, terá características de um ser sensível, crítico, mais humano nas
suas relações, valorizado por si e pelos outros nas relações de companheirismo, amor,
solidariedade, preocupado com a idéia de ser humano útil, responsável, organizado,
disponível para as ações que promovam a preservação da vida.
Será o homem pesquisador, questionador no seu contexto social, político, cultural e
econômico, com o qual convive. Além de construtor de conhecimentos nas diferentes
áreas do currículo, ele deverá ser capacitado para acessar as informações nos diferentes
meios existentes. Será instigado e capacitado para ser antes de tudo um ser de vontade,
um ser que se pronuncie sobre a realidade.
A cidadania é compreendida como uma conquista aos direitos sociais individuais e
coletivos que permeiam a nossa sociedade. Esses direitos passam pelas questões de
saúde, moradia, trabalho, educação, alimentação, vestuário, bens culturais, meio
ambiente preservado e saudável, bem como o direito a políticas públicas competentes e
comprometidas com o social.
Para exercer a cidadania é necessário definir valores éticos, morais, o respeito
mútuo na formação humana, além do respeito as diferenças étnicas, religiosas, culturais,
a justiça, o diálogo e a solidariedade, a honestidade e o espírito de coletividade. Passa
também pelo resgate da espiritualidade, da crença em Deus.
De acordo com Boff (2000, p. 51) “cidadania é um processo histórico-social que
capacita a massa humana a forjar condições de consciência, de organização e de
elaboração de um projeto e de práticas no sentido de deixar de ser massa e de passar a
ser povo, como sujeito histórico, plasmador de seu próprio destino”.
Portanto, a educação como um dos principais instrumentos de formação da
cidadania, deve ser entendida como a concretização dos direitos que permitem ao
indivíduo, sua inserção na sociedade. Um cidadão essencialmente criador de direitos, de
abrir espaços de participação na sociedade.
As práticas instituídas na escola deverão promover e fortalecer o Estado
Democrático Social e Popular, onde a sociedade civil é organizada, com o fortalecimento
dos movimentos sociais e a erradicação da pobreza, ou seja a visão de uma cidadania
plena, crítica, para um cidadão cada vez mais autônomo liberto do consumismo que
pense e valorize o bem público.
VI - MARCO OPERACIONAL DA ESCOLA ESTADUAL TELMO OCTÁVIO MÜLLER – ENSINO FUNDAMENTAL
Considerando a Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional – 9394/96 em
seus artigos 14, inciso I do Projeto Pedagógico e 12, inciso I - 13, inciso I da Proposta
Pedagógica, o Estatuto da Criança e do Adolescente, a Constituição Brasileira, a Lei nº
10639/03, Lei nº 11645/08 que estabelecem a obrigatoriedade da História e Cultura Afro-
Brasileira e Indígena, as Deliberações do Conselho Estadual de Educação do Paraná,
pertinentes ao Ensino Fundamental, e as orientações da SEED referentes aos Desafios
Educacionais Contemporâneos e Temas da Diversidade, a Escola Estadual Telmo
Octávio Müller se propõe a um trabalho, tendo como base a Pedagogia Histórico-Crítica,
respeitando as diferenças individuais e considerando as peculiaridades das crianças e
adolescentes, na faixa etária atendidas por estes níveis de ensino.
Embora os alunos desenvolvam suas capacidades de maneira heterogênea, a
educação tem por função criar condições para o desenvolvimento integral, considerando,
também, as possibilidades de aprendizagem que apresentam nas diferentes faixas
etárias.
Buscando trabalhar as críticas levantadas junto aos alunos, sobre a forma de
trabalho dos professores, as decisões conjuntas sugerem um repensar das práticas
desenvolvidas no âmbito escolar. Esse repensar será sistematizado na seqüência deste
texto.
Os profissionais de educação em suas áreas de atuação, procurarão diversificar
as formas de trabalho durante o período necessário para a aprendizagem, compreendido
a partir de 2011 como trimestral, ministrando aulas expositivas, utilizando transparências
sobre conteúdos, complementando assuntos com vídeos, multimídia, produções coletivas
e individuais. Quando possível, os alunos serão desafiados através de pesquisas que
introduzem ou complementam a compreensão dos conteúdos. Serão realizadas visitas de
estudos quando essa prática se tornar necessária.
Por isso, a Escola funcionará de forma articulada com a comunidade, buscando
parcerias na realização de palestras e rodas de conversas, onde serão levantados temas
de relevância social como: resgate de valores na educação familiar, liderança e
afetividade dos pais em relação aos filhos para a construção de um novo modelo de
responsabilidades, amenizando desta forma os conflitos humanos gerados na diversidade
de ideias e comportamentos da comunidade. Temas como limites, preconceito, cultura
africana no Brasil, diferenças étnico raciais, diversidade, educação fiscal, política,
sexualidade, drogas, saúde, meio ambiente, direitos humanos e qualidade e valorização
da vida, serão contemplados nessa proposta de educação.
Serão promovidas gincanas culturais para os alunos e juntamente com outras
escolas, bem como jogos adaptados, envolvendo pais e outros familiares (irmãos), como
forma de integrar mais a família e a escola. As festas tradicionais e comemorações
deverão realizar-se no espaço escolar, uma vez que o objetivo é preservar a cultura
evitando-se o desgaste de promoções externas, as quais geram maior preocupação e
cuidados com os participantes. Desta forma reduz-se o envolvimento somente aos
familiares, evitando-se conflitos que extrapolem os muros da instituição.
Ampliar a participação de alunos nas oficinas pedagógicas ofertadas em parceria
com a Escola de Educação Básica na Modalidade de Educação Especial na Área de
Deficiência Intelectual e Múltiplas – hoje denominada APAE - do município de Marmeleiro,
buscando implementar através dessas ações uma maior compreensão sobre a inclusão
do portador de necessidades educativas especiais no ensino regular. Pensar ainda a
inclusão dos alunos que apresentam dificuldade de aprendizagem e de comportamento,
buscando na realidade das famílias apoio para amenizar essas dificuldades.
Estimular a valorização e a participação em apresentações artísticas no âmbito
escolar e extra-escolar, demonstrando à comunidade outras formas de aprendizado.
Expor com frequência os trabalhos dos alunos para que todos que transitam pelo
ambiente escolar possam verificar as práticas adotadas nas aulas.
Promover reuniões pedagógicas com pais, alunos e professores para informações
e discussões de assuntos referentes ao bom andamento escolar. Desta forma amplia-se o
conhecimento da realidade vivida pelas famílias, possibilitando trabalhar ações que
promovam a cidadania, valorizando o que a comunidade possui culturalmente e
profissionalmente. A escola se coloca como centro de atividades interacionistas, onde o
poder de fala é dividido igualmente com todos os envolvidos, pois só assim a escola
caracteriza-se democrática. Essa dinâmica vem ao encontro do Projeto Permanente de
Participação das Famílias na Escola, assumido perante a comunidade.
Despertar nas famílias a necessidade de acompanhamento mais frequente para a
verificação do rendimento escolar dos filhos e possível auxílio nas atividades de reforço,
tarefas, trabalhos complementares para a aferição de notas, já que esta é a cultura mais
compreendida pelos pais, comunicando-os sobre os resultados obtidos nos trimestres
sejam em reuniões, sejam em conversas diretas com os pedagogos da escola, naqueles
casos em que se tornarem necessárias.
Em relação aos problemas de indisciplina em sala de aula, serão observadas as
medidas que sugerem o Regimento Escolar, podendo ser advertidos e punidos conforme
a gravidade dos fatos apresentados. Esse processo sempre iniciará com a orientação por
parte dos pedagogos na busca de solucionar imediatamente a questão. Caso persistam
as infrações, buscar-se-á respaldo junto ao conselho escolar, os pais e o conselho tutelar
para a tomada de decisões mais severas. Entende-se que a indisciplina gera o não
aprendizado escolar também dos demais colegas de sala de aula o que precisa ser
investigado de forma concreta, pois há que se garantir a confiabilidade do processo de
aprendizagem dos que querem, como um direito, e incentivar os que não querem, como
sendo uma necessidade emergente.
Em relação às dificuldades de aprendizagem, a escola possui sala de apoio para
os alunos das 5ª séries, dispondo de profissional capacitado para a tarefa de construir
conhecimentos adotando práticas diferenciadas das efetivadas em sala de aula em
período contrário ao das aulas normais. Esse profissional terá acompanhamento direto
dos professores pedagogos bem como dos regentes de sala de aula, para avaliar
rendimentos e sugerir os conteúdos que necessitam ser trabalhados, passando
frequentemente por capacitação ofertada pela SEED.
Além disso, a escola oferecerá sala de recursos para os alunos das demais séries
que apresentarem deficiência intelectual e/ou transtornos específicos, comprovados
através de avaliações psicológicas, neurológicas e psicopedagógicas, além de atender
egressos inclusos de Escolas Especializadas, funcionando em período contrário, com
agendamento e oferecendo atendimento individualizado.
Anterior ao processo de frequência na sala de apoio e durante este, é preciso
garantir que os professores apliquem as adaptações curriculares pertinentes em cada
caso apresentado em sala de aula, para efetivar possíveis avanços, utilizando-se de
observações permanentes quanto ao domínio dos conteúdos trabalhados. Também é
necessário intensificar a recuperação paralela com a retomada dos conteúdos do período,
os quais não tiveram aproveitamento satisfatório durante o processo de ensino e
aprendizagem.
Conforme a gama enorme de sugestões dadas pelos alunos, pais e professores, a
organização pedagógica da escola terá que revisar constantemente a metodologia
aplicada em sala de aula, utilizando-se de recursos tecnológicos disponíveis para
diversificar as aulas, saindo da aula meramente expositiva, para a reflexão, fazendo uso
de vídeos, produção de maquetes, passeios, aulas com exposição de conteúdos em
retroprojetor, TV pendrive, projetor multimídia, computadores e softwares disponíveis na
área de educação.
Os professores terão acompanhamento constante de toda a equipe pedagógica,
auxiliando na tomada de decisões, incentivando o uso de novas práticas adaptadas a
nossa realidade.
A metodologia, como já foi citada, buscará contemplar a exposição, a pesquisa,
uso de recursos que venham a tornar a aprendizagem mais real e interessante. A prática
sugerida aos professores e adotada pela instituição será a da reflexão sobre as ações
desenvolvidas, sejam aquelas que envolvam o desempenho dos conteúdos durante as
aulas, bem como aquelas desenvolvidas na vida social.
O planejamento coletivo dará base para efetuar a interdisciplinaridade e abrir
momentos de discussão onde haja trocas de experiências entre as disciplinas,
enriquecendo desta forma o currículo escolar. Sendo assim, os desafios educacionais
contemporâneos e os temas da diversidade deverão fazer parte das discussões em todas
as áreas do ensino desenvolvidas na escola.
Será promovido festival escolar interno de xadrez através das práticas de
Educação Física, buscando valorizar bem mais a participação e desempenho como
aprendizagens do sujeito, do que estimular somente para a classificação e premiação.
Promover o resgate de valores com atividades interdisciplinares que incentivem
ações de cunho social, ético e moral, importantes na formação de nossas crianças e
adolescentes.
Utilizar o laboratório de informática como recurso para o desenvolvimento de
aprendizagens, tanto relacionadas às matérias do currículo, como também para a
pesquisa e incorporação da tecnologia no dia a dia de nossos alunos.
Promover viagens de estudo conforme a necessidade dos conteúdos de História,
Geografia e Ciências, ampliando o conhecimento em cada área estudada, tendo a
preocupação com a preservação ambiental, o resgate histórico e a conscientização da
importância da vida. Nessa dinâmica, os conteúdos referentes ao Paraná serão
contemplados, buscando integrá-los nas discussões das diversas áreas compreendidas,
como a cultura, a economia, a história, fazendo-se a compreensão dos mesmos através
das comparações entre o passado e o momento presente, valorizando assim, aspectos
relevantes da nossa formação sócio-econômico-cultural paranaense.
A escola desenvolverá trabalhos voltados a Educação Ambiental, através do plantio
de árvores, visitas ao Viveiro Municipal, campanhas de sensibilização em relação à
reciclagem, coleta seletiva de lixo, bem como a conservação do ambiente escolar.
A valorização e o incentivo a leitura, se dará em todas as áreas do conhecimento
através da implementação do acervo bibliográfico da escola, promovendo o uso
responsável do mesmo, dando continuidade ao calendário de empréstimo quinzenal de
livros.
Manter o projeto Horta Escolar desenvolvendo o senso de cuidados, higiene e
nutrição, podendo servir para a complementação da merenda escolar ofertada pela
SEED.
Será Publicado trimestral o Jornal do TOM, com a participação dos alunos e
professores na elaboração de textos, imagens, e informativos de divulgação do trabalho
realizado na Escola.
Dinamizar a atuação do Grêmio Estudantil na promoção de eventos e reflexões
referentes ao bom andamento escolar, buscando integrar os alunos no contexto dessas
discussões.
A APMF e Conselho Escolar são Órgãos Colegiados, integrados nas atividades
realizadas na escola através do envolvimento dinâmico e efetivo dos mesmos. É através
do Conselho Escolar que todos os segmentos da comunidade e escola têm para discutir
e encaminhar ações que assegurem as condições necessárias a aprendizagem, para que
crianças, adolescentes e jovens possam ser cidadãos que participem plenamente da vida
social. O Conselho Escolar constitui um espaço de discussão, de caráter consultivo,
deliberativo, fiscalizador, avaliativo e mobilizador, devendo participar das decisões
referentes a solução de problemas com professores e alunos.
Dentre as principais atribuições do Conselho Escolar, destaca-se a função de
coordenação do coletivo da escola e a criação de mecanismos de participação,
articulação entre os vários segmentos organizados da sociedade e os setores da escola,
constituindo um dos mais importantes mecanismos de democratização da gestão escolar.
No Ensino Fundamental o Projeto Político Pedagógico da escola privilegia o ensino
enquanto construção do conhecimento, o desenvolvimento pleno das potencialidades do
aluno e sua inserção no ambiente social utilizando para isso os conteúdos curriculares da
base nacional comum, os desafios educacionais contemporâneos e os temas da
diversidade trabalhados transversalmente em sua contextualização.
Em relação à Formação Continuada, a escola entende que todos os profissionais
são importantes para a realização dos objetivos propostos e que grande parte desses
objetivos dependem da formação ofertada, tanto através da SEED, como em momentos
organizados pela própria escola, ou ainda, através da busca particular de cada
profissional.
Os professores são responsáveis pela transposição didática. Cada um tem papel
fundamental, incluindo os Agentes Educacionais no processo educativo, cujo resultado
não depende apenas da sala de aula, mas da vivência e da observação de atitudes
corretas e respeitosas no cotidiano escolar.
Tamanha responsabilidade exige boas condições de trabalho, preparo e equilíbrio.
Para tanto, garantir-se-á a formação continuada aos profissionais da educação através
de: reuniões pedagógicas organizadas e coordenadas pela direção e pedagogos, com
temas pertinentes a melhoria da aprendizagem, incentivo à participação em encontros por
áreas do conhecimento, oferecidos pela SEED, NRE e Secretaria Municipal de Educação,
cursos a distancia (GTR e outros), palestras, discussões, dinâmicas, oficinas. Motivação e
valorização dos profissionais, independente do cargo que ocupam, dando condições para
desenvolver seu trabalho com eficiência. Primar pelo trabalho em equipe, direitos e
deveres. Trocas de experiências entre professores, pedagogos, agentes educacionais I e
II, direção e pais de alunos. Tele-conferências e incentivo a leitura de bons livros cujo
retorno seja a melhoria da qualidade do ensino.
O Conselho de Classe da instituição será órgão coordenador e avaliador da ação
educacional da escola, composto pelo diretor, pedagogos e professores, além de
incorporar alunos e pais, formando um colegiado onde os mesmos se encontram para
discutir o desempenho alcançado ao final de um trimestre, além de estabelecer critérios
para os trabalhos de acompanhamento, avaliação e recuperação das dificuldades de
aprendizagem, bem como para identificar as causas do não aproveitamento escolar em
determinadas disciplinas. O Conselho de Classe também analisará informações sobre o
caráter pessoal dos alunos e seu desempenho anterior.
O Conselho de Classe possibilitará a inter-relação de profissionais e alunos
propiciando o debate sobre o processo de ensino e aprendizagem. É o momento para a
análise dos avanços dos alunos, do desempenho dos professores e da equipe
pedagógica onde o diretor é o mediador e tem a missão de conduzir a reunião de forma
democrática.
O conselho de classe será um espaço não só para possibilitar a análise do
desempenho dos alunos, mas também da própria escola, de forma conjunta e
cooperativa, analisada por todos os que integram a organização escolar (direção,
pedagogos, professores, agentes educacionais, pais e representantes dos alunos) como
também proposições para a ação rompendo-se com as finalidades classificatórias e
seletivas a que tem servido até o momento.
Serão realizados Conselhos de Classe durante o ano letivo, respectivamente ao
final de cada etapa de estudos. Isso não inviabilizará a realização de pré-conselhos como
uma forma abrangente de acompanhar o processo de ensino e aprendizagem.
A avaliação é um processo natural, que nos permite ter consciência do que
fazemos, da qualidade do que fazemos e das conseqüências que acarretam nossas
ações. Assim a avaliação deve ser entendida como um dos aspectos do ensino pelo qual
o professor estuda e interpreta os dados, com a finalidade de acompanhar e aperfeiçoar o
processo de aprendizagem dos alunos, bem como diagnosticar seus resultados e atribuir-
lhes valor.
A avaliação será, portanto, diagnóstica, contínua, cumulativa, permanente, dando
ênfase à atividade crítica, à capacidade de síntese e à elaboração pessoal, sobre a
memorização. Utilizará técnicas e instrumentos diversificados. Os alunos serão
submetidos a várias oportunidades de aferições as quais servirão para os professores
detectar os pontos que necessitam ser novamente trabalhados, repensar sua metodologia
para que o progresso de cada aluno seja realmente alcançado.
Para que a avaliação torne-se parte integrante e fundamental do processo de
aprendizagem ela será incorporada às atividades normais de sala de aula, envolvendo os
alunos nesse processo chamado de auto-avaliação.
A avaliação será trimestral, acompanhando o desempenho dos alunos durante todo
o período através de observações, de produções individuais, discussões, realizações de
provas orais e escritas, bem como pela participação e interesse em sala de aula. Serão
aferidas notas como forma de mensurar os dados que esclareçam, o desempenho para a
verificação dos pais, mas o crescimento ao longo do período será a melhor investigação
de avaliação.
Ensinar, aprender e avaliar não serão momentos separados, um acompanhará o
outro, formando um contínuo em interação permanente ao andamento normal das aulas.
Ela, a avaliação, representará um meio imprescindível para a verificação da
aprendizagem. Ao avaliar, olhamos para trás e percebemos que é preciso rever o
programa, retificar, buscar outros caminhos, lançar novas indagações.
A avaliação deverá estar sempre presente, pois é ela que nos indicará o caminho a
seguir na implementação do currículo e no desenvolvimento dos processos que isso
envolve. Dessa forma a avaliação deverá ser usada sempre para melhorar, nunca para
eliminar, selecionar ou segregar; observando sempre o crescimento do aluno, pois ele
deve ser o centro de todas as ações.
As formas de registros das avaliações serão através de textos produzidos, resumos
referentes aos conteúdos, provas escritas sobre a matéria, exposições orais e escritas
sobre conteúdos, participação efetiva durante todo o processo de ensino e aprendizagem,
além de produção de materiais (maquetes, experimentos), quando se fizer necessário.
Como esse processo precisa ser contínuo, a periodicidade das avaliações terá que ser
continuamente observada. Produções diárias serão motivos de registro, testes freqüentes,
enfim, a observação diária valerá como diagnóstico sobre a aprendizagem.
O Programa Prontidão Escolar Preventiva – PEP
Um Programa de natureza pedagógica que visa preparar os profissionais que
atuam na escola e o corpo discente, a executar ações de prevenção de incêndios,
desastres naturais e situações de riscos nas Escolas.
O Viva Escola
É um Programa que visa a expansão de atividades Pedagógicas realizadas na
Escola como complementação curricular no horário contrario ao turno, a fim de atender as
especificidades da formação do aluno e da sua realidade. Viabilizando o acesso,
permanência e participação dos educandos em atividades pedagógicas de seu interesse,
e assim possibilitando aos mesmos maior integração na comunidade escolar, fazendo a
interação com colegas, professores e comunidade.
A Escola Estadual Telmo Octávio Müller buscará com este Projeto Político
Pedagógico contemplar as idéias e sugestões que aqui foram registradas, abrindo-se para
ser este um espaço de várias aprendizagens e ao mesmo tempo retomadas de
discussões que possam ir se construindo no decorrer de sua implantação. Assim, a
responsabilidade na educação como construção de conhecimentos científicos será meta
da instituição. Os problemas que extrapolam a competência dos profissionais sejam eles
professores, pedagogos, serão encaminhados para o Conselho Tutelar de nossa cidade
para as medidas cabíveis em cada caso específico, pois a escola precisa recuperar a sua
função de “local do conhecimento”, já que ali estarão reunidos diversos profissionais de
várias áreas do conhecimento para trabalharem rumo a construção da cidadania.
Ainda será verificada a frequência dos alunos faltosos ou desistentes para o
preenchimento e encaminhamento do FICA.
Em relação aos aspectos físicos, o gestor escolar continuará investindo nas
melhorias do ambiente. Já implantado o Projeto de Arborização, jardins e folhagens e
colocação de mesas.
VII – AVALIAÇÃO DO PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO
O Projeto Político Pedagógico construído coletivamente, embasado nas práticas
escolares vivenciadas e nas denúncias dos seus membros participantes precisa ser
acompanhado e avaliado constantemente. Para tanto há a necessidade do envolvimento
efetivo de toda a comunidade escolar e a retomada das idéias que o constituem.
Para isso, buscar-se-á promover encontros envolvendo a comunidade escolar, seja
em reuniões específicas para tratar de planejamento, reuniões de pais, do conselho
escolar para resolver problemas pertinentes ao âmbito da competência escolar, em todos
esses momentos far-se-ão avaliações do Projeto Político Pedagógico.
Ela deverá ser um instrumento dialético de avanço, de identificação de novos
rumos, o reconhecimento dos caminhos percorridos e da identificação dos caminhos a
serem perseguidos.
Será realizada trimestralmente, onde toda a comunidade escolar estará envolvida,
podendo ser realizada através de seminário de acompanhamento, onde o colegiado
participa efetivamente da execução do projeto, propondo medidas adequadas, e se
necessário, o Projeto Político Pedagógico será revisto.
Os resultados entre outras ações irão nortear as sugestões de aperfeiçoamento do
Projeto Político Pedagógico.
A avaliação deverá ser assumida como instrumento de identificação da escola com
a comunidade marmeleirense e brasileira, a fim de que os conhecimentos técnico-
científicos tornem-se bens de qualidade possuídos por todos, para que de fato as escolas
estejam comprometidas com a formação de cidadãos e cidadãs.
VIII - REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
ABILEU, A. S. e LACERDA, M. S. L. de. O Conselho da Escola na Construção de Uma
Escola Democrática. In. Revista da AEC. Brasília, DF, nº.119, abril/junho, 2001.
AQUINO, Julio Groppa. Indisciplina. O Contraponto das Escolas Democráticas. São
Paulo, SP. Moderna, 2003.
ARROYO, Miguel. Ofício de Mestre. Imagens e Auto – Imagens. Petrópolis, RJ. Vozes,
2002.
BOAS, Benigna M. de F. Villas. Avaliação Formativa: Em Busca do Desenvolvimento do
Aluno, do Professor e da Escola. In. As Dimensões do Projeto Político Pedagógico:
Novos Desafios Para a Escola. Campinas, SP. Papirus, 2001.
BOFF, Leonardo. Cidadania, Com - Cidadania, Cidadania Nacional e Cidadania Terrenal.
In. Depois de 500 Anos: Que Brasil Queremos? Petrópolis, RJ. Vozes, 2000.
BOFF, Leonardo. Projetos Políticos e Modelos de Cidadania. In. Depois de 500 Anos:
Que Brasil Queremos? Petrópolis, RJ. Vozes, 2000.
BRASIL, Ministério da Educação. Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional nº
9394/96. Brasília, DF. MEC, 1996.
BUFFA, Éster. ARROYO, Miguel e NOSELLA, Paolo. Educação e Cidadania: Quem
Educa o Cidadão. Campinas. SP. Autores Associados, 1991.
CANDAU, Vera Maria. Reinventar a Escola. Petrópolis. RJ, Vozes, 2000.
DALBEN, Ângela I. L. de Freitas. Os Conselhos de Classe e o Cotidiano de Trabalho
Escolar. In. Conselhos de Classe e Avaliação: Perspectivas na Gestão Pedagógica da
Escola. Campinas, SP. Papirus, 2004.
DALBEN, Ângela I. L. de Freitas. Gestão Escolar Democrática e o Lugar dos Conselhos
de Classe. IN. Conselhos de Classe e Avaliação: Perspectivas na Gestão Pedagógica da
Escola. Campinas, SP. Papirus, 2004.
FRIGOTTO, Gaudêncio. Fundamentos de Um Projeto Político Pedagógico. In. Dermeval
Saviani e a Educação Brasileira: O Simpósio de Marília. São Paulo. Cortez, 1994.
GADOTTI, Moacir. Pressupostos do Projeto Pedagógico. In: MEC, Anais da Conferência
Nacional da Educação Para Todos. Brasília, 1994.
GALEANO, Eduardo. De Pernas Para o Ar. A Escola do Mundo do Avesso. Porto Alegre,
RS. L&PM, 1999.
GASPARIN, João Luiz. Uma Didática Para a Pedagogia Histórico – Crítica. Campinas,
SP. Autores Associados, 2003.
MORENO, M.; SASTRE, G.; BOVET, M.; LEAL, A. Conhecimento e Mudança: os
modelos organizadores na construção do conhecimento. São Paulo: Ed. Moderna e Ed.
da UNICAMP, 2000.
Pátio Revista Pedagógica. Ano VII. Nº26. maio/julho. Porto Alegre, RS. Artmed, 2003.
Pátio Revista Pedagógica. Ano VIII. Nº30. maio/julho. Porto Alegre, RS. Artmed, 2004.
Pátio Revista Pedagógica. Ano VIII. Nº31. agosto/outubro. Porto Alegre, RS. Artmed,
2004.
Pátio Revista Pedagógica. Ano VIII. Nº34. maio/julho. Porto Alegre, RS. Artmed, 2005.
Pátio Revista Pedagógica. Ano VIII. Nº35. agosto/outubro. Porto Alegre, RS. Artmed,
2005.
POZO,j.i. Aprendizes e Mestres: a nova cultura da aprendizagem. Porto Alegre:
Artmed,2002
_______;PÉREZ ECHEVERRÍA, M.P. As Concepções dos Professores Sobre a
Aprendizagem: rumoa uma nova cultura educacional. Pátio – revista Pedagógica,
nº.16,p.19-23,2001
SAVIANI, Dermeval. Problemas Sociais e Problemas de Aprendizagem. In. Revista da
ANDE (17), ano 10 São Paulo, SP. Autores Associados, 1991.
SAUL, Ana Maria. Para Mudar a Prática de Avaliação do Processo de Ensino –
Aprendizagem. In. Bicudo, Maria Aparecida V.; Silva JUNIOR, Celestino da. (org).
Formação do Educador e Avaliação Educacional: Conferências e Mesas – Redondas. São
Paulo, SP. UNESP, 1999.
VEIGA, Ilma Passos Alencastro. Ensino e Avaliação: Uma Relação Intrínseca à
Organização do Trabalho Pedagógico. In. Didática: O Ensino e Suas Relações.
Campinas, SP Papirus, 1996.
ANEXO
ESCOLA ESTADUAL TELMO OCTÁVIO MÜLLER – ENSINO FUNDAMENTAL
MUNICÍPIO – MARMELEIRO
NRE – FRANCISCO BELTRÃO
PLANO DE AÇÃO
2009/2011
PLANO DE AÇÃO DA ESCOLA ESTADUAL TELMO OCTÀVIO MÜLLER
1)Fundamentos do planejamento
O presente Plano de Ação fundamenta-se na necessidade da elaboração coletiva de
ações que visem garantir uma atuação consciente dos profissionais desta instituição no
sentido de manter a aprendizagem como foco principal da escola, construindo significados
para a vida dos educandos e perpassando pelas práticas vivenciadas no dia a dia.
O mesmo foi elaborado, primeiramente pelo diretor, devido a candidatura para o cargo
que concorreu em dezembro de 2008 e posteriormente reformulado devido os resultados
da auto avaliação institucional realizada no colégio, a qual demonstrou pontos críticos na
atuação pedagógica e administrativa.
2)Princípios Orientadores
Tendo em vista que as ações realizadas na escola interferem diretamente no
aprendizado dos alunos que freqüentam a instituição, e estes provém de classes sociais
menos favorecidas e pela caracterização da escola ser pública, o compromisso com esta
população se torna o grande foco de nossas ações administrativas e pedagógicas, para
que estes possam desfrutar de um ambiente acolhedor onde cada profissional se
preocupe não somente em ensinar, mas também resgatar o ser humano que convive
diariamente em nosso ambiente.
3)Objetivos
-Sistematizar de forma organizada as ações prioritárias para a instituição, no que
diz respeito ao pedagógico e administrativo;
-Explicitar para a comunidade escolar as grandes linhas de ação adotadas para
este período de gestão escolar;
-Garantir a execução das metas e objetivos do Projeto Político Pedagógico, que
estão implícitas nesse Plano de Ação;
_Primar pela qualidade do ensino ofertado pela instituição uma vez que o plano de
ação direciona as práticas desenvolvidas no ambiente escolar;
- Atender à diversidade Cultural;
- Priorizar a participação permanente da família na Escola;
Plano de Ação 2009/2011Ações Responsáveis Cronograma
Gestão compartilhada – parceria APMF, Conselho Escolar e Grêmio Estudantil nas principais decisões da Escola.
Direção Ano todo
Projeto Saúde Docente – valorização do bem-estar do professor e funcionário, através de filmes, lanche saudável e nutricional, aulas de Bodybalance, textos esclarecedores e troca de informações
Direção, professores e pedagogos
Mensalmente
Viva a escola – apoio ao projeto da SEED. Dinamizando as atividades da escola.
Professores Semanalmente
Jornal O TOM da Hora – informações das ações da escola.
Grêmio Estudantil APMFDireção
Bimestralmente
Projeto Melhor Idade – parceria entre Idosos e adolescentes. Idosos participam através de contação de sua história para os alunos, para melhor entendimento da realidade atual , com a vivida no passado.
APMF Semestralmente
Inclusão - respeito à diversidade. Oportunizar através de diversas metodologias a inclusão, o acesso e a permanência dos mesmos. Parceria com a APAE, troca de experiências.
Todos Ano todo
Bullyng Escolar - o outro lado da escola, respeito entre colegas.São atos agressivos, intencionais e repetitivos, que ocorrem sem motivação evidente, em desigualdade de poder. Conhecer o relacionamento entre os alunos para evitar as agressões.
DireçãoProfessoresFuncionáriosRepresentantes de turmaE demais alunos.
Ano todo
Atividades a serem continuadas: Jogos do TOM, , Pizza do TOM, Festa Junina, Festa a Fantasia,
DireçãoProfessores PedagogosProfessoresProfessora voluntária
Durante período letivo
Garota e Garoto TOM, Teatro no TOM, FEIRA MULTIDISCIPLINAR
AlunosFuncionários
Formação continuada: promover e incentivar todos e quaisquer cursos e eventos que contribuam para o crescimento profissional dos docentes e funcionários da escola.
Todos Sempre que houver
Agenda Escolar: atendimento das informações sobre a vida escolar do aluno através da agenda já implantada, também utilizada como meio de comunicação escola e família.
Direção Ano todo
Instâncias Colegiadas:Grêmio Estudantil, APMF, Conselho Escolar: Conscientizar sobre as atribuições e capacitações sobre a função
Direção, Funcionários, Professores, membros da Comunidade Escolar, alunos
Sempre que solicitado
RELAÇÕES DA DIREÇÃO COM A COMUNIDADE EXTERNA:Conselho Tutelar - O Conselho Tutelar tem
dado suporte em alguns casos principalmente no que se refere aos alunos evadidos, ou com problemas na escola ou na família.
- Aumentar ainda mais a parceria buscando cada vez mais a aproximação dos membros do Conselho Tutelar e dos alunos, promovendo visitas as salas de aula, horário do recreio e participação nos projetos da escola.
Promotoria Pública Caso seja necessária a intervenção da Promotoria Pública, será encaminhado a esta instancia.
- Implementar a parceria entre a escola e a Promotoria Pública através de palestras, visitas a escola, participação em reuniões de pais.
Conselho Municipal de Saúde
- Atualmente a colaboração se dá através de palestras e ações de saúde preventiva.
- Manter a colaboração e estimular a realização de atividades relacionadas à saúde.
Conselho Municipal de segurança
- Buscar parceria - Buscar maior participação deste na escola, visando a
segurança da comunidade escolar.
Para as Mães dos alunos. - O atendimento aos programas do Governo Estadual (leite das crianças), palestras educativas, homenagem do dias das mães.
- Manter a proximidade com as mães e ampliar as ações através de reuniões e palestras.
Pastoral da Criança - Buscar parceria - Buscar aproximação e ver da possibilidade da realizações em conjunto.
Conselho Municipal dos Direitos da Criança e do Adolescente
- Buscar parceria. - Buscar aproximação, para que o mesmo venha colaborar com a comunidade escolar.
Conselho Municipal da Alimentação Escolar.
- Existe, está em funcionamento.
- Convidar seus membros a conhecer a merenda escolar oferecida a comunidade escolar.
RELAÇÕES DA DIREÇÃO COM A COMUNIDADE INTERNA:Professores e Equipe Pedagógica
- Os horários de aulas e horas atividade, o suporte técnico, pedagógico, a qualificação dos equipamentos estão organizados de maneira que possam dar suporte e boas condições do professor desenvolver o seu trabalho.
- Manter o suporte técnico e pedagógico, efetivar ações de adequação de espaços e equipamentos e implantação de um projeto de saúde docente e insumos necessários, nas suas atividades .
Equipe Técnico Administrativo e Assistentes de Execução
- O desenvolvimento de todas as ações do estabelecimento, estão diretamente ligadas a equipe Administrativa e de Execução.
- Aproximação e desenvolvimento em conjuntos das diversas ações que integram o dia a dia da escola.
Equipe Auxiliar Operacional
- Baseados nos fundamentos da ação coletiva, são parte integrante e fundamental do desenvolvimento escolar.
- Disponibilização de equipamentos que possam vir a beneficiar a escola e os profissionais que nela trabalham.
Alunos - O conjunto de ações desenvolvidas na escola estão diretamente voltadas para atender as necessidades dos alunos.
- Desenvolvimento de projetos e ações coletivas das instâncias colegiadas em prol dos educandos.
Pais e/ou Responsáveis - São a base fundamental - Integrar e aproximar cada
para a efetiva realização dos objetivos da escola, dão suporte e auxiliam no desenvolvimento dos jovens e adolescentes.
vez mais as famílias da escola, fortalecendo o âmbito de ações desenvolvidas tanto de caráter administrativo como pedagógico.
Atualização do Regimento Escolar, Projeto Político Pedagógico (PPP), da Proposta Pedagógica Curricular (PPC) e do Plano de Trabalho Docente (PTD)
- As atualizações acontecem mediante um trabalho coletivo entre, professores, equipe pedagógica, administrativa, direção, pais e alunos.
- A escola pública encontra-se em constante transformação, sob este aspecto, sempre que necessário serão realizadas as intervenções no sentido de ampliar a sua eficácia e universalizar o seu acesso.
RELAÇÕES COM O NRE E SEED:Formação Continuada para o Corpo Docente
- É um momento indispensável ao desenvolvimento dos profissionais.
- Apoiar e mobilizar todos os setores da escola no sentido de dar condições aos professores de obter o melhor aproveitamento possível.
Reuniões com Pais. - Pode-se afirmar que a participação é ótima, sempre que solicitado os pais comparecem.
- Estabelecer ações que mantenham e até amplie esta participação.
Formação Continuada para Equipe Técnico Administrativo e Assistentes de Execução
- É um momento indispensável ao desenvolvimento e valorização deste profissional dentro da escola.
- Apoiar e dar suporte aos participantes, especialmente no sentido de oferecer condições de deslocamento aos locais dos eventos.
Formação Continuada para Equipe Auxiliar Operacional
- É um momento indispensável ao desenvolvimento e valorização deste profissional dentro da escola.
- Apoiar e dar suporte aos participantes, especialmente no sentido de oferecer condições de deslocamento aos locais dos eventos.
Participação da Direção em Cursos de Formação Continuada
As capacitações se fazem necessárias para a atualização e acompanhamento das mudanças educacionais.
- Participar dos eventos para colocar em prática os conhecimentos adquiridos.
RELAÇÃO COM PROGRAMAS E PROJETOS DO GOVERNO FEDERAL:Programa Dinheiro Direto na Escola (PDDE)
- Os recursos são utilizados de maneira responsável e com o objetivo de beneficiar toda a comunidade escolar.
- Utilização dos recursos com critério e responsabilidade, visando atender as principais necessidades da comunidade escolar.
Programa de Desenvolvimento Educacional (PDE – Escola)
- Participação parcial do programa.
- Se inteirar do programa e ampliar a participação da escola no programa.
Programa Bolsa Família - Uma parcela significativa dos alunos já são atendidos pelo programa.
- Efetivo acompanhamento da freqüência dos alunos integrados e ampliação dos atendimentos.
RELAÇÃO COM PROGRAMAS E PROJETOS DO GOVERNO ESTADUALFera com Ciência - A escola participa conforme
o número de vagas disponibilizadas e o local de realização.
- Continuidade da participação.
Jogos Escolares - A escola participa anualmente.
- Continuidade da participação.
Patrulha Escolar - Tem nos atendidos quando solicitados.
- Solicitar o aumento do efetivo da patrulha escolar.
Viva a Escola - A Escola possui dois projetos em andamento.
- Dar atendimento e suporte às necessidades para implantação do Programa.
PROGRAMAS E PARCERIAS COM OUTRAS INSTITUIÇÕES:Capacitações na área da inclusão
- Cursos de formação em parceria com APAE, CAPI e Depto. Municipal de Educação.
- Promover e ampliar as parcerias.
Visitas a instituições de ensino superior e feiras de ciências
- Visitação a instituições de ensino superior públicas e privadas, SESC, escolas agrícolas e de tecnologia.
- Manter e ampliar as parcerias.
Cursos de informática para os alunos
- Em conjunto com a APMI, Escola Oficina, Centro Tecnológico, oferecer aos alunos curso gratuito de informática.
- Manter a parceria e aumentar o atendimento.
Depto. Municipal de Educação e Cultura, Escolas Estaduais, Municipais e Particulares.
- Existe uma boa cooperação e entendimento.
- Manter a política de bom entendimento com todas as unidades de educação e cultura do município, com parcerias.
Avaliação do Plano de Ação:A avaliação do plano de ação se dará durante todo o ano, mediante a participação e o
desempenho de alunos, professores, funcionários e direção no cumprimento das ações propostas para este período.
Os resultados deverão ser analisados por toda a comunidade escolar na busca de soluções e alternativas para situações que aconteçam no estabelecimento de ensino.
As ações que não se concretizarem, que se concretizarem parcialmente ou que não tenham resultados positivos serão reformuladas para realização futura.
Muitas ações não contempladas neste plano poderão ser adotadas desde que sejam necessidade e prioridade da comunidade escolar.