Post on 01-Oct-2021
ISSN 1980-9204
UMA PUBLICAÇÃO
MAIO 2016 | nº 196
www.abts.org.br
EMPRESAS COM FORTE ATUAÇÃO NO BRASIL VOLTAM A ATENÇÃO A OUTROS PAÍSES PARA FATURAR MAIS
Revista Tratamento de S
uperfície • Ano X
XX
IV Edição 196 • 2016
Rua Macedônia, 135 - 07223-200 - Guarulhos - SPTel 11 2446.5081 | contato@mrplating.com.brMR PlaTinG Comércio de Produtos Químicos ltda. www.mrplating.com.br
DESPLACANTE PARA ZAMAK
Não ATACA METAL bASE
TEMPERATuRA DE TRAbALho: AMbiENTE A 60 gRAuS
uTiLiZADo TAMbéM PARA Aço E LATão
PRoCESSo ECoLógiCo
INOVAÇÕES: GUIA DE TRATAMENTO DE SUPERFÍCIES
• PALAVRA DA ABTS •
Tratamento de Superfície 196 • 3
Em edições passadas, discor-remos brevemente sobre os desafios do presente ano e,
como brasileiros antes de tudo, nós da ABTS também somos im-pactados pelos acontecimentos recentes da economia e política, e somos impelidos a mudar, rede-finir, transformar. Enfim, agir para não perecer.
Particularmente, tive a gra-ta oportunidade de participar de algumas gestões e todas, cada qual a seu modo, contribuiu posi-tivamente para o que hoje somos. Neste momento, em especial, esta-mos uníssonos em busca de meios e soluções para que você, leitor, profissional da área e Associado, encontre uma instituição que real-mente represente vossos anseios e necessidades.
Dentro deste compasso, é com grande alegria que a Diretoria da ABTS disponibiliza aos associa-dos mais um benefício: o Guia de Tratamentos de Superfície. Esta é uma ferramenta de buscas que irá, de forma simples e direta, tra-zer aos profissionais da área, que empregam nosso site e a internet como metodologia de pesquisa, a agilidade e comodidade neces-sárias para obtenção de dados e informações que necessitam.
Considerando que o site da ABTS recebe diariamente cente-nas de acessos de pessoas fí-sicas e empresas buscando as mais variadas informações, o guia disponibilizará a todos uma gama de empresas, produtos e serviços, presentes em nosso universo de
tratamentos de superfície, o que, certamente, representará uma ja-nela de negócios sem preceden-tes. Estarão disponíveis links rela-cionados a produtos químicos, ma-téria-prima, processos químicos, equipamentos, empresas de ma-nutenção, automação, tratamento de efluentes, descarte de resíduos, transporte, aplicadores de proces-sos protetivo, decorativos, pintura líquida, pintura a pó, dentre outros.
A ferramenta está disponível desde o mês de abril. Lembro que para participar do Guia e para a correta fidelização das informa-ções, é necessário preencher um formulário que deve ser enviado a nossa secretaria, Para tanto, con-tamos com a vossa colaboração.
Mais uma vez a ABTS demons-tra estar no caminho correto, via-bilizando, por intermédio de suas deliberações, mais e mais meios para que o associado seja um beneficiário desta, que é a nossa casa. E você, nosso leitor, caso ainda não seja um associado, não fique de fora! Faça parte de nosso time, associe-se e tenha também ao seu dispor mais esta ferramen-
ta.
NESTE MOMENTO, EM ESPECIAL, ESTAMOS UNÍSSONOS EM BUSCA DE MEIOS E SOLUÇÕES PARA QUE VOCÊ, LEITOR, PROFISSIONAL DA ÁREA E ASSOCIADO, ENCONTRE UMA
INSTITUIÇÃO QUE REALMENTE REPRESENTE VOSSOS ANSEIOS E NECESSIDADES.
Gilbert ZoldanDiretor Vice-Tesoureiro da ABTS
ABTS 15
ANION 52
B8 COMUNICAÇÃO 27 e 49
COVENTYA 11
DAIBASE 13
DORKEN 51
ELECTROGOLD 15
ERZINGER 7
EUROGALVANO 41
FALCARE 19
MONOFRIO 27
KUALITY 5
METAL COAT 33
METALLOYS 47
MR PLATING 2
NIQUELFER 18
SIGMA 19
TECITEC 27
TRATHO 45
• SUMÁRIO • • ANUNCIANTES •
3PALAVRA DA ABTSInovações: Guia de Tratamento de SuperfíciesGilbert Zoldan
6EDITORIALDicas e informaçõesMariana Mirrha
8GRANDES PROFISSIONAISOs desafios da manufatura de produtos para a indústria de metais sanitários
Moisés Alves Faustino
12PROGRAMA CULTURAL140º Curso de Tratamentos de Superfície leva alunos à escola Senai
Palestra na ABTS mostra como os empresários podem ultrapassar os momentos de dificuldades em seus negócios
20 MATÉRIA ESPECIALTRATAMENTO PARA GRINGO VER
26PALAVRA DA FIESPO Brasil exige mudançasPaulo Skaf
28ORIENTAÇÃO TÉCNICADesenvolvimentos sustentáveis em tintasNilo Martire Neto
30MATÉRIA TÉCNICADesengraxantes: sólido ou líquidoThomas Sondermann
34MATÉRIA TÉCNICAAnodização dura em peças de alumínio, resistentes à fricção e ao desgaste para indústria automobilística e motocicletas (II)
Xavier Ventura
42ARTIGOInovação tecnológica e produção mais limpa na galvanoplastiaPedro de Araujo
44MEIO AMBIENTE E ENERGIAReúso é a palavra de ordemRuddi de Souza
46ARTIGOOportunidades aos deficientesLuiz Gonzaga Bertelli
47 NOTÍCIAS EMPRESARIAIS
50PONTO DE VISTATalentismo, o novo conceito da era empresarialWellington Rodgério
20
TRATAMENTO
PARA GRINGO VER
Mariana Mirrha
DESTAQUE
4 • Tratamento de Superfície 196
Há mais de 20 anos, começamos nossa jornada para fornecer o
que existe de mais eficiente e confiável em termos de produtos e
serviços químicos. Ao longo dessa trajetória, buscamos aperfeiçoar
a qualidade e eficiência no desenvolvimento de produtos e
processos químicos.
Prova do comprometimento com a excelência é a nossa
certificação ISO 9001:2008. E já estamos em busca da ISO 14000.
O nosso cliente tem a sua disposição os serviços de
desenvolvimento de produto e processos, auxílio na manutenção
dos parâmetros, treinamento dos funcionários e inspeções
constantes para otimização, qualidade e segurança do controle do
processo.
Kuality Produtos Químicos Ltda.Rua Jornal O Saltense, 87Parque Júlio Ustrito | Salto | SP | 13323-746Tel.: 11 4602.3473 | 11 4028.7144 | 11 98637.0027 | 11 98152.5954
TECNOLOGIA ARROJADA E INOVADORA
• Ecologicamente correto;
• Menor número de estágios;
• Menor consumo de água;
• Redução de custos (sem refinador e passivador),
menor concentração de uso;
• Redução nos custos com energia (não requer
aquecimento);
• Isento de metais pesados e fósforo;
• Menor efluente para tratamento posterior, não
forma lama;
• Montagem simples, fácil aplicação e controle;
• Maior penetração em chapa sobreposta;
• Multimetal (aço carbono, alumínio, galvanizado);
• Pode ser aplicado em plásticos em geral e vidro;
• Tecnologia versátil.
vendas@kualityquimica.com.br
www.kualityquimica.com.br
Linha completa para diversas aplicações em tratamentos de superfície, modernize sua linha de pré-tratamento
EXPRESSÃO MÁXIMA EM PRÉ-TRATAMENTO
ADESILAN®
Tecnologia com qualidade europeia e produzida no Brasil.
Esta edição de Tratamento de Superfície funciona como um verdadeiro guia para o setor. Seja por meio de dicas sobre como lidar com o seu negócio e a atual conjuntura econômica
e política nacional, ou com informações apuradas sobre como anda o
mercado, você pode se apoiar nesta publicação como um auxílio para
te ajudar a tomar as próximas decisões na sua empresa.
A matéria especial mostra como grandes companhias do segmen-
to com atuação no Brasil enxergam a Europa e outros continentes
como mercados mais lucrativos que o nosso. Com sedes europeias,
estas empresas ainda acreditam que o país deve ser olhado com
atenção e que será possível ver o mercado nacional de tratamentos
de superfície crescer.
Um importante relato sobre as dificuldades enfrentadas durante
a trajetória de uma empresa de tratamento de superfície também
é contada nesta publicação, em Programa Cultural da ABTS. Paula
Restituti, sócia diretora da Niq-Par, compartilha a história sobre
como criou e passou pelo fechamento da empresa e os aprendizados
angariados ao longo da carreira. Neste relato, ainda dá importantes
dicas sobre como agir em momentos de crise, sejam elas institucio-
nais, econômicas ou de gestão.
A necessidade de reúso de água é novamente abordada em Tra-
tamento de Superfície como uma ação cada vez mais necessária
dentro da indústria, não apenas para diminuir custos com este bem,
mas também para promover uma gestão sustentável.
A capacitação de profissionais é relembrada neste número, que
traz um importante artigo sobre como é possível capacitar pessoas
com Síndrome de Down e as incluir no mercado de trabalho de for-
ma que sejam absolutamente capazes de desenvolver importantes
funções dentro das empresas.
Novidades de relevantes companhias que atuam com tratamentos
de superfície também estão nas próximas páginas, como de costume,
garantindo que a edição leve a você, leitor, sempre os maiores e mais
importantes movimentos do segmento.
Conteúdo para se manter informado sobre o setor não falta nesta
edição. Então, avance as páginas e boa leitura.
DICAS E INFORMAÇÕES
• EDITORIAL •
REDAÇÃO, CIRCULAÇÃO E PUBLICIDADERua João Batista Botelho, 7205126-010 - São Paulo - SP
tel.: 11 3835.9417 fax: 11 3832.8271b8@b8comunicacao.com.br
www.b8comunicacao.com.br
DIRETORESIgor Pastuszek Boito
Renata Pastuszek BoitoElisabeth Pastuszek
DEPARTAMENTO COMERCIALb8comercial@b8comunicacao.com.br
tel.: 11 3641.0072
DEPARTAMENTO EDITORIALJornalista/Editora Responsável
Mariana Mirrha (MTb/SP 56654)
FOTOGRAFIAFernanda Nunes
EDIÇÃO E PRODUÇÃO GRÁFICARenata Pastuszek Boito
A ABTG - Associação Brasileira de Tecnologia Galvânica foi fundada em 2 de agosto de 1968. Em razão de seu desenvolvimento, a Associação passou a abranger diferentes segmentos dentro do setor de acabamentos de superfície e alterou sua denominação, em março de 1985, para ABTS - Associação Brasileira de Tratamentos de Superfície. A ABTS tem como principal objetivo congregar todos aqueles que, no Brasil, se dedicam à pesquisa e à utilização de tratamentos de superfície, tratamentos térmicos de metais, galvanoplastia, pintura, circuitos impressos e atividades afins. A partir de sua fundação, a ABTS sempre contou com o apoio do SINDISUPER - Sindicato da Indústria de Proteção, Tratamento e Transformação de Superfícies do Estado de São Paulo.
As informações contidas nos anúncios são de inteira responsabilidade das empresas. Os artigos assinados são de inteira responsabilidade de seus autores e não refletem necessariamente a opinião da revista.
Rua Machado Bittencourt, 361 - 2o andarconj.201 - 04044-001 - São Paulo - SPtel.: 11 5574.8333 | fax: 11 5084.7890www.abts.org.br | abts@abts.org.br
DIRETOR-PRESIDENTEAiri Zanini
DIRETOR VICE-PRESIDENTERubens Carlos da Silva Filho
DIRETOR-SECRETÁRIOEdmilson Gaziola
DIRETOR VICE-SECRETÁRIODouglas de Brito Bandeira
DIRETOR-TESOUREIROWady Millen Jr.
DIRETOR VICE-TESOUREIROGilbert Zoldan
DIRETOR CULTURALReinaldo Lopes
VICE-DIRETOR CULTURALMaurício Furukawa Bombonati
MEMBROS DO CONSELHO DIRETORCássia Maria Rodrigues dos Santos,
Douglas Fortunato de Souza, Sandro Gomes da Silva, Silvio Renato de Assis, Wilma Ayako Taira dos Santos
CONSELHEIRO TÉCNICOCarmo Leonel Júnior
REPRESENTANTE DO SINDISUPERSergio Roberto Andretta
CONSELHEIRO EX OFFICIOAntonio Carlos de Oliveira Sobrinho
Gestão 2016 - 2018
TIRAGEM12.000
exemplares
PERIODICIDADEbimestral
EDIÇÃO Março | Abril
no 196
(Circulação desta edição: Maio/2016)
Mariana MirrhaEditorats.texto@gmail.com
6 • Tratamento de Superfície 196
Rua Miguel A. Erzinger, 400 Pirabeiraba | 89.239-225 | Joinville (SC) | BrasilVia Santa Vecchia, 109 | 23868 | Valmadrera (LC) | ItáliaOtto-Lilienthal-Strasse, 18 | 88677 | Markdorf | Alemanha
A consolidada parceria de mais de uma década entre WAGNER - líder mundial em tecnologia de cabinas e pistolas de pintura - e ERZINGER, coleciona inúmeros cases de sucesso em pintura a pó e economia operacional.
Pré-tratamento por imersão e aspersãoCabinas para pintura a pó e líquidaEquipamentos para pintura catódica (KTL/E-coat)Pistolas de pintura eletrostática a póEstufas para processos de secagem, cura e polimerizaçãoEstufas infravermelho por painéis catalíticos a gásEquipamento para revestimento químico por autodeposiçãoSalas limpas (pressurizadas) Túneis de resfriamentoSistemas de movimentação aéreo, de piso e Power & Free.
WWW.ERZINGER.COM.BR | FONE (47) 2101-1300 | erzinger@erzinger.com.br
PROJETOS EXCLUSIVOS E CUSTOMIZADOSDE ACORDO COM A SUA NECESSIDADE
Equipamentos Erzinger podem ser �nanciados pelo
LÍDER DE SOLUÇÕES EM EQUIPAMENTOS DE PINTURA
APRESENTAÇÃOEm primeiro lugar gostaria de agradecer à ABTS, em especial aos amigos de longa data, Reinaldo Lopes, Diretor Cultural, e Airi Zanini, Diretor-Presidente pelo convite feito para que eu contasse um pouco sobre algumas experiências vividas no campo ligado ao mundo do tratamento de superfícies. Refletindo no assunto, cheguei à conclusão que talvez fosse in-teressante falar um pouco dos desafios dos últimos 40 anos de minha vivencia em uma manufatura do ramo de metais sanitários no apoio ao desenvolvimento e sustentação de uma marca forte como a Deca, líder no mercado nacional e reconhecida interna-cionalmente.Os processos produtivos de 40 anos atrás eram, em sua grande parte, manuais ou semiautomáticos com a utilização de recursos locais: mão de obra, matérias-primas e outros insumos. A importação era inviável em função das taxas.Nesse início, a base para esta grande empresa foi o pilar qualidade que se sustenta até os dias atuais. O trabalho era desenvolvido aliando experiência prática, métodos empíricos, conhecimento técnico e uma pitada de sorte.
8 • Tratamento de Superfície 196
Grandes Profissionais
OS DESAFIOS DA MANUFATURA DE PRODUTOS PARA A INDÚSTRIA DE METAIS SANITÁRIOS
Moisés Alves Faustino é Engenheiro Metalurgista pela Escola Politécnica da Universidade de São Paulo, iniciou sua carreira profissional na Duratex, Unidade Deca Metais, em 1975, passando por diversos departamentos e encerrando as atividades ali oficialmente no fim de 2014.Continuou na companhia dando assessoria em um audacioso projeto de implantação a nível corporativo de um sistema de segurança para a Engenharia de Segurança e Medicina do Trabalho, o qual coordenava desde 2012, finalizando o projeto no último mês de março.
MOISÉS ALVES FAUSTINOEngª de Segurança e Medicina do Trabalho
Prêmio Água e Cidade
2001
Prêmio FIESP de mérito ambiental pelo trabalho: Gestão de resíduos nas Unidades Deca – 2014
Tratamento de Superfície 196 • 9
LINHA DO TEMPO ‐ EVOLUÇÃO INDUSTRIAL E PRODUTIVA1970
Desenvolvimento de novas ligas de cobre Estabilização de pro-cessos lixamento e polimento
Estudos de novos métodos de montagem
1980
Consolidação de linha cromação automática para ligas de cobre
Implantação da Estação de Tratamento de Efluentes Galvânicos e o reconhecimento do Governo do Estado de São Paulo: Projeto Amigos do Tietê
Novo site industrial
1990
Consolidação da linha manual para acabamentos especiais
Início da mecanização, automação e robotização de operações para fabricação de componentes
Implantação do processo automático de desengraxe alcalino para componentes
Implantação de linha de pintura mecanizada para componentes
2000
Consolidação da mecanização e automação para toda a cadeia produtiva
Site Duratex
2010 ‐ 2014
Ampliação de capacidade produtiva industrial com destaque para novas linhas de tratamento superficial com tecnologia up to date
Implantação de sistemas de uso racional e reúso de água
Implantação de sistema de reciclagem de matéria prima
Desenvolvimento de novos processos de revestimento
Certificação do Sistema de Gestão Ambiental de acordo com a norma ISO 14001
DESAFIO DA MANUFATURAOs avanços tecnológicos e produtivos ao longo dos últi-mos 40 anos foram necessários para manter o diferencial competitivo da Duratex, mas não são suficientes para garantir o sucesso da marca Deca.Outras ferramentas de gestão foram utilizadas visando maximizar a geração de valor, a satisfação do cliente e/ou consumidor, o bem estar da sociedade e a perenidade dos negócios. Esta é uma visão sustentável da companhia desde sua fundação, em 1947, até os tempos atuais.
Destaco as seguintes ferramentas:a) Visão estratégica Duratex
MissãoAtendermos com excelência às demandas dos clientes, pelo desenvolvimento e pela oferta de produtos e serviços que contribuam para a melhoria da qualidade de vida das pessoas, gerando riqueza de forma sustentável.
VisãoSermos empresa de referência, reconhecida como a melhor opção por clientes, colaboradores, comunidade, fornecedores e investidores, pela qualidade de nossos produtos, serviços e relacionamentos.
Valores• Integridade• Comprometimento• Valorização humana• Superação dos resultados• Melhoria contínua• Inovação• SustentabilidadePara uma grande empresa, que está posicionada como líder em seu mercado e é referência para outros, visão es-tratégica ajuda em um alinhamento de todos os colabora-dores para conquista das metas e resultados sustentáveis de curto, médio e longo prazo.
b) Engenharia da qualidade
A função da Engenharia da qualidade é garantir que todos
os padrões e especificações dos produtos e processos
sejam seguidos ao longo do processo produtivo. Para
isso, são utilizadas ferramentas de controle de processo
como o CEP (Controle Estatístico de Processo) na área
de Galvanoplastia. Vale destacar, que existe também uma
grande atuação da área na qualificação dos fornecedores
de componentes. Todas estas ações garantem que a em-
presa continue certificada pela ISO 9001.
c) 5S´s – Filosofia japonesa para o ambiente de trabalho
Após visita ao Japão, 1992, foi possível ver como ter um
ambiente industrial no padrão showroom e que permite
uma operação lógica, organizada, limpa, padronizada e
onde os colaboradores podem manter os resultados pela
disciplina operacional.
Esta filosofia foi implantada nas diversas áreas da em-
presa de maneira a capturar os benefícios econômicos,
sociais e ambientais possíveis.
d) TPM (Total Productive Mantenance) – Filosofia japonesa para o equipamento produtivo
Da mesma maneira, visitando o Japão, foi verificada outra
filosofia de gestão, mas com foco no equipamento. Um
equipamento limpo, sem quebras e com padrões de opera-
ção definidos permite uma otimização dos ativos gerando
valor para a companhia.
Como o fator crítico para o sucesso do TPM é o colabo-
rador que opera o equipamento, foi realizada uma robusta
mobilização de toda a equipe para conhecimento do pro-
10 • Tratamento de Superfície 196
grama TPM, sua execução e operacionalização. Ao final o
colaborador tornou-se um especialista em sua máquina
gerando o slogan “Da minha máquina cuido eu”.
Este programa permitiu atacar as causas das paradas
dos equipamentos gerando disponibilidade e reduzindo a
necessidade de turnos extras e aquisições.
Após longo período como Manutenção Produtiva Total,
o programa evoluiu para Gerenciamento Produtivo Total
acompanhando não somente as paradas de máquina pro-
venientes de defeitos, mas também perdas por não qua-
lidade, setup entre outros. Também foi possível implantar
em áreas produtivas e não somente em equipamentos.
e) Melhoria Contínua
Naturalmente, com a implantação dos programas 5S´s e
TPM surgiram excelentes ideias que resolveriam os pro-
blemas encontrados no dia a dia.
Para tornar sistêmico o acompanhamento da implantação
destas ideias foi implantado o Programa de Sugestões,
onde o colaborador documenta sua ideia e esta é reconhe-
cida pelo seu valor gerado.
Todos estes programas e filosofias fazem parte dos pi-
lares para a implementação do Lean Manufacturing na
empresa.
f) Sustentabilidade ‐ o meio ambiente como gerador de valor para imagem da empresa
Desde os primórdios, a Duratex sempre adotou uma postura proativa em relação às boas práticas ambientais, dentre as quais podemos citar as seguintes:Sistemas de Exaustão.Sistemas de Tratamento de Efluentes: destinação adequa-da dos resíduos de processo fornecedores homologados nas questões socioambientais.Muitas das práticas de reaproveitamento de resíduos uti-lizadas na empresa já continham os conceitos atualmente relacionados à economia circular (“cradle to cradle”). Se-gue abaixo ilustração do modelo conceitual, com os ciclos biológico e técnico.
Nesta questão de meio ambiente gerando valor para ima-gem da companhia destacam-se os reconhecimentos:
Prêmio Água e Cidade – 2001
Prêmio FIESP de mérito ambiental pelo trabalho: Gestão
de resíduos nas Unidades Deca – 2014.
GESTÃO AMBIENTAL
A partir de 2011, as unidades passaram a incorporar o
sistema de gestão ambiental, de acordo com a norma ISO
14001, que se baseia em um processo de melhoria contí-
nua, permitindo abordar de forma sistêmica os aspectos
ambientais ligados aos processos industriais. Com esta
prática, a Duratex obteve sua primeira certificação am-
biental ISO 14001 em 2012.
A Engenharia de Segurança e Medicina do Trabalho como
agente de cultura do acidente zero. Além das questões le-
gais de Engenharia de Segurança e Medicina do Trabalho,
a empresa iniciou a implantação de um projeto focado em
03 pilares:
Equipamentos – análise de todas as normas de segurança
vigentes para as máquinas produtivas.
Procedimentos – elaboração de procedimentos e normas
internas.
Pessoas – desenvolvimento do comportamento seguro
por treinamentos e acompanhamentos.
PRODUTO
A Duratex preocupa-se sempre com as necessidades do
mercado e está sintonizada nas tendências locais e in-
ternacionais no segmento da construção civil, ofertando
produtos e serviços de alta tecnologia e desempenho que
atendem as demandas do mercado de forma sustentável.
COMENTÁRIOS FINAIS
Para finalizar, chegar ao pódio é muito difícil, mas per-
manecer lá durante praticamente toda a trajetória do seu
ciclo de vida como a marca Deca, é mais difícil ainda. Eu
sempre falei e falo que uma empresa é um ente “abstrato”.
O mais importante são as pessoas. Tecnologia qualquer
um pode comprar, basta ter dinheiro. Pessoas comprome-
tidas fazem a diferença e é assim que fomos vencendo os
mais diversos obstáculos nessa caminhada de sucesso.
Por isso, nosso slogan por décadas na Deca sempre foi
acreditar e praticar o de que ” Nossa Força Vem Das
Pessoas”
www.coventya.com.br Beyond the Surface
Conheça a mais nova tecnologia de Verniz Cataforético da Coventya...
MOLFIN AR 130Verniz Cataforético de excelente resistência química.
Simplicidade no controle químico, inclusive o solvente pode ser controlado através da medição doíndice de refração do permeado (IR).
Excelente resistência ao ácido fórmico, atendendo à norma ABNT 14369.
Elevada resistência à sulfetos e água salina, atendendo às normas da ABNT.
Depósito totalmente incolor (sem amarelamento) sobre prata, níquel e latão.
Resistência à acetona maior do que 1000 passos duplos (relativa à cura, tempo e temperatura).
Excelente aderência úmida (após imersão em água em ebulição por 1 hora).
Atinge mais do que 48 horas de resistência à perspiração (ISO 12870).
Permite incorporação de pigmentos e processo de pós-pigmentação (post dye).
Apresenta elevada dureza e resistência à abrasão.
Anúncio MOLFIN.Trat.Abr15.branco.indd 1 11/06/2015 10:21:29
Aproveite para programar a participação da sua empresa e dos seus colaboradores nos eventos da Associação em 2016:abts@abts.org.br
Os eventos poderão ser alterados. Confira a agenda da ABTS com todos os eventos programados no site: www.abts.org.br
7 a 11 | 29 |
Curso de Tratamentos de Superfície
Palestra Técnica
| ABTS
| ABTSNOV
PALESTRACURSO
2 | Evento Social - Confraternização | ABTSDEZSOCIAL
20 a 22 | 27 |
Curso de Processos Industriais de Pintura
Palestra Técnica de Pintura
| ABTS
| ABTSSET
PALESTRACURSO
4 a 20 | 26 |
Curso Noturno de Tratamentos de Superfície
Palestra Técnica
| ABTS
| ABTSJUL
PALESTRACURSO
15 | 28 | 28 |
27 a 30 |
Curso de Pré-tratamento e Pintura de Acabamento
Curso de Continuous Quality Improvement - CQI 11/12
Palestra Técnica
Curso de Tratamentos de Superfície
| BELO HORIZONTE - MG
| ABTS
| ABTS
| CAMPINAS - SP
JUNPALESTRACURSO
18 | 24 |
Curso de Custos em Tratamentos de Superfície
Palestra Técnica
| ABTS
| ABTSMAI
PALESTRACURSO
6 | 15 e 16 |
22 a 25 | 30 |
Comemoração do 48o Aniversário da ABTS
Curso Modular de Pintura | Workshop
Curso de Tratamentos de Superfície | Workshop
Palestra Técnica
| ABTS
| JOINVILLE - SC
| CURITIBA - PR
| ABTS
AGOPALESTRACURSO SOCIAL
• CALENDÁRIO DE EVENTOS 2016 •
12 • Tratamento de Superfície 196
19 |25 |
Curso de Custos em Tratamentos de Superfície
Palestra Técnica
| BELO HORIZONTE - MG
| ABTSOUT
CURSO PALESTRA
Project2 29.07.14 14:52 Page 1
140º CURSO DE TRATAMENTOS DE SUPERFÍCIE LEVA ALUNOS À ESCOLA SENAI
• PROGRAMA CULTURAL DA ABTS •
Leandro Bonello, gerente in-dustrial da Perfil Color, também considera a iniciativa de grande valia para o aprendizado de pro-fissionais do setor. “No mercado é muito difícil encontrar informações sobre o segmento de tratamento de superfície. E esse curso é bem abrangente, mostra todas as áre-as, todos os tipos de processo de tratamento de superfície, tanto em peças metálicas como em não me-tálicas”, afirma. “É um excelente curso, um excelente aprendizado”, ressalta.
AEscola SENAI serviu como uma das salas de aula onde os alunos participantes do
140º Curso de Tratamentos de Su-
perfície puderam adquirir impor-
tantes aprendizados sobre o seg-
mento entre os dias 11 e 15 de abril.O tradicional curso conta com
aulas de tratamento de efluen-tes; eletrodeposição de zinco e suas ligas; noções de química; fosfatização e noções de pintura; anodização, cromatização e pintu-ra do alumínio; revestimentos de metais para fins técnicos; controle de processos; equipamentos para tratamentos de superfície; corro-são e pré-tratamentos mecânicos; pré-tratamento químico e eletro-lítico; cromação de plásticos; ge-renciamento de riscos em área de galvanoplastia; eletrodeposição de cobre e suas ligas; revestimentos organometálicos; eletrodeposição de níquel e cromo decorativo; e deposição de metais preciosos.
“O curso é muito interessante.
Eu indico para os profissionais do
mercado, pois os professores têm
muita experiência, muita vivência
no assunto. Eu gostei bastante do
curso e sinto que aprendi mui-
to com ele”, afirma Bruna Viola,
gerente administrativa da Brunic
Galvanoplastia.
Alunos e professores trocam experiências sobre o mercado no 140º Curso de Tratamentos de Superfície
LUIS HENRIQUE OKUSU, ENGENHEIRO DE DESENVOLVIMENTO DE PROCESSOS NA EMBRAER
“O curso apresentou um excelente material, de qualidade, com professores altamente qualificados e com atuação no mercado. É uma ótima base introdutória”.
Participantes do 140º Curso de Tratamentos de Superfície
Reginaldo Paulo Cipriano dos Santos
Autônomo
Bruna Martins dos Santos ViolaBrunic Galvanoplastia
Luis Henrique Okusu; Rodolfo Carlos de Carvalho
Embraer
Eduardo Avila PerosaEpcos do Brasil
Bianca de Jesus RibeiroFischer do Brasil
Felipe Barbosa LopesItamarati Metal Química
Leandro Bonello Perfil Color
Thais Aparecida Sousa SilvaPPG
Danilo José VieiraUsimaza
Carlos Eduardo Gaspar de MouraVotorantim Metais
PRÓXIMOS CURSOSAgenda de eventos
14 • Tratamento de Superfície 196
um banho de qualidade
Produtos e Processos galvanotécnicos• ouro • Prata • níquel • cobre • Paládio • rhodio sw
• rhodio negro e outros • Banho free níquel • Banho de folheação 14,18 e 23 Klts • verniz para
imersão e eletrolítico • Banhos de imitação de ouro, isentos de ouro e de cianeto
• Banho de folheação 18 Klts free cádmio
revenda de equiPamentos e suPrimentos Para laBoratórios
• retificadores • resistências • termostatos • termômetros e outros
desenvolvemos, em parceria com outras empresas, qualquer tonalidade de banho de ouro para qualquer tipo de adorno.
solicite uma visita!
www.electrogold.com.br
Guaporé - rS | rua gino morassutti, 1168 (centro) | 54 3443.2449 | 54 3443.4989
suPorte técnico qualificado | alta qualidade dos Produtos e serviços
porto aleGre - rS | adriano | 51 9986.8255
PALESTRA NA ABTS MOSTRA COMO OS EMPRESÁRIOS PODEM
ULTRAPASSAR OS MOMENTOS DE DIFICULDADES EM SEUS NEGÓCIOS
• PROGRAMA CULTURAL DA ABTS •
Após uma década, o negócio continuava pequeno, dava muito trabalho, e obrigava a empreende-dora a acumular tarefas e funções, mantendo o controle sobre cada detalhe das operações, sem tem-po para férias e família. A junção desses fatores gerou um problema sério de saúde resultando no seu afastamento da empresa. Neste momento, ela estava certa de que não voltaria à empresa e era hora de vendê-la.
Em 2004, sob a administra-ção de sua irmã e pai, a compa-nhia conquistou a certificação ISO 9000 e uma importante montadora como cliente. “Com a minha re-cuperação, aos poucos foram me convencendo a retornar para a empresa dizendo que agora existia uma equipe comprometida e que os problemas haviam diminuído. Olhando para trás, vejo que ali foi plantada a semente da gestão par-ticipativa, ou seja, a equipe estava envolvida e empenhada na solu-ção problemas. Mas eles tinham evoluído e eu não. Eu retornei e em pouco tempo controlava tudo novamente, não tinha coragem de delegar, pois só eu sabia resolver os problemas da melhor forma, afi-nal aquela empresa tinha nascido a partir de mim”, afirmou.
Quatro anos depois, a crise global de 2008. Por um ano, a companhia foi sustentada por uma reserva guardada. “Só não dispen-
Encarando os desafios da cri-se. Com este foco de dis-cussão que Paula Restitu-
ti, diretora da Impar Orientação Empresarial, e sócia diretora da Niq-Par por 25 anos, deu valiosas dicas sobre como os empresários do setor devem agir em períodos de dificuldades durante palestra na ABTS.
Segundo Paula, em épocas de crise, é importante relembrar o que motivou a criação da empresa e qual o sonho por trás dela. Isso fará com que o próprio fundador consiga se motivar e seguir em frente, apesar dos obstáculos. É preciso também contagiar os co-laboradores com este sonho. “As pessoas que percebem um sentido no trabalho que executam ganham autoestima, se motivam e traba-lham não somente por um salário no final no mês”, assegurou.
Na carreira da profissional, muitas reviravoltas ocorreram. “Meu sonho era ter uma empresa que fosse diferente das que eu co-nhecia no setor de tratamento de superfície. Eu queria ter uma com-panhia que se importasse com as pessoas, que inspirasse confiança e atendesse as expectativas de to-dos que fizessem parte do mundo dela, desde funcionários, clientes até fornecedores”, lembrou.
Desde a criação da Niq-Par em 1989, Paula enfrentou diversos percalços como o Plano Collor, que congelou conta corrente, pou-pança e investimentos, além de colocar o país sob uma inflação até então impensável. Problemas de falta de crescimento também foram atravessados em função da ineficiência da gestão administra-tiva da empresa.
Paula, da Impar Orientação Empresarial: Aplique ferramentas objetivas de controle e melhoria para as áreas financeira, de vendas e produção. Com objetividade e um passo a passo efetivo os resultados irão surpreender você.
16 • Tratamento de Superfície 196
sável por ela e a faz acontecer. Foi realmente mágico perceber que os meus funcionários tinham poten-cial, responsabilidade, motivação. A gente já os havia treinado, agora só faltava o empurrão final e dei-xar que eles voassem. Abandona-mos a microgestão”, continuou.
Novas questões sobre o geren-ciamento continuavam aparecen-do. Qual mercado que se buscava atingir? O que a empresa faz que é melhor que a concorrência? Por que o cliente compra com a em-presa? Qual o propósito da compa-nhia? Para que ela existe?
“Começamos a envolver os li-deres nesta reflexão e chegamos a algumas conclusões que foram transmitidas para todos e qualquer ação tomada tinha que seguir es-tes princípios. O objetivo era fazer todo mundo remar para o mesmo lado. Nosso propósito era servir, não importasse quem, desde os colegas de trabalho até os clien-tes. Nosso diferencial era a con-fiança e atendimento. Prazos de entrega curtos e respeito total ao que foi combinado. Atendimento com presteza, educação, sorriso no rosto, transparência. A quali-dade fazia parte do atendimento, pois só atendo bem um cliente se entrega o que ele espera receber”, salientou. A partir deste ponto, a empresa deslanchou e mesmo que um incêndio em 2013 acabasse por fechar as suas portas, Paula ainda ressalta o sentimento de missão cumprida com a companhia.
Após contar sobre os desafios como empreendedora no segmen-to de tratamento de superfície, a profissional listou o que todo empresário deve fazer para ga-rantir que as metas e objetivos sejam alcançados, ficando atentos às oportunidades de mercado:
samos funcionários, pois aquela equipe lutou pela empresa nos momentos bons e ruins e faría-mos o que fosse necessário para mantê-los. Nossa estratégia era segurar por um ano as demissões. Depois disso, não haveria mais jei-to, teríamos de demitir. Em 10 me-ses saímos da crise e não houve cortes”, lembra. Para sobreviver a esta crise, a companhia tomou algumas ações: focou no cliente, na venda ativa e em sistemas de gestão integrados.
O ano de 2010, ela lembra, foi o de maior faturamento até então, com a melhor lucratividade. No entanto, no ano seguinte a eu-foria do mercado aquecido tinha diminuído e o setor buscava uma estabilidade, mas em patamares de atividade econômica mais bai-xos. “Ao olhar para trás pude ver que caminhamos muito, mas eu
continuava cansada e assumia o controle de tudo. A carga sobre mim estava muito pesada e meu corpo ia gritar de novo a qualquer momento”, afirmou. “Resolvi fazer uma autoavaliação, um coaching empresarial. De tudo que vivenciei durante o coaching, um diálogo valeu por todo o resto. Ao ser questionada qual era minha maior insatisfação, disse que não aguen-tava mais a fila de gente na minha porta esperando por respostas e soluções para problemas dos mais diversos. Usei o exemplo que até cor do copo de água eu tinha de decidir”, lembrou.
A dica do profissional de coa-ching para Paula foi que ela deve-ria se apoiar no compartilhamento de responsabilidades. “Ao começar a compartilhar as responsabilida-des com um colaborador, ele par-ticipa da solução, se sente respon-
MAURICIO PENTEADO, DIRETOR DA BANDEIRANTES GALVÂNICA
“A palestra foi fantástica. Uma narrativa em primeira pessoa da vida como ela é, cheia de surpresas e desafios. São histórias como essas que nos inspiram a continuarmos a evoluir e melhorar nossas relações com as pessoas e na carreira profissional. Temos que ter uma visão mais ampla e rever constantemente nossa atividade. Com a ajuda de um profissional que esteja fora da nossa operação, às vezes é mais fácil vermos erros que cometemos. Valorizo muito ter um consultor na minha empresa. Uma dica de superação para os empresários que enfrentam obstáculos hoje é não desistir nunca e valorizar as pessoas, pois sem elas nossos sonhos seriam impossíveis de se tornar realidade. Temos que ter uma equipe forte e engajada com os valores e missões da empresa”.
• PROGRAMA CULTURAL DA ABTS •
Tratamento de Superfície 196 • 17
ajuda externa, informe-se, delegue e agarre oportunidades. Aplique ferramentas objetivas de controle e melhoria para as áreas finan-ceira, de vendas e produção. Com objetividade e um passo a passo efetivo os resultados irão surpre-ender você”, finalizou.
• Converse semanalmente com os líderes da empresa: trans-formar decisões pessoais em decisões de grupo gera um enorme ganho. Quando são to-madas decisões em grupo, to-dos sentem que contribuíram e se assumem responsáveis pela implantação da solução.
• Use indicadores: indicador é uma ferramenta de trabalho que revela onde estão os pro-blemas e também mostra as prioridades de melhorias. Sem estas ferramentas a gestão da companhia é feita baseada em apagar incêndios, sem planeja-mento. Com reuniões mensais de indicadores para a apre-sentação de resultados é pos-sível definir novas metas e os objetivos a serem trabalhados com mais facilidade. Indicado-res importantes para manter na companhia envolvem a produ-ção, atendimento, comercial e financeiro.Atualmente, Paula é diretora
da Impar Orientação Empresarial e atua com o propósito de servir como um “anjo da guarda para empresas identificando oportuni-
dades de melhorias e sugerindo ações transformadoras, para que alcancem o sucesso”.
“Sua história tem valor e cri-se alguma deve impedir você de sonhar. Lidere colaborativamente e aplique ferramentas de controle vitais para o seu negócio. Busque
WILTON SILLAS, DIRETOR DA CAMADA NOBRE
“A palestra que a ABTS colocou para os Associados e interessados no assunto foi de um valor importantíssimo. A história relatada pela palestrante coloca como sugestão aos empresários e futuros empreendedores que com planejamento, fé, garra, dedicação e responsabilidade é possível chegar à realização de um sonho. Aos empresários que enfrentam obstáculos hoje digo que sempre se reinventem e lembrem: a água nunca para em seus obstáculos. Ela sempre procura alternativas para superá-los e seguir até seu atingir o seu objetivo”.
• PROGRAMA CULTURAL DA ABTS •
qualidade, tecnologia e compromisso
empresa certificadaiso 9001:2008
TECNOLOGIA EM TRATAMENTO DE ÁGUAS E EFLUENTES INDUSTRIAIS
sistemas› estações de tratamento de Águas e efluentes industriais
› Filtros (areia / antracito / carvão / Zeólitas)
› sistemas de reuso / reciclagem
› desmineralizadores
› abrandadores
› remoção de ferro
› decloradores
› clarificadores
› misturadores / agitadores
› aeradores
› Filtro-prensa
equipamentos
rua Haydée, 84 - Jordanópolis | são Bernardo do campo | sp | Brasil | 09891-520
55 11 4056.6265comercial@sigma.ind.brwww.sigma.ind.br
Aceitamos Cartão
• ESPECIAL •
para gringo verTRATAMENTOGrandes companhias estão enfocando cada vez mais suas estratégias de vendas
para o exterior como alternativa para crescer. As empresas ouvidas nesta matéria, todas com sedes e atuação relevante no mercado externo, explicam os motivos de outros países se mostrarem mais interessantes para o segmento, e de que maneira
ainda acreditam que o Brasil pode voltar a ser um importante alvo para o setor.
20 • Tratamento de Superfície 196
Por Mariana Mirrha
Há muito tempo os países do
bloco europeu são mais inte-
ressantes para o mercado de
tratamento de superfície que o Bra-
sil. Quem afirma categoricamente
isto é Milton Silveira, diretor executi-
vo da Atotech. E diz mais: “Essa afir-
mação não se faz verdade somente
nesse momento de crise; podemos
dizer que nossas diferenças foram
apenas aprofundadas agora”.
As grandes oportunidades de ne-
gócios no mercado externo estão
voltando os olhos de companhias
que sempre tiveram forte atuação
no Brasil para outros países. A que-
da da indústria brasileira é um dos
grandes motores para esta mudança
de cenário que vem ocorrendo nos
últimos anos e nações europeias e
asiáticas têm tirado grande vanta-
gem dessa situação, provando que
seguem fortes economicamente.
“A Alemanha, como o principal
player da indústria europeia, traz
consigo países como Espanha e Itá-
lia, que estão vivendo um bom mo-
mento. A Ásia, como sabemos, tem
sido a locomotiva do crescimento
• ESPECIAL •
mundial. Os investimentos no continente são enormes
e constantes”, lembra Silveira.
Aproveitando o aquecimento do mercado asiático,
a Atotech inaugurou recentemente uma nova planta de
produção na Malásia, na região de Penang. A atuação
global da companhia chega em 50 países. A matriz se
encontra em Berlim, na Alemanha, e ainda há duas cen-
trais regionais, uma em Yokohama, no Japão, e a ameri-
cana, em Rock Hill. Ao todo, são 16 plantas de produção
de produtos químicos, três para produção de equipa-
mentos, 10 centros de Pesquisa e Desenvolvimento, 18
centros técnicos e 83 entidades legais, escritórios de
vendas e distribuidores.
Quem também concorda que o mercado externo
segue mais interessante que o brasileiro é Alexander
Fuchs, CFO da SurTec. Segundo ele, basta notar os
comparativos de negócios entre Brasil e outros países
para observar que mostramos resultados inferiores, e
até mesmo negativos em alguns setores. A companhia
atua com subsidiárias em 25 países para atender clien-
tes em mais de 50 nações, e sua matriz está localizada
em Bensheim, Alemanha. No Brasil, a base fica em
Valinhos (SP).
“Com exceção do Brasil e outros países da América
do Sul, os demais mercados têm se comportado com
certa estabilidade e até com crescimento, como é o
caso dos Estados Unidos”, continua Bruno Mattana,
diretor presidente da Coventya Química Brasil. A sede
do Grupo Coventya, que atua em 58 países, fica em
Paris, na França. Ao todo, 11 sites de produção estão
instalados em países como Alemanha, Itália, Brasil,
Reino Unido, México, Índia, China e Coreia do Sul, além
de 7 centros de Pesquisa e Desenvolvimento. Somente
no Brasil, a companhia mantém três sites, sendo a ma-
triz localizada em Caxias do Sul (RS) e dois Centros de
Distribuição e assistência técnica.
Tratamento de Superfície 196 • 21
Silveira, da AtotechA Alemanha, principal player Europa, traz consigo países como Espanha e Itália que vivem um bom momento. A Ásia tem sido a locomotiva do cresci-mento mundial, e os investimentos ali são enormes e constantes
Sites da Atotech pelo mundo
• ESPECIAL •
DEMANDAS DO EXTERIOR
Os setores automobilístico e de construção civil são alguns dos principais mercados de consumo de produ-tos e serviços de tratamentos de superfície também no exterior, segundo Paulo Noce, CEO da SurTec. A com-panhia busca adequar seus produtos às expectativas de cada mercado para atender a cada particularidade local. As tecnologias comercializadas são globais, mas a empresa dispõe de uma área de desenvolvimento de produtos locais, “que atua na nacionalização de produ-tos globais que requeiram adaptações às condições dos processos aqui utilizados”.
Para Mattana, da Coventya Química Brasil, o setor automobilístico também é o que impulsiona a deman-da em outros países. E a companhia mantém uma padronização na qualidade da produção dos 11 sites industriais da Coventya mundial, sendo que não existe diferença técnica entre os produtos disponibilizados nos diferentes cantos do mundo. “O que pode existir são fórmulas diferenciadas para diferentes nichos de mercado”, explica.
“Os principais setores que consomem produtos
de tratamento de superfície em outros países são os
mesmos que do Brasil. Indústria automotiva, metais
sanitários, construção civil, linha branca, entre outros.
Na Ásia existe uma demanda enorme de produtos para
produção de circuitos impressos”, segue analisando
Silveira, da Atotech. Há muitos anos a Atotech Mundial
trabalha na harmonização dos portfólios de produtos
em todas as suas unidades. “Com o processo de globa-
lização dos mercados, tivemos o acompanhamento da
globalização das empresas e de seus processos produ-
tivos. Garantir que os mesmos produtos sejam ofereci-
dos ao redor do mundo corrobora com essa afirmação.
Não temos produtos apenas para o mercado brasileiro.
Temos produtos mundiais”, continua.
RESULTADOS FINANCEIROS
No aguardo de uma retomada na economia brasilei-
ra, capaz de fazer os negócios voltarem a patamares de
crescimento, as companhias conseguem enxergar que
o Brasil retornará a ser importante para o setor, mas o
futuro ainda é incerto. “Estamos presentes em 50 pa-
íses e podemos dizer que certamente o Brasil tem um
dos piores ambientes para investimento. Porém, temos
uma população ainda muito ávida por consumo. Há, por
exemplo, um déficit em moradias, infraestrutura e uma
relação entre frota de automóveis por habitante muito
baixa se comparada a outros países produtores. A visão
22 • Tratamento de Superfície 196
Fuchs, da SurTecEm longo prazo, o Brasil continua representando uma grande oportu-nidade, principalmente no momento em que as questões que emperram o crescimento econômico forem re-solvidas
Mattana, da Coventya Química Brasil
Excetuando o Brasil e outros países da América do Sul, os demais merca-dos têm se comportado com certa estabilidade e até com crescimento, como é o caso dos Estados Unidos
• ESPECIAL •
da direção da Atotech é que o Brasil, apesar da crise,
é um gigante que cedo ou tarde retomará o caminho do
crescimento. O problema é saber quanto tempo isso
levará”, afirma Silveira. Em 2015, o faturamento da
empresa no Brasil não chegou perto das expectativas.E a companhia se apoia na criatividade para driblar
os momentos econômicos complicados. “Estamos vi-vendo no mercado brasileiro um momento ímpar, onde a criatividade certamente será um fator decisivo para a sobrevivência de muitas empresas”, ressalta Silveira.
Segundo ele, os prestadores de serviços são as empresas que mais sofrem com os efeitos da crise. A competição deprime os preços e reduz a capacidade de investimentos, porém, existem algumas exceções. “Um dos nossos principais clientes do processo de zinco/níquel investiu em plena crise na expansão de linha e instalação de um sistema de membranas de ultra--filtração, permitindo o crescimento de produção sem ampliar do número de funcionários, ou seja, aumento de produtividade. Tudo isso de forma muito criativa, com soluções construtivas caseiras e de ótima enge-nharia. Considerando a velocidade com que ocorrem os avanços tecnológicos, existe um risco muito grande de sucateamento da nossa indústria em pouco tempo. Precisamos urgentemente recuperar nossa capacidade de investimento”, analisa.
A SurtTec também usa a criatividade para superar o momento. A empresa não apresentou crescimento de faturamento em 2015, mas, no Brasil, passou por um
amplo processo de reestruturação e revisão dos ne-gócios, visando fortalecer sua posição em longo prazo, sabendo que, ao mesmo tempo, a situação de mercado impõe grandes desafios em curto prazo.
“O novo cenário político na Argentina, a retomada, pode ser uma alternativa viável para alavancar negó-cios. Mas, em longo prazo, o Brasil continua repre-sentando uma grande oportunidade, principalmente no momento em que as questões que emperram o crescimento econômico forem resolvidas”, analisa Fuchs. “O cenário econômico e industrial brasileiro é bastante desafiador e incerto no momento e, quando esse quadro voltar a ser positivo, poderão surgir novas necessidades alinhadas com a tendência da retomada do crescimento econômico”, continua. Para 2016, o executivo acredita que em relação à eletrodeposição e galvanoplastia, haverá um mercado estável - com viés de queda, dependendo da evolução política e econômica do país -, é aqui que a empresa busca alavancar seus negócios com novas tecnologias.
AS DIFICULDADES
A mão de obra especializada no setor é um dos
principais problemas enfrentados. Segundo Noce, da
SurTec, embora existam profissionais de alto gabarito
no mercado, há falta de técnicos especializados nos
processos de tratamento de superfície. “Portanto, ainda
há oportunidades de desenvolvimento nessa área, na
qual a ABTS, à qual somos associados, trabalha firme-
mente”, ressalta.
Tratamento de Superfície 196 • 23
Atotech
Coventya
• ESPECIAL •
Outro fator lembrado pelo CEO é a atenção cons-
tante que deve ser dada à questão regulatória do
segmento. Segundo ele, este tema é muito desafiador,
principalmente no que se refere às licenças para co-
mercialização de alguns produtos químicos.
Já para Mattana, da Coventya Química Brasil, o
maior problema enfrentado é a situação econômica
do país, que aumenta os custos dos produtos, que não
podem ser repassados no preço ao mercado.
INVESTIMENTOS
O custo continua sendo um dos principais fatores considerados na tomada de decisão por qualquer investimento. A redução de custo combinada às restrições em saúde, segurança e meio ambiente exigem soluções inovadoras.
“Um exemplo claro é o investi-mento em manutenção e automação. Após anos investindo em meios pro-dutivos, os grandes usuários de nos-sa indústria perceberam que havia ainda uma defasagem com os gran-des centros industriais, principal-mente em controle de processo. Para atender essa demanda, a Atotech desenvolveu inúmeros equipamentos de controle, manutenção de parâme-tros e economizadores de insumos”, afirma Silveira.
24 • Tratamento de Superfície 196
Fabrica em Caxias do Sul, RS
Nova fábrica do Grupo Freudenberg no interior de São Paulo“Certamente a falta de perspectiva
é o principal entrave para o desenvol-vimento em qualquer área da indús-tria. Porém, não podemos esquecer o custo Brasil e as novas legislações que impactam diretamente nos custos. Entender que a nossa indústria é car-regada de tecnologia e conhecimento é fundamental. Quando perdemos as oportunidades, por conta de nossos problemas, que países como México e Índia abraçaram, não perdemos apenas os ganhos financeiros, mas também a chance do aprimoramento, conhe-cimento e formação de uma geração que poderia se tornar os empreende-dores do futuro”, ressalta Silveira, da
Atotech.
A empresa também está trabalhando fortemente no
mercado de pintura, desde o pré-tratamento, passando
pelo processo de manutenção de cabines de pintura
líquida até os sistemas de desplacamento de tintas.
Segundo Cassia Maria dos Santos, gerente técnica
da SurTec, é visível uma tendência por tecnologias
mais limpas e menos agressivas ao meio ambiente que
ocorreu nos últimos dez anos e ainda se intensifica.
Atrelado à otimização da equação custo-benefício, com
• ESPECIAL •
Cassia, da SurTecNa Europa, os processos de cro-mo decorativo à base de eletrólitos hexavalente têm até setembro para deixarem de operar. Isto vai alavancar mais os processos de cromo trivalen-te ali e deve influenciar as empresas no Brasil
redução do volume de água, retrabalho, desperdício de
produtos, se somam as principais tendências do setor.
Além disso, na Europa, os processos de cromo deco-
rativo à base de eletrólitos hexavalente têm data, até
setembro de 2016, para deixarem de operar. Isto, se-
gundo Cassia, deve alavancar mais ainda os processos
de cromo trivalente na Europa, o que deve influenciar
as empresas no Brasil.
E a companhia segue investindo. “A SurTec do Bra-
sil está intensificando seus trabalhos com os processos
de cromo trivalente. As subsidiárias da empresa na
Europa e Japão têm muita experiência com esse tipo
de processo e, com os novos avanços tecnológicos,
chegamos a muitos diferenciais em produtos”, afirma.
Segundo Mattana, da Coventya, de forma geral, pro-
cessos que permitem a redução de custos, através de
baixo consumo, aumento de performance e que sejam
ambientalmente corretos continuam sendo demandas
do setor. A companhia segue desenvolvendo novos
processos, principalmente em momentos de crise,
como no setor GMF (General Metal Finishing) protetivo,
funcional e decorativo. “Trabalhamos fortemente em
novidades, sobretudo em processos ecologicamente
corretos”, finaliza.
Tratamento de Superfície 196 • 25
GRUPO FREUDENBERG INAUGURA NOVA PLANTA EM VALINHOS (SP)
O Grupo Freudenberg inaugurou no último mês de abril uma nova planta na cidade de Valinhos, (SP). As novas instalações serão operadas em conjunto pela Chem-Trend e SurTec, ambas pertencentes à Divisão de Especialidades Químicas do Grupo, e irão desenvolver, fabricar e comercializar agentes desmoldantes, especialidades químicas de processo e soluções de tratamento químico de superfície para atender clientes em vários segmentos.
“A nova fábrica é um sinal visível do nosso com-promisso de longo prazo com os nossos clientes brasileiros nas mais diversas indústrias“, afirma Juan Carlos Borchardt, representante regional do Grupo Freudenberg na América do Sul.
A planta inaugurada, que recebeu aportes de R$ 60 milhões, substitui as duas antigas operações da SurTec e Chem-Trend que funcionavam no Brasil há décadas. O investimento na nova unidade, que compreende as áreas administrativas e de vendas, logística, armazéns, laboratórios e produção, irá melhorar o atendimento aos clientes e reduzir os tempos de resposta para atender às exigências de mercado.
O tamanho total da planta é de 29 mil m², sendo 11 mil m² de área construída, e a capacidade de produ-ção anual máxima é de 13 mil toneladas.
Laboratório SurTec
• PALAVRA DA FIESP •
O BRASIL EXIGE MUDANÇAS
Não há mágica para se mudar este quadro: é preciso definir como queremos nos posicionar frente aos outros países e desenvolver e implementar os próximos passos de forma conjunta, disciplinada
e sistemática.
Faz tempo que nós, da Federação
das Indústrias do Estado de São
Paulo (Fiesp) e do Centro das
Indústrias do Estado de São Paulo
(Ciesp) percebemos que a sociedade
quer mudanças no Brasil. As recentes
manifestações que vêm ocorrendo em
todo o país confirmam esse sentimento
e mostram que o povo não aceita mais
os desmandos e a incompetência das
más gestões no Brasil.
estamos vivendo um momento de ce-gueira em relação ao futuro do Brasil.
O mar de corrupção que veio à tona nos últimos meses agrava a situação e contribui para a descrença cada vez maior da população na capacidade do governo e dos políticos de resolverem os problemas com a urgência reque-rida e o espírito público necessário. O desânimo toma conta da população, dos investidores e dos empreendedo-res. A sociedade brasileira tem plena consciência de que a situação é muito grave e tem que ser mudada.
Todas essas manifestações pelo Brasil afora mostram que o brasileiro não quer mais pagar o pato e exigem mudança. Chega de pagar o pato!
O Brasil precisa de mudanças e elas dependem do Poder Público e das instituições responsáveis – do Con-gresso Nacional, do Poder Judiciário e, sobretudo, do governo. Nós, da in-dústria, que lamentavelmente vive um ciclo descendente, estamos à frente desse clamor por mudanças. A Fiesp entende que tem que sair na defesa dos setores que representa, e que têm sido tão penalizados pela crise. É por isso que temos feito reuniões com em-presários, sindicalistas, comerciários, empreendedores, sempre com o objeti-vo de buscar uma saída para o Brasil e os brasileiros. É por isso que apoiamos a mudança.
Eu acredito no Brasil, um país enorme e rico, com grande potencial. Acredito nos brasileiros, um povo co-rajoso e trabalhador, que luta todos os dias por uma vida melhor. Acredito que podemos recuperar nossa economia, crescer e permitir que todos tenham as oportunidades que merecem para con-quistar uma vida melhor. Tenho certeza de que, muito em breve, o Brasil vai se recuperar. Mas isso depende da nossa união e do engajamento de todos!
Nas ruas, em diversas capitais e ci-dades, as pessoas pedem mudança no Brasil. Querem recuperar a confiança que tinham em uma vida melhor para suas famílias, em um país de oportuni-dades para todos e de desafios a serem vencidos com o esforço de todos. Mas o que temos visto? A cada dia a vida do brasileiro vem ficando mais difícil. Diminuem os empregos e a alta na inflação se faz lembrar a cada ida ao supermercado. Estamos em meio a uma das maiores recessões já ocorri-das no Brasil.
Só não enxergou esse cenário, traçado com antecipação, quem não quis. E quem não enxergou foi justa-mente aquele que poderia ter girado o leme para corrigir o curso e evitar os rochedos: o governo. Esperava uma marolinha e agora se defronta com um verdadeiro tsunami. Milhões de desem-pregados, empresas fechando por falta de demanda, portas baixando por falta de consumidor. O comércio começa a descer a ladeira muito rapidamente. A indústria, há muito sentindo o peso dos tributos em excesso, da burocracia, da falta de competitividade e da ine-xistência de uma política pública para incentivar o investimento, demite seus funcionários e não abre novas vagas. Resultado: se não há investimentos, não há consumo, e sem os dois não há crescimento e não há emprego. Seria uma equação simples de se ver, mas
26 • Tratamento de Superfície 196
ACREDITO QUE PODEMOS RECUPERAR NOSSA ECONOMIA, CRESCER E PERMITIR QUE TODOS TENHAM AS OPORTUNIDADES QUE MERECEM PARA CONQUISTAR UMA VIDA MELHOR.
Paulo SkafPresidente da Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp) e do Centro das Indústrias do Estado de São Paulo (Ciesp)
SOLUÇÕES TRATAMENTO DE EFLUENTES E REÚSO DE ÁGUA
Al.Araguaia, 4001 - Tamboré - Barueri - SP - Cep:06455-000 -
Fone: (11) 2198.2200 -
Site: www.tecitec.com.br
Email: tecitec@tecitec.com.br
ETE’S, ETA’S E ETB’SFILTROS PRENSA
SEPARADORES DE ÓLEO
FILTROS DE POLIMENTO
DECANTADORES LAMELARES
FLOTADORES
LAVADORES DE GÁS
BAG DESIDRATADOR
PROJETO, FABRICAÇÃO E MONTAGEM DE SISTEMAS
DE TRATAMENTO DE EFLUENTES
LABORATÓRIO PARA TESTES E ENSAIOS
LOCAÇÃO DE EQUIPAMENTOS
REFORMA E MODERNIZAÇÃO DE FILTROS PRENSA
ELEMENTOS FILTRANTES
ELETRODOS DE PH E REDOX
EQUIPAMENTOS
SERVIÇOS
SUPRIMENTOSFILTROS PRENSA FILTROS DE POLIMENTO SEPARADOR DE ÓLEO (SAO)
ESPECIALISTA
EM EFLUENTE
GALVÂNICO
ESTAÇÕES DE TRATAMENTO
DE EFLUENTES
DISTRIBUIDOR
DESTAQUE DA PRÓXIMA EDIÇÃORevista
a mais completa do setor
APOIE O SEU CRESCIMENTOPINTURA
• ORIENTAÇÃO TÉCNICA •
DESENVOLVIMENTOS SUSTENTÁVEIS EM TINTAS
Assim sendo, um dos maiores desafios é chegar ao custo final da tinta aplicada, se possível igual ou menor ao de uso corrente.
Isto não quer dizer que a so-ciedade não está disposta a pagar por novos produtos de melhor de-sempenho, duráveis e ecológicos, mas estes deverão trazer algum diferencial positivo ao produto ma-nufaturado. Este é também um dos objetivos das chamadas tintas funcionais e inteligentes que agre-gam ao revestimento uma outra finalidade.
Os desafios na redução do con-sumo de água, energia e custos da mão de obra, incineração de rejeitos e tratamento dos voláteis, retrabalhos, atendimento às recla-mações e trocas, atendimento à legislação, perda de competitivi-dade, etc, acabam por contribuir para a adoção de uma tecnologia emergente.
Com base nos meus quarenta anos de trabalhos em pesquisas e desenvolvimento de tintas, em linhas gerais e dependendo da tecnologia empregada, estimo que cerca de 50% da pegada ecológica relacionada ao revestimento orgâ-nico está no processo de aplica-ção e uso do produto. Os outros cerca de 20% estão na fabricação destes insumos e os outros 30% restantes, na escolha correta da matéria-prima utilizada.
Pelos dados acima, chega-se à conclusão que o fabricante de tinta não pode agir isoladamente
A indústria de revestimentos vem há muitos anos dan-do foco em produtos mais
avançados e que causem menor impacto ao planeta, fundamentan-do-se nos três pilares da sustenta-bilidade, ou seja, social, ecológico e econômico.
Procuram, entre outras estra-tégias, seguir e ultrapassar as nor-mas existentes e também atingir os requisitos específicos de seus clientes obtendo, desta forma, al-guma vantagem competitiva sobre os demais concorrentes.
Os trabalhos mais exitosos trouxeram ao mercado produtos com melhor desempenho, aplica-tivo e estético, com reduções de energia e emissões, eliminando solventes danosos ao meio am-biente e menor conteúdo de volá-teis orgânicos. Há também desen-volvimentos que reduzem etapas de processo, retrabalhos e des-cartes, incluindo-se embalagens, entre outros avanços.
Na maioria dos casos, entre-tanto, a questão do menor custo final de um revestimento é tomado como uma das principais referên-cias na decisão do uso.
Tem que se levar em consi-deração, no entanto, na maioria dos casos, que muitos destes no-vos produtos, agregam nas suas formulações matérias-primas de custo maior, até por questões de escala, além dos gastos em infra-estrutura, pesquisas e desenvol-vimento.
Nilo Martire NetoDiretor da Eritram Paint Consultancy
nilo.martire@uol.com.br
28 • Tratamento de Superfície 196
O FORMULADOR DEVE
TAMBÉM TER COMO
FOCO O CONCEITO DE
INOVAR, E NÃO INVENTAR
APENAS. O PRIMEIRO
ATO É CONVERTIDO EM
NEGÓCIOS ENQUANTO
O SEGUNDO, MUITAS
VEZES, FICA APENAS
NA CURIOSIDADE E
NOS ARQUIVOS. DEVE,
ALÉM DE ESTAR ATENTO
ÀS NOVAS MATÉRIAS,
PRIMAS, PROCESSOS E
TENDÊNCIAS DENTRO DO
SEU SEGMENTO, TESTAR
EXAUSTIVAMENTE NOVOS
MATERIAIS E PROCESSOS.
na busca de produtos mais ecoló-gicos e eficientes. Terá que contar com o apoio e trabalhos em paceria com fabricantes de insumos, equi-pamentos, sistemas de produção e pintura, além, está claro, do usu-ário final, integrando os ciclos de nascimento, fabricação, transporte, uso e descarte final do bem bene-ficiado.
Reforço, assim, que a indús-tria deverá exaustivamente buscar, desde o início, utilizar ingredientes que não contenham materiais que agridam o meio ambiente ou de origem duvidosa. Evitar deixar um passivo para as gerações futuras focados em produtos que possam ser reutilizados, reciclados ou des-cartadas de forma segura.
Podemos citar os casos de su-cesso já bem conhecidos como os da indústria automotiva e de móveis domésticos, os quais mos-traram possibilidades de reúso dos rejeitos, transformando-os em ma-térias-primas importantes em pro-cessos complementares, obtendo, inclusive, maior valor agregado aos anteriormente utilizados.
A história confirma também que muitos dos desenvolvimentos de sucesso existentes surgiram ao acaso quando as pesquisas es-tavam sendo dirigidas para uma determinada finalidade e foi cons-tatado melhor uso em outro.
No entanto, se faz necessário o trabalho estruturado e de certo modo com custos de infraestrutura significativos a fim de poder atingir um novo patamar tecnológico ao atual quadro, o qual acredito já ser necessário.
Também, como sabemos, os processos e exigências estão cada vez mais padronizados e aceitos pela maioria, eliminando em parte as iniciativas de se desenvolver algo diferente. Ideias, inovações e invenções em nichos, conquistados
por pequenos laboratórios ou em-presas regionais, tendem a não ser percebidas e, consequentemente, são ignoradas. Isto, entretanto, não ocorre nos desenvolvimentos dos softwares para a informática.
Reforço que o desenvolvimento em quaisquer ambientes ou condi-ções que se apresentem deverão envolver toda a cadeia de forne-cimento, atendendo às exigências globais, pois o conceito de produto sustentável deve abranger o meio ambiente como um todo, não po-dendo deixar, como já afirmado, para o futuro algo danoso e per-manente.
As empresas, independente do tamanho ou posição geográfica, deverão considerar todos os fato-res envolvendo as comunidades, internas e externas à corporação; os interesses de funcionários acio-nistas; imagem e respeitabilidade da corporação, além de incentivar a motivação de todos os envolvidos.
Como tendência mundial há al-gumas décadas, no sentido de ade-quar custos, houve uma diminuição significativa dos laboratórios de pesquisas em nível global, con-centrando-se agora em grandes centros de Pesquisa e Desenvol-vimento. Isto inibe em parte a des-coberta de novos produtos quando se leva em consideração o conceito do “pensar fora da caixa”, ou seja, a imaginação e criatividade dos pes-quisadores no seu pensar abstrato e atividade individual, dentro de suas alcovas, conforme eu algu-mas vezes me referia às pequenas bancadas de laboratório ou salas de leitura.
O químico de tintas, também conhecido como formulador, deve compor uma dezena de produtos e processos resultando em um pro-duto final na forma de pó ou líquido pelo qual seu cliente compra como sendo um revestimento delgado
• ORIENTAÇÃO TÉCNICA •
aplicado sobre uma peça, dando a ela uma série de propriedades de-sejadas. Complicado, não é?
Na maioria das vezes ele execu-ta avaliações subjetivas e altamen-te criativas, para certificar-se que a sua criação vai atender aos re-quisitos exigidos pelo seu cliente.
O formulador deve também ter como foco o conceito de inovar e não inventar apenas. A primeira é convertida em negócios enquanto que a segunda, muitas vezes, fica apenas na curiosidade e nos ar-quivos. Deve, além de estar atento às novas matérias-primas, proces-sos e tendências dentro do seu segmento, testar exaustivamente novos materiais e processos.
Modificar algo que funciona é um grande desafio e risco, mas como uma das suas atribuições, um bom formulador deve sempre procurar por melhorias aos produ-tos existentes, mesmo para aque-les de grande sucesso, pois seu concorrente provavelmente estará fazendo isto. E creia-me, quando o mesmo encontrar algo superior, a defasagem criada será enorme, colocando em risco, o negócio até aquele momento sendo conside-rado como uma estrela de vendas.
O químico tem também que ser um vendedor dos seus desenvolvi-mentos, interna e externamente, e ter um bom diálogo com o cliente final, pois é de suma importância ter seu feedback para a continui-dade e fortalecimento do negócio.
Ser perseverante, criterioso, detalhista, estudioso, não tendo medo de colocar a mão na massa e limitar-se aos exageros e encantos da informática, pois esta não cria e não formula. Sumarizando, deve ser um profissional em constante aprendizado, focado no resultado, hardworker e ter em mente que o saber é poder.
Tratamento de Superfície 196 • 29
• MATÉRIA TÉCNICA •
DESENGRAXANTES: SÓLIDO OU LÍQUIDO?
Abstract
Although a simple decision when we talk about degreasers,
there is often reserves compared to the use of liquid degreasers.
We evaluate modern cleaner systems liquids and its benefits
compared to the still dominant powder product technology.
Introdução
Embora uma decisão simples, quando se trata desta
questão, muitas vezes há reservas em comparação com
o uso de desengraxantes líquidos.
Avaliamos os modernos sistemas de desengraxes
líquidos e seus benefícios em comparação com a ainda
dominante tecnologia de produtos em pó.
Muitas empresas estão satisfeitas com seus
produtos de limpeza na forma sólida. Não
obstante, há razões para alterar para sistemas
líquidos, ou pelo menos considerar a possibilidade. Os
detergentes líquidos têm uma vantagem decisiva sobre
o clássico produto sólido que domina o mercado: eles
já estão dissolvidos na condição de uso do banho, por
conseguinte, podem facilmente e automaticamente ser
dosados através de um dispositivo de medição adequa-
do. Isto permite um controle de processo constante e confiável e evita súbita subdosagem ou picos de con-
centração.
As razões para a utilização de produtos de limpeza líquidos:
Em contraste, o detergente em pó é primeiro dis-
solvido antes de poder ser aplicado. Dependendo da
composição do produto e condições de embalagem,
localização e forma de dosagem, a operação pode ser
demorada e improdutiva. Um desengraxante pouco
solúvel pode, por exemplo, após a adição ao banho,
inicialmente ficar concentrado na parte inferior do
banho de limpeza e só a partir daí, lentamente, entrar
em solução. Em seguida, não havendo nenhum tipo de
circulação do banho, como uma injeção de ar ou cir-
culação por bomba, este processo de dissolução pode
levar um longo tempo. Caso, entretanto, uma análise
seja realizada sem a completa dissolução, obtém-se
uma medição incorreta (aparente subdosagem). Como
resultado, é adicionado mais produto – overdose, que
facilmente poderá acarretar problemas de separação de
tensoativos, ataque a substratos, etc.
Essas flutuações de concentração podem ser evita-
das utilizando produtos de limpeza líquidos.
Thomas Sondermann
30 • Tratamento de Superfície 196
Em contraste, o detergente em pó é primeiro dissolvido antes de poder ser aplicado. Dependendo da composição do produto e condições de embalagem, localização e forma de dosagem, a operação pode ser demorada e improdutiva.
• MATÉRIA TÉCNICA •
Figura 1 - Depois de dois anos e meio de funcionamento, o banho
ainda está quase límpido
APLICAÇÃO DO
PRODUTO
CARACTERÍSTICA FREQUÊNCIA
DE LIMPEZA/
CONTROLE
Detergente em pó Com separadores de
óleo,
sistema de filtro
instalado.
O tempo de limpeza
para superfícies de
alumínio polido: 15 min.
Cada 4 - 6
semanas: limpeza
da lama do banho
(Caso contrário,
entupimento da
agitação de ar)
Desengraxante
Líquido Imersão
Long Life (Apenas
repõe a perda de água
+ dosagem de produto)
Nenhum filtro, sem
separador de óleo.
O tempo de limpeza
para superfícies de
alumínio polido: 10 min.
Controle por
análise de rotina.
Limpeza 1 x ano.
Verificação
periódica de peças
caídas.
Exemplo prático de desengraxante líquido Imersão em linha de anodização
(Volume de banho: 11 m³, 1,5 milhões de m² / ano)
Figura 2 - O desengraxante líquido não forma incrustações persis-
tentes nas paredes dos tanques
Figura 3 - O uso de desengraxante alcalino sólido leva à formação
de espuma extrema
Figura 4 - Depois de mudar para desengraxante líquido spray isento
de boro há formação de espuma controlada
Como um argumento contra desengraxantes líqui-dos costuma-se dizer que demandam concentrações maiores para bons resultados de limpeza e, assim, são economicamente inviáveis. Não é o que acontece com as novas gerações de desengraxantes líquidos. Eles são como detergentes a pó usuais, operando numa
Tratamento de Superfície 196 • 31
• MATÉRIA TÉCNICA •
gama de concentrações entre 40 a 60 g/l por longo período, mostrando excelentes resultados de limpeza, porque combinações de surfactantes especiais são utilizados.
Spray: aplicação muito difícil?As versões estão disponíveis para imersão e spray.
Aplicações automáticas conforme o exemplo acima (fotos) , onde os reservatórios do desengraxante estão por baixo do sistema de spray, trabalham com pouca formação de espuma e permitem uma eficiente limpeza de latas de alumínio, operando continuamente em insta-lações de alta produção e baixo volume. Especialmente aqui é importante que nenhuma espuma excessiva se forme, pois levaria ao transbordamento do reservatório.
A remoção de metal durante a limpeza é inferior a cerca de 1 g/m² (usando desengraxante líquido imersão, 50 g / l, 60°C e Al 5005 ). Isto significa que os banhos de limpeza ficam apenas ligeiramente carregados com alumínio dissolvido e uma longa vida útil do banho pode ser conseguida.
Além do baixo ataque de metal, permite a utilização a até 75°C, com ótimo resultado para limpeza de super-fícies polidas.
Devido à baixa alcalinidade, o desengraxante líqui-do permite também ser adequado aos níveis de brilho exigidos nas latas e tubos de alumínio, com realização de melhor qualidade de limpeza que os produtos alca-linos em pó, além do risco de entupimento dos bicos de spray.
Sem incrustações, sem espumaPara aplicações especiais em operação de anodi-
zação, os produto líquidos da linha Desengraxantes Líquidos são compatíveis com os produtos de fosquea-mento acetinado. Os banhos suportam longos períodos de operação sem formação de lama ou incrustações persistentes, portanto permitem reduzir a manutenção ao mínimo e também retomar a operação de um banho depois de medidas de controle ou de limpeza de resí-duos mais rapidamente. Como a formação de resíduos também nos sistemas de aquecimento é menor, os cus-tos com limpeza e perda de aquecimento por isolação também é reduzido.
Em situações de conversão de banhos que utiliza-vam produtos sólidos e passaram a utilizar o sistema desengraxantes líquidos, observou-se que as incrusta-ções do produto predecessor foram sendo dissolvidas e a capacidade do sistema aquecimento foi recuperada.
A entrada de cavacos, sujeira e outros resíduos
sólidos durante o tempo de operação pode também
contaminar aos desengraxantes líquidos, escurecer
um pouco o banho ou formar sedimentação, mas um
ciclo de limpeza de rotina pode recuperar a solução de
desengraxantes.
PRODUTO CARACTERÍSTICA INTERVALO DE
LIMPEZA
Desengraxante
alcalino pó
Forte incrustação
Forte formação de
espuma
Alto teor de alumínio
Toda semana
Desengraxante
líquido spray isento
de boro
Desengraxante
líquido spray
Instalação limpa
Não há incrustações
Baixa concentração de
alumínio
Comportamento de
formação de espuma
controlada
Limpeza mais efetiva
A cada 6 – 8
semanas
Exemplo prático de uma aplicação por spray: a con-versão de um sistema de limpeza de latas de alumínio com desengraxante líquido spray isento de boro (pro-cesso de duas etapas com pré-lavagem e de limpeza) a uma taxa de 100 a 200 latas por minuto.
PRODUTO CARACTERÍSTICA APLICAÇÃO
Desengraxante
líquido imersão
Universalmente
aplicável, livre de
borato, baixa remoção
de metal (Al), muito boa
compatibilidade com
subsequente sistemas
de fosqueamento.
Limpeza antes
de anodização
pintura, outros
revestimento.
Desengraxante
líquido imersão com
ataque
Para alumínio,
ligeiramente alcalino
com uma remoção de
metal leve.
Limpeza antes
de anodização
brilhante.
Desengraxante
líquido spray
Para alumínio,
monocomponente,
extremamente baixa
formação de espuma,
menos perda de metal,
alto rendimento,
mantém brilho.
Spray
Desengraxante
líquido spray isento
de boro
Como desengraxante
líquido spray, mas livre
de borato
Spray
Alta absorção de óleos e graxas, vida longa do banho
Devido às formulações de agentes tensoativos especiais, a capacidade de absorção de óleos em pro-dutos líquidos foi bastante melhorada: isto foi benéfico
32 • Tratamento de Superfície 196
• MATÉRIA TÉCNICA •
para a vida útil do banho, na forma de controle do teor de sólidos em suspensão e teor de óleos, criando op-ções de monitoramento para além da avaliação visual do efeito de limpeza (teste de quebra d’água, teste de aderência de tintas) e a análise de concentração. A análise dos tensoativos especiais criou novas possi-bilidades de controle, mas os métodos são trabalhos propensos a erros.
Métodos de análise melhoradosPara fazer a determinação da concentração, nor-
malmente uma titulação dos componentes alcalinos do desengraxante é utilizada. Este método de teste é geralmente suficiente para a operação do dia a dia, mas pode rapidamente provocar medições incorretas em função de arraste e contaminações alcalinas.
Para evitar estes efeitos, também a análise dos desengraxantes líquidos da linha Desengraxantes Lí-quidos - Cleaner foram otimizadas: estes são foto-metricamente analisados por meio da medição de um dos ingredientes específicos (fosfatos) e são, portanto, em grande parte independente de impurezas. A real concentração do banho pode ser mais precisamente determinada, sem a influência das contaminações ou dos produtos de reação.
Compatível com sistemas de pintura livre de solventes
Tanto para sistemas de pintura isento de solvente, (revestimento líquido), como a aplicações relacionadas a exigências crescentes em limpeza de latas e tubos de alumínio, a aplicação de desengraxantes líquidos, como o produto desengraxante líquido spray isento de boro já convenceu. Em testes com novos sistemas de pintura em todos os requisitos de limpeza sua aplicação excedeu em muito.
Especialmente no seu desenvolvimento também a proteção do meio ambiente foi um objetivo importante. Por esta razão, tem sido o foco em particular, criar produtos líquidos livres de borato em acordo com as normativas europeias.
Thomas SondermannGerente Técnico da
Alufinish GmbH & Co. KG
Tradução e revisãoMarcelo Nascimento
Gestor de Negócios
Metal Coat Ltda
marcelo@metalcoat.com.br
• MATÉRIA TÉCNICA •
ANODIZAÇÃO DURA EM PEÇAS DE ALUMÍNIO, RESISTENTES À FRICÇÃO
E AO DESGASTE PARA INDÚSTRIA AUTOMOBILÍSTICA E MOTOCICLETAS (II)
Abstract
This paper is the continuity of the research started in 2012
in the laboratory and the mechanical tests done in 2012. Part
of this work was published and read in Sur/Fin 2014 .In that
first part, the results obtained with automotion and motorcycle
parts were introduced. Silanes and polymers provides high
resistance to parts against corrosion and minimum wear of
parts in mechanical abrasion. This is done using directional
vectors. The new aluminium and magnesium alloys are not
going to be discussed now. After sealing in cold aluminium
with flouride salts a second sealing is apply with a ramified
silanes and polymers, thus gives the part great mechanical
resistance against wearing. Reaction mechanism forms were
observed between the aluminium-metal and the oxide resulting
from hard anodizing. The interface occurring with silane
and silane-oxide are free radicals of silicon and oxide-silicon,
respectively. Afterwards, with the polymers reaction hexagonal
closed structures are formed.
Introdução
Este trabalho é a continuação da pesquisa iniciada
em laboratório em 2012 e terminada no mesmo ano
com testes mecânicos. A primeira parte deste trabalho
foi publicada e apresentada na SUR/FIN 2014, oportu-
nidade em que o se apresentou os resultados obtidos
com automóveis e motocicletas.
Os silanos e polímeros promovem alta resistência
à corrosão e mínimo de desgaste por abrasão. Isto foi
obtido usando vetores direcionais. As novas ligas de
alumínio e magnésio não são discutidas no momento.
Após a selagem do alumínio com sais de fluoretos a
frio, uma segunda selagem é aplicada com polímeros e
silanos ramificados, conferindo às peças boa resistên-
cia mecânica ao desgaste. Foi observada a forma e o
mecanismo de reação entre o alumínio e metal e óxido
resultante da anodização dura. A interface que ocorre
entre o silano e os óxidos de silano é de radicais livres
de silício e óxido de silício, respectivamente. Por últi-
mo, na reação com o polímero as estruturas hexagonais
compactas são formadas.
Xavier Ventura
34 • Tratamento de Superfície 196
O índice de desgaste apresentado neste trabalho mostra a correlação entre a microdureza e a resistências ao desgaste depende da liga do substrato e do método utilizado. Ambos o teste Taber e a ISO 8251 apresentaram redução na performance ao desgaste da liga 2024 com o aumento da camada.
• MATÉRIA TÉCNICA •
propriedades e para produzir filme duro deve ser feita
uma seleção cuidadosa e apropriada dos parâmetros
para a anodização.
Tabela 3 - Escolha das variáveis de processo para otimização da anodização dura
Alumínio puro 50-55 VP
Ligas de alumínio 60-140
Boehmite Al2O3.H20
250-600
250-600
Alumínio puro Al2O3;
Safira
Corindon1200
1800
Tabela 4 – Filmes anódicos duros: Valores de dureza
PARÂMETROS CONDIÇÕES FAVORÁVEIS PARA ANODIZAÇÃO DURA
Temperatura Baixa
Concentração do eletrólito Baixa
Tempo de anodização Alto
Escolha correta da liga Livre de Cu e Si
Densidade de corrente Alta
Agitação do eletrólito Alta
Tipo de corrente Pulsante ou sobreposta (AC+DC)
A correlação entre a dureza e a porosidade é bem conhecida; Wenick, Pinner e Seasby registraram as se-guintes propriedades para anodização realizada a 4 A/dm² durante 30 minutos:- 1ºC porosidade entre 10 e 14%, dureza aproximada
de 500 VPN;- 30ºC porosidade entre 24 e 26%, dureza aproximada
de 300 VPN.A porosidade é resultante de duas reações dinâ-
micas que competem entre si: reação de formação do filme e a reação de dissolução do filme.
Os fatores que influenciam na formação da porosi-dade são:- Concentração do ácido: a porosidade aumenta com
a concentração.- Densidade de corrente: porosidade decresce com a
densidade de corrente.- Temperatura: a porosidade aumenta com a tempera-
tura.- Espessura/tempo: porosidade aumenta com a es-
pessura.
Espessura da parede da célula
Tamanho da célula
Diâmetro do Poro
Camada de Barreira
Metal
Figura 1 - Microestrutura do filme anódico
Tabela 1 - Valores de densidade do filme
FILME DENSIDADE EM g/cm³
Al2O3 Cerâmica fundida 3,8-4,0
α - Al2O3 Corindon 3,97
γ - Al2O3 3,5
Al2O3H2O Boemita 3,014
Al2O3H2O Bayerita 2,42-2,53
Barreira de camada fina 2,9-3,2
Filme anódico de íon mínimo 2,32
Filme anódico não selado 2,4
Filme anódico selado 2,60
Filme em ligas de AlCu filmes
obtidos entre 40 e 50ºC
1,8-2,1
Tabela 2 - Reações anódicas na anodização
Formação do filme 2Al+ 60H- → Al2 OH3 + 3H2O + 3ε
Dissolução do filme Al → Al3 + 3ε
Evolução do oxigênio 4OH- → H2O + O2 + 4ε
Oxidação do sulfato 2SO42- → S2O8
2- + 2ε
Porosidade do filme
Os poros apresentam vantagens e desvantagens:
o formato dos poros oferece a oportunidade de in-
corporar novas fases, especialmente pigmentos que
modificam as propriedades do filme. Finalizando, é
necessária a selagem do poro para produzir um filme
anódico estável. A extensão da porosidade afeta as
Tratamento de Superfície 196 • 35
• MATÉRIA TÉCNICA •
Tipos de ácido:- Ácido bórico, não há formação de poros.- Ácido sulfúrico, de 7 a 22% de concentração, produz
filme poroso.- Ácido clorídrico, não há formação de filme.
Porosidade e densidadeA porosidade tem marcante influência na mudança
da densidade do filme. Isto traz implicações na padro-nização de medição de espessura e tem sido discutido.
As opções experimentadas para a medição de es-pessura incluem:- Diminuição da seção; método absoluto.- Remoção do filme e pesagem; valor de D é necessá-
rio.- Eddy current, requer calibração.- Método ótico, requer calibração.
Resumindo:
- O valor da densidade oscila entre 2,3 a 3,33 g/cm³, variação de 40%.
- A incerteza é reconhecida pela norma BS 6161.Valores padrões são citados como: 2,5 g/cm³ filmes
selados e 2,4 g/cm³ para filmes não selados.A incerteza (variabilidade) na determinação da
espessura do depósito se dá pela característica do método. O peso do depósito em determinada área é considerado como média de distribuição, e o cálculo da espessura pelo uso da densidade leva a essa variabili-dade. O uso de microscópio também leva à incerteza, pois pequenas alterações nas condições de anodização produzem efeitos locais na espessura. Em filmes de maior espessura, a influência da variabilidade não é crí-tica. Porém, em camadas menores do que 3 µm, quando as propriedades óticas podem levar a erro trazendo dificuldades na qualidade da determinação da camada, a variabilidade deve ser considerada.
A porosidade que possui a marcante propriedade mecânica de adsorver corantes e anilina (dyestuffs) é importante no uso de selantes e no desenvolvimento da estrutura eptiaxial do óxido.
O revestimento do filme anódico e o tipo do óxido formado é mostrado no diagrama da figura B, onde se verifica a formação da coluna hexagonal com um poro central que vai até a base alcançando uma barreira contínua e compacta, na qual, o poro é formado durante o processo de anodização.
O diâmetro do poro e a espessura da barreira for-mada, dado determinado eletrólito e temperatura de
trabalho, será função da voltagem aplicada no processo de anodização. Alterando as condições de anodização é possível alterar as propriedades físicas do depósito tais como dureza, resistência à abrasão e densidade.
A anodização difere fundamentalmente do processo de eletrodeposição o qual consiste na aplicação de uma camada metálica na superfície do metal-base. A ano-dização é um processo de conversão (converte a base de alumínio em óxido de alumínio). Sendo assim, a sua aparência e outras propriedades dependem da compo-sição do alumínio e das condições de sua superfície.
Após a anodização, o filme é selado através de processo de hidratação o qual minimiza a porosidade inicial. Algumas aplicações demandam selante orgânico como óleo.
Dureza do filmeA dureza Vicker em seção transversal de uma su-
perfície anodizada a 20-25ºC, 2-6 amp/dm², 60-110 µm produzidas com dois diferentes métodos de agitação e são comparadas nas figuras I e J. Nestas figuras, a marca da diagonal maior do teste indica filme de menor dureza. A peça produzida com o sistema normal de agitação a ar produz filmes com durezas decrescentes do substrato (camadas internas) para a superfície do anodizado (camada externas), (HV 410- HV 260). A du-reza é quase constante no filme obtido pelo método de agitação de explosão de microbolhas de ar (HV 430-HV 410). No sistema normal de agitação a ar, assume-se que desde a formação inicial do filme (início da eletró-lise), ele é gradualmente dissolvido devido ao calor ge-rado pelo efeito Joule, aumentando o tamanho do grão. Desta forma, o filme se torna mais mole na superfície. Acredita-se que o método de agitação pela explosão de bolhas de ar torna a dureza uniforme pela dispersão do calor gerado pelo efeito Joule. A elevação da dureza na superfície melhora o desempenho e a resistência a abrasão.
Condições da anodizaçãoTodos os painéis de teste foram anodizados em so-
lução de 18% de ácido sulfúrico que continha o 5-7 g/L de alumínio dissolvido. O tanque com volume de 300 litros processados a 0ºC± 5 espessuras de 25 a 60 µm.
Taber - Teste resistências ao desgasteA resistência à abrasão foi avaliada com a resis-
tência Taber, de acordo com aparelho Taber modelo 6061, com dois jogos de rodas abrasivas AA-5 da Taber Industries.
36 • Tratamento de Superfície 196
• MATÉRIA TÉCNICA •
Os painéis foram colocados no dissecador por duas horas antes da pesagem. O índice de desgaste é medido sobre a perda de massa após 10.000 ciclos. O revesti-mento tipo III é caracterizado por uma perda máxima de 1,2-1,5 mg por 1.000 ciclos se o conteúdo de cobre for menor que 0,5%-2,0% como contaminação máxima de cobre. Ligas ricas em cobre a perda de massa máxima permitida se situa entre 2,5 e 4,0 mg por 1.000 ciclos.
As ligas de alumínio da série 1000 passam pelo Taber test e o desempenho ao desgaste é independente de espessura da camada.
As ligas da série 2000 passam pelo Taber test quando a camada é 25 µm. Aumentando a espessura da camada para 60 µm reduz a resistência ao desgaste e a camada não passa pelos critérios do teste para re-vestimento do tipo III.
Ligas da série 6000 passam no teste de desgaste para o revestimento tipo III, porém com o aumento da camada diminui a resistência ao desgaste. Comparan-do, camadas de 25µ com camadas de 60µ a camada de 60µ apresenta índice 72% menor de resistência ao desgaste.
Apenas as ligas da série 7000 não passaram no teste de resistência ao desgaste independente da espessura testada. Entre as quatro ligas de alumínio investigadas, as ligas da série 1000 tiveram os melho-
res resultados. O desempenho ao desgaste das ligas das séries 2000 e 6000 diminuía com o aumento da espessura.
A exatidão do teste Taber é mostrado na tabela 6. Dois painéis de cada liga apresentaram características diferentes de um lado do painel para o outro. Apenas um painel de cinco cumpriu o critério de aprovação, ou seja, <= 1,2 mg/1000 ciclos de perda de massa. A série 7000 não apresentou alteração no índice Taber quando comparamos frente e verso.
Os valores do desempenho a abrasão apresentado pela ISO 10074 são classificados de acordo com a liga de alumínio. A norma internacional possui 3 classes e 2 subclasses. A classe 1 e suas ligas. A classe 2 com duas subclasses, a classe 2ª que cobre as ligas da série 2000 e a classe 2b que cobre as ligas da série 5000 que contem no máximo de 1 a 2% de magnésio e as ligas da série 7000. A classe 3 inclui as ligas fundidas.
De acordo com a ISO 10074, para as ligas da classe 1 aceita-se uma perda de massa entre 1,2 a 1,5 mg/1000 ciclos. O critério de aceitação para a classe 2ª e 2b fica entre 3,5 a 4 mg/1000 ciclos. As ligas 1100 e 6061 pas-saram no critério de aceitação, já a liga 2025 passou quando a camada era baixa. A liga 7075 independente da espessura da camada não atingiu nenhum requisito da norma ISO 10074.
LIGAÍNDICE TABER DE DESGASTE (mg/1000 ciclos) TAMANHO DA AMOSTRA N=4
ESPESSURA DE 25 µm ESPESSURA DE 60 µm
MÉDIA
n=4
DESV.P. MIN. MAX. MÉDIA
n=4
DESV.P. MIN. MAX.
1100 0,40 0,10 0,10 0,60 0,49 0,25 0,40 0,60
2024 0,70 0,12 0,58 0,97 4,98 0,32 4,85 5,50
6061 0,58 0,31 0,19 0,99 1,15 0,15 1,20 1,40
7075 3,00 0,02 3,30 3,66 3,75 0,08 3,80 3,90
Tabela 5 - Índice Taber de desgaste para 4 ligas de alumínio perda de massa após 10.000 ciclos
LIGAÍNDICE TABER DE DESGASTE (mg/1000 CICLOS)
ESPESSURA 25 mm ESPESSURA 60 mm
FRENTE TRÁS DIFER. FRENTE TRÁS DIFER.
1100 0,42 1,20 0,78 0,35 2,20 1,85
2024 0,90 4,70 3,80 4,70 6,50 1,80
6061 0,98 1,65 67,00 1,10 1,60 0,50
7075 3,30 3,45 0,10 3,70 3,60 0,10
Tabela 6 - Valores do Índice Taber de desgaste medidos na frente e verso do painel de teste para as quatro ligas de alumínio
Tratamento de Superfície 196 • 37
• MATÉRIA TÉCNICA •
MicrodurezaA medição de microdureza foi realizada em 4 amos-
tras e 7 medições cada. E o resultado é apresentado na
tabela 7. Apenas a liga 2024 apresentou decréscimo de
microdureza com o aumento da espessura.
Tabela7 - Microdureza X espessura
LIGA MICRO DUREZA (HV0,01)
25µ 60µ
1100 370+-15 370+-15
2024 320+-15 280+-18
6061 360+-17 360+-15
7075 320+-15 310+-14
De acordo com a ISO 10074 apenas a liga 2024
(>250 HV0,05) passou pelo critério de micro dureza. A
dureza mínima para classe 1 é 400 HV0,05. As durezas
medidas da Tabela 7 foram realizadas com cargas de 8
a 12 gr.
Figura 2 - Mecanismo simples de cross-linking entre o metal e o
polímero
Figura 3 - Formação da rede de eletrodeposição e o cross-linking
Tabela 8 - Química do Silano
QUÍMICA DO SILANO
BTSE (C2H5O)3-Si-CH2CH2-Si-(OC2H5)3
VS H2C=CH-Si-( OC2H5)3
γ-UPS H2N-CO-NH-CH2-CH2-CH2-Si-(OC2H5)3
γ-APS H2N-CH2-CH2-CH2-Si-(OC2H5)3
A-1170 (C2H5O)3-Si-CH2CH2-CH2-NH-CH2CH2-CH2-Si-(OC2H5)3
A-1289 (C2H5O)3-Si-CH2CH2-CH2-S4-CH2CH2-CH2-Si-(OC2H5)3
SAAPS H2C=CH-C4H4-CH2-NH-CH2-CH2-NH-(CH2)3-Si-(OCH3)3.HCI
Tabela 9 - A aplicação de sucesso do tratamento do silano em sistemas de pintura
ONDE O TRATAMENTO DO SILANO TRABALHA
Sistema de pintura:
Pintura de chapa de aço laminadas a frio
Linhas de Pintura Galvalume
Pintura de aço galvanizado a quente
Rodas de alumínio fundido
Latas de bebidas revestidas
Tabela 10 - Aplicações de sucesso do Tratamento de Silano em sistemas não revestidos
ONDE O TRATAMENTO DO SILANO TRABALHA?
Sistemas não-revestidos:
Inibição da oxidação de aços galvanizados a quente
Ligas para aviação Al2O3
Envoltacimento de placas de entelhamento de TiZn
Tabela 11 - Vantagens dos novos tratamentos de silano
Otimiza a aplicação aos metais
Otimiza a aplicação aos metais
Desempenho superior ao cromato e ao fosfato
Resistência a corrosão mesmo sem pintura
Menor numero de etapas quando comparada a fosfatização
Anodização dura e anodização colorida completa (integral)
A anodização dura é muito utilizada na área técnica
e de engenharia, filme espesso e duro é obtido através
de anodização sulfúrica em torno de 20ºC ou mais, a
formação e a dissolução do filme são balanceadas em
torno de 25 a 30 µm espessura máxima, sem o resfria-
mento em torno de 20ºC atingindo 35ºC por exemplo.
O filme de óxido finalmente desaparece na eletrólise,
38 • Tratamento de Superfície 196
• MATÉRIA TÉCNICA •
conforme o filme aumenta de espessura a cor muda de
fraco amarelo para o bronze ou preto. Aparentemente
aos 4 VDC ocorre a coloração, mas no uso de corrente
modulada, desconsiderando a polarização catódica,
no pico da onda isto ocorre aos 30 V, com isto filmes
duros e coloridos acontecem. Entretanto, no caso de
anodização sulfúrica sem qualquer aditivo, deve-se
manter a temperatura abaixo de 10ºC. A EEC tem ampla
experiência em colorir com ácido oxálico utilizando
VAC ou VAC + VDC.Na opinião do autor, a chamada anodização com-
pleta como Kalcolor, Duranodic 300, etc, usam ácidos aromáticos sulfonados ou ácidos de cadeia alta alifáti-cos com pequena quantidade de ácido sulfúrico. Aro-máticos ou grupo de alifáticos altos são hidrofóbicos e juntos devido ao seu grande tamanho não penetram no óxido anodizado. Apenas a sulfonação os torna solúveis em ácido sulfúrico. Durante a eletrólise o filme anódico e o eletrolítico envelhecem em uma dinâmica de balan-ceamento atingindo o equilíbrio entre a concentração de ácido na solução e no filme. Ficando quase a mes-ma. O filme de ácido sulfúrico contém perto de 14% de sulfato e o filme colorido completo (integral) também.
Os grupos orgânicos apenas desempenham o papel de se atingir a voltagem de coloração. A presença de excesso de AL no filme desempenha papel de clora-ção quando gradualmente se adiciona ácido oxálico ao Duranodic 300 eletrólito, a cor bronze desaparece e a cor amarelada do ácido oxálico aparece. Ficou claro em nossos experimentos que o que causa a coloração são mecanismos bem diferentes entre a anodização dura, com ácido sulfúrico coloração completa (integral) e a com ácido oxálico filmes. As duas primeiras apresen-tam eletroluminescência enquanto o ultimo apresenta EL durante a anodização e também apresenta fotolu-minescências (PL) através da exposição ao UV. Agora fica claro que filmes obtidos através de ácido crômico contem 3% de Cr²O³, filmes obtidos de ácido oxálico contem 3% de oxalato e filmes obtidos de ácido sulfú-rico contem 14% de sulfato, e filmes duros através de ácido sulfúrico e de coloração completa (integral) con-tem Al e algum sulfato. Porém, eletrólitos de coloração completa (integral) podem trabalhar a 25-28ºC, sem grandes esforços de refrigeração e podem substituir eletrólitos de anodização dura sulfúrica que trabalham a 10ºC. A formação da cor de eletrólitos de ácidos oxá-licos acontece com outro mecanismo. Íons carboxílicos
entram no filme no estado excitado em torno dos 40V, sem convertem em produtos de alcatrão resultando em coloração amarelada ou marrom avermelhado. Este filme age também como uma barreira. Possui voltagem de coloração, porém com mecanismo completamente diferente.
Incrementando revestimentos duros obtidos de ácidos orgânicos através de aplicação de alta voltagem (rompimento da rigidez dielétrica)
Um novo processo de anodização dura e completa (integral) com ácidos orgânicos foi desenvolvido por Ventura e seus colaboradores. Ele atende as necessi-dades da indústria eletrônica avançada da CEE (Comu-nidade Econômica Europeia) de dureza, nivelamento e brilho e possui alta rigidez dielétrica. Exclusivo e único projeto construtivo de banho com a localização do catodo, posição de enganchamento, melhoria na movimentação anódica e meio de refrigeração atingin-do isolamento de 5000V/100 µm ou mais e dureza de 450HV.s condições de operação e as propriedades do filme são bem diferentes.
Eletrólito
- Ácido oxálico 80g/L- Ácido fórmico 80 g/L
Catodo oposto
- Grafite
Temperatura
- 5-40ºC
Densidade de Corrente
- 2-6 A/dm² corrente contínua.
Pré-tratamentoÉ preferido aqueles que não exalem fumos (vapo-
res) de NOx ou SOx ou despejem compostos de P e N nos efluentes. Preferindo o uso da reciclagem e a não utilização de materiais tóxicos. O desengraxe através da NaOH (com ou sem quelantes como o ácido glucôni-co) com adição de silicato de sódio que precipita ortho silicato de sódio e alumínio (Zeolyte) a maior parte da do sódio e do ácido glucônico podem ser reciclados. Zeolyte é utilizado de várias maneiras nas formula-ções como absorvedores e detergentes ao invés do tri -polifosfato que atualmente é proibido o seu uso na CEE com o objetivo de proteger os lagos, rios e a área
Tratamento de Superfície 196 • 39
• MATÉRIA TÉCNICA •
costeira evitando o crescimento exagerado de algas e plantas daninhas ao meio ambiente. Já para obter o polimento eletrolítico ao invés de usar os tradicionais ácidos fosfórico, nítrico e fluorídrico o autor propõe o uso de banhos à base de ácido sulfúrico.
A ação e as propriedades do ácido sulfúrico são similares aos dos outros ácidos mencionados (ataque químico, viscosidade e a capacidade de polir). O uso de apenas ácido sulfúrico é muito forte, se isto não puder ser evitado deve-se removê-lo com ácido fosfórico o que deixara uma cor iridescente azul avermelhada minimizada pela secagem. Ácido sulfúrico é usado com adições de sulfato de magnésio ou de cobalto e compostos clorados como Zeolyte como supressor de ataque e absorver os gases ácidos. Ácido sulfúrico dá uma superfície brilhante e clara. Zeolyte é usado tam-bém como supressor de gases alcalinos nas operações de desengraxe. Apesar de se mais ‘simples’ trabalhar com a mistura ácido nítrico e fosfórico.
Corindon e filmes RubiAnodização de Al em sais fundidos em baixa
temperatura fusões de baixa temperatura, sais como sulfato de sódio, sulfato de potássio e sulfato de amô-nia. Somente um sal ou misturas deles fundem entre 100-1600. Quando utilizamos catodo de titânio nestas misturas fundidas e aplicamos 1ª/dm2 formamos cama-da branca extradura de corindon que podem atingir 100 mm de camada ou mais. É visível a formação de algu-mas fagulhas e luminescência durante o processo de anodização. O oxido é constituído de Al2O3-alfa que foi convertido de um Al2O3-gama amorfo e cubico de corpo centrado para Al2O3-alfa hexagonal compacto. Isto é um exemplo típico de reações eletro-oxidação com reações de transição eletro- térmica que ocorrem na superfície do anodo de Al.
O filme é grosseiro e poroso com branco cremoso e densidade 2,96 se comparado com o compacto co-rindon densidade 4, mas é muito resistente à abrasão tangencial e é quimicamente estável, não é atacado por álcali ou ácido nem mesmo ácido fluorídrico. O filme pode ser impregnado com óleos ou outros materiais inorgânicos funcionais. A camada de corindon encontra aplicações como camada dúctil resistente ao calor em arames de alumínio utilizado em bobinas a 500ºC, má-quinas com peças que sofrem extremo desgaste. Cook e outros demostraram um pré-tratamento que melhora a performance de trinca por stress em ligas de alumínio utilizadas em aplicações aeroespaciais.
Primeiro se obtém com ácido sulfúrico filme con-vencional poroso o qual é imerso em solução de sul-fato de amônia e depois e submetido à anodização em bisulfato fundido. Daí, o filme é convertido para o oxido tipo alfa e dopado com Cr formando um filme Ruby. O filme é rosado e grosseiro, porém sobre a exposição de radiação ultravioleta revela a fascinante e profunda cor vermelha. Várias composições de sais foram utilizadas, mas a com Cr foram as que obtiveram os melhores resultados. Este processo pode ser utilizado para de-coração, iluminação, displays eletrônicos e aplicações a laser.
Conclusões
1. Em geral, é aceito a microdureza como medida de desempenho ao desgaste de determinada camada. Normas internacionais definem os critérios de acei-tação para o desgaste e a microdureza.
2. O índice de desgaste apresentado neste trabalho mostra a correlação entre a microdureza e a resis-tências ao desgaste depende da liga do substrato e do método utilizado. Ambos o teste Taber e a ISO 8251 apresentaram redução na performance ao desgaste da liga 2024 com o aumento da camada.
3. A redução da performance é correlacionada com a redução da microdureza. Porém Taber teste da liga 6061 ocorreu redução na performance com o aumento da espessura, apesar que a microdureza para esta liga é independente da camada.
4. Com o aumento da espessura, na ISO 8251 o teste mostrou redução inicial no desempenho ao desgas-te e depois permaneceu constante pós o desgaste. Como a camada após o desgaste (que é influenciada pela condição de compactação e composição quími-ca do óxido) é independente da espessura, também será a micro dureza.
5. O resultado apresentado neste trabalho mostra que a reprodutibilidade da performance ao desgaste de acordo com a ISO 8251 e é melhor do que a do Taber teste (5% comparada com 60%). Acrescentando não é recomendo realizar o Taber teste nos dois lados do painel de teste.
6. Corindon e Ruby filmes são muito duros. E são com-paráveis a anodização dura mas tem propriedades química e físicas inferiores.
7. Peças de anodização dura e coloração completa (in-tegral) para o uso de auto e motopeças são altamen-te resistentes à corrosão, ao desgaste e a abrasão mecânica.
40 • Tratamento de Superfície 196
• MATÉRIA TÉCNICA •
Conclusions1. It is generally accepted microhardness is a measure of
wear performance of coatings. National and International Standards specify acceptance criteria for both wear resistance and microhardness.
2. The wear indexes presented in this paper shows a correlation between microhardness and wear resistance is alloy specific and dependent on the test method. Both Taber and ISO 8251 testing on alloy 2024 shows reduced wear performance with increasing thickness.
3. The reduced performance is correlated with reduced microhardness. However , Taber testing of 6061 alloy shows reduced wear performance with increasing thickness, even tough the microhardness is independent on thickness.
4. With increasing thickness, ISO 8251 testing identified a reduced initial wear and a constant post wear. If the post Wear, which is influenced by the compactness and composition of the oxide coating, is independent of thichness, so should the microhardness.
5. The result presented in this paper show thar reproducibility of wear performance according to ISO 8251 is better than Taber testing (5% compared to 60%). Furthermore, it can not be recommended to do Taber testing on both sides of a test panel.
6. Corundum and rubi films are very hard. There are comparable to hard anodizing but they have inferior chemical and physical propieties.
7. Hard anodized and integral colour parts for automotion and motorcycle have high resistance to corrosion, wear and mechanical abrasion.
1. Wernick, S., Pinner R. and Sheasby, P.G., The Surface Treatment and Finishing of Aluminium and its Alloys, ASM International, Ohio, USA and Finishing Publications Ltd., Teddington, England, 5th Edition, Vol 1 and 2, 1987.
2. Kape, J.M., Trans. IMF, 1985, 63, 90-973. Qualanod specification for quality sign for Anodic
Oxidation coatings on wrought aluminium for architectural purposes, Zurich 1983.
4. Dito, A. and Tegiacchi, F., Plat. Surf. Finish, 1985, 72(6), 72-8.
5. Ellard, B.R. and Morita, A., INF Conference, Bournemouth, 1987, 217-248
6. Kalantary, M.R., Ph D. Thesis, Loughborough University of Technology, February 1990
7. Kalantary, M.R., Gabe, D.R. & Ross, D.H., Ageing Criteria for Cold Sealing of Anodized Aluminium, IPTME, Loughborough University of Technology, U.K.
8. Diggles, T.W., Oxide and Oxides Films, I. Marcelo Dekker Inc., N.Y.
9. Gonbi, H., Geymeyer, W. and E. Buvik, Aluminium 37.10. Shimura M., Arshumyutin Hyoden, Shari Kenkyu, Chara
Hukuku, Japan 86. 49 Ref. C.A. 87, 59867 n 1877, 60-1, ref C.A. 87, 75443 b.
11. Pearlstein, F. and Agarwala, V.S., Trivalent Chromium Solutions For applying Chemical Conversion Coatings to Aluminium Alloys or for Sealing Anodized Aluminium, Plating and Surface Finishing
12. Bishop et al., US patent 4,171,231 (1979)13. Marvin J. Udy, Chromium; Chemistry of Chromium
and its Compounds, ACS Monograph Series, Reinhold Publishers, New York, Ny., 1956; pp 177, 178.
14. Iler, RK. The chemistry of Silica, Wiley, New York; 197915. Coudurier, M.., Baudru, R. and Donnet, J.B., Bulletin of
the French Chemical Society, 9:3147, 3154. 3161; 197116. ITA, A., Henkel Surface Technologies, Inc. Sur/Fin ‘97,
Detroit, Michigan, USA
Xavier VenturaLaboratório de Pesquisa e Desenvolvimento de Eletroquímica,
Centro Integral, Barcelona - Espanha
xavieralbort@ono.com
ACESSÓRIOS E PEÇAS DE REPOSIÇÃO EUROGALVANOEXCELÊNCIA E CONFIABILIDADE
EUROGALVANODO BRASIL LTDA| Peças Genuínas |
WWW.EUROGALVANO.COM.BReurogalvano@eurogalvano.com.br
++ 55 51 3396 6262AV. CARLOS S.FILHO, Nº6945
INDUSTRIAL NORTE - CAMPO BOM - RS
especificações técnicas proprietárias, permitindo atingir máxima velocida-de de deposição, melhor distribuição de camada, menor consumo energé-tico e de metais, me-nor tempo de processo, maior renovação de solu-ção eletrolítica dentro do tambor, menor arraste e decomposição de eletró-lito, menor aquecimento do eletrólito por efeito joule, rendimento eletro-químico similar ao pro-cesso operacionalizado em gancheira desde que exista na instalação re-tificador que suporte a carga elétrica requerida pela nova tecnologia de tambor rotativo e seu ex-clusivo sistema de con-tatos catódicos. Agrega também salvar recursos naturais durante a ope-racionalização sem gera-ção contínua de resíduos líquidos e sólidos a miti-
INOVAÇÃO TECNOLÓGICA E PRODUÇÃO MAIS LIMPA NA GALVANOPLASTIA
Nos últimos 34 anos, durante mi-nha atuação no
setor galvanotécnico, ob-servei que produzir e mi-tigar resíduos na maior parte das plantas não ob-jetivou salvar recursos naturais e, assim, atin-gir a sustentabilidade do empreendimento. Neste breve artigo apresento duas reinvenções com inovações tecnológicas que permitem isso.
A primeira inovação é um novo sistema de eletrodeposição de me-tais em bateladas usando tambor rotativo de alta eficiência e sem geração contínua de resíduos lí-quidos e sólidos originá-rios de efluentes líquidos para mitigação posterior.
É uma inovação tec-nológica que proporcio-na eletrodeposição em bateladas nos eletrólitos atuais observadas suas
gar uma vez que as águas
de lavagens permanecem
em exclusivo sistema de
circuito fechado em reu-
so contínuo.
É possível configurar
instalações manuais e
automatizadas existentes
se houver espaço sufi-
ciente para sua inser-
• ARTIGO •
ção. Entretanto, devido
à concepção da tecnolo-
gia composta de tanques
de processos e tambo-
res rotativos exclusivos
não é possível aproveitar
tanques existentes. Inclui
módulos com celas ele-
trolíticas e de lavagens.
Como exemplo, um sis-
Pedro de Araújo
Consultor Galvanotécnico e Ambiental da Efil - Divisão Galvano
pdearaujo@ig.com.br
Sistema HBPS - heptagonal barrel plating systems
42 • Tratamento de Superfície 196
os líquidos gerados nos processos industriais potencialmente poluido-res de quaisquer origens contaminados por com-ponentes inorgânicos e orgânicos.
O reator usa eletro-dos bidimensionais, sen-do os cátodos em aço inox, titânio ou constru-ídos com materiais di-mensionalmente estáveis de última geração, e os anodos de sacrifício em ferro e/ou alumínio. Está em estudo a aplicação de novos anodos compostos de ferro e/ou alumínio de alta pureza, elevada re-atividade e configuração tridimensional.
A inovação tecnológi-ca inclui no reator con-figuração monopolar de fluxo contínuo perpen-dicular formando múlti-plas células eletrolíticas em seu interior. Quando operacionalizado, nele ocorrem os fenômenos físicos da eletrocoagu-
tema completo contendo um módulo de eletróli-se e o conjunto de lava-gem em circuito fechado ocupa área: (CxL) 4160 x 800mm, e pode ser arranjado em diferentes formatos: linha continua, paralela, “L”, “U”, “O”.
Em uma indústria de bijuterias que possuía em sua planta 4 tanques de eletrólito de cobre ácido com capacidade total de 16 gancheiras por ciclo da instalação, realizamos uma demonstração usan-do apenas o novo tambor rotativo, onde corrigimos uma posição de eletrólito de cobre ácido para as concentrações indicadas no eletrólito de cobre ácido específico para uso em eletrodeposição em bateladas nos tambores rotativos. Os resultados obtidos reportaram que um único tambor rotativo substituindo a tradicional produção em gancheiras na indústria de bijuterias promoveria aumento na capacidade produtiva da empresa em 50%, usan-do apenas um tanque de cobre ácido eliminando o uso de 3 tanques de cobre ácido e 8 horas/homem de engancheira-mento.
A segunda inovação tecnológica objetiva sal-var recursos naturais com uso da Eletrocoa-gulação Flotação de Alta Eficiência, através de um reator eletrolítico com-pacto fechado e se aplica a mitigação dos resídu-
lação, eletrofloculação e eletroflotação. É um sistema compacto, de elevada área anódica e catódica que permite aplicar densidades de corrente entre 100 e 600 Amperes/m2, resultando em baixa diferença de potencial entre os eletro-dos, entre 0,5 e 3V com baixo consumo energé-tico.
A eficiência da mi-tigação com esta ino-vação tecnológica pode ultrapassar 99% depen-dendo da composição do efluente, e atende com facilidade a legislação nacional e internacional além das normas técni-cas específicas.
O inovador reator eletrolítico substitui com vantagens os métodos físico-químicos tradicio-nais para mitigação de resíduos líquidos aquo-sos contendo mistura de quaisquer metais pesa-dos, complexos estáveis,
cianetos, óleos e graxas, tenso ativos, vírus, bac-térias, fungos, resíduos humanos, chorume de aterro sanitário, resíduos de atividades nucleares, produção de água potá-vel, destruição de disrup-tores endócrinos, etc.
Além de mitigar resí-duos líquidos no reator eletrolítico e não gerar resíduos líquidos com o novo sistema de eletro-deposição em bateladas, ambas inovações tecno-lógicas destacam-se por salvarem metais, água, energia elétrica e mini-mizar a geração de re-síduos sólidos, recursos naturais de relevante va-lor ambiental contribuin-tes para que os proces-sos industriais da fábrica do futuro adotem novo paradigma de operacio-nalização focado na vida sustentável para garantir a existência de um plane-ta mais limpo.
• ARTIGO •
Ecofae – tecnologia eletrolítica de eletrocoagulação – flotação de alta eficiência
Tratamento de Superfície 196 • 43
• MEIO AMBIENTE E ENERGIA •
E xistem várias frases admiráveis na biografia do pensador e escritor Peter Drucker, mas uma em especial eu admiro mais: “o planejamento de longo
prazo não lida com decisões futuras, mas com o futuro de decisões presentes”. Nada mais atual e presente para descrever a forma como o país - em especial alguns Estados - lida com a questão da escassez dos recursos hídricos. São Paulo, por exemplo, o Estado mais rico e populoso da nação, viveu recentemente o ápice de uma de suas piores secas da história, o que causou sérios transtornos ao sistema de abastecimento.
Não escrevo para apontar problemas e causas no passado, mas sim para projetar o futuro e indicar possí-veis caminhos. E, infelizmente, o futuro será tão desafia-dor quanto o momento atual se não houver uma mudança radical do ponto de vista de gestão e planejamento de longo prazo.
É necessário criar uma política de Estado que in-centive verdadeiramente o reúso de água. As medidas usadas para combater a crise hídrica, em geral, são mais caras, uma vez que a importação de água cada vez mais distante requer gastos de energia devido à água bombe-ada, além de causar impactos ambientais.
No Brasil, a atividade de reúso ainda não é regula-mentada e tampouco há estabelecidos padrões de qua-lidade para serem seguidos. O que existem são apenas orientações e iniciativas em níveis estaduais e munici-pais que incentivam.
Existem basicamente duas modalidades de reúso. O reúso direto, tecnologia que trata o efluente (esgoto) e propicia o uso da água para fins industriais, lavagem de ruas, agricultura, por exemplo. A outra modalidade é chamada de indireto, usado para recompor a capacidade de produção de água subterrânea. Esse modelo tam-bém pode ser aplicado para elevar quantidade de água disponível nos reservatórios a céu aberto. Importante observar que, para ambas as modalidades mencionadas, dependendo do grau de tratamento, a água pode ser para fins potáveis ou não potáveis.
Ruddi de SouzaPresidente do Conselho de Saneamento Ambiental da Associação Brasileira de Máquinas e
Equipamentos (Abimaq) e diretor geral da Veolia Water.
comunicacao@veolia.com
Ao reaproveitar a água já captada, transformando-a em matéria-prima para outros processos antes de descartá-la na natureza, pode-se obter uma boa economia, de acordo com estudos do Centro Internacional de Referência em Reúso de Água (Cirra), vinculado à Escola Politécnica da Universidade de São Paulo.
REÚSO É A PALAVRA DE ORDEM
44 • Tratamento de Superfície 196
O Ministério do Meio Ambiente, por meio da ministra Izabella Mô-nica Vieira Teixeira, já manifestou em recentes entrevistas o interesse e a necessidade em se criar uma legislação específica para reúso no sentido de reduzir o desperdício de recursos hídricos. Mas de prático, até o momento, nenhum avanço foi feito.
Não precisamos ir muito longe para encontrarmos exemplos con-cretos de como uma política séria de reúso pode ajudar a minimizar pro-blemas decorrentes da escassez de água. México e Estados Unidos, por exemplo, são vizinhos de continente e apresentam bons cases para se-guir de modelo. Em Los Angeles, por exemplo, o governo incentiva finan-ceiramente a troca de componentes residenciais para o uso racional da água.
No Estado americano da Califór-nia, o reúso é amplamente empre-gado por meio de uma legislação local que permite a chamada po-tabilização indireta, quando a água tratada é misturada com a das bacias subterrâneas e depois passa para o sistema de abastecimento comum. Esse sistema faz a água tratada tão ou mais pura do que a água tradicio-nal. Esse assunto é tão levado a sé-rio que o fundador da Microsoft, Bill Gates, gravou um vídeo no qual bebe água produzida em uma estação de tratamento de esgoto.
Ao redor do mundo é possível encontrar inúmeros exemplos de como países ou Estados fizeram o dever de casa com relação ao rea-proveitamento da água. O que eles têm em comum? Leis, normais e incentivos reais. O Brasil ainda está distante. Na esfera federal há um projeto de lei (PLS 12/2004) que re-
• MEIO AMBIENTE E ENERGIA •
duz a zero a alíquota do IPI (Imposto
sobre Produtos Industrializados) em
aquisições de máquinas e equi-
pamentos destinados a instalação,
manutenção, ampliação ou moder-
nização de plantas de tratamento de
água de reúso. Essa mesma política
deveria, uma vez aprovada, ser cas-
cateada para os níveis estadual e
municipal, dando uma compensação
tributária às empresas que utilizas-
sem água de reúso.
O investimento em reúso torna-
-se mais necessário ainda quando
observamos o volume de perdas,
algo em torno de 30% a 40% de
toda a água produzida, dependendo
da região do país. Trata-se de uma
enormidade, principalmente porque
as redes de transportes foram cons-
truídas há muitos anos e hoje estão
deterioradas. Em cidades como São
Paulo, por exemplo, uma região de
cabeceiras, ou seja, naturalmente
carente de água, o problema se torna
ainda maior, daí a necessidade de
reter todo recurso hídrico possível.
A despeito da falta de legislação,
as empresas, sobretudo as grandes
indústrias consumidoras de água,
têm de fazer sua parte. Além da
preocupação ambiental, há uma van-
tagem econômica embutida neste
processo. Ao reaproveitar a água já
captada, transformando-a em ma-
téria-prima para outros processos
antes de descartá-la na natureza,
pode-se obter uma boa economia,
de acordo com estudos do Centro In-
ternacional de Referência em Reúso
de Água (Cirra), vinculado à Escola
Politécnica da Universidade de São
Paulo.
Tecnologias existem. O que falta
é pensar responsavelmente no longo
prazo.
(CIEE), com sua experi-ência de 52 anos na in-serção de jovens no mer-cado de trabalho, criou o programa CIEE para Pessoas com Deficiên-cia, que vem, a cada ano, treinando pessoas para várias funções no mundo corporativo. Sabendo da atenção especial que o CIEE tem para com os profissionais com defi-ciência, empresas pro-curaram a instituição para formular programas especiais de formação profissional, com trei-namentos específicos – como nas áreas de infor-mática e administrativa, por exemplo. Entre as grandes empresas que possuem projetos desse porte com o CIEE estão a TAM Linhas Aéreas, a Bauducco e a Embraer.
Em 2015, o CIEE in-termediou a contratação
OPORTUNIDADES AOS DEFICIENTES
N os últimos anos, as pessoas com deficiência ganha-
ram mais oportunidades no mercado de trabalho, principalmente pela Lei de Cotas que determina a contratação por parte das empresas. Em um primeiro momento, as corporações mostraram preocupação quanto à qualificação dessa mão de obra, que, muitas ve-zes, não conseguia com-pletar os estudos devido à falta de acessibilidade e instrumentalização pe-dagógica própria nas es-colas. Mas, na prática, o que se viu foi uma turma cheia de vontade e dedi-cação, que demonstrou ter plenas condições de participar do mercado de trabalho.
Para resolver o pro-blema da falta de capa-citação, o Centro de Inte-gração Empresa-Escola
de 1,2 mil jovens com deficiência como estagi-ários ou aprendizes em empresas pelo país. O número de beneficiados é 25% superior ao ano de 2014, quando foram inseridas 988 pessoas no mercado de trabalho. Além de realizar uma verdadeira ação social, dando oportunidades reais de cidadania para essas pessoas, o CIEE ainda colabora com as empresas que necessi-tam cumprir as cotas exi-gidas pela legislação.
Pelo estágio e apren-dizagem, as empresas têm a oportunidades de qualificar as pesso-as com deficiência para que possam adquirir ha-bilidades adequadas às suas funções corporati-vas. Os participantes dos programas, por sua vez, recebem capacitação prática e a chance real
• ARTIGO •
de se inserir no merca-
do de trabalho com mais
qualidade. Importante
lembrar que em alguns
estados, como em São
Paulo, os aprendizes fa-
zem parte tanto das co-
tas de deficientes como
da própria aprendizagem.
O jovem que participa do
estágio ou do Aprendiz
Legal – programa de for-
mação profissional numa
parceria CIEE e Funda-
ção Roberto Marinho –
não perde o benefício
de Prestação Continua-
da (BCP), um estímulo
concedido pelo governo
para que pessoas com
deficiência busquem se
preparar para o mundo
laboral. O programa do
CIEE é mantido há 17
anos e já inseriu mais
de 15 mil pessoas com
deficiência no mercado
de trabalho.
Luiz Gonzaga Bertelli
Presidente do Conselho de Administração do Centro de Integração Empresa-Escola (CIEE), do
Conselho Diretor do CIEE Nacional e da Academia Paulista de História (APH).
46 • Tratamento de Superfície 196
Pelo estágio e aprendizagem, as empresas têm a oportunidades de qualificar as pessoas com deficiência para que possam adquirir habilidades adequadas às suas funções corporativas.
• NOTÍCIAS EMPRESARIAIS •
ASPERSUL, ORANGE, ARPI, ARPLY E FILTRATEC ANUNCIAM FUSÃO
54 3238.0000marketing@arpi.com.br
Para expandir a participação no mer-cado, as empresas Aspersul, Orange, Arpi, Arply e Filtratec fecham acordo de fusão e anunciam a criação do grupo ArpiAspersul.
Com a fusão, as empresas buscam entregar ao mercado um produto de qua-lidade com preço justo e no menor prazo de entrega possível.
A união das empresas, segundo os sócios Marcelo Zulian, Renato Nunes e Ezequiel Nieto, proporcionará aos clien-tes um acréscimo significativo em tec-nologia, know-how, assistência técnica e excelência em atendimento.
Agora, as marcas assumem posicio-namentos distintos. A Aspersul será res-ponsável por projetos especiais, enquan-to a Arpi cuidará dos produtos padroniza-dos. A área de repintura automotiva ficará sob responsabilidade da Orange, e o setor de suprimentos e equipamentos de pin-tura será comandado pela Arply. Cabe à Filtratec a atuação com filtros especiais.
SP 11 4615 5158RS 54 3223 0986SC 47 3241 6145
A segurança que oseu produto pede
Confira alguns de nossos produtos!
Ácido bóricoÁcido crômicoCianeto de cobreCloreto de níquelCianeto de potássioCianeto de sódioCloreto de zincoCobre
EstanhoGolpanolNíquelPermanganato de potássioSoda cáusticaSulfato de cobreSulfato de níquelZinco
www.mcgroupnet.com.br | vendas@metalloys.com.br
Metalloys & Chemicals
C
M
Y
CM
MY
CY
CMY
K
tratamento_metalloys_60x270_ago12.ai 1 21/
FARBEN FECHA 2015 ESTÁVEL, MESMO COM MERCADO EM QUEDA
48 2101.4300
farben@farben.com.br
A Tintas Farben, indústria que forne-
ce tintas para setor moveleiro, automoti-
vo, industrial e imobiliário, praticamente
manteve seu faturamento global em 2005,
em relação a 2014. A notícia é positiva,
considerando que, segundo levantamento
da Associação Brasileira de Fabricantes
de Tintas (Abrafati), apenas o mercado de
tintas nacional encolheu cerca de 6%, no
mesmo período.
“Esse ano pretendemos elevar o fa-
turamento em 8,6%, sendo que apenas
neste primeiro trimestre já superamos as
metas previstas para o período”, afirma
Ilmar Broch, diretor técnico-comercial
da Farben. Apesar do cenário de crise,
a empresa dá continuidade aos investi-
mentos. Entre eles está a expansão da
área de expedição e armazenamento da
empresa. Iniciado em fevereiro de 2015,
o projeto Nova Logística, prevê a am-
pliação dessa área para 4.050 m², o que
possibilitará atingir uma capacidade de
armazenamento de 1.800.000 litros. Além
disso, a empresa dá continuidade ao Pro-
jeto de Automação de Lotes da Fábrica
de Resinas e ao Sistema Preventivo de
Segurança na unidade fabril em Içara, SC.
• NOTÍCIAS EMPRESARIAIS •
BANDEIRANTES UNIDADE GALVÂNICA RECOLHE BOMBONAS USADAS E VAZIAS GRATUITAMENTE
11 2914.1799
diretoria@bandeirantesgalvanica.com.br
Pensando no meio ambiente e em
concordância com a Política Nacional
de Resíduos Sólidos, a PNRS, Lei nº
12.305 de 2010, sobre a logística reversa
responsabilidade compartilhada, a Ban-
deirantes Unidade Galvânica está reco-
lhendo gratuitamente de seus clientes as bombonas usadas e vazias de produtos, para dar destinação final adequada am-bientalmente para os componentes.
TÉCNICO EM QUÍMICA Profissional Procura: 03.2016
Profissional procura oportunidade para atuar como técnico em Quími-ca. Realiza curso Técnico em Quími-ca na Escola Técnica Oswaldo Cruz e possui curso de treinamento e se-gurança em galvanoplastia com ên-fase em ferramentas diamantadas.Atua na área desde 2010 e tem experiência em análise química. Possui conhecimentos básicos de inglês.
• PROFISSIONAL PROCURA •
AXALTA COATING SYSTEMS GANHA PRÊMIO DAIMLER DE FORNECEDOR
0800 019.4030
sac.guarulhos@axaltacs.com
A Axalta Coating Systems foi um
dos dez fornecedores reconhecidos com
o Prêmio Daimler de Fornecedor 2015.
O prêmio na categoria de ônibus e ca-minhões – Global Procurement Trucks and Buses – foi possível graças ao fornecimento de tintas de alta qualida-de. O desempenho dos fornecedores é medido em termos de qualidade, custo, entrega confiável e capacidade de ino-vação. O relacionamento com a Daimler também inclui a observância de práticas de negócio sustentáveis, que buscam criar incentivos para os fornecedores melhorarem cada vez mais em mercados novos e existentes.
“Em nome do time global da Axalta, estamos muito orgulhosos de sermos reconhecidos pela Daimler”, afirmou Jo-seph Wood, vice-presidente de trans-portes comerciais da Axalta Coating Systems. “Este prêmio é a prova positiva que os esforços notáveis do nosso time estão dando resultados, bem como o forte compromisso da Axalta em serviço e inovação”, continuou. Os prêmios de Qualidade, Parceria e Inovação foram entregues na filial da Mercedes-Benz em Stuttgart, Alemanha, no início deste ano.
ATOTECH DO BRASIL DESENVOLVE O PRIMEIRO TREINAMENTO EM FUNDIÇÃO SOB PRESSÃO DE ZAMAC EM PARCERIA COM SENAI
11 98596.8440anderson.bos@atotech.com
A equipe técnica da Atotech do Bra-sil, clientes e parceiros comerciais par-ticiparam do primeiro treinamento sobre fundição sob pressão das ligas de zinco – Zamac desenvolvido pela companhia em conjunto com o Senai.
Durante três dias, os profissionais puderam se aprofundar em aspectos como componentes e molde de injeção;
zinco e suas ligas e os defeitos mais comuns de fundição. O objetivo da com-panhia com o treinamento foi auxiliar
seus clientes e parceiros a entender todo o processo de injeção, e melhorar a qualidade de seu processo produtivo.
Equipe técnica, clientes e parceiros comerciais da Atotech do Brasil participam de encontro sobre fundição sob pressão de Zamac
48 • Tratamento de Superfície 196
• NOTÍCIAS EMPRESARIAIS •
ERZINGER ORGANIZA CONVENÇÃO DE VENDAS E ESTIPULA METAS PARA 2016
47 2101.1300silverio.junior@erzinger.com.br
Os profissionais de vendas da Erzinger participaram, entre 24 e 26 de fevereiro, da 12ª Convenção de Vendas da compa-nhia, em São Paulo.O evento reuniu toda a equipe comercial da empresa, que teve acesso às princi-pais estratégias de mercado para 2016, além das metas e táticas que deve seguir para alavancar as vendas frente aos de-safios atuais do setor. “Ações, atitudes e mudanças exigem coragem. Mudança de postura na forma e na hora de prospectar exigirão ainda mais determinação e foco. Temos que nos reinventar, inovação faz parte desta nova era”, afirmou Hilário Kühl, diretor comercial e administrativo da Erzinger, durante o evento.
Equipe comercial participa da 12ª Convenção de Vendas da Erzinger
Aproveite a próxima edição da Revista
Tratamento de Superfície para ampliar
o alcance da sua marca e anuncie.
O tema central do próximo número
será pintura. E abordaremos desde
equipamentos industriais até proces-
sos e serviços de pintura.
Não deixe a oportunidade de pintar a
sua marca no mercado passar. Invista
no seu negócio e anuncie em Trata-
mento de Superfície.
APOIE O SEU CRESCIMENTO
www.b8comunicacao.com.br
b8comercial@b8comunicacao.com.br
11 3835.9417 | 11 3832.8271
ANUNCIE NA TRATAMENTO DE SUPERFÍCIE.
DESTAQUE DA PRÓXIMA EDIÇÃORevista
a mais completa do setorPINTURA
não se preocupam com essas ques-
tões estão fadadas ao fracasso.
As companhias que pensam so-
mente em gerar lucros têm que se
reinventar. É preciso enxergar que
empresas são agentes de mudanças,
que também possuem um real com-
promisso com a sociedade, devem
participar ativamente, extrapolar as
exigências do capitalismo e ter um
reposicionamento de comportamen-
to empresarial.
A mudança de paradigma do sis-
tema que vivemos está em um termo
conhecido como “talentismo” - ou
seja, no fato de pensar no conjunto
da obra, e não apenas na orga-
nização em si. O assunto foi um
Para compreender um pouco me-
lhor, o Fórum Econômico Mundial
reúne anualmente chefes de go-
verno, representantes empresariais,
de bancos, entre outros executivos,
com o intuito de debater temas pre-
sentes e propor caminhos para o
futuro - neste ano, por exemplo, teve
como tema central a “Quarta Revolu-
ção Industrial”. Porém, é claro, nada
adiantará se essas questões não
saírem do papel.
Além de colocarem as inicia-
tivas em prática, as organizações
precisam seguir os “Dez Objetivos
do Pacto Global”, iniciativa da Or-
ganização das Nações Unidas (ONU)
elaborada sobre os pilares dos direi-
tos humanos, princípios e direitos
fundamentais no trabalho, respeito
e preservação do meio ambiente e
o combate à corrupção. A missão do
Pacto Global é engajar as empresas
para que aceitem as metas propos-
tas, apoiem e busquem alcançá-las
dentro de suas dependências e tam-
bém nas esferas de influência.
O “talentismo” nada mais é que
a valorização de uma empresa ao
seu capital humano, seja ele parte
da equipe de colaboradores, da
carteira de clientes ou da comuni-
dade que, de alguma forma, partici-
pa de sua atuação. Toda companhia
que atua no cenário moderno do
capitalismo precisa estar de acordo
com esse conceito e perceber que
as pessoas são mais importantes
que o dinheiro.
• PONTO DE VISTA •
TALENTISMO, O NOVO CONCEITO DA ERA EMPRESARIAL
Temas como as crises fi-
nanceiras em diversos pa-
íses, os danos e catástro-
fes ambientais e a necessidade
de diminuir as diferenças sociais
são constantemente debatidos nos
quatro cantos do mundo. Enga-
na-se, porém, quem acredita que
esses são problemas exclusivos
dos governantes, afinal ultrapas-
samos há tempos a era em que as
iniciativas privadas não prestavam
atenção nestes fatos. Atualmente,
as empresas que não discutem e
“ ATUALMENTE, AS EMPRESAS QUE NÃO DISCUTEM E NÃO SE PREOCUPAM COM ESSAS QUESTÕES ESTÃO
FADADAS AO FRACASSO.”
Wellington RodgérioDiretor financeiro do Grupo Sabará
marketing@gruposabara.com
dos destaques no Fórum Econômico
Mundial de 2016, em Davos, na Suí-
ça, sendo abordado pelo próprio fun-
dador e presidente do evento, Klaus
Schwab. A finalidade desse novo
conceito é a capacidade de inovar e
circular ideias por meio do talento,
da educação e do empreendedoris-
mo, sempre com uma visão clara de
compromisso junto à sociedade, ao
meio ambiente e às causas sociais
que envolvem a realidade ao seu en-
torno, seja na cidade ou no país todo.
Isso significa um reposicionamento
do comportamento empresarial.
50 • Tratamento de Superfície 196