Post on 07-Apr-2016
EMERGÊNCIA PSIQUIÁTRICA CONCEITO: - Qualquer perturbação nos pensamentos,
sentimentos ou ações para a qual a intervenção terapêutica imediata é necessária.(Kaplan, Sadock e Grebb);
- Emergência Psiquiátrica não define uma única situação clínica, já que muitos tipos diferentes de situações podem estar na condição de emergência ( Mackinnon e Michels).
EMERGÊNCIA PSIQUIÁTRICACaracterística da entrevista:- Focalizar no possível estresse desencadeador- Focalizar a estrutura da entrevista nas áreas que
colaboram para tomada de decisão- Iniciar a entrevista falando com o paciente- Se for necessário incluir o acompanhante avisar o
paciente- Identificar quem sentiu a necessidade de ajuda- Identificar de que modo o problema foi identificado
como psiquiátrico
EMERGÊNCIA PSIQUIÁTRICA
FORMAS DA ABORDAGEM
- Ter como objetivo formar vínculo- Tentar manter um canal de comunicação- Olhar e ouvir o paciente- Focalizar o assunto no paciente- Impor limites- Fornecer dados de realidade- NUNCA: MENTIR, PROMETER OU SEDUZIR
EMERGÊNCIA PSIQUIÁTRICA
AMBIENTE FÍSICO:1- Proporcionar espaço livre para movimentação da
equipe2- Ausência de objetos perigosos3- Acesso fácil de pessoas de apoio para proteção e
contenção4- Visualização fácil do paciente
EMERGÊNCIA PSIQUIÁTRICA
Equipe:1- Serviço médico treinado2- Equipe de enfermagem treinada em abordagem
verbal, contenção e avaliação psiquiátrica.3- Serviço social com treinamento em abordagem
familiar
ABORDAGEM AO PACIENTE AGRESSIVO
TEORIAS SOBRE AGRESSIVIDADE:
- Psicanalítica: forças instintivas que habitam o ser humano
- Comportamental: processo de socialização- Sócio-cultural: normas culturais determinam o
comportamento- Biológica: áreas cerebrais especificas
Stuart e Laraia(2001)
ABORDAGEM AO PACIENTE AGRESSIVO
TEORIAS SOBRE AGRESSIVIDADE:
- Ambientais- Situacionais- Genéticos Kaplan, SadocK e Grebb( 1997)
ABORDAGEM AO PACIENTE AGRESSIVO
ENTREVISTA- Limitação do tempo- História focalizada- Uso do acompanhante sempre que possível- Uso da polícia quando necessário- Transporte adequado- Uso de medicação de emergência se necessário
ABORDAGEM AO PACIENTE AGRESSIVO
MEDIDAS DE AUTOPROTEÇÃO- Saiba tanto quanto possível sobre o paciente, antes
de encontrá-lo- Deixe os procedimentos de contenção física para
profissionais treinados- Esteja alerta para os riscos de violência eminente- Atente para a segurança do espaço físico à sua volta- Tenha outras pessoas presente durante sua
avaliação- Atente para o desenvolvimento de uma aliança com
o paciente
ABORDAGEM AO PACIENTE AGRESSIVO
PREVENÇÃO QUANTO AO PERIGO:Previna ferimentos auto-infligidos e suicídio- Evite violência para com outros e auto violência- Informe o paciente que a violência não é permitida- Aborde o paciente de forma não ameaçadora- Ofereça garantia que ele não será mal tratado- Ofereça medicamentos (com presença de um
médico)- Informe o paciente que a contenção poderá ser
usada- Tenha pessoas prontas para contenção se
necessário
ABORDAGEM AO PACIENTE AGRESSIVO
SINAIS DE VIOLÊNCIA:- Atos recentes de violência- Ameaças verbais e físicas- Trazer armas ou objetos que possam ser usados
com arma- Agitação psicomotora progressiva- Intoxicação por álcool ou drogas- Aspectos paranóides em um paciente psicótico- Alucinações auditivas de comando- Transtornos mentais orgânicos, quadro de mania e
transtorno de personalidade
- Andar em círculo- Incapacidade de sentar-se e permanecer quieto- Golpear ou cerrar as mandíbulas- Contrair músculos faciais- Exigências insistente de atenção- Fala alta- Euforia inapropriada- Instabilidade de afeto
ABORDAGEM AO PACIENTE AGRESSIVO
AVALIAÇÃO DO RISCO DE VIOLÊNCIA- Considere a ideação, intenção e planos violentos,
disponibilidade de meios, desejo de auxilio- Considere: sexo(masc.), idade(15 – 24 anos), nível
socioeconômico(baixo) e apoio social (pouco)- Considere a história passada: violência, ato violento,
descontrole, uso de álcool ou drogas, ferimento auto infligido
- Considere os estressores manifestos
ABORDAGEM AO PACIENTE AGRESSIVO
Contenção física:- Técnica utilizada para segurar, conduzir e restringir
os movimentos físicos;- Deve ser indicada quando o quadro apresentado
colocar em risco o paciente, outras pessoas e bens materiais;
- Deve ser utilizado como o último recurso terapêutico, quanto tudo já tiver falhado.
ABORDAGEM AO PACIENTE AGRESSIVO
Função da contenção fisíca:- Possibilitar a abertura de um canal de comunicação- Evitar danos iminentes ao paciente e outras pessoas- Evitar dano importante ao ambiente- Parte da terapia comportamental- Diminuir os estímulos ambientais- Atender à solicitação vinda do paciente American Psychiatric Association ( 1999)
ABORDAGEM AO PACIENTE AGRESSIVO
Cuidados antes da contenção fisíca:- Ter lugar num quarto isolado ou local apropriado e
que garanta privacidade, bem ventilado e com temperatura adequada.
- Colocar o doente num local onde possa ser permanentemente vigiado.
- Garantir que não existam objetos perigosos para o doente.
- Utilizar faixas concebidas e apropriadas. - Colocar as faixas nos membros superiores, inferiores
e tórax do doente conforme a gravidade da situação.
ABORDAGEM AO PACIENTE AGRESSIVO
Cuidados após contenção fisíca:- Manter a elevação da cabeça- Perfusão sanguínea arterial e pulsos periféricos- Verificar sinais vitais- Administrar medicamentos ( sempre que possível)- Cuidados gerais: alimentação, higiene pessoal,
mudança de decúbito, ambiente terapêutico- Orientação quanto a contenção e descontenção
ABORDAGEM AO PACIENTE AGRESSIVO
Retirada da contenção física:- A contenção deve durar o menor tempo possível- Não se deve prometer ao paciente um tempo para
ele ser descontido- Explicar ao paciente o porque da contenção e o que
deve ocorrer para a liberação- Tempo de contenção: 2 à 4 horas- A liberação deve ser embasada em aspectos
técnicos e de preferência discutido com a equipe- Evitar que somente uma pessoa faça a liberação do
paciente.
PROGRAMA NACIONAL DE AVALIAÇÃO DOS SERVIÇOS HOSPITALARES – PNASHE - Não ocorre contenção física de pacientes ao leito ou ocorre raramente, com presença física permanente de um membro da equipe e prescrição médica, a partir da discussão em equipe, registrada em prontuário. B - Ocorre raramente contenção de pacientes ao leito, com presença física permanente de um membro da equipe e precedida de justificativa e prescrição médica em prontuário. RE - Ocorre regularmente contenção de pacientes ao leito, com presença física permanente de um membro da equipe e precedida de justificativa e prescrição médica em prontuário.
RU - Ocorre regularmente contenção de pacientes ao leito, sem presença física permanente de um membro da equipe e precedida de justificativa e prescrição médica em prontuário.
P - Ocorre freqüentemente contenção de pacientes ao leito, sem presença física permanente de um membro da equipe e sem justificativa e prescrição médica em prontuário.
SUICÍDIOSuicídio (do latim sui caedere),termo
criado por Desfontaines, matar-se, é um ato que consiste em pôr fim intencionalmente à própria vida.
SUICÍDIO “Ato consciente de aniquilação auto-induzida, que é
percebido como a melhor solução”.(Kaplan, Sadock e Grebb)
Etiologia: - Fatores sociais: egoísta, altruísta e anômico - Fatores psicológicos - Fatores fisiológicos
SUICÍDIOCausas mais comuns:- 97% dos pacientes suicidas tem transtornos
mentais associados: depressão (o mais comum), esquizofrenia, alcoolismo e outras dependências, transtorno de personalidade e ansiedade
- A impulsividade leva a pessoa a tentar se matar, a ideação pode passar e retornar em curtos espaços de tempo;
SUICÍDIOPostura do profissional que atende:- Deve-se ajudar o paciente a perceber que existem
outras possibilidades além da morte,- A atitude deve ser de aceitação e não ter um
discurso moralista ou religioso(ser castigado se morrer),
- Abordar claramente sobre o pensamento ou plano suicida,
- Avaliar necessidade de uma assistência aos danos causados pela sua tentativa,
- Em caso de internação observar as condições do local que ele será internado.
ABORDAGEM AO PACIENTE ALCOOLISTA
Síndrome de abstinência alcoólica:- leve: presentes apenas sinais
neurovegetativos (tremores e sudorese) e sintomas subjetivos de pouca gravidade;
- Moderado: além dos anteriores, presentes sinais e sintomas digestivos ( náuseas e vômitos)
- Grave: sinais anteriores e evidente comprometimento do sistema nervoso central ( delirium, alucinações, convulsões, etc)
ABORDAGEM AO PACIENTE ALCOOLISTA
Delirium tremens:- Alterações da consciência: confusão, desorientação,
desatenção;- Tremores intensos;- Alucinações visuais (zoopsias);- Delírios e alucinações de cunho persecutório,
ocupacionais e táteis;- Sudorese intensa, taquicardia, hipertensão arterial,
taquipnéia, hipertermia, vômitos;- Pode ocorrer convulsões- aumento da sugestionabilidade (sinal da linha)- Alteração de comportamento.
ABORDAGEM AO PACIENTE ALCOOLISTA
ALCOOLISMO- Pouco vale o diagnostico do alcoolismo,
sem uma boa abordagem- Várias queixas levam o paciente ao hospital
desde insônia até queixas cardíacas- Uso de mecanismos de defesa( negação,
racionalização, minimização e projeção)
ABORDAGEM AO PACIENTE ALCOOLISTA
ALCOOLISMO ABORDAGEM- Atitude cordial- Detalhamento da doença- Não ser moralista- Envolvimento da família- Esclarecimento da necessidade de tratamento- Encaminhamento adequado
Não banque o herói!Não banque o herói!
REFERÊNCIASKAPLAN, H. J. SADOCK E GREBB. Compêndio de KAPLAN, H. J. SADOCK E GREBB. Compêndio de psiquiatria – ciências do comportamento e psiquiatria psiquiatria – ciências do comportamento e psiquiatria clínica. Porto Alegre: Artes Médicas, 1997, 7ª ed.clínica. Porto Alegre: Artes Médicas, 1997, 7ª ed.NUNES, FILHO, E.P.; BUENO, J.R.; NARDI, A.E. NUNES, FILHO, E.P.; BUENO, J.R.; NARDI, A.E. Psiquiatria e saúde mental. São Paulo: Atheneu, Psiquiatria e saúde mental. São Paulo: Atheneu, 1996, cap.21, p.247-255: Emergências Psiquiátricas.1996, cap.21, p.247-255: Emergências Psiquiátricas.http://www.ufrgs.br/psiq/Avalia%C3%A7%C3%A3o%20%20do%20Estado%20Mental.pdfSiqueira Junior, Antônio Carlos; A pedagogia Siqueira Junior, Antônio Carlos; A pedagogia problematizadora para o atendimento do problematizadora para o atendimento do paciente agressivo, tese Doutorado – paciente agressivo, tese Doutorado – Ribeirão Preto, 2002Ribeirão Preto, 2002