Post on 23-Jan-2018
Educomunicação
&
Jornalismo
Cidadão
• Profª Me. Antonia Alves (Unemat)
• Minicurso no Intercom Centro-Oeste 2017
se materializa em áreas
de intervenção
Ampliação dos ecossistemas
comunicativos dialógicos,
abertos e interdiscursivos
Educomunicação
Conjunto das ações inerentes ao planejamento,
implementação e avaliação de processos e programas
destinados a criar e fortalecer ecossistemas comunicativos
em espaços educativos presenciais ou virtuais.
Ismar de Oliveira Soares e Núcleo de
Comunicação e Educação (NCE-USP)
➢ Comunicação e educação – estudos de recepção; leitura
crítica da mídia; educação para a comunicação.
➢ Mediação tecnológica – criar condições de dialogicidade;
integra as tecnologias às novas sensibilidades... Valoriza os
recursos tecnológicos e midiáticos para produção de
sentido; empoderamento prático das TIC para produção de
cultura.
➢ Gestão da comunicação – “costura” e “liga” dos
processos comunicativos para a construção do ecossistema
comunicativo dialógico, aberto e interdiscursivo.
➢ Reflexão epistemológica – garantia de que a teoria e a
prática caminhem juntas.
Áreas de intervenção
➢ Expressão comunicativa através das artes –imbricação de valores estéticos, de sensibilidade e
de percepção da alteridade.
➢ Pedagogia da comunicação – diálogo com o
currículo formal em vista da ampliação da
comunicação escolar entre os sujeitos.
➢ Produção midiática – elaboração e disseminação
de materiais midiáticos para a educação, elaborados
pela mídia com a intencionalidade voltada para a
informação e formação de suas audiências.
Áreas de intervenção
➢ TV Cultura desenvolve práticas educomunicativas
➢ Canal Futura – incentivo à democracia, à participação e ao
protagonismo da juventude.
➢ Programa Jornal e Educação da Associação Nacional de
Jornais (PJN/ANJ) reúne cerca de 60 atividades de
mídia/educação no País.
➢ Jornal da Tarde e NCE-USP – Educom.JT (2006 -2007)
– 80 aulas preparadas sob a perspectiva educomunicativa.
Subsídios para implementar aos docentes no tratamento de
conteúdo curricular e em temas transversais, bem como o
perfil laboral do educomunicador.
Áreas de produção midiática
http://www.usp.br/nce/educomjt/paginas/
Ecossistema comunicativo aberto, interdiscursivo e dialógico por meio das áreas de intervenção que discutem a recepção críticadas mensagens, valorizam a gestão dos processos comunicativos e a mediação dos recursos tecnológicos disponíveis, além da produção midiática em vista de práticas jornalísticas cidadãs por meio da produção colaborativa com os leitores.
Ecossistemas comunicativos
“o conjunto das ações inerentes ao planejamento e avaliação de processos, programas e produtos destinados a criar e a fortalecer ecossistemas comunicativos em espaços educativos presenciais ou virtuais, assim como a melhorar o coeficiente comunicativo das ações educativas, incluindo as relacionadas ao uso dos recursos da informação no processo de aprendizagem” (Soares, 2001, p. 43).
Ecossistemas comunicativos
Ecossistema comunicativo
➢ Técnica e tecnologias se mesclam a
linguagens e saberes e circulam por meio
de dispositivos interconectados (Martín-
Barbero, 2002).
➢ Ressignificação – descentralização de
vozes, dialogicidade, interação para
melhorar o fluxo de comunicação dos
atores sociais (Soares, 1999).
Cibercidadão – participação
• Atores sociais produtores de cultura por meio
da apropriação (LEMOS, 2009).
• Ecossistema comunicativo (MARTÍN-
BARBERO, ) – mediações culturais...
• Novas formas de interação (Lemos) que
ampliam o conhecimento coletivo (Saad) em
vista da inteligência coletiva (Jenkins, 2009).
Ciberjornalismo
➢Comunicação como direito humano – alteridade nas
narrativas.
➢Proposta educomunicativa – empoderamento – em
vista da construção de um ecossistema comunicativo
aberto, interdiscursivo e dialógico.
➢Webjornalismo participativo – “o principal papel do
webjornalismo é cobrir o vácuo deixado pela mídia
tradicional” (PRIMO; TRASEL, 2006, p. 8).
Ciberespaço – potencialidades
educomunicativas
✓Do off-line aos espaços de sociabilidade (SAAD,
2009)
✓Redes sociais – espaço para expressão (RECUERO,
2009) do interagente (PRIMO; TRASEL, 2006).
✓Processos dialógicos, participativos, críticos e
criativos.
✓Um jornalismo social para promover a cidadania a
partir do olhar dos atores sociais.
Nos cursos de Jornalismo
Meta da cidadania nos cursos de
Jornalismo com ações voltadas à
comunidade x proposta educomunicativa –
exercício da cidadania, diálogo (Freire e
Kaplún), empoderamento – permita ter voz,
visibilidade, influência e capacidade de ação
e decisão (Horochovski, 2007).
Nos cursos de Jornalismo• Jornalismo comprometido com a democracia
com repercussão de responsabilidade social (Rothberg, 2012; Aranha, 2014) e que passe pela conquista da cidadania(Peruzzo, 2007).
• Jornalismo convergente, hiperlocal, colaborativo e inovador novas possibilidades mercadológicas por meio da economia criativa – possibilitada pelos aplicativos e perfil do prosumer.
• Jornalismo hiperlocal – avanço do comunitário/ colaborativo – foca nas necessidades dos usuários com produtos diferenciados (Carvalho; Carvalho, 2014).
• Cidadãos participando da produção audiovisual do poder de decisão para ampliação da cidadania comunicacional(Bordenave, 1994; Peruzzo, 2007).
Experiências nos cursos de Jornalismo
Experiências que levam os jornalistas a serem mediadores
de uma comunicação participativa (Machado Filho;
Ferreira, 2016) e de um jornalismo divergente do
tradicional (Targino, 2009) e colaborativo (Renó; Dangoski,
2014):
✓ jornal laboratório “Portal Comunitário” (UEPG)
que atende 60 entidades.
✓ Telejornal na TV Unesp (Bauru-SP)
– jornalismo público.
✓ Centro de Mídia Independente (CMI) e Mídia
Ninja – estruturas descentralizadas e colaborativas.
Experiências educomunicativas
✓ Graduação (dois cursos) – ECA-USP -
licenciatura e UFCG – bacharelado;
✓ Especializações, mestrados e doutorados;
✓ Atividades de extensão, pesquisa e ensino;
✓ UFU – disciplina e programa interdisciplinar.
✓ pesquisa e extensão: UFPel, UFJF, UFSM e
Unemat.
Experiências educomunicativas
➢ PPC do Jornalismo (UFMT/Unemat)
práticas laboratoriais e extensionistas com
princípios do jornalismo cidadão e indícios
educomunicativos: produção colaborativa,
trabalho em equipe;
inter/transdisciplinaridade,
metodologias participativas e
empoderamento social
(Pereira, Ferreira; Scaloppe,2016).
Experiências
➢ O currículo atual, dinâmico, participativo e colaborativo nos Cursos de Jornalismo pode formar cidadãos engajados em uma sociedade com uma visão ampla de homem e de mundo.
➢ Conceito de jornalismo, sua função social e participação do público e cidadão leitor como produtor de informações e co-autor na construção de notícias.
➢ Participação – positiva x questionamentos.
➢ Ciberjornalismo – democratização da informação num processo dialógico a partir de princípios educomunicativos.
Jornalismo emancipatório
➢ Como realizar a prática de um jornalismo que se torne emancipação em vista do exercício da cidadania de todos?
➢ Como ser dialógico em uma comunicação vertical, unidirecional e hegemônica?
➢ Como promover a participação do leitor enquanto interagente do processo de construção da notícia?
➢ Como ser um jornalista comprometido socialmente? Quem se compromete, quer transformação – que transformação? De quem? Pra quê?
Jornalismo e Educomunicação
➢ Como encontrar brechas para a narrativa da
alteridade na prática de um jornalismo plural?
➢ Como incorporar o outro na narrativa
jornalística?
➢ Alteridade é regra na educomunicação, já que
o diálogo possibilita o encontro das diferenças
e a participação como recurso da democracia
em vista do empoderamento como expressão
individual e coletiva (Claudia Lago).
A prática laboratorial (ensino, pesquisa e extensão) com foco na alteridade
Pro
fiss
ion
al c
om
fo
co n
o e
xerc
ício
da
cid
adan
ia
Ação
Engajamento
Educomunicação Jornalismo
Reflexão
Como construir um projeto
educomunicativo?
➢ GT 1: Pensar em uma REDAÇÃO que abra espaço para a alteridade do outro...
➢ GT 2: Pensar em um PRODUTO que assuma a participação do leitor/interagente no processo de construção da notícia.
➢ GT3: Pensar a FORMAÇÃO do jornalista no curso de Jornalismo para contemplar a alteridade e o jornalismo cidadão.
➢ GT 4: Pensar nas possibilidades de CULTURA PARTICIPATIVA do cidadão em todos os processos de um veículo noticioso a partir do ciberespaço.
CARVALHO, Juliano Maurício de; CARVALHO, Angela Maria Grossi de. Do hiperlocal aos insumos criativos: as
mutações do jornalismo na contemporaneidade. In: BRONOSKY, Marcelo Engel; CARVALHO, Juliano Maurício
de. Jornalismo e convergência. São Paulo: Cultura Acadêmica, 2014, p. 69-87.
BORDENAVE, Juan Díaz. O que é participação. 8ª ed. São Paulo: Brasiliense, 1994
HOROCHOVSKI, Rodrigo Rossi. Problematizando o conceito de empoderamento. Anais do II Seminário
Nacional. Movimentos Sociais, Participação e Democracia, 25 a 27 de abril de 2007, UFSC, Florianópolis, Brasil.
JENKINS, 2009. Cultura da Convergência. Editora Aleph, 2009.
LAGO, Cláudia. Educomunicação e Jornalismo. In: II Colóquio Mato-Grossense de Educomunicação. (palestra),
2016.
LEMOS, André. Cibercultura como território recombinante. In: TRIVINHO, Eugênio e CAZELOTO,
Edilson (orgs). A cibercultura e seu espelho [recurso eletrônico]: campo de conhecimento emergente e nova
vivência humana na era da imersão interativa. Dados eletrônicos. São Paulo: ABCiber; Instituto Itaú Cultural,
2009. Coleção ABCiber, v.1, p. 38-46.
MARTÍN-BARBERO, Jesús. La educación desde la comunicación. Enciclopédia Latinoamericana de
Sociocultura y Comunicación, 1º ed, Buenos Aires: Grupo Editorial Norma, 2002.
PEREIRA, Antonia Alves; FERREIRA, Jociene Carla Bianchini; SCALOPPE, Marluci de Oliveira Machado.
Interdisciplinaridade e engajamento com a comunidade nos cursos de Jornalismo da UFMT e Unemat. In:
MEDEIROS, Eduardo; LACHOWSKI, Gibran; GOMES, Iuri Barbosa (orgs.). O Ensino de Jornalismo em
Mato Grosso – perspectivas e adequações às novas diretrizes. Departamento de Comunicação Social –
Jornalismo, da Unemat. Coleção Comunicação e Regionalidades. 2016. (no prelo).
Referências
Referências
PEREIRA, Antonia Alves Pereira; PARENTE, Cristiane. Educomunicação e Ciberjornalismo: aproximação e
sintonia. In: VII Congresso Internacional de Ciberjornalismo, Campo Grande, 2016.
PERUZZO, C. Televisão comunitária. Rio de Janeiro: Mauad, 2007
PRIMO, Alex; TRÄSEL, Marcelo Ruschel . Webjornalismo participativo e a produção aberta de notícias.
Contracampo (UFF), v. 14, p. 37-56, 2006.
RECUERO, R. Redes Sociais na Internet. Porto Alegre: Sulina, 2009.
ROTHBERG, Danilo. Jornalismo, educação profissional e diretrizes curriculares. In: SOARES, Murilo Cesar; et.
AL. (orgs.). Mídia e cidadania: conexões emergentes. São Paulo: Cultura Acadêmica, 2012, p. 217- 232
SAAD, Elizabeth Corrêa. Cibercultura – um novo saber ou uma nova vivência? In: TRIVINHO, Eugênio e
CAZELOTO, Edilson (Orgs). A cibercultura e seu espelho [recurso eletrônico]: campo de conhecimento
emergente e nova vivência humana na era da imersão interativa. Dados eletrônicos. São Paulo: ABCiber ;
Instituto Itaú Cultural, 2009. Coleção ABCiber, v.1, p. 47-51.
SOARES, Ismar de Oliveira (org.). Caminhos da Educomunicação. São Paulo: Editora Salesiana, 2001.
SOARES, Ismar de Oliveira. Comunicação/Educação: a emergência de um novo campo e o perfil de
seus profissionais. In. Contato: Revista Brasileira de Comunicação, Educação e Arte, Brasília, ano I, n.2
(jan./mar.), p. 19-74, 1999.
TARGINO, Maria das Graças. Jornalismo cidadão: informa ou deforma? Brasília: Ibict: UNESCO, 2009.
Antonia Alves
Graduada em Comunicação Social – Jornalismo (UFMT);
Especialista em Educação a Distância (Senac-RJ);
Mestre em Ciências da Comunicação (ECA-USP);
Professora-Pesquisadora
da Universidade do Estado de Mato Grosso (Unemat).
Membro do Conselho Consultivo Deliberativo (CCD) da
Associação Brasileira de Pesquisadores e Profissionais
em Educomunicação (ABPEducom).
Pesquisadora voluntária
do Núcleo de Comunicação e Educação (NCE-USP).
E-mail: antoniaalves@unemat.br.