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CENTRO UNIVERSITÁRIO CATÓLICO DE VITÓRIA
NATÁLIA SALAZAR PEDRAZAS
EDUCAÇÃO NUTRICIONAL INFANTIL NA PROMOÇÃO DE HÁBITOS
SAUDÁVEIS
VITÓRIA
2016
NATÁLIA SALAZAR PEDRAZAS
EDUCAÇÃO NUTRICIONAL INFANTIL NA PROMOÇÃO DE HÁBITOS
SAUDÁVEIS
Trabalho de Conclusão de Curso apresentado ao
Centro Universitário Católico de Vitória, como
requisito obrigatório para obtenção do título de
Bacharel em Nutrição. Orientador: Profª. Paula
Regina Campos
VITÓRIA
2016
NATÁLIA SALAZAR PEDRAZAS
EDUCAÇÃO NUTRICIONAL INFANTIL NA PROMOÇÃO DE HÁBITOS
SAUDÁVEIS
Trabalho de Conclusão de Curso apresentado ao Centro Universitário Católico de Vitória, como
requisito obrigatório para obtenção do título de Bacharel em Nutrição.
Aprovado em _____ de ________________ de ____, por:
________________________________
Prof. Espec. Paula Regina Lemos de Almeida Campos - Orientador
________________________________
Prof. Luciene Rabelo Pereira - Centro Universitário Católico de Vitória
________________________________
Carolina Viana Correa Coimbra de Souza - Nutricionista
AGRADECIMENTOS
Agradeço primeiramente a Deus, e aos meus pais e minhas irmãs por sempre
estarem do meu lado e por nunca terem me deixado desistir.
Agradeço a minha orientadora Paula Regina Campos pelas orientações e dicas para
conclusão deste trabalho.
Agradeço a Secretaria de Educação Municipal de Vitória por ter aceitado o meu
projeto para que eu pudesse desenvolvê-lo.
Agradeço a diretora do CMEI pela compreensão e confiança de poder realizar um
projeto tão importante para as escolas.
Agradeço aos professores e alunos por terem aceitado participar das atividades
realizadas neste projeto, pois sem eles não teria resultados satisfatórios.
E claro, não poderia faltar o meu agradecimento aos amigos que me apoiaram em
toda essa corrida do projeto. Também a uma amiga, em especial, Valentina Frasson
que fez parte deste projeto desde o estágio, sem ela a parceria não teria dado certo.
Agradeço também aos professores pelo conhecimento recebido desde o começo da
faculdade até o ultimo período.
RESUMO
A inserção da alimentação e nutrição na área de promoção da saúde abre um novo
caminho para a atuação destes profissionais, os nutricionistas sociais, o que implica
na implantação de modelos democráticos e participativos, na tentativa de prover
uma aproximação com a realidade dos indivíduos para atender melhor a população
em relação à saúde e nutrição. A Educação Nutricional tem como objetivo a
formação de medidas e atitudes que auxiliem a melhoria da saúde. O objetivo deste
estudo foi realizar uma intervenção nutricional na promoção de hábitos saudáveis
através de estratégias de educação nutricional lúdica e conceito de alimentação
saudável e oficina para promover praticas alimentares saudáveis. O presente estudo
se compõe de uma pesquisa de campo descritiva longitudinal intervencional com
base populacional, com crianças matriculadas nos Centros Municipais de Educação
Infantil de Vitória/ES (CMEI'S) que contabilizaram 22 alunos pré-escolares com
idades entre 5 a 6 anos. Os resultados obtidos demonstraram que a intervenção
nutricional através da educação alimentar e nutricional é uma forma eficaz e positiva
de promoção da saúde, uma vez que todas as atividades realizadas na CMEI,
apresentou o êxito esperado. Notou-se ainda com a consolidação deste projeto um
amadurecimento profissional, já que pude vivenciar todo o processo da educação
nutricional, a partir do contato com realidades concretas e da troca de saberes
acadêmicos e populares, auxiliando no avanço da segurança alimentar e nutricional
da população local. A educação nutricional é de grande importância nas escolas e
creches, sendo considerada umas das principais estratégias de promover a saúde
das crianças, visto que os hábitos alimentares são formados na primeira infância e
são melhores construídos quando acompanhados pelos educadores e nutricionistas.
Palavras-chave: Educação nutricional. Alimentação saudável. Nutrição infantil. Pré-
escolares.
ABSTRACT
The inclusion of food and nutrition on health promotion opens a new path for these
professionals, nutritionists, which implies the implementation of democratic and
participatory models in an attempt to provide an approximation to the reality of
individuals to better serve the population with regard to health and nutrition. Nutrition
education aims to measure training and attitudes that support improved health. The
objective of this study was to conduct a nutritional intervention to promote healthy
habits through nutrition education strategies and playful concept of healthy eating
and to promote healthy eating practices. The present study consists of a descriptive
field survey longitudinal population-based Interventional with children enrolled in the
Municipal Centres of early childhood education of Vitória/ES (CMEI) that accounted
for 22 pre-school students between the ages of 5 to 6 years. The results obtained
have shown that nutritional intervention through food and nutritional education is an
effective and positive health promotion, once all the activities carried out in the
expected success CMEI. Noticed even with the consolidation of this project a
professional maturity, since I was able to experience the entire process of nutrition
education, from contact with concrete realities and the exchange of academic and
popular knowledge, assisting in the advancement of food and nutritional security of
the local population. Nutrition education is of great importance in schools and day
care centers, and is considered one of the main strategies to promote children's
health, because eating habits are formed in early childhood and are better
constructed when accompanied by educators and nutritionists.
Keywords: Nutrition education. Healthy eating. Infant nutrition. Pre-school children.
SUMÁRIO
1 INTRODUÇÃO ....................................................................................................... 13
2 REFERENCIAL TEÓRICO ..................................................................................... 17
2.1 NUTRIÇÃO E PROMOÇÃO DA SÁUDE ............................................................. 17
2.2 PROMOÇÃO DA SAÚDE NA EDUCAÇÃO INFANTIL ........................................ 20
2.3 DESENVOLVIMENTO DO COMPORTAMENTO ALIMENTAR INFANTIL ......... 22
2.4 HÁBITOS ALIMENTARES E PRÁTICAS DE EDUCAÇÃO NUTRICIONAL ........ 26
2.5 INTERVENÇÕES NUTRICIONAIS EM ESCOLAS ............................................. 29
2.6 EDUCAÇÃO NUTRICIONAL ............................................................................... 31
2.7 PROGRAMAS DE ALIMENTAÇÃO EM EDUCAÇÃO NUTRICIONAL ................ 35
2.7.1 Programa nacional de alimentação e nutrição (PNAN) ............................... 35
2.7.2 Programa nacional de alimentação escolar (PNAE).................................... 37
2.7.3 Conselhos de alimentação escolar (CAE’S)................................................. 41
2.7.4 Segurança alimentar e nutricional (SAN) ..................................................... 42
2.8 ATUAÇÃO DO NUTRICIONISTA NA EDUCAÇÃO NUTRICIONAL.................... 45
2.8.1 Atribuições do nutricionista no ambiente escolar ...................................... 46
2.8.2. Creches .......................................................................................................... 47
2.8.3 Escolas ............................................................................................................ 48
2.9 ALIMENTAÇÃO ESCOLAR EM VITÓRIA ........................................................... 49
3 METODOLOGIA .................................................................................................... 51
3.1 TIPO DE PESQUISA ........................................................................................... 51
3.2 AMOSTRA ........................................................................................................... 51
3.3 INTRUMENTO DE AVALIAÇÃO ......................................................................... 51
3.3.1 descrição das atividades ............................................................................... 51
3.4 CRITÉRIO DE INCLUSÂO E EXCLUSÂO .......................................................... 52
3.5 TEMAS ABORDADOS ........................................................................................ 52
4 RESULTADOS E DISCUSSÃO ............................................................................. 55
5 CONCIDERAÇÕES FINAIS ................................................................................... 65
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ......................................................................... 67
ANEXOS ................................................................................................................... 81
APÊNDICE A ............................................................................................................ 81
APÊNDICE B ............................................................................................................. 82
13
1 INTRODUÇÃO
A Educação Alimentar e Nutricional (EAN) é caracterizada como um fator
multidisciplinar de entendimento prático, intersetorial que tem como fundamento um
método para o incentivo de hábitos alimentares saudáveis (BRASIL, 2012).
Segundo Ramos, Reis e Santos (2013), o ambiente escolar é o melhor lugar para
aprimorar esse método e, de forna concordante, tem-se como uma disciplina
obrigatória a Educação Nutricional nos cursos de graduação em Nutrição.
É muito importante que se tenha embasamento sobre a história da Educação
Nutricional para nos mostrar os erros cometidos no passado, para assim evoluir na
busca de uma Educação Nutricional mais eficiente e atentar aos problemas
nutricionais (COSTA; MANÇO, 2004).
No decorrer do governo de Getúlio Vargas, sendo mais especifico, na década de 30,
a fome passou a ser considerada uma questão social e também de saúde pública.
Naquela época, observou-se a existência de enorme pobreza, além de maneiras
alimentares e serviços de saúde impróprios, onde somente uma medida cabível
poderia levar a uma saída satisfatória. Porém, não era esperado que esta ação
corretiva se desse a longo prazo e/ou que precisasse de mais estratégias palpáveis
direcionadas aos grupos de maior risco (SILVA, 1995).
De acordo com Freitas (apud MANÇO; COSTA, 2004), o Brasil é marcado pelas
diferenças sociais em que se percebe a variação na prioridade de consumo dos
alimentos conforme seu valor econômico. Sabe-se que, hoje em dia, a população
com nível sociocultural mais alto prefere usufruir de uma alimentação mais leve,
contrapondo anos anteriores, quando preferia uma mesa repleta de alimentos.
Há pessoas que preferem alimentos que lhe transmitam algum valor cultural, mesmo
que estes não sejam capazes de lhes oferecer benefícios à saúde. Isto demonstra
que cada um tem seu hábito alimentar (RAMALHO; SAUNDERS, 2000).
É um direito básico de todo cidadão, sendo ele criança ou adulto, adquirir uma
alimentação adequada. Tal questão não se restringe somente à aquisição de
alimentos em si, mas estende-se ao fato de que pessoas e comunidades estão
inseridas num organismo de Estado e, portanto, cabe a este a promoção de
14
condições que garantam, a qualquer cidadão, o direito de não sentir temor de viver
sob a ameaça de fome (FREITAS; PENA, 2007; VALENTE, 2003).
Desse modo, o Brasil, apesar de ter uma produção abundante de alimentos, é um
país que ainda está em uma categoria social inadequada, onde um grande número
de pessoas se encontra à margem da cidadania por não contarem com direito
básico à alimentação segura e adequada (FREITAS; PENA, 2007; PANIGASSI,
2005).
A fome oculta, muitas vezes silenciosa, provavelmente seja a forma de deficiência
mais complexa de ser diagnosticada, mas nem por isso é menos relevante. É um
fenômeno que possui princípios socioeconômicos e culturais, cria vulnerabilidades e,
de forma geral, traduz-se em patologias graves (BATISTA; RISSIN, 2003; FREITAS;
PENA, 2007; PANIGASSI, 2005).
Os hábitos alimentares e as condições nutricionais do homem moderno foram
constituídos num passado pré-histórico e, sendo assim, com o passar dos anos,
sofreram mudanças não muito saudáveis, o que trouxe prejuízo à saúde e
relacionou-se com o desenvolvimento de carências nutricionais variadas ou
peculiares (CANESQUI, 1988).
Segundo Hellman (1994), citado por Manço e Costa (2004), se o nutricionista
compreender como funciona cada cultura, levando em consideração que cada
região é composta por regras direcionadas à alimentação - desde o modo como se
prepara os alimentos, como cada grupo se alimenta, até a ordem dos pratos a serem
servidos durante uma refeição - poderá aplicar práticas de Educação Nutricional e
avaliar os hábitos alimentares que podem evidenciar riscos à saúde.
Na abordagem prática, a Educação Alimentar e Nutricional (EAN) atua como uma
forma de evitar o avanço de doenças crônico-degenerativas através de orientações
de práticas alimentares saudáveis para diferentes setores da população. Ela é ainda
mais importante para aqueles que praticam uma alimentação rica em lipídios e
açúcares associada à baixa ou nenhuma atividade física, visto que este grupo é
altamente susceptível ao desenvolvimento deste tipo de doença. Portanto, é
importante que se aplique as estratégias de ações nutricionais na Saúde Pública.
O presente estudo contribuiu para o desenvolvimento de novas estratégias, tendo
como tema principal “Educação Nutricional Infantil na Promoção de Hábitos
15
Saudáveis” e seu objetivo foi realizar uma intervenção nutricional na promoção de
hábitos saudáveis, realizada em uma CMEI da rede pública, por meio de estratégias
de educação nutricional lúdica e teórica sobre alimentação saudável, além de oficina
para promover práticas alimentares saudáveis.
16
17
2 REFERENCIAL TEÓRICO
2.1 NUTRIÇÃO E PROMOÇÃO DA SAÚDE
Hoje em dia, no campo da Saúde Pública, a promoção da saúde vem com uma nova
proposta na área da nutrição aplicando estratégias como método de ação para uma
possível melhora na saúde de vida das populações (BUSS, 2000).
Segundo o Ministério da saúde, é importante ressaltar que o Estado é responsável
pelo direito à saúde, pela garantia de melhores condições de vida e acesso universal
e igualdade com ações e serviços de promoção, proteção e recuperação da saúde a
todos os indivíduos, levando em consideração as particularidades do ser humano
(BRASIL, 1990).
Hoje o Ministério da Saúde, tem incorporado medidas de educação em saúde e
cuidado nas redes de assistência básica, com programas como: Programa Saúde da
Família (PSF), Bolsa Família e Renda Mínima, Programa Agentes Comunitários de
Saúde (PACS), Programa de Educação e Saúde por meio da prática de exercício
físico e do esporte, Programa de Humanização no Pré-Natal e Nascimento,
Aleitamento Materno, entre outros. Essas ações têm influenciado positivamente a
promoção da saúde no país (BUSS, 2005 apud FERREIRA; MAGALHÃES, 2007).
Acredita-se que a promoção da saúde ainda esteja em processo de construção
teórica e prática dentro de programas de políticas de saúde no país. Sendo assim, é
preciso haver mudanças nas ações no campo da saúde pública, passando a se
considerar também práticas nutricionais (FERREIRA; MAGALHÃES, 2007).
A péssima nutrição não é dificuldade enfrentada apenas pela população
economicamente menos favorecida, uma parcela da população com boas condições
financeiras também sofre de obesidade, doenças crônicas, hipertensão arterial,
câncer, diabetes mellitus, entre outras. A má alimentação entre a população mais
pobre era observada pela magreza, nanismo e índice baixo de resistência às
infecções. Hoje em dia tal situação tem-se modificado pelo aumento da prevalência
de ganho de peso, porém a deficiência de micronutrientes ainda está estabelecida
nas diferentes condições socioeconômicas (MONTEIRO et. al., 1995; OLIVEIRA;
SELMA; MARCHINI, 1996; PEREIRA et. al., 1998).
18
O conteúdo de alimentação e nutrição pela Declaração Universal dos Direitos
Humanos é composto por planos básicos para a promoção e a prevenção da saúde,
de modo a permitir o desenvolvimento humano com qualidade de vida. O direito à
alimentação é um direito de todo cidadão, logo, é dever do Estado e
responsabilidade da sociedade oferecer uma boa qualidade de vida aos indivíduos
(VALENTE, 2002).
Perante os números nacionais de averiguações domiciliares apresentados pelo
Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), constatou-se que houve
elevada incidência de ganho de peso entre os jovens brasileiros. Apesar de não
representar uma alta incidência quando comparada com a população norte-
americana, por exemplo, a evolução nessa parcela da população brasileira segue o
mesmo padrão dos países desenvolvidos (VITOLO, 2008).
É notório que no Brasil a estatística do processo epidemiológico seja um dos
problemas de saúde pública, assim como o aumento de peso entre as crianças,
além dos casos de desnutrição (FAGUNDES et. al., 2008; SALOMONS; RECH;
LOCH, 2007).
A saúde da criança está diretamente ligada ao seu estado nutricional, sendo
impactada pela necessidade e pela oferta de nutrientes, que podem interferir de
modo favorável no processo de desenvolvimento e melhora clínica. Atualmente,
devido ao estilo de vida mais acelerado, resultado principalmente da forte presença
da mulher no mercado de trabalho, é possível perceber menor cuidado quanto à
saúde da criança. Além disso, houve muitas transformações no desempenho
cognitivo, em função de mudanças na alimentação e na ausência de prática de
atividade física, que desencadearam prevalência de sobrepeso e obesidade na
infância. (BRASIL; DEVINCENZI; RIBEIRO, 2007; FARIAS; GUERRA; PETROSKI,
2008).
O aumento do sobrepeso em crianças foi alarmante nos últimos anos (2007-2008) e
já é considerado um problema de Saúde Pública pela Organização Mundial de
Saúde (OMS). Apontou-se que o monitoramento da obesidade em adultos não foi
suficientemente eficaz, o que ratificou a importância de identificar o quanto antes o
grau desse distúrbio nutricional, a fim de controlar a incidência na vida adulta
(BARRETO; BRASIL; MARANHÃO, 2007; FAGUNDES et. al., 2008).
19
Em 1999, o Ministério da Saúde no Brasil desenvolveu a Política Nacional de
Alimentação e Nutrição (PNAN), e destacou mais uma vez a necessidade de se
garantir à população uma alimentação adequada (BRASIL, 1999).
A II Conferência Internacional de Promoção da Saúde, realizada em 1988, na cidade
Adelaide na Austrália, contou com a participação de 42 países e 220 participantes, e
destacou como prioridades para a promoção da saúde: a alimentação e a nutrição.
Nesta ocasião, foi oficializada a Declaração de Adelaide, um documento que
determinou que as medidas corretivas no setor de alimentação deveriam garantir
segurança alimentar e nutricional, para assegurar o acesso à qualidade e
quantidade suficiente, sempre respeitando os aspectos socioculturais de cada
população. (BRASIL; VALENTE, 2002).
Sabe-se que no Brasil, são diversos os obstáculos para que a população tenha uma
nutrição de excelência. Contudo a transição nutricional surge como uma ação
complementar, que se dá pela mudança dos hábitos alimentares, e pela assim
conscientização da população para práticas de atividades físicas. Estas mudanças
são capazes de promover a melhoria dos padrões alimentares (ESCODA, 2002;
KAC; VELÁSQUEZ-MELENDEZ, 2003).
Nos últimos anos o aumento da transição nutricional no Brasil, vem demonstrando a
alta prevalência da obesidade, não somente na população adulta, como também em
crianças e adolescentes (WANG; MONTEIRO; POPKIN, 2002).
Uma das propostas no caminho da alimentação e nutrição dentro da promoção da
saúde é de aplicar estratégias diferenciadas juntando setores e atores sociais, como:
integralidade; base em fundamentos científicos; ensinamento para a população;
colaboração nas medidas preventivas; intersetorialidade entre outros. A partir disso,
observa-se a relevância da nutrição para a promoção da saúde (ESCODA, 2002;
KAC; VELÁSQUEZ-MELENDEZ, 2003).
A inserção da alimentação e nutrição na área de promoção da saúde abre um novo
caminho para a atuação destes profissionais, os nutricionistas sociais, o que implica
na implantação de modelos democráticos e participativos, na tentativa de prover
uma aproximação com a realidade dos indivíduos para atender melhor a população
em relação à saúde e nutrição. O nutricionista adquire a função de motivar a
20
educação nutricional com medidas que atendam as mudanças nos hábitos
alimentares dos indivíduos e de suas famílias (BOSI, 2000).
O consumo inadequado de frutas e hortaliças aumenta o risco de doenças crônicas
não transmissíveis, como as cardiovasculares e alguns tipos de câncer, e está entre
os principais fatores de risco que mais causam mortes e doenças em todo o mundo
(ORGANIZAÇÃO MUNDIAL DA SAÚDE, 2002).
Observa-se que o consumo de frutas e hortaliças hoje no Brasil em famílias de baixa
renda está abaixo das recomendações nutricionais diárias, causando deficiências
nutricionais (LEVY-COSTA et. al., 2005).
O acompanhamento do estado nutricional de crianças compõe uma ferramenta
muito importante para medir as condições de saúde e acompanhar a transição da
qualidade de vida dos indivíduos (POLLAS; SCHERER, 2011).
2.2 PROMOÇÃO DA SAÚDE NA EDUCAÇÃO INFANTIL
A promoção da saúde é caracterizada como uma estratégia relevante no processo
saúde-doença-cuidado, sendo desenvolvida para o caráter promocional e preventivo
dos seres humanos (SANTOS, 2005).
Conforme a Organização Pan-americana de Saúde (OPS), a melhoria da saúde nas
escolas se estabelece como forma integral e multidisciplinar. Tendo como modelo
para medidas da promoção da saúde “informação, autocuidado e prevenção de
riscos”. Contudo, essas propostas de ações educativas raramente não são
executadas como métodos pedagógicos em ambiente escolar (PELICIONI;
TORRES, 1999).
De acordo com o estudo da Organização para Cooperação e Desenvolvimento
Econômico (OCDE) fundada em 1961, acredita-se que a frase “educação e cuidado
na primeira infância” inclui todas as bases de educação e cuidado com as crianças
antes de completar a idade escolar, independente do espaço escolar, dos horários
de funcionamento ou do conteúdo programático. Sendo assim, a “educação e
cuidado” são conceitos primordiais e que devem ser levados em consideração nos
programas destinados às crianças (UNESCO, 2002).
21
Por um longo período, a educação em saúde na escola buscou trazer ações
individuais para tentar mudar comportamentos e atitudes, muitas vezes influenciadas
devido à realidade daquela criança que estava inserida no projeto. Assim, constatou-
se que tal mudança poderia fazer o bem em suas vidas em relação à saúde e
educação (PELICIONI; TORRES, 1999).
Órgãos internacionais vêm aconselhando que se tenha promoção de saúde nas
escolas, pois crianças acima de cinco anos geralmente são excluídas em termos de
preferências estratégicas das políticas de saúde, mesmo elas sendo nutricional e
socialmente vulneráveis (CYRINO; PEREIRA, 1999; FUNDO DAS NAÇÕES
UNIDAS, 1998; ORGANIZAÇÃO PAN-AMERICANA DA SAÚDE, 1999).
Na XIV Conferência Mundial em Educação e Saúde criou-se um documento onde a
educação teria espaço suficiente para serem desenvolvidas ações básicas conforme
a Declaração de Alma Ata realizada no Cazaquistão (1978) e da Carta de Ottawa
realizada no Canadá (1986), onde a ideia era melhorar as condições necessárias,
preconizar a saúde, incluindo: paz, educação, moradia, alimentação, renda,
ecossistema estável, justiça social e equidade para proporcionar à população
promoção da saúde, considerando que toda criança tem o direito e o dever de ter a
oportunidade de ser educada em uma Escola Promotora de Saúde (BRASIL, 2001
apud GONÇALVES et al., 2008).
Na atualidade, a ação mais segura e eficiente para reverter os distúrbios nutricionais
como a obesidade, é implantar medidas de saúde que somente dependam de
órgãos de políticas públicas. Para que essas medidas se tornem eficazes é
necessário fazer mudanças nos meios de comunicação sobre as propagandas de
alimentos e guloseimas destinadas ao público infantil. Além disso, é importante
fortalecer o estimulo às famílias a praticarem atividades físicas, influenciando-as a
terem uma vida mais saudável (VIUNISKI, 2005).
Hoje no Brasil, algumas pesquisas realizadas vêm apontando uma baixa nos dados
de desnutrição e aumento da obesidade, tanto em população adulta como em
crianças e adolescentes. A prevalência da obesidade, que tem seus índices
elevados com frequência é um dos principais problemas de saúde pública
(BARRETO et. al., 2007; KAC; VELÁSQUEZ-MELÉNDEZ, 2003).
22
Muitos autores aderem à aplicação do índice de massa corporal (IMC) como um
bom parâmetro de avaliação nutricional dos estudantes, pois as aferições das
medidas antropométricas como peso e altura permitem um melhor acompanhamento
do diagnóstico nutricional de forma simples, econômica e de fácil entendimento,
além de ser aplicável e de baixo custo operacional (JANUÁRIO et. al., 2008;
JARDIM; MONEGO, 2006; SALOMONS et. al., 2007; VITOLO, 2008).
A preocupação com a saúde-nutrição e com a higiene se diferenciam entre as
instituições específicas para crianças de até três anos de idade, na qual ampliam
práticas educativas no desenvolvimento e crescimento infantil. Esses cuidados
implicam na relação que se vê entre adultos e crianças durante o processo de
ensino-aprendizagem (MARANHÃO; SARTI, 2007).
2.3 DESENVOLVIMENTO DO COMPORTAMENTO ALIMENTAR INFANTIL
Segundo Drewnowski e Scrimshaw citado por Ramos e Stein (2000) pode-se dizer
que a má alimentação, é um dos critérios que contribui para o surgimento de
doenças crônico-degenerativas, sendo hoje a causa principal da mortalidade em
adultos.
É importante entender que para controlar doenças relacionadas à alimentação, é
preciso estabelecer regras no comportamento alimentar a fim de promover a saúde
do indivíduo. É na infância que se inicia o hábito alimentar, portanto é nessa fase
que se faz necessário introduzir métodos educativos eficazes para mudar os
padrões alimentares das crianças (ANGELIS, 1995; WINICK, 1989 apud RAMOS;
STEIN, 2000).
Em relação à nutrição infantil, o comportamento alimentar no pré-escolar é baseado,
primeiramente, nas influencias familiares, onde sua alimentação é determinada
apenas pelos pais, na qual são dependentes e visualmente influenciados pelo
comportamento psicossocial e cultural. Mesmo sendo complicado que a criança
aceite um alimento diferente, uma vez ofertado alimentos variados,
automaticamente, ela desenvolverá o hábito de uma alimentação adequada e
saudável e sem aversões alimentares (KOIVISTO, 1996; ROZIN, 1997 apud
RAMOS; STEIN, 2000).
23
O peso e a imagem satisfatória ou não com o próprio corpo são fatores que
interferem nutricionalmente no comportamento alimentar. É sabido que muitas
pessoas acabam criando restrições alimentares devido à insatisfação em relação ao
seu corpo (CALDERON et. al., 2004).
Portanto, aquilo que se têm como hábito seja na alimentação ou não, se torna
rotineiramente um hábito comportamental no dia a dia do indivíduo. Entretanto, não
é somente uma ação repetida em favor de um alimento que se torna um
comportamento alimentar, são várias as influências, principalmente dos fatores inter-
relacionais. Vale lembrar que hábito alimentar não é considerado o mesmo que
preferência alimentar, e sim o ato de consumir alimentos que mais gosta. Porém, no
caso dos pré-escolares, o hábito alimentar se forma unicamente pelas preferências
alimentares (BIRCH, 1997; ROZIN, 1998 apud RAMOS; STEIN, 2000).
Na idade pré-escolar a criança tem preferências por alimentos com alto teor de
açúcar, lipídeo e sal, e consomem em menor quantidade alimentos como vegetais e
frutas, ou chegam até mesmo a não consumir esses alimentos (KREBS-SMITH et.
al., 1996).
Hoje em dia, pode-se observar que a cultura alimentar se apresenta de maneira
exagerada no sentido gastronômico, ao mesmo tempo em que também leva a uma
restrição alimentar, seja por influência social, modismo, pela magreza excessiva, ou
pelas condições econômicas que alguns grupos sociais enfrentam, podendo
comprometer a saúde do indivíduo (FREITAS, 1997 apud FERREIRA;
MAGALHÃES, 2007).
Segundo Ramos e Stein (apud SULLIVAN; BIRCH, 1990), o primeiro contato que a
criança tem com os alimentos é nos primeiros anos de vida, após o desmame,
quando é apresentado aos alimentos sólidos. Nesta fase, ela aprende sobre o gosto
de cada alimento oferecido e vai se familiarizando, de forma gradativa, com eles. É
responsabilidade dos pais ofertarem alimentos variados, sempre que possível.
Preferencialmente, o prato das crianças deve ser composto de alimentos de várias
cores para que a mesma descubra novos sabores e desenvolva bem seu paladar.
Alguns estudos destacaram a importância do âmbito social na alimentação, visto que
este afeta no comportamento alimentar e influencia os padrões de alimentação, o
desenvolvimento socioemocional e a qualidade da relação pais e filhos. O ponto
24
principal entre a interação de pais e filhos ocorre durante os primeiros anos de vida
e, geralmente, se inicia com a amamentação (BIRCH, 1990; BIRCH; FISHER 1997
apud RAMOS; STEIN, 2000).
É durante a amamentação que surgem os primeiros reflexos da expressão orofacial
da criança que são interpretados pelos pais como uma resposta ao prazer ou
desprazer pelos sabores, permitindo de tal forma, uma comunicação de filho para
mãe durante o período de lactação. É nesse período também que a mãe percebe o
comportamento da criança. Já no segundo semestre de vida, com o crescimento e
desenvolvimento acelerado, a criança precisa começar a ingerir outros alimentos,
além do leite materno para atender suas necessidades biológicas (BLASS, 1990
apud RAMOS; STEIN, 2000).
De acordo com Birch, Fisher, Rozin citado por Ramos e Stein (2000), nos primeiros
anos a criança começa a compreender o que se deve comer, quando comer, por
que algumas substâncias são comestíveis e outras não, e quais alimentos e sabores
são adequados para combinar com seu paladar, dependendo do grupo cultural e
social a que pertence.
Em parâmetros psicossociais, o padrão alimentar de uma criança é formado através
dos pais, os principais educadores nutricionais dentro de casa. Suas ações são
determinantes sobre o que a criança pode ou não comer e o quanto ela deve comer.
Quando se trata de se fazer a refeição junto à família, os pais utilizam métodos de
estratégia com seus filhos para que tenham um bom comportamento alimentar
(BIRCH, 1998; GILLESPIE et. al., 1987).
A refeição familiar junto à criança é o ambiente social adequado, pois assim cria-se
oportunidade de comer com os irmãos, amigos e adultos que serão seus espelhos
para se alimentarem bem, ora elogiando-a, ora incentivando-a a comer, ou até
mesmo chamando sua atenção pelo seu comportamento à mesa. E acredita-se que
muitos alimentos ofertados às crianças, principalmente os vegetais, sejam de baixa
palatabilidade, ou seja, de gosto ruim para elas ou intragáveis e, por isso, menos
prováveis de serem consumidos. Por outro lado, é muito comum que quando os
alimentos ricos em açúcar, gordura e sal são ofertados a uma criança dificilmente
ela os recuse, indicando já a sua preferência por esse tipo de alimento (BIRCH,
1992 apud RAMOS; STEIN, 2000).
25
Um estudo realizado nos Estados Unidos, em 1983, por meio do método
comportamental pelos autores Klesges e colaboradores analisou o contato e a
conversa sobre alimentação entre pais e filhos durante suas refeições e observou-se
que são, geralmente, as mães que mais incentivam as crianças a comerem do que
os pais (RAMOS; STEIN, 2000).
Alguns estudos mostram que, para oferecer novos alimentos a uma criança, é
preciso haver confiança por parte de quem está ofertando. Já outros estudos
apontam que as crianças podem criar aversões alimentares, chamada de neofobia
alimentar, causadas principalmente por não provarem novos alimentos. (BANDURA,
1997; HARRIS, 1995)
Atualmente, a renda é considerada o fator principal nas escolhas alimentares, no
sentido de carência de recursos acessíveis para permitir o livre acesso aos
alimentos. Porém é a condição financeira que determina o comportamento alimentar
(SLATER; TORAL, 2007).
Vários estudos têm sido realizados para investigar a influência de aspectos
psicológicos no consumo alimentar. Os itens comumente analisados prezam o
conhecimento e as crenças sobre as características de uma boa alimentação, bem
como seus benefícios e as dificuldades encontradas para adquiri-la, além das
estratégias adotadas para compra e preparo das refeições (BUTTRISS, 1997;
COTUGNA et. al., 1992; KRISTAL, 1995; THOMPSON et. al., 1999).
De acordo com Buttriss (1997) e Garcia (1999), o mais interessante na promoção da
saúde é tornar o indivíduo capaz de entender a proposta nutricional que lhe é feita e
com isso fazer escolhas alimentares adequadas, a fim de garantir uma alimentação
mais saudável. Ou seja, mais informação possibilitaria uma mudança
comportamental alimentar.
É relevante apontar que para tais informações, sobre qualquer comportamento de
saúde, é preciso ter medidas educativas, e com isso poder construir novas atitudes
independente da motivação alcançada (KILANDER, 2001).
Vale lembrar que a proposta de uma interferência nutricional não é somente passar
o conteúdo em si, mas também conseguir uma mudança no comportamento
alimentar (KILANDER, 1999).
26
2.4 HÁBITOS ALIMENTARES E PRÁTICAS DE EDUCAÇÃO NUTRICIONAL
Segundo autores, a questão da fome no Brasil tem procedência no processo
histórico de formação da sociedade brasileira, atribuindo sua emergência ao início
do período colonial. Percebe-se então, que os primeiros estudos concretizados
sobre os hábitos alimentares da população brasileira e doenças associadas só se
expandiram a partir do século XIX (COUTINHO, 1988; FREYRE, 1998; VALENTE,
1997; VASCONCELOS, 2002).
A palavra hábito entende-se, como um ato, uso e costume, ou um padrão de
comportamentos adquiridos com frequência, frutos de um processo de
aprendizagem diária (CABRAL, 1974; FERREIRA, 1993; NICK, 1974).
A procura, a opção de consumo e proibições de alguns alimentos entre todos os
grupos sociais são determinados por preceitos. Portanto, compreender a
particularidade cultural dessas normas é importante, pois cada detalhe deve ser
esclarecido, dentro do contexto da linguagem do alimento (DANIEL; CRAVO 1989
apud RAMALHO; SANDERS, 2000).
De acordo com Giugliani e Triches (2005), houve aumento na prevalência de
obesidade em crianças de oito a dez anos, dessa forma sentiu-se a necessidade de
realizar um controle de práticas alimentares através da educação nutricional,
visando estabelecer uma alimentação mais saudável e a manutenção de peso
adequado.
Segundo Hellman (1994), o alimento é visto como uma fonte de nutrição, que pode
estar relacionada a eventos sociais, culturais, religiosos, psicológicos ou até
antropológicos, que chegam a influenciar hábitos alimentares dos indivíduos.
É na infância, a fase em que a criança não tem autonomia para usufruir do alimento
que quer dentro de casa, que ela sofrerá a maior influência dos pais e parentes na
formação de hábitos alimentares e na prática de atividade física. Portanto, as
atitudes da família deixarão consequências em seu comportamento quando iniciar o
período escolar (NEW SOUTH WALES, 2005).
No ambiente escolar é extremamente importante estimular as crianças o consumo
de alimentos saudáveis e evitar a propaganda dos alimentos considerados
prejudiciais. É fato que a maioria dos alimentos disponíveis nas lanchonetes de um
27
jeito ou de outro, acabam influenciando hábitos alimentares errados. Fazer o próprio
alimento também ajuda no consumo de maior variedade. Dar preferência a frutas e
legumes é mais um fator relevante que irá determinar o consumo de certos
alimentos, principalmente entre os escolares, onde grande parte é influenciada pela
ação dos pais (EDMONDS et. al., 2001; GUTHRIE et. al., 2000).
As atividades de promoções educativas no âmbito escolar têm se tornadas notórias
em relação a ações de prevenção e tratamento para a obesidade. Órgãos
responsáveis como a Associação Dietética Americana e a Organização Mundial da
Saúde promovem a “Estratégia Global para Alimentação Saudável, focando na
atividade física e Saúde” (ORGANIZAÇÃO MUNDIAL DA SAÚDE, 2004).
É, primeiramente, através da genética que os hábitos alimentares são formados. As
preferências alimentares são influenciáveis e com o tempo sofrerão inúmeras
mudanças, de acordo com o meio ambiente em que se vive. Portanto, é importante
que recomendações nutricionais sejam feitas e a oferta de alimentos nutritivos para
a criança seja frequente, na tentativa de garantir o seu bem-estar emocional, social e
físico (VÍTOLO, 2008).
Em pesquisas da área, é bastante reforçada a importância da educação nutricional
nas instituições de ensino para a formação de hábitos alimentares saudáveis na
infância. Porém, pouco se sabe a respeito das ações que promovem alimentação
saudável nas instituições de ensino. Para se aprimorar ou criar estratégias
pedagógicas e políticas de promoção e prevenção da saúde é preciso ter
embasamento significativo (CENI; SALVI, 2009).
Em conformidade com as diretrizes da Política Nacional de Alimentação e Nutrição
(PNAN), é imprescindível a motivação do espaço escolar como campo para aplicar
educação nutricional infantil, no intuito de adquirir informação de hábitos alimentares
saudáveis, levado em consideração nos conteúdos de ensino. (BRASIL, 2008).
Segundo o Programa Nacional de Alimentação Escolar (PNAE), a merenda escolar
oferecida aos alunos deve suprir às necessidades nutricionais dos mesmos durante
o período escolar, para poder então, construir hábitos alimentares saudáveis
(WARREN et. al., 2003).
Como já ressaltado, é na infância que as preferências alimentares das criança são
construídas, sendo apresentadas a elas diversas sensações como o tato, o sabor e
28
o odor pelos alimentos durante o convívio familiar e social (CANESQUI; GARCIA,
2005; RAMOS; STEIN, 2000).
Considera-se diante do conhecimento de Educação Nutricional, que a palavra
preconceito alimentar representa algo proibido, pois é ali que se forma os costumes
brasileiros, em virtude da organização cultural, rajada pela cultura dos negros, índios
e portugueses (RAMALHO; SAUNDERS, 2000).
O nutricionista como profissional deve, por em pratica projetos e ações de educação
nutricional considerando a percepção, o conhecimento, as necessidades e as
habilidades que compõem o comportamento alimentar de cada indivíduo, a fim de
obter resultado na promoção de práticas de alimentação saudável. Dessa forma,
toda e quaisquer atividade realizada em educação nutricional deve ser direcionada
às crianças, principalmente na fase pré-escolar (CONSELHO FEDERAL DE
NUTRICIONISTAS, 2005).
Assim como os pais, a escola também tem um importante papel na educação das
crianças em relação à formação de hábitos saudáveis, já que algumas crianças já
são capazes de escolher seus próprios alimentos. No entanto, há uma certa
dificuldade em implantar mudanças já que tudo é influenciado pelo convívio com os
pais (ASSIS; NAHAS, 1999).
Segundo D’amico; Thakur (1999); Reineh e colaborados (2001), para se promover
hábitos alimentares mais saudáveis, acredita-se que o mais importante seja o
conhecimento que as pessoas têm sobre alimentação e nutrição.
Novas ações e pesquisas em práticas alimentares têm adquirido modelos, com
ascensão eficaz em indivíduo ou em comunidades, focalizando o desenvolvimento e
mudança de padrões alimentares (GLANZ, 1997; KRISTAL et. al., 1994).
Por outro lado, a política da globalização mundial trouxe a regra de se
internacionalizar o processo de comércio de alimentos fato que acabou influenciando
nas práticas alimentares. Essa situação é percebida principalmente na popularidade
das redes comerciais de fast-foods, que possibilitam o fácil e cômodo acesso ao
alimento influenciando, assim, a preferência desse tipo de alimento ao invés de
escolhas saudáveis (LENNERNÄS, 1997).
A interferência na ascensão de práticas alimentares benéficas deve ser prioridade
na trajetória da criança para que tenham uma longa vida. É necessário estimula-las
29
de forma gradual para garantir a formação de hábitos alimentares adequados no
período escolar, dando importância a práticas de educação nutricional (GABRIEL et.
al., 2008; GAGLIANONE, 2004; ROSSI et. al., 2008).
O saber sobre a nutrição pode interferir ao adquirir hábitos alimentares. A inserção
da educação nutricional na grade escolar torna possível que educadores, sociedade
escolar e família, tomem conhecimento sobre nutrição e significância dos alimentos
(GIUGLIANI; TRICHES, 2005; ARANCETA; PÉREZ-RODRIGO 2001).
Aqueles que têm melhores condições financeiras caracterizam a propriedade
nutricional como um fator definitivo na compra dos alimentos, já para os desprovidos
de poder aquisitivo, e de baixo nível de escolaridade, a influência do preço e do
acesso ao alimento interfere muito em seus hábitos (SOUSA et. al., 2006).
Entretanto, mesmo sendo alimentos considerados de alto custo, os industrializados
acabam se tornando mais fáceis e práticos na hora de se preparar e deixam a
desejar na questão de saúde. Por isso, o índice de sobrepeso no Brasil cresceu
bastante nos últimos anos: seis vezes mais em meninos três vezes mais em
meninas, entre 10 e 19 anos (INSTITUTO BRASILEIRO DE GEOGRAFIA E
ESTATÍSTICA, 2010).
Quando uma técnica educativa é discutida somente através de informações,
geralmente irá causar transformações significativas em relação a práticas de saúde.
Principalmente nos jovens, pois neles, segundo Boog e colaboradores (2003), as
carências nutricionais chamam pouca atenção.
2.5 INTERVENÇÕES NUTRICIONAIS EM ESCOLAS
A escola é o lugar mais adequado para se desenvolver técnicas de educação
nutricional, pois além de atender aos escolares, é possível criar interação com a
família e com a comunidade. No entanto, as intervenções aplicadas nas escolas são
um meio de melhora na inter-relação custo-efetividade para aderir a práticas
saudáveis (FUNDO DAS NAÇÕES UNIDAS PARA A INFÂNCIA, 2000).
A partir da vida intrauterina, passando pela fase lactente/pré-escolar até chegar à
idade escolar, este grupo se torna mais favorável para uma avaliação nutricional na
população infanto-juvenil. Dependendo de certas intervenções pode-se dizer que
30
diminuirá o grau de enfermidades adquiridas devido aos hábitos alimentares
incorretos antes dos dez anos para que lá no futuro essas crianças tenham uma vida
adulta melhor em relação a essas práticas educativas (LAURENTINO et. al., 2006;
LEÃO, 2007; NASSER, 2006; VITOLO, 2008).
A melhor maneira de analisar se o consumo alimentar está inadequado é através de
intervenções nutricionais desde a infância (KRANZ et. al., 2008).
Segundo Salvi (1997), uma das alternativas de estratégia mais eficazes seria a
combinação de apoio educacional e ambiental envolvendo não só ações individuais,
mas também coletivas que contribuíram para a promoção da saúde.
A estratégia de promoção da saúde nas escolas deverá ser aplicada em parceria
entre integrantes sociais, alunos, professores, coordenadores, donos de cantinas e
pais ou responsáveis. Unido estes, serão os responsáveis pela atuação no campo
escolar, de forma didática e de fácil compreensão para todos os envolvidos (BIZZO;
LEDER, 2005; MANIOS et. al., 2002).
Para que as atividades de educação em saúde sejam aplicadas na escola, os
professores devem ter bom embasamento e pratica sobre o tema saúde-educação e
hábitos saudáveis, os principais colaboradores desse processo (BOOG; FRANCO,
2007; TEMPORINI, 1988).
As intervenções nutricionais que estão correlacionadas à obesidade são alarmantes,
e com frequência, ocorrem durante a prática clínica, portanto, é notória a importância
para que haja nas escolas a prevenção e promoção para o tratamento desse
distúrbio (SAHOTA et. al., 2001).
Em relação às praticas de intervenções nutricionais, a abordagem principal é sobre
os benefícios e os malefícios dos alimentos e de seus nutrientes, por isso acredita-
se que a divulgação constante de novas informações, sobre alimentação e nutrição
permitirá ganho de conhecimento individual, resultando em melhorias no
comportamento alimentar. Porém, sabe-se que pode não haver resultado positivo
caso não haja interesse pessoal, desse modo, de nada adiantará fazer qualquer
intervenção (CASTRO et. al., 2007; KRISTAL et. al., 1990).
Vale ressaltar que as estratégias de intervenção propostas pela escola, juntamente
com a comunidade escolar, são tão importantes para a formação de hábitos
saudáveis quanto a oferta de alimentos nutricionalmente equilibrados, e o estímulo
31
de exercícios físicos regulares como parte de programas de educação nutricional.
(AMERICAN DIETETIC ASSOCIATION, 2003).
Os principais fatores para mudanças no comportamento alimentar estão
relacionadas à intervenção nutricional, portanto, é muito importante o conhecimento
para implantar métodos educativos (ASSIS; NAHAS, 1999).
Quanto à elaboração e o uso de propostas educativas na área da saúde, deve-se
haver reuniões e discussões entre os responsáveis e os grupos-alvos envolvidos,
para que haja troca de experiência no assunto saúde-educação escolar, a fim de
melhorar o desenvolvimento na aplicação de pautas intervencionistas (KELLY-
SANTOS; ROZEMBERG, 2006).
A incorporação de programas de educação nutricional no ambiente escolar é a
consequência da concepção de um espaço aplicável à saúde, à ascensão de
práticas alimentares e modo de vida relevante, como medidas para encarar
dificuldades alimentares e nutricionais como obesidade e doenças associadas
(BUSS, 1999).
Existem indícios de que as intervenções nutricionais por mais eficazes que possam
ser são limitadas ao comportamento humano, o qual é influenciado pelas
necessidades e crenças do indivíduo (TORAL; SLATER, 2007).
2.6 EDUCAÇÃO NUTRICIONAL
Conforme publicado no marco de referencia de educação alimentar e nutricional
para as políticas públicas. A Educação Alimentar e Nutricional (EAN) conquistou um
objetivo significativo desde seu processo de criação. Na longa trajetória do programa
houve dificuldades e superação de desafios pelas alterações de conceitos e,
também, nas partes práticas. Atualmente a EAN age em conjunto com Segurança
Alimentar e Nutricional (SAN) integrado as políticas públicas de saúde (BRASIL,
2012).
Foi na década de 1940 que o interesse pela Educação Nutricional despertou no
Brasil. Na época, o país aparentava ter um perfil suficiente e bem quisto como base
para criação de um programa educativo governamental, chamado Proteção ao
32
Trabalhador, que tinha intenção de melhorar a qualidade de vida e alimentação da
classe trabalhadora. (CASTRO; PELIANO, 1985).
Entre os anos 1950 e 1960, a Educação Nutricional estava diretamente vinculada a
campanhas que incentivavam a inserção da soja na alimentação, ela foi visada por
tratar-se de um produto de exportação que privilegiava o interesse econômico,
ignorando-se a preferência nacional pelo feijão. (CASTRO; PELIANO, 1985).
Já na década de 60, a Educação Nutricional trabalhava somente com a divulgação
de folhetos, onde focava temas comportamentais sobre o assunto. Nessa mesma
época, o Serviço Social da Indústria (SESI), juntamente com seus Centros de
Aprendizados Domésticos, oferecia cursos de educação alimentar para toda
população, como faz até os dias de hoje. Em 1964, a Educação Nutricional, que já
não era a mesma, foi sendo deixada de lado e foram adotadas medidas que
privilegiavam a suplementação alimentar, a racionalização do sistema produtor de
alimentos e as propostas de combate às carências nutricionais específicas (BOOG,
1997).
Na década de 70, a Educação Nutricional no Brasil entrou em processo de extinção,
que durou apenas duas décadas. Diante do Estudo Nacional de Despesas Familiar
(ENDEF) constatou-se que a principal barreira para a alimentação adequada estava
interligada com a baixa renda da população. Logo, acreditou-se que para atentar aos
problemas alimentares da população era necessário modificar o modelo econômico,
deixando de lado linhas educativas deste campo de conhecimento (BOOG, 1997).
Só em 1996 a educação nutricional se tornou foco de tema e discussões no XIV
Congresso Brasileiro de Nutrição e passou a integrar novos ideais com ênfase nos
indivíduos, no conhecimento, na cultura, na ética e na cidadania (LIMA, 2003).
Foi em 2004, ano que marcou a II Conferência Nacional de Segurança Alimentar,
que a educação nutricional no Brasil foi determinada como prioridade nas escolas
para a promoção de saúde e alimentação saudável ligada a vigilância, alimentação e
educação nutricional tanto em escolas como em creches, respeitando a cultura
alimentar das crianças (CONSELHO NACIONAL DE SEGURANÇA ALIMENTAR E
NUTRICONAL, 2006).
Nas pesquisas de Lima (2004), a educação nutricional é um processo educativo,
através da união de conhecimentos e experiências do educador e do educando, com
33
o intuito de dar segurança alimentar aos indivíduos e garantir uma alimentação
saudável e gostosa capaz de suprir suas necessidades fisiológicas, psicológicas e
sociais.
Segundo a Lei Federal 8.234/91 Educação Nutricional é uma matéria que faz parte
da grade curricular do curso de Nutrição e compõe-se de atividades exclusivas ao
nutricionista onde os mesmos podem atuar em toda área da Nutrição (MARTINS,
1996 apud BOOG, 1997).
As Diretrizes Curriculares do Curso de Graduação em Nutrição (DCNCN),
estabelecidas pelo Conselho Nacional de Educação da Câmara de Educação
Superior em 2001, definiram que os conteúdos curriculares desse curso contrastem
as ciências sociais e humanas, que são disciplinas de fundamentos para investir na
educação. Portanto, essas Diretrizes instituem que a rede de ensino precisa ser
decisiva, reflexiva, inventiva e que deve propor atividades teóricas e práticas desde
o começo, garantindo a acepção de táticas pedagógicas que prezem ensino/
pesquisa/extensão-assistência (CONSELHO NACIONAL DE EDUCAÇÃO, 2001).
Dentro da Educação Nutricional, compete ao nutricionista tomar medidas educativas.
Nessa área é importante destacar a postura que este profissional tem diante de seus
conhecimentos para com o paciente, mesmo que o indivíduo esteja aberto ou não a
novas experiências voltadas a sua necessidade específica (CONSELHO FEDERAL
DE NUTRICIONISTA, 1996).
A Educação Nutricional tem como objetivo a formação de medidas e atitudes que
auxiliam a melhoria da saúde (BOOG; MOTTA,1991). Ela se dá como uma
estratégia de ação no ambiente da educação em saúde, fazendo parte,
particularmente, da área da saúde pública, uma vez que a má alimentação pode
trazer sérias consequências, sendo fator de risco para inúmeras doenças crônico-
degenerativas (BOOG, 2004; MARCONDES, 1997).
A Educação Nutricional está diretamente ligada à baixa incidência de doenças na
idade adulta, portanto, é um processo de aprendizagem em que todos envolvidos
podem compreender e se comprometer com uma alimentação adequada e mais
saudável (CENI; SALVI, 2009).
Além de mostrar ao indivíduo que uma alimentação inadequada pode trazer muitos
malefícios, a educação nutricional adere em sua capacidade social à função de
34
desfazer os conhecimentos técnicos existentes, por trás da socialização e interação
sobre esses conhecimentos, trazendo mudanças proveitosas nas formas de reflexão
e ação não apenas entre os indivíduos, mas também em conjunto com os
profissionais de saúde (CAMOSSA et. al., 2005).
Para o médico Jelliffe, a Educação Nutricional é uma forma distanciada em relação
ao ensino, visto que a pratica é realizada diante de distúrbios nutricionais e
embasada em dados epidemiológicos apenas. Já sua esposa, acredita que houve
declínio dos riscos de morbidade e mortalidade devido à Educação Nutricional e
ressaltou que o educador tem um dom e não uma habilidade a ser conquistada
(BOOG, 1996 apud BOOG, 1997).
O profissional nutricionista é preparado para conduzir as praticas e o aprendizado da
Educação Nutricional tanto na área clínica quanto na rede básica de saúde. Nota-se
um dado adverso que consta que apenas 3 a 7% dos profissionais formados atuam
nessa área da saúde pública, favorecendo assim, médicos e enfermeiros para
cumprir suas atividades (BOOG, 1997).
A formação básica do nutricionista com visão de medidas pedagógicas em nutrição
tem lugar importante, por meio da disciplina de graduação Educação Nutricional, que
capacita o profissional em exercer todos os campos desse processo educativo. Além
disso, foram encontradas evidencias de que esta disciplina precisa ser reconhecida,
não só como meio de titulo profissional, mas para a captação e o domínio de
ferramentas metodológicas para edificar uma competência analítica fomentada em
uma versão teórica e experimental (BIZZO; LEDER, 2005).
O importante é o interesse das pessoas em querer mudar seus hábitos alimentares
em relevância a suas crenças, sua cultura e seus costumes para se adequar ao
processo de Educação Nutricional (CAMOSSA et. al., 2005).
O Marco de Referência de Educação Alimentar e Nutricional é um documento
baseado em um estudo feito com a participação da população, dos profissionais, dos
gestores, dos representantes da sociedade civil, dos educadores e dos alunos que
partilham da ideia de que a Educação Alimentar e Nutricional colabora para a
execução do Direito Humano à Alimentação Adequada e para o desenvolvimento de
um Brasil melhor e saudável. Ele tem como principio promover uma reflexão e
orientação da prática, na execução da Educação Alimentar e Nutricional,
35
principalmente na ação pública, e que considera os diversos setores interligados ao
processo de elaboração, repartição, fornecimento e consumo de alimentos (BRASIL,
2012).
O Marco de Referência de Educação Alimentar e Nutricional para as Políticas
Públicas é composto por órgãos e instituições, representados por:
Ministério de Desenvolvimento Social e Combate à Fome que inclui a
Secretaria Nacional de Segurança Alimentar e Nutricional, o Departamento de
Estruturação e Integração dos Sistemas Públicos Agroalimentares, a
Coordenação-Geral de Educação Alimentar e Nutricional;
Ministério da Saúde, onde fazem parte a Secretaria de Atenção à Saúde, o
Departamento de Atenção Básica, a Coordenação-Geral de Alimentação e
Nutrição; Ministério da Educação que abrange o Fundo Nacional de
Desenvolvimento da Educação, a Coordenação-Geral do Programa Nacional
de Alimentação Escolar; o Conselho Nacional de Segurança Alimentar e
Nutricional; a Associação Brasileira de Nutrição; o Conselho Federal de
Nutricionistas;
Universidade de Brasília: Observatório de Políticas de Segurança Alimentar e
Nutrição (BRASIL, 2012).
2.7 PROGRAMAS DE ALIMENTAÇÃO EM EDUCAÇÃO NUTRICIONAL
2.7.1 Política Nacional de Alimentação e Nutrição (PNAN)
A atual Política Nacional de Alimentação e Nutrição (PNAN) faz parte da Política
Nacional de Saúde, integrando-se, na composição da Segurança Alimentar e
Nutricional (BRASIL, 2012).
Com a criação da Política Nacional de Alimentação e Nutrição (PNAN), no final da
década de 1990, este programa foi considerado um portal para as políticas de
alimentação e nutrição. Em contrapartida, nos anos de 1970 o PNAN era visto como
um modelo de atenção no âmbito da alimentação e nutrição utilizando métodos de
intervenção direcionados a trabalhadores e aos grupos de risco (ASSIS et. al.,
2002).
36
De acordo com o Programa Nacional de Alimentação e Nutrição (PNAN) a palavra
alimentação está relacionada diretamente com o convívio social, valores culturais e
com a vida de cada indivíduo, no qual influenciará em sua condição de saúde e na
qualidade de vida de forma direta ou indireta (BRASIL, 2012).
A extensão do conceito nutricional alia-se às ações referentes à composição, à
qualidade e à promoção da saúde, marcando a inclusão das políticas no contexto da
segurança alimentar e nutricional. Dentre estes estão a Política Nacional de
Alimentação e Nutrição (PNAN) como a principal ligação entre o Sistema Único de
Saúde (SUS) e o Sistema Nacional de Segurança Alimentar e Nutricional (SISAN)
(BRASIL, 1990; BRASIL, 1999; BRASIL, 2006;).
Juntamente com a Comissão Intersetorial de Alimentação e Nutrição (CIAN), do
Conselho Nacional de Saúde, o Ministério da Saúde, dirigiu um processo de
atualização e aperfeiçoamento da Política (BRASIL, 2012).
Conforme a Emenda Constitucional n° 64, admitida em 2010, foi anexado em seu
artigo 6° da Constituição Federal que a alimentação é um direito social (BRASIL,
1990).
Publicações feitas pelo ministério da saúde sobre a PNAN indicam que o programa é constituído por nove diretrizes, entre eles: Organização da Atenção Nutricional; Promoção da Alimentação Adequada e Saudável; Vigilância Alimentar e Nutricional; Gestão das Ações de Alimentação e Nutrição; Participação e Controle Social; Qualificação da Força de Trabalho; Controle e Regulação dos Alimentos; Pesquisa, Inovação e Conhecimento em Alimentação e Nutrição; Cooperação e articulação para a Segurança Alimentar e Nutricional (BRASIL, 2013).
A visão da promoção da saúde se da como uma das diretrizes da política, visto que
a proposta da PNAN consiste em garantir a qualidade dos alimentos inseridos no
mercado para o consumo, abordar práticas alimentares saudáveis e assegurar e
abrandar distúrbios nutricionais inclusive de doenças relacionadas a obesidade e,
também, à desnutrição, com a intenção de corrigir ações intersetoriais (BRASIL,
2000).
A finalidade e as diretrizes desta Política visam maior atenção em monitorar e
analisar sua prática priorizando a ascensão da população aos programas com
medidas corretivas, métodos, e formas de estratégia para assegurar o cuidado
nutricional dos mesmos (BRASIL, 2012).
37
Para que a PNAN atinja seus objetivos, é preciso uma atenção especial a um
processo educativo sugerido em campanhas promocionais de comunicação social
ligado à alimentação e à nutrição (BRASIL, 2000).
Nota-se que a obesidade é um foco constante na pauta do PNAN, onde há uma
grande abrangência no foco dos problemas nutricionais, passando a considerá-la
como alvo das políticas, ao lado do combate à fome e à desnutrição. Isso
corresponde ao quadro alimentar nutricional vigente, caracterizado por uma
expressiva redução da desnutrição energético-protéica e levando a um aumento do
sobrepeso e obesidade em todas as classes sociais (ASSIS et. al., 2002; BATISTA;
RISSIN, 2003; MONTEIRO, 1995).
Pode-se afirmar que em relação às propostas educativas do Programa Nacional de
Alimentação e Nutrição, quanto à promoção das práticas alimentares saudáveis, o
foco central seja a divulgação de informações, dando mais valor aos meios de
comunicação para que, mediante este processo, seja incentivada a produção de
campanhas educativas, controlando as informações como marketing direcionado à
alimentação e aos alimentos expostos (SANTOS, 2005).
2.7.2 Programa Nacional de Alimentação Escolar (PNAE)
O Programa Nacional de Alimentação Escolar (PNAE) foi criado na década de 40,
mantido pelo Ministério da Educação, para os alunos da pré-escola e do ensino
fundamental. Indicava que os cardápios da merenda deveriam conter no mínimo,
350 Kcal e 9g de proteínas e que tinham que estar equilibrados de modo que se
permitisse uma boa condição de saúde. Na alimentação escolar, estes cardápios
devem ser elaborados dentro das recomendações diárias. Estas tem que atender
15% das recomendações diárias para crianças com permanência de 4h/dia e 66%
das recomendações diárias para crianças com permanência de 8h/dia na escola
(MARIETTO, 2002).
No ano de 1955 o PNAE engrenou, e então foi assinado o Decreto 37.106, instituindo a Campanha de Merenda Escolar, subordinada ao Ministério da Educação. Até 1960 os alimentos distribuídos eram obtidos por doação de instituições internacionais como o Fundo das Nações Unidas para Infância e Adolescência e Ministério da Agricultura dos Estados Unidos, por meio do programa Alimentos para Paz (BRASIL, 1955; L'ABBATE; VASCONCELOS, 1988).
38
O Programa Nacional de Alimentação Escolar (PNAE) de 1955 é o mais antigo
programa social do Governo Federal na área de alimentação e nutrição, sendo
considerado a base das políticas públicas sociais destinadas a promover a
segurança alimentar e nutricional (CHAVES et. al., 2007; PAZ et. al., 2009).
Segundo Sturion (2002), O Programa Nacional de Alimentação Escolar (PNAE) tem
caráter universal firmado pela constituição de 1988 e, segundo o órgão dirigente
nacional, atendeu por volta de 37 milhões de alunos das escolas de ensino público e
filantrópico no período escolar de 2001.
O Programa Nacional de Alimentação Escolar (PNAE) tem como finalidade colaborar
para a melhoria no progresso de relações intersociais, assim como no conhecimento
adquirido no desempenho do aluno, e aplicar técnicas de educação alimentar
saudáveis nas escolas (BRASIL, 2013).
Em 58 anos de desempenho do programa, o PNAE sofreu várias mudanças e,
atualmente, além de promover a oferta de alimentação para os alunos do ensino
básico da rede pública (educação infantil, ensino fundamental, ensino médio e
educação de jovens e adultos – EJA), também oferta essas iniciativas nas escolas
de área indígena e de remanescentes dos quilombos, tendo como objetivo também
a promoção de hábitos alimentares saudáveis (BRASIL, 2013).
Durante os mais de 50 anos em funcionamento, o Programa Nacional de
Alimentação Escolar não sofreu interdições, o que é incomum dentre as políticas
sociais do Brasil. No entanto, neste longo período, o programa já teve várias
denominações, formas, estruturas institucionais e modelos de gestão (STURION,
2002).
Em 1983, o sistema do programa passou a ser gerenciado pela Fundação de
Assistência ao Educando (FAE), como esta foi abolida em 1997, ele passou a ser
responsabilidade do FNDE (BRASIL, 2012)
No ano de 1993 o PNAE atuava de forma centralizada, isto gerou problemas na
fiscalização do programa em relação à execução de cardápios adequados aos
hábitos alimentares da região contendo a quantidade de calorias necessárias
(STURION, 2002).
Desse modo, no governo do Presidente Itamar Franco (1993-1994), iniciou-se a
descentralização administrativa do Programa Nacional de Alimentação Escolar
39
(PNAE), com isso o Estado foi enfraquecendo seu desempenho e passou a
convocar a população para participar do processo (BRASIL, 2005).
Desde que este programa foi descentralizado permitiu-se uma melhoria tanto no
abastecimento de gêneros alimentícios quanto na qualidade dos alimentos, esses
dois pontos positivos aliados ao respeito das rotinas alimentares dos alunos fez com
que houvesse maior participação da comunidade (BRASIL, 2005; CANESQUI;
SPINELLI, 2002; PIPITONE et.al., 2003; TERESO; VIANNA, 2000).
Os resultados positivos obtidos pela descentralização do PNAE foram tão evidentes
que em 1993 mais de 300 municípios já estavam inseridos no programa e no ano
seguinte já continham mais 1500 municípios. Logo, no final de 1995 havia 3380
municípios dentro do programa (SANTOS, 2003).
Segundo Peliano citado por Sturion e colaboradores (2005), o programa expunha
varias irregularidades dentre eles cardápios inaceitáveis, qualidade nutricional
insuficiente e a não oferta de alimentos condizentes a costumes alimentares.
Em 1998, a gestão além de descentralizada, passou a ser coordenada pelo Fundo
Nacional de Desenvolvimento da Educação (STURION, 2002)
O FNDE passou a assegurar, por meio do repasse de recursos financeiros para os
estados e municípios, a alimentação escolar. O cálculo do repasse, feito diretamente
para estes estados e municípios, baseia-se no censo escolar do ano anterior ao
atendimento. (BRASIL, 2012).
No ano de 1999, a gerência das escolas passou a fazer parte do programa em
parceria com a prefeitura e a secretaria estadual de educação que trabalham em
conjunto com o Ministério da Educação e Cultura (MEC) e Fundo Nacional de
Desenvolvimento da Educação (FNDE). Os recursos para execução do programa
vem dos recursos federais, o que ajuda na adequação dos cardápios aos hábitos
alimentares dos alunos (BRASIL, 2005; FLÁVIO et. al., 2004; WEIS et. al., 2004).
Conforme a Lei 11.947de 16 de junho de 2009, que dispõe sobre a alimentação escolar, o profissional nutricionista responsável é quem deverá realizar os cardápios da alimentação escolar, o qual deverá utilizar gêneros alimentícios que compreendam os hábitos alimentares regionais da população beneficiada, respeitando suas preferências e hábitos culturais, além de colaborar com mercado agrícola da região, fornecendo alimentação saudável, variada e adequada em nutrientes. (BRASIL, 2009).
40
O PNAE tem também como objetivo a educação nutricional dos alunos beneficiados
e, segundo a Resolução Nº 26, é considerada ação de educação nutricional: o
fornecimento da alimentação saudável e adequada em nutrientes; a realização de
hortas escolares com participação dos alunos; o acréscimo do assunto alimentação
saudável nas aulas; oficinas culinárias para maior interação dos estudantes com os
alimentos; outras atividades que influenciem e estimulem aos hábitos alimentares
saudáveis de maneira voluntária e ajudem no aprendizado escolar (BRASIL, 2013).
O Programa Nacional de Alimentação Escolar (PNAE) está determinado a suprir no
mínimo 15% das necessidades nutricionais dos alunos durante a frequência na
escola e, além disso, espera contribuir com a diminuição das taxas de não
frequência escolar, o que consequentemente levaria à aquisição de bons hábitos
alimentares e melhorar a capacidade de aprendizagem (BRASIL, 2005; WEIS et. al.,
2004).
Em 2005 o programa recebeu mais de 37 milhões de escolares inscritos na rede de
ensino pública infantil e ensino fundamental e aquelas registradas em escolas
gerenciadas por meios beneficentes estes dados foram obtidos do censo escolar
(BRASIL, 2005; WEIS et. al., 2004).
Através da distribuição de refeições no intervalo das atividades escolares, o
Programa Nacional de Alimentação Escolar (PNAE) incentiva o aluno a ter uma
alimentação melhor, otimizando suas condições nutricionais e sua disposição em
aprender. Com isso, o programa aspira conduzir aos bons costumes alimentares
(BRASIL, 2003).
Segundo Pipitone, Spinelli e Vieira (1997), ocorreram novas transformações na
condução do programa devido a gestão ser descentralizada, se obtiveram resultados
positivos em relação à qualidade dos serviços no sistema de compras, na introdução
de novos alimentos para o cultivo e incentivo a mais alimentos básicos e naturais
para serem inseridos no programa.
Em meados de 2001, o governo federal admitiu avaliadores dentro do PNAE. Com
isso diretores, merendeiras e alunos foram entrevistados contabilizando 3.809 redes
escolares. Contudo foram incluídos 324 conselhos de alimentação escolar (CAE)
(BRASIL, 2006).
41
O PNAE é considerado um programa universal e tem critérios de inclusão e
exclusão dos município, desde que a documentação solicitada esteja autorizada
pelo tribunal de contas da união. O público-alvo atendido são as crianças
matriculadas em creches, jardim de infância, ensino fundamental, rede de ensino
publico e beneficente (SANTOS, 2007).
2.7.3 Conselhos de Alimentação Escolar (CAE’S)
Em 1993, os Conselhos de Alimentação Escolar (CAE’s) foram criados, dentre
outros motivos, com o principal propósito de fiscalizar a execução do programa de
alimentação escolar, assim como a aplicação dos recursos financeiros transferidos
pelo FNDE (BRASIL, 2013).
Foi estipulado que apenas com a formação dos CAE’s o programa de alimentação
escolar receberia os devidos recursos (TERESO; VIANNA, 1997).
O CAE é um órgão colegiado, com caráter permanente, deliberativo, e de
assessoramento, instituído no âmbito dos estados, do Distrito Federal e dos
municípios, sendo essencial para a tomada de decisões básicas para funcionamento
do PNAE (ESPÍRITO SANTO, 2013).
Acredita-se que os conselhos devem ser compostos por representantes da
administração de rede de ensino publico, por educadores, pais de estudantes e
trabalhadores de outros setores. Essa formação passou por mudanças
estabelecidas pela medida provisória em 2 de junho de 2000, quando o CAE
resolveu incluir sete componentes: um membro do poder executivo, um do
legislativo, dois professores, dois pais de família e um representante de outro setor
da sociedade (BRASIL, 2000).
A nível estadual, sobre a composição do CAE, o portal online da Secretaria da
Educação do Estado do Espírito Santo (SEDU) ressalta que o conselho é formado
por: dois representantes de pais de alunos; dois representantes da sociedade civil;
um representante do poder executivo; e dois representantes educadores (ESPÍRITO
SANTO, 2013).
Além da fiscalização da execução do programa, o CAE também tem como
competência a participação na elaboração dos cardápios, o que permite aos
42
membros do conselho um maior controle em relação ao cumprimento da política de
respeito aos hábitos alimentares regionais, assim como comprovar o uso de
alimentos naturais orgânicos, dando preferência aos gêneros alimentícios de origem
agrícola da região (PIPITONE et. al., 2003).
Em um estudo realizado na Bahia, no qual foram avaliados 45 municípios, amostra
representativa da população mais pobre deste estado, notou-se que o CAE estava
instituído de forma formal em 36 dos 44 municípios, ou seja, em 82% deles. Na visita
a estes municípios foi constatado que o processo de implantação de 16 destes
conselhos demorou de 4 a 5 anos para ser concluída. Esta demora demonstra o
quanto a criação dos conselhos é exigente quanto a existência de condições
politicas, institucionais e administrativas. Na avaliação nacional dos CAE, realizada
entre 1997 a 1998, em que foram incluídos 1378 municípios, verificou-se que em
90% deles havia a implantação do órgão, sendo maior o percentual no Sudeste e
menor percentual no Norte e Nordeste (TERESO; VIANNA, 1997).
Conforme o estudo de Belik e Chaim (2009), a criação do CAE proporciona aos
membros da escola mais contato direto com a gestão da PNAE, tanto no controle e
fiscalização adequada no desempenho do programa e de seus recursos a quem são
designados.
Em pesquisa dos autores Silva e Danelon (2013), verificou-se grande parte do
programa CAE inserido em diversos municípios e regiões do país, não tem
informação sobre o funcionamento da PNAE, podendo prejudicar o andamento do
programa em vários quesitos.
A capacitação dos membros do CAE é necessária e essencial para que os
integrantes possam realizar suas funções e atribuições, de forma adequada e assim
garantir o controle dos recursos destinados à alimentação dos estudantes e o
acompanhamento da eficácia do programa (PIPITONE et. al., 2003).
2.7.4 Segurança Alimentar e Nutricional (SAN)
Na Europa durante a primeira guerra mundial (1914-1918) utilizou-se o termo
Segurança Alimentar, pois ele apresentava ligação direta com o conceito de
Segurança Nacional e com a capacidade de cada país produzir sua própria
alimentação. Isso era feito com a intenção de fortalecer e não ficar frágil a possíveis
43
interdições ou sabotagens por razoes políticas ou militares (BURITY;
FRANCESCHINI; VALENTE, 2010).
A questão de insuficiente oferta de alimentos, que regeu o mundo depois da
segunda guerra mundial, foi tratada com predominância e por consequência, foi
estabelecido um projeto de assistência alimentar onde os alimentos eram
distribuídos a partir de sobras produzidas por países desenvolvidos (BURITY;
FRANCESCHINI; VALENTE, 2010).
A crise mundial de produção de alimentos direcionou a Conferencia Mundial de
Alimentação, realizada em 1974, a estabelecer que não seria o suficiente só a
produção de alimentos de consumo imediato, sendo assim se propôs o aumento da
produção de alimentos, os quais passariam pela política de armazenamento de
alimentos para garantir constante oferta dos alimentos. Nesta época não se dava
importância ao ser humano e sim ao produto ofertado (BURITY; FRANCESCHINI;
VALENTE, 2010).
Dentro da Segurança Alimentar Nacional (SAN) tem-se inúmeros fatores que
priorizam metodologias para chegar o mais próximo possível dos problemas a
serem resolvidos contando com: Avaliação de situações de risco e Avaliação de
intervenções (PANELLI-MARTINS et. al., 2008).
A Segurança Alimentar e Nutricional (SAN) compõe um lugar de destaque na política
brasileira contando, inclusive, com a Lei Orgânica de Segurança Alimentar e
Nutricional (LOSAN), sancionada em 2006, que instituiu o Sistema de Segurança
Alimentar e Nutricional (SISAN). Este sistema tem como finalidade a atuação das
três esferas de governo e da sociedade civil na formulação e programação de
políticas, programas e ações para garantia do direito humano à alimentação
adequada, passando a ser monitorado e avaliado tudo o que é feito nessa área
(BRASIL, 2006).
Segundo o conceito de Segurança Alimentar e Nutricional, consideram-se dois
elementos distintos e complementares: a dimensão alimentar e a dimensão
nutricional, pois a segurança alimentar é muito importante para a garantia da
segurança nutricional, porém o programa não tem competência para agir só
(BRASIL, 2011).
44
Com a descentralização de políticas sociais, a preocupação com a verificação da
SAN no Brasil chegou ao setor municipal, onde o município foi o lugar escolhido
para realizar estratégias e ações direcionadas ao programa de Segurança Alimentar
e Nutricional. Desse modo, na hora de acompanhar e analisar os resultados, o
município identificaria quais grupos estão suscetíveis ao problema (PANELLI-
MARTINS et. al., 2008).
Os parâmetros adotados para realizar a avaliação da Segurança Alimentar e
Nutricional são similares aos utilizados pela Organização Pan-Americana da Saúde
(OPAS). Os indicadores contêm informações importantes sobre saúde, situações
demográficas, socioeconômicas, mortalidade, recursos, morbidades e fatores de
risco. Estes fatores dão uma visão do estado da SAN, permitindo assim a
formulação de políticas públicas e o estabelecimento de mudanças (ORGANIZAÇÃO
PAN-AMERICANA DA SAÚDE, 2008).
Para Segall-Côrrea, devido às diversas dimensões da Segurança Alimentar e
Nutricional é difícil conseguir estabelecer indicadores de fácil acesso, portanto faz-se
necessário haver materiais específicos que permitam avaliar sua própria condição,
em nível de populações, grupos sociais específicos, famílias e indivíduos, face à
diversidade de exposições e de suas consequências (VALENTE, 1997; RUEL, 2003
apud OLIVEIRA et. al.).
Para alcançar a garantia da Segurança Alimentar e Nutricional e Soberania
Alimentar é preciso contar com o sistema de Direito Humano à Alimentação
Adequada (DHAA) e com a sociedade civil, já que estes estariam aptos a reivindicar
a realização dos direitos humanos em caso de violação (BURITY; FRANCESCHINI;
VALENTE, 2010).
Os funcionários das instituições do governo e os componentes dos conselhos são de
grande importância para o avanço de medidas fundamentais, diante de seus
compromissos e atribuições, com objetivo à proteção, ao respeito, a melhoria e ao
aprovisionamento do Direito Humano a Alimentação Adequada (BURITY;
FRANCESCHINI; VALENTE, 2010).
Os princípios determinantes da Política de SAN devem ter coerência com os
segmentos de direitos humanos, para atingir objetivos que garantam a promoção do
45
DHAA, sendo assim, o crescimento da concepção de Segurança Alimentar e
Nutricional está mais próximo do conceito de DHAA (BRASIL, 2011).
A insegurança alimentar pode ser caracterizada por diversas situações, como a
fome, que poderá gerar desnutrição, a obesidade, relacionada a doenças crônico-
degenerativas devido à alimentação errônea e pelo consumo de produtos
inadequados à saúde (SEGALL-CORRÊA; SÍCOLI, 2007).
As crianças são os grupos mais susceptíveis à insegurança alimentar, pois se
influenciam com a maneira alimentar da família, o que pode causar-lhes,
futuramente, problemas nutricionais (MESSER; ROSS, 2002; ROSE, 1999).
Para Valente (2005), a promoção de Segurança Alimentar e Nutricional Sustentável
deverá ser encargo da sociedade organizadora do estado, ou seja, do governo, da
sociedade civil sem fins lucrativos e do setor empresarial, que deve trazer iniciativas
governamentais como políticas, programas e medidas de ação não governamentais
em políticas públicas a fim de garantir o Direito Humano à Alimentação a toda
população.
2.8 ATUAÇÃO DO NUTRICIONISTA NA EDUCAÇÃO NUTRICIONAL
Alimentação Escolar é aquela alimentação feita pelos alunos durante o período em
que estão no ambiente escolar (CONSELHO FEDERAL DE NUTRICIONISTAS,
2005).
Educação Alimentar e Nutricional é um método aplicado pelo nutricionista com
intenção de proporcionar uma reeducação alimentar melhor e orientar
individualmente ou em grupos (CONSELHO FEDERAL DE NUTRICIONISTAS,
2005).
Segundo a resolução nº 380 do Conselho Federal de Nutricionistas (CFN), a área de
atuação no campo de alimentação escolar se refere à Alimentação Coletiva, que
envolve também Unidades de Alimentação e Nutrição (UAN) e Alimentação do
Trabalhador (CONSELHO FEDERAL DE NUTRICIONISTAS, 2005).
Pela resolução nº 380 do CFN compete ao Nutricionista, em sua prática profissional, atribuições na área de Alimentação Escolar como planejar, organizar, dirigir, supervisionar e avaliar os serviços de alimentação e nutrição (UAN) (CONSELHO FEDERAL DE NUTRICIONISTAS, 2005).
46
Também faz parte de sua atuação realizar suporte e educação nutricional a grupos
populacionais ou escolares saudáveis ou enfermos em rede de instituição pública e
particular (CONSELHO FEDERAL DE NUTRICIONISTAS, 2005).
2.8.1 Atribuições do nutricionista no ambiente escolar
Para realizar as atribuições, na área da Alimentação Escolar é preciso:
1. Calcular os parâmetros nutricionais para atendimento da clientela com base em recomendações nutricionais, avaliação nutricional e necessidades nutricionais específicas;
2. Programar, elaborar e avaliar os cardápios, adequando-os as faixas etárias e perfil epidemiológico da população atendida, respeitando os hábitos alimentares;
3. Planejar, orientar e supervisionar as atividades de seleção, compra, armazenamento, produção e distribuição dos alimentos, zelando pela qualidade dos produtos, observadas as boas praticas higiênicas e sanitárias; Identificar crianças portadoras de patologias e deficiências associadas à nutrição, para o atendimento nutricional adequado;
4. Planejar e supervisionar a execução da adequação de instalações físicas, equipamentos e utensílios, de acordo com as inovações tecnológicas;
5. Elaborar o plano de trabalho anual, contemplando os procedimentos dotados para o desenvolvimento das atribuições;
6. Elaborar e implantar o Manual de Boas Práticas, avaliando e atualizando os procedimentos operacionais padronizados sempre que necessário;
7. Desenvolver projetos de educação alimentar e nutricional para a comunidade escolar, inclusive promovendo a consciência social, ecológica e ambiental; Coordenar o desenvolvimento de receituários e respectivas fichas técnicas, avaliando periodicamente as preparações culinárias;
8. Planejar, implantar, coordenar e supervisionar as atividades de pré-preparo, preparo, distribuição e transporte de refeições/preparações culinárias;
9. Colaborar e/ou participar das ações relativas ao diagnóstico, avaliação e monitoramento nutricional do escolar;
10. Efetuar controle periódico dos trabalhos executados; 11. Colaborar com as autoridades de fiscalização profissional e/ou sanitária.
(CONSELHO FEDERAL DE NUTRICIONISTAS, 2005).
Atribuições complementares do nutricionista no ambiente escolar:
1. Coordenar, supervisionar e executar programas de educação permanente em alimentação e nutrição para a comunidade escolar;
2. Articular-se com a direção e com a coordenação pedagógica da escola para o planejamento de atividades lúdicas com o conteúdo de alimentação e nutrição;
3. Participar da definição do perfil, do dimensionamento, do recrutamento, da seleção capacitação dos colaboradores da UAN. Para a capacitação especifica de manipuladores de alimentos, deverá ser observada a legislação sanitária vigente;
4. Participar em equipes multidisciplinares destinadas a planejar, implementar, controlar e executar cursos, pesquisas e eventos voltados para a promoção da saúde;
47
5. Realizar e divulgar estudos e pesquisas relacionados à sua área de atuação, promovendo o intercâmbio técnico-científico;
6. Avaliar rendimento e custo das refeições/preparações culinárias; 7. Prestar serviços de auditoria, consultoria e assessoria na área; 8. Participar do planejamento e execução de programas de treinamento,
estágios para alunos de nutrição e educação continuada para profissionais de saúde, desde que sejam preservadas as atribuições privativas do nutricionista. (CONSELHO FEDERAL DE NUTRICIONISTAS, 2005).
De acordo com a resolução nº 358 do Conselho Federal de Nutricionista (CFN)
(2005), a atuação do nutricionista está demonstrada na tabela abaixo, incluindo
critérios de quantos alunos são atendidos na rede escolar, número de nutricionistas,
incluindo um Responsável Técnico (RT) e um a três de Quadro Técnico (QT) e carga
horária recomendada.
Tabela 1: Quanto ao nº de nutricionistas para a educação básica
Número de alunos
Número de nutricionistas Carga horária técnica mínima semanal recomenda
Até 500
1 RT
30 horas
201 a 1.000 1 RT + 1 QT 30 horas
1001 a 2.500
1 RT + 2 QT
30 horas
2.501 a 5.000 1 RT + 3 QT 30 horas
Acima de
5.000
1 RT + 3 QT E + 01 QT a
cada fração de 2.500 alunos
30 horas
Fonte: Resolução CFN Nº 358 (2005)
2.8.2 Educação Infantil
Por volta de 1920 surgiram às creches no Brasil, com um aspecto filantrópico. A
instituição era vista como um ambiente para guarda e auxílio às crianças durante o
período em que as mães, ou pais, estivessem trabalhando. Somente nos anos 70 o
atendimento em creche tomou força e ganhou uma proporção de recompensa,
dando assistência não somente de alimentação como de higiene e cuidado. Devido
à pressão de que a criança necessita se socializar desde o nascimento, as
instituições passaram a ser validadas, a fim de garantirem essa necessidade em
período integral com função educativa (DORIGO; NASCIMENTO, 2007).
48
A abordagem basal tem sido o ingresso do estado e o progresso nutricional das
crianças. Estas, quando inscritas nas creches de distintas regiões do país, devem ter
uma alimentação bem servida, com valor nutricional adequado às refeições,
suprindo suas necessidades nutricionais (BARBOSA et. al., 2007; BARROS et. al.,
1999; COLETTA et. al., 1999; KONSTANTYNER et. al., 2007; MACCLOWRY et. al.,
1999; MATTA et. al., 2005; MENEZES; OSORIO, 2007).
Apesar de sua importante função, existem poucos estudos que analisam a atuação
destes profissionais nestas instituições, com exceção dos cuidadores e professores
(ALVES; VERÍSSIMO, 2007; FUJIMORI; TEIXEIRA-PALOMBO, 2006; FONSECA;
VERÍSSIMO, 2003).
Uma das principais obrigações da creche é fornecer alimentação adequada à
criança para que ela se desenvolva com saúde intelectual e física, evitando
surgimento de doenças e carências nutricionais (OLIVEIRA et. al., 2008).
O nutricionista que faz parte desta equipe partilha de responsabilidades, juntamente
com educadores, para promover com o atendimento e a educação nutricional das
crianças da creche (GOULART et. al., 2010).
A creche em conjunto com os programas de suplementação alimentar são os
principais meios de uma política pública que gere promoção e segurança alimentar
nutricional para toda a população de lactentes e pré-escolares de famílias urbanas
de baixa renda. Sendo assim, a creche deve ser um estabelecimento que proponha
métodos educativos, alimentação equilibrada e de forma segura, levando em
consideração o ponto de vista sanitário. Além disso, também deve promover
educação alimentar e nutricional às crianças e suas famílias (BOGUS et. al., 2007).
2.8.3. Escolas
A questão nutrição e alimentação nas escolas têm por finalidade fundamental,
alertar a um acordo critico diante do enfoque de melhorar as opções de alimentos ou
estimular modificações nas práticas alimentares voltados a uma alimentação
industrializada podendo habituar-se a uma dieta natural e saudável (SOUSA, 2006).
Tanto professores quanto outros competentes sociais, inserido no projeto
comunidade escolar, têm capacitação para dar suporte e ensinamento àqueles que
49
necessitam de mudanças nos hábitos alimentares, dentro das escolas, para terem
uma vida longa e saudável (BURSTRÖM et. al., 1995; AULD et. al., 1999;
FULKERSON; LYTLE, 2002 apud YOKOTA, 2010).
O hábito e a técnica do profissional nutricionista estão bem delineados em sua área
de atuação, seja pelo exercício da dietética ou na área de alimentação escolar. Seu
papel é fundamental nos municípios, nos estados e na federação, regularizada pelas
diretrizes do Programa Nacional de Alimentação Escolar. PNAE, que se insere na
Política Nacional de Segurança Alimentar e Nutricional (DOMENE, 2008).
2.9 ALIMENTAÇÃO ESCOLAR EM VITÓRIA
É considerado um direito constitucional e uma das prioridades do estado, a
alimentação escolar adequada. Os alimentos ofertados nas escolas e inseridos nos
cardápios devem ser equilibrados e dar o suporte nutricional necessário, segundo a
recomendação do Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE)
(VITORIA, [201-]).
Dentro da recomendação para cardápios escolares nota-se que frituras, embutidos,
refrigerantes, gorduras ou balas não fazem parte das elaborações. Além disso,
existem alternativas especiais para aquelas crianças que tenham restrições
alimentares, como diabetes, intolerância à lactose e ao glúten (VITORIA, [201-]).
Os cardápios são alterados todo mês e em dias comemorativos são ofertados
alimentos de acordo com o motivo de celebração, como por exemplo, nas Festas
juninas, Dia do Índio e Dia das Crianças. Também são incluídos pratos típicos da
culinária capixaba, como a moqueca (VITORIA, [201-]).
Em conformidade com a resolução do FNDE nº26, de 26 de junho de 2013, somente
continuam nos cardápios aquelas elaborações que são no mínimo 90% aprovados
pelos estudantes, com exceção àquelas preparações que contenham frutas ou
hortaliças (VITORIA, [201-]).
Alimentos como abobrinha, acelga, aipim, biscoito, pão caseiro, chuchu, batata
doce, beterraba, cebola, cenoura, inhame, milho verde, pepino, pimentão, repolho
híbrido e repolho roxo são cultivados ou feitos por agricultores familiares do Estado.
50
Alguns alimentos orgânicos, como banana, morango, alface, cebolinha, couve,
coentro e salsa são ofertados nas escolas (VITORIA, [201-]).
A Secretaria de Educação é composta por uma equipe de 12 nutricionistas e um
coordenador de alimentação e nutrição escolar. São estes profissionais que
desenvolvem os cardápios com diversos alimentos de forma agradável e equilibrada,
produzem novas receitas, analisam as quantidades e orientam quanto às compras e
elaboração dos produtos alimentícios em todas as unidades escolares da rede
municipal (VITORIA, [201-]).
Sabe-se que, além de darem suporte nutricional às escolas, os nutricionistas
também são encarregados de verificar a especificação de padrões de qualidade dos
alimentos e das condições higiênico sanitárias das instalações, equipamentos e
utensílios. Eles ensinam sobre a relevância e à obrigação de cumprir as normas
sanitárias em vigor para assegurar a qualidade e a segurança alimentar em toda a
rede de alimentação escolar (VITORIA, [201-]).
Como funcionárias, as merendeiras são de suma importância para as escolas,
principalmente na preparação da alimentação escolar, sempre seguindo uma ficha
técnica de preparações. Portanto, não somente aqui em Vitória, as merendeiras são
repetidamente instruídas para que os alunos tenham uma alimentação de ótima
qualidade (VITORIA, [201-]).
51
3 METODOLOGIA
3.1 TIPO DE PESQUISA
O presente trabalho tratou de uma pesquisa de campo descritiva transversal
intervencional com base populacional, com abordagem qualitativa. E foi realizada no
período de fevereiro a junho de 2016.
3.2 AMOSTRA
A amostra foi definida por conveniência com crianças matriculadas apenas em uma
turma do Centro Municipal de Educação Infantil de Vitória/ES (CMEI), contabilizados
22 alunos pré-escolares, onde foram escolhidos apenas alunos do período
vespertino com idades entre 5 a 6 anos, ou seja, do último ano do ensino infantil.
Pois nessa turma havia dificuldades em consumir alimentos como frutas e verduras.
Portanto, foi aplicado no local, dinâmicas, diálogos, oficinas dando importância á
alimentação saudável na infância, como método de intervenção nutricional.
3.3 INTRUMENTO DE AVALIAÇÃO
O método de avaliação utilizado foi abordar e discutir assuntos relacionados à
alimentação saudável abordando as cores dos alimentos e sua influência para a
saúde da criança, de forma teórica e prática.
3.3.1 descrição das atividades
ATIVIDADE PRÁTICA 01 (TEATRO COM FANTOCHES)
Local: Em sala de aula.
Descrição: Para complementar e objetivar o maior conhecimento sobre as frutas e
verduras as crianças foram organizadas na sala de aula e assistiram a apresentação
das seguintes histórias: “Joãozinho e Cenourita“, O dia da pescaria“, Abacaxi o rei
do pomar, Cocó a couve, Nico a banana nanica e Tomas o tomate. Em todas as
histórias acontecia o diálogo entre as frutas e verduras que expressavam sua
52
opinião e falavam da sua importância. As acadêmicas encenaram as história com
os fantoches de frutas, verduras, criados em EVA e colados em palitos .
ATIVIDADE PRÁTICA 02 (DIÁLOGO COM CARTAZES)
Local: Em sala de aula
Descrição: Momento em que foi apresentado para às crianças as cores dos
alimentos através de aula teórica, utilizando cartazes de cartolina com informações
sobre as principais caracteristicas de cada cor e com gravuras dos alimentos que
representavam cada uma.
ATIVIDADE PRÁTICA 03 (MONTAGEM DO ARCO-ÍRIS)
Local: Em sala de aula
Descrição: Após o dialogo e apresentação de teatro as crianças foram convidadas a
realizar a atividade 03. Para esta atividade foram organizados 2 grupos (11 alunos
em cada grupo totalizando 22 alunos) onde os alunos foram orientados a montar um
Arco Iris com frutas e verduras, colocando em prática os conhecimentos adquiridos
durante o diálogo. Cada grupo montou um Arco Iris de frutas que ficou exposto na
sala de aula.
ATIVIDADE PRÁTICA 04 (PREPARAÇÃO DA SALADA DE FRUTAS)
Local: Refeitório da CMEI
Descrição: Os alunos colocaram em prática todo o conhecimento adquirido durante
o decorrer deste projeto ao realizarem uma receita saudável com os alimentos
escolhidos. O objetivo era os alunos com auxilio fazerem uma receita que envolva
frutas ou verduras apresentadas durante o projeto e enfatizando a importância das
cores de cada alimento.
3.4 CRITÉRIOS DE INCLUSÃO E EXCLUSÃO
Inclusão: Foram escolhidos apenas os alunos pré-escolares, alfabetizados; menor
de idade; possuindo um termo de consentimento livre e esclarecido autorizado pelos
pais a participarem do projeto.
53
Exclusão: Foram excluídos aqueles alunos que não foram autorizados pelos pais a
participarem do projeto.
3.5 TEMAS ABORDADOS
Abordando palavras chaves como educação nutricional, alimentação saudável,
nutrição infantil, pré-escolares.
54
55
4 RESULTADOS E DISCUSSÃO
Foram escolhidas para as atividades 22 crianças do ensino infatil entre 5 e 6 anos
de ambos sexos. As atividades desenvolvidas foram baseadas em processos
teóricos e lúdicos de forma clara e divertida para que os alunos compreendessem
sobre alimentação e nutrição, os resultados estão descritos a seguir conforme a
sequência de realização.
4.1 PRIMEIRO DIA DE PROJETO
4.1.1 Teatro de Fantoches
Os alunos foram convidados a assistir uma apresentação de teatro de fantoches
mostrando a importância da alimentação saudável.
Figura 01 – Apresentação do teatro de fantoches
Fonte: Acervo próprio.
Após as histórias foi realizado o diálogo com as crianças para evidenciar a
importância dos alimentos para a saúde e as crianças foram ouvidas sobre o que
entenderam a partir das histórias.
Foi percebido grande interesse e participação. Aos alunos que não compreenderam
as histórias foi explicado novamente com ênfase na importância de comer frutas e
56
verduras para manter uma alimentação saudável e ainda foi mencionado a
importância da merenda escolar.
Para Boog (1997), a Educação Alimentar e Nutricional (EAN) estabelece uma tática
recomendada pelas políticas públicas em alimentação e nutrição, sendo assim,
reconhecida como uma ferramenta indispensável para melhoria de práticas
alimentares saudáveis.
Notou-se então a importância que a EAN tem no campo das políticas públicas em
alimentação e nutrição. Compondo assim uma tática para promoção de hábitos
alimentares dentro dos programas brasileiros, seguindo o exemplo da Política
Nacional de Alimentação e Nutrição (PNAN), fundada no final dos anos 90, onde se
compreende o fundamento das ações em relação à alimentação e nutrição,
incorporando o total acesso aos alimentos. (BRASIL, 2013).
De acordo com o artigo referente ao Marco de Referência quando se propõe a criar
métodos na Educação Alimentar Nutricional é imprescindível abordar sobre
possíveis táticas a serem executadas, visto que seu espaço de atuação ainda não
está totalmente acentuado (BRASIL, 2012).
Segundo autores Deminice e colaboradores, 2007; Pacheco, 2008, entende-se que
o desenvolvimento de hábitos alimentares é levado por aspectos fisiológicos,
psicológicos, socioculturais e econômicos que se inicia na infância. Mas dentro do
quadro escolar há pouquidade de designações teórico-metodológicas para as ações
de EAN.
4.1.2 Diálogo/ aula sobre alimentação saudável
Após a apresentação de teatro os alunos foram organizados em sala para uma aula
teórica com cartazes através de conversação e visualição sobre alimentação
saldável onde foi explicado uma a uma cada cor.
57
Figura 02 – Cartazes referentes a cores vermelha /roxo /verde
Fonte: Acervo próprio.
Figura 03 – Cartazes referentes as cores laranja/amarelo e Braco
Fonte: Acervo próprio.
58
Figura 04 - Aula teórica com os alunos
Fonte: Acervo próprio.
Nessa atividade foi priorizado passar aos alunos as principais caracteristicas das
frutas e verduras considerando as cores de cada uma. As cores abordadas foram:
Verde, laranja/amarelo, branco, vermelho e roxo. Foi importante a aplicação dessa
atividade para que os alunos desenvolvessem com clareza e compreensão as
atividades práticas posteriores.
Foi observado que os alunos possuem bom conhecimento sobre os alimentos e
souberam falar o nome de todos. Ficaram envolvidos na aula e fizeram perguntas
sobre os temas.
Segundo Bernart e Zanardo (2011), através da educação nutricional torna-se
possível despertar a curiosidade, e o interesse de pré-escolares pelos alimentos e
mostrar a importância de cada um para a saúde humana. E as atividades em
educação nutricional tornam-se estratégias de fundamental importância para o
desenvolvimento da aprendizagem.
Segundo informações do Guia Alimentar para população Brasil (2006), os estudos
demonstram a importância da educação nutricional, pois de certo modo as
recomendações brasileiras rica em uma alimentação de vitaminas e minerais
complementa na função imunológica prevenindo de deficiências nutricionais e
protege contra as doenças infecciosas.
59
4.1.3 Montagem do arco-íris de frutas e verduras
Como forma das crianças aplicarem o conhecimento adquirido em relação a
alimentação saudável foi realizada uma atividade prática alusiva ao tema do projeto
onde as crianças, organizadas em dois grupos de 11 alunos cada, montaram dois
arco-íris com as gravuras de frutas e verduras representando as cores dos alimentos
estudados. As gravuras e o arco íris foram desenvolvidos com EVA e em seguida
os alunos fizeram a colagem.
Figura 05 – Gravuras em EVA utilizadas para a montagem do arco-íris
Fonte: Acervo próprio.
Figura 06 – Desenvolvendo a montagem do arco-íris com os alunos
Fonte: Acervo próprio.
60
Figura 07 – Alunos em atividade na montagem do arco-íris
Fonte: Acervo próprio.
Foi observado a participação de todas as crianças na atividade. Ficou evidente que
as informações passadas com a aula teórica e com o teatro de fantoches teve
influência positiva para auxiliar no efetivo desenvolvimento dessa atividade.
Segundo Salvi, Ceni (2009) é na fase pre-escolar que as crianças geralmente estao
mais capazes de absorver informaçoes em relaçao a alimentação saudavel e
quando sao realizadas atividades ludicas com os elas se obtem melhores
resultados.
4.2 SEGUNDO DIA DE PROJETO
4.2.1 Receita saudável: Salada de frutas
Os alunos colocaram em prática todo o conhecimento adquirido durante o primeiro
dia do projeto ao realizarem uma receita saudável com os alimentos a eles
apresentados.
61
Figura 08 - Preparação da salada de frutas
Fonte: Acervo próprio.
Nessa atividade foi apresentado aos alunos as frutas mamão, manga, banana,
morango, uva verde, abacaxi, laranja e maçã intensificando assim a importância das
cores relacionadas as características nutricionais de cada uma.
Foi executado a preparação da salada de frutas e a degustação pelos alunos. Nesse
momento as acadêmicas observaram a aceitação da preparação pelos alunos.
Tem estudos que comprovam que a população brasileira consume menos frutas,
verduras e legumes (FVL) e isso corresponde a menos da metade das
recomendações que seriam 400g por dia, um equivalente a 3 (tres) porções de
frutas e 3 (tres) porções de verduras e legumes nas refeições do dia a dia (BRASIL,
2006; JAIME, et al., 2007; LEVY-COSTA et al., 2005).
Geralmente são as crianças matriculadas no ensino infanil que apresentam baixo
consumo desses alimentos, pois preferem comer alimentos industrializados
(PACHECO et al., 2008; RAMOS; STEIN, 2000).
62
Figura 09 – Alunos degustando a salada de frutas
Fonte: Acervo próprio.
Foi observado nesta atividade que as crianças se mostraram interessadas desde da
preparação da salada de frutas até resultado final da salada exposta na mesa, elas
degustaram uma porção, alguns alunos ainda quiseram repetir o prato, outros ainda
resistiram a comer e aqueles que nunca haviam provado algumas frutas
aprenderam a gostar de novos alimentos.
Segundo Martins (1997), quando se opta pela intervenção nutricional através da
educação nutricional pode-se prevenir doenças, e com isso obter uma vida mais
saudável.
Segundo Boog (1997), realizar estudos sobre alimentação é de suma importância,
pois além de se obter o conhecimento interligado a diferentes conteúdos, gera-se
um grande interesse da parte das crianças por apresentarem a elas temáticas
relacionadas ao seu dia a dia na escola.
De acordo com Araújo e colaboradores (2006), quando se opta por atividades
lúdicas, criativas e participativas com as crianças seja em escolas ou creche
independente da idade o resultado sempre será positivo, quando a proposta for em
relação a alimentação.
Conforme os estudos de Bizzo e Leder (2005), a educação nutricional deveria ser
obrigatória nas grades curriculares pelo simples fato de incentivar à importância da
qualidade de vida.
63
De acordo com Fagioli e Nasser (2006), os pré-escolares adquirem um novo
conhecimento, quando o método sensório-motor e observatório são aplicados, as
crianças captam com mais facilidade.
Nos estudos feitos pelo Fundo Nacional de desenvolvimento da educação quando a
educação nutricional é aplicada de maneira lúdica melhora tanto o aprendizado,
quanto a qualidade de vida dos escolares (BRASIL, 2009).
Entretanto para Gemelli e Mendes (2007), o mais funcional seria a utilização de
praticas pedagógico-nutricionais que é de extrema importância na ascensão da
educação nutricional, já que estes tipos de métodos facilitam o aprendizado dos
escolares. principalmente quando se faz uso de brincadeiras educativas como forma
de estimular o desenvolvimento de hábitos alimentares saudáveis.
Davanço e colaboradores (2004), também concordam, pois para eles um programa
de educação em nutrição, envolve a utilização de distintos materiais, como jogos e
regras com objetivo educativo e lúdico para os estudantes juntando um plano
didático pedagógico tornado para incentivar os professores a apresentar qualidades
à rede de ensino para ampliar seu papel de educadores na formação de hábitos
alimentares.
Para Salvi (2009), as atividades criadas para com as crianças em idade pré-escolar
devem ser de forma clara, sempre levando em consideração a habilidade cognitiva,
motora, afetiva entre outras dos mesmos, e conservando a afinidade entre
médico/paciente sadio e acatando as particularidades de cada grupo.
Rahal, Russeff e Oliveira (2007), concordam que a escola tem um papel importante
desde que se permita adotar e estimar hábitos e práticas alimentares mais
saudáveis, garantindo assim, que as crianças irão ter acesso à informações
importantes sobre alimentação Assim o nutricionista poderá agir na escola/creche
proporcionando o conhecimento para os alunos.
Por isso Ramos e Stein (2000); Pacheco e colaboradores (2008), salientaram a
importância dos pais como educadores nutricionais, a partir do nascimento até seu
desenvolvimento, proporcionando através de sensações e percepção de novos
alimentos de forma variada, colorida e saudável criando assim preferências
alimentares fundamentais para o comportamento alimentar infantil.
64
65
5 CONSIDERAÇÕES FINAIS
O propósito da educação alimentar e nutricional nas escolas é proporcionar saúde
às crianças, para que as mesmas possam aproveitar a vida com bastante ânimo,
energia e alegria. Promover alimentação saudavel é viabilizar melhor qualidade de
vida e ensiná-las que a alimentação é direito humano e que de maneira alguma ela
deva ser privada de ingerir alimentos de boa qualidade.
Apesar de todo cidadão ter direito à alimentação universal, sabe-se que a
alimentação adequada e de boa qualidade das crianças está fortemente relacionada
as condições financeiras de suas familias. De preferência, os alimentos devem ser
de origem conhecida e feitos de forma natural para não perderem suas propriedades
durante o preparo, pois as crianças necessitam de uma quantidade adequada de
nutrientes para desenvolverem crescimento sadio e adequado e melhor capacidade
cognitiva.
A resolução nº 358 do Conselho Federal de Nutricionista determina que deve conter
um Responsável Técnico e de um a três do Quadro Técnico, de acordo com a carga
horária recomendada e a quantidade de alunos a serem atendidos.O profissional
nutricionista é importante nas escolas pois é quem avalia cada criança,em seu
estado nutricional, e tambem cada cardápio desenvolvido. A partir dessas
avaliacoes sao criados métodos de educação nutricional. Se não houver, nas
escolas, nutricionistas em número adequado, acompanhando-os diariamente,
poderá haver comprometimento no quadro nutricional dos escolares.
Pelos resultados adquiridos, notou-se que a educação alimentar e nutricional por
meio de intervenções é segura e eficaz para a saúde. Sendo assim, todas as
atividades desenvolvidas na CMEI obtiveram o resultado esperado. Observou-se
também que durante o desenvolvimento deste projeto houve um crescimento
profissional, já que pode vivenciar toda a elaboração educacional e nutricional.
Conclui-se, portanto, que a educação alimentar e nutricional é de grande
importância, tanto no campo das políticas públicas quanto nas escolas e creches.
Elá é considerada umas das principais estratégias de promoção de saúde para
crianças e quando aplicada de forma lúdica, com jogos e dinâmicas, a criança
aprende mais, visto que os hábitos alimentares são formados na primeira infância.
66
Esses bons habitos habitos alimentares quando acompanhados pelos educadores,
pais e nutricionistas é melhor desenvolvido.
67
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80
81
ANEXOS
APÊNDICE A
TERMO DE CONSENTIMENTO LIVRE E ESCLARECIDO
Prezado(a) participante:
Na condição de estudante do curso de Nutrição da Faculdade Católica Salesiana de Vitória,
estou realizando uma pesquisa com o objetivo de analisar os sentidos atribuídos à escola por
estudantes ou pais de estudantes de classes populares. Buscamos analisar o que a escola tem
representado para estes estudantes nos dias atuais.
Necessito de sua contribuição participando de uma entrevista. Sua participação nesse estudo
é voluntária e se você decidir não participar ou quiser desistir de continuar, em qualquer momento,
tem absoluta liberdade de fazê-lo.
Na publicação dos resultados desta pesquisa, sua identidade será mantida no mais rigoroso
sigilo. Serão omitidas todas as informações que permitam identificá-lo (a).
Mesmo não tendo benefícios diretos em participar, indiretamente você estará contribuindo
para a maior compreensão do que a escola representa na nossa sociedade e para a produção de
conhecimento científico.
Quaisquer dúvidas relativas à pesquisa poderão ser esclarecidas por mim Natália Salazar
Pedrazas ou pela professora responsável, Paula Regina Campos através do telefone 3331-8500.
Atenciosamente,
Consinto em participar deste estudo e declaro ter recebido uma cópia deste termo de consentimento.
_________________________
Paula Regina Campos
(professora responsável)
____________________________
Local e data
_____________________________
Nome do aluno(a)
______________________________
Local e data
____________________________
Nome e assinatura do participante
____________________________
Local e data
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APÊNDICE B
HISTÓRIAS DO FANTOCHE
ÁUDIO 1
Joãozinho e a Cenourita (Nutricionista/Vit. A para visão)
- Oi amiguinho. Cadê você? (JOÂOZINHO)
- Oi Joãozinho. Estou aqui. Não está me enxergando. (NUTRICIONISTA)
- Mais ou menos. Onde você está. Quem é você? (JOÂOZINHO)
- Calma Joãozinho. Uma pergunta de cada vez. Primeiro estou aqui.
(NUTRICIONISTA)
- Aaahhh. Agora estou vendo você. (JOÃOZINHO)
- Agora vou me apresentar. Eu me chamo Juliana e sou a nutricionista.
(NUTRICIONISTA)
- O que é nutricionista? (JOÃOZINHO)
- Nutricionista é a pessoa responsável pela alimentação de adultos e crianças. Eu
ajudo as crianças crescerem fortes e saudáveis. (NUTRICIONISTA)
- Eu me alimento bem, mas não como cenoura. (JOÃZINHO)
- Ahhhh que pena Joãozinho. A cenoura além de ser muito gostosa, é rica em vit. A.
Vou te apresentar para ela. Seu nome é Cenourita. (NUTRICIONISTA)
- Oi Joãozinho. Sou a Cenourita. E como a nutricionista Juliana falou, sou rica em
vit. A que pode ajudar você a ter uma visão melhor e há várias maneiras de
preparar. Salada, refogada, como suco e purês. (CENOURITA)
- Ahh que bom. Vou pedir para mamãe fazer cenoura no almoço. Vou comer
tudinho. Obrigada senhorita Cenourita. Obrigada nutricionista Juliana. (JOÃZINHO)
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AUDIO 2
Café da manhã com pão e energia (Importância do café da manhã para dar
energia)
- Bom dia Luciana. (MARCELINHO)
- Bom dia Marcelinho. (LUCIANA)
- Você já escovou os dentes? (MARCELINHO)
- Eu já e você? (LUCIANA)
- Eu também. (MARCELINHO)
- Então podemos tomar café da manhã. (LUCIANA)
- Claro (MARCELINHO)
- Parece que hoje será um dia lindo. (LUCIANA)
- É verdade. Olha só o sol. (MARCELINHO)
- Coloca um pouco de leite na minha xícara. Por favor? (LUCIANA)
- Claro. Assim está bom. (MARCELINHO)
- Está. Obrigada. (LUCIANA)
- Você não vai comer pão? (MARCELINHO)
- Não. Eu não gosto de comer nada de manhã. Eu só bebo leite. (LUCIANA)
- Então. Depois que você tomar o leite vamos brincar de pega pega.
(MARCELINHO)
- Ah não. Pega pega eu não brinco. (LUCIANA)
- Mas por que LU? (MARCELINHO)
- Porque você é muito mais rápido do que eu. E eu acabo sempre perdendo.
(LUCIANA)
- Ei psiu. (PÃOZINHO)
- Que é Marcelinho? (LUCIANA)
- Eu não falei nada. (MARCELINHO)
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- Não? Então quem foi que me chamou? (LUCIANA)
- Eu. O Pãozinho. Ei. Eu estou aqui na cestinha. (PÃOZINHO)
- E o que você quer comigo? (LUCIANA)
- É que eu estava ouvindo a conversa de vocês e resolvi te dar uma dica.
(PÃOZINHO)
- E que dica é essa? (LUCIANA)
- É que eu sou cheinho de energia. Além de tomar um leitinho no café você também
deve comer um pãozinho. Assim você ganhará energia que precisa para correr e
brincar bastante. (PÃOZINHO)
- Que legal. Agora todos os dias no meu café da manhã vou tomar leite e comer meu
pãozinho. (LUCIANA)
- É isso aí. E se você quiser comer uma fruta, seu café da manhã ficará ainda
melhor. (PÃOZINHO)
- Está certo. Eu vou tomar leite, comer pãozinho e também a fruta. Com isso vou
ganhar bastante energia e vou conseguir também ganhar do Marceliho quando a
gente brinca. Obrigada pelas dicas pãozinho. (LUCIANA)
- Agora você já pode brincar não é LU? (MARCELINHO)
- Agora assim. Corre Marcelinho que eu vou te pegar. Eu vou te pegar hein?
(LUCIANA)
ÁUDIO 3
O dia da pescaria (importância da proteína para crescer)
- No fim da semana minha mãe levou eu e Gabriel para passear na casa do vovô
Beto e da vovó Lala. Eles moram aqui na praia e a gente pode brincar o dia inteiro.
(RITINHA)
- Ritinha. Ritinha. O vô Beto disse que tem uma surpresa. Disse que vai levar a
gente para fazer uma pescaria. (GABRIEL)
- Obaaa. Eu adoro ver o mar. Mas eu não gosto de peixe. (RITINHA)
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- Também não. Mas o peixe que a gente pescar fica pro vovô e a vovó comerem.
Não é? (GABRIEL)
- É. Assim a gente não precisa nem comer. (RITINHA)
- Ai ai. Olha, olha. Tá puxando. Me ajuda, me ajuda Ritinha. Ai ai ai. (GABRIEL)
- Olá. Eu sou a pescadinha. Vocês estavam dizendo que não gostam de peixe?
(PESCADINHA)
- Olha só Ritinha. O peixe está falando com a gente. (GABRIEL)
- Não gosto. E nunca vou experimentar. Não gosto mesmo. (RITINHA)
- Mas se você nunca provou. Como pode saber que não gosta. (PESCADINHA)
- Ah é verdade. Mas eu acho que não vou gostar. (RITINHA)
- Peixe é muito bom. E além disso é rico em proteínas. (PESCADINHA)
- O que é proteínas? (RITNHA)
- As proteínas são nutrientes que fazem bem ao corpo e ajudam na formação dos
músculos. Com a ajuda delas você vai crescer bem forte. (PESCADINHA)
- É verdade? (RITINHA)
- É verdade sim. E você pode me preparar de várias formas. Assada, cozida e até
como bolinho de peixe. (PESCADINHA)
- Você ate que me convenceu. Vou preparar uma receita muito gostosa pro vovô e
pra vovó e pra nós também Gabriel. Assim vamos crescer sempre fortes. (RITINHA)
- É isso aí Ritinha. E eu vou voltar para o mar. Tchau. (PESCADINHA)
- Tchau peixe. – Como pode um peixe vivo viver fora da água fria. (RITINHA E
GABRIEL)
AUDIO 4
Abacaxi, o rei do pomar (Abacaxi rico em zinco que ajuda na cicatrização)
- Lucas, ei Lucas. Vem até aqui ver o que eu descobri. (IZA)
- O que é Iza? (LUCAS)
- Veja. É um lindo pomar. Pule essa cerca. Venha até aqui. (IZA)
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- Aiaiaia (LUCAS)
- O que foi Lucas? (IZA)
- Arranhei meu braço nessa cerca de arame farpado. Me ajuda Isadora. Está
doendo. (LUCAS)
- Olá Crianças. (ABACAXI)
- Quem está falando? (LUCAS)
- Sou eu. O abacaxi. O rei do pomar. Sou rei, pois já nasci de coroa na cabeça. O
que aconteceu aí? (ABACAXI)
- Eu vim correndo ver o pomar. E quando fui pular a cerca arranhei o meu braço.
(LUCAS)
- Primeiro Lucas, você não deve pular cercas dessa maneira. Procure e sempre
encontrará um portão para que você possa entrar tranquilamente. Outra coisa. Não
se preocupe com seu machucado. Vá até o banheiro e lave com água e sabão. E
peça para sua professora fazer um curativo. (ABACAXI)
- Mas parece que não vai sarar nunca mais. (LUCAS)
- Claro que vai LUCAS. Mas para que o machucado cicatrize logo. Você deve comer
alimentos que tenham zinco. Eu por exemplo, tenho zinco dentro de mim e ajudo na
cicatrização. (ABACAXI)
- Olha só que bom LUCAS vamos pedir pra professora fazer um curativo no seu
braço e um delicioso suco de abacaxi para todo mundo. (IZA)
- Ah que legal. Vamos correndo. Obrigado REI ABACAXI. (LUCAS)
- Obrigado crianças. (ABACAXI)
ÁUDIO 5
Cocó, a Couve (Alimentos ricos em vit. C para prevenir gripes e resfriados)
- Oi. Eu sou o Pedrinho. E vou contar pra vocês uma estória que aconteceu comigo.
A turma lá da escola fez uma excursão para um sítio de verdade. Tinha porco, tinha
cavalo, tinha sapo. E uma horta linda. Mas o melhor é que do lado da horta de couve
tinha uma piscina enorme. Vem nadar Juju. A água está uma delícia. (PEDRINHO)
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- Ai. Eu não posso nadar. Eu estou resfriada. (JUJU)
- Dá licença. Mas quem falou que está resfriada. (COUVE)
- Atchin. Fui eu a Juju (JUJU)
- Então eu vou te dar uma dica Juju. Você precisa se alimentar bem e comer
alimentos ricos e vitaminas C, e acredite, eu mesma, COUVE COCÓ, sou rica em
vitamina C. Esta vitamina previne as gripes e os resfriados. Só assim, comendo
couve e outros alimentos cheios de vitamina C, você poderá nadar e se divertir com
seus amiguinhos quando quiser. (COUVE)
- Obaaa. A partir de agora eu vou comer muitos alimentos ricos em vitamina c. e
principalmente a couve que é muito legal e gostosa. (JUJU)
ÁUDIO 6
Nico, a banana-nanica (Rico em potássio que evita as câimbras)
- Chiquita bacana lá da Martinica. Se veste com a casca de banana nanica. Chiquita
bacana lá daaa. Mamãe eu tô com fome. (LUIZINHO)
- Come uma fruta meu filho. (MÃE)
- Ahh fruta eu não gosto. (LUIZINHO)
- Ohhh Luizinho. Porque você não gosta de nós? (BANANA)
- Quem está falando? (LUIZINHO)
- Sou eu, o NICO, sou uma banana nanica. Uma fruta de casca amarela com alguns
pontinhos pretos, molinha, docinha, e bastante nutritiva. (BANANA)
- Aiaiaiaiai . Que dor na minha perna. Eu não consigo andar direito. (LUIZINHO)
- Está vendo porque é importante comer frutas? Eu por exemplo, tenho em mim
potássio e por isso ajudo você a não ter câimbras. Essa dor que você acabou de
sentir. (BANANA)
- Ahhh. Eu gostei muito de conversar com você NICO e sempre que a mamãe for a
feira vou pedir pra ela comprar frutas e principalmente banana. (LUIZINHO)
- É isso aí garoto. (BANANA)
- Tchau. (LUIZINHO)
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- Tchau. (BANANA)
ÁUDIO 7
A galinha dos ovos de ferro (Importância do ferro para prevenir a anemia)
- Nossa. Que dia lindo né Lucinha? (GUILHERME)
- É verdade Guilherme. E quanta coisa legal tem pra fazer aqui na fazenda. Hein?
(LUCINHA)
- É Eu estou tão feliz. Olha só os porquinhos. E as galinhas são tão bonitas. Vamos
brincar de esconde esconde? (GUILHERME)
- Não. Eu não estou com vontade de brincar. (LUCINHA)
- Mas porque? Você sempre gostou de brincar. (GUILHERME)
- Mas agora eu ando muito fraquinha. Minha mãe disse que eu estou com anemia.
(LUCINHA)
- Com anemia? O que é isso? (GUILHERME)
- Eu não sei muito bem. Mas minha mãe me contou que anemia deixa a gente assim
cansada, e sem vontade de brincar. (LUCINHA)
- Eiii Lucinha. Lucinha. Vem aqui. (GALINHA)
- Quem está me chamando? (LUCINHA)
- Sou eu a GALINHA GEMINHA. (GALINHA)
- Geminha? O que que você está fazendo fora do galinheiro? (LUCINHA)
- É que eu escutei você falando que estava com anemia e vim te falar uma coisa.
(GALINHA)
- O que é? (LUCINHA)
- Eu posso te ajudar a sarar da anemia. (GALINHA)
- Pode? (LUCINHA)
- Posso. (GALINHA)
- Mas como Geminha? (LUCINHA)
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- Se você quiser pode pegar alguns ovinhos do meu galinheiro. Eu botei hoje
mesmo. E eles estão bem fresquinhos. (GALINHA)
- E porque é bom comer ovos? (LUCINHA)
- É que a gema dos meus ovos tem bastante ferro que ajuda você a sarar da
anemia. (GALINHA)
- É verdade? (LUCINHA)
- É sim. Cocococo. (GALINHA)
- Ah então vou pegar agora mesmo um ovo para mamãe prepar um delicioso
omelete pra gente comer Guilherme. Obrigada pelas dicas Geminha. (LUCINHA)
- Obrigada por ajudar minha amiga Lucinha dona Galinha. (GUILHERME)
- De nada. Espero que você fique boa logo e sempre que quiser pode pegar ovos
aqui no galinheiro. Viu . Tchauzinhooo. (GALINHA)
- Tchau. Tchau. (LUCINHA E GUILHERME)
ÁUDIO 8 A festa junina e o espigão (Importância do fósforo na prevenção de cáries)
- Hoje é dia de festa junina. E a gente vai dançar quadrilha sem parar. Lá lá lá lá lá
lá. (DUDA)
- Olha os fogos. (AMIGA)
- Olhaaaa. (DUDA)
- Nossa a festa tá linda. Obá eu vou comer milho. Hummm. Essa espiga está uma
delícia. Você não quer Duda? (AMIGA)
- Eu não posso. Eu tô com dor de dente. (DUDA)
- Você tá com dor de dente? (ESPIGA)
- Vixe. Quem está falando? (DUDA)
- é ieu. A espiga de milho. O meu nome é Espigão. E eu tenho algp “bão proce”.
(ESPIGA)
- E o que é? (DUDA)
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- É ieu mesmo. Pois eu sou rico em fósforo que ajuda a evitar as cáries. (ESPIGA)
- Obaa. Agora eu vou comer milho para não ter mais cáries. (DUDA)
- Mas presta atenção. Além de comer alimentos ricos em fósforo você precisa
escovar os dentes e visitar o dentista de vez em quando. (ESPIGA)
- Ahhh . Está certo. A partir de agora eu vou fazer tudo isso para que meus
dentinhos fiquem cada vez mais bonitos. (DUDA)
- Isso aí garoto. (ESPIGA)
ÁUDIO 9
Tomas, o tomate (Importância da Vit B2 para manter os cabelos saudáveis)
(Telefone Tocando)
- Julia, Julia. A Bruna acabou de telefonar convidando você para festa de aniversário
dela neste domingo. (MÃE)
- Obaaa. Que legal. Ohh mãe, eu quero ir bem bonita a essa festa. (JULIA)
- Está bem filha. Você pode colocar seu lindo vestido azul. E eu te faço um penteado
bem bonito. (MÃE)
- Ai mãe. Mas o meu cabelo está tão sem brilho. Está parecendo capim. (JULIA)
- Olá Julia. Eu sou o Tomas, o tomate vermelhinho e tenho a solução para o seu
cabelo sem brilho. (TOMATE)
- Não acredito. É verdade? (JULIA)
- É sim. E a solução está mais perto do que você imagina. (TOMATE)
- Onde? (JULIA)
- Aqui. (TOMATE)
- Aqui onde. (JULIA)
- Eu mesmo. Sou um tomate e tenho vitamina b2 que ajuda os cabelos a ficarem
mais saudáveis. Então se você lavar regularmente seu cabelo e comer alimentos
ricos em vitamina B2, seus cabelos ficarão sempre bonitos. (TOMATE)
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- Obaaa. Obrigada Tomas. Oh mãe, mãe. Para o almoço vou quere uma deliciosa
salada de tomate. (JULIA)
- Está bem Julia. Me ajude a por a mesa. (MÃE)
- Claro mamãe. (JULIA)
ÁUDIO 10
Futebol com queijo (Importância do Cálcio para fortalecer dentes e ossos)
- Ebaaa. Hoje é nosso campeonato na escola. Você vai assistir o futebol GIovana?
(RICARDO)
- Claro. Eu vou ver você jogar, Ricardo. (GIOVANA)
- Ahh. Mas eu não vou jogar. (RICARDO)
- Você não vai jogar? Porque? (GIOVANA)
- Não. É que há muito tempo atrás eu torci o tornozelo e agora eu tenho medo de
jogar e doer de novo. (RICARDO)
- Mas Ricardo, você não precisa ter medo de jogar. Você não vai torcer o tornozelo
de novo. (QUEIJO)
- Ai. Quem está falando? (RICARDO)
- Eu , o Queijinho do seu sanduíche. Basta você se alimentar muito bem e comer
alimentos ricos em cálcio como leite e o queijo. (QUEIJO)
- E o que o cálcio faz? (RICARDO)
- O cálcio ajuda a fortalecer os ossos e dentes. (QUEIJO)
- Obaaa. Eu adoro queijo. E a partir de agora vou comer todos os dias para que
meus ossos fiquem bem fortes. (RICARDO)
- É Isso aí Ricardo. Faz um gol. (GIOVANA)
- Tá. Eu vou lá. (RICARDO)
(apito)
92
ÁUDIO 11
Lilica, a melancia (Importância da ingestão de líquidos/hidratação do corpo)
- Hoje amanheceu um dia lindo. E como é domingo eu pedi pra minha mãe levar eu
e o Paulinho para passar o dia no Clube. (SANDRINHA)
- Nossa. Sandrinha, a gente já brincou no parquinho, já jogou bola, e agora a gente
podia ir nadar na piscina né? (PAULINHO)
- É. Eu acho ótimo. E aí eu aproveito para beber um pouquinho de água, pois eu
estou com muita sede. (SANDRINHA)
- Oi crianças. Meu nome é LILICA, eu sou uma Melancia. Eu estava escutando toda
a coversa de vocês e essa água da piscina não é própria para beber. Eu tenho uma
ideia melhor para saciar a sede de vocês. (MELANCIA)
- Lilica, eu não estou entendendo. (PAULINHO)
- Eu vou te explicar melhor Paulinho. Eu sou uma melancia. Uma fruta de casca
verde, polpa vermelha, cheia de sementinhas. Sou cheia de água. Então se comer
um pedaço de mim ou se pedir para mamãe preparar um suco, tenho certeza que
você vai saciar a sua sede. (MELANCIA)
- Que legal Sandrinha. Vamos comer pra pedir para mamãe preparar um suco bem
gostoso. Vamos. (PAULINHO)
- Vamos. Obaa. (PAULINHO E SANDRINHA)