Doutrina da igreja

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DOUTRINA DA IGREJA

Escrevo-te estas coisas, esperando ir ver-te bem depressa, 15mas, se tardar, para que saibas como convém andar na casa de Deus, que é a igreja do Deus vivo, a coluna e firmeza da verdade (1 Tm 3.14,15)

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A IGREJAFiguras usadas para Igreja no sentido universal.LEMBRETE IMPORTANTE: Cristo é o Cabeça (Dirigente, Comandante, Chefe Absoluto) da Igreja. Foi o Senhor quem deu sua vida por ela. É ele que está purificando-a e santificando-a, como Igreja Gloriosa, sem ruga nem mácula. Ef. 1.22; 5.23,25.

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Igreja no sentido universal, “consiste de todos aqueles que, nesta dispensação, nasceram do Espírito de Deus, e foram, por esse mesmo Espírito, batizados no corpo de Cristo (1 Pe 1.3,22-25; 1 Co 12.13).

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A Igreja é “à universal assembleia e igreja dos primogênitos, que estão inscritos nos céus” (Hb 12.23).

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1. A Igreja é conhecida por edifício de Deus. A Igreja é um Templo sólido.

O Senhor Jesus Cristo é a pedra fundamental desse poderoso edifício. Ele está habitando nele pelo Espírito Santo (Mt 16.18; 1 Co 3.11; 1 Pe 1.20,22). Nesse edifício o crente recebe o grande privilégio de exercer trabalho sacerdotal. 1 Pe 2.9; Ap 1.6. Leia: Cl 2.6.

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2. A Igreja é conhecida como o Corpo de Cristo.

A figura da Igreja do Senhor como Corpo de Cristo é para mostrar que ela é um organismo vivo. Ela tem vínculo de vida com Cristo. Ela está unida a Ele (1 Co 12.12-27; Ef 1.22,23; 3.6; 4.4,12 16; 5.23,30; Cl 1.18,24; 2.19; 3.15).

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a Igreja de Corpo de Cristo é “para mostrar que a Igreja é um organismo, tem ligação vital com Cristo, está sob a superintendência de Cristo, é uma unidade, embora composta de judeus e gentios, apresenta diversidade de dons entre seus membros, e idealmente coopera no desempenho de uma tarefa comum”.

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3. A Igreja é conhecida como a Noiva de Cristo.

A Igreja está de contrato firmado com Cristo.

Ela também deve estar preparada para a cerimônia do casamento, sabendo que vai reinar com Ele para sempre. 2 Co 11.2,3; Ef 5.24,25; Ap 19.7,8,16.

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4. Templo do Espírito Santo. Em 1 Co 3.16, a Igreja é chamada com

ênfase de “santuário de Deus”. O Espírito Santo diz que os crentes

crescem “para santuário dedicado ao Senhor”, e que estão “sendo edificados para habitação de Deus no Espírito (Ef 2.21,22).

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A Igreja é uma “casa espiritual” (1 Pe 2.5).

A Igreja como Templo do Espírito Santo e Casa Espiritual é para dizer que ela é santa e que está legalmente protegida de tudo que a possa contaminar.

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A Igreja templo do Espírito Santo – “Esta figura acentua o fato de que a igreja é santa e inviolável. A permanência do Espírito Santo nela dá-lhe um caráter exaltado”.

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5. Coluna e Baluarte da Verdade.Sabemos que uma coluna é o pilar de

sustentação de um edifício. Pode vir exposta ou não, mas tem uma importância sem precedente. A Igreja como coluna sustenta poderosamente as verdades reveladas de Deus em sua Palavra.

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Como baluarte, a Igreja é uma fortaleza Invencível, indestrutível, inabalável. Como diz o teólogo Louis Berkhof (ibid., p.562): “A figura expressa o fato de que a Igreja é guardiã da verdade, cidadela da verdade e defensora da verdade contra todo os inimigos do reino de Deus”. Baluarte- lugar seguro.

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O texto sagrado diz: “mas, se tardar, para que saibas como convém andar na casa de Deus, que é a igreja do Deus vivo, a coluna e firmeza da verdade (1Tm 3.15).

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Figuras usadas para a Igreja no sentido local

A Igreja é composta de pessoas de todas as épocas que já aceitaram a Cristo como seu Senhor e Salvador, em todas as partes do globo.

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2.1. A Igreja em Jerusalém. At 8.1; 11.22;2.2. A Igreja em Antioquia. At 13.1;2.3. A Igreja em Éfeso. At 20.17;2.4. A Igreja em Cencréia. Rm 16.1;2.5. A Igreja em Corinto, etc. 1 Co 1.2.

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A ORGANIZAÇÃO DA IGREJA - Ef 4.9-13.1. Apóstolos. Este nome só é aplicado aos doze

apóstolos escolhidos pelo Senhor Jesus Cristo e a Paulo.

Aplica a certos homens apostólicos que assessoraram a Paulo em seu trabalho e que foram dotados de dons e graças apostólicos.

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A função dos apóstolos era “de lançar os alicerces da igreja de todos os séculos”.

At 14.4, 14; 1 Co 9.5,6; 2 Co 8.23; Gl 1.19.

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Qualificações especiais dos apóstolos:1. Comissionados diretamente por Deus

ou por Jesus Cristo, Mc 3.14,15; Lc 6.13; Gl 1.1.

2. 2. Testemunhas da vida de Cristo e, principalmente, de Sua da sua ressurreição, Jo 15.27; At 1.21,22; 1 Co 9.1.

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1.3. Tinham consciência de que eram inspirados pelo Espírito de Deus em todo o seu ensino, oral e escritos. At 15.28; 1 Co 2.13; 1 Ts 4.8; 1 Jo 5.9-12.

1.4. Tinham o poder de realizar milagres e o usaram em diversas ocasiões para ratificar a sua mensagem, 2 Co 12.12; Hb 2.4.

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2. Profetas.Era o dom de Deus para falar a Igreja

para sua edificação. Leituras importantes: At 11.28; 13.1,2; 15.32; 1 Co 12.10; 13.2; 14.3; Ef 2.20; 3.5; 4.11; 1 Tm 1.18; 4.14; Ap 11.6.

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Profeta – Ocasionalmente eles serviam de instrumentos para a revelação de mistérios e para a predição de eventos futuros.

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3. PastoresO Dicionário Teológico (CPAD, 1996:201)

conceitua a palavra pastor da seguinte maneira: “Em termos eclesiásticos, é o supervisor do rebanho. Sua principal função é administrar a Igreja de Cristo”.

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O termo ‘pastor’ é usado hoje mais amplamente para quem tem a responsabilidade e supervisão espirituais da igreja local. É interessante que o termo grego poimên (‘pastor’) é usado uma única vez no Novo Testamento com referência direta ao ministério do pastor (Ef 4.11).

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Atuação de um pastor: 1) “Administração (cf. 1 Pe 5.1-4)”, 2) “Cuidados pastorais (cf. 1 Tm 3.5; Hb

13.17)”, e 3) “instrução (cf. 1 Tm 3.2; 5.17; Tt 1.9)”.

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4. EvangelistasAurélio - “pessoa que evangeliza, que

preconiza uma doutrina”.Dicionário Teológico - “Em Efésios 4.11, é

apresentado como o segundo dom ministerial em importância. Trata-se de um carisma específico, que capacita o crente a disseminar, de forma extraordinária, as Boas Novas.

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George Eldon Ladd (Teologia do Novo Testamento, 1985:494, JUERP) diz que “os evangelistas são pregadores que se incumbem da tarefa missionária de pregar o evangelho, mas sem a autoridade dos apóstolos. O termo denota uma função, e não um ofício”.

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Louis Berkhof – Mencionado na Bíblia. At 21.8; Ef 4.11; 2 Tm 4.5.

Exemplos: Felipe, Marcos, Timóteo e Tito.

Eles acompanhavam e assistiam os apóstolos, e às vezes eram enviados por estes em missões especiais.

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Acompanhavam e assistiam os apóstolos, e às vezes eram enviados por estes em missões especiais. Seu trabalho era pregar e batizar, mas incluía também a ordenação de presbíteros, Tt 1.5; 1 Tm 5.22, e o exercício da disciplina, Tt 3.10.

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5. PresbíterosO Dicionário Teológico [presbítero (do

grego presbytero, mais velho)]: “No Antigo Testamento, era o ancião responsável pelos conselhos e pela observância da justiça. Era uma espécie de juiz da Suprema Corte de Israel...

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... No Novo Testamento, é às vezes tido como o pastor; outras, como o responsável pela administração da palavra; e, ainda, pela gerência dos bens materiais da congregação”.

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O termo presbítero “significa simplesmente ‘anciãos’, ou ‘mais velhos’”.

“O termo presbyteroi é empregado na Escritura para denotar homens idosos, e para designar uma classe de oficiais um tanto parecida com a que exercia certas funções na sinagoga” (1 Tm 3.1; 4.14; 5.17,19; Tt 1.5,7; 1 Pe 5.1,2.

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6. Mestres. O Dicionário Teológico (ibid., p.201)

conceitua o termo “pastores e mestres”. Não existe o termo mestre, unicamente.

“Este dom significa que o pastor, tendo em vista sua responsabilidade como administrador do rebanho, tem de se destacar também como expositor da Palavra de Deus”. Ef 4.11.

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Pastor e Mestre - “Este dom significa que o pastor, tendo em vista sua responsabilidade como administrador do rebanho, tem de se destacar também como expositor da Palavra de Deus”. Ef 4.11.

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George Eldon Ladd (ibid., p.494) explica que “os mestres são também unidos aos profetas em Atos 13.1. A linguagem de Efésios 4.11 sugere que ser pastor e mestre é exercer um único ofício, que contém uma função dupla: a de pastorear e a de ensinar”.

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H. Horton Wiley (Introdução à Teologia Cristã, Casa Nazarena de Publicações no Brasil, 2009, p.388) diz que “o ofício do pastorado tem dupla função – administrativa e instrutiva. Daí os escolhidos para esta posição terem sido conhecidos como ‘pastores e mestres’”.

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7. DiáconosDicionário Teológico - Oficial da igreja,

instituído pelos apóstolos para: a) Socorrer aos necessitados; b) Servir as mesas; e: c) Manter a boa ordem na casa de Deus

(At 6.1-6).

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Função dos diáconos: atuam também como administradores da igreja, proporcionando ao pastor o tempo necessário à oração, preparação de sermões, visitação etc.

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Noutras denominações, todavia, o diácono já não passa de porteiro e recepcionista. Até mesmo as funções básicas do ofício são exercidas pelas componentes do serviço de assistência social. Na prática, o diaconato, em não poucas igrejas, é exercido por mulheres”.

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As mulheres podem ser diaconisas?“Quantos aos versículos de Romanos 16

e 1 Tm 3, os estudiosos ficam divididos entre si a respeito da tradução correta. Seja como for, a história da Igreja fornece evidências no sentido de mulheres servirem na função de diaconisas já a partir do século II...

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... Conforme observa certo estudioso: ‘O evangelho de Cristo deu às mulheres dos tempos antigos uma nova dignidade, e não somente lhes concedeu igualdade pessoal diante de Deus como também lhes ofereceu uma participação no ministério’”.

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AS ORDENANÇAS DA IGREJA - BATISMO E SANTA CEIA

O Batismo nas águas e a Ceia do Senhor são sacramentos ou ordenanças?

Sacramento - “O termo ‘sacramento (que provém de sacramentum, em latim) é mais antigo e aparentemente de uso mais generalizado que o termo ‘ordenança’...

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No mundo antigo, um sacramentum referia-se originalmente a uma soma em dinheiro depositada num lugar sagrado por duas partes envolvidas num litígio civil...

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Pronunciada a sentença do tribunal, devolvia-se o dinheiro da parte vencedora, enquanto a perdedora tinha de entregar o seu para ‘sacramento’ obrigatório, considerado sagrado porque passava a ser oferecido aos deuses pagãos.

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No decurso do tempo, o termo ‘sacramento’ passou a ser aplicado também ao juramento de lealdade prestado pelos novos recrutas do exército romano. Já no século II, os cristãos tinham adotado o termo, e começaram a associá-lo ao seu voto de obediência e consagração ao Senhor”.

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O teólogo Louis Berkhof tem a seguinte definição para sacramento: “Sacramento é uma santa ordenança instituída por Cristo, na qual, mediante sinais perceptíveis, a graça de Deus em Cristo e os benefícios da aliança da garça são representados, selados e aplicados aos crentes, e estes, por sua vez, expressam sua fé e sua fidelidade a Deus”.

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H. Horton Wiley diz que o termo ‘sacramento como usado na teologia, significa um sinal externo e visível de uma graça interna e espiritual que nos é ordenado pelo próprio Cristo como meio para se receber essa graça e como um penhor que nos torna seguros dela. No conceito dos cristãos primitivos os sacramentos eram ritos religiosos que implicavam na mais sagrada obrigação de lealdade à Igreja e a Cristo”.

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... no conceito dos cristãos primitivos os sacramentos eram ritos religiosos que implicavam na mais sagrada obrigação de lealdade à Igreja e a Cristo”.

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O que é ordenanças. Michael During diz que “o termo ‘ordenança’

também se deriva do latim (ordo – ‘uma fileira’, ‘uma ordem’). Relacionada ao batismo nas águas e à Santa Ceia, a palavra ‘ordenança’ sugere que essas cerimônias sagradas foram instituídas por mandamento, ou ‘ordem’ de Cristo”.

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Henry C. “Para evitar encorajar o sacramentarismo, preferimos a palavra ordenanças. Podemos definir ordenança como um rito externo ordenado por Cristo para ser administrado na Igreja, como sinal viável da verdade salvadora da fé cristã. É um sacramento apenas no sentido de ser um voto de fidelidade a Cristo”.

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“Ordenança é um rito simbólico que põe em destaque as verdades centrais da fé cristã, e que é obrigação universal e pessoal. O Batismo e a Ceia do Senhor são ritos que se tornaram ordenanças por ordem específica de Cristo”.

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O Estatuto da Igreja Assembleia de Deus no Rio Grande do Norte (IEADERN, p.6), Capítulo II, DOS MEMBROS E CONGREGADOS, Seção II, Da Admissão, Art. 5º, diz o seguinte: O modo de batismo admitido pela Igreja é por imersão...

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... o Credo (Cremos) da IEADERN (Estatuto, p.47, item 7) afirma: “CREMOS ‘no batismo bíblico efetuado por imersão do corpo inteiro uma só vez em águas, em nome do Pai, do Filho e do Espírito Santo, conforme determinou o Senhor Jesus Cristo (Mt 28.19; Rm 6.1-6; e Cl 2.12)’”.

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1. Batismo nas ÁguasO batismo nas águas “é uma ordenação

de obrigação perpétua na igreja é provado pelos seguintes fatos: (1) Cristo pediu para ser batizado (Mt 3.13-15) e aprovou a prática dessa ordenança por parte dos discípulos (Jo 4.1,2);

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2) Ele ordenou Seus discípulos na Grande Comissão a ensinar e batizar todos os discípulos (Mt 28.19,20; cf. Mc 16.16);

(3) os apóstolos e os primeiros discípulos ensinavam e praticavam o batismo (At 2.38, 41; 8.12, 13, 36, 38; 9.18; 10.47, 48; 16.15. 33; 18.8; 19.5)”.

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“Em Romanos (6.3,4), Gálatas (3.27) e Colossenses (2.12), ele ensina a batizar com água. Certamente, sua própria submissão ao batismo indica que aprovava esse rito (At 9.18; 22.16). Da mesma forma, o apóstolo Pedro dá a entender que o batismo era uma prática regular da igreja (1 Pe 3.21)”.

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O batismo nas águas é identificação com Cristo.

“O propósito importante do batismo nas águas, para os crentes, é que ele simboliza a identificação com Cristo. Os crentes neotestamentários eram batizados ‘para dentro’ (gr. eis) do nome do Senhor Jesus (At 8.16), o que indica que estavam sob o senhorio e autoridade soberanos de Cristo.

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“A ordenança do batismo é símbolo da identificação do crente com Cristo no sepultamento e ressurreição (Rm 6.3,4; Cl 2.12; I Pe 3.2)”.

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George Eldon Ladd (1985:507) diz que “o batismo é rito de admissão na Igreja, mas representa a identificação do crente com Cristo. Os homens são batizados ‘em Cristo Jesus’ (Romanos 6.3). Batismo ‘em Cristo’ significa revestir-se de Cristo (Gál. 3.27). O batismo significa união com Cristo em sua morte e ressurreição (Rom. 6-14; Col. 2.12)”.

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Michael Dusing (ibid., p.570) diz que “o batismo nas águas também significa que os crentes se identificaram com o corpo de Cristo, a Igreja. Os crentes batizados são admitidos na comunidade da fé e, com sua atitude, testificam publicamente diante do mundo sua lealdade a Cristo, juntamente com o povo de Deus”.

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2. A Ceia do Senhor“Assim como o batismo, esta ordenança

tem feito parte do culto cristão desde o ministério terreno de Cristo, quando Ele próprio instituiu o rito na refeição da Páscoa, na noite em que foi traído...

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... a Ceia do Senhor tem alguns paralelos em outras tradições religiosas (tais como a Páscoa judaica; outras religiões também se avaliam de refeições sacramentais para se identificar com suas deidades), mas ela vai muito além quanto ao seu significado e importância”.

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O comentarista da Bíblia de Genebra (1999:1360) diz que “a Ceia do Senhor é um ato de culto que tem a forma de uma refeição cerimonial, na qual os servos de Cristo participam do pão e do vinho, para comemorar a morte de Cristo e celebrar o novo relacionamento segundo a aliança que eles desfrutam com Deus”.

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A Ceia do Senhor apresentada no passado, presente e futuro:

1. No passado - (a) É um memorial; (b) É um ato de ação de graças (gr. eucharistia) pelas bênçãos e salvação da parte de Deus, provenientes do sacrifício de Jesus Cristo na cruz por nós.

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2. No presente - a) A Ceia do Senhor é um ato de comunhão (gr. Koinonia) com Cristo e de participação nos benefícios da sua morte sacrificial e, ao mesmo tempo, comunhão com os demais membros do corpo de Cristo (10.16,17).

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(b) É o reconhecimento e a proclamação da Nova Aliança (gr. Kaine diatheke) mediante a qual os crentes reafirmam o senhorio de Cristo e nosso compromisso de fazer a sua vontade, de permanecer leais, de resistir o pecado e de identificar-nos com a missão de Cristo (v. 25; Mt 26.28; Mc 14.24; Lc 22.20)”.

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3. No futuro - (a) A Ceia do Senhor é um antegozo do reino futuro de Deus e do banquete messiânico futuro, quando então, todos os crentes estarão presentes com o Senhor (Mt 8.11; 22.1-14; Mc 14.25; Lc 13.29; 22.17, 18, 30. (b) Antevê a volta iminente de Cristo para buscar o seu povo (v. 26) e encena a oração: ‘Venha o teu Reino’ (Mt 6.10; cf. Ap 22.20)”.

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João Wesley (fundador da Igreja Metodista), o homem que dizia: “Meu fundamento é a Bíblia. Sim, sou intransigentemente a favor da Bíblia. Sigo-a em todas as coisas, grandes ou pequenas.”

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“Portanto, se tivermos respeito à ordem de Cristo, se desejarmos o perdão dos nossos pecado, força para cremos, para amarmos e obedecermos a Deus, não devemos perder nenhuma oportunidade de participação da Ceia do Senhor; não devemos virar as costas para a festa que o Senhor nos preparou...

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... não devemos perder nenhuma ocasião que a providência de Deus nos prepare neste sentido. Esta é a regra verdadeira: devemos praticá-la todas as vezes que Deus nos der oportunidade...

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... todos aqueles que a não praticam, mas fogem da mesa santa, quando tudo está preparado, não compreendem o seu dever ou não dão importância à ordem do seu Salvador, ao perdão dos seus pecados, ao fortalecimento da sua alma e sua tranquilização pela esperança da glória”.

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Obs. Importantes: Vamos conhecer os conceitos da Igreja

Católica, da Igreja Luterana e da Igreja Reformada sobre a Ceia do Senhor. Para efeito didático, vamos enumerar:

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1) Igreja Católica Romana - O conceito católico romano é chamado de transubstanciação.

“O pão se torna carne o vinho se torna sangue, mediante a consagração do sacerdote. E continuam tais permanentemente”.

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“a doutrina da transubstanciação como a sustentam os Católicos Romanos, envolve a interpretação das palavras ‘isto é o meu corpo’ e ‘isto é o meu sangue’ no sentido mais literal possível. Acreditam que quando nosso Senhor pronunciou estas palavras, transformou pão e o vinho no Seu próprio corpo e no Seu próprio sangue, passando-os assim às mãos dos apóstolos”.

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“No ministrar tradicional do sacramento, o cálice foi afastado dos leigos, sendo tomado apenas pelo clero. A razão principal era o perigo de o sangue ser derramado. Pois caso o sangue de Jesus fosse pisado, isso seria um sacrilégio”.

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2. Igreja Luterana - O conceito católico luterano é chamado de consubstanciação.

Aurélio diz que consubstanciação é a “união de dois ou mais corpos na mesma substância”.

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“A concepção luterana difere da concepção católica romana em muitos pontos, mas não em todos. Lutero manteve a concepção católica de que o corpo e o sangue de Cristo estão fisicamente presentes nos elementos. O que Lutero negou foi à doutrina católica da transubstanciação...

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... as moléculas não são transformadas em carne e sangue. Mas o corpo e o sangue de Cristo estão presentes ‘em, com e sob’ o pão e o vinho. Não que o pão e o vinho tornem-se corpo e sangue de Cristo, mas que agora temos o corpo e o sangue, além do pão e do vinho”.

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3. A concepção Zwingliana - “a posição zuingliana é mais conhecida hoje como teoria memorial. Enfatiza que a Comunhão é um rito que comemora a morte do Senhor e a sua eficácia para o crente.

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Zuínglio rejeitava qualquer noção da presença física de Cristo à mesa (quer transformação nos elementos, quer junto com os elementos. Ensinava, pelo contrário, que Cristo estava espiritualmente presente para os da fé”.

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4. A concepção Calvinista (ou reformada).

Millard Erickson (ibid., p.470) diz que “a concepção reformada sustenta que Cristo está presente na ceia do Senhor, mas não em forma física ou corpórea. Antes, sua presença no sacramento é espiritual ou dinâmica”.

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“A Ceia do Senhor é um memorial; é também um emblema ou sinal da profissão; e é também uma apresentação simbólica dos grandes fatos da expiação na morte de Cristo. O corpo e o sangue de Cristo não são recebidos corporalmente, mas o que Jesus fez mediante o seu corpo e o seu sangue é recebido por aqueles que participam com fé”.

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“É provável que a maioria dos pentecostais se sinta teologicamente mais à vontade com as posições expressas por zuinglianos ou reformados”.

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O PODER DA IGREJA - Mt 16.13-191. Cristo, a fonte de poder da Igreja.O Senhor diz: “É-me dado todo o poder

no céu e na terra” (Mt 28.18).

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Ele a governa como Rei, no sentido administrativo. Ele é a Cabeça da Igreja, ou seja, o Chefe Supremo. O Espírito Santo deixou escrito: “E sujeitou todas as coisas a seus pés e, sobre todas as coisas, o constituiu como cabeça da igreja, 23que é o seu corpo, a plenitude daquele que cumpre tudo em todos” (Ef 1.22,23). Ap 2.1,8,12,18; 3.1,7,14.

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Cristo revestiu a Igreja de poder ou autoridade.

Mt 16.19 diz: “E eu te darei as chaves do Reino dos céus, e tudo o que ligares na terra será ligado nos céus, e tudo o que desligares na terra será desligado nos céus”.

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Louis Berkhof (ibid., p.589) diz que “Cristo deu este poder, antes de tudo e no grau supremo, aos apóstolos, mas também o estende, embora em menor grau, à igreja em geral”.

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Cristo deu poder a Igreja em geral. A autoridade é extensiva, ou seja, ela

vai de Cristo para os apóstolos, e a Igreja de todas as épocas. É recomendável que leiamos At 15.23-29; 16.4; 1 Co 5.1-13; 6.2-4; 12.28; Ef 4.11-16.

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2. A Natureza do Poder da Igreja.Roger Mucchielli diz que “a delegação de

autoridade” “supõe confiança de quem delega e o senso de responsabilidade por parte de quem recebe a delegação”.

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O Poder exercido pela Igreja é espiritual.“É um poder espiritual porque é dado

pelo Espírito de Deus, At 20.28, só pode ser exercido em nome de Cristo e pelo poder do Espírito Santo, Jo 20.23; 1 Co 5.4, pertence exclusivamente aos crentes, 1 Co 5.12, e só pode ser exercido de maneira moral e espiritual, 2 Co 10.4”.

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O poder espiritual exercido pela Igreja tem “o propósito de livrar os homens da escravidão espiritual infundindo-lhes o conhecimento da verdade, cultivando neles graças espirituais, e levando-os a uma vida de obediência aos preceitos divinos. Não é um poder exercido pela força. Visto que o poder da igreja é exclusivamente espiritual, não recorre à força”

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Leituras importantes: Zc 4.6; Mt 12.22, 28; Jo 8.32, 36.

2. O Poder Ministerial.O poder exercido pela “igreja não é um

poder independente soberano” (ibid., p.599), mas é um poder “derivado de Cristo e subordinado a Sua autoridade soberana sobre a Igreja Mt 28.18...

DOUTRINA DA IGREJA

... Deve ser exercido em harmonia com a Palavra de Deus e sob a direção do Espírito Santo, por meio de ambos os quais Cristo governa a Sua igreja, e em nome do próprio Cristo como Rei da igreja, Rm10.14; Ef 5.23; 1 Co 5.4...

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Todavia, é um poder muito real e abrangente, que consiste na administração da Palavra e dos sacramentos, Mt 2.819, na determinação do que é e do que não é permitido no reino de Deus, Mt 16.19, no perdão e na retenção do pecado, Jo 20.23, e no exercício da disciplina na Igreja, Mt 1.18; 18.17; 1 Co 5.4; Tt 3.10; Hb 12.15-17”

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A DISCIPLINA NA IGREJA - 1 CO 5.1-5,13; 1 CO 14.33

1. A disciplina é ensino das Escrituras Sagradas. (Mt 18.15-18).

DOUTRINA DA IGREJA

Jesus “instituiu a disciplina na igreja quando deu aos apóstolos e, em conexão com a palavra destes, também à igreja em geral o poder de ligar e desligar, de declarar o que proibido e o que é permitido, e de perdoar e reter pecados declarativamente, Mt 16.19; 18.18; Jo 20.23. E é somente porque Cristo deu este poder à igreja que ela pode exercê-lo”.

DOUTRINA DA IGREJA

Leituras indispensáveis: 1 Co 5.2, 5, 7, 13; 2 Co 2.5-7; 2 Ts 3.14, 15; 1 Tm 1.20; Tt 3.10.

O exercício da disciplina é feito pelos oficiais da Igreja.

O exercício da disciplina é competência dos oficiais da Igreja (1 Co 5.5; 2 Ts 3.14,15; 1 Tm 1.20).

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A Aplicação correta da disciplina. A disciplina exercida de modo correto

edifica espiritualmente os membros da Igreja. É a forma de manter a santidade nela.

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“Com referência a membros enfermos da igreja, a disciplina é antes de tudo medicinal, no sentido de que procura a cura, mas pode tornar-se cirúrgica, quando o bem-estar da igreja exige a amputação do membro enfermo”.

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“As igrejas que relaxarem na disciplina, descobrirão mais cedo ou mais tarde em sua esfera de influência um eclipse de luz da verdade e abusos nas coisas santas. Daí, a igreja que quiser permanecer fiel ao seu ideal, na medida em que isto é possível na terra, deverá ser diligente e conscienciosa no exercício da disciplina cristã”.

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A finalidade da disciplina é a salvação daquela pessoa (1 Co 5.5).

A disciplina deve ser exercida com a finalidade de perdão, consolo e amor. 2 Co 2.7,8, 1 Co 5.9-13.

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O Estatuto da Igreja Evangélica Assembleia de Deus no Rio Grande do Norte, Seção V, Das Penalidades, a partir do Art. 10 até o Art. 13, retrata sobre a disciplina na Igreja. É recomendável que seja do conhecimento de todos.

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A MISSÃO DA IGREJAAurélio diz que missão é: “Função

especial da qual um governo encarrega diplomata(s) ou agente(s) junto a outro país; comissão diplomática”.

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O Dicionário Teológico (CPAD, 1997:182) conceitua missão, assim: “[Do lat. Missio] Transmissão consciente e planejada das Boas Novas de Cristo além das fronteiras nacionais e culturas”.

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David J. Hesselgrave diz que “a missão primária da Igreja e, portanto, das igrejas, é proclamar o evangelho de Cristo e reunir os crentes em igrejas locais onde podem ser edificados na fé e tornados eficazes no serviço, e assim implantar novas congregações no mundo inteiro”.

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1. A missão da Igreja é “Glorificar a Deus”.

Fomos criados por Deus para louvor de sua glória. Rm 15.5, 6, 9; Ef 1.5, 6, 12, 14, 18; 3.20, 21; 2 Ts 1.12; 1 Pe 4.11.

2. A missão da Igreja é “Edificar a si Própria”. Ef 4.8-16

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3. A Missão da Igreja é “Evangelizar o Mundo”.

Leituras adicionais: Mc 16.15; Lc 24.46-48; At 1.8.

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“As Escrituras não nos mandam ‘converter’ mas sim ‘evangelizar’ o mundo. Com isso quer dizer que a Igreja é devedora ao mundo todo, isto é, que a Igreja está sob a obrigação de dar ao mundo toda uma oportunidade de ouvir o Evangelho e de aceitar a Cristo...

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... sabemos que não o mundo que vai aceitar a Cristo; mas a Igreja está comissionada a dar a todo o mundo uma oportunidade de ficar sabendo a respeito Dele e aceitar Sua salvação. Deus está hoje conclamando dentre os gentios um povo para Seu nome (At 15.14 e seguintes), e fá-Lo através da Igreja e por Seu Espírito”.