Dos efeitos colaterais provocados pelos …...Dos efeitos colaterais provocados pelos neurolépticos...

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Dos efeitos colaterais provocados pelos neurolépticos o mais estudado é a Impregnação Neuroléptica.

Estes efeitos colaterais, com origem no Sistema Nervoso Central, podem ser divididos em cinco tipos:

Ocorre com freqüência nas primeiras 48 horas de uso de antipsicóticos. Clinicamente observa-se movimentos espasmódicos da musculatura do pescoço, boca, língua e às vezes um tipo de opistótono (extensão extrema do corpo) com crises oculógiras (movimento circular do globo ocular ou fixos para cima).

Acontece após a primeira semana de uso dos antipsicóticos. Clinicamente há um tremor de extremidades, hipertonia e rigidez muscular, hipercinesia (movimentação excessiva) e fácies inexpressiva. O tratamento com antiparkinsonianos é eficaz.

Para prevenir os efeitos colaterais usamos a Prometazina - Fenergam® ou Biperideno - Akineton® por via oral.

Ocorre após o terceiro dia de uso da medicação. É caracterizado por inquietação psicomotora, desejo incontrolável de movimentar-se e sensação interna de tensão. O paciente assume uma postura típica de levantar-se a cada instante, andar de um lado para outro e, quando compelido a permanecer sentado, não para de mexer suas pernas.

Aparece após o uso crônico de antipsicóticos (geralmente após 2 anos). É caracterizada por movimentos involuntários, principalmente da musculatura oro-língua-facial, ocorrendo protrusão da língua com movimentos de varredura látero-lateral, acompanhados de movimentos sincrônicos da mandíbula. O tronco, os ombros e os membros também podem apresentar movimentos discinéticos.

Trata-se de uma forma raríssima de toxicidade provocada pelo antipsicótico. É uma reação adversa, tal como uma espécie de hipersensibilidade à droga. Clinicamente se observa uma intensa hipertermia (de origem central). Leva a óbito numa proporção de 20 a 30% dos casos.

É uma técnica moderna para o tratamento da depressão e de outras desordens psiquiátricas . É chamada de TMS (Transcranial Magnetic Stimulation).Vem sendo usada ao redor do mundo há aproximadamente 8 anos e, no Brasil, desde 2000.O método é indolor, não requer uso de medicações e é praticamente isento de efeitos colaterais. Consiste na colocação de uma bobina encostada à cabeça do paciente. Essa bobina emite pulsos magnéticos na região pré-frontal do cérebro que atravessam o crânio de forma semelhante à das ondas da Ressonância Magnética.

Quando atingem o neurônio, esses pulsos disparam um impulso nervoso, que é transmitido a outros neurônios. O campo de ação é bastante focalizado. Por exemplo, quando a bobina é colocada próxima à área motora do cérebro, o impulso emitido provoca a movimentação dos músculos da parte do corpo referente à área estimulada. Por isso a TMS é uma técnica mais moderna: age diretamente na área afetada pela doença.

                          

      

                          

      

No caso da depressão e de alguns transtornos como Obsessivo Compulsivo, a área do cérebro estimulada é a pré-frontal dorsolateral. Os neurônios dessa região, ao serem atingidos pelos pulsos magnéticos, disparam impulsos nervosos para a liberação de neurotransmissores (serotonina, noradrenalina, dopamina, etc).

Esta área, encontra-se o fluxo sanguíneo diminuído na depressão, voltando a um funcionamento normal após o tratamento.

TMS de baixa freqüência é aplicada sobre o córtex pré-frontal dorsolateral direito, numa posição a 5 cm do ponto de máxima estimulação da área motora.Durante a aplicação da TMS, o paciente usa um tampão de ouvido para prevenir trauma acústico.

Uma representação tridimensional do campo magnético produzido na superfície de uma bobina circular de 90 mm. A estimulação, portanto, ocorre de fato sob o anel da bobina e não em seu centro.

•O mais notável avanço tem sido com as bobinas duplas (também chamadas "butterfly"— borboleta ou "bobina em figura de 8").

•As bobinas duplas utilizam duas espirais normalmente colocadas lado a lado. Uma representação tridimensional do campo magnético produzido na superfície de uma bobina dupla de 70 mm é mostrada na figura correspondente

                                                               

A terapia convulsiva (ECT) foi introduzida, em 1938, por Cerletti e Beni. E apesar das controvérsias, continua sendo considerada um recurso terapêutico extremamente eficaz.

Sua indicação é precisa nos quadros depressivos graves, com risco de suicídio iminente. Também é uma opção, quando se quer abortar uma crise maníaca grave, e nos quadros de esquizofrenia.

Previamente à realização do procedimento, o paciente deverá realizar exames de sangue, ECG, TC de crânio, RX de tórax.

O paciente será submetido a uma anestesia, e deve estar em jejum.Pode ocorrer cefaléia, enjôo, tonturas, no dia. A alteração de memória é o efeito colateral freqüente, durante o período de tratamento, cessadas as aplicações a alteração de memória desaparece. Casos mais complicados permaneceram com amnésia

por seis meses.A ECT é extremamente segura, quando indicada por médico com experiência, procedimentos prévios tomados, realizada em local adequado, paciente monitorizado, equipamento moderno, e com equipe experiente, que deve estar composta de um anestesista, um psiquiatra e uma enfermeira.