Doping

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Doping no esporte de Alto rendimento

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UNIVERSIDADE ESTADUAL DE FEIRA DE SANTANA

 DEPARTAMENTO DE CIÊNCIAS BIOLÓGICAS

MARCELO TROTTE MOTTA

MESTRE EM BIOTECNOLOGIA

PROFESSOR DE FISIOLOGIA HUMANA E FISIOLOGIA DO EXERCÍCIO

UEFS

O QUE É ...DOPING?

• É o uso de substâncias naturais ou sintéticas visando a

melhora do desempenho dos atletas em competições

• O uso de substâncias artificiais ou métodos para

aumentar o desempenho atlético é chamado de doping.

História

• China - 2737 a. C. (efedra)

• Grécia – 300 a. C (cogumelo)

• América do Sul – (coca)

• 1806 – Friedrich Sertuner (morfina)

Efedra X Asma

Grécia

América do Sul

Friedrich Sertuner

Friedrich Serturner (1783-1841)Serturner was the first successful scientist in isolating

morphene crystals from the poppy plant, in effect creating a much stronger and more effective painkiller.

• 1886 – Morte do ciclista Linton (nitroglicerina e cocaína)

• 1919 – Ogata (síntese de anfetamina)

• 1960 Jogos Olímpicos de Roma – 3 mortes foram descritas

• Décadas de 40 e 50 – cromatografia gasosa

Arthur Linton

O composto relacionado metanfetamina foi primeiro sintetizado a partir da efedrina no Japão em 1918 pelo

químico Akira Ogata

Roma

Cromatografia

• A cromatografia é uma técnica da química analítica utilizada para a separação de misturas e substâncias.

• Espectofotômetria de massa – Pode determinar

na urina a presença e dosagem da maioria das

substâncias listadas como proibidas.

• 1955 – Federação mundial de ciclismo inicia o

trabalho de análise de urina

• 1964 Tóquio – UNESCO E COI inicio do

combate a dopagem

• 1968 Jogos Olímpicos de Inverno Grenoble

França – Unificação das deliberações e leis

existentes

Tokyo

Grenoble

SUBSTÂNCIAS PROIBIDAS

• S1. AGENTES ANABÓLICOS

• 1. Esteróides anabólicos androgênios (EAA)

• a. EAA exógenos (que o corpo não produz naturalmente)

• 1-androstenediol

• 1-androstenediona

• Bolandiol

• Bolasterona

• Boldenona

• Boldiona

• Calusterona

• Clostebol

• Danazol

• Dehidroclorometiltestosterona

• Desoximetiltestosterona

• Drostanolona

• Estanozolol – Winstrol V

• Estembolona

• Etilestrenol

• Fluoximesterona

• Formebolona

• Furazabol

• Gestrinona

• 4-hidroxitestosterona

• Mestanolona

• Mesterolona

• Metandienona

• Metandriol

• Metasterona

• Metenolona

• Metildienolona

• Metil-1-testosterona

• Metilnortestosterona

• Metiltrienolona

• Metiltestosterona

• Mibolerona

• Nandrolona - Durabolin

• 19-norandrostenediona

• Norboletona

• Norclostebol

• Noretandrolona

• Oxabolona

• Oxandrolona - Oxandril

• Oximesterona

• Oximetolona – anadrol 50

• Prostanozol

• Quimbolona

• 1-testosterona

• Tetrahidrogestrinona

• Trembolona

• E outras substancias com estrutura química semelhante

ou efeito(s) biológico(s)similar(es).

Medicamentos

• Exemplos de medicamentos proibidos por conterem fármacos desta classe:

• Berotec, Dimetrose, DHEA, Dianabol, Deca-durabolin,

Hemogenin, Ladogal, Longevit, Longevit plus, Novaderm

(creme e creme ginecológico), Proviron, Trofodermin

(creme e creme ginecológico) e Winstrol.

TIPOS DE ESTERÓIDES ANABOLIZANTES

• Orais: Via comprimido, na sua ingestão passa pelo estômago, é absorvido pelo intestino, processado pelo fígado, então vai para a corrente sangüínea.

• O fígado tenta eliminar tudo que for considerado tóxico pelo organismo, e isso ocorre com os esteróides anabolizantes.

• A tendência do fígado é destruir qualquer substância estranha ao corpo humano, de forma que cientistas tiveram de modificar a estrutura química da maior parte dos esteróides orais para evitar que estes fossem destruídos no fígado.

• A estrutura química dos esteróides foi alterada por um processo denominado de 17 alpha alcalinização.

• A indústria farmacêutica encontrou uma maneira de evitar que o fígado destruísse os esteróides através de um processo de alcalinização.

• A alcanização provoca uma sobrecarga no fígado que acaba danificado por um esforço para combater algo que não consegue processar.

Oximetolona

• Esta droga é conhecida como o esteróide oral mais perigoso que um culturista pode tomar.

• Ele ocasiona um rápido ganho de força e volume

muscular.

• Alta toxicidade ao fígado

• Injetáveis: Os esteróides injetáveis são menos nocivos do que os orais, por não passar por um processo de alcalinização.

• Esse tipo de esteróide passa pela corrente sangüínea através de via muscular.

• Uma das vantagens é que a base oleosa permanece na corrente sangüínea com uma longa duração, visto que o óleo demora para se dissipar no local da aplicação devido a sua viscosidade.

• As desvantagens dos anabolizantes injetáveis é que são mais tóxicos para os rins e são desconfortáveis devido a sua forma de aplicação:

EAA

• Esteróides anabólicos androgênicos (EAA) ou simplesmente hormônios esteróides são drogas que se assemelham a testosterona

• Na verdade, são substâncias modificadas quimicamente, a partir da molécula de testosterona, tendo como objetivos diminuir a velocidade de degradação do hormônio original, bem como, tentar evitar os seus efeitos masculinizantes (androgênicos).

• Os esteróides anabólicos funcionam de maneira semelhante à testosterona

• Ao unir-se com áreas receptoras especiais no músculo e em outros tecidos a testosterona contribui para as características sexuais masculinas secundárias, incluindo as diferenças sexuais na massa e na força musculares que se manifestam no início da puberdade

• A manipulação sintética da estrutura química dos esteróides para aumentar o crescimento muscular reduz os efeitos androgênicos ou masculinizantes do hormônio

• Os hormônios masculinos, principalmente a testosterona, são parcialmente responsáveis pela enorme mudança no desenvolvimento devido aos seus efeitos androgênicos e anabólicos.

• Efeitos androgênicos - São as mudanças que ocorrem nas características sexuais primárias (aumento do pênis e testículos), e secundárias (engrossamento da voz; crescimento de cabelos na face, axilas e áreas genitais; e aumento da agressividade).

• Efeitos anabólicos - Incluem o crescimento acelerado

dos músculos, ossos, células vermelhas do sangue, e

aumento da condução neural (estímulo nervoso).

• Os EAA têm sido elaborados com o objetivo de

aumentar as propriedades anabólicas dos andrógenos

e minimizar os efeitos androgênicos relacionados.

• b. EAA endogenos (que o corpo produz naturalmente), quando administrados por via exogena:

• Androstenediol

• Androstenediona

• Dihidrotestosterona

• Prasterona

• Testosterona

E os seguintes metabólicos e isômeros

• 5α-androstene-3α,17α -diol;

• 5α -androstene-3α,17B-diol;

• 5α -androstene-3B,17α -diol;

• 5α -androstene-3B,17B-diol;

• 4-androstene-3α,17α -diol;

• 4-androstene-3α,17B-diol;

• 4-androstene-3B,17α -diol;

• 5-androstene-3a,17α -diol;

• 5-androstene-3B,17α -diol;

• 5-androstene-3α,17B-diol;

• 4-androstenediol;

• 5-androstenediona;

• 3α -hidroxi-5α -androstan-17-ona;

• 3B-hidroxi-5α -androstan-17-ona;

• 19-norandrosterona;

• 19-noretiocolanolona;

• Epi-dihidrotestoterona;

• Epitestosterona.

Durateston

• Testosterona é capaz de promover crescimento muscular e queda da taxa de gordura.

• Ela entra na célula por lipossolubilidade e se liga a um receptor androgênico (AR) no citoplasma.

• Esse complexo testosterona-AR entra no núcleo e se liga a zona GRE (promotora) do DNA promovendo uma maior transcrição (DNA - mRNA) e tradução (mRNA - síntese proteica).

• Isso faz com que as células musculares aumentem sua quantidade de proteínas contráteis (actina e miosina) o que faz o músculo crescer.

• Ela também protege seu músculo do catabolismo e dos hormônios glicocorticóides

• Ela também tem a capacidade de estimular a eritropoiese/eritrogênese (produção de células vermelhas) nos rins.

• Maior contagem de células vermelhas no sangue pode melhorar a resistência por "produzir" um sangue mais oxigenado.

• Mais células vermelhas também podem aumentar a recuperação após uma atividade física estressante.

• O nível de agressividade também cresce bastante com o uso de testosterona exógena.

• Testosterona melhora a contração muscular através do aumento de unidades motoras no músculo.

• Melhora a transmissão neuromuscular.

• Ela também promove a síntese de glicogênio.

• Ela será convertida no hormônio femino estrógeno (pela via da aromatização) pela ação da enzima aromatase.

• A aromatase pertence ao grupo das enzimas do citocromo p450 e age como mediador da aromatização de andrógenos em estrógenos.

• Estrógeno em doses excessivas pode causar efeitos colaterais como: acne, o aumento do tecido mamário (ginecomastia), ganho de gordura e diminuição da lipólise, perda do desejo sexual, atrofia testicular e retenção hídrica que pode aumentar a pressão arterial.

• 5-alfa redutase é uma enzima que converte a testosterona, o hormônio sexual masculino, em um outro mais potente, a dihidrotestosterona

• DHT tem uma forte interação com tecidos que levam a queda de cabelo em usuários que apresentam tendência genética para tal.

• Além disso, o DHT pode afetar a próstata causando uma hiperplasia e podendo levar a problemas urinários.

• As drogas inibidoras dessa enzima (Finasterida) podem evitar esses efeitos sem bloquear a ação anabólica da testosterona.

• Doses altas de testosterona também têm um impacto negativo no colesterol, diminuindo a taxa de HDL.

2. Outros agentes anabolisantes, incluindo mas não limitados a:

• Clembuterol – É um ß-2 (Beta) agonista usado clinicamente como bronquiodilatador no tratamento de asma.

• Aumenta o peso corporal, diminui a quantidade de gordura e estimula o crescimento muscular

• Facilita a responsividade dos receptores adrenérgicos à norepinefrina, epinefrina e outras aminas adrenérgicas circulantes

• No mundo do culturismo, esta droga vem sendo utilizada por ter efeito anti-catabólico alem do efeito lipotrópico.

• O clembuterol não elimina gordura através do mecanismo comum de aceleração do metabolismo, como a efedrina e drogas para a tiróide.

• O clembuterol ativa as células gordurosas marrom do corpo.

• Estas células estão usualmente dormentes, mas quando ativadas queima as células gordurosas brancas, o que torna a pele mais fina e os músculos mais visíveis.

• Como anabólico ou anti-catabólico, o clembuterol não é tão potente como os esteróides anabólicos

• Pode aumentar significativamente a massa magra em alguns atletas; enquanto em outros, não provoca qualquer mudança na massa magra a não ser um pequeno aumento.

• Uma das desvantagens do uso de clembuterol é o maciço fechamento dos receptores, ou seja, o clembuterol passa a não mais promover os efeitos desejados.

• Os efeitos colaterais diferem de pessoa para pessoa, sendo que os mais comuns são dores de cabeça, tremores, taquicardia e agitação. Usualmente os efeitos colaterais desaparecem após duas ou três semanas de uso.

• Existem beta-agonistas (salbutamol, salmeterol e terbutalina) que são permitidas no desporto desde que consumidas por inalação e sob prescrição médica.

• Por possuírem efeitos anabolizantes, os seus consumidores podem sofrer de arritmia e distúrbios nervosos, como tremedeiras, excitação e ansiedade.

• Os medicamentos utilizados no tratamento da asma podem ser genericamente divididos em dois grandes grupos:

• Agentes antiinflamatórios, conhecidos como profiláticos

• Broncodilatadores, denominados de sintomáticos ou medicação de alívio

• Os antiinflamatórios interrompem o desenvolvimento da inflamação brônquica e têm uma ação profilática

• Os corticosteróides (CS) são freqüentemente utilizados no tratamento da asma por sua potente ação antiinflamatória.

RESPOSTAS INFLAMATÓRIAS E IMUNES

• Imediatamente após uma lesão tissular localizada, provocada por infecção, agentes químicos ou traumatismo, ocorre uma dilatação de capilares

• Estas respostas são mediadas, em parte, por prostaglandinas, tromboxanas e leucotrienos

• Estas substâncias (respostas) são inibidas profundamente pelo cortisol (resultado da supressão de ácido aracdônico precursor de muitos mediadores imunes)

• O cortisol induz a síntese de uma proteína (lipocortina) inibidora da fosforilase A2 que é a enzima responsável pela liberação do ácido aracdônico a partir de fosfolipídeos de membrana

Ação Antiinflamatória

• Inativação das células endoteliais, impedindo a migração de neutrófilos

• Inibição da migração de outras células dos vasos para os tecidos.

• Intensa ação sobre a produção de substâncias que provocam inflamação (mediadores pró-inflamatórios)

• Eles inibem a produção de IL-1, colagenase, elastase e ativador do plasminogênio.

• Estimulam a formação de proteínas tais como a lipocortina que inibe a fosfolipase A2, enzima essencial para o metabolismo do ácido araquidônico e seus produtos inflamatórios.

Agentes Broncodilatadores

• Beta-adrenérgicos agonistas: São drogas que relaxam a musculatura das pequenas vias aéreas e inibem a liberação de mediadores dos mastócitos e basófilos, bem como melhoram o batimento mucociliar.

• Na última década foram introduzidos os beta-2 adrenérgicos de longa duração (12 horas): salmeterol (Serevent spray ®; Serevent Rotadisks ® e Formoterol (Foradil ®), que têm se mostrado bastante eficientes no controle sintomático, particularmente nos casos de asma noturna.

• Modeladores seletivos dos receptores dos androgênios (SARMs),

• Tibolona - É um esteróide sintético que combina atividade estrogênica, progestogênica e uma fraca ação androgênica

• Indicado no tratamento de sintomas vasomotores da síndrome climatérica e profilaxia de osteoporose.

Tibolona

• Tibolona - É um esteróide sintético que combina atividade estrogênica, progestogênica e uma fraca ação androgênica

• Indicado no tratamento de sintomas vasomotores da síndrome climatérica e profilaxia de osteoporose.

• Hiperlipidemia (tem efeito deletério sobre o HDL )

• Insuficiência Renal ou Hepática

• Hipercalcemia associada a tumores ou doença óssea

• Diabetes mellitus

• Depressão (a tibolona compete com antidepressivos em geral diminuindo seus efeitos, não atua beneficamente sobre sintomas depressivos)

• Zeranol

• Zilpaterol

S2. HORMÔNIOS E SUBSTÂNCIAS CORRELATAS

• 1. Agentes estimuladores da eritropoese (ex.: Eritropoietina (EPO), darbopoietina (dEPO), hematide)

• 2. Hormonio do Crescimento (GH), Fatores de crescimento semelhantes a Insulina (Ex.: IGF1) e Fatores Mecanicos de Crescimento (FMCs)

• 3. Gonadotrofina Corionica (hCG) e Hormonio Luteinizante (LH), em homens;

• 4. Insulinas

• 5. Corticotrofinas.

Papel Da EPO

• Estimular a produção de pró-eritroblastos a

partir de células troncos hemopoiéticas na

medula óssea

GONADOTROFINAS CORIÔNICAS

• As gonadotrofinas coriônicas podem ser de origem humana ou recombinantes.

• Simulam a ação do LH, e auxiliam a amadurecer os folículos ovarianos (óvulos).

Insulina

• A insulina consta na relação de produtos proibidos pela IAAF (permitido apenas para dependentes de insulina). Ela é utilizada na dopagem devido as suas possíveis propriedades anabólicas e rapidez na recuperação do organismo após grandes esforços.

• Os efeitos colaterais são semelhantes aos

percebidos com pessoas que utilizam o

hormônio do crescimento: alterações na

estrutura esquelética, alargamento dos dedos

das mãos e dos pés, aumento da cavidade

ocular e prolongamento do queixo (conhecido

como acromegalia),

• Possibilidade de osteoporose e artrites,

hiperglicemia, diabetes, aumento da

concentração sangüínea de lipídios, retenção de

líquido, hipertensão, problemas

cardiovasculares, crescimento dos órgãos

internos, cardiomiopatias hipertróficas, câncer.

Corticotrofinas

• Corticotrofina (ACTH, tetracosactideo)

corticotrofina tem sido usado incorretamente

para aumentar notavelmente o nível

decorticosteróides endógenos no sangue para

obter o efeito eufórico dos corticosteroides

S3. BETA-2 AGONISTAS

• Todos os beta-2 agonistas, incluindo seus isomeros D- e

L- são proibidos.

• Portanto, formoterol, salbutamol, salmeterol e

terbutalina, quando administrados por inalação, também

requerem uma Isenção de Uso Terapêutico de acordo

com a seção relevante do Padrão Internacional para

Isenções de Uso Terapêutico.

• Quando inalados, os agonistas beta-2 relaxam o músculo liso nas vias aéreas de pacientes com asma, simulando as ações adrenalilna e noradrenalina.

• Quando injetadas na corrente sangüínea, essas drogas podem aumentar o volume de massa muscular (efeito anabólico)

• O efeito anabólico parece afetar diretamente a fabricação de proteínas nos músculos, que é independente dos efeitos nervosos ou cardiovasculares.

S4. MODULADORES E ANTAGONISTAS HORMONAIS

• 1. Inibidores da aromatase, incluindo, mas não limitados a: anastrazol, letrozol, aminoglutetimida, exemestano, formestano, testolactona.

• 2. Moduladores seletivos dos receptores de estrogênio (MSRE), incluindo mas não limitados a:raloxifeno, tamoxifeno, toremifeno.

• A Ginecomastia pode ter várias causas, entre estas o uso de medicações anabolizantes (testosterona e derivados)

• Causa - Aromatização que leva à conversão de testosterona e derivados em estrógenos.

• O desequilíbrio hormonal resultante age nos receptores das mamas, feminilizando-as.

Anastrazol

• O inibidor de aromatase geralmente usado em fisiculturismo é aminoglutetimida (Cytadren).

• Esta droga também inibe uma enzima (desmolase) necessária para síntese de cortisol, mas felizmente, pode ser inibida a aromatase com níveis de droga que causem só inibição limitada de desmolase.

O tamoxifeno costuma ter três definições:

• anti-estrógeno (anti-e, que é uma definição errada)

• trifeniletileno

• Modulador seletivo dos receptores estrogênicos (MSRE, que é a definição correta)

SARMs

• Os MSREs são compostos com atividades estrogênicas

seletivas nos diversos tecidos.

• Os objetivos farmacológicos desses fármacos são

produzir ações estrogênicas nos tecidos onde elas são

benéficas (ossos, cérebros e fígado) e não ter qualquer

atividade ou produzir ação antagonista em tecidos como

mama e endométrio onde as ações estrogênicas

poderiam ser deletérias.

Uso• Prevenção da ginecomastia. Ele faz isso competindo

com o estrógeno pelo receptor estrogênico mamário.

• O tamoxifeno não é o composto mais potente, mas é provavelmente o mais seguro, uma vez que não reduz os níveis circulantes de estradiol que podem ter alguns benefícios no crescimento muscular.

• Estrógeno também é importante no funcionamento do sistema imunológico.

• 3. Outras substancias anti-estrogenicas, incluindo mas não limitados a: clomifeno, ciclofenil e fulvestrante.

• 4. Agentes modificadores da(s)função(oes) da miostatina, incluido(s) mas não limitado(s) a:inibidores da miostatina.

Miostatina

• A miostatina (formalmente conhecida como factor 8 de crescimento e diferenciação) é um fator de crescimento que limita o crescimento do tecido muscular.

• Concentrações elevadas de miostatina em um indivíduo provocam uma diminuição no desenvolvimento normal dos músculos

• A proteína miostatina é produzida em células do

músculo esquelético, circula no sangue e actua

no tecido muscular, parecendo atrasar o

desenvolvimento das "células-mãe" musculares.

• O mecanismo exato segue sendo desconhecido

S5. DIURÉTICOS E OUTROS AGENTES MÁSCARA

• Diuréticos: probenecide, expansores do plasma (ex: albumina, dextrano, hidroxietilamido e manitol) e outras substancias com efeito(s) biológico(s) semelhante(s).

• Diureticos incluem: acetazolamida, amilorida, bumetanida, canrenona, clortalidona, acidoetacrinico, furosemida, indapamida, metolazone, espironolactona, tiazidicos (ex: bendroflumetiazida, clorotiazida, hidroclorotiazida), triantereno e outra(s) substancia(s) com estrutura(s) química(s) ou efeito(s) biológico(s) similar(es) – (exceto drosperinona, dorzolamida topica e brinzolamida topica, que não são proibidas).

• Estes são produtos que tem a possibilidade de interferir

na excreção de uma substância proibida, para evitar sua

presença na urina ou outro tipo de amostra usada no

controle de doping, ou para modificar parâmetros

hematológicos.

• Os diuréticos são utilizados para diminuir o peso,

quando isto favorece o esporte, ou para eliminar o

agente dopante.

• Este tipo de substâncias tem como função aumentar a quantidade de urina produzida

• Leva a alterações no controle das substâncias proibidas devido a dificuldade de detecção em concentrações elevadas.

• Ao aumentar a quantidade de urina, as concentrações de substâncias dopantes vão diminuir, não podendo por isso serem consideradas dopantes abaixo de certos níveis.

MÉTODOS PROIBIDOS

M1. MELHORIA DA TRANSFERÊNCIA DE OXIGÊNIO

1. Doping Sangüíneo, incluindo o uso de sangue autologo, homologo

ou heterologo ou produtos de células vermelhas sanguínea de qualquer origem.

2. Aumento artificial da captação, transporte ou liberação de oxigênio,

incluindo mas não limitado aos perfluoroquimicos, efaproxiral (RSR13) e produtos modificados da hemoglobina (ex.: substitutos do sangue baseados em hemoglobina, produtos com hemoglobina

microencapsulada).

M2. MANIPULAÇAO QUÍMICA E FÍSICA

1. É proibida a manipulação ou a tentativa de

manipulação, a fim de alterar a integridade e a validade das amostras coletadas durante os procedimentos de controle de doping.

• A manipulação Inclui mas não se limita a cateterização,alteração e/ou substituição da urina.

2. É proibida a infusão intravenosa, exceto no

manejo de procedimentos cirúrgicos, emergências medicas ou investigações clinicas

M3. DOPING GENÉTICO

• E proibida a transferência de células ou

elementos genéticos ou o uso de células,

elementos genéticos ou agentes farmacológicos

para modular a expressão de genes endógenos

que tenham a capacidade de melhorar o

desempenho atlético.

SUBSTÂNCIAS PROIBIDAS

S6. ESTIMULANTESa) Estimulantes não especificados:

• Adrafinil• Amifenazol• Anfepramona• Anfetamina• Anfetaminil• Benzfetamina

• Benzilpiperazina• Bromantan• Clobenzorex• Cocaina• Cropropamida• Crotetamida• Dimetilanfetamina• Etilanfetamina

• Famprofazona• Femproporex• Fencamina• Fendimetrazina• Fenetilina

• Fenfluramina• Fenmetrazina• Fentermina• Furfenorex• Mefenorex• Mefentermina• Mesocarb• Metanfetamina (D-)• Metilenodioxianfetamina• Metilenodioximetanfetamina• Modafinil

• Norfenfluramina• P-Metilanfetamina• 4-fenilpiracetam (carfedon)• Prolintano

• E outras substancias com estrutura química

e/ou efeito(s) biologico(s) similar(es).

Anfetamina

• Substâncias simpaticomiméticas

1. Reproduzem a ação da epinefrina e norepinefrina.

a) Induzem aumento na pressão arterial

b) Na freqüência cardíaca

c) No débito cardíaco

d) Na freqüência respiratória

e) No metabolismo energético

Amphetamine is related to drugs such as

methamphetamine and dextroamphetamine,

which are a group of potent drugs that act by

increasing levels of norepinephrine, serotonin

and dopamine in the brain, inducing euphoria.

Wikipedia

b) Estimulantes especificados

• Adrenalina

• Metilfenidato

• Catina

• Niquetamida

• Efedrina

• Oxilofrina

• Estricnina

• Parahidroxianfetamina

• Etamivan Norfenefrina• Etilefrina Octopamina• Fembutrazato Pemolina• Femprometamina Pentetrazol• Fencanfamina Propilexedrina• Heptaminol Selegina• Isometepteno Sibutramina• Levometanfetamina Tuamino-heptano• Meclofenoxato Metilefedrina

• E outras substancias com estrutura química ou efeito(s) biológico(s) semelhante(s).

• As seguintes substancias incluídas no Programa de Monitoramento 2009 (bupropiona, cafeína,fenilefrina, fenilpropanolamina, pipradol, pseudoefedrina, sinefrina) não são consideradas como substancias proibidas.

S7. NARCÓTICOS

• Buprenorfina• Dextromoramida• Diamorfina (heroína)• Fentanil e seus derivados• Hidromorfona• Morfina• Oxicodona• Oximorfona• Pentazocina• Petidina• Metadona

• Não existem normas contra aplicações de remédios analgésicos para aliviar a dor de uma contusão.

• Narcóticos como a morfina são drogas famosas por causarem dependência.

S8. CANABINÓIDES

• Canabinóides (ex: haxixe, maconha) são proibidos.

S9. GLICOCORTICÓIDES

• Todos os glicocorticóides são proibidos quando administrados por via oral, retal, intravenosa ou intramuscular.

• Glicocorticóides são fármacos com ação antiinflamatória utilizados no tratamento de diversas patologias.

• A utilização dessas substâncias permite a participação de atletas lesionados em competições, reprimindo a dor e a inflamação.

SUBSTÂNCIAS PROIBIDAS EM DETERMINADOS ESPORTES

• P1. ALCOOL

• Álcool (etanol) é proibido apenas em competição, e nos seguintes esportes.

• Aeronautica (FAI)

• Arco (FITA, IPC)

• Automobilismo (FIA)

• Boliche (IPC)

• Boliche de 9 ou 10 pinos (FIQ)

• Powerboating (UIM)

• Karate (WKF)

• Motociclismo (FIM)

• Pentatlo Moderno - nas modalidades que envolvem tiro (UIPM)

• A detecção será conduzida pela analise respiratória e/ou sangüínea.

• O limiar para violação da regra antidoping

(valores hematológicos) e de 0,10 g/L.

P2. BETA-BLOQUEADORES

• Ao menos que seja especificado em contrario, beta-bloqueadores são proibidos apenas em competição, nos seguintes esportes:

• Aeronáutica (FAI)

• Arco (FITA, IPC): também proibidos fora de competição

• Automobilismo (FIA)

• Bilhar e Snooker (WCBS)

• Bobsleigh (FIBT)

• Boliche (CMSB, IPC)

• Boliche de 9 ou 10 pinos (FIQ)

• Bridge (FMB)

• Curling (WCF)

• Esqui/Snowboard (FIS) no salto com esqui, aéreos estilo livre/halfpipe e snowboard halfpipe/big air

• Golfe (IGF)

• Ginástica (FIG)

• Motociclismo (FIM)

• Tiro (ISSF, IPC) proibido também fora de competição

• Vela (ISAF, somente para timoneiros em match race)

• Pentatlo Moderno (UIPM, nas modalidades envolvendo tiro)

Beta-bloqueadores incluem, mas não se limitam, aos seguintes compostos:

• Acetabutolol• Alprenolol• Atenolol• Betaxolol• Bisoprolol• Bunolol• Carteolol• Carvedilol• Celiprolol• Esmolol

•Labetalol

•Levobunolol

•Metipranolol

•Metoprolol

•Nadolol

•Oxprenolol

•Pindolol

•Propranolol

•Sotalol

•Timolol

• Os betabloqueadores são um caso à parte.

• Criados para tratar pessoas com hipertensão.

• Não causam nenhum dano à saúde, ao contrário das outras formas de doping.

Lúcia Helena de Oliveira

• Que se tenha notícia, o inocente remédio para pressão alta se transformou em doping nas Olimpíadas de Los Angeles, em 1984.

• Oferece vantagem para praticantes de arco e flexa e de tiro, aos quais até mesmo as levíssimas pulsações das artérias do braço são tremores, capazes de fazê-los errar o alvo.

Lúcia Helena de Oliveira

Referências

• FOSS, L. M. KETEYIAN, J. M. FOX Bases fisiológicas do exercício e do esporte. 6º Ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2000.

• McARDLE, D. W. KATCH, i. f. katch, L. V. Fisiologia do exercício Energia, nutrição e desempenho humano. 5º Ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2003.

• ROBERRGS, R.A. ROBERTS, S. O. Princípios fundamentais de fisiologia do exercício para aptidão, desempenho e saúde. 1º Ed. São Paulo: Phorte, 2002.

• POLLOCK, M. L. WILMORE, J. H. Exercícios na saúde e na doença. Avaliação e prescrição para prevenção e reabilitação. 2º Ed. São Paulo: Medsi, 1993.

• AIRES, M. M. Fisiologia. 2º Ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 1999

• BERNE, R. M. fisiologia. 5º Ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2000

• DEVLIN, T. M. Manual de bioquímica com correlações clínicas. Ed. São Paulo Edgar Blucher, 1998.

• GUYTON, A. C. HALL, J. E. Tratado de fisiologia médica. 10º Ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2002

http://www.geocities.com/micatcho/trat_asma.htm