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UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES / AVM
PÓS-GRADUAÇÃO LATO SENSU
Planejamento do Projeto de Implantação de um Sistema de
Gestão Integrado – SGI
Elizabeth Gomes de Andrade
ORIENTADOR:
Prof. Nelsom de Magalhães
Rio de Janeiro
2017
DOCUMENTO P
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UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES / AVM
PÓS-GRADUAÇÃO LATO SENSU
UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES / AVM
PÓS-GRADUAÇÃO LATO SENSU
Apresentação de monografia à AVM como requisito parcial para obtenção do grau de especialista em MBA em Gestão de Projetos. Por: Elizabeth Gomes de Andrade
Planejamento do Projeto de Implantação de um Sistema de
Gestão Integrado – SGI
Rio de Janeiro
2017
AGRADECIMENTOS
Agradeço primeiramente a Deus, por me permitir a vida e aos meus pais, a quem
devo a pessoa que sou.
Ao professor, Nelsom de Magalhães, pela orientação nesse trabalho e pelo seu
apoio e dedicação.
Ao meu filho, Newton Borges Menezes Neto, por estar sempre ao meu lado
nessa caminhada.
Aos meus familiares e amigos pelo apoio e compreensão da minha ausência.
Aos amigos e colegas do curso de MBA em Gestão de Projetos, pela união e
companheirismo, pelo incentivo e apoio em todos os momentos.
DEDICATÓRIA
Dedico este trabalho a todos os Professores do
curso, ao Orientador do trabalho, aos meus
familiares, amigos e todos aqueles que de certa
forma contribuíram para a realização de mais essa
etapa na minha vida.
RESUMO
Este trabalho foi desenvolvido com o objetivo principal de analisar o cenário
empresarial, onde constantemente acontecem mudanças e em função dessas
mudanças nas organizações propor atividades necessárias para a implantação
de um Sistema de Gestão Integrado (SGI), tendo como base as normas ABNT
NBR ISO 9001:2015, ABNT NBR ISO 14001:2015 e OHSAS 18001:2007. Para
todos os requisitos solicitados nas normas foram desenvolvidas propostas para
a sua implementação, sendo que os itens em comum, para facilitar o
desenvolvimento, foram integrados. A implantação dos sistemas de gestão da
qualidade, de gestão ambiental, e de gestão de segurança e saúde
ocupacional em único Sistema de Gestão Integrado (SGI) tem contribuído na
busca pela melhoria da qualidade dos produtos e serviços, favorecendo a
proteção ao meio ambiente e a avaliação dos perigos e riscos relacionados à
segurança e saúde do trabalhador, requisitos importantes nos sistemas de
gestão das organizações. Através de um sistema de gestão integrado, a
organização pode adotar uma abordagem completa para o aperfeiçoamento
de seus processos internos e obter a certificação de todos os sistemas com
somente uma auditoria de certificação, demonstrando assim o
comprometimento da organização em desenvolver, industrializar,
comercializar, distribuir produtos e prestar serviços com qualidade.
METODOLOGIA
O trabalho em questão foi desenvolvido com base em uma pesquisa
bibliográfica. Tem por objetivo como estudo principal as normas e especificações
de referência quanto à implantação de Sistemas de Gestão de Qualidade,
Gestão Ambiental e de Saúde e Segurança do Trabalho, baseados nas normas
ISO 9001, ISO 14001 e OHSAS 18001, bem como o PMBOK e outras referências
que aborde o tema do trabalho. A partir dessa análise, será proposta uma
metodologia de implementação de Sistema de Gestão Integrada (SGI).
LISTA DE FIGURAS
Figura 1: Ciclo PDCA - Práticas Operacionais ................................................. 30
Figura 2: Ciclo PDCL - Práticas de Gestão ...................................................... 31
Figura 3: Diagrama do Ciclo de Gestão ........................................................... 32
Figura 4: Modelo de SGI abrangendo vários aspectos ..................................... 34
Figura 5: A estrutura do SGI ............................................................................ 39
Figura 6: Elementos de um SGI – Sistema de Gestão Integrado ..................... 40
LISTA DE QUADROS
Quadro 1: Benefícios potenciais para empresas .............................................. 18
Quadro 2: Principais Aspectos Ambientais e Impactos Associados e Danos à
Saúde e Segurança dos Trabalhadores. ......................................... 44
Quadro 3: Planilha de Avaliação de Aspectos Ambientais ............................... 45
Quadro 4: Planilha de Avaliação de Perigos e Danos. ................................. 45
Quadro 5: Metodologia para implementação de um SGI e os recursos
necessários. ................................................................................... 59
LISTA DE SIGLAS
ABNT Associação Brasileira de Normas Técnicas
BS British Standard
FAP Fator de Acidentário de Prevenção
GSSO Gestão de Segurança e Saúde Ocupacional
ISO International Organization for Standardization,
NBR Norma Brasileira
NTEP Nexo Técnico Epidemiológico Previdenciário
OHSAS Occupational Health and Safety Assessement Series
PDCA Pan-Planejar, Do-Fazer, Check-Checar, Act-Agir
PMBOK Project Management Body of Knowledge
SA Social Accountability
SGA Sistema de Gestão Ambiental
SGI Sistema de Gestão Integrado
SGSSO Sistema de Gestão da Segurança e Saúde Ocupacional
SSO Segurança e Saúde Ocupacional
SUMÁRIO
INTRODUÇÃO ................................................................................................. 11
CAPÍTULO I ..................................................................................................... 13
REVISÃO DA LITERATURA ............................................................................ 13
CAPÍTULO II .................................................................................................... 27
SISTEMA DE GESTÃO ................................................................................... 27
CAPÍTULO III ................................................................................................... 33
SISTEMA DE GESTÃO INTEGRADA .............................................................. 33
CAPÍTULO IV .................................................................................................. 41
IMPLANTAÇÃO DO SISTEMA DE GESTÃO INTEGRADO ............................. 41
CONCLUSÕES ................................................................................................ 61
BIBLIOGRAFIA ............................................................................................. 64
11
INTRODUÇÃO
Com o crescimento econômico, algumas empresas estão encontrando
dificuldades em integrar processos de gestão da qualidade, gestão ambiental e
segurança, sendo necessário estabelecer sistemas internos de gestão que
atendam as peculiaridades do mercado. Em consequência disso, surgem
dificuldades de gerenciamento dos processos produtivos, que buscam melhorar
a eficiência e eficácia no que se refere à redução de custos, impactos
ambientais e não conformidades de modo geral.
Segundo Campos (2007), uma empresa é um sistema mutante. Tem que
se adaptar constantemente às mudanças ambientais, novas tecnologias,
iniciativas da concorrência, mudanças cambiais, aos novos regulamentos
governamentais, novos materiais, e outros. Essas mudanças, que ocorrem de
forma muito veloz, têm sido impulsionadas por forças externas e internas no
Brasil e por alterações dentro dos próprios setores empresariais.
Para acompanhar essas mudanças as organizações procuram implantar
os sistemas de Gestão da Qualidade (NBR ISO 9001:2015) e Gestão Ambiental
(NBR ISO 14001:2015) com base nas normas brasileiras estabelecidas pela
Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT) e Gestão de Segurança e
Saúde Ocupacional (18001:2007) pela norma internacional Occupational Health
and Safety Assessement Series (OHSAS).
A implantação de sistemas de gestão baseados nessas normas está
dando origem a uma nova realidade, pois à medida que as organizações obtêm
múltiplas certificações cresce a necessidade de desenvolver um sistema único,
que coordene os múltiplos requisitos, integre os elementos comuns e reduza
redundâncias (RIBEIRO NETO, 2008).
O Sistema de Gestão integrado (SGI) permite integrar os sistemas de
gestão da qualidade com os de saúde e segurança, gestão ambiental e
responsabilidade social, porque esses padrões normativos apresentam
requisitos comuns que podem ser compartilhados pelos diferentes sistemas de
gestão (CERQUEIRA, 2006).
Segundo Ribeiro Neto (2008) o SGI, respondendo às exigências das
normas regulamentadoras, respeitando o meio ambiente e preocupando-se
12
com a saúde e a segurança do trabalhador, a satisfação do cliente estará ainda
mais garantida.
Diante deste cenário, a implantação dos Sistemas de Gestão da
Qualidade, Gestão Ambiental e de Gestão de Segurança e Saúde Ocupacional,
passou a ser uma estratégia de negócios, pois ao desenvolverem políticas
econômicas e outras medidas que gerem proteção ao meio ambiente, à
segurança e à saúde do trabalhador, as organizações buscam aumentar a
satisfação do cliente e melhorar a sua eficiência e competitividade.
O objetivo desse trabalho consiste em identificar as etapas necessárias
para a implantação de um SGI em empresas que adotariam este método como
um referencial teórico para integração de seus sistemas de gestão.
Assim sendo, justifica-se esse trabalho, pelo fato de que contribuirá para
que empresas não certificadas em SGI conheçam as etapas necessárias para
a obtenção do resultado esperado. Através de um Sistema de Gestão Integrado,
a organização pode adotar uma abordagem completa para o aperfeiçoamento
de seus processos internos, demonstrando assim o comprometimento da
organização em desenvolver, industrializar, comercializar, distribuir produtos e
prestar serviços com qualidade.
13
CAPÍTULO I
REVISÃO DA LITERATURA
Neste capítulo apresentam-se os conceitos e comentários de autores a
respeito da Gestão da Qualidade, Gestão Ambiental, Gestão de Segurança e
Saúde Ocupacional, que, associados, formam o Sistema de Gestão Integrado
(SGI). O intuito é evidenciar os motivos que levam as organizações a
implantarem esses sistemas.
1.1 Gestão da Qualidade (SGQ)
O tema qualidade recebeu nos últimos tempos uma grande ascensão
devido ao crescimento do mercado e as restrições impostas por este
relacionadas à competitividade entre as empresas e organizações, sendo que
estes estão cada vez mais inseridos entre todos os processos e setores
industriais e comerciais existentes nas empresas. A implantação e certificação
de sistemas de gestão da qualidade estão se tornando mais que um diferencial
em se referindo à sobrevivência, sucesso no mercado e técnicas desenvolvidas
em se prevendo dar maior competitividade entre as empresas, isto tudo vem se
apresentando como uma ferramenta eficiente de gestão dos processos mesmo
em mercados pouco competitivos (KRAVCHYCHYN, 2006).
A busca por padrões ou modelos econômicos que atendam às
necessidades das empresas e que visem o bem-estar social é uma preocupação
antiga. Em 1776 foi publicado o livro Wealth of Nations (A Riqueza das Nações),
obra em que o escocês Adam Smith se opôs às idéias mercantilistas,
considerando que a riqueza e o poder nacional não deveriam limitar-se aos
estoques de metais preciosos (MATOS, 2008).
Segundo Mesquita (2004), numa época em que a democracia política se
generalizava, Adam Smith expressou a preocupação pelo bem-estar econômico
e a segurança de todos os membros da sociedade; estabeleceu princípios para
análise de valor, da divisão do trabalho, dos lucros, dos juros e das rendas da
terra e desenvolveu teorias sobre a distribuição, o crescimento econômico, a
interferência do Estado, a formação e a aplicação do capital.
14
Para Ribeiro Neto (2008), o termo qualidade é, enquanto conceito, um
valor conhecido. No entanto, é definido de forma diferenciada por diferentes
grupos ou camadas da sociedade, pois está relacionado à percepção dos
indivíduos que costuma ser diferente em relação aos mesmos produtos ou
serviços, em função de suas necessidades, experiências e expectativas.
Segundo Feigenbaum (2005), um sistema de qualidade define-se como
sendo a estrutura operacional de trabalho de toda a empresa documentada em
procedimentos técnicos integrados, onde cada processo é definido para
direcionamento das ações a serem desenvolvidas para mão de obra e máquinas
para obtenção das melhores práticas e meios de assegurar qualidade e menores
custos para a produção.
De acordo com Paladini (2005) um dos objetivos para integração dos
processos é a procura da integração de todas as funções utilizadas nas áreas
da empresa num esforço pela qualidade, acatando cada especificação de cada
área em busca da garantia da adesão de toda mão de obra no programa da
qualidade.
Dentre as várias vantagens de um Sistema de Gestão da Qualidade
existem benefícios que permitem que a organização identifique e atenda todas
as necessidades e expectativas esperadas pelos seus clientes e de todas as
partes relacionadas como funcionários, fornecedores, comunidade, acionistas,
para alcançar vantagens competitivas em relação aos seus concorrentes
fazendo-a de modo eficiente e eficaz, tornando provável alcançar, sustentar e
aperfeiçoar o desempenho organizacional (KRAVCHYCHYN, 2006).
Um dos sistemas de gestão da qualidade mais aceito e adotado em todo
o mundo é o referendado pela Norma ISO 9001. Apesar das críticas ou restrições
de alguns segmentos à sua utilização, cada vez mais organizações em todo o
mundo têm implantado sistemas da qualidade com base nesta norma que é uma
diretriz para organizações que buscam a qualidade de seus processos e
produtos, compondo-se de requisitos que, devidamente implantados, aprimoram
a eficiência de seus processos. (KRAVCHYCHYN, 2006).
Daft (1999) comenta que na medida em que as organizações se
conscientizarem e reconhecerem a importância da qualidade como algo
indispensável para continuidade de sua atuação em todo o mundo, elas
passarão por um processo de evolução de seu conceito.
15
A qualidade é vista como algo fundamental no posicionamento estratégico
da empresa perante o mercado e seus concorrentes. O conceito de satisfação
do cliente foi estendido para outras entidades envolvidas com as atividades da
empresa, buscando não somente a satisfação do cliente, mas de todos os
stakeholders, as entidades significativas na existência da empresa, e também a
sua excelência organizacional (DAFT, 1999).
1.2 Gestão Ambiental (SGA)
Atualmente, as questões ambientais são temas difundidos e comentados
mundialmente. A degradação e devastação de florestas e a poluição de rios e
atmosfera apontam que as futuras gerações enfrentarão grandes dificuldades
para sobreviverem. Segundo Cerqueira (2006), se não houver um estudo de
como administrar as atividades produtivas como o único meio de deter esses
fatores nocivos ao meio ambiente, as consequências serão desastrosas para a
humanidade.
De acordo com Vieira (1992), as organizações produtoras de bens e
serviços têm, portanto, a obrigação de gerenciar seus processos de maneira a
assegurar a preservação ambiental e colocar a criatividade a serviço da gestão,
assumindo a responsabilidade que lhes cabe no controle dos aspectos
ambientais decorrentes de suas atividades.
Butzke, Pereira e Noebauer (2001), observam que as ações educativas
em relação ao meio ambiente estão atingindo seus objetivos, tornando-se
necessário avaliar especialmente as mudanças de opinião e de comportamento
que podem ser medidas em termos de resultados quantitativos, como no
consumo de energia e água, na diminuição de rejeitos gerados, no aumento de
resíduos recicláveis e de reutilização de materiais.
Pelo exposto, em relação às questões ambientais Cerqueira (2006)
destaca dois motivos relevantes para as organizações se preocuparem mais
com o desenvolvimento sustentável: quer seja pela conscientização que as
gerações futuras dependem da preservação do meio ambiente para
sobreviverem, quer seja pelas consequências da regulamentação da
16
responsabilização penal da pessoa jurídica, derivadas de condutas e atividades
lesivas ao meio ambiente.
Cada ser humano, cada trabalhador, deve ser capaz de identificar,
analisar e controlar os aspectos ambientais produzidos por ele que sejam
capazes de impactar adversamente o meio ambiente. Cada um é, portanto, co-
responsável pela melhoria do desempenho ambiental da organização em que
trabalha (CERQUEIRA, 2006).
Os fundamentos, as razões, que levam as empresas a adotarem e a
praticarem a Gestão Ambiental são vários, conforme Layrarques (2000), e
podem ser desde procedimentos obrigatórios de atendimento à legislação
ambiental até a fixação de políticas ambientais que visem à conscientização de
todo o pessoal da organização.
Para Cerqueira (2006), os objetivos e as finalidades inerentes a um
gerenciamento ambiental nas empresas devem estar em consonância com o
conjunto das atividades empresariais. Portanto, eles não podem e nem devem
ser vistos como elementos isolados, por mais importantes que possam parecer
num primeiro momento.
Ao considerar a Gestão Ambiental no contexto empresarial, Cerqueira
(2006) menciona que é perceptível que ela pode ter e geralmente tem uma
importância muito grande, inclusive estratégica. Isso ocorre porque,
dependendo do grau de sensibilidade para com o meio ambiente, demonstrado
e adotado pela alta administração, já se pode perceber e antever o potencial
que existe para que uma gestão ambiental efetivamente possa ser implantada.
Além disso, para Cerqueira (2006), estando as organizações muito ou
pouco vinculadas às questões ambientais, as que já estão praticando a Gestão
Ambiental, ou aquelas que estão em fase de definição de diretrizes e políticas
para iniciarem o seu gerenciamento ambiental, devem ter em mente os
princípios e os elementos de um Sistema de Gestão Ambiental e as principais
tarefas e atribuições que normalmente são exigidas para que seja possível levar
a bom termo essa gestão.
Segundo a ABNT (NBR ISO 14001 – Gestão Ambiental, 2015), as
organizações de todos os tipos estão cada vez mais preocupadas em atingir e
demonstrar um desempenho ambiental correto, com o controle dos impactos de
17
suas atividades, produtos e serviços sobre o meio ambiente, coerente com sua
política e seus objetivos ambientais.
De acordo com Layrarques (2000), as empresas têm se defrontado com
um processo crescente de cobrança por uma postura responsável e de
comprometimento com o meio ambiente, o que acaba influenciando a ciência,
a política, a legislação, e as formas de gestão e planejamento, pois estão sob
pressão crescente dos órgãos reguladores e fiscalizadores, das organizações
não governamentais e, principalmente, do próprio mercado, incluindo as
entidades financiadoras, como bancos, seguradoras e os próprios
consumidores.
As organizações, segundo Layrarques (2000), por estarem sob essas
condições, têm procurado estabelecer formas de gestão com objetivos
explícitos de controle da poluição e de redução das taxas de efluentes,
controlando e/ou minimizando os impactos ambientais, como também
otimizando o uso de recursos naturais; controle de uso da água, energia e
outros insumos.
Conforme Montez (2000), a gestão ambiental pode ser definida como a
parte do sistema de gestão que compreende a estrutura organizacional, as
responsabilidades, as práticas, os procedimentos, os processos e recursos para
aplicar, elaborar, revisar e manter a política ambiental da empresa. Segundo o
autor, o processo de implementação de um sistema de gestão consta de quatro
fases:
Definição e comunicação do projeto: gera-se um documento de
trabalho que irá detalhar as bases do projeto para implementação do
SGA;
Planejamento do SGA: realiza-se a revisão ambiental inicial,
planejando-se o sistema;
Instalação do SGA: realiza-se a implementação do SGA; e
Auditoria e certificação.
Montez (2000) ainda menciona que uma vez implementado o
sistema a empresa poderá de forma imediata obter:
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Segurança, na forma de redução de riscos de acidentes, de sanções
legais;
Qualidade dos produtos, serviços e processos;
Economia e/ou redução no consumo de matérias-primas, água e
energia;
Mercado, com a finalidade de captar novos clientes;
Melhoria na imagem;
Melhoria no processo;
Possibilidade de permanecer atuando no futuro; e
Possibilidade de financiamentos, em razão do bom histórico
ambiental.
Além disso, na implantação de um SGA a empresa obtém benefícios
potenciais, como descritos no Quadro 1.
Benefícios Potenciais Internos Benefícios Potenciais Externos
Sistematização das medidas ambientais já
implantados Melhoria da imagem perante a sociedade
Motivação dos funcionários Fortalecimento da competitividade
Prevenção de riscos Facilidade em bancos e seguradoras
Redução de custos Facilidades no trato com órgãos ambientais
Quadro 1: Benefícios potenciais para empresas Fonte: Adaptado de Dyllick-Brenzinger et al (2000)
Cerqueira (2006) comenta que as diversas questões ambientais
preocupam os ambientalistas, o governo, as empresas, as associações de todo
o tipo e a sociedade de uma forma geral. Essa preocupação tem gerado
pressões crescentes sobre as organizações, requerendo delas um controle
mais eficaz de seus processos e produtos, visando diminuir seus níveis de
poluição. Dentre as questões destacam-se:
O crescimento desordenado da população do planeta e os impactos
ambientais dele resultantes;
A poluição do ar que se respira;
19
A ruptura e a destruição da camada de ozônio por gases industriais;
O aquecimento do planeta;
A poluição do solo e das águas superficiais e subterrâneas; e
O desequilíbrio dos ecossistemas provocado pelos empreendimentos
humanos.
O problema maior que se percebe ao longo dos anos, de geração para
geração, que envolve todas as pessoas e todos os tipos de organização, é a
falta de conscientização e educação em relação à preservação ambiental.
Diversos autores manifestaram sua preocupação durante décadas e ainda hoje
são cometidos os mesmos erros e discutidos os mesmos problemas referentes
ao meio ambiente.
O Sistema de Gestão Ambiental representa a estratégia empresarial para
a identificação, por meio de planos e programas de caráter preventivo, das
possíveis melhorias a serem realizadas com o intuito de conciliar
definitivamente a lucratividade empresarial com a proteção ambiental, versando
tanto nos produtos como nos processos industriais (LAYRARQUES, 2000).
Segundo Campos (2007) dentro de um horizonte de 30 anos teremos
pressões ambientais que imporão limites ao modo de viver das sociedades. A
demanda por terra, sol e água serão fatores importantes na competitividade e
estrutura de produção das nações. Estas forças enormes moldarão o futuro do
brasileiro, independentemente do que façamos aqui.
1.3 Gestão da Segurança e Saúde Ocupacional (SGSSO)
Observa-se, na atualidade, que é cada vez maior a preocupação do
governo, empresários e sindicatos em melhorar a segurança, a saúde e as
condições do meio ambiente de trabalho. Para isso, segundo Arantes (2005), é
necessário um planejamento que permita a participação de todos: da alta
administração e dos empregados, para encontrar soluções práticas e
economicamente viáveis.
Segundo o autor, a melhoria da segurança, da saúde e do meio
ambiente, além de aumentar a produtividade, diminui o custo do produto final,
20
pois diminui as interrupções no processo, o absenteísmo e os acidentes e/ou
doenças ocupacionais. Como resultado da aplicação dos aspectos preventivos
envolvidos na segurança do trabalho tem-se a minimização dos riscos e das
condições inadequadas, além de incorporar a melhoria contínua das condições
de trabalho, introduzindo requisitos mínimos de segurança cada vez mais
rígidos.
Nesse ambiente, o mercado em geral passou a exigir que os produtos e
serviços trouxessem consigo o comprometimento das empresas responsáveis
em atender aos padrões das normas internacionais de qualidade,
sustentabilidade ambiental e proteção à integridade física e saúde de seus
funcionários.
A OHSAS - Occupational Health and Safety Assessment Series (18001,
2007) teve sua primeira versão desenvolvida em 1999. Foi elaborada pela
organização OSHA, criada pelo Congresso Americano em 29 de dezembro de
1970, e tem o propósito de prevenir mortes e doenças relacionadas ao trabalho.
A OHSAS 18001 descreve os requisitos para a implantação de um Sistema de
Gestão de Saúde e Segurança do Trabalho.
Para Rigotto (2003), uma das principais ferramentas dessa gestão
denomina-se gestão de riscos, que atua no reconhecimento dos perigos e na
classificação dos riscos (risco puro). Normalmente, a Gestão de SSO faz parte
de um sistema de gestão, no caso, a Gestão da Qualidade.
Assim, conforme Chaib (2005), o gerenciamento das questões
ambientais e de saúde e segurança do trabalho, com foco na prevenção de
acidentes e no tratamento dos problemas potenciais, passou a ser o
gerenciamento da própria viabilidade e sobrevivência do empreendimento.
A Gestão de Segurança e Saúde Ocupacional (GSSO), conforme
descrição de Chaib (2005), pode ser definida como um conjunto de regras,
ferramentas e procedimentos que visam eliminar, neutralizar ou reduzir a lesão
e os danos decorrentes das atividades.
Cerqueira (2006) menciona que atualmente os Sistemas de Gestão de
SSO estão baseados em normas internacionais, tais como Occupational Health
and Safety Assessment Series – OHSAS 18001, ou Série de Avaliação de
Segurança e Saúde Ocupacional, que fornecem os requisitos para um sistema
21
de gestão SSO, permitindo que uma organização controle esses riscos e
melhore seu desempenho.
Outra norma é a BS-8800, que é britânica, e conforme Cerqueira (2006)
constituiu a primeira tentativa de se estabelecer uma referência normativa para
implementação de um sistema de gestão de segurança, saúde e meio
ambiente.
Essa norma vem sendo utilizada na implementação de um sistema de
gestão de segurança e saúde, visando à melhoria contínua das condições do
meio ambiente de trabalho. Seus princípios estão alinhados com os conceitos
e diretrizes das normas da série ISO 9001 (Sistema da Qualidade) e da série
ISO 14000 (Gestão Ambiental).
A especificação da OHSAS, segundo Cerqueira (2006), aplica-se a
qualquer organização que procura:
Estabelecer um sistema de gestão de SSO para eliminar ou minimizar
os riscos aos empregados e outras partes interessadas que possam
estar expostas aos riscos de SSO associados a suas atividades;
Implementar, manter e melhorar continuamente um sistema de gestão
de SSO;
Garantir a organização de sua conformidade com os requisitos da
política de SSO estabelecida;
Buscar a certificação/registro de seu sistema de gestão de SSO por
uma organização externa;
Demonstrar tal conformidade a terceiros; e
Realizar uma autoavaliação e declaração de conformidade com a
especificação da OHSAS.
Todos os requisitos dessa especificação foram planejados para ser
incorporados a qualquer sistema de gestão de SSO, e para Cerqueira (2006) a
extensão da aplicação depende de fatores como a política de SSO da
organização, da natureza de suas atividades e dos riscos e complexidade de
suas operações. Porém, a especificação da OHSAS tem como propósito
22
principal buscar a segurança e saúde ocupacional e não produtos e serviços
seguros.
Diante disso, muitas organizações já vêm adotando esse sistema de
gestão voltado para segurança e saúde ocupacional, em que todos, dentro do
processo produtivo, são responsáveis no mesmo nível de importância,
principalmente os gerentes e supervisores.
Morgan (2007) cita que a administração deve identificar os riscos e
orientar os trabalhadores com atitudes pró-ativas, dando o exemplo a ser
seguido dentro da organização, mesmo por que não são todas as empresas
que são obrigadas pela legislação a possuir em seus quadros um profissional
de segurança.
Diante do mercado competitivo em que as organizações se encontram,
desenvolver um Sistema de Gestão adequado passa a ser um diferencial diante
da concorrência. Em função disso, Cerqueira (2006) descreve que muitas
organizações estão se adequando para desenvolver um Sistema de Gestão que
lhes proporcione uma posição de destaque no mercado, diminuindo seus custos
e reduzindo as perdas que ocorrem durante o processo produtivo.
Segundo Vaz Filho (2008), a OHSAS 18001 - Gestão de Segurança e
Saúde Ocupacional permite que qualquer tipo de organização de forma mais
eficaz gerencie seus riscos de acidentes e doenças ocupacionais e melhore seu
desempenho em SSO. Essa prática de gestão vai ao encontro da nova
legislação brasileira sobre o FAP – Fator Acidentário de Prevenção, e sobre o
NTEP – Nexo Técnico Epidemiológico Previdenciário. Essa norma permite que
uma organização desenvolva uma política que leve em conta os requisitos
legais e outros estabelecidos por ela, relacionados aos riscos e perigos em
relação aos seus processos, produtos e instalações.
Nesse contexto, evidencia-se a importância de um sistema de gestão
integrado nas organizações, buscando padrões de produção com o menor custo
e melhor qualidade, sem prejudicar a saúde e a integridade física do
trabalhador, protegendo o meio ambiente e atuando com responsabilidade
social.
23
1.4 Sistema Gestão Integrado (SGI)
Na atualidade, as organizações atuantes no mercado viram a
necessidade de gerenciar fatores como questões ambientais e questões
relacionadas com a qualidade de vida dos trabalhadores e profissionais
envolvidos. Cerqueira (2006) menciona que os empresários começaram a
verificar que uma postura ambientalmente correta na gestão dos seus
processos se refletia diretamente em produtividade, qualidade e,
consequentemente, com melhores resultados econômico-financeiros.
As empresas passaram, então, a adotar ferramentas de qualidade, como
o 5S, qualidade total, e as normas ISO, visando gerenciar seus negócios e
adquirir melhoria de desempenho dentro do mercado que atuam. Da mesma
forma que o gerenciamento pela qualidade, esses fatores também têm que
atender padrões já estabelecidos, como as normas ISO, e outras normas, de
forma geral, com o objetivo de garantir que as normas ambientais e as de
respeito à saúde e segurança dos trabalhadores sejam respeitadas.
Ribeiro Neto (2008) cita que atualmente muitas empresas não estão
utilizando somente o gerenciamento pela qualidade, com base nas normas ISO
9000, baseiam-se também no gerenciamento ambiental, norma ISO 14001 e no
gerenciamento da saúde ocupacional e segurança no trabalho, especificação
OHSAS 18001, de forma integrada.
O Sistema de Gestão Integrada (SGI) para Ribeiro Neto (2008) é a
combinação de processos, procedimentos e práticas adotadas por uma
organização para implementar suas políticas e atingir seus objetivos de forma
mais eficiente do que por meio de múltiplos sistemas de gestão.
Segundo Ribeiro Neto (2008), o SGI é direcionado para processos e a
gestão permite integrar, de forma mais eficiente, as operações do dia-a-dia das
organizações, os aspectos e objetivos da qualidade, do desempenho ambiental,
da segurança e saúde ocupacional e da responsabilidade social. Ou seja, não
existe uma certificação específica para SGI. São três certificações diferentes:
qualidade, meio ambiente e segurança e saúde no trabalho.
Esses sistemas de gestão implementados segundo normas distintas
podem ser integrados, mas para isso todas as atividades inter-relacionadas
24
devem ser compreendidas e gerenciadas segundo uma visão de processos
(RIBEIRO NETO, 2008).
Para De Cicco (2009), o SGI visa o atendimento às normas de forma
simultânea para os pontos comuns, como, por exemplo; no processo de
aquisição deve ser verificada tanto as especificações técnicas, como as
especificações ambientais e de saúde e segurança no trabalho, e incluir os
valores não contemplados em alguma norma de forma que sejam vistos como
um só processo de garantia de qualidade.
Assim, por meio do sistema, a organização pode adotar uma abordagem
completa para o aperfeiçoamento de seus processos internos e obter a
certificação de todos os sistemas com somente uma auditoria de certificação.
Contudo, de acordo com De Cicco (2009), a implantação e a integração
dos sistemas de gestão devem ser planejados e implementados de maneira
estruturada, para evitar redundâncias de elementos comuns e elevar a
eficiência e eficácia de sua aplicação. Além disso, não existe a certificação do
SGI como um todo, uma vez que não existe um único padrão normativo
englobando todas as disciplinas de gestão. A certificação desse sistema,
portanto, se dá por meio da emissão de certificados específicos para os
sistemas de gestão compostos para cada disciplina de gestão.
Conforme Soler (2002), o SGI visa assegurar a manutenção e
conformidade da política da empresa (política corporativa), objetivos e metas
de qualidade, meio ambiente, segurança e saúde ocupacional e
responsabilidade social. Para tanto, deve seguir os requisitos com base nas
seguintes normas e especificações de sistemas de gestão:
ISO 9001 - Sistemas de Gestão da Qualidade;
ISO 14001 - Sistemas de Gestão Ambiental;
OHSAS 18001 - Sistemas de Segurança e Saúde Ocupacional; e
SA 8000 - Responsabilidade Social.
Ao implantar o SGI as organizações têm, em geral, a finalidade de buscar
permanentemente a excelência dos produtos e serviços, contribuindo para o
desenvolvimento e melhoria da qualidade de vida da sociedade, valorizando
seus clientes internos e externos, tendo ainda o compromisso de melhorar os
25
serviços prestados e garantir a proteção da segurança e saúde de seus
funcionários.
As vantagens para as organizações advindas da implementação do SGI,
de acordo com Soler (2002), resumem-se em:
Melhoria da imagem da organização no âmbito nacional e
internacional;
Melhoria da satisfação e da confiança das partes interessadas:
acionistas, clientes, força de trabalho; fornecedores, comunidade, das
organizações e governo;
Redução dos recursos internos e infraestrutura necessária para a
manutenção e melhoria contínua dos sistemas de gestão;
Melhoria do treinamento, conscientização e competência da força de
trabalho;
Redução da complexidade do sistema de gestão;
Aumento da confiabilidade e disponibilidade dos processos,
atividades, produtos e serviços;
Melhoria do desempenho organizacional competitivo; e
Redução de custos e investimentos de implantação, certificação,
manutenção e auditoria dos sistemas de gestão.
Soler (2002) descreve que existem na atualidade diversas formas de
implantação de SGI e tais formatos dependem de características próprias de
cada organização que irá implantá-los. Antes da implementação deve-se definir
a forma de desenvolvimento do SGI mais adequada e eficiente, que atenda às
suas próprias necessidades.
Cada vez mais as empresas buscam a certificação integrada dos seus
sistemas, incorporando elementos de qualidade, meio ambiente, saúde,
segurança, responsabilidade social e recursos humanos.
É importante repensar toda empresa ou área que, de forma racional,
todos possam rever e redesenhar seus processos com o objetivo de atingir
resultados com padrão de qualidade, produtividade e competitividade definidas
pela alta administração. Esse processo todo permeia campos muito além de
26
resultados numéricos: ele atinge a emoção e o coração das empresas, atinge
as pessoas, introduzindo novas formas de trabalho, novas exigências e padrões
(VILLELA, 2008).
Acredita-se que a aplicação dos conceitos de SGI em organizações pode
representar uma relevante oportunidade de desenvolvimento, objetivando sua
permanência e crescimento no mercado.
27
CAPÍTULO II
SISTEMA DE GESTÃO
Para melhor compreender o conceito de Sistema de Gestão, é importante
que se entenda primeiramente o conceito de sistema. Segundo Churchman
(1972), um sistema é um conjunto de partes coordenadas para realizar um
conjunto de finalidades. Apesar das várias definições existentes, os sistemas são
vistos como um conjunto de partes coordenadas que interagem de forma a atingir
determinado objetivo (RIBEIRO NETO; TAVARES; HOFFMANN, 2008).
Os sistemas de gestão são um tipo de sistema formado por requisitos,
que se relacionam entre si de forma a atender a um determinado objetivo, o qual
está relacionado à função do sistema de gestão. Um sistema da gestão de
qualidade tem como um de seus objetivos fornecer produtos que atendam aos
requisitos dos clientes. Já um sistema de gestão de segurança e saúde
ocupacional pode ter como objetivo controlar os riscos de Segurança Saúde
Ocupacional (SSO) e melhorar continuamente as condições nas organizações
(RIBEIRO NETO; TAVARES; HOFFMANN, 2008).
Os exemplos de objetivos de sistemas de gestão citados anteriormente
referem-se aos sistemas normalizados ISO 9001 e OHSAS 18001. Sistemas de
gestão normalizados são aqueles baseados em normas, de caráter nacional ou
internacional, elaboradas devido à necessidade das organizações em atender à
demanda de diversos grupos de interesse (ZUTSHI SOHAL, 2005).
Para a implementação das normas, a gestão deve ser transparente e
atuar sobre as não conformidades com requisitos ou padrões que têm
potencialidade para originar falhas que possam comprometer adversamente na
gestão. Os fatores qualidade, meio ambiente, segurança, saúde ocupacional ou
os requisitos de responsabilidade social, estão interligados para análise de
falhas (CERQUEIRA, 2012).
Sendo assim, a normalização pode ser entendida como uma prescrição
para a utilização de práticas relacionadas à determinada área de gestão, visando
o atendimento da demanda dos diversos grupos de interesse das organizações.
28
2.1 Definição de Sistema de Gestão
Chiavenato (2000) conceitua sistema como sendo “um conjunto de
elementos interdependentes, cujo resultado final é maior do que a soma dos
resultados que esses elementos teriam caso operassem de maneira isolada”.
Um conjunto de práticas padronizadas, logicamente relacionadas com a
finalidade de gerir uma organização e produzir resultados positivos.
O sistema de gestão de uma organização abrange todos os seus
subsistemas de gestão. Composto por práticas, costuma ser um emaranhado de
práticas de gestão que interagem entre si, produzindo resultados ou não.
Segundo Frosini e Carvalho (1995), um sistema de gestão é conceituado
como o conjunto de pessoal, recursos e procedimentos, dentro de qualquer nível
de complexidade, cujos componentes associados interagem de uma maneira
organizada para realizar uma tarefa específica e atingem ou mantém um dado
resultado.
O objetivo do sistema de gestão é conceder as organizações elementos
e modelos que possam ser integrados a outros requisitos da gestão. Esse fator
de integração é o principal tópico na gestão da organização.
As organizações configuram seu sistema de gestão ao longo do tempo,
de forma assíncrona nas áreas, e podem se inspirar em modelos de outras
empresas ou definir seus sistemas baseados nos próprios desvios.
Uma organização que busca excelência na gestão de seus processos
pode utilizar alguns métodos, como:
Inspiração em boas práticas de outras organizações
(benchmarking de gestão);
Desenvolvimento do time gerencial – contratação de executivos,
formação gerencial, job-rotation gerencial;
Análise de resultados e introdução de melhorias;
Experimentação de novas ideias, em busca de inovação;
Adoção de normas, códigos e modelos.
29
Analisando-se sob o aspecto empresarial, os objetivos de um sistema de
gestão são o de aumentar constantemente o valor percebido pelo cliente nos
produtos ou serviços oferecidos, o sucesso no segmento de mercado ocupado
(através da melhoria contínua dos resultados operacionais) a satisfação dos
funcionários com a organização e da própria sociedade com a contribuição social
da empresa e o respeito ao meio ambiente (Viterbo Jr, 1998).
2.2 Estrutura do Sistema de Gestão
As estruturas dos diversos sistemas de gestão são semelhantes. Todos
são compostos por processos e práticas de gestão. Um processo como um
conjunto de recursos e atividades inter-relacionadas que recebem insumos e se
transformam em produtos.
Esses processos podem ser divididos em operacionais e gerenciais.
2.2.1. Processos Operacionais
No final dos anos 80, a Gestão de Qualidade Total (GQT) e a ISO 9001
despontavam. Pouco depois o PDCA passa a ser aplicado também como
práticas de gestão.
Na busca pela excelência, ao longo da década de 90, a preocupação das
organizações era com a gestão da qualidade, aplicada aos sus processos
operacionais, aqueles que transformam insumos em produtos. Isso gerou a
qualidade da gestão, por meio de modelos de excelência.
Para Seiffert (2010) o sinergismo da implantação entre as quatro normas
se deve a diversos fatores, mas o principal deles é a forma como se desdobram
os requisitos a partir da lógica do Ciclo PDCA (Plan - Planejar, Do - Executar,
Check - Verificar, Act – Agir). As normas ISO 9001 (Gestão da qualidade), ISO
14001 (Gestão ambiental), SA 8000 (responsabilidade social) e a OHSAS 18001
(gestão de saúde e segurança ocupacional) possuem como base comum de
estruturação o ciclo PDCA, proposto por Deming.
O ciclo PDCA propõe a análise dos processos com vistas a sua melhoria.
As suas etapas permitem a intervenção em um processo produtivo completo ou
m qualquer atividade de uma empresa (SOTO; SENATORE 2001).
30
Figura 1: Ciclo PDCA - Práticas Operacionais
Fonte: Sistemas de Gestão, Fundação Nacional de Qualidade – FNQ, pg. 6.
Cada uma delas corresponde, aos seguintes conceitos:
P = Plan (Planejar)
Estabelecer os objetivos e processos necessários para fornecer resultados.
D = Do (Executar)
Implementar o plano, executar o processo, fazer o produto. Coletar dados para
mapeamento e análise dos próximos passos.
C = Check (Verificar)
Estudar o resultado mensurado e coletado no passo anterior (“executar” e
compará-lo em relação aos resultados esperados (objetivos estabelecidos no
passo “planejar”). Converter os dados coletados em informação.
A = Act (Agir)
Tomar ações corretivas sobre as diferenças significativas entre os resultados
reais e planejados. Analisar as diferenças para determinar suas causas. Aplicar
as mudanças que incluem a melhoria do processo ou produto.
2.2.2. Processos Gerenciais
Processos gerenciais, são aqueles que transformam informações em
decisões gerenciais. Como exemplo podemos citar valores e princípios,
diretrizes, procedimentos, projetos, metas, desempenho, entre outros. São
processos considerados acima dos processos operacionais.
31
O PDCL, uma evolução da terminologia PDCA, são aplicados em
processos gerenciais.
Figura 2: Ciclo PDCL - Práticas de Gestão
Fonte: Sistemas de Gestão, Fundação Nacional de Qualidade – FNQ, pg. 7.
Esta metodologia é aplicada a um processo gerencial quando temos
pequenas diferenças em relação ao processo operacional.
- “Plan” ganha o sentido de padronização para que os processos
assegurem a repetição. O padrão a ser observado.
- “Check” ganha o sentido de verificar o cumprimento do padrão. A
verificação é o controle se o padrão está sendo cumprido.
- “Act” se transforma em “Learn” e introduz o conceito de aprendizado nos
conceitos gerenciais.
2.2.3. Diagrama do Ciclo de Gestão
O diagrama considera, em seu movimento, que a definição das práticas
de gestão e de seus padrões gerenciais está presente na organização de forma
sistemática.
32
Figura 3: Diagrama do Ciclo de Gestão
Fonte: Sistemas de Gestão, Fundação Nacional de Qualidade – FNQ, pg. 8.
O diagrama considera, em seu movimento, que a definição das práticas
de gestão e de seus padrões gerenciais está presente na organização de forma
sistemática.
As práticas, com abrangência adequada ao perfil da organização, são
sistematicamente implementadas e executadas a partir de um planejamento e
verificadas quanto ao cumprimento dos padrões planejados, promovendo ações
de melhoria, sejam corretivas ou preventivas.
Os resultados da aplicação das práticas são então avaliados, suscitando
a implementação de melhorias quanto às práticas adotadas ou quanto aos seus
padrões gerenciais, promovendo, assim o aprendizado e integração do sistema
gerencial.
33
CAPÍTULO III
SISTEMA DE GESTÃO INTEGRADA
3.1 Conceito de Sistema de Gestão Integrada (SGI)
Com a crescente pressão para que as organizações racionalizem seus
processos de gestão, várias delas veem na integração dos Sistemas de Gestão
uma excelente oportunidade para reduzir custos relacionados, por exemplo, à
manutenção de diferentes estruturas de controle de documentos, auditorias,
registros, dentre outros (GODINI E VALVERDE, 2001).
Todo negócio se faz por meio de processos e atividades que apresentam
variabilidade natural e modos potenciais de falhas. Quanto maior for o impacto
que uma eventual falha possa produzir nos resultados do negócio, mais
significativa a falha se tornará, acarretando prejuízos financeiros e perda da
imagem no mercado. Por este motivo, a organização de padrões capazes de
promover a previsibilidade em sistemas de gestão é sempre vantajosa para
qualquer negócio.
O desafio do gestor consiste em adotar as melhores práticas, de forma a
alongar o perfil de vida de sua empresa, quer seja por meio da ampliação dos
mercados, da criação de novos produtos, da incorporação de novas tecnologias,
mas fundamentalmente, por meio da estruturação do seu sistema de gestão.
Sistema de Gestão Integrada pode ser definido como a combinação de
processos, procedimentos e práticas utilizados em uma organização para
implementar suas políticas de gestão e que pode ser mais eficiente na
consecução dos objetivos oriundos delas do que quando há diversos sistemas
individuais se sobrepondo (DE CICCO, 2004b).
A integração dos sistemas de gestão pode abranger diversos temas, tais
como: qualidade, meio ambiente, segurança e saúde ocupacional, recursos
humanos, controle financeiro, responsabilidade social, dentre outros, conforme
esquematizado na figura 4. Contudo, no presente trabalho, serão enfocados os
aspectos relativos à Gestão de Saúde e Segurança do Trabalho (SGSST) e
Gestão Ambiental (SGA), por se entender que esta é a prática mais comum
implementada pelas empresas.
34
Na verdade, não há uma certificação específica para SGI. São três
certificações diferentes (Qualidade, Meio Ambiente e Saúde e Segurança do
Trabalho). Porém, estes sistemas de gestão implementados segundo normas
distintas podem ser integrados.
Figura 4: Modelo de SGI abrangendo vários aspectos
Fonte: Adaptado de QSP, 2003, pg. 25
Verifica-se que na maioria dos casos, as empresas de grande porte têm
tomado a iniciativa de tais implantações. Contudo, acredita-se que a aplicação
dos conceitos de SGI em empresas de porte médio e pequeno pode representar
uma relevante oportunidade de desenvolvimento, objetivando sua permanência
e crescimento no mercado.
Pode ser observado que diversos benefícios podem ser auferidos a partir
de sua implementação. Conforme QSP (2003), algumas vantagens podem ser
citadas, além da redução de custos: simplificação da documentação (manuais,
procedimentos operacionais, instruções de trabalho e registros) e o atendimento
estruturado e sistematizado à legislação ambiental e relativa à saúde e
segurança do trabalho. As vantagens da implantação de um SGI também
incluem:
Diferencial competitivo:
- Fortalecimento da imagem no mercado e nas comunidades;
- Prática da excelência gerencial por padrões internacionais de
gestão;
- Atendimento às demandas do mercado e da sociedade em geral.
35
Melhoria organizacional:
- Reconhecimento da gestão sistematizada por entidades externas;
- Maior conscientização das partes interessadas;
- Atuação pró-ativa, evitando-se danos ambientais e acidentes no
trabalho;
- Melhoria do clima organizacional;
- Maior capacitação e educação dos empregados;
- Redução do tempo e de investimentos em auditorias internas e
externas.
Minimização de fatores de risco:
- Segurança legal contra processos e responsabilidades;
- Segurança das informações importantes para o negócio;
- Minimização de acidentes e passivos;
- Identificação de vulnerabilidade nas práticas atuais.
Conforme já mencionado anteriormente, tal fato deve-se a diversos
fatores, como a compatibilidade das normas de referência utilizadas como
diretrizes para a implantação dos sistemas de gestão. Como já foi dito, a ISO
9001 (Qualidade), ISO 14001 (Meio Ambiente) e OHSAS 18001 (Saúde e
Segurança do Trabalho) possuem a mesma base. O acoplamento dos elementos
do SGSST e do SGA para a integração dos mesmos sobre a estrutura do SGQ,
é facilitado devido ao fato de serem ambos concebidos a partir do modelo PDCA
– Plan, Do, Check, Act (Planejar, Fazer, Checar e Agir – Ciclo de Melhoria
Contínua).
A integração de sistemas separados é possível pela estruturação do
planejamento caracterizado pelo clássico ciclo PDCA e um sistema de análise
de risco apropriado.
3.2 Tipos de implantação de SGI
Conforme as características da empresa que está implementado o SGI,
diferentes caminhos podem ser percorridos durante as etapas de
implementação. Diversos fatores influenciam na decisão de como a mesma será
36
conduzida, como a existência ou não de sistemas de gestão já implantados,
sejam quais forem, a cultura de gestão em vigor na empresa, o planejamento da
direção, considerando objetivos, prazos e motivações. Os recursos financeiros e
humanos também têm grande influência neste processo. Labodová (2003)
propõe duas formas de integração verificadas:
i. Implementação sequencial de sistemas individuais – qualidade, meio
ambiente e saúde e segurança – são combinados, formando o SGI;
ii. Implementação do SGI, sendo que apenas um sistema engloba todas as três
áreas. Para essa forma de implementação, a metodologia escolhida está
baseada nas teorias da análise de risco, cujo significado pode ser usado
como um fator integrador – risco para o meio ambiente, para a saúde e dos
empregados e população ao redor e risco de perdas econômicas decorrentes
a problemas no produto.
Segundo Soler (2002), existem diversas formas de implantação de SGI.
Tais formatos dependem de características próprias da Organização que irá
implantá-los. Desta forma, antes da implementação, deve-se definir a forma de
desenvolvimento do SGI mais adequada e eficiente, que atenda às
necessidades da Organização. Ressalta-se que o atendimento a tais
necessidades não implica necessariamente em um processo formal de
certificação, podendo estar restrito apenas a melhorias nos processos e produtos
da Organização. Soler (2002) explicita esses diferentes formatos de implantação
de SGI.
Sistemas Paralelos:
Os sistemas são separados e, para suas diferentes especificidades
(saúde e segurança do trabalho e meio ambiente), apenas os formatos quanto à
numeração, terminologia e organização são semelhantes. Nessa proposta, a
organização terá dois ou três:
- Representantes da administração;
- Programas de treinamento;
37
- Conjuntos de documentos;
- Programas de controle de documentos e dados;
- Instruções de trabalho;
- Sistemas de gestão de registros;
- Sistemas de calibração;
- Programas de auditoria interna;
- Controles de procedimentos para não-conformidades;
- Programas de ações corretiva e preventiva;
- Reuniões para análise crítica pela administração.
Sistemas Fundidos:
Neste caso, há o compartilhamento de algumas partes dos sistemas de
gestão relacionadas com procedimentos e processos, porém continuam sendo
sistemas separados em várias outras áreas. O grau de integração, em geral,
dependerá da própria organização. Alguns processos podem ser comuns aos
sistemas, como:
- Sistema de registros de programas de treinamento;
- Programa de controle de documentos e dados;
- Sistemas de calibração;
- Sistema de gestão de registros.
Dentre outros itens, a organização continuará tendo dois:
- Representantes da administração;
- Programas de treinamento;
- Conjuntos de documentos;
- Programas de auditoria interna;
- Controles de procedimentos para não-conformidades;
- Programas de ações corretiva e preventiva;
- Reuniões para análise crítica pela administração.
38
Nesse nível de integração, a organização já se encontra caminhando em
direção a uma proposta mais eficiente e menos redundante. Porém, continua
gastando muita energia com a manutenção dos dois sistemas, tendo que
determinar onde um termina e onde o outro começa. Enquanto, por um lado,
temos a proposta de integração parcial dos sistemas fundidos, por outro, temos
a proposta de integração total – a proposta do SGI.
Sistemas Totalmente Integrados:
A proposta do SGI envolve um sistema de gestão homogêneo, adequado
tanto aos requisitos da ISO 14001 e aos da BS 8800 / OHSAS 18001. Todos os
elementos dos sistemas de gestão são comuns, ou seja, há apenas um:
- Conjunto de documentos;
- Política abrangendo os diferentes requisitos;
- Representante da administração;
- Sistema de gestão de registros e de treinamentos;
- Sistema de controle de documentos e dados;
- Conjunto de instruções de trabalho;
- Sistema de calibração de equipamentos;
- Programa de auditoria interna (incluindo uma única equipe de
auditores qualificados);
- Plano de reação às não-conformidades específicas;
- Programa de ações corretiva e preventiva;
- Sistema de gestão de registros;
- Reunião para análise crítica pela administração.
Os elementos relativos aos requisitos de cada uma das normas que não
forem comuns tornam-se procedimentos independentes.
Segundo Soler (2002), “o principal argumento que tem compelido as
empresas a integrar os processos de qualidade, meio ambiente e de segurança
e saúde no trabalho é o efeito positivo que um SGI pode ter sobre os
funcionários. A sinergia gerada pelo SGI tem levado as organizações a atingir
melhores níveis de desempenho, a um custo global muito menor”.
39
Visto que ainda não há uma norma ou guia específico para
implementação de SGI, a mesma deve estar baseada no atendimento aos
requisitos específicos das normas ISO 9001 e ISO 14001, e pelos guias (ou
diretrizes) BS 8800 e OHSAS 18001. Além disso, é importante salientar que não
existe organismo credenciador que tenha estabelecido procedimentos
permitindo a emissão de certificados baseados em SGI. Os requisitos devem,
portanto, contemplar os seguintes elementos:
• Análise crítica inicial;
• Política integrada de meio ambiente e segurança e saúde no trabalho;
• Planejamento, implementação e operação;
• Verificação e ações corretivas;
• Análise crítica pela administração.
Conforme Soto Delgado e Senatore (2001), um possível sistema de elementos
para implantação de SGI está esquematizado na figura 5.
Figura 5: A estrutura do SGI
Fonte: Soto Delgado e Senatore, 2001, pg. 30.
40
Figura 6: Elementos de um SGI – Sistema de Gestão Integrado
Fonte: Adaptado de QSP, 2003, pg. 31.
Conforme mencionado anteriormente, muitas empresas têm verificado a
possibilidade de integração dos Sistemas de Gestão contemplando também a
Responsabilidade Social, através da norma SA 8000. Pode-se citar, como
exemplo, a Petrobrás, nas áreas de abastecimento e em suas refinarias.
41
CAPÍTULO IV
IMPLANTAÇÃO DO SISTEMA DE GESTÃO
INTEGRADO
4.1 Recomendações para a Implantação do Sistema de
Gestão Integrado
Devido as duas maiores vantagens obtidas através da implantação de um
SGI, redução de custos e a melhor utilização dos recursos, é que algumas
organizações vem demonstrando interesse no desenvolvimento de um SGI e
implantação do mesmo em suas unidades de negócios.
Foi a partir deste interesse que surgiu a oportunidade do desenvolvimento
deste trabalho que trará, neste capítulo, recomendações para elaborar um
Sistema de Gestão Ambiental, conforme ISO 14001, e um Sistema de Gestão
de Saúde e Segurança do Trabalho, conforme OHSAS 18001, a partir dos itens
já implantados no Sistema de Gestão da Qualidade, com base na norma ISO
9001, já de maneira totalmente integrada.
4.2 Requisitos Gerais do SGI
Inicialmente é preciso definir o escopo para implementação do SGI, ou
seja, o que está inserido na atuação do sistema de gestão. A organização pode
definir os limites de implementação mais convenientes, podendo ser no âmbito
de toda a empresa ou em parte dela.
4.3 Política do SGI
A política do Sistema de Gestão Integrado deve refletir as intenções da
organização quanto ao seu desempenho de qualidade, ambiental e relativo à
saúde e segurança dos trabalhadores. Esta política deve assegurar o seguinte:
- Que seja apropriada ao propósito da organização, à natureza,
escala e impactos ambientais de suas atividades, produtos e
42
serviços e à natureza e escala dos riscos de saúde e segurança do
trabalho da organização;
- Que inclua um comprometimento com o atendimento aos requisitos
e com a melhoria contínua da eficácia do sgq, com a melhoria
contínua e com a prevenção de poluição e com o comprometimento
com a prevenção de lesões e doenças e com a melhoria contínua
da gestão e do desempenho da saúde e segurança do trabalho;
- Que inclua um comprometimento em atender aos requisitos legais
aplicáveis e outros requisitos subscritos pela organização que se
relacionem a seus aspectos ambientais e aos seus perigos de
saúde e segurança do trabalho;
- Que forneça uma estrutura para o estabelecimento e análise dos
objetivos e metas da qualidade, ambientais e de saúde e segurança
do trabalho;
- Que seja documentada, implementada e mantida;
- Que seja comunicada e entendida por toda a organização;
- Que esteja disponível para todas as partes interessadas; e
- Que seja analisada criticamente para a continuidade de sua
adequação.
Com o principal objetivo de facilitar a comunicação e entendimento de
todos na organização a proposta para elaboração da política do SGI é possuir
comprometimento relacionado à qualidade, meio ambiente e saúde e segurança
do trabalho.
Tão logo a Alta Administração aprove a proposta, deve-se iniciar a
disseminação da mesma por toda a organização. Esta disseminação deve ser
feita através de distribuição de cópias da política a todas as partes interessadas
e conscientização, através de treinamentos, a todos os funcionários diretos e
indiretos.
A fim de comprovar que a Política do SGI esteja documentada, utiliza-se
a data de aprovação pela Alta Direção como correspondente à elaboração
(Revisão 0) do documento e deve-se relacionar a este documento um prazo para
sua análise a fim de verificar sua adequação.
43
4.4 Planejamento do SGI
Considera-se como parte integrante do planejamento do SGI o
levantamento de todos os aspectos ambientais e riscos à saúde e segurança
ocupacionais, bem como a identificação dos que sejam significativos, da
legislação aplicável e do controle necessário para prevenir ou eliminar os
impactos associados.
4.4.1. Identificação de Aspectos e Impactos Ambientais, Perigos e
Danos Ocupacionais e Determinação de Controles
O levantamento dos aspectos e impactos ambientais e a análise de riscos
associados às atividades é um dos pontos mais importantes do planejamento do
SGI, uma vez que será através desta identificação que serão investigadas todas
as atividades, processos e áreas que podem gerar danos ambientais e à saúde
ou segurança dos trabalhadores.
Na identificação dos aspectos e impactos ambientais e dos perigos e
danos associados às atividades devem ser consideradas as atividades
realizadas de forma rotineira e as eventuais, inclusive por terceiros trabalhando
dentro ou fora das instalações da unidade e ainda as possíveis situações de
emergência.
Segundo a ISO 14001:2015, aspecto ambiental é o elemento das
atividades, produtos ou serviços de uma organização, que pode interagir com o
meio ambiente e impacto ambiental é qualquer modificação do meio ambiente,
adversa ou benéfica, que resulte, no todo ou em parte, dos aspectos ambientais
da organização. Um aspecto ambiental é considerado significativo se ele tem ou
pode ter um impacto ambiental significativo. A relação entre aspectos ambientais
e impactos associados é de causa e efeito.
Para iniciar a identificação dos aspectos e impactos ambientais é
necessário que a empresa compreenda suas atividades, produtos e serviços,
pois quase todos eles podem ter algum impacto no meio ambiente, que pode ser
local, regional ou global, de curta ou longa duração e com variados níveis de
significância. Há necessidade que cada processo que esteja incluído no escopo
do SGI seja analisado, verificando entradas e saídas de materiais ou energia,
44
tecnologias utilizadas, instalações e localizações, métodos de transporte e
fatores humanos. Após a análise dos processos, deve-se relacionar seus
aspectos ambientais, os impactos relacionados aos mesmos e avaliar as suas
significâncias.
Um perigo é considerado como fonte, situação ou ato com potencial para
provocar danos humanos em termos de lesão ou doença, ou uma combinação
destas e um risco é a combinação da probabilidade de ocorrência de um evento
perigoso ou exposição com a gravidade da lesão ou da doença que pode ser
causada pelo evento, estes conceitos são conforme descritos na OHSAS
18001:2007.
Para a identificação de perigos e danos, também é necessário que os
processos do SGI sejam profundamente analisados, a fim de detectar os perigos
relacionados a cada um deles, os danos associados aos perigos identificados e
indicar o nível destes riscos, verificando se os mesmos são toleráveis ou se não
são toleráveis. Após a identificação dos perigos e danos associados, é
importante que sejam descritas as medidas para monitoramento e controle dos
riscos, especialmente os riscos não-toleráveis.
Como proposta para levantamento integrado de aspectos e impactos
ambientais e perigos e danos, elaborar uma planilha com o cabeçalho conforme
Tabela 1 abaixo:
Quadro 2: Principais Aspectos Ambientais e Impactos Associados e Danos à Saúde e Segurança dos Trabalhadores.
Fonte: Rochéle Cristiane Velho, 2009, pg. 33.
Esta planilha servirá de base para as Planilhas de Avaliação de Aspectos
Ambientais e de Avaliação de Perigos e Riscos, conforme Tabelas 2 e 3 abaixo,
nas quais serão demonstradas as significâncias de impactos ambientais e o nível
dos riscos à saúde e segurança dos trabalhadores.
45
Quadro 3: Planilha de Avaliação de Aspectos Ambientais
Fonte: Rochéle Cristiane Velho, 2009, pg. 34.
Quadro 4: Planilha de Avaliação de Perigos e Danos.
Fonte: Rochéle Cristiane Velho, 2009, pg. 34.
46
De posse das duas planilhas preenchidas, pode-se considerar a questão
de identificação de aspectos e impactos ambientais e perigos e riscos finalizada,
porém as mesmas devem ser periodicamente revisadas a fim de verificar a
adequação dos itens levantados e das medidas de controle propostas.
4.4.2. Requisitos Legais e Outros
Os requisitos legais são quaisquer requisitos ou autorizações emitidas por
uma autoridade governamental e que tenham força de lei. Atender a estes
requisitos é um compromisso essencial de um Sistema de Gestão Integrado.
Além disto, é importante que a organização verifique a existência de outros
requisitos aplicáveis que necessitam ser cumpridos.
Como proposta para implementação deste requisito tem-se a criação de
um procedimento para identificar e acessar as informações, contratar uma
empresa prestadora de serviços de atualização de legislação e elaboração de
um registro que contenha todos os requisitos a serem atendidos e que possa ser
atualizado sempre que um novo item for acrescentado.
Para melhor entendimento de quais serviços devem ser contratados, é
necessário saber que a consultoria que venha a realizar a atualização da
legislação deve criar um banco de dados com toda a legislação no âmbito
ambiental e de saúde e segurança do trabalho que deve ser atendida pela
organização. Após a criação do banco de dados a consultoria precisa
estabelecer a periodicidade e forma de envio das informações atualizadas.
4.4.3. Objetivos, Metas e Programas
O estabelecimento de objetivos e metas tem a finalidade de atender aos
compromissos estabelecidos na Política do SGI e atingir outras metas da
organização. Recomenda-se que as metas sejam específicas, mensuráveis e
com prazos determinados. Há necessidade de elaborar indicadores, pois são
estes que indicarão o alcance dos objetivos e metas da organização.
A fim de demonstrar uma maneira de elaboração dos objetivos e metas,
será proposto um objetivo para o SGQ, outro para o SGA e o último para o
SGSST.
47
Objetivo da Qualidade: Aumento na Satisfação de Clientes.
- Meta: Aumentar em 10% o nível de satisfação de clientes
- Prazo: 12 meses
- Indicador: Nível de Satisfação dos Clientes
Objetivo Ambiental: Redução no Consumo de Água Limpa
- Meta: Reduzir o consumo de água limpa por tonelada de papel produzido em 10%.
- Prazo: 12 meses
- Indicador: Consumo Específico de Água
Objetivo de Saúde e Segurança do Trabalho: Redução nos Índices de
Acidentes sem Afastamento
- Meta: Reduzir em 10% o número de acidentes sem afastamento
- Prazo: 12 meses
- Indicador: Taxa de Frequência
A implementação de programas é necessária para que seja descrito como
os objetivos e metas serão atingidos. Eles identificam os meios e ações que
devem ser implementados, pois para atingir seus objetivos, uma Organização
deve assegurar que fatores técnicos, administrativos (financeiros, equipamentos
e logística) e humanos (treinamento) que afetem as atividades da empresa sejam
adequadamente controlados e incorporados ao sistema de gestão. Também é
necessário incluir a designação de responsabilidades, o local onde serão
aplicadas as medidas, o meio pelo qual os objetivos serão alcançados e o
cronograma no qual os objetivos serão atingidos.
Como o SGI será implementado tendo como base o SGQ, será possível
utilizar o Plano de Melhoria já existente a fim de implantar os programas que
definirão o caminho a ser percorrido para atingir os objetivos definidos.
48
4.5 Implementação e Operação do SGI
Conforme ISO 14004:2007, ampliando ao SGI, recomenda-se que uma
organização providencie recursos, capacitação, estruturas e mecanismos de
suporte necessários para:
- Atender a sua política do SGI, seus objetivos e suas metas;
- Responder a alterações de seus requisitos;
- Comunicar-se sobre questões do SGI com as partes interessadas; e
- Fornecer condições para a operação e melhoria contínua do SGI, visando aumentar seu desempenho.
As propostas apresentadas nos itens a seguir poderão demonstrar como
uma organização deve se ordenar a fim de atender as necessidades listadas
acima.
4.5.1. Recursos, Funções, Responsabilidades e Autoridades
Para que se consiga ter um SGI eficaz, é necessário que funções,
responsabilidades e autoridades sejam definidas, documentadas e comunicadas
e que os recursos apropriados sejam fornecidos.
Como proposta para a definição das funções, responsabilidades e
autoridades é necessário que se tenha uma estratégia voltada para a valorização
dos funcionários, pois é interessante que ocorra uma administração onde todos
sejam responsáveis pela manutenção, implementação, e atualização do Sistema
de Gestão Integrado. Todo funcionário é responsável pela área na qual trabalha,
prevalecendo a autoridade, o conhecimento técnico e, principalmente, a
responsabilidade de seus superiores diretos no que tange a manutenção local
do SGI.
Com o objetivo de organizar, facilitando a comunicação das definições, as
funções, suas responsabilidades, autoridades e a inter-relação do pessoal que
administra, desempenha e verifica as atividades que influenciam na qualidade
dos produtos, na prevenção quanto a danos ambientais, na prevenção de
49
doenças ocupacionais e acidentes do trabalho, deve estar descrita em uma
matriz, bem como descrita nos documentos do SGI.
Para facilitar a realização da definição das funções, responsabilidades e
autoridades dentro do SGI, sugere-se seguir os seguintes passos:
Definir as responsabilidades da Alta Direção: no caso em estudo,
considera-se Alta Direção como o Gerente da Unidade;
Definir as responsabilidades do Representante da Direção: a função
que desempenhará este papel deve ser a Analista do Sistema de
Gestão da Qualidade e Meio Ambiente;
Definir as responsabilidades das lideranças: as funções consideradas
como liderança são as de Supervisão e Coordenação;
Documentar funções, responsabilidades e autoridades: conforme
descrito acima, esta descrição será feita nos documentos do SGI e em
uma matriz que terá informações das funções, suas responsabilidades
e autoridades e suas inter-relações.
Comunicar as funções, responsabilidades e autoridades: a
comunicação ocorre por meio dos treinamentos realizados desde o
início da pessoa na função.
Os recursos, que podem ser considerados recursos humanos,
qualificações específicas, tecnologias, infraestrutura e financeiros, devem ter sua
disponibilidade assegurada afim de realizar a manutenção do SGI. O sistema
atual de definição dos recursos necessários pode ser utilizado para garantir a
disponibilização dos mesmos na manutenção do SGI.
Este sistema consiste em elencar todas as necessidades das áreas,
sejam elas necessidades financeiras para realização das rotinas das atividades
relacionadas aos processos, necessidades de investimentos em geral
(tecnologias, infraestrutura, entre outros) ou necessidades de capacitação de
pessoal. O período para levantamento das necessidades ocorre no segundo
semestre de cada ano, as aprovações ocorrem ao final de cada ano e a liberação
dos recursos ocorre durante o ano seguinte. Esta sistemática garante a
disponibilização dos recursos adequados às necessidades levantadas para a
manutenção eficaz do SGI.
50
4.5.2. Competência, Treinamento e Conscientização
Todas as pessoas que possam afetar à qualidade do produto ou o SGQ,
que executem atividades que podem causar aspectos ambientais significativos
reais, ou potenciais, ou impactos associados, ou impactos na saúde e segurança
ocupacional, devem ser competentes com base em formação adequada,
treinamento, habilidades e/ou experiência.
Atualmente existem documentos do SGQ que:
- Descrevem os requisitos de competência para cada função;
- Identificam as necessidades de treinamento;
- Demonstram o plano de treinamento para cada função;
- Registram do treinamento realizado; e
- Realizam a avaliação da eficácia.
Para adequação desta sistemática ao SGI é importante que sejam
incluídos os seguintes assuntos na definição das competências para o pessoal
envolvido: capacitação sobre o SGI da empresa, sobre os impactos ambientais
e riscos decorrentes de cada atividade. Esta sistemática é válida para
funcionários diretos e também para os indiretos.
4.5.3. Comunicação, Participação e Consulta
A organização deve ter uma sistemática para assegurar que as
informações pertinentes ao SGI sejam comunicadas aos funcionários e partes
interessadas. Esta sistemática deve incluir meios de comunicação interna e
externa. A comunicação interna ocorre entre os níveis e funções dentro da
organização e tem importância fundamental para a eficácia do SGI. Já a
comunicação externa ocorre com as demais partes interessadas externas à
organização e pode ser uma ferramenta importante e eficaz na gestão integrada.
Deverá ser desenvolvida uma sistemática para recebimento,
documentação e resposta a comunicações pertinentes oriundas de partes
interessadas externas, também para consultar funcionários indiretos quando
existirem mudanças que afetem a sua saúde e segurança do trabalho, para
51
assegurar que, quando apropriado, as partes interessadas externas pertinentes
sejam consultadas sobre assuntos de saúde e segurança do trabalho relevantes
e para a participação dos trabalhadores através de:
Seu envolvimento apropriado na identificação de perigos, na avaliação
de riscos e na determinação de controles;
Seu envolvimento apropriado na investigação de incidentes;
Seu envolvimento no desenvolvimento e análise crítica das políticas e
objetivos de saúde e segurança ocupacional;
Consulta quando existirem quaisquer mudanças que afetem sua saúde
e segurança ocupacional; e
Representação nos assuntos de saúde e segurança ocupacional.
4.5.4. Documentação
É importante que a organização documente e mantenha atualizada toda
a documentação necessária para assegurar que seu Sistema de Gestão
Integrado possa ser adequadamente compreendido e operado com eficiência e
eficácia.
A documentação existente do SGQ deve ser revisada a fim de incluir as
informações relativas ao Meio Ambiente e Saúde e Segurança do Trabalho. A
proposta para estrutura de documentação para SGI inclui:
Manual do Sistema de Gestão Integrado;
Procedimentos para:
- Avaliação de Aspectos e Impactos e Perigos e Danos;
- Identificação e Avaliação de Atendimento de Requisitos Legais
e Aplicáveis;
- Controle de Documentos e Registros;
- Competência, Treinamento e Conscientização;
- Plano de Atendimento às Emergências;
- Controle de Produto Não-conforme;
- Preservação de Produto;
52
- Desenvolvimento ou Adequação de Produto;
- Desenvolvimento de Processos;
- Política e Objetivos do SGI;
- Identificação e Rastreabilidade
- Retratos de Processos do SGI;
- Auditoria Interna;
- Calibração de Equipamentos de Medição e Monitoramento;
- Aquisição;
- Análise Crítica Pela Alta Direção; e
- Vendas.
Instruções de Trabalho que contenham informações específicas para a
realização de uma atividade;
Especificações que contenham requisitos para atendimento de
processo e produto;
Metodologias de Ensaio que descrevam como se deve executar um
ensaio num insumo ou num produto;
Registros que são documentos que apresentam resultados obtidos ou
fornecem evidências de atividades realizadas.
4.5.5. Controle de Documentos
Todos os documentos relacionados ao sistema de gestão devem ser
identificados e controlados. Possuir um procedimento de controle de
documentos e registros, que contempla todos os requisitos das normas, ISO
9001, ISO 14001 e OHSAS 18001, relacionados ao controle de documentos.
Para dar suporte a esta sistemática, normalmente é utilizado o software de
gestão.
Tanto a sistemática como a utilização do software devem ser utilizados na
implementação do SGI.
53
4.5.6. Controle Operacional
É necessário que a organização aplique controles operacionais para
atender aos compromissos de sua política do SGI, objetivos e metas e requisitos
legais e outros aplicáveis. O planejamento de controles operacionais eficazes e
eficientes deve ser elaborado com base na identificação de pontos onde estes
controles são necessários e quais são os seus propósitos.
A fim de identificar a necessidade de implementação de um controle
operacional ou de modificação do mesmo, deve-se realizar uma análise em seus
processos e verificar em quais pontos deve-se:
- Gerenciar os aspectos ambientais significativos e os perigos
identificados;
- Assegurar atendimento aos requisitos legais e outros
aplicáveis;
- Atingir os objetivos e metas e assegurar a consistência da
política do SGI; e
- Evitar ou minimizar os riscos ambientais e de saúde e
segurança do trabalho.
Depois de identificadas as necessidades de implementação de um
controle operacional, deve-se definir como será estabelecido e, para isto, é
necessário:
- Definir o método de controle;
- Selecionar critérios aceitáveis de operação;
- Estabelecer sistemáticas que definam como as operações
identificadas têm que ser planejadas realizadas e controladas; e
- Documentar estas sistemáticas seja na forma de documentos
do sistema de gestão, ou de controles físicos, vídeos, fotos,
entre outros.
Os controles operacionais devem ser mantidos e avaliados
periodicamente para sua contínua eficácia.
54
Para implementar este requisito, propõe-se que a empresa utilize as
planilhas de identificação dos aspectos ambientais e de perigos e danos, a fim
de identificar quais operações necessitam que sejam implantados os
controles operacionais. Após, verifica-se quais procedimentos, instruções de
trabalho e demais documentos do SGQ podem ser revisados a fim inserir as
informações referentes aos controles operacionais.
Para toda a operação onde for verificada a existência de aspecto
ambiental significativo ou de perigo relacionado à saúde e segurança do trabalho
e não houver um documento base do SGQ para descrever seus controles,
ressaltando os preventivos, deve-se elaborar um meio para estabelecer o
controle operacional, seja por documento do sistema de gestão, como uma
instrução de trabalho, ou outro tipo de meio.
4.5.7. Preparação e Respostas às Emergências
A organização deve estabelecer, implementar e manter procedimentos
para identificar potenciais situações de emergência e potenciais acidentes que
possam ter impacto sobre o meio ambiente ou sobre a saúde e segurança
ocupacional, e como será a resposta a eles.
Para que a organização atenda a este requisito, propõe-se que seja
elaborado um plano de emergência, que identifique e forneça equipamentos
apropriados para atender a estas emergências e teste periodicamente sua
capacidade de atendimento, por meio de simulados.
Na elaboração do plano de emergência, sugere-se incluir os seguintes
itens:
- Identificação dos acidentes e emergências potenciais;
- Identificação da pessoa que ficará como responsável durante
o atendimento à emergência;
- Detalhamento das ações a serem desenvolvidas pelo pessoal
durante a emergência, incluindo as medidas a serem tomadas
por pessoas externas que se encontram no local da
emergência;
- Treinamentos necessários para capacitação do pessoal que
55
estará envolvido no atendimento à emergência;
- Definição de responsabilidade, autoridade e obrigações do
pessoal com funções específicas durante a emergência;
- Descrição de procedimentos de evacuação;
- Identificação e localização de materiais perigosos e medidas
de emergência necessárias;
- Interligação com serviços externos de emergência;
- Comunicação com organismos oficiais, com os vizinhos e com
o público;
- Proteção de registros e equipamentos críticos; e
- Disponibilidade das informações necessárias durante a
emergência.
Os equipamentos apropriados ao atendimento de emergências devem, no
mínimo, conter:
- Sistemas de alarme;
- Energia elétrica e iluminação de emergência;
- Rotas de fuga;
- Abrigos seguros;
- Válvulas, chaves e interruptores de isolamento críticos;
- Equipamentos de combate a incêndios;
- Equipamentos para evitar acidentes ambientais;
- Kits mitigação no caso de acidentes ambientais;
- Equipamentos de primeiros socorros; e
- Instalações para comunicação.
Os treinamentos necessários para capacitação do pessoal no
atendimento às emergências como, por exemplo, para a brigada de emergência,
devem ter um plano específico para sua realização e a avaliação da eficácia dos
mesmos pode ocorrer através da realização dos simulados, a fim de verificar se
todos os envolvidos estão atuando de forma correta no atendimento.
56
Para os simulados propõe-se que exista uma programação
predeterminada para realização dos mesmos. Deve-se realizar análises críticas
da realização destes simulados, a fim de gerar ações para melhorias na
sistemática de atendimento às emergências.
4.6 Verificação
Verificação envolve medição, monitoramento e avaliação do SGI de uma
organização.
4.6.1. Monitoramento e Medição
A organização deve identificar os parâmetros-chave de desempenho para
avaliar a eficácia do seu SGI. Uma vez identificado o que deve ser avaliado tem-
se que elaborar uma sistemática para medir e monitorar regularmente o
desempenho do seu SGI. O monitoramento envolve a coleta de informações, tais
como medições ou observações ao longo do tempo, sendo que as medições
podem ser qualitativas ou quantitativas.
Este requisito também solicita que a organização assegure que
equipamentos de monitoramento e medição calibrados ou verificados sejam
utilizados e mantidos, devendo-se reter os registros apropriados. Um controle de
dispositivos de medição e monitoramento, pode ser utilizado na íntegra para
implementação do SGI, tendo como única necessidade a inclusão dos
equipamentos utilizados nos monitoramentos e medições ambientais ou de
saúde e segurança do trabalho na lista de equipamentos a serem calibrados.
4.6.2. Avaliação do Atendimento a Requisitos Legais e Outros
A organização deve estabelecer uma frequência e metodologia para
avaliação do atendimento aos requisitos legais e outros aplicáveis. Um meio de
avaliação de atendimento a estes requisitos pode ser integrado a outras
atividades de avaliação, que podem incluir: auditorias do sistema de gestão,
avaliações ambientais e de saúde e segurança do trabalho, inspeções e
verificações de qualidade, entre outros.
57
Para este requisito propõe-se que o procedimento a ser elaborado a fim
de atender ao requisito legais, além de descrever a sistemática de identificação
dos requisitos a serem atendidos, também deve informar como será realizada a
avaliação do atendimento aos requisitos legais e outros aplicáveis identificados.
4.6.3. Investigação de Incidentes, Não-conformidades, Ação
Corretiva e Ação Preventiva
Para que um SGI seja continuamente eficaz, a organização deve ter uma
sistemática para investigar e tratar incidentes e não-conformidades, com a
finalidade de implementar ações de correção, corretivas ou preventivas.
Uma sistemática que trata das situações que podem ocasionar uma não-
conformidade, como a mesma deve ser tratada e também define como ações
corretivas ou preventivas devam ser implementadas. Para adequação ao SGI,
esta sistemática, deve ser revisada a fim de alterar as situações nas quais pode
ocorrer uma não-conformidade e de inserir o procedimento de análise de
incidentes que atualmente ocorre como uma das ações desenvolvidas pela área
de Segurança do Trabalho.
4.6.4. Controle de Registros
Os registros devem fornecer evidência da operação contínua e dos
resultados do SGI. É importante que a organização determine quais registros
serão requeridos para gerenciar eficazmente suas questões de Qualidade, Meio
Ambiente e Saúde e Segurança do Trabalho.
O controle de documentos deve contemplar todos os requisitos das
normas, ISO 9001, ISO 14001 e OHSAS 18001, relacionados ao controle de
registros. Também deve existir uma instrução de trabalho, que informa como o
registro é identificado, armazenado, protegido, recuperado, retido e descartado.
4.6.5. Auditoria Interna
A auditoria do Sistema de Gestão Integrado é um processo pelo qual as
organizações podem analisar criticamente e avaliar continuamente a eficácia do
SGI.
58
A sistemática que define os parâmetros para realização das auditorias
internas define como é feito o planejamento para realização da auditoria interna,
as qualificações que os auditores internos devem ter, como é realizada a
auditoria, como os resultados são informados e como os mesmos devem ser
tratados. Com a finalidade de adequar esta sistemática para a implementação
do SGI, deve-se apenas verificar as qualificações dos auditores internos, pois os
mesmos deverão ter conhecimento das normas ISO 14001 e OHSAS 18001.
4.7 Análise Crítica do SGI pela Alta Direção
A organização precisar analisar periodicamente e aprimorar
continuamente seu SGI, com o objetivo de aprimorar seu desempenho em geral.
A alta administração da organização, em intervalos por ela predeterminados,
deve analisar criticamente o Sistema de Gestão Integrado, para assegurar sua
conveniência, adequação e eficácia contínuas.
Para atender aos requisitos da ISO 9001, que define os períodos de
realização da análise, as informações de entrada, de saída e demais tratativas.
Para adequação é necessário que sejam descritas as entradas e saídas
referentes ao Sistema de Gestão Ambiental e ao Sistema de Gestão de Saúde
e Segurança do Trabalho.
4.8 Recursos Necessários para a Implantação do Sistema de Gestão Integrado
Abaixo tem-se uma metodologia, descrita no quadro 5, para implementação do SGI e a relação com os recursos necessários para tal atividade.
ETAPAS DA METODOLOGIA
RECURSOS
HUMANOS FINANCEIROS INFRA-
ESTRUTURA
QUALIFICAÇÃO
1. Formação de uma equipe com o Coordenador
e os Facilitadores para auxiliarem os trabalhos
relativos à implementação.
OBS.: Devido o quadro de funcionários atual das
áreas de Qualidade, Meio Ambiente e Segurança
do Trabalho, será necessário a contratação de,
pelo menos, mais duas pessoas que, inicialmente
podem ser estagiários na área de Meio Ambiente
e Segurança do Trabalho.
X
X
59
2. Disponibilizar um local com os devidos
equipamentos (computadores, impressoras,
softwares, entre outros) para o desenvolvimento
dos trabalhos da equipe de implementação do
SGI.
X
X
3. Realização de treinamentos com a equipe para
capacitação dos membros. Estes treinamentos
devem ser de Interpretação e Implementação das
Normas ISO 14001 e OHSAS 18001, Legislação
Aplicada a Área Ambiental e de Saúde e
Segurança do Trabalho, Levantamento de
Aspectos e Impactos Ambientais e Perigos e
Danos, Auditoria Interna dos Sistemas de Gestão
com base nas Normas ISO 9001, ISO 14001 e
OHSAS 18001, entre outros que se façam
necessários.
X
X
4. Aquisição de serviço de atualização de
legislação Ambiental e de Saúde e Segurança do
Trabalho.
X
5. Realização de uma Análise Crítica inicial dos
Sistema de Gestão Ambiental e de Saúde e
Segurança, conforme normas ISO 14001 e
OHSAS 18001.
X
6. Elaboração de um plano e cronograma de
implementação, com base na análise crítica
inicial.
X
7. Oficialização do plano e do cronograma de
implementação.
X
8. Realização de treinamentos para os demais
funcionários da empresa.
X X X
9. Identificação do Aspectos e Impactos
Ambientais, Perigos e Danos.
X
10. Elaboração de proposta para a Política e
Manual do SGI.
X
11. Adequação da documentação do SGQ ou
elaboração de novos documentos, quando
necessário.
X
12. Implementação da documentação do SGI. X X X X
13. Realização de uma auditoria inicial para
verificar o atendimento aos requisitos das normas
constituintes do SGI.
X
14. Realização de ações corretivas, caso sejam
verificadas não-conformidades na auditoria inicial.
X X X X
15. Solicitar a certificação do SIG. X X
Quadro 5: Metodologia para implementação de um SGI e os recursos necessários.
Fonte: Rochéle Cristiane Velho, 2009, pgs. 47 e 48.
A implementação de um Sistema de Gestão Integrada na empresa, possibilita o aumento considerável de relações comerciais com novos clientes,
60
locais ou regionais. Aliado ao desenvolvimento comercial, há também o efeito do marketing positivo, decorrente da “venda” da imagem de uma empresa preocupada com as questões de meio ambiente e saúde e segurança do trabalho. Em um ambiente empresarial de extrema competitividade, a implantação do SGI nas organizações pode servir para reafirmar, perante as partes interessadas – clientes, órgãos fiscalizadores e comunidade – a preocupação que têm com esses assuntos, conferindo-lhes credibilidade.
Com todas as etapas de implantação do SGI concluídas, pode-se afirmar que a empresa está estruturada de forma extremamente vantajosa em termos econômicos, sociais, ambientais e éticos para se destacar no mercado.
61
CONCLUSÃO
Atualmente as organizações buscam a redução de custos em todos os
seus processos e atividades, sendo que uma grande oportunidade para realizar
esta redução está na integração dos sistemas de gestão, uma vez que não
acontecerá mais a necessidade de ocorrer o desenvolvimento ou manutenção
de sistemas separados ou de inúmeros programas e ações que acabam por se
superpor, na maioria dos casos, acarretando gastos desnecessários. A
manutenção de vários sistemas de gestão separados se torna muito dispendioso
tanto para uma pequena empresa, como para uma grande multinacional.
Além de redução de custo, as empresas, também obtém como resultado
da implantação de um Sistema de Gestão Integrado os seguintes itens:
Geração de resultados: através do estabelecimento, alcance e
manutenção das metas empresariais e estratégicas, através da
busca contínua das melhores práticas.
Modelo integrado: com tomada de ações interligadas e
ordenadas visando atender às necessidades de mercado
(partes interessadas).
Identidade única: através da uniformização da linguagem e da
padronização de ações.
Manutenção do conhecimento: por meio do comprometimento
dos profissionais no desenvolvimento de uma cultura voltada à
retenção do conhecimento dos processos, gestão da inovação
e promoção da excelência da gestão.
Além destes resultados, as organizações alcançam muitas outras
vantagens com a integração de seus sistemas de gestão, as quais foram vistas
no início do desenvolvimento deste trabalho, que teve como seu objetivo a
apresentação de uma proposta de implementação para todos os requisitos de
um Sistema de Gestão Integrado de Qualidade, Meio Ambiente e Saúde e
Segurança do Trabalho.
Após a descrição de todas as propostas para implementação dos
requisitos do SGI, é fácil verificar os pontos de maior dificuldade, a estrutura
62
corporativa da empresa que acaba por tratar as áreas de Qualidade, Meio
Ambiente e Saúde e Segurança do Trabalho como subáreas dentro de Diretorias
diferentes, o que necessita de uma alteração nesta estrutura transformando a
mesma em locais, ou seja, a gestão destes assuntos são de responsabilidade
do Gerente de Unidade, conforme foi tratado neste estudo de caso.
Outro fator que acarreta em dificuldade para a implantação de um SGI é
o quadro funcional muito enxuto na unidade em questão. O número de pessoas
envolvidas nas questões ambientais e de saúde e segurança do trabalho deve
ser revisto, a fim de aumentar o quadro para realização das atividades
relacionadas a estes assuntos.
Dentro das necessidades verificadas para implementação do SGI, é
provável que os recursos financeiros possam representar uma dificuldade, que
deve ser sanada com uma eficaz capacitação do grupo escolhido para trabalhar
na implementação a fim de que não ocorra a necessidade da contratação de
consultorias para a realização de algum dos itens propostos para o SGI.
A sistemática de realização de treinamentos / capacitação para o SGQ
deve ser bastante robusta e para sua adequação ao SGI só será necessária a
inclusão dos assuntos relacionados aos aspectos e impactos ambientais e
perigos e danos. Os requisitos referentes aos documentos, registros e seus
controles devem possuir procedimentos bem descritos que demonstram que a
adequação da documentação existente e a elaboração de documentos
necessários serão atividades de fácil execução. Já para o controle de
documentos e registros a utilização de uma ferramenta, um software, pode ser
usado sem necessitar qualquer alteração na mesma.
No atendimento às emergências formar uma brigada de emergência e a
mesma devendo estar devidamente capacitada, inclusive na realização dos
simulados seriam utilizados para apontar as necessidades de melhoria na
capacitação do pessoal envolvido. As sistemáticas existentes para a
investigação de incidentes e não-conformidades e implantação de ações
corretivas e preventivas, adequadas para a implantação do SGI bastando
apenas unir todas estas sistemáticas que ocorrem em paralelo, num mesmo
procedimento.
A pesquisa também teve a intenção de contribuir com informações que
demonstram a importância da implementação do Sistema Gestão Integrado que
63
envolve a gestão da Qualidade, da Segurança e Saúde Ocupacional e do Meio
Ambiente, para empresas que estão inseridas num contexto de mudanças e
adequação, mediante as exigências de mercado.
Os objetivos específicos da pesquisa se resumem em analisar as etapas
principais do processo de implantação e implementação, investigar as
dificuldades encontradas nesse processo e analisar os resultados. Em relação
às etapas principais, foram descritas e analisadas e quanto ao método utilizado
verificou-se que foi adequado ao planejamento estabelecido.
As dificuldades que podem ser encontradas na etapa de implementação
demonstraram que as pessoas, de forma geral, podem se sentir inseguras,
desconfortáveis e com receio de maior quantidade de trabalho. Qualquer
mudança que altere a rotina diária ou que vise uma alteração comportamental,
ou até mesmo cultural, pode causar um grande impacto emocional, mas depois
que os resultados aparecem perceber-se a melhoria nos processos.
A integração das três normas num único Sistema de Gestão gera efeitos
positivos internamente, pois aumenta o grau de comprometimento dos
funcionários em relação à qualidade dos serviços e possibilita o engajamento
nas ações de educação ambiental e de segurança e saúde no trabalho.
Os efeitos positivos externos também podem ser observados, com a
implantação do SGI pôde concretizar parte da sua estratégia empresarial.
Assim, a implantação do SGI é considerada uma estratégia de negócios
para as empresas, tornando-as mais eficiente e competitiva, aumentando a sua
participação nos processos de concorrências e licitações.
64
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ÍNDICE
FOLHA DE ROSTO 02 AGRADECIMENTOS 03 DEDICATÓRIA 04 RESUMO 05 METODOLOGIA 06 LISTA DE FIGURAS 07 LISTA DE QUADROS 08 LISTA DE SIGLAS 09
SUMÁRIO ........................................................................................................ 10 INTRODUÇÃO ................................................................................................ 11 CAPÍTULO I .................................................................................................... 13 REVISÃO DA LITERATURA ........................................................................... 13 CAPÍTULO II ................................................................................................... 27 SISTEMA DE GESTÃO ................................................................................... 27
2.1 Definição de Sistema de Gestão 28 2.2 Estrutura do Sistema de Gestão 29
CAPÍTULO III .................................................................................................. 33 SISTEMA DE GESTÃO INTEGRADA ............................................................. 33
3.1 Conceito de Sistema de Gestão Integrada (SGI) 33 3.2 Tipos de implantação de SGI 35
CAPÍTULO IV .................................................................................................. 41 IMPLANTAÇÃO DO SISTEMA DE GESTÃO INTEGRADO ........................... 41
4.1 Recomendações para a Implantação do Sistema de Gestão Integrado 41 4.2 Requisitos Gerais do SGI 41 4.3 Política do SGI 41 4.4 Planejamento do SGI 43 4.5 Implementação e Operação do SGI 48 4.6 Verificação 56 4.7 Análise Crítica do SGI pela Alta Direção 58 4.8 Recursos Necessários para a Implantação do Sistema de Gestão Integrado 58
CONCLUSÃO .................................................................................................. 61 BIBLIOGRAFIA ............................................................................................... 64