Post on 26-Jul-2020
UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES
PÓS-GRADUAÇÃO “LATO SENSU”
AVM FACULDADE INTEGRADA
A CONTRIBUIÇÃO DOS JOGOS E BRINCADEIRAS NO
DESENVOLVIMENTO COGNITIVO DA CRIANÇA
Por: Camilla Bomfim do Nascimento
Orientador
Profa. Fabiane Muniz
Rio de Janeiro
2014
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UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES
PÓS-GRADUAÇÃO “LATO SENSU”
AVM FACULDADE INTEGRADA
A CONTRIBUIÇÃO DOS JOGOS E BRINCADEIRAS NO
DESENVOLVIMENTO COGNITIVO DA CRIANÇA
Apresentação de monografia à AVM Faculdade
Integrada como requisito parcial para obtenção do
grau de especialista em Psicopedagogia.
Por: Camilla Bomfim do Nascimento
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AGRADECIMENTOS
Aos meus pais, Jurema e Iberê por terem
me incentivado a continuar meus estudos
e nunca me deixaram desistir.
Ao meu noivo Bruno, por estar sempre ao
meu lado me apoiando e dando
conselhos em todos os momentos da
minha vida.
4
DEDICATÓRIA
À minha família que sempre me
apoiou, dando forças para continuar e
aos meus amigos que dividiram comigo
essa experiência e por cada palavra de
incentivo que me deram.
5
RESUMO
Na infância, a atividade lúdica se confunde com a própria vida. Brincar é uma
ocupação muito séria. As brincadeiras facilitam o crescimento corporal, o
aumento da força, de resistência física e coordenação motora. Contribuem
para a vida afetiva, propiciam a socialização da criança e a formação de papéis
morais. A literatura nos mostra que a definição do brincar vem mudando ao
longo do tempo. O presente trabalho tem como objetivo analisar a maneira
com que as brincadeiras infantis contribuem para o desenvolvimento cognitivo
das crianças.
Palavras Chave: Brincar; Educação Infantil; Criança.
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METODOLOGIA
A metodologia utilizada para este estudo parte de uma pesquisa e
revisão bibliográfica em artigos científicos. O trabalho é baseado em pesquisa
e o tema proposto apresenta a contribuição do brincar no desenvolvimento
infantil.
O presente trabalho será embasado na proposta de autores renomados
como Levy Vygotsky, Tizuko Kishimoto, Mara Schoenberger entre outros.
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SUMÁRIO
INTRODUÇÃO 08
CAPÍTULO I - O despertar pelo brincar 10
CAPÍTULO II - O brincar e a educação infantil 14
CAPÍTULO III – Brincar: um direito de todos! 20
CAPÍTULO IV – Exemplos de jogos e brincadeiras 27
CONCLUSÃO 35
BIBLIOGRAFIA 37
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INTRODUÇÃO
Este estudo tem como objetivo analisar como as brincadeiras infantis
contribuem para o desenvolvimento cognitivo das crianças.
É importante ressaltar que o lúdico na Educação Infantil tem por
finalidade promover a interação social, o desenvolvimento das habilidades
físicas e intelectuais dos alunos, ajudando-os a viver em grupo, trocar ideias,
saber ouvir e participar, descobrir coisas novas, participar de jogos variados de
forma ordenada e interiorizar regras de convívio em grupo.
Busco através desta monografia, ressaltar a compreensão da
importância da educação lúdica para um processo de ensino-aprendizagem
prazeroso, criativo e enriquecedor, buscando desmitificar o papel do brincar na
realidade das crianças. Mas o que é o brincar?
Brincar, segundo FERREIRA (2008), quer dizer divertir-se, recrear - se,
entreter-se agindo como se estivesse a vivenciar certa situação. Ou seja, ao
brincar a criança se diverte, alegra-se infantilmente, imagina várias situações
diferentes através do faz-de-conta, contribuindo assim para a formação de
valores e atitudes para a vida inteira.
A brincadeira é uma linguagem natural da criança e é importante que
esteja presente na escola desde a educação infantil para que o aluno possa se
colocar e se expressar através de atividades lúdicas – considerando-se
atividades lúdicas as brincadeiras, os jogos, a música, a arte, a expressão
corporal, ou seja, atividades que mantenham a espontaneidade das crianças.
É brincando que a criança amadurece, realiza seus sonhos, extravasa
seus medos, imita seus pais e o mundo adulto, testa seus limites. E sempre
tendo um brinquedo, ou uma brincadeira, como instrumento de ação e de
educação.
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É importante esse momento da brincadeira no desenvolvimento das
crianças, pois elas se expressam através do lúdico, de um desenho, da
imaginação de cada uma. E observamos que até mesmo um adulto sente a
necessidade e prazer em brincar, jogar e criar, como ocorre com as crianças.
As atividades lúdicas, as brincadeiras, agem como ferramenta ideais
para a aprendizagem, posto que envolve os alunos e a participação de todos.
Portanto o capítulo 1 O despertar pelo brincar tem como objetivo
ressaltar o que é o brincar e sua importância; no capítulo 2 O brincar e a
educação infantil tem como objetivo apresentar como os jogos podem
contribuir com a aprendizagem em sala de aula; no capítulo 3 Brincar: um
direito de todos! Tem como objetivo entender os direitos das crianças e sua
relação com o brincar e no capítulo 4 Exemplos de jogos e brincadeiras tem
como objetivo mostrar algumas brincadeiras.
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CAPÍTULO I
O despertar pelo brincar
O interesse por essa temática, o brincar, surgiu nas minhas observações
numa colônia de férias que participei durante o mês de janeiro de 2014.
O modo como as crianças brincavam, as falas, a atitude de cada uma foi
me despertando o interesse em me aprofundar sobre a importância das
brincadeiras infantis, como elas ajudam o crescimento das crianças, se
contribuem ou não para esse desenvolvimento, de que forma uma simples
brincadeira entre amigos pode colaborar no desenvolvimento social,
psicológico e motor das crianças.
Sendo assim, o objetivo principal deste estudo é analisar a contribuição
das brincadeiras infantis para o desenvolvimento cognitivo das crianças,
buscando descrever primeiramente, como se deu a evolução da educação
infantil no Brasil.
Em seguida busco identificar a importância do brincar na vida das
crianças e como essas brincadeiras auxiliam no desenvolvimento das mesmas.
O Referencial Curricular Nacional para a Educação Infantil (RCNEI)
estabeleceu a brincadeira como um de seus princípios norteadores, que a
define como um direito da criança para desenvolver seu pensamento e
capacidade de expressão, além de situá-la em sua cultura.
Podemos ver que é através de jogos e brincadeiras que proporcionamos
a aquisição de novos conhecimentos, desenvolvendo na criança habilidades de
forma natural e agradável. Os jogos e brincadeiras são necessidades básicas
da criança, essenciais para o desenvolvimento motor, social, emocional e
cognitivo. (SCHOENBERGER, 2010)
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Este estudo terá uma base na origem da educação infantil, as leis que
respaldam e sua evolução até os dias de hoje, buscando fazer uma relação
entre a infância e o brincar. Veremos também como as brincadeiras podem
auxiliar no processo de aprendizagem e desenvolvimento das crianças, onde
por exemplo, através de um simples desenho podemos identificar uma
situação vivenciada pela criança naquele momento.
Segundo VEIGA (2006), por meio do jogo a criança exercita a
capacidade de lidar com os sentimentos aflitivos e com desafios, buscando
maneiras para administrar situações cotidianas. Diante dessa reflexão,
procurou-se analisar “a contribuição dos jogos e brincadeiras no
desenvolvimento cognitivo da criança” e sua grande importância para a
sociedade, pois como cita MARQUES (2012) vamos verificar como o lúdico
pode desenvolver uma criança, pois o jogo favorece os desenvolvimentos
cognitivo, afetivo e motor, mostrando-se um excelente auxiliar no processo de
aquisição do conhecimento e a brincadeira é um dos meios mais fáceis para se
aprender e se desenvolver.
Segundo Pedroza (2005), o jogo, a brincadeira, por mais bem
elaborados que possam ser não trazem por si só o lúdico, mas são as próprias
crianças, durante a brincadeira, que transformam o momento em um momento
lúdico, de fantasia e realidade criadas por elas.
Ao abordar o tema sobre brincar, não podemos deixar de nos referir às
crianças. Assim como afirma Ferreira (2008), a criança não é um adulto que
ainda não cresceu. Ela tem características próprias e para se tornar um adulto,
ela precisa percorrer todas as etapas de seu desenvolvimento físico, cognitivo,
social e emocional. Seu primeiro apoio nesse desenvolvimento é a família,
posteriormente, esse grupo se amplia com os colegas de brincadeiras e a
escola.
As brincadeiras são importantes por fazerem parte do mundo das
crianças e por proporcionarem momentos agradáveis dando espaço à
criatividade. Todos devemos buscar bem-estar dos pequenos durante o
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processo de ensino aprendizagem, resgatando assim o lúdico como
instrumento de construção do conhecimento. (MARQUES, 2012)
As crianças têm sofrido muito com as mudanças ocorridas na nossa
sociedade em relação ao brincar e cada vez mais acaba tendo esse espaço da
brincadeira somente na escola.
Assim como afirma SILVA (2009), a escola acaba sendo a única fonte
transmissora de cultura, onde ainda existem espaços para as crianças
brincarem, tendo os profissionais de educação a incumbência de ensinar e
resgatar as brincadeiras populares, mas não só isso, como também o jogo
deve fazer parte do cotidiano das crianças, e seria usado como uma forma de
transmitir conhecimento, pois a atividade lúdica é benéfica ao aprendizado.
De acordo com o Referencial Curricular Nacional para a Educação
Infantil, “a brincadeira de faz-de-conta, os jogos de construção e aqueles que
possuem regras, como os jogos de sociedade (também chamados de jogos de
tabuleiro) jogos tradicionais, didáticos, corporais, etc., propiciam a ampliação
dos conhecimentos da criança por meio da atividade lúdica”. (1998, v1. p.28).
E nessa perspectiva que o lúdico se torna muito importante na escola,
porque pelo lúdico a criança faz ciência, pois trabalha com a imaginação e
produz uma forma complexa de compreensão e reformulação de sua
experiência cotidiana. Ao combinar informações e percepções da realidade
problematizada, tornando-se criadora e construtora de novos conhecimentos.
(MARQUES, 2012)
Faz-se necessário o uso de jogos e brincadeiras em sala de aula onde o
professor pode, através do lúdico, possibilitar a vontade de aprender e a busca
pelo conhecimento de um modo diferente.
Ao desenvolver em sala de aula um trabalho com jogos está não só
desenvolvendo os aspectos cognitivos das crianças, mas passando também a
enfatizar os aspectos afetivos que são resgatados durante um momento lúdico
(jogos e brincadeiras). (TEZANI, 2004)
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A criança quando brinca mergulha na imaginação e recria através da
brincadeira a realidade, principalmente coisas que ela não poderia resolver na
sua condição de criança, ou seja, as crianças que brincam com a imaginação
são capazes de fazer qualquer coisa com a sua fantasia.
Segundo Mello e Valle (2005), é por meio do brinquedo e de sua ação
lúdica que a criança expressa sua realidade, ordenando e desordenando,
descontruindo e construindo um mundo que lhe seja significativo e que
corresponda às necessidades intrínsecas para seu desenvolvimento global.
O brincar também promove a constituição do próprio indivíduo. Incluir o
jogo e a brincadeira na escola tem como pressuposto, então, o duplo aspecto
de servir ao desenvolvimento da criança, enquanto indivíduo é a construção do
conhecimento, processos estes intimamente interligados. (BOTELHO, 2008)
Por tudo isso, que toda criança deve brincar. Assim como afirma Alves
(2011), é através da brincadeira que a criança atribui seu sentido ao mundo, se
apropria de conhecimentos que a ajudarão a agir sobre o meio em que ela se
encontra. Em alguns momentos ela vai reproduzir, em suas brincadeiras,
situações que presenciou em seu meio.
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CAPÍTULO II
O brincar e a educação infantil
Neste estudo pretendo desenvolver uma discussão sobre o tema
escolhido para a realização deste estudo que é como o brincar contribui para o
desenvolvimento infantil.
Considerando a educação infantil como a primeira etapa da educação
na qual a finalidade deve ser o desenvolvimento integral da criança até os seis
anos de idade, justifica-se a relevância do tema, uma vez que o brincar é um
dos princípios da Declaração de Direitos Internacionais da Criança. Este
documento considera que elas têm o direito de brincar, visto ser essa uma
forma particular de expressão, pensamentos, interação e comunicação infantil
(UNICEF, 1959).
Como cita o Referencial Curricular Nacional para a Educação Infantil
(RCNEI, 1998), para se desenvolver as crianças precisam aprender com os
outros, por meio dos vínculos que estabelece. Se as aprendizagens acontecem
na interação com as outras pessoas, sejam elas adultas ou crianças, elas
também dependem dos recursos de cada criança. Dentre os recursos que as
crianças utilizam, destacam-se a imitação, o faz-de-conta, a oposição, a
linguagem e a apropriação da imagem corporal. Nas brincadeiras as crianças
podem desenvolver algumas capacidades importantes, tais como a atenção, a
imitação, a memória, a imaginação. Amadurecem também algumas
capacidades de socialização, por meio da interação e da utilização e
experimentação de regras e papéis sociais.
É necessário que os educadores da atualidade utilizem-se do lúdico na
educação infantil, pois ao separar o mundo adulto do infantil, e ao diferenciar o
trabalho da brincadeira, a humanidade observou a importância da criança que
brinca. (ARRUDA, 2011)
Brincar é, assim, um espaço no qual se pode observar a coordenação
das experiências prévias das crianças e aquilo que os objetos manipulados
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sugerem ou provocam no momento presente. Pela repetição daquilo que já
conhecem, utilizando a ativação da memória, atualizam seus conhecimentos
prévios, ampliando-os e transformando-os por meio da criação de uma
situação imaginária nova. Brincar constitui-se, dessa forma, em uma atividade
interna das crianças, baseada no desenvolvimento da imaginação e na
interpretação da realidade, sem ser ilusão ou mentira. Também tornam-se
autoras de seus papéis, escolhendo, elaborando e colocando em prática suas
fantasias e conhecimentos, sem a intervenção direta do adulto, podendo
pensar e solucionar problemas de forma livre das pressões situacionais da
realidade imediata (RCNEI, 1998).
A brincadeira, seja ela simbólica ou de regras, não tem apenas caráter
de diversão ou de passatempo. Pela brincadeira a criança, sem a
intencionalidade, estimula uma série de aspectos que contribuem para o
desenvolvimento individual do ser quanto para o social. Primeiramente a
brincadeira desenvolve os aspectos físicos e sensoriais, de exercício e as
atividades físicas que são promovidas pelas brincadeiras auxiliam a criança a
desenvolver os aspectos referentes à percepção, habilidades motoras, força e
resistência e até as questões referentes à termoregulação e controle de peso
(SMITH, 1982).
O brincar, segundo SCHOENBERGER (2010), implica uma relação
cognitiva e representa o poder para interferir no desenvolvimento infantil, além
de ser um instrumento para a construção do conhecimento do aluno.
Em relação aos jogos, não estão relacionados só com o ato de brincar e
sim com o desenvolvimento físico, afetivo, cognitivo, moral e social. Portanto é
com o desenvolvimento harmonioso e global da criança que o educador deverá
interagir no lúdico através de jogos e brincadeiras como recursos pedagógicos
acessível aos diversos níveis de ensino. No brincar, aprendemos e ensinamos
sobre o mundo em que vivemos e por esse motivo a brincadeira é a forma
como toda a criança inicia sua relação com o mundo (ARRUDA, 2011).
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Mello e Valle (2005) em uma discussão sobre a influência do brincar no
desenvolvimento infantil acrescentam que o brinquedo proporciona a
exteriorização de medos e angústias e atua como uma válvula de escape para
as emoções.
Para Souza (2009), o brincar é uma das atividades fundamentais para o
desenvolvimento das crianças. A criança, desde muito cedo, se comunica
através de gestos, sons e mais tarde, em suas brincadeiras imaginam
determinados papéis e isso faz com que desenvolva sua imaginação. As
brincadeiras desenvolvem a atenção, a imitação, a memória e a imaginação.
Através das brincadeiras, os adultos estabelecem com crianças laços de
confiança que possibilitam o início do brincar. O brincar é conhecido como uma
atividade que permite que as crianças relaxem através da dispersão de
energias, contidas na classe e as brincadeiras as restauram fisicamente.
Brincando a criança desenvolve potencialidades: ela compara, analisa,
nomeia, mede, associa, calcula, classifica, compõe, conceitua e cria. O
brinquedo e a brincadeira traduzem o mundo para a realidade infantil,
possibilitando a criança a desenvolver a sua inteligência, sua sensibilidade,
habilidades e criatividade, além de aprender a socializar-se com outras
crianças e com os adultos (FERREIRA, 2008).
Mello e Valle (2005) afirmam ainda que o brinquedo possibilita o
desenvolvimento infantil e em todas as dimensões, o que inclui a atividade
física, a estimulação intelectual e a socialização. As autoras continuam
indagando que a brincadeira promove a educação para hábitos da vida diária,
enriquece a percepção, desperta interesses, satisfaz a necessidade afetiva e
permite o domínio das ansiedades e angústias.
A brincadeira também é uma rica fonte de comunicação, pois até
mesmo na brincadeira solitária a criança, pelo faz de conta, imagina que está
conversando com alguém ou com seus próprios brinquedos. Com isso, a
linguagem é desenvolvida com a ampliação do vocabulário e o exercício da
pronúncia de palavras e frases.
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Algumas vezes as crianças não alcançam um determinado rendimento
escolar esperado, ou apresentam algumas dificuldades de aprendizagem
porque determinados aspectos do seu desenvolvimento estão em déficit
quando comparados com sua idade cronológica. Nestes casos, a brincadeira é
uma ferramenta que pode ser utilizada como estímulo dos processos de
desenvolvimento e de aprendizagem. Friedman (1996), Dohme (2002) e
Cordazzo (2003), apresentam alguns tipos de brincadeiras com seus
respectivos benefícios para o desenvolvimento.
Alguns exemplos de brincadeiras que os autores acima citaram que
estimulam o desenvolvimento físico e motor podem ser: os jogos de perseguir,
procurar e pegar. A linguagem pode ser estimulada pelas brincadeiras de roda
e de adivinhar. O aspecto social pode ser estimulado pelas brincadeiras de faz
de conta, jogos em grupo, jogos de mesa e as modalidades esportivas. O
desenvolvimento cognitivo pode ser estimulado com a construção de
brinquedos, com os jogos de mesa, de raciocínio e de estratégia. Quando o
déficit no desenvolvimento for detectado, estimulado e sanado a criança estará
mais preparada para determinados tipos de aprendizagem que anteriormente
poderia apresentar dificuldades.
É necessário que o professor esteja observando as crianças e a forma
como o mesmo fará a intervenção durante a brincadeira irá definir o curso
desta. Bomtempo (1997) coloca que a intervenção do professor deve revitalizar
clarificar, explicar o brincar e não dirigir as atividades, pois quando a
brincadeira é dirigida por um adulto com um determinado objetivo ela perde
seu significado, lembrando que a brincadeira deve possuir fim em si mesma.
Spodek e Saracho (1998) distinguem dois modos de intervenção por
parte do professor durante a brincadeira, o participativo e o dirigido. No modo
participativo, a interação do professor visa a aprendizagem incidental durante a
brincadeira. As crianças acham um problema e o professor, como que um
membro a mais no jogo, tenta junto com o grupo encontrar a solução,
estimulando estas a utilizarem a imaginação e a criatividade. No modo dirigido
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o professor aproveita a brincadeira para inserir a aprendizagem de conteúdos
escolares e dirigir as atividades para as situações não lúdicas, causando uma
desvalorização do brincar, que deixa de ser espontâneo, impedindo o
desenvolvimento da criatividade.
Através dos jogos lúdicos, do brinquedo e da brincadeira, desenvolve-se
a criatividade, a capacidade de tomar decisões e ajuda no desenvolvimento
motor da criança, além destas razões, tornam as aulas mais atraentes para os
alunos, são a partir de situações de descontração que o professor poderá
desenvolver diversos conteúdos, gerando uma integração entre as matérias
curriculares. (MARQUES, 2012)
Com a utilização de recursos pedagógicos, o professor poderá utilizar-
se, por exemplo, de jogos e brincadeiras em atividades de leitura ou escrita em
matemática e outros conteúdos, devendo, no entanto, saber usar os recursos
no momento oportuno, uma vez que as crianças desenvolvam seu raciocínio e
construam seu conhecimento de forma descontraída. (ARRUDA, 2011)
Segundo SCHOENBERGER (2010), tanto o jogo quanto a brincadeira
estão atrelados no mundo infantil, pois a criança adquire a aprendizagem
jogando, pois jogando fornece a criança a possibilidade de construir uma
identidade autônoma, cooperativa e criativa. Os jogos fazem parte do ato de
educar, um compromisso consciente, intencional e modificador da sociedade.
Os jogos não são apenas uma forma de desafogo ou entretenimento
para gastar energia das crianças, mas meios que enriquecem o
desenvolvimento intelectual e que podem contribuir significamente para o
processo de ensino e aprendizagem e no processo de socialização das
crianças. (MARQUES, 2012)
Afirma ARRUDA (2011) ainda que jogos e brincadeiras não é apenas
um passatempo para a criança, é um momento lúdico onde o desenvolvimento
está sendo aprimorado relacionado com um aprendizado fundamental: seu
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conhecimento de mundo através das suas próprias emoções. Por meio de
jogos, cada criança cria uma série de indagações a respeito da vida. As
mesmas que mais tarde, na fase adulta, ela voltará a descobrir e ordenar
através do raciocínio.
Segundo SCHOENBERGER (2010), o jogo é considerado um dos
elementos fundamentais para que o processo de ensino-aprendizagem possa
superar os indesejáveis métodos da descoberta, do conteúdo pronto, acabado
e repetitivo, que tornam a educação tão maçante, sem vida e sem alegria. O
jogo supõe relação social. Por isso, a participação em jogos contribui para a
formação de atitudes sociais, respeito mútuo, solidariedade, cooperação,
obediência às regras, senso de responsabilidade, iniciativa pessoal e grupal.
Comparada com a situação escolar, a situação do jogo parece pouco
estruturada e sem função explícita na promoção de processos de
desenvolvimento, mas sabemos que o jogo é essencial como recurso
pedagógico, pois no brincar, a criança articula teoria e prática, formula
hipóteses e as experiências, tornando a aprendizagem atrativa e interessante.
(TEZANI, 2006)
A criança quando brinca está livre de preocupações, não está
empenhada na realidade, a sua interação é consigo mesma e com objetos que
ela utiliza, e assim a sua maneira, ela assimila o mundo e novos conceitos, a
brincadeira então assume um caráter importante para a organização do
pensamento e aquisição da linguagem de signos linguísticos. (ADE, 2006)
Para Marques (2012), a escola ao valorizar o lúdico, estendendo-o
também ao ato pedagógico, ajuda às crianças a formarem um bom conceito de
mundo, um mundo onde a afetividade é acolhida, a sociabilidade vivenciada, a
criatividade estimulada e os direitos da criança respeitados.
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CAPÍTULO III
Brincar: um direito de todos!
Considerando que crianças de 0 a 6 anos tem reconhecimento na
Constituição Federal de 1988, no Estatuto da Criança e do Adolescente e na
Lei de Diretrizes e Bases de 1996, a educação infantil é direito da criança,
dever do Estado e opção da família, sendo que desde que a LDB de 1996, é a
primeira etapa da educação básica, tornando-se peça fundamental no
desenvolvimento infantil.
A partir da Constituição de 1988, foram abertas possibilidades de
fiscalização das ações do governo por parte dos cidadãos, criando caminhos
para a participação da sociedade, trazendo avanços em diferentes áreas da
vida em sociedade. Na Educação Infantil não foi diferente, impulsionados pelas
atuais concepções de infância e exigências legais tem se criado novas políticas
públicas.
Ao que se refere da Constituição Federal de 1988, no artigo 208, inciso
IV, diz o seguinte:
O dever do Estado com a educação será efetivado mediante a garantia
de: IV – “atendimento em creche e pré-escola às crianças de zero a seis anos
de idade”.
Com isto a Constituição toma a Educação Infantil como um direito da
criança e uma opção da família, que por consequência obrigou o Estado a criar
novas políticas públicas para assegurar-lhes seu direito.
O Estatuto da Criança e Adolescente – (ECA) foi um resultante disto,
promulgado em 1990, lei nº 8069 em seu artigo 227, coloca a criança e o
adolescente como prioridade nacional, onde reconhecem como pessoas em
condições peculiares de desenvolvimento, também estabelecem um sistema
de elaboração e fiscalização de políticas públicas voltadas para a infância,
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tentando com isso impedir desmandos, desvios de verbas e violações dos
direitos das crianças.
A Lei de Diretrizes e Bases da Educação – (LDB), promulgada em 1996,
nº 9394 estabelece em seu artigo 21 a composição da Educação Escolar: I –
educação básica, formada pela educação infantil, ensino fundamental e médio;
II – educação superior; trazendo em seu artigo 29 a finalidade da Educação
Infantil, o desenvolvimento integral das crianças até seis anos de idade, em
seu aspecto físico, psicológico, intelectual e social, complementando a ação da
família e da comunidade.
A Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional, procura
conscientizar a implementação de uma série de procedimentos
regulamentados, para que as creches e pré-escolas valorizem suas atividades
integrando o cuidado com a educação.
Como o ensino fundamental agora é composto de 9 anos, a educação
infantil passou a ser das crianças de 0 a 5 anos e não mais 6 anos, houve um
avanço para as crianças e suas famílias em si.
A educação infantil conquistou seus direitos ao longo dos anos, com a
criação de projetos educativos voltados à ela, sendo criado até um Referencial
Curricular Nacional para a Educação Infantil (1998), para auxiliar os
professores no trabalho educativo diário junto às crianças pequenas.
O Referencial Curricular Nacional para a Educação Infantil (MEC, 1998)
estabeleceu a brincadeira como um de seus princípios norteadores, que a
define como um direito da criança para desenvolver seu pensamento e
capacidade de expressão, além de situá-la em sua cultura. Atividades de
brincadeiras na educação infantil são praticadas há muitos anos, entretanto,
torna-se imprescindível que o professor distingua o que é brincadeira livre e o
que é atividade pedagógica que envolve brincadeira. Se quiser fazer
brincadeiras com a turma, deve se considerar que o mais importante é o
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interesse da criança por ela; se seu objetivo for a aprendizagem de conceitos,
habilidades motoras, pode trabalhar com atividades lúdicas, só que aí não está
promovendo a brincadeira, mas atividades pedagógicas de natureza lúdica.
Na infância, a atividade lúdica se confunde com a própria vida. Brincar é
uma ocupação muito séria. As brincadeiras facilitam o crescimento corporal, o
aumento da força, de resistência física e coordenação motora. Contribuem
para a vida afetiva, propiciam a socialização da criança e a formação de papéis
morais. Mas o que é brincar?
“Para a maioria dos grupos sociais, a brincadeira é consagrada como
atividade essencial ao desenvolvimento infantil. Historicamente, ela como
lúdico sempre esteve presente na educação infantil, único nível de ensino que
a escola deu passaporte livre, aberto à iniciativa, criatividade, inovação por
parte dos seus protagonistas.” Lucariello (1995 Apud QUEIROZ, 2006, P. 169)
O brincar tem sido alvo de estudos e análise na formação de uma
pessoa, pois em cada gesto e palavra de uma brincadeira podem ser
observados elementos que demonstram o comportamento de quem brinca. As
brincadeiras fazem crescer o espírito imaginativo exploratório e inventivo do faz
de conta. Através do brinquedo, a criança inicia sua interação social, aprende a
conviver com os outros, a situar-se frente ao mundo que a cerca. Ela se
exercita brincando e desenvolvendo o seu lado emocional e afetivo (SANTOS
2004).
A palavra brincar nos acompanha diariamente. Brincar, segundo
TONUSSI (2011), sempre foi e sempre será uma atividade espontânea e muito
prazerosa, acessível a todo ser humano, de qualquer faixa etária, classe social
ou condição econômica. A brincadeira expressa a forma como uma criança
reflete. É também um espaço onde a criança pode expressar, de modo
simbólico, suas fantasias, seus desejos, medos, sentimentos agressivos e os
conhecimentos que vai construindo a partir das experiências que vivem.
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Para Kishimoto (1999) as características que definem o brincar resume-
se em uma situação que: gera prazer; é espontânea e tem a prioridade das
crianças; é controlada internamente pelos jogadores e tem uma flexibilidade
para ensaiar novas combinações de ideias e de comportamentos.
Toda criança que brinca vive uma infância feliz, além de tornar-se um
adulto muito mais equilibrado física e emocionalmente, e conseguirá superar
com mais facilidade, problemas que possam surgir no seu dia-a-dia (ADE,
2006).
A criança que for privada dessa atividade poderá ficar com traumas
profundos dessa falta de vivência. Quando a criança brinca, ela está
vivenciando momentos alegres, prazerosos, além de estar desenvolvendo
habilidades. Todo aprendizado que o brincar permite é fundamental para a
formação da criança, em todas as etapas da sua vida (MALUF, 2003).
De acordo com Queiroz (2006), a partir da brincadeira a criança constrói
suas experiências de se relacionar com o mundo de maneira ativa, vivencia
experiências de tomadas de decisões. Em um jogo qualquer, ela pode optar
por brincar ou não, o que é característica importante da brincadeira, pois
oportuniza o desenvolvimento da autonomia, criatividade e responsabilidade
quanto a suas próprias ações.
É na situação de brincadeira que as crianças podem se colocar desafios
para além de seu comportamento diário, levantando hipóteses na tentativa de
compreender os problemas que lhe são propostos pelas pessoas e pela
realidade com a qual interagem. Quando brincam, ao mesmo tempo em que
desenvolvem sua imaginação, as crianças podem construir relações reais entre
elas e elaborar regras de organização e convivência. Concomitantemente a
esse processo, ao reiterarem situações de sua realidade, modificam-nas de
acordo com suas necessidades. Na atividade de brincar, as crianças vão
construindo a consciência da realidade ao mesmo tempo em que já vivenciam
uma possibilidade de modifica-la (WAJSKOP, 1995).
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O brincar é considerado como um comportamento que gera prazer
possui um fim em si mesmo, é uma oportunidade para a criança expressar
suas fantasias internas e, dependendo da idade e do contexto da criança,
possui regras que o conduzem. Estas regras podem até estipular, entre as
crianças, os tipos de brincadeiras que são mais convenientes para os meninos
ou para as meninas. (QUARESMA, 2010)
Podemos retomar a nossa própria infância a cada momento através de
jogos e brincadeiras, ajudar as crianças a descobrirem suas verdades, seus
temores, suas alegrias, seus gostos, suas vontades e assim vê-las vislumbrar
novos horizontes do saber, do sentir e do ser criança. O Brincar tem um papel
fundamental no desenvolvimento infantil e na constituição da identidade
sociocultural do sujeito. (SILVA, 2009)
As grandes aliadas dos adultos na descoberta dos universos infantis são
as próprias crianças, que resistem, que reagem, questionam e criam
estratégias para reafirmar seus mundos quando discordam das imposições dos
adultos. Isso se dá quando estes, por exemplo, querem que elas desenhem
em papel, mesmo que sua vontade seja a de fazer um barco e lança-lo numa
poça de chuva; quando elas batem os pés em sinal de protesto porque os
adultos querem que elas parem de brincar para almoçar ou para dormir;
quando se negam a utilizar apenas a pontinha do dedo para pintar; quando
não se cansam de convidar os amigos para correr, para visitar uma “bruxa” que
está em algum lugar escondida; quando manifestam o desejo de criar, de
cantar, de contar, de refazer, de transformar, de gesticular, de chorar, de
experimentar, de olhar, de descobrir, de imaginar, de fantasiar, enfim, de se
encantar. Essas são algumas das maneiras encontradas pelas crianças para
se expressar e atribuir significados ao mundo, criando assim, uma outra
realidade que lhes permite compreender o que está a sua volta. (PAULA,
2003).
O brincar permite à criança vivenciar o lúdico e descobrir a si mesma,
apreender a realidade, tornando-se capaz de desenvolver seu potencial
25
criativo. É também colocando como um dos princípios fundamentais, defendido
como um direito, uma forma particular de expressão, pensamento, interação e
comunicação entre as crianças. (QUARESMA, 2010)
De acordo com Silva (2009), o brincar em a função socializadora e
integradora. A sociedade moderna cada vez mais tem sofrido transformações
em relação ao brincar e ao espaço que se tem para brincar, os pais e os filhos
têm pouco tempo para ficarem juntos e brincar. A escola acaba sendo a única
fonte transmissora de cultura, onde ainda existem espaços para as crianças
brincarem, tendo os profissionais de educação a incumbência de ensinar e
resgatar as brincadeiras populares, mas não só isso, como também o jogo
deve fazer parte do cotidiano das crianças e seria usado como uma forma de
transmitir conhecimento, pois a atividade lúdica é benéfica ao aprendizado.
O brincar relaciona-se ainda com a aprendizagem. Brincar é aprender;
na brincadeira, reside a base daquilo que, mais tarde, permitirá à criança
aprendizagens mais elaboradas. O lúdico torna-se, assim, uma proposta
educacional para o enfrentamento das dificuldades no processo ensino
aprendizagem. (ROLIM, 2008)
TEZANI (2006) afirma que para trabalhar com os jogos em todas as
suas dimensões, tanto cognitivas quanto afetivas, é preciso traçar e definir os
objetivos que se quer alcançar, para aqueles não se constitua em um momento
solto e sem significado dentro da sala de aula.
Já Silva (2009) afirma que apesar da visão renovada das possibilidades
de utilização dos jogos na escola, o jogo ainda está muito distante de ser
integrado realmente como recurso e metodologia. Em geral, o uso de jogos no
cotidiano escolar se restringe a atividades extremamente dirigidas, que
contribuem pouco para o desenvolvimento da autonomia, da criatividade e da
produção de cultura.
26
Quando o professor recorre aos jogos, ele está criando na sala de aula
uma atmosfera de motivação que permite aos alunos participarem ativamente
do processo ensino aprendizagem, assimilando experiências e informações,
incorporando atitudes e valores. Para que a aprendizagem ocorra de forma
natural é necessário respeitar e resgatar o movimento humano, respeitando a
bagagem espontânea de conhecimento da criança. Seu mundo cultural,
movimentos, atitudes lúdicas, criaturas e fantasias. (MARQUES, 2012)
27
CAPÍTULO IV
Exemplos de jogos e brincadeiras
Apresento abaixo alguns jogos e brincadeiras que combinados entre si,
podem garantir situações significativas de aprendizagem.
4.1 – Amarelinha
Faixa etária: 4 anos ou mais
Número de jogadores: Um ou mais
Material: Giz e um marcador para cada participante
O que estimula: Equilíbrio, agilidade e mira
Como se joga: Desenhe o diagrama com o giz. O traçado tradicional é um
retângulo grande dividido em dez retângulos menores – as casinhas –
numerados de 1 a 10. Na parte superior do diagrama, faça uma meia-lua e
escreva a palavra “Céu”.
Para jogar, fique atrás da linha do início do traçado – do lado oposto da palavra
“Céu” – e atire o marcador na casinha que não poderá ser pisada, começando
pelo número 1. Atravesse o reto do circuito com pulos alternados nos dois pés
e em um pé só. Ao chegar no “Céu”, faça o caminho de volta do circuito, pegue
o marcador – sem pular na casa em que ele está – e volte para trás do
traçado. Depois jogue o marcador na próxima casinha e assim
sucessivamente. Se errar, será a vez do próximo jogador. Vence quem
completar todo o diagrama primeiro.
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4.2 – Elefantinho Colorido
Faixa etária: Acima de 4 anos
O que se estimula: Atenção, agilidade, memória, coordenação motora,
conhecimento de cores
Como se joga: Um participante é escolhido para comandar, no caso de
crianças mais novas o ideal é que seja um adulto. Ele fica à frente dos demais
e diz: “Elefantinho Colorido!”. Os outros respondem: “Que cor?”. O comandante
então grita o nome de uma cor e os jogadores correm para tocar em algo que
tenha aquela tonalidade.
Quanto mais longe o acesso a cor, mais difícil fica o jogo. Para os mais velhos
a brincadeira fica mais divertida se o comandante perseguir os outros
participantes e tentar capturá-los antes que cheguem à cor. O primeiro
capturado vira o próximo comandante.
4.3 – Queimado
Faixa etária: Acima de 6 anos
Número de jogadores: 8 ou mais
Material: Uma bola macia e giz para marcar a quadra
O que se estimula: Agilidade, velocidade, mira, atenção e coordenação
Como se joga: Para o jogo básico, divida o espaço em dois campos do mesmo
tamanho definindo os limites com giz. Divida os participantes em dois times. O
jogo começa quando um lançador atira a bola em direção a um dos jogadores
do time adversário, se este for atingido pela bola estará fora do jogo. Se
alguém do time adversário conseguir segurar a bola, sem deixá-la cair no chão,
quem sai do jogo é o lançador. Se a bola bater no chão antes de atingir
29
alguém, a posse de bola passa automaticamente para o time adversário que
poderá atacar. Se algum jogador ultrapassar os limites do campo tentando
fugir da bola será eliminado.
Para ninguém ficar de fora se pode fazer uma prisão. Quem for eliminado
ficará atrás do limite do campo adversário e poderá atacar. Se atingir alguém
do outro time o mesmo volta para a equipe inicial. O jogo ficará mais
cooperativo se atrás de cada jogador houver uma lata. O participante só é
queimado se a lata for derrubada por um adversário, sendo que as latas
podem ser defendidas com os pés por qualquer um dos jogadores. Nesse caso
o jogo ficará ainda mais divertido se houver mais de uma bola em campo.
4.4 – Corrida no Saco
Faixa etária: Acima de 7 anos
Número de jogadores: 2 ou mais
Material: Um saco de batatas, fronhas ou elásticos para amarrar as pernas
O que se estimula: Agilidade, condicionamento físico, equilíbrio e velocidade
Como se joga: Marque um ponto para ser a linha de chegada e outro de
partida. Cada participante deve entrar no saco ou fronhas ou ter as pernas
amarradas com elástico. Ao ser dado o sinal os jogadores, aos pulos, precisam
cruzar a linha de chegada. Os tombos são inevitáveis, por isso, uma superfície
segura é fundamental.
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4.5 – O Mestre Mandou
Faixa etária: Acima de 4 anos
Número de jogadores: 3 ou mais
O que se estimula: Concentração, imaginação, coordenação motora, agilidade,
atenção, linguagem corporal
Como se joga: Um dos participantes é encarregado de ser o mestre e ficará à
frente dos outros jogadores. Ele dará as ordens e todos os outros seguidores
deverão cumpri-las desde que sejam precedidas das palavras de ordem: “O
mestre mandou” ou “Macaco Simão mandou”.
As ordens que não começarem com essas palavras não devem ser
obedecidas. Por isso, esse é um jogo que exige bastante atenção, uma vez
que será eliminado aquele que não cumprir as ordens ou cumprir as ordens
sem as palavras de comando.
A diversão está na dificuldade das tarefas dadas pelo chefe, que pode pedir,
por exemplo, que os seguidores tragam objetos de determinada cor ou façam
uma sequencia de atividades de uma vez só, como “O mestre mandou... pular
de um pé só mostrando a língua, girando e batendo palma!”.
4.6 – Batata-Quente
Faixa etária: Acima de 4 anos
Número de jogadores: 5 ou mais
Material: Uma batata, uma bola ou outro objeto que possa ser passado
rapidamente de mão em mão
O que se estimula: Coordenação motora, atenção, agilidade e socialização
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Como se joga: Os jogadores formam um círculo, comum deles sentado ao
centro da roda com os olhos vendados. No círculo, cada jogador deve passar a
bola – ou a batata – para o que está à sua direita. Enquanto o objeto circula,
todos cantam: “Batata quente, quente, quente, quente...”. A qualquer momento
o jogador que está vendado pode gritar: “Queimou!”.
Quem estiver com a bola nas mãos nesse instante será o próximo a ir para o
centro da roda.
4.7 – Estátua
Faixa etária: Acima de 5 anos
Número de jogadores: 3 ou mais
O que se estimula: Atenção, concentração, equilíbrio, criatividade, linguagem
corporal, resistência, coordenação motora
Como se joga: Um dos participantes, escolhido pelo líder, coloca uma música.
Enquanto a música toca os jogadores dançam livremente, mas quando o líder
disser: “Estátua!”, a música para e todos os participantes devem congelar e
manter a mesma pose sem se mexer.
A última estátua a permanecer de pé será a vencedora.
4.8 – Mamãe posso ir?
Faixa etária: Acima de 5 anos
Número de jogadores: 3 ou mais
O que se estimula: Linguagem, linguagem corporal, coordenação motora,
criatividade
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Como se joga: Trace duas linhas no chão com uma distância de pelo menos 5
metros entre elas. Quem for escolhido para ser a “mamãe” ou o “papai” fica à
frente de uma das linhas, de costas para o resto do grupo. Os outros
participantes ficam enfileirados lado a lado sobre a linha oposta. Um a um, eles
tentam chegar até a “mamãe” recitando o seguinte diálogo:
- “Mamãe, posso ir?” – pergunta o jogador.
- “Pode” – a “mamãe” responde.
- “Quantos passos?” – pergunta o jogador.
A “mamãe” escolhe o número e tipo de passo que o participante deve andar.
Por exemplo:
- “Dois, de passarinho”.
O jogador dá dois passos pequenininhos pra frente. Se forem passos de
cachorro, o jogador anda de quatro. Se forem passos de elefante, o jogador dá
passos grandes. Vence quem chegar primeiro até a mamãe.
4.9 – Pular Corda
Faixa etária: Acima de 5 anos
Número de jogadores: 2 ou mais
Material: Uma corda
O que se estimula: Agilidade, condicionamento físico, cooperação, memória,
sequência, lateralidade, socialização
Como se joga: No jogo básico dois participantes seguram cada um uma ponta
da corda, batendo-a em círculo e de forma ritmada enquanto o terceiro
integrante pula, assim que ela tocar o chão. Para deixar o jogo mais divertido
33
tanto o ritmo das batidas quanto os pulos podem variar. Quanto maior o
número de jogadores e mais rápido o ritmo mais difícil fica, ainda mais se os
pulos forem coreografados por cantigas como esta:
Um homem bateu em minha porta
E eu abri.
Senhoras e senhores, ponham a mão no chão (o jogador pula e rapidamente
abaixa e toca o chão)
Senhoras e senhores, pulem num pé só ( o jogador pula com um só pé )
Senhoras e senhores, deem uma rodadinha
E vá pro olho da rua! ( o jogador sai debaixo da corda)
4.10 – Detetive
Faixa etária: Acima de 8 anos
Número de jogadores: 5 ou mais
Material: Lápis e papel
O que se estimula: Atenção, concentração, estratégia, paciência
Como se joga: Recorte pedaços de papel em tamanhos iguais de acordo com
o número de jogadores. Em um deles escreva “detetive” e em outro,
“assassino”. Os jogadores sentam em círculo, de modo que todos consigam
ver uns aos outros, e distribuem os papéis dobrados entre si. Os participantes
que tirarem os papéis em branco serão as vítimas.
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Discretamente o assassino deve observar as vítimas e piscar para uma delas.
O alvo da piscadela deve esperar alguns segundos e dizer: “Morri”. Quem for o
detetive deve ficar atento para tentar descobrir quem é o assassino, evitando
que muitas vítimas “morram”. Assim que acreditar que sabe quem é, ele deve
dizer o nome da pessoa. Se errar, está fora do jogo.
O assassino, por sua vez, deve tomar cuidado para não piscar para o detetive
ou acabará preso. Quando o assassino for desvendado ou o detetive
eliminado, os papéis serão redistribuídos e o jogo recomeça.
Através de jogos e brincadeiras, as crianças podem aprender de uma
forma lúdica, tendo alegria e aprendizado ao mesmo tempo.
35
CONCLUSÃO
O brincar é estudado por diversos autores e em várias visões. Sendo
assim, buscou-se no estudo apresentado compreender a contribuição dos
jogos e brincadeiras no desenvolvimento cognitivo da criança.
Neste estudo, buscamos aprofundar nossos conhecimentos sobre o que
é o brincar, como os jogos e brincadeiras podem contribuir para o
desenvolvimento das crianças, como os professores podem utilizar o brincar
como atividade pedagógica, porém com o cuidado em distinguir o que é
brincadeira livre de atividade pedagógica.
O trabalho aborda ainda, a questão dos direitos das crianças, como a
educação infantil conquistou seus direitos, as leis que a regem e como os
jogos e brincadeiras auxiliam no desenvolvimento infantil.
Com a utilização de alguns recursos pedagógicos, o professor poderá
utilizar-se de jogos e brincadeiras em atividades propostas, contribuindo assim
para através do lúdico tornar-se uma proposta educacional para o
enfrentamento de dificuldades no processo de ensino-aprendizagem. ROLIM
(2008)
Com as atividades lúdicas, espera-se que a criança desenvolva a
coordenação motora, criatividade, a capacidade de tomar decisões e ajuda no
desenvolvimento motor da criança. Assim é de suma importância essas
atividades para o desenvolvimento das crianças.
Com base no estudo, pode-se perceber que a brincadeira é de extrema
importância para o desenvolvimento infantil. Sendo uma atividade normal da
fase da criança, merece atenção de todos. A infância é uma parte importante
na vida de uma criança e o brincar não pode ser deixado de lado, mas pelo
contrário, deve ser estimulado pois como nos foi citado, contribui e muito para
o desenvolvimento das crianças.
36
Como afirmou ADE (2006), toda criança que brinca vive uma infância
feliz, além de tornar-se um adulto muito mais equilibrado física e
emocionalmente, e conseguirá superar com mais facilidade, problemas que
possam surgir no seu dia-a-dia.
37
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