DITADURA MILITAR ( 1964 – 1985 ) Hermes Peixoto Santos Filho.

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DITADURA MILITAR

( 1964 – 1985 )

Hermes Peixoto Santos Filho

O ESTOPIMConcentração realizada no Rio de Janeiro no dia 13 de março de 1964, em frente à estação ferroviária Central do Brasil, no Rio de Janeiro, o Comício das Reformas, também conhecido por Comício da Central, reuniu cerca de 150 mil pessoas, incluindo membros de entidades sindicais e outras organizações de trabalhadores, servidores públicos civis e militares, estudantes etc. Tinha por meta demonstrar a decisão do governo federal de implementar as chamadas reformas de base e defender as liberdades democráticas e sindicais.

O golpe teve o apoio do governo americanoPretexto: Impedir o avanço comunista no BrasilVerdade: Impedir os avanços político social e econômico

A ideia era que os militares ficassem dois anos no poder, com Castelo Branco, e devolvessem o poder ao civis

Os militares gostaram do poder e foram se revezando na presidência por 21 anos

Implantação das reformas de base:

• Reforma Agrária e Bancária• Controle de remessa de lucros para o exterior• Nacionalização de empresas estrangeiras• Participação dos empregados no lucro das empresas

Entre outras

• O novo governo passou a governar porDecretos, criando os abomináveis Atos Institucionais - (1 a 5). O presidente baixava o AI sem consultar ninguem e todos tinham que obedecer• Em 15 de abril de 1964 era anunciado oPrimeiro general-presidente Humberto deAlencar Castelo BrancoE o que era para durar 2 anos, virou uma eternidade

Eternidade de 21 anos que continou até 1985 período em que o Brasil conheceuUma nova forma de governo

A DITADURA MILITAR EM

CRUZ DAS ALMAS

NACIONALISMO

PORQUE O MICROCOSMO CRUZALMENSE?

O NACIONALISMO, CONCEITUALMENTE,SERVIA À DIREITA E A ESQUERDA

NO BRASIL O NACIONALISMO ESTAVA INSERIDO COMO UMA DAS BANDEIRAS DE LUTA QUE RECEBEU

O NOME DE TRABALHISMO

NACIONALISMO X COMUNISMO

Cruz das Almas, sendo uma cidade dotada de curso superior,possibilitava, perante a população, a formulação de uma reflexão crítica do

contexto político local, regional e nacional que vigorava.

FRENTE NACIONALISTA DE CRUZ DAS ALMAS

Movimento defendido por pessoas que pertenciam a instituições como:Escola Agronômica da Bahia (EAB), com o Diretório Acadêmico Landulfo Alves (DALA)Colégio Alberto Torres, com o Grêmio Lítero Esportivo Castro Alves (GLECA); o Sindicato dos Operários do FumoAssociação dos Tarefeiros da EAB,Associação Beneficente das Mães Pobres, um movimento liderado por mulheres, donas de casa da cidade de Cruz das Almas

estudantes secundaristas e universitáriosoperários das fábricas de charutos existentes na cidade, camponeses, servidores e professores da EAB e do Colégio Alberto Torres,comerciantes, donas de casa, dentre outros, integravam a FNCA

agindo conjuntamente na crítica ao avanço imperialista e aos “trustes”internacionais, desenvolvendo meios de reivindicação à política local, entre outras demandas

O NACIONALISTA

uma parte expressiva dos registros escritos,referentes a este periódico, foi quase totalmente apagada a partir do momento em que os militares invadiram a cidade de Cruz das Almas, poucos dias após o Golpe civil-militar de 1964. Os militares, apoiados por uma parcela da sociedade cruzalmense, passaram a fazerintensas varreduras nas organizações e Nas casas de pessoas envolvidas no movimentos tidos como subversivos, com oobjetivo de destruir completamente as instituições.

CENARIO POLÍTICO ANTES DO GOLPE

FRENTE NACIONALISTA INSERIDA NA POLÍTICA CRUZALMENSE

JOSÉ ALBERTO BANDEIRA RAMOS, JOÃO GUSTAVO E HELIO PITANGA ELEGEM-SE VEREADORES MARIO SANTOS SUPLENTE

FRENTE NACIONALISTA FIRMA-SE NO CENÁRIO NACIONAL

ESTUDANTES, OPERÁRIOS, SINDICATOS, ASSOCIAÇÕES APARECEM DE FORMA REINVIDICATIVA

FRENTE NACIONALISTA APOIA JORGE GUERRA PARA A PREFEITURA E GANHA AS ELEIÇÕES

NO CENÁRIO NACIONAL O PRESIDENTE SOFRE PRESSÕES DA ESQUERDA E DA DIREITA

CAI O PRESIDENTE DA REPUBLICA

MILITARES INVADEM CRUZ DAS ALMAS

1964: silenciado o movimento nacionalista local

Membros da Bancada udenista, solicitaram à Câmara a cassação dos mandatos do vereador José Alberto Bandeira Ramos e dos suplentes, Hélio Pitanga e Mario Santos, integrantes da FNCA, tidos como subversivos e comunistas.

Câmara pede o afastamento do prefeito Jorge Guerra renúncia antes da antes da cassação

João Gustavo da Silva, Cyro Rodrigues, Mario Santos, Martinho, Carlos Eulália, Rito Rodrigues, Gumercindo, Baeta e muitos outros foram caçados e presos.

Muitos fugiram da cidade Bandeira Ramos e Hélio Pitanga

Na reunião seguinte, todos os vereadores, incluindo os da oposição, aprovaram Moção de aplauso ao Comandante da Sexta Região

Militar

E o prefeito de Cruz das Almas, um democrata conservador

foi citado como conivente ao ideal comunista.

http://www.recantodasletras.com.br/entrevistas/4744981SAIBA MAIS

O movimento sufocado na cidade mantinhaa chama acesa na Escola de Agronomia

Administração da Escola x Diretório Acadêmico

1964 a 1969 DALA

Eudaldo Gomes da Silva, Igor Coelho, Abdon Jordão Filho, Armando Rosa, Cyro Rodrigues,

Joelito Resende

greves e diversas mobilizações para manter a qualidadedo ensino agronômico na Bahia

presença de policiais acampados no campus.

CORAGEM

EUDALDO GOMES DA SILVA

HOMENAGEM

1968 - presidente do DALA e membro do Diretório Central dos Estudantes (DCE) da Universidade da Bahia. 1969, abandona o curso de Agronomia, passando a viver na clandestinidade, 1970, preso no Largo da Glória, no Rio de Janeiro, Eudaldo resistiu às duras sessões de tortura para não delatar planos do sequestro do embaixador;Depois foi Incluído na relação dos que seriam trocados pela pessoa do embaixador,Eudaldo foi “banido” do Brasil em 15 de julho de 19701971 em Cuba faz treinamento para a guerrilha 1972, No Chile, vive a experiência democrática e socialista do governo de Salvador Allende.Volta ao Brasil regressou com o objetivo de rearticular as bases da Vanguarda Popular Revolucionária (VPR).Eudaldo morreu sob tortura no dia 7 de janeiro de 1973, com outros companheiros, em Pernambuco, no episódio conhecido como “Massacre da Chácara São Bento”,

EUDALDO GOMES DA SILVA

qual a memória que sobrevive de Eudaldo Gomes da Silvana Bahia? Memória heroica, desconhecimento, apagamento?

SAIBA MAIS

http://www.recantodasletras.com.br/artigos/4754026

http://pt.slideshare.net/IgorBulhes/eudaldo

http://www.encontro2010.historiaoral.org.br/resources/anais/2/1270493214_ARQUIVO_Texto+AnaisHist.Oral.Recife+2010+LucileideCardoso_.pdf

http://www.encontro2012.historiaoral.org.br/resources/anais/3/1340416677_ARQUIVO_TEXTOCOMPLETOHEBERok.pdf

OBRIGADO Hermes Peixoto Santos Filhoh.pesse@terra.com.br75 9982 2116