Post on 07-Apr-2016
Desenvolvimento Econômico e Industrialização Periférica:
Cinquenta anos do pensamento da Cepal
Universidade Federal de São Carlos – Campus Sorocaba
Grupo 1:Caio C. Pompeo R.A: 345431Eduardo A. Garcia R.A: 345954Gabriel Y. Barcellos R.A: 345679Mark G. Rocha R.A: 345814Raphael R. de Goes R.A: 345580Thiago P. da Fonseca R.A: 345466Victor L. Pedroso R.A: 345725
IntroduçãoContexto histórico: • Revolução industrial: Raiz da divisão Centro-
Periferia• Colonialismo Vs. Neocolonialismo: “Real
dependência”• Primeira Guerra Mundial Necessidade de
desenvolvimento interno das indústrias dificuldade de importação) Possibilidade das indústrias dos países Periféricos
• Crack da Bolsa 1929 (Depressão) perspectiva de desenvolvimento de “dentro para fora”
• Final Segunda Guerra Mundial. Desencadeamentos
• Bretton Woods• Novo paradigma econômico
Convergência Econômica entre países
Refere-se à redução das diferenças
econômicas, normalmente medido em termos
de renda per capita e outros indicadores
importantes (PIB, emprego ...) e relevância
econômica social entre os países ou regiões.
Convergência Econômica entre países“Receita”
Mobilidade plena de fatores de produção Migração do
Capital (rint < rext) Possibilidade de Investimento
produtivo Progresso técnico Aumento da
produtividade Diminuição dos Custos produtivos
Elevação do lucro
Desenvolvimento e Retorno aos Invest.
Vantagens Comparativas(Custos Comparativos)
Especialização de cada país tende a gerar maior
eficiência Concentração do progresso técnico
em uma área gera aumento da produtividade
Diminuição dos custos de produção.
Vantagens Comparativas(Custos Comparativos)
• A especialização dos países em uma determinada produção, visando trocas no mercado internacional mais eficientes.
• Não leva em conta a Vantagem Absoluta.• Considera qual a melhor relação de produção
relativa dos produtos.
Exemplo: Alimentos Vestuário C. Oport.País A: 200un/ht 400un/ht 1/2País B: 100un/ht 50un/ht 1/0.5
Vantagens Comparativas(Custos Comparativos)
O País A possui a Vantagem Absoluta.
Produz mais eficientemente tanto Alimento quanto
Vestuário. Levando-se em consideração o custo de
oportunidade (1un de Alimento / 2un de Vestuário)
é mais vantajoso deixar a produção de Alimento
para o País B (1un de Alimento / 0,5un de
Vestuário) e produzir Vestuário.
Convergência e Especialização
• Automatismo– Não utilização de políticas ativas
• Liberalização comercial – Redução de tarifas – Não pretecionismo
• Liberalismo financeiro • Não consideração do contexto histórico do
país
CEPAL• Crítica:
Não há convergência e não há automatismo- Desenvolvimento desigual- Especificidades da periferia- Considera questões históricas, geográficas e econômicas
• Necessidade de um núcleo decisório endógeno
Termos de Intercâmbio• Piora dos termos Fenômeno Dinâmico• Suposta explicação:
– Lenta absorção do excedente potencial humano, oriundo de atividades primárias, pelo setor industrial.
– Pressão sobre salários e sobre o preço dos produtos primários deslocamento de parte do progresso técnico periférico para os grandes centros industrializados.
HETEROGENEIDADE DE DESENVOLVIMENTO
Termos de Intercâmbio• Co-relação: Setor primário x Setor Industrial
– Compete a indústria, principalmente, absorver o excedente de população ativa transferência de mão-de-obra propulsiona o desenvolvimento periférico (elevação dos salários + aperfeiçoamento técnico);
– Necessidade de desenvolvimento simultâneo dos dois setores evitar o deslocamento de parte do fruto do progresso técnico periférico aos grandes centros;
– Absorção rápida do excedente ganho de produtividade para ambos os setores (queda nos preços de acordo com a redução de custos -> progresso técnico).
Termos de Intercâmbio• Co-relação: CENTRO x PERIFERIA
– Incapacidade das indústrias dos grandes centro em absorver o excedente das periferias necessidade de desenvolver as próprias atividades industriais.
– Lenta propagação do progresso técnico: periferia não compartilha dos frutos dos grandes centros, porém transfere parte de seu próprio progresso a os mesmos.
– Transferência do progresso do Centro para periferia: aumento da demanda de bens primário pelos países industrializados caso esporádico.
Termos de Intercâmbio• Conjuntura do sistema de trocas:
– A indústria do Centro, ao elevar a sua produção, aumenta a demanda dos primários da Periferia desenvolvimento do progresso técnico periférico
– O inverso não ocorre dependência estritamente em cima dos países periféricos;
– Fatores indiretos contribuintes para o progresso técnico periférico: novas terras, inovações em transporte, mineração melhoria das técnicas de exploração.
Termos de Intercâmbio• América Latina periférica:
– Aumento da renda exploração agrícola e mineradora (elevação no preço das terras).
– Absorção integral do próprio progresso técnico: mercado interno
– Necessidade de promover mobilidade aos fatores produtivos
– Oscilações periódicas:• Fase crescente: Alta nos preços pelo aumento da
produtividade lucro aos empresários• Fase decrescente: progresso técnico transferido aos
salários (queda em menor proporção que dos preços)
Termos de Intercâmbio• Periferias como economias menos dinâmicas:
– Redução do valor de oferta da produção final benéfico (redução proporcional aos lucros e salários)
– Concorrência Perfeita: baixa autonomia dos produtores primários, demanda com restrita elasticidade
– Submissão a políticas externas e restrita quantidade de bens de consumo para implementar o processo de industrialização
SUBDESENVOLVIMENTO PERIFÉRICO
Mão-de-obra
• Abundância de potencial humano pressiona salários e produtos primários a uma queda
• Impede a periferia de desfrutar os progressos técnicos
Mão-de-obra
• Excedente da população :
• Real – Progresso Técnico na produção primária não acompanhado por demanda industrial
• Virtual - Progresso Técnico na produção primária acompanhado da demanda industrial
Mão-de-obra
• A Indústria dos países centrais nao cresce de maneira a absorver o excedente da periferia
• Daí a necessidade de industrializar-se!
• Em alguns casos ocorre o contrário: industrializa-se rapidamente e absorve o excesso de população da periferia, aliviando a queda de preços na periferia
Mão-de-obra
• Europa:
• Produção primária em novas terras ajudaram a diminuir excedente populacional
Mão-de-obra
• Portanto a não absorção desse excedente de população ativa mantém um baixo nível de salário, influindo negativamente de diversas maneiras. (ex: influi nos termos de intercâmbio e provoca insuficiência de mercado)
Centro x Periferia• Características:
– Centro:• Núcleo endógeno de progresso técnico• Homogeneidade de estruturas produtivas e social• Posição de comando na DIT• Capitalismo de Massa • Compatibilidade entre forças produtivas, estrutura
social e padrões de consumo
Periferia:– Vasta e heterogênea– Alta possibilidade de assimilar o progresso técnico– Processos produtivos melhor assimilados pelo
setor exportador– Tendência de piora dos termos de intercâmbio– Periferia impedida de compartilhar frutos do
progresso técnico
– Produção primária gera excedente de população ativa periferia tem de desenvolver sua própria atividade industrial
– Tendência de transferência dos frutos do progresso técnico
– Mecanismo expansionista: Progresso técnico, ↑desemprego,
↑investimentos, absorve-se mão-de-obra (inexistente na periferia)
- Produção baseada nos modelos de economias centrais- Tecnologia escassa- Mão-de-obra abundante- Escassez relativa de capital- Pouca possibilidade de desempenho de uma política
reguladora de investimentos economia DEPENDENTE do cenário externo
- Produtos pouco dinâmicos
Perguntas
• Por que os países de produção majoritariamente primária tendem a apresentar uma pior recuperação pós crises mundiais?
• Qual a importância de um núcleo endógeno de progresso técnico?