Desafios à Família na América Latina Hoje

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Desafios à Família na América Latina Hoje. Pe. Luiz Antonio Bento Assessor da Comissão Episcopal Pastoral para a Vida e a Família e Comissão de Bioética da CNBB. I – Introdução. Ampliada Monoparental Reconstituída Tradicional União de fato União livre União homoafetiva. I – Introdução. - PowerPoint PPT Presentation

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Desafios à Família na América Latina Hoje

Pe. Luiz Antonio BentoAssessor da Comissão Episcopal Pastoral para a Vida e a Família e Comissão de Bioética da CNBB

I – Introdução

I – Introdução

Ampliada

Monoparental

Reconstituída

Tradicional

União de fato

União livre

União homoafetiva

1. “Novos modelos de família”

I – Introdução

1. “Novos modelos de família”

O termo "família" está totalmente fora de

lugar e o uso que dele se faz é mentiroso.

II – Desafios

II – Desafios Contexto de profundas mudanças de

alcance global (globalização).1. Crise de sentido

II – Desafios

1. Crise de sentido

Fator determinante:

Avanço científico e técnico com suas

enormes possibilidades de manipulação

da vida e das consciências, mediante

uma ampla rede de comunicação.

II – Desafios

1. Crise de sentido

Documento de Aparecida, refere-se ao

ocultamento de Deus.

Razão pela qual muitos estudiosos de

nossa época sustentam que a realidade

traz inseparavelmente uma crise do

sentido (DAp 37).

II – Desafios

1. Crise de sentido

A tradição cultural e religiosa já não

chega às novas gerações.

Os meios de comunicação social

dedicam grande parte de seu tempo e

dinheiro para divertir a sociedade e não

dá às pessoas uma resposta adequada

das suas profundas perguntas.

II – Desafios

1. Crise de sentido

MCS:

“Invadiram todos os espaços e todas as

conversas, introduzindo-se também na

intimidade do lar" (DAp 39).

II – Desafios

1. Crise de sentido

"Entre os pressupostos que

enfraquecem e menosprezam a vida

familiar, encontramos a ideologia de

gênero".

II – Desafios

1. Crise de sentido

Legalização das uniões com pessoas do

mesmo sexo e a adoção de crianças;

II – Desafios

1. Crise de sentido

Comportamento que debilita e reduz a

vida familiar.

II – Desafios

1. Crise de sentido

Um dos grandes desafios para a Igreja e

a família na América Latina e Caribe:

“fazer-nos discípulos dóceis, para

aprendermos dEle, em seu seguimento, a

dignidade e a plenitude da vida"... "que

nem a ciência, nem a política, nem a

economia e nem os meios de

comunicação poderão proporcionar-lhe”

(DAp 41).

Outro desafio:

"Vivemos uma mudança de época, e seu

nível mais profundo é o cultural. Dissolve-

se a concepção integral do ser humano,

sua relação com o mundo e com Deus”

(DAp 44).

II – Desafios

2. Degradaçãodo humano e debilitação de seus vínculos

Essa cultura se caracteriza pela auto-

referência do indivíduo, que conduz à

indiferença pelo outro;

As relações humanas estão sendo

consideradas objetos de consumo.

II – Desafios

2. Degradaçãodo humano e debilitação de seus vínculos

Além de uma debilitação “tem também

provocado modificações legais que ferem

gravemente a dignidade do matrimônio, o

respeito ao direito à vida e a identidade da

família” (DAp 40).

II – Desafios

2. Degradaçãodo humano e debilitação de seus vínculos

A pessoa humana se explica, se constrói

em base à qualidade e solidez de suas

relações.

A relação nos define. Nossas famílias e

nossas comunidades explicam-se pelo tipo

de relações que estabelecem em seu seio.

II – Desafios

2. Degradaçãodo humano e debilitação de seus vínculos

A resposta pastoral a este desafio:

Capítulo 5 de Aparecida, da Comunhão

dos Discípulos Missionários na Igreja:

“O mistério da Trinitária é a fonte, o

modelo e a meta do mistério da Igreja”

(DAp 155).

II – Desafios

2. Degradaçãodo humano e debilitação de seus vínculos

É preciso reafirmar nesta situação que a

fé em Jesus Cristo nos chegou através

da comunidade eclesial.

A fé nos liberta do isolamento do eu,

porque nos conduz à comunhão” (DAp

156).

II – Desafios

2. Degradaçãodo humano e debilitação de seus vínculos

Tertio Millenium Ineunte:

“Fazer da Igreja a casa e a escola da

comunhão".

II – Desafios

2. Degradaçãodo humano e debilitação de seus vínculos

O ataque permanente das grandes

potências que pressionam ou condicionam

pela via econômica os países da América

Latina:

II – Desafios

3. A defesa e o cuidado da vida humana, desdea concepção atéo seu declínio natural

Não-compromisso com a vida humana,

desde o momento da concepção até a

morte natural;

Legalização do Aborto;

Eutanásia;

Fertilização in vitro;

Manipulação e seleção de embriões.

II – Desafios

3. A defesa e o cuidado da vida humana, desdea concepção atéo seu declínio natural

Papa Bento XVI:

“Continuem a ser berços onde nasce a

vida humana abundante e generosamente,

onde se acolhe, se ama, se respeite a vida

desde a sua concepção até ao seu fim

natural” (Discurso Inaugural, 6).

II – Desafios

3. A defesa e o cuidado da vida humana, desdea concepção atéo seu declínio natural

Quando a vida não é respeitada todos os

outros direitos são menosprezados.

II – Desafios

3. A defesa e o cuidado da vida humana, desdea concepção atéo seu declínio natural

Compromisso:

• Transmitir ao povo a importância e a

necessidade de acolher e respeitar

integralmente a vida em todas as fases de

desenvolvimento ou circunstância em que

se encontra;

• Comunicar aos jovens, a beleza da

paternidade e maternidade responsáveis,

dentro da maturidade do matrimônio.

II – Desafios

3. A defesa e o cuidado da vida humana, desdea concepção atéo seu declínio natural

A ciência e a técnica avançaram, mas

isso não significa que o ser humano

deva fazer tudo o que é capaz de fazer

(Donum viate).

II – Desafios

3. A defesa e o cuidado da vida humana, desdea concepção atéo seu declínio natural

A chamada cultura da morte desconhece

os princípios básicos da medicina.

Não trabalha para contribuir à vida, mas

para extrair dela ganhos econômicos.

II – Desafios

3. A defesa e o cuidado da vida humana, desdea concepção atéo seu declínio natural

Aparecida reafirma sua prioridade pela

vida e a família:

“Não podemos escapar desse desafio de

diálogo entre a fé, a razão e as ciências”

(DAp 466).

II – Desafios

3. A defesa e o cuidado da vida humana, desdea concepção atéo seu declínio natural

Não há nenhum espaço melhor do que a

família para cobrar consciência do valor

sagrado da vida humana.

Uma missão para nossas famílias terá de

incluir um vasto programa para realizar-se

neste sentido.

II – Desafios

3. A defesa e o cuidado da vida humana, desdea concepção atéo seu declínio natural

As novas gerações são as mais afetadas

por esta cultura do consumo em suas

aspirações pessoais profundas.

Crescem na lógica do individualismo

pragmático e narcisista, que desperta

nelas mundos imaginários especiais de

liberdade e igualdade.

II – Desafios

4. Solicitude pelas novas gerações

Conseqüência:

Afeta o coração de nossas famílias e

transforma-se num dos maiores desafios

que terá que confrontar junto à Igreja

neste ainda início de século.

II – Desafios

4. Solicitude pelas novas gerações

Como acompanhar seus processos

pessoais?

Como educá-los?

Com que pedagogia?

Como orientá-los para viver com dignidade

e em plenitude?

II – Desafios

4. Solicitude pelas novas gerações

Preocupação dos pais, da Igreja e da

sociedade:

Crianças,

adolescentes e

jovens:

II – Desafios

4. Solicitude pelas novas gerações

OUTROS:

Os sem abrigo,

Os que vivem a escravidão da prostituição,

violência, droga, álcool, pornografia,

prisioneiros da guerra, dos grupos

criminais e doenças terminais como do

HIV.

II – Desafios

4. Solicitude pelas novas gerações

Desafio fundamental:

“Mostrar a capacidade da Igreja de promover e

formar discípulos que respondam à vocação

recebida e comuniquem em todas as partes,

transbordando de gratidão e alegria, o dom do

encontro com Jesus Cristo. Não temos outro

tesouro a não ser este” (DAp 14).

II – Desafios

5. A vida de Jesus Cristo em nossas famílias

A Igreja retoma a pergunta de Tomé:

“Senhor, como podemos conhecer o

caminho?” e novamente escuta a resposta

de Jesus: “Eu sou o Caminho, a Verdade

e a Vida” (Jo 14,6).

II – Desafios

5. A vida de Jesus Cristo em nossas famílias

As famílias:

Responder adequadamente aos desafios

de nosso tempo.

II – Desafios

5. A vida de Jesus Cristo em nossas famílias

Alguns lugares de formação de

discípulos missionários:

A família como primeira escola da fé, lugar

e a escola de comunhão, fonte de valores

humanos e cívicos, lar onde a vida

humana nasce e se acolhe generosa e

responsavelmente (DAp 302).

II – Desafios

6. Discipulado missionáriona família

Para que a família seja “escola de fé”, a

pastoral familiar deve oferecer espaços de

formação, materiais catequéticos,

momentos celebrativos, que lhes permitam

cumprir sua missão educativa (DAp 302).

II – Desafios

6. Discipulado missionáriona família

Recurso:

“Catequese familiar”, oferecendo

possibilidade eficiente de formar os pais

de família, os jovens e as crianças.

II – Desafios

6. Discipulado missionáriona família

Todo o processo de discipulado

missionário é um caminho de educação.

É uma das principais contribuições que a

Igreja oferece às nossas famílias e à

sociedade.

E, por sua vez, a família à sociedade e à

Igreja.

Uma latente esperança para nosso

continente.

II – Desafios

6. Discipulado missionáriona família

A pastoral familiar diocesana e as

famílias cristãs da América Latina e do

Caribe, poderão extrair as linhas

fundamentais para levar a cabo o grande

desafio de promover e formar discípulos

missionários.

II – Desafios

6. Discipulado missionáriona família

III – Perspectiva de família

A pastoral familiar diocesana e as famílias

cristãs da América Latina e do Caribe,

poderão extrair as linhas fundamentais para

levar a cabo o grande desafio de promover e

formar discípulos missionários.

III – Perspectiva de família

Visão redutiva da pessoa e da família

nos espaços do debate político,

legislativo e de comunicação debilita e

deteriora a sociedade.

III – Perspectiva de família

Qual é a maneira e o ambiente natural

mais adequado à condição que permite a

pessoa a desenvolver todo seu potencial a

serviço da sociedade.

III – Perspectiva de família

O isolamento não é um espaço propício.

O homem para se desenvolver necessita

da relação interpessoal.

III – Perspectiva de família

O amor constitui o tipo de relação mais

elevada à qual se pode aspirar, o espaço

mais propício para o desenvolvimento da

pessoa.

III – Perspectiva de família

Por esta razão, é Indispensável que a

defesa e a promoção da família sejam

uma autêntica política do Estado.

IV – Urgência no cuidado à família na atual situação

IV – Urgência no cuidado à família na atual situação

“Não me envergonho do Evangelho:

ele é força de Deus para a salvação de

todo aquele que crê” (Rm 1,16).

IV – Urgência no cuidado à família na atual situação

Momento atual:

Anunciar a todos o Evangelho sobre o

Matrimônio e a Família.

IV – Urgência no cuidado à família na atual situação

Superar a dificuldade do medo à rejeição

de um mundo em que querem governar de

acordo com a sua própria vontade e os

seus próprios interesses.

IV – Urgência no cuidado à família na atual situação

Não viver o jogo de adaptar-se às

circunstâncias externas do que vem a ser

chamado de politicamente correto.

Só assim, podemos “dar razão da nossa

esperança a todo aquele que no-la pede”

(1Pd 3,15).

IV – Urgência no cuidado à família na atual situação

A Igreja na América Latina há de saber

viver essa realidade em nossos dias:

desafio da cultura dominante.

IV – Urgência no cuidado à família na atual situação

Trata-se de uma sociedade que se declara

a si mesma como pós-cristã, onde a única

menção ao cristianismo é avaliada

negativamente como algo fora do tempo e

que recordaria época felizmente superada.

IV – Urgência no cuidado à família na atual situação

O Magistério da Igreja tem se manifestado

repetidas vezes sobre os perigos que

emanam deste modo de organizar a

sociedade, que traz um relativismo moral,

esconde o totalitarismo (cf. Centecimus annus,

46).

V – Respostas aos desafios

V – Resposta aos desafios

Metas fundamentais da missão da família

em nosso continente:

V – Resposta aos desafios

• Começar em casa com a educação dos

filhos (arrumar a casa);

• Viver, crescer e aperfeiçoar-se como

comunidade de pessoas;

• Ser “santuário da vida” servidora da vida,

já que o direito à vida é base de todos os

direitos humanos;

V – Resposta aos desafios

• Ser “célula primeira e vital da sociedade”:

por natureza e vocação, a família é

chamada a ser promotora do

desenvolvimento, protagonista de uma

autêntica “política familiar”;

• Ser “Igreja domética” – “santuário que

acolhe, vive, celebra e anuncia a Palavra de

Deus.”

V – Respostas aos desafios

Missão Continental preparar, formar e

evangelizar de modo permanente as

nossas famílias de tal maneira que se

convertam em evangelizadoras (302. 437,

b, c, e, g, i).

V – Respostas aos desafios

Estreita relação com:

Cuidado pastoral das crianças (438-441),

A pastoral da juventude e vocacional

(446a),

A atenção pastoral aos adultos (447-450),

Defesa e promoção da dignidade,

maternidade e participação das mulheres

na Igreja e na sociedade (451-458),

V – Respostas aos desafios

Estreita relação com:

Formação e promoção do homem como

pai de família (459-463),

Promoção e defesa da vida humana (464-

469) e cuidado do meio ambiente (470-

474).

V – Respostas aos desafios

Colaboração entre os pais de família e

os centros educativos de seus filhos.

V – Respostas aos desafios

Diálogo com os governos e a sociedade,

políticas e leis a favor da vida, do

matrimônio e da família (437d).

V – Respostas aos desafios

Acompanhar com cuidado os casais que

vivem em situação irregular (437j).

V – Respostas aos desafios

Estimular uma pastoral de atenção integral

à família.

V – Respostas aos desafios

Estudar as causas das crises familiares

para encará-las em todos os seus fatores.

V – Respostas aos desafios

Ajudar a criar possibilidades de condições

de acolhida e adoção e possam viver em

família (437l).

V – Respostas aos desafios

Organizar casas de acolhida e um

acompanhamento às as meninas e

adolescentes grávidas, às mães

“solteiras”, aos lares incompletos (437m).

V – Respostas aos desafios Atenção especial em relação às

viúvas.

VI – Para enfrentar os desafios

a) Familiaris consortio;

a) Carta às Famílias;

c) Evangelium vitae;

d) Documento de Aparecida;

e) Trabalhar pela dignidade

f) Valorização do sacramento do

Matrimônio, da família e da vida;

VI – Para enfrentar os desafios

g) Visto que a família é o valor mais querido

dos nossos povos, torna-se “um dos eixos

transversais de toda ação evangelizadora

da igreja” (DAp 435).

VI – Para enfrentar os desafios

Requer “uma pastoral familiar intensa e

vigorosa” (DI 5), para proclamar o

evangelho da família, promover a cultura

da vida e trabalhar para que os direitos

das famílias sejam reconhecidos e

respeitados (DAp 435).

Necessário recuperar o verdadeiro sentido de

família, como Deus a pensou (cf. Gn 1,26-27).