Post on 22-Jan-2018
DECISÃO DA EMPRESA
MONOPOLISTA
Apresentar um modelo básico para o entendimento demercados com estrutura monopolista.
OBJETIVO GERAL
OBJETIVOS ESPECÍFICOS
Caracterizar o mercado do tipo monopólio, e suas principais origens.
Identificar e explicar a forma pela qual empresas monopolistas tomam decisões produtivas.
Discutir o custo social dos monopólios, e possíveis motivos para sua necessidade.
Citar políticas públicas voltadas para monopólios.
CARACTERIZAÇÃO DO MERCADO MONOPOLISTA
Um mercado monopolista seria caracterizado por:
Muitos ou milhares de compradores;
Um único vendedor;
Os bens ofertados não possuem substitutos;
Produtores podem influenciar os preços de mercado de seus produtos. São definidores de preços.
Ou seja, possuem poder de mercado.
Existem barreiras significativas à entrada ou saída de empresas. Ou seja, empresas tem obstáculos significativos entrar ou sair do mercado em questão.
ORIGEM DOS MONOPÓLIOS
O principal motivo para o surgimento de monopólios é a existência de significativas barreiras à entrada de firmas neste mercado. Esta podem assumir três diferentes formas:
Recurso Monopolista: Posse exclusiva de um recurso chave à produção;
Concessão do Governo: Autorização de exclusividade fornecida pelo governo para realização de uma atividade produtiva;
Processo de produção: Situações em que os custos de produção são tão altos ao ponto que um único produtor é mais eficiente que vários pequenos produtores.
ORIGEM DOS MONOPÓLIOS: RECURSOS MONOPOLISTAS
Este tipo de monopólio surge da propriedade exclusiva de um recurso-chave para a produção por parte da empresa.
A exclusividade combinada com a ausência de substitutos, mesmo em nível local, pode gerar o surgimento de alguns monopólios.
Este tipo monopólio é muito raro atualmente, mas pode ter surgido por motivos históricos ou de formação, específicos de um tipo de setor ou localidade.
ORIGEM DOS MONOPÓLIOS: CONCESSÃO DO GOVERNO
São monopólios que surgem pela concessão de uso exclusivos de recurso ou exploração exclusiva de mercado ou produto sem substitutos.
Existem basicamente uma motivação para tal ação:
Situação em que os serviços/bens não seriam produzidos ou ofertados sem o direito de monopólio concedido pelo governo.
Ou seja, o mercado não seria interessante dentro do contexto geral a menos que o governo concedesse o monopólio de produção e/ou comercialização do bens ou serviço.
ORIGEM DOS MONOPÓLIOS: PROCESSO DE PRODUÇÃO
São monopólios que surgem do fato de que existe uma escala produtiva mínima tão alta que impede que o mercado seja viável para mais de uma empresa;
Ou, que a diferença de eficiência produtiva entre a produção com uma empresa e varias empresas seja grande o suficiente para impedir a viabilidade de uma mercado que não seja monopolista.
Este tipo de monopólio surge de situações onde existam ganhos substancias de escala com o aumento
COMPARAÇÃO ENTRE MERCADO COMPETITIVO E
MONOPÓLIO
Mercado Competitivo Monopólio
Vários produtores/vendedores Um produtor/vendedor
Curva de demanda horizontal no longo prazo (curto prazo no caso de concorrência perfeita)
Curva de demanda com inclinação negativa no curto e longo prazo
São tomadores de preços São “escolhedores” (formadores) de preço
Vende quantidades diversasao mesmo nível de preços
Relação inversa entre o preço e quantidade vendida
COMPARAÇÃO ENTRE MERCADO COMPETITIVO E
MONOPÓLIO
PreçoPreço
QuantidadeQuantidade
D
D
Curva de demanda do uma empresaem mercado competitivo
Curva de demanda de uma empresa monopolista
MEDIDAS DE RECEITA DA FIRMA EM MONOPÓLIO
Receita total da firma seria dada pelo total produzido e vendido vezes o preço de venda, neste caso o preço de mercado. Podemos expressar a receita total pela formula:
MEDIDAS DE RECEITA DA FIRMA EM MONOPÓLIO
A receita média da firma é dada pela divisão da receita total da firma pela quantidade produzida e vendida. Sendo identificado pela seguinte formula:
Resolvendo a equação para RT = PxQ, temos:
Diferente dos mercados de concorrência perfeita a receita média do monopolista é decrescente e igual ao preço de mercado para cada diferente nível de demanda.
A curva de receita média é igual à demanda de mercado.
Receita marginal é a variação na receita total decorrente da venda de uma unidade adicional de produto. Sendo dado pela formula abaixo:
Para empresas monopolistas, a receita marginal será decrescente (e não fixa, como no mercado de concorrência perfeita), e sempre será inferior à receita total média (curva de demanda).
MEDIDAS DE RECEITA DA FIRMA EM MONOPÓLIO
MEDIDAS DE RECEITA DA FIRMA EM MONOPÓLIO
Exemplo:Quantidade
(Q)Preço
(P)Receita Total
(RT=PxQ)Receita Média(RMe=RT/Q)
Receita Marginal(RMg=ΔRT/ΔQ)
0 R$ 16,00 R$ 00,00 - -
1 R$ 14,00 R$ 14,00 R$ 14,00 R$ 14,00
2 R$ 12,00 R$ 24,00 R$ 12,00 R$ 10,00
3 R$ 10,00 R$ 30,00 R$ 10,00 R$ 6,00
4 R$ 8,00 R$ 32,00 R$ 8,00 R$ 2,00
5 R$ 6,00 R$ 30,00 R$ 6,00 - R$ 2,00
6 R$ 4,00 R$ 24,00 R$ 4,00 - R$ 6,00
7 R$ 2,00 R$ 14,00 R$ 2,00 - R$ 10,00
MEDIDAS DE RECEITA DA FIRMA EM MONOPÓLIO
Exemplo:
-15
-10
-5
0
5
10
15
20
0 1 2 3 4 5 6 7 8
Curvas de Demanda e Receita Margial Monopolista
Observe que a receita marginaldo monopolista é sempre igualou inferior ao preço de mercado(curva de demanda).
Curva de Demanda
Curva de Receita merginal
DECISÃO DA FIRMA EM MONOPÓLIO:MAXIMIZAÇÃO DE LUCRO E CURVA DE OFERTA
A decisão da quantidade produzida que maximiza o lucro da firma pode ser obtida comparando a receita marginal e o custo marginal, de forma análoga ao mercado .
Isso é possível dado que a ΔLucro = RMg – CMg, assim:
Se RMg > CMg, temos que a próxima unidade produzida gerará aumento no lucro (variação positiva no lucro).
Se RMg < CMg, temos que a próxima unidade produzida gerará diminuição no lucro (variação negativa no lucro).
Se RMg = CMg, temos que a próxima unidade produzida não gerará variação no lucro.
Com isso, temos que o ponto em que RMg=CMg, é o ponto em que o lucro é maximizado.
Da mesma forma que ocorria no mercado de concorrência perfeita!
DECISÃO DA FIRMA EM MONOPÓLIO:MAXIMIZAÇÃO DE LUCRO E CURVA DE OFERTA
Gráfico da decisão da firma – Do ponto aquém do máximo lucro para o máximo lucro
Receita e
Custos
Quantidade
Preço=Rme (Curva de Demanda)
CMg
CMe
CVMe
QMÁXQ
Rmg
Para pontos a esquerda de “QMÁX” temos que a receita marginal é maior que o custo marginal. Assim é interessante aumentar “Q” até “QMÁX” paraaumentar o lucro.
DECISÃO DA FIRMA EM MONOPÓLIO
MAXIMIZAÇÃO DE LUCRO E CURVA DE OFERTA
Gráfico da decisão da firma – Do ponto aquém do máximo lucro para o máximo lucro
Quantidade
Preço do Monoplista
Preço=Rme (Curva de Demanda)
CMg
CMe
CVMe
Q
Rmg
Para pontos a esquerda de “QMÁX” temos que a receita marginal é maior que o custo marginal. Assim é interessante aumentar “Q” até “QMÁX” paraaumentar o lucro.
Lucro Monopolista
(Em “Q”)
QMÁX
Custo Total Médio(Custo unitário)
DECISÃO DA FIRMA EM MONOPÓLIO:MAXIMIZAÇÃO DE LUCRO E CURVA DE OFERTA
Gráfico da decisão da firma – Do ponto aquém do máximo lucro para o máximo lucro
Quantidade
Preço=Rme (Curva de Demanda)
CMg
CMe
CVMe
QMÁX
Rmg
Para pontos a esquerda de “QMÁX” temos que a receita marginal é maior que o custo marginal. Assim é interessante aumentar “Q” até “QMÁX” paraaumentar o lucro.
Lucro Monopolista(Em “QMáx”)
Preço do Monoplista
Custo Total Médio(Custo unitário)
DECISÃO DA FIRMA EM MONOPÓLIO:MAXIMIZAÇÃO DE LUCRO E CURVA DE OFERTA
Gráfico da decisão da firma – Do ponto além do máximo lucro para o máximo lucro
Receita e
Custos
Quantidade
Preço=Rme (Curva de Demanda)
CMg
CMe
CVMe
QMÁX Q
Rmg
Para pontos a direita de “QMÁX”temos que a receita marginal é menor que o custo marginal. Assim é interessante diminuir “Q” até “QMÁX” para aumentar o lucro.
DECISÃO DA FIRMA EM MONOPÓLIO:MAXIMIZAÇÃO DE LUCRO E CURVA DE OFERTA
Gráfico da decisão da firma – Do ponto além do máximo lucro para o máximo lucro
Quantidade
Preço=Rme (Curva de Demanda)
CMg
CMe
CVMe
QMÁX Q
Rmg
Lucro Monopolista(Em “Q”)
Para pontos a direita de “QMÁX”temos que a receita marginal é menor que o custo marginal. Assim é interessante diminuir “Q” até “QMÁX” para aumentar o lucro.
Preço do Monoplista
Custo Total Médio(Custo unitário)
DECISÃO DA FIRMA EM MONOPÓLIO:MAXIMIZAÇÃO DE LUCRO E CURVA DE OFERTA
Gráfico da decisão da firma – Do ponto além do máximo lucro para o máximo lucro
Quantidade
Preço=Rme (Curva de Demanda)
CMg
CMe
CVMe
QMÁX
Rmg
Lucro Monopolista(Em “QMáx”)
Preço do Monoplista
Custo Total Médio(Custo unitário)
Para pontos a direita de “QMÁX”temos que a receita marginal é menor que o custo marginal. Assim é interessante diminuir “Q” até “QMÁX” para aumentar o lucro.
DECISÃO DA FIRMA EM MONOPÓLIO:MAXIMIZAÇÃO DE LUCRO E CURVA DE OFERTA
Gráfico da decisão da firma – Ponto de máximo lucro
Receita e
Custos
Quantidade
Preço=Rme (Curva de Demanda)
CMg
CMe
CVMe
QMÁX
Rmg
A firma maximiza o seu lucroproduzindo na quantidade onde o custo marginal iguala a receita marginal.
DECISÃO DA FIRMA EM MONOPÓLIO:MAXIMIZAÇÃO DE LUCRO E CURVA DE OFERTA
Uma diferença importante entre a situação de mercado competitivo e monopólio:
No mercado competitivo temos que P = Rmg = Cmg no ponto de máximo lucro.
Já no mercado monopolista temos que o P > Rmg = Cmg no ponto de máximo lucro.
Isto por que no caso de mercado competitivo a Curva de Demanda e de Rmg estão sobrepostas (uma no mesmo local da outra)
Já na situação de monopólio os preços sempre são maiores que a Rmg, pois a Curva de Demanda esta “acima” da curva de Rmg.
MAXIMIZAÇÃO DE LUCRO OU MINIMIZAÇÃO DE
PREJUÍZO, E SUA MEDIÇÃO
Situação de Lucro Econômico PositivoReceita
e Custos
Quantidade
Preço=Rme
CMg
CMe
CVMe
QMÁX
Rmg
Lucro Econômico Total
Se o ponto ótimo de produção evenda (ponto vermelho), definidopela demanda na quantidade ondeRMg=CMg (ponto verde), estiveracima da curva de CMe (ponto azul)teremos Lucro Econômico Positivo.O Lucro Médio por unidade é adiferença entre o Preço e o CMe; e oLucro Total é Lucro por unidade vezesa quantidade vendida.
Lucr
o m
édio
po
r u
nid
ade
MAXIMIZAÇÃO DE LUCRO OU MINIMIZAÇÃO DE
PREJUÍZO, E SUA MEDIÇÃO
Situação de Lucro Econômico ZeroReceita
e Custos
Quantidade
Preço=Rme
CMg
CMeCVMe
QMÁX
Rmg
Lucro Econômico Zero
Se o ponto ótimo de produçãoe venda (ponto vermelho),definido pela demanda naquantidade onde RMg=CMg(ponto verde), estiver sobre acurva de CMe (curva azul)teremos Lucro Econômico Zero.Isto ocorre porque o Preço(Rme) é igual ao CMe.
MAXIMIZAÇÃO DE LUCRO OU MINIMIZAÇÃO DE
PREJUÍZO, E SUA MEDIÇÃO
Situação de Lucro Econômico Negativo (Prejuízo)Receita
e Custos
Quantidade
Preço=Rme
CMg
CMeCVMe
QMÁX
Rmg
Se o ponto ótimo de produçãoe venda (ponto vermelho),definido pela demanda naquantidade onde RMg=CMg(ponto verde), estiver abaixoda curva de CMe (ponto azul)teremos Lucro EconômicoNegativo (Prejuízo).O Prejuízo Médio por unidadeé a diferença entre o Preço e oCMe; e o Prejuizo Total éPrejuízo por unidade vezes aquantidade vendida.
Prejuízo Econômico
Total
Pre
juíz
o m
édio
po
r u
nid
ade
DECISÃO DE ATIVIDADE NO CURTO E LONGO PRAZO: SUSPENSÃO DAS ATIVIDADES NO CURTO PRAZO
A firma leva em consideração os custos irrecuperáveis quando está para decidir se sai do mercado, mas os ignora quando está decidindo se paralisa a produção temporariamente.
Custos irrecuperáveis são aqueles custos que já foram despendidos e não podem ser recuperados.
DECISÃO DE ATIVIDADE NO CURTO E LONGO PRAZO: SUSPENSÃO DAS ATIVIDADES NO CURTO PRAZO
Com isso, firma paralisará a produção no curto prazo se a receita que obtém com a venda de seus produtos é menor que o custo variável de produção; ou seja, quando:
Assim, a porção da curva de CMg que está acima da curva de CVMe é a curva de oferta de curto prazo da firma em um mercado de concorrência perfeita.
DECISÃO DE ATIVIDADE NO CURTO E LONGO PRAZO: SUSPENSÃO DAS ATIVIDADES NO CURTO PRAZO
Gráfico da decisão da firma – Suspensão de Atividades
Receita e
Custos
Quantidade
CMg
CMe
CVMe
A preços entre 0 e P1 as atividades devem ser paralisadas.A preços entre P1 e P2 as atividades apresentam prejuízo, mas devem ser mantidas.
P1
P2
0
Paralisação
Operar em Prejuízo
DECISÃO DE ATIVIDADE NO CURTO E LONGO PRAZO: SAÍDA DO MERCADO NO LONGO PRAZO
No longo prazo, a firma sairá do mercado se a receitaobtida com a venda de seus produtos é menor que os seus custos totais.Ou seja, quando:
No longo Prazo, a firma entrará no mercado se a receitaobtida com a venda de seus produtos é maior que os seus custos totais.Ou seja, quando:
A curva da oferta de longo prazo da firma em concorrência perfeita é a porção da curva do custo marginal acima do custo médio.
DECISÃO DE ATIVIDADE NO CURTO E LONGO PRAZO: SAÍDA DO MERCADO NO LONGO PRAZO
Gráfico da decisão da firma – Sair ou não do mercado
Receita e
Custos
Quantidade
CMg
CMe
CVMe
A preços entre 0 e P1 a empresa deve sair do mercado no longo prazoSe o preço for maior que P1 a empresa deve permanecer ou entrar no mercado.
P1
0
Sair do Mercado
Entrar no Mercado
CUSTO SOCIAL DO MONOPÓLIO
Em situações de monopólio podemos observar queserão praticados preços maiores dos que aquelespraticado em concorrência perfeita e em mercadoscompetitivos.
Em situações de monopólio podemos observar queserão comercializados menos produtos do que aquelescomercializados em concorrência perfeita e emmercados competitivos.
CUSTO SOCIAL DO MONOPÓLIO
Tal situação seria considerada como pior do ponto devista dos compradores (demanda de mercado).
Entretanto, esta situação seria considerada comopositiva e desejável para o vendedor (monopolista),dado que potencialmente obteria mais lucros do que nasituação de concorrência perfeita ou de mercadoscompetitivos.
E em adição, assim como na situação dos impostosteríamos um peso morto (perda social) pelo exercíciodo monopólio. Ou seja, o bem-estar coletivodiminuiria.
CUSTO SOCIAL DO MONOPÓLIO
Situação de produção eficiente (Competitivo):
Receita e
Custos
Quantidade
Curva de Oferta (Cmg)
Rmg
Curva de Demanda(Preço = Rme)
PCompetitivo
QMÁX (ou competitiva)
CUSTO SOCIAL DO MONOPÓLIO
Situação de produção eficiente (Competitivo):
Receita e
Custos
Quantidade
Curva de Oferta (Cmg)
QMÁX (ou competitiva)
Rmg
Curva de Demanda(Preço = Rme)
ExcedenteComprador
ExcedenteVendedor
PCompetitivo
CUSTO SOCIAL DO MONOPÓLIO
Situação de produção eficiente (Competitivo):
Receita e
Custos
Quantidade
Curva de Oferta (Cmg)
Rmg
Curva de Demanda(Preço = Rme)
Bem-estarColetivoGerado
PCompetitivo
QMÁX (ou competitiva)
CUSTO SOCIAL DO MONOPÓLIO
Situação de produção com monopólio:
Receita e
Custos
Quantidade
Curva de Oferta (Cmg)
QMonopólio
Rmg
Curva de Demanda(Preço = Rme)
PMonopolista
CUSTO SOCIAL DO MONOPÓLIO
Situação de produção com monopólio:
Receita e
Custos
Quantidade
Curva de Oferta (Cmg)
QMonopólio
Rmg
Curva de Demanda(Preço = Rme)
PMonopolista
ExcedenteComprador
ExcedenteVendedor
CUSTO SOCIAL DO MONOPÓLIO
Situação de produção com monopólio:
Receita e
Custos
Quantidade
Curva de Oferta (Cmg)
QMonopólio
Rmg
Curva de Demanda(Preço = Rme)
PMonopolista
Bem-estarColetivoGerado
CUSTO SOCIAL DO MONOPÓLIO
Comparando as duas situações:
Receita e
Custos
Quantidade
Curva de Oferta (Cmg)
QMonopólio
Rmg
Curva de Demanda(Preço = Rme)
PMonopolista
PCompetitivo
QMáx
Peso Morto doMonopólio
POLÍTICAS DO GOVERNO EM RELAÇÃO AOS
MONOPÓLIOS
Como os monopólios tem um custo social que diminui o bem-estar geral, os governos centrais tentarão controlar o poder de mercado representado por estes.
Algumas medidas centrais na busca pelo controle do poder de mercado dos monopólios são:
Esforço ou incentivo para tornar o setor/mercado mais competitivo;
Controlar o uso do poder de mercado sobre preços por meio de regulação;
Transformar alguns monopólios privados em monopólios públicos;
Não fazer nada.
POLÍTICAS DO GOVERNO EM RELAÇÃO AOS
MONOPÓLIOS – PROMOÇÃO DA CONCORRÊNCIA
O governo faz uso da criação e aplicação de leis identificadas como “Leis antitruste” cujo objetivo central é limitar o uso do poder de mercado que é exercido ou “construído” por grupos oligopolistas e monopólios.
As leis visam viabilizar um conjunto de formas para promoção da competição:
Possibilitam ao governo controlar/limitar a fusão ou divisão de empresas de um mesmo setor ou nicho de mercado.
Possibilita ao governo tomar ação para impedir que empresas ou grupos de empresas tomem ações ilegais ou legais que diminuam a competitividade de um mercado.
POLÍTICAS DO GOVERNO EM RELAÇÃO AOS
MONOPÓLIOS – REGULAÇÃO OU CONTROLE DE PREÇOS
O governo pode ainda fazer uso de controle de preços para limitar o uso do poder de mercado dos monopólios.
Idealmente, o governo poderia forçar uma empresa monopolista a cobrar preços de mercado iguais aos do seu custo marginal, oque tornaria este mercado tão eficiente quanto ao mercado competitivo.
Entretanto, o governo “forçará” preços que ainda gerem algum nível de lucro econômico positivo, mas sempre o mais próximos o possível do nível eficiente.
A opção de Pmonopólio=Cmg só será possível em algumas situações onde ainda se tenha lucro econômico a este nível de preços (situação possível, mas não provável).
POLÍTICAS DO GOVERNO EM RELAÇÃO AOS
MONOPÓLIOS – MONOPÓLIOS PÚBLICOS
Em algumas situações, ao invés de regular um monopólio privado o governo pode definir-se como o único produtor deste setor (Monopólio Público).
Situação de transição que pode incluir a compra das empresas pelo governo ou até mesmo a tomada da posse destas pelo governo sem compensação.
Exemplo: Alguns países subdesenvolvidos chegaram a tomar a posse de bens privados de empresas privadas sem a compensação devida sob a justificativa de fazer com que este capital fosse utilizado para objetivos de bem-estar nacional (transformar empresas privadas em empresas públicas pela “força”).
POLÍTICAS DO GOVERNO EM RELAÇÃO AOS
MONOPÓLIOS – MONOPÓLIOS PÚBLICOS
O governo terá interessa particular de realizar isto em algumas situações:
Se os recursos ou bens produzidos forem estratégicos ou fundamentais para o crescimento econômico ou do bem estar da população.
Em situações onde uma diminuição do uso do poder de mercado para níveis “aceitáveis” levasse a situações de prejuízo econômico.
POLÍTICAS DO GOVERNO EM RELAÇÃO AOS
MONOPÓLIOS – DISTANCIAMENTO DO ESTADO
Em algumas situações o governo poderá achar de interesse coletivo não fazer nada.
Isto ocorrerá se o estado identificar que os custos sociais de um determinado monopólio são muito baixos, e que o custo da ação do governo (via regulação ou transposição para monopólio público) forem considerados mais elevados perto destes.
A ESTRATÉGIA DE DISCRIMINAÇÃO DE PREÇOS
A estratégia de discriminar preços é a prática de se vender o mesmo produtos por preços distintos à grupos diferentes de compradores, mesmo que o custo de fornecimento seja igual para todos os grupos de consumidores.
É uma estratégia exclusiva de mercados concentrados como o monopólio, pois só pode ser realizada mediante poder de mercado.
A ESTRATÉGIA DE DISCRIMINAÇÃO DE PREÇOS
A intuição da discriminação de preços está na ideia de que o vendedor saberia o valor que cada indivíduo estaria disposto a pagar pelo produto, e que cobraria este valor de cada um.
Ou seja, “capturaria” uma parte (ou todo) o excedente do produtor (bem-estar adicional não pago) para si.
A ESTRATÉGIA DE DISCRIMINAÇÃO DE PREÇOS
Como é difícil determinar estes valores para cada indivíduo, o vendedor foca em quanto as pessoas de um grupo estariam dispostas a pagar, e cobra este valor dentro de cada grupo.
Assim, teríamos preços diferentes para cada “bloco” de consumidores, e o vendedor capturaria uma parte “adicional” do bem-estar dos consumidores.
Os grupos geralmente são divididos por características facilmente identificáveis e que estão relacionadas com a disponibilidade para pagar pelo bem (ex.: idade, renda, função produtiva, etc..).
A ESTRATÉGIA DE DISCRIMINAÇÃO DE PREÇOS
Algumas das situações comuns de uso de discriminação de preços são:
Ingressos de cinema;
Passagens aéreas;
Descontos por quantidade consumida;
Situação de riqueza ou renda;
Discriminação por local onde mora/habita;
Ajuda financeira;
Discriminação por gênero (desconto para mulheres em casas noturnas);
Cupons de desconto.
A ESTRATÉGIA DE DISCRIMINAÇÃO DE PREÇOS
Aspectos relevantes que são resultado da discriminação de preços:
Um monopolista pode aumentar seus lucros pelo uso desta estratégia:
Isto se deve ao fato de que o monopolista estaria se apropriando de parte o excedente do consumidor, ao mesmo custo unitário, o faria com que cada venda acima do preço que seria cobrado inicialmente gerará mais lucro por unidade vendida.
A ESTRATÉGIA DE DISCRIMINAÇÃO DE PREÇOS
Comparando a situações com e sem discriminação entredois grupos:
Cmg (Oferta)
Rmg
Demanda(Preço = Rme)
QQ*
P*
P
Cmg (Oferta)
Rmg
Demanda(Preço = Rme)
QQ¹
P¹
P
P²
0 0 Q²
A ESTRATÉGIA DE DISCRIMINAÇÃO DE PREÇOS
Comparando a situações sem e com discriminação entredois grupos:
Cmg (Oferta)
Rmg
Demanda(Preço = Rme)
QQ*
P*
P
Cmg (Oferta)
Rmg
Demanda(Preço = Rme)
QQ¹
P¹
P
P²
0 0 Q²
A ESTRATÉGIA DE DISCRIMINAÇÃO DE PREÇOS
Aspectos relevantes que são resultado da discriminação de preços:
O uso de discriminação de preços pode aumentar o bem-estar geral do mercado:
Com o monopólio geralmente teríamos um peso morto, mas caso o monopolista cobrasse de todos os indivíduos o que estão dispostos a pagar poderíamos “capturar” todo o excedente do consumidor.
Os consumidores não teriam excedente nenhum, mas o vendedor monopolista ficaria com todo o bem-estar que na situação de mercado competitivo era dividido entre vendedores e compradores
Nesta situação de discriminação “completa” de preços teríamos o mesmo nível de bem-estar geral gerado pelo mercado competitivo, mas este estaria todo nas mãos do monopolista.
A ESTRATÉGIA DE DISCRIMINAÇÃO DE PREÇOS
Comparando a situações sem e com discriminaçãoperfeita (total) de preços:
Cmg (Oferta)
Rmg
Demanda(Preço = Rme)
QQ*
P*
P
Cmg (Oferta)
Rmg
Demanda(Preço = Rme)
QQMáx
P
PMáx
0 0
PMin
A ESTRATÉGIA DE DISCRIMINAÇÃO DE PREÇOS
Comparando a situações com e sem discriminaçãoperfeita (total) de preços:
Cmg (Oferta)
Rmg
Demanda(Preço = Rme)
QQ*
P*
P
Cmg (Oferta)
Rmg
Demanda(Preço = Rme)
QQMáx
P
PMáx
0 0
PMin
A PREVALÊNCIA DOS MONOPÓLIOS
Até que ponto os monopólios são predominantes no mercado?
Monopólios não são tão incomuns, e boa parte das empresas tem alguns poder de mercado ou enfrenta a realidade dos mercados concentrados.
Entretanto, empresas com “alto poder de mercado” são casos raros (poucos bens são realmente únicos e sem substitutos).
Lembre-se que poder de mercado é uma questão de gradação, e que no geral competirá ao governo controlar para manter este em níveis “adequados”.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
MANKIW, N. G. Introdução à Economia. São Paulo: Cengage Learning, 2009. 838 pg.
VASCONCELLOS, M. S. Economia, Micro e Macro, Atlas, 2002.