Post on 21-Apr-2015
Custo médio poderado de capital
Quando as sociedades anônimas buscam
recursos, seus gestores estão realizando as
atividades de financiamento e, por conta
disto, estão decidindo sobre ações ordinárias
e preferenciais além dos títulos de dívida.
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PINHEIRO, Carlos Alberto Orge. Introdução a Finanças e Mercados de Capitais. 2013.
Custo médio poderado de capital
Todos esses capitais que estão à disposição da
sociedade apresentam riscos diferentes aos
investidores e, por conta deles, custos
diferentes.
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PINHEIRO, Carlos Alberto Orge. Introdução a Finanças e Mercados de Capitais. 2013.
Custo médio poderado de capital
Vamos imaginar que está à disposição de uma
sociedade um projeto cuja taxa de retorno
seja de 10% ao ano. Pensando em avaliar esse
projeto, o gestor faz uso do custo de capital
de terceiros à disposição da sociedade em 8%
ao ano e decide pela sua aceitação.
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PINHEIRO, Carlos Alberto Orge. Introdução a Finanças e Mercados de Capitais. 2013.
Custo médio poderado de capital
Mais tarde, o mesmo gestor decide avaliar
outro projeto que apresenta taxa de retorno
de 13%. A alternativa para obter recursos
financeiros dá-se pela emissão de ações e seu
custo é de 15% ao ano. Logo o projeto será
rejeitado.
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PINHEIRO, Carlos Alberto Orge. Introdução a Finanças e Mercados de Capitais. 2013.
Custo médio poderado de capital
Essa decisão não faz muito sentido uma vez
que a sociedade é uma atividade em pleno
funcionamento. O correto seria calcular o
custo de capital conforme as médias
ponderadas dos capitais que estão à
disposição da empresa.
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PINHEIRO, Carlos Alberto Orge. Introdução a Finanças e Mercados de Capitais. 2013.
Custo médio poderado de capital6
PINHEIRO, Carlos Alberto Orge. Introdução a Finanças e Mercados de Capitais. 2013.
A decisão do gestor seria a de aceitar o
segundo projeto (13%) e rejeitar o primeiro
(10%).
Custo do capital de terceiros7
PINHEIRO, Carlos Alberto Orge. Introdução a Finanças e Mercados de Capitais. 2013.
O custo do capital de terceiros é a taxa
requerida pelos investidores ao comprarem
os títulos de dívidas. Embora as sociedades
possam fazer uso das taxas pós-fixadas,
iremos considerar que as dívidas foram feitas
com base em taxas pré-fixadas.
Custo do capital de terceiros8
PINHEIRO, Carlos Alberto Orge. Introdução a Finanças e Mercados de Capitais. 2013.
Uma sociedade esta estudando a condição de
emitir títulos de dívida para 10 anos pagando
juros de 6% ao ano. O valor nominal de cada
título de dívida é de 1.000 e os custos de
lançamentos correspondem a 2% do valor
nominal.
Custo do capital de terceiros9
PINHEIRO, Carlos Alberto Orge. Introdução a Finanças e Mercados de Capitais. 2013.
Ao usarmos uma máquina de calcular ou
planilha eletrônica, o custo será igual a 6,3%.
Alternativamente podemos ter:
Custo do capital de terceiros10
PINHEIRO, Carlos Alberto Orge. Introdução a Finanças e Mercados de Capitais. 2013.
Custo do capital de terceiros após IR11
PINHEIRO, Carlos Alberto Orge. Introdução a Finanças e Mercados de Capitais. 2013.
O custo de capital de terceiros após o imposto
de renda corresponde ao custo de capital
considerando a vantagem do benefício fiscal.
Com uma alíquota (T) de 35% o custo de
capital de terceiros após o imposto de renda é
dado conforme:
Custo do capital de terceiros após IR12
PINHEIRO, Carlos Alberto Orge. Introdução a Finanças e Mercados de Capitais. 2013.
Custo das ações preferenciais13
PINHEIRO, Carlos Alberto Orge. Introdução a Finanças e Mercados de Capitais. 2013.
Proporciona aos acionistas preferenciais o
direito de receberem seus dividendos antes
da distribuição de qualquer quantia aos
ordinários. Isto acontece porque as ações
preferenciais oferecem a condição de
dividendos fixos.
Custo das ações preferenciais14
PINHEIRO, Carlos Alberto Orge. Introdução a Finanças e Mercados de Capitais. 2013.
Custo das ações preferenciais15
PINHEIRO, Carlos Alberto Orge. Introdução a Finanças e Mercados de Capitais. 2013.
Iremos supor que uma sociedade esteja
estudando a condição de emitir ações
preferenciais. O preço de cada ação é de 100,
os custos de lançamentos correspondem a 4%
do preço e o dividendo fixo é de 10. Desta
forma:
Custo das ações preferenciais16
PINHEIRO, Carlos Alberto Orge. Introdução a Finanças e Mercados de Capitais. 2013.
Custo das ações ordinárias17
PINHEIRO, Carlos Alberto Orge. Introdução a Finanças e Mercados de Capitais. 2013.
Seu custo é definido com base no valor
presente de todos os dividendos futuros
supondo que os mesmos crescem a uma taxa
constante. Essa avaliação é conhecida como
modelo de avaliação com crescimento
constante ou modelo de Gordon.
Custo das ações ordinárias18
PINHEIRO, Carlos Alberto Orge. Introdução a Finanças e Mercados de Capitais. 2013.
A equação abaixo demonstra este custo:
Custo do lucro retido19
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Crescimento constante20
PINHEIRO, Carlos Alberto Orge. Introdução a Finanças e Mercados de Capitais. 2013.
Presente no modelo de avaliação com
crescimento constante, a taxa de crescimento
constante g é definida como base no retorno
sobre o patrimônio líquido (ROE) e a parcela
de recursos que a sociedade retêm para
reinvestimento.
Crescimento constante21
PINHEIRO, Carlos Alberto Orge. Introdução a Finanças e Mercados de Capitais. 2013.
Uma sociedade esta estudando a condição de
emitir ações ordinárias. O preço de cada ação
é de 110, os custos de lançamentos
correspondem a 4% do preço, o dividendo
para o primeiro ano corresponde a 12 o ROE é
de 12% e a sociedade distribui 50% dos
lucros.
Crescimento constante22
PINHEIRO, Carlos Alberto Orge. Introdução a Finanças e Mercados de Capitais. 2013.
Outra maneira de definir o custo da ação ordinária 23
PINHEIRO, Carlos Alberto Orge. Introdução a Finanças e Mercados de Capitais. 2013.
O custo da ação ordinária também pode ser
estimado a partir do modelo de precificação
de ativos de capital, também conhecido como
CAPM. O modelo analisa a contribuição entre
risco e taxa de retorno das ações de uma
sociedade anônima.
Outra maneira de definir o custo da ação ordinária 24
PINHEIRO, Carlos Alberto Orge. Introdução a Finanças e Mercados de Capitais. 2013.
A sua principal conclusão é que o risco
relevante das ações de uma sociedade é a sua
contribuição para o risco de uma carteira
diversificada. O parâmetro de comparação
para uma carteira diversificada é a carteira de
mercado.
Outra maneira de definir o custo da ação ordinária 25
PINHEIRO, Carlos Alberto Orge. Introdução a Finanças e Mercados de Capitais. 2013.
O ativo livre de risco26
PINHEIRO, Carlos Alberto Orge. Introdução a Finanças e Mercados de Capitais. 2013.
A ideia é que os investidores tem à sua
disposição a possibilidade de investirem em
títulos públicos (letras ou notas) que
apresentam menor volatilidade quando
comparado com títulos de prazo menor.
O retorno do mercado de ações27
PINHEIRO, Carlos Alberto Orge. Introdução a Finanças e Mercados de Capitais. 2013.
O mercado de ações é acompanhado pelas
bolsas de valores. Desta forma, através de
índices, elas divulgam diariamente o
comportamento do mercado de ações através
de uma carteira hipotética de ações.
O retorno do mercado de ações28
PINHEIRO, Carlos Alberto Orge. Introdução a Finanças e Mercados de Capitais. 2013.
Na equação do CAPM, percebemos que a
diferença entre o retorno do mercado de
ações e o retorno do ativo livre de risco
representa um prêmio pelo risco do mercado.
O Coeficiente beta29
PINHEIRO, Carlos Alberto Orge. Introdução a Finanças e Mercados de Capitais. 2013.
O coeficiente beta é responsável por medir o
risco da ação para uma carteira de ações.
Assim, quanto mais arriscada for a ação de
uma sociedade anônima maior deverá ser o
retorno e, consequentemente, o custo da
ação ordinária.
O Coeficiente beta30
PINHEIRO, Carlos Alberto Orge. Introdução a Finanças e Mercados de Capitais. 2013.
O coeficiente beta é responsável por medir o
risco da ação para uma carteira de ações.
Assim, quanto mais arriscada for a ação de
uma sociedade anônima maior deverá ser o
retorno e, consequentemente, o custo da
ação ordinária.
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PINHEIRO, Carlos Alberto Orge. Introdução a Finanças e Mercados de Capitais. 2013.
Iremos supor que uma sociedade esteja
estudando a condição de emitir ações
ordinárias. O retorno do ativo livre de risco
corresponde a 10%, o retorno do mercado de
ações é de 15% e o coeficiente beta da
sociedade anônima é de 1,4.
Outra maneira de definir o custo da ação ordinária
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PINHEIRO, Carlos Alberto Orge. Introdução a Finanças e Mercados de Capitais. 2013.
Outra maneira de definir o custo da ação ordinária
Embora de fácil implementação, o CAPM
apresenta alguns problemas. O primeiro deles
é que se os investidores estiverem pouco
diversificados, o coeficiente beta pode não
representar adequadamente o risco.
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PINHEIRO, Carlos Alberto Orge. Introdução a Finanças e Mercados de Capitais. 2013.
Outra maneira de definir o custo da ação ordinária
Outro problema reside sobre o retorno do
mercado de ações. Assim, em caso de países
em que o mercado é muito concentrado, com
um número reduzido de sociedades listadas
em bolsa, o índice da bolsa pode não
representar o retorno deste mercado.
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Outra maneira de definir o custo da ação ordinária
Cada sociedade busca uma estrutura de
capital adequada para alcançar seu principal
objetivo, que é a maximização da riqueza do
acionista. Para isso, terá que lidar com os
componentes do capital à sua disposição.
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Custo médio ponderado de capital
O pressuposto é que a sociedade já tenha
identificado essa estrutura ótima de capital e
que ela tome suas decisões de financiamento
de modo permanente sobre o alvo.
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Custo médio ponderado de capital
Com as informações disponíveis acima e com
uma estrutura de 30% de dívida, 35% de
ações preferenciais e ordinárias teremos que
o custo médio ponderado de capital é igual a:
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Custo médio ponderado de capital
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Custo médio ponderado de capital