Custo médio poderado de capital Quando as sociedades anônimas buscam recursos, seus gestores...

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Custo médio poderado de capital Quando as sociedades anônimas buscam recursos, seus gestores estão realizando as atividades de financiamento e, por conta disto, estão decidindo sobre ações ordinárias e preferenciais além dos títulos de dívida. 1 IRO, Carlos Alberto Orge. Introdução a Finanças e Mercados de Capitais. 2013.

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Custo médio poderado de capital

Quando as sociedades anônimas buscam

recursos, seus gestores estão realizando as

atividades de financiamento e, por conta

disto, estão decidindo sobre ações ordinárias

e preferenciais além dos títulos de dívida.

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Custo médio poderado de capital

Todos esses capitais que estão à disposição da

sociedade apresentam riscos diferentes aos

investidores e, por conta deles, custos

diferentes.

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Custo médio poderado de capital

Vamos imaginar que está à disposição de uma

sociedade um projeto cuja taxa de retorno seja de

10% ao ano. Pensando em avaliar esse projeto, o

gestor faz uso do custo de capital de terceiros à

disposição da sociedade em 8% ao ano e decide pela

sua aceitação.

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Mais tarde, o mesmo gestor decide avaliar outro

projeto que apresenta taxa de retorno de 13%. A

alternativa para obter recursos financeiros dá-se

pela emissão de ações e seu custo é de 15% ao

ano. Logo o projeto será rejeitado.

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Custo médio poderado de capital

Essa decisão não faz muito sentido uma vez que a

sociedade é uma atividade em pleno

funcionamento. O correto seria calcular o custo

de capital conforme as médias ponderadas dos

capitais que estão à disposição da empresa.

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A decisão do gestor seria a de aceitar o

segundo projeto (13%) e rejeitar o primeiro

(10%).

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Custo do capital de terceiros7

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O custo do capital de terceiros é a taxa requerida

pelos investidores ao comprarem os títulos de

dívidas. Embora as sociedades possam fazer uso

das taxas pós-fixadas, iremos considerar que as

dívidas foram feitas com base em taxas pré-

fixadas.

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Custo do capital de terceiros8

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Uma sociedade esta estudando a condição de

emitir títulos de dívida para 10 anos pagando

juros de 6% ao ano. O valor nominal de cada

título de dívida é de 1.000 e os custos de

lançamentos correspondem a 2% do valor

nominal.

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Custo do capital de terceiros9

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Ao usarmos uma máquina de calcular ou planilha

eletrônica, o custo será igual a 6,3%. Alternativamente

podemos ter:

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Custo do capital de terceiros10

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Custo do capital de terceiros após IR11

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O custo de capital de terceiros após o imposto de

renda corresponde ao custo de capital considerando

a vantagem do benefício fiscal. Com uma alíquota

(T) de 35% o custo de capital de terceiros após o

imposto de renda é dado conforme:

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Custo do capital de terceiros após IR12

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Custo das ações preferenciais13

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Proporciona aos acionistas preferenciais o direito

de receberem seus dividendos antes da

distribuição de qualquer quantia aos ordinários.

Isto acontece porque as ações preferenciais

oferecem a condição de dividendos fixos.

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Custo das ações preferenciais14

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Custo das ações preferenciais15

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Iremos supor que uma sociedade esteja

estudando a condição de emitir ações

preferenciais. O preço de cada ação é de 100, os

custos de lançamentos correspondem a 4% do

preço e o dividendo fixo é de 10. Desta forma:

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Custo das ações preferenciais16

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Custo das ações ordinárias17

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Seu custo é definido com base no valor presente

de todos os dividendos futuros supondo que os

mesmos crescem a uma taxa constante. Essa

avaliação é conhecida como modelo de avaliação

com crescimento constante ou modelo de Gordon.

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Custo das ações ordinárias18

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A equação abaixo demonstra este custo:

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Custo do lucro retido19

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Crescimento constante20

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Presente no modelo de avaliação com crescimento

constante, a taxa de crescimento constante g é

definida como base no retorno sobre o patrimônio

líquido (ROE) e a parcela de recursos que a

sociedade retêm para reinvestimento.

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Crescimento constante21

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Uma sociedade esta estudando a condição de emitir

ações ordinárias. O preço de cada ação é de 110, os

custos de lançamentos correspondem a 4% do preço,

o dividendo para o primeiro ano corresponde a 12 o

ROE é de 12% e a sociedade distribui 50% dos lucros.

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Crescimento constante22

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Outra maneira de definir o custo da ação ordinária23

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O custo da ação ordinária também pode ser

estimado a partir do modelo de precificação de

ativos de capital, também conhecido como CAPM.

O modelo analisa a contribuição entre risco e taxa

de retorno das ações de uma sociedade anônima.

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Outra maneira de definir o custo da ação ordinária24

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A sua principal conclusão é que o risco relevante

das ações de uma sociedade é a sua contribuição

para o risco de uma carteira diversificada. O

parâmetro de comparação para uma carteira

diversificada é a carteira de mercado.

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Outra maneira de definir o custo da ação ordinária25

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O ativo livre de risco26

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A ideia é que os investidores tem à sua

disposição a possibilidade de investirem em

títulos públicos (letras ou notas) que

apresentam menor volatilidade quando

comparado com títulos de prazo menor.

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O retorno do mercado de ações27

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O mercado de ações é acompanhado pelas

bolsas de valores. Desta forma, através de

índices, elas divulgam diariamente o

comportamento do mercado de ações através

de uma carteira hipotética de ações.

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O retorno do mercado de ações28

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Na equação do CAPM, percebemos que a

diferença entre o retorno do mercado de

ações e o retorno do ativo livre de risco

representa um prêmio pelo risco do mercado.

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O Coeficiente beta29

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O coeficiente beta é responsável por medir o

risco da ação para uma carteira de ações.

Assim, quanto mais arriscada for a ação de

uma sociedade anônima maior deverá ser o

retorno e, consequentemente, o custo da ação

ordinária.

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O Coeficiente beta30

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O coeficiente beta é responsável por medir o

risco da ação para uma carteira de ações. Assim,

quanto mais arriscada for a ação de uma

sociedade anônima maior deverá ser o retorno e,

consequentemente, o custo da ação ordinária.

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Iremos supor que uma sociedade esteja estudando

a condição de emitir ações ordinárias. O retorno

do ativo livre de risco corresponde a 10%, o

retorno do mercado de ações é de 15% e o

coeficiente beta da sociedade anônima é de 1,4.

Outra maneira de definir o custo da ação ordinária

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Outra maneira de definir o custo da ação ordinária

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Embora de fácil implementação, o CAPM

apresenta alguns problemas. O primeiro deles

é que se os investidores estiverem pouco

diversificados, o coeficiente beta pode não

representar adequadamente o risco.

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Outra maneira de definir o custo da ação ordinária

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Outro problema reside sobre o retorno do mercado

de ações. Assim, em caso de países em que o

mercado é muito concentrado, com um número

reduzido de sociedades listadas em bolsa, o índice da

bolsa pode não representar o retorno deste

mercado.

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Outra maneira de definir o custo da ação ordinária

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Cada sociedade busca uma estrutura de

capital adequada para alcançar seu principal

objetivo, que é a maximização da riqueza do

acionista. Para isso, terá que lidar com os

componentes do capital à sua disposição.

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Custo médio ponderado de capital

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O pressuposto é que a sociedade já tenha

identificado essa estrutura ótima de capital e

que ela tome suas decisões de financiamento

de modo permanente sobre o alvo.

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Custo médio ponderado de capital

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Com as informações disponíveis acima e com

uma estrutura de 30% de dívida, 35% de

ações preferenciais e ordinárias teremos que

o custo médio ponderado de capital é igual a:

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Custo médio ponderado de capital

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Custo médio ponderado de capital