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Conteúdo do Módulo 2
Temas:
Os mitos sobre o(a) aluno(a) com Altas Habilidades ou Superdotação
Instrumentos de identificação
Análise da identificação
TEMAS CONTEÚDOS OBJETIVOS
1. OS MITOS SOBRE
O(A) ALUNO(A) COM
ALTAS HABILIDADES
OU SUPERDOTAÇÃO
Breve apresentação das
principais ideias errôneas
usadas para descrever o
aluno (a) com Altas
Habilidades
Conhecer e discutir sobre as
diferentes terminologias
2. INSTRUMENTOS
DE IDENTIFICAÇÃO
Apresentação dos
principais instrumentos
usados para a
identificação do aluno
com altas habilidades
Conhecer e discutir sobre os
principais instrumentos de
identificação
3. PROPOSTA DE
ENRIQUECIMENTO
CURRICULAR PARA O
( A) ALUNO(A) COM
ALTAS HABILIDADES
OU SUPERDOTAÇÃO:
Apresentação de propostas
de enriquecimento curricular
para a aprendizagem do ( a)
aluno( a) com altas
habilidades ou superdotação
Conhecer e analisar as
propostas do
enriquecimento curricular.
AVALIAÇÃO
Questões de Múltipla Escolha;
Fórum;
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Os mitos sobre o (a) aluno (a) com Altas Habilidades ou
Superdotação
Desfazendo os mitos sobre as Altas Habilidades ou Superdotação
O tema das altas habilidades ou superdotação ainda é um assinto que necessita
de maiores discussões no campo educacional, principalmente na educação especial,
assim, devido a falta de conhecimento sobre o aluno com alto potencial muitas são as
ideias errôneas que surgem a respeito deste alunado. Nesta perspectiva, organizamos
os principais mitos apresentados por Sabatella (2008), para esclarecer as dúvidas e
desfazer as ideias errôneas sobre as Altas Habilidades ou Superdotação:
A superdotação é inteiramente inata: É uma afirmação que ignora a grande
influência de fatores externos para o desenvolvimento de aptidões e
capacidades humanas.
Superdotação é um fenômeno raro: poucas crianças e jovens podem ser
considerados superdotados: Os superdotados estão em toda parte, convivendo
e “sobrevivendo” no nosso cotidiano, mas o que pode ser salientado é que, se
realmente as condições forem inadequadas, dificilmente o indivíduo com maior
potencial poderá desenvolvê-lo.
Superdotados não precisam de atendimento especial: A falta de atendimento
ao aluno com altas habilidades ou superdotação causa desânimo, frustação e,
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em alguns casos, até desistência. Aparentemente este aluno já é atendido, pois
está na escola, mas isso impede a visualização da necessidade de sua inclusão.
Todos têm talentos e dependem somente de estímulo: A estimulação
cognitiva pode favorecer uma melhora no desempenho, mas não fabrica
comportamentos de superdotação quando a criança não apresenta
indicadores.
O atendimento especial para superdotados é elitismo: O atendimento
especial, sob o paradigma da inclusão, é a integração social de todos que
possuem necessidades educacionais especiais, isso inclui o aluno com altas
habilidade ou superdotação, e que precisam de serviço educacional
diferenciados para que possam ser cidadãos felizes e realizados.
Superdotação é sinônimo de genialidade: Nem todo superdotado é um gênio,
mas todo gênio é superdotado.
Superdotados são frágeis e gostam de isolamento social: As características
físicas e de personalidade variam e são de ordem genética ou ambiental. O
isolamento quase sempre é consequência da conduta incomodativa dos outros
ou da falta de entrosamento com alunos da mesma idade, ocasionada pela
disparidade do nível de conhecimento em relação aos demais. Para evitar mais
rótulos ou apelidos, o aluno se afasta.
Não se deve dizer à criança que ela é diferente: Crianças superdotadas são
muito atentas e percebem rapidamente seu ritmo de pensar, aprender e
concluir; sua diferença de interesses e resultados. Curiosamente, quando
crianças e jovens são informados sobre sua capacidade diferenciada, ficam
mais tolerantes e aceitam seus colegas de menor potencial.
Superdotados não precisam ser identificados: Os superdotados precisam ser
identificados para que possamos conhecer suas necessidades, discernir as
estratégias pedagógicas que devem ser implementadas e estruturar os recursos
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que terão de ser disponibilizados para esse fim, pois, para um atendimento
adequado, saber a quem se destina é uma condição essencial.
Superdotados são resultados de pais muito cuidadosos: Os pais de crianças
superdotadas tem a preocupação de proporcionar a seu filho um ambiente
estimulante e livrá-lo do desestímulo e da frustação.
Superdotados têm alto Q.I: Os testes de Q.I medem apenas algumas áreas da
inteligência e não da totalidade das potencialidades do aluno superdotado.
Superdotados sempre têm bons resultados escolares: O superdotado pode
apresentar um rendimento aquém de seu potencial numa determinada matéria
por se sentir desmotivado devido a excessiva repetição do conteúdo, aulas
monótonas e pouco estimuladoras.
O número de superdotados não é expressiva: De acordo com a Organização
Mundial de Saúde, estima-se que entre 2 a 3% dos indivíduos de uma dada
população sejam superdotados. Porém, quando incluímos outros aspectos à
avaliação de superdotados, como por exemplo, liderança, criatividade,
competências artísticas e psicomotoras, as estatísticas sobre as altas
habilidades aumentam significamente, chegando a uma porcentagem de 15 a
20 % da população.
Superdotados não precisam de oportunidades especiais: Muito ainda é a luta
pela qualidade de ensino para todos os alunos, inclusive para os superdotados,
pois até agora estes alunos com alto potencial não foram incluídos ou
excluídos, apenas esquecidos.
Superdotados desenvolvem seu potencial sem precisar de ajuda: É um engano
pensarmos que os superdotados têm recursos suficientes para desenvolverem
sozinhas suas habilidades, não sendo necessária uma intervenção pedagógica
compatível e o apoio para a realização de atividades diferenciadas. A realidade
é que estes alunos necessitam de uma variedade de experiências de
aprendizagem enriquecedoras que estimulem seu potencial.
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A identificação da pessoa com Altas Habilidades ou Superdotação
Uma vez compreendida a necessidade de atendimento específico para a
pessoa com Altas Habilidades ou Superdotação passamos então para a
identificação e o atendimento.
A identificação é o passo fundamental para o atendimento. Porém, por
razões muitas vezes político-ideológicas, algumas pessoas acreditam que os
superdotados não precisam ser identificados (SABATELLA, 2008). Os superdotados
precisam ser identificados para que se conheçam suas necessidades, para
discernirmos estratégias de atendimento e estruturarmos recursos, pois, para
atendimento adequado é condição essencial saber a quem se destina.
É possível adotar conceitos específicos para embasar os processos de
identificação. Ainda que a identificação de Altas Habilidades ou Superdotação se
mostre um desafio por sua complexidade e pela falta de um consenso sobre
conceitos e definições e também quanto às consequências da identificação
(GUENTHER, 2006; GUIMARÃES & OUROFINO, 2007).
Para fazer a identificação é interessante que se adote um dos diferentes
conceitos de Altas Habilidades ou Superdotação. Esse conceito deve atender às
necessidades específicas do educador. Não há conceitos melhores ou piores,
apenas conceitos de Altas Habilidades ou Superdotação que podem ser mais ou
menos interessantes de acordo com os educadores que os utilizarem e seus
objetivos. Devemos lembrar que conceitos diferentes implicam em prestar atenção
em características diferentes.
Considerando que cada pessoa é única, as pessoas com potencial elevado
também possuem características diferenciadas em relação a suas áreas de interesses.
Este é mais um motivo para se utilizar diferentes instrumentos para a identificação
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destas características. Pesquisadores como Renzulli (2004), Guenther (2000), Gardner
(1995) e Virgolim (2007), são unânimes em afirmar que a identificação deve ser
realizada por meio de inúmeros instrumentos que permitam uma visão integral do
sujeito. Estes autores acreditam que devam ser utilizados diferentes critérios,
identificados a partir de variadas fontes de informações.
Virgolim (2007) destaca, como possíveis, os seguintes instrumentos:
1. Nomeação por professores: os professores normalmente possuem
maior facilidade na indicação de alunos com características de altas habilidades, uma
vez que convivem por um grande tempo com os alunos em suas turmas e podem
observar traços importantes que se salientam em relação ao grupo de colegas.
2. Indicadores de criatividade: alguns indicadores de criatividade do
aluno, assim como testes formais, podem auxiliar o professor a identificar alunos com
criatividade aparente, como também aqueles que possuem talentos únicos, mas que
em sala de aula passam despercebidos ao olhar desatento. É necessário salientar que a
identificação desse aluno altamente criativo é importante para evitar um possível
fracasso escolar, em função do seu pensamento divergente.
3. Nomeação por pais: os pais são personagens que tendem a contribuir
para a identificação dos alunos com altas habilidades, uma vez que a maioria deles
acompanha o desenvolvimento dos seus filhos com grande atenção. Esses podem
informar todas as etapas do desenvolvimento vivenciadas pelo filho, salientando seus
maiores interesses, realizações, criações etc. Porém é necessário cuidado, pois alguns
pais supervalorizam as habilidades dos filhos e podem confundi-las com características
das altas habilidades.
4. Nomeação por colegas: muitas vezes, os colegas reconhecem
características importantes de um aluno, que o professor pode ainda não ter
observado. Este processo pode ser desenvolvido de diferentes formas, quais sejam,
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abordagem direta, abordagem disfarçada, abordagem no formato de jogos, a fim de
tornar mais fácil a identificação de talentos.
5. Autonomeação: pode ser um instrumento útil para a indicação de
crianças que não tiveram seus talentos notados nem pelo professor nem pelos colegas,
mas que possuem habilidades em determinada área do conhecimento. Através da
autonomeação, podem ser percebidas áreas específicas de interesse, assim como
liderança, esportes etc.
6. Nomeações especiais: esta forma de nomeação permite que sejam
indicados alunos que tenham se destacado em anos anteriores, mas que por
problemas emocionais ou pessoais possam estar apresentando um baixo rendimento
escolar. Por isso, é interessante que se busquem informações, sempre que possível,
com professores das séries anteriores dos alunos.
7. Avaliação dos produtos: a observação da qualidade de uma produção
do aluno pode permitir que sejam identificadas características de talento. Os produtos
podem demonstrar criatividade, pensamento criador, habilidades específicas ou outros
aspectos relacionados a temáticas especiais.
8. Escalas de características e listas de observação: as escalas e listas são
utilizadas de forma conjunta entre o professor, os pais, o próprio aluno e a avaliação
do produto. Existem algumas propostas de escalas e listas, dentre elas a Escala de
Características proposta por Renzulli e a Lista de Indicadores para Observação do
professor proposta por Guenther, que podem auxiliar na observação e na indicação de
alguns alunos.
9. Nomeação por motivação do aluno: alunos motivados e que
demonstram um interesse incomum em determinada área durante o ano escolar
também podem ser indicados para um atendimento especializado. Estes alunos
geralmente demonstram comportamentos inesperados e diferenciados e se o
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professor estiver atento pode detectar seu envolvimento com a área, levando-o a
desenvolver sua criatividade e habilidades específicas.
Nos Subsídios para Organização e Funcionamento de Serviços de Educação
Especial – Área de Altas Habilidades, alguns procedimentos foram apresentados para
identificar as crianças com altas habilidades, entre eles:
[...] avaliação realizada por professores, especialistas e supervisores; percepção de resultados escolares superiores aos demais; autoavaliação; aplicação de testes individuais, coletivos ou combinados; e demonstração de habilidades superiores em determinadas áreas. (BRASIL, 1995, p. 23)
Estas são formas possíveis de identificar um aluno (a) com Altas Habilidades ou
Superdotação e que podem ser utilizadas em conjunto, permitindo uma maior
validade dos comportamentos percebidos.
Porém, entendemos que o sistema educacional ainda apresenta dificuldades
em utilizar estes instrumentos de identificação, pois não há profissionais capacitados
para tal.
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Principais características mais comuns em uma pessoa com Altas Habilidades ou Superdotação
As caraterísticas das pessoas com Altas Habilidades ou Superdotação não são
homogêneas, por isso os traços podem variar de acordo com o contexto sociocultural,
com a etapa de desenvolvimento e também de indivíduo para indivíduo.
Assim, embora as pessoas com Altas Habilidades ou Superdotação sejam
diferentes entre si e seja impossível definir um perfil único, autores como Perez e
Freitas,2011, ressaltam algumas características mais comuns como:
Muita curiosidade;
Assincronismo;
Flexibilidade de pensamento;
Senso crítico exagerado;
Criatividade;
Gosto pelo desafio;
Leitura voraz;
Produção ideativa;
Desgosto com a rotina;
Consciência de si mesmo;
Habilidade em áreas especificas;
Independência de pensamentos;
Tendência ao perfeccionismo;
Memória muito desenvolvida;
Senso de humor desenvolvido;
Busca de soluções próprias para os problemas;
Capacidade desenvolvida de análise, avaliação e julgamento;
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Concentração prolongada numa atividade de interesse;
Interesse por assuntos e temas complexos, ideias novas e por várias
atividades;
Precocidade na área que apresenta habilidades acima da média;
Rapidez e facilidade de aprender;
Relacionamento de informações e associações entre ideias e
conhecimentos;
Sensibilidade aos problemas sociais e as sentimentos dos outros;
Tendência a associar-se a pessoas mais velhas ou mais novas do que
elas;
Vocabulário avançado, rico e extenso em relação aos seus pares. ( p.24)
De acordo com as autoras supra citadas, estas características não estão sempre
presentes em todas as pessoas com Altas Habilidades ou Superdotação e sofrem
influência de características de personalidade e do ambiente sociocultural e
econômico no qual a pessoa vive. Perez e Freitas (2011) ainda ressaltam que estas
características não podem ser usadas como uma lista de identificação, pois o fato de
que alguma (s) destas características não sejam apresentadas pela pessoa não quer
dizer que esta não posso ter indicadores de Altas Habilidades ou Superdotação.
Os principais instrumentos de identificação da pessoa com Altas Habilidades ou Superdotação
Os instrumentos aqui apresentados são usados para fazer um levantamento
prévio dos alunos que mais se destacam em determinadas áreas. Assim,
apresentaremos os instrumentos de duas teorias distintas: A Teoria dos Três Anéis de
Renzulli; e a teoria de Dotação e Talento de Zenita Guenther.
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Os procedimentos de identificação de acordo com A Teoria dos Três Anéis de Renzulli.
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2.4: Os procedimentos de identificação de acordo com A Teoria de Dotação e Talento para alunos da Educação Infantil e Ensino Fundamental I.
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PROPOSTA DE ENRIQUECIMENTO CURRICULAR PARA O (A) ALUNO(A) COM ALTAS HABILIDADES OU SUPERDOTAÇÃO
Mesmo sendo o enriquecimento uma das modalidades do programa de
atendimento ao estudante com Altas Habilidades ou Superdotação, daremos uma
maior ênfase , visto que a educação especial no município de São Paulo trabalha na
perspectiva do enriquecimento intracurricular e extracurricular.
Renzulli ( 2014) esclarece que o modelo de enriquecimento é um programa de
atendimento para os estudantes com Altas Habilidades ou Superdotação , mas que
atinge também todos os estudantes a escola. Assim, este modelo proporciona
experiências de aprendizagem enriquecidas e padrões de aprendizagem mais elevados
para todos os alunos por meio de três objetivos:
Desenvolver o talento em todas as crianças;
Oferecer uma ampla gama de experiência de enriquecimento para todos
os estudantes;
Proporcionar oportunidades de acompanhamento em nível avançado
para os jovens com base em seus pontos fortes de interesse (
RENZULLI , 2014, p. 539)
De acordo com estes objetivos, Renzulli ( 2014) ressalta que o modelo de
enriquecimento para toda a escola introduz no currículo regular um currículo
expandido de oportunidades de atendimento, recursos e apoio para os professores
que trabalham numa prática pedagógica voltada a uma aprendizagem mais
investigativa e motivadora , explorando os interesses dos alunos. Nesta perspectiva, a
aprendizagem se torna mais efetiva e prazerosa pois o conteúdo e o processo são
aprendidos dentro de um problema real e atual. Desta forma, se deve dar uma
atenção às oportunidades de personalizar a escolha dos alunos na seleção de
problemas , a importância do problema para os indivíduos e grupos que dividem
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interesses comuns no problema e as estratégias para ajudar os alunos na
personalização de problemas que eles possam querer escolher para estudar.
Ao pensar no estudante com Altas Habilidades ou Superdotação, entendemos
que o enriquecimento é a modalidade que requer maior nível de investimento de
recursos (sejam financeiros, seja a maior disponibilização de profissionais
especializados, ou ainda a disponibilização de material específico de atendimento)
para que possa atingir os interesses desses alunos com alto potencial, assim, a Figura
1 ilustra diferentes atividades em um contexto enriquecido de atendimento a alunos
com Altas Habilidades ou Superdotação :
DIFERENTES ATIVIDADES – PROGRAMA DE CONTEXTO ENRIQUECIDO
• Incluir no currículo regular, programas de ensino, pensamento produtivo e
crítico;
• Promover projetos independentes individuais e em pequenos grupos;
• Desenvolver atividades de exploração em diferentes áreas do conhecimento;
• Organizar atividades baseadas nos interesses dos alunos;
• Resolver problemas da vida real e antecipar problemas futuros;
• Implementar oficina de invenções;
• Realizar concursos de ciências, letras, artes visuais e plásticas e outros;
• Oferecer aulas de música, interpretação, artes visuais ou outros;
• Realizar colóquios com especialistas;
• Desenvolver estudos aprofundados sobre temas específicos;
• Realizar adaptações curriculares;
• Desenvolver projetos de investigação;
• Participar de programas extracurriculares.
Figura 5 – Quadro de atividades em contexto enriquecido, adaptado de Pérez,
Rodríguez e Fernández (1998).
O Ministério da Educação recomenda o atendimento em sala de aula regular,
de acordo com sua diretriz inclusiva (BRASIL, 1998), podendo concomitantemente
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receber atendimento educacional especializado em sala de aula, em sala de recursos e
por meio de ensino por professor itinerante.
MODELO TRIÁDICO DE ENRIQUECIMENTO
O modelo triádico de enriquecimento desenvolvido por Renzulli , foi elaborado
com o objetivo de propor um programa para alunos com Altas Habilidades ou
Superdotação que incentivasse a produtividade criativa dos alunos, expondo –os a
vários temas , áreas de interesse e campos de estudo. O Modelo Triádico de
Enriquecimento, é composto por três tipos de enriquecimento são planejados para os
contextos tanto do ensino regular quanto do especializado. Na figura 1 apresentamos
esta proposta de forma mais detalhada.
Figura 1: Modelo Triádico do Enriquecimento , Renzulli ( 2014) p. 545
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De acordo com Virgolim (2010) e Renzulli ( 2014) o Enriquecimento Escolar do
Tipo I implica em atividades destinadas a todos os estudantes da escola e seu principal
objetivo é o de expor os alunos a uma grande variedade de disciplinas, tópicos,
pessoas, lugares, eventos, que normalmente não estão incluídos no currículo da escola
regular.
Virgolim (2010) cita tem três importantes objetivos para o enriquecimento tipo
I:
Dar oportunidade a todos os alunos de participar de alguma experiência
de enriquecimento curricular que seja de seu real interesse;
Enriquecer a vida dos estudantes através de experiências que
usualmente não fazem parte do currículo da escola regular; e
Estimular novos interesses que possam levar o aluno a aprofundá-los
em atividades criativas e produtivas posteriores ( p. 26).
O Enriquecimento Escolar do Tipo II inclui materiais e métodos elaborados
para promover o desenvolvimento de processos de pensamento e sentimentos aos
alunos e pode ser oferecido a grupos de estudantes em sala de aula ou em programas
de atendimento educacional especializados (RENZULLI , 2014) .
Virgolim ( 2010) ressalta os principais objetivos do enriquecimento do tipo II:
Desenvolver nos alunos as habilidades gerais de pensamento crítico, resolução
de problemas e pensamento criativo;
Desenvolver os processos afetivos, sociais e morais, tais como sentir, apreciar,
valorizar, respeitar;
Desenvolver uma grande variedade de aprendizagens específicas de “como
fazer”, tais como tomar notas, entrevistar, classificar e analisar dados, tirar
conclusões etc., necessárias ao processo científico;
Desenvolver habilidades avançadas para a aprendizagem de materiais de
referência, tais como resumos, catálogos, registros, guias, programas de
computador, Internet, etc.;
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Desenvolver habilidades de comunicação escrita, oral e visual, a fim de que a
produção do aluno tenha maior impacto sobre determinadas audiências.
As atividades de Enriquecimento do Tipo III são planejadas para o aluno que
demonstra um grande interesse em se aprofundar em uma área do conhecimento; que
querem comprometer grande parte do seu tempo e esforço para a aquisição de um
conteúdo mais avançado; e que queira participar de um processo de treinamento mais
complexo, no qual assume o papel de aprendiz em primeira-mão ( VIRGOLLIM,
2010,RENZULLI 2014).
Os principias objetivos do tipo II são:
Aplicar seus interesses, conhecimentos, ideias criativas e motivação em
um problema ou área de estudo de sua escolha;
Adquirir um conhecimento avançado a respeito do conteúdo e
metodologia próprios a uma disciplina, área de expressão artística ou
estudos interdisciplinares em particular;
Desenvolver produtos autênticos, com o objetivo de produzir
determinado impacto em uma audiência pré-selecionada;
Desenvolver habilidades de planejamento, organização, utilização de
recursos, gerenciamento de tempo, tomada de decisões e auto-
avaliação; e
Desenvolver motivação/ envolvimento com a tarefa, autoconfiança e
sentimentos de realização criativa, e habilidade de interagir
efetivamente com outros alunos, professores e pessoas com níveis
avançados de interesse e conhecimento em uma área comum de
envolvimento.
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Referências bibliográficas
BRASIL. Secretaria de Educação Especial. Subsídios para organização c funcionamento de serviços de educação especial: Área de Deficiência / Ministério da Educação e do Desporto. Secretaria de Educação Especial. - Brasília : MEC/SEESP. 1995. FREITAS, S. N.; PÉREZ, S.G.P.B. Altas habilidades/superdotação. Atendimento especializado. Marília: abpee, 2010. GARDNER, H. Estruturas da Mente: A teoria das Inteligências Múltiplas. Porto Alegre – RS: Artes Médias, 1995. GUENTHER, Z. C. Capacidade e Talento: Um programa para e escola. São Paulo: EPU, 2006. OUROFINO, V. T. E GUIMARÃE, T. G. Características Intelectuais, Emocionais e Sociais do Aluno com Altas Habilidades/ Superdotação. In: FLEITH. D.S; A Construção de Práticas Educacionais para Alunos com Altas Habilidades / Superdotação: Orientação a Professores. v. 1, Ministério da Educação Secretaria de Educação Especial,Brasília,2007. RENZULLI, J.S. Modelo de enriquecimento para toda a escola: um plano abrangente para o desenvolvimento de talentos e superdotação. Revista Educação Especial. v.27. n. 50 . p. 539-562. Santa Maria. 2014 RENZULLI, J. S. O Que é Esta Coisa Chamada Superdotação, e Como a Desenvolvemos? Uma retrospectiva de vinte e cinco anos. Revista de Educação, p.75 -131. Portos Alegre – RS, 2004. SABATELLA, M. L. P. Talento e Superdotação: problema ou solução? Ibpex, Curitiba, 2008. VIRGOLIM , A.M.R. A contribuição dos instrumentos de investigação de Joseph Renzulli para a identificação de estudante com Altas Habilidades /Superdotação. Anais IV Encontro Nacional do ConBrasd . p. 1-33. Curitiba- P.R, 2010. VIRGOLIM, A M.R. Altas Habilidades / Superdotação Encorajando Potenciais. Brasília: Ministério da Educação Especial, 2007
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VÍDEO:
Pais falam da discriminação com seus filhos superdotados.
https://www.youtube.com/watch?v=iViCZERSwVU&list=LL4fPPtG0Nyz9M8jkkHK18_A
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