Post on 21-Jul-2015
Diálogo no mostrador: o ensino de Espanhol no Retrovisor e no
Horizonte
José Carlos Paes de Almeida Filho – UnB
Gretel Eres Fernández – FE-USP
Como analisar o cenário de ensino
de Espanhol no concerto das línguas no Brasil hoje?
O Precariedade
- a) lei 11.161/05 não foi implementada
- b) não regulamentação da lei 11.161/05
O Falta de concursos públicos para professores de espanhol nas redes públicas e/ou professores de espanhol assumindo aulas de outras disciplinas
O Formação inicial de docentes deficiente consequências práticas (linguísticas e pedagógicas)
O Falta de programas consistentes de formação permanente (de capacitação, aperfeiçoamento, especialização etc.)
O que é preciso mudar/fazer para avançarmos?
O Não podemos agir diretamente sobre os 2 primeiros itens do slide anterior
O Formação inicial de docentes: precisa de reformulações urgentes no que se refere tanto à quantidade de horas de aula de língua e de metodologia/prática de ensino, quanto no que tange à qualidade desses cursos. Não se pode aceitar mais a figura do professor “polivalente” nos cursos superiores.
O Formação continuada: devem ser valorizadas as diferentes iniciativas e passar a integrar o plano de carreira e de vida dos docentes.
Que ideias e conceitos impactaram mais fortemente a profissão e a academia nos últimos 20 anos?
O Na academia: a proposta de uma alternativa para o ensino
gramatical – o comunicativismo
O Na profissão: a consciência da falta de uma política para
ELE
O Ideias: a formação de um grupo independente
multiinstitucional para propor ideias que preencham essa
lacuna e outras (Grupo POLIN liderado pela USP e UnB para
políticas, código de ética e consciência histórica da HELB)
O Conceitos: níveis nacionais de desempenho, objetivos –
direitos e deveres, nível limiar para o Brasil, competência
comunicativa
Quais as características de um ensino bem sucedido hoje?
O Professores comprometidos com o ensino
O Programas de curso bem estruturados
O Clareza na definição de objetivos para cada nível e
metas a serem alcançadas
O Formação docente (inicial e continuada) de
qualidade
O Professores críticos e reflexivos
O Carreira decente e estimulante para uma vida inteira
O que precisam fazer professores e aprendizes para se tornarem melhores e mais felizes?
O Acreditar que é compensador ensinar e aprender
ELE
O Acreditar que é possível ensinar e aprender LE na
escola (pública) regular
O Docentes: investir na própria formação
O Alunos: valorizar as aulas e os professores da
escola regular (Exames, Olimpíada das Línguas,
passaporte comunicativo)
Conclusões?
O Não podemos regulamentar a lei, mas podemos cobrar a regulamentação e nos adiantarmos
O Não podemos realizar os concursos, mas podemos pressionar para que sejam realizados
O Não podemos mudar os programas curriculares das universidades, mas podemos mostrar alternativas aos alunos
O Não podemos mudar os programas das disciplinas de graduação, mas podemos tentar emplacar um exame que o faça por força do efeito retroativo
Visões do paraíso
No horizonte da área de Ensino e a Aprendizagem de Línguas podemos projetar agentes e condições ideais. Vejamos:
O Professores que se explicam; que têm protagonismo no ensino e na escola; que incentivam contribuições de alunos; propõem atividades que envolvem e inspiram; mantêm clima amigável, não tenso, sem correções frequentes; transmitem calor e entusiasmo; fazem uso de novas tecnologias para intensificar a aquisição.
O Alunos que se envolvem e sentem satisfação; buscam melhorar suas formas de aprender; interagem mais.
O Terceiros que compreendem o processo e não o dificultam.
O Condições favoráveis tais como: salas mais confortáveis e equipadas; materiais que incentivem a cooperação e a criatividade; a turma funcionando como pequena comunidade; níveis de desempenho descritos para mostrar portos de escala e de chegada; exames de níveis para orientar aprendizes e professores.