Conceito generos-e-poetica

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FUNÇÃO COGNITIVAFUNÇÃO COGNITIVA

ARTE “A a r t e é doce e útil” (Horácio)

Arte literária é mímese (imitação); é a arte que imitaFUNÇÃO ESTÉTICA FUNÇÃO POLÍTICA

Arte literária é mímese (imitação); é a arte que imitapela palavra. (Aristóteles)

ORAL ESCRITAFORMA = PROSA / POESIA

ORAL ESCRITACONTEÚDO = SUBJETIVO / OBJETIVO

ESCOLA LITERÁRIA

ESTÉTICA LITERÁRIA

ESTILO DE ÉPOCA

PERÍODO LITERÁRIO = são afinidades elh i t t t bsemelhanças que existem entre autores, obras,

linguagem e temas.

“Que nunca o livro fique longe de tua mãoe de teus olhos”e de teus olhos”.

(São Jerônimo)(São Jerônimo)

“A pessoa que não lê malA pessoa que não lê, mal fala, mal ouve, mal vê”., ,

N O Ç Õ E S DE P O É T I C A

O QUE É POÉTICA ?Q

PODE SER TOMADA EM DOIS SENTIDOS:PODE SER TOMADA EM DOIS SENTIDOS:

AMPLO: estudo geral da Poesia

RESTRITO: estudo formal dos poemasRESTRITO: estudo formal dos poemas

O QUE É POESIA ?

ORIGEM GREGA: POIESIS, de poiein i tid d i i= criar, no sentido de imaginar

ÍESSENCIALMENTE LÍRICA, SUBJETIVA

áREALIZADA EM VERSO OU PROSA (será?)

O QUE É POEMA ?Q

É o nome genérico de todacomposição literária com intençãopoética O poema pode ser em versopoética. O poema pode ser em verso(mais comum) ou em prosa.

A PROSA POÉTICA“Verdes mares bravios de minhaterra natal, onde canta a jandaia nasf d d úb dfrondes da carnaúba; verdes maresque brilhais, como líquida esmeraldaque brilhais, como líquida esmeraldaaos raios do sol nascente,perlongando-se as alvas praiasensombradas de coqueiros!”ensombradas de coqueiros!(ALENCAR In: IRACEMA)(ALENCAR, In: IRACEMA)

PROSA EM VERSOS“Verdes mares bravios de minha terra natal, onde canta a jandaiaonde canta a jandaia nas frondes da carnaúba; Verdes mares que brilhais, como líquida esmeraldacomo líquida esmeralda aos raios do sol nascente,,perlongando-se as alvas praias

b d d i !”ensombradas de coqueiros!”

O POEMA EM ESTRUTURAS

LOGOPEIA: estudo da linguagem daLOGOPEIA: estudo da linguagem daPoesia que proporciona um novoconhecimento; background.

FANOPEIA: estudo da plasticidade da P i i d id l itPoesia; a imagem produzida na leitura.

MELOPEIA: estudo da sonoridade,ritmo e musicalidade da Poesia.

TREM DE FERRO

Café com pão

Vi o mar fazer balanço...Da laranja eu quero um gomod li ã dCafé com pão

Café com pãoCafé com pão

do limão quero um pedaçoda menina mais bonitachega de laço de fita

Virge Maria que foi isso maquinista?

quero um beijo e um abraço(Xangai)

Agora simCafé com pão

ROMANCE XXI OU DAS IDÉIAS (Cecília Meireles)

pAgora simVoa, fumaçaCorre cerca

Banquetes. Gamão. Notícias. Livros. Gazetas. Querelas. Alvarás Decretos CartasCorre, cerca

Ai seu foguistaBota fogo

Alvarás. Decretos. Cartas. A Europa a ferver em guerras. Portugal todo de luto:

Na fornalhaQue eu precisoMuita força

triste Rainha o governa! Ouro! Ouro! Pedem mais ouro! E sugestões indiscretas: Muita força

Muita forçaMuita força (Manuel Bandeira)

sugestões d sc etasTão longe o trono se encontra! Quem no Brasil o tivera!

1. METRIFICAÇÃO = medida ou extensão da linhapoética de um verso. A divisão poética não coincidepoética de um verso. A divisão poética não coincidecom a divisão morfológica. Obs.: verso com mais dedoze sílabas poéticas são chamados de Bárbaros.p

Verso livre = verso sem métrica uniforme e constante.

◊ ESCANSÃO – é a contagem dos sons dos versos◊ ESCANSÃO – é a contagem dos sons dos versos.

PRINCIPAIS RECURSOS:

• Contamos até a tônica da última palavra do verso.

Eli ã b l id d l• Elisão: absorve-se a vogal seguida de vogal.

• Hiato: é o contrário da elisão.

• Ectilipse: supressão do fonema nasal: co’o / ua.

Ex.: “Eu quero marchar com os ventos.Ex.: Eu quero marchar com os ventos.

com os mundos... co’os firmamentos!” (C.Alves)

De repente do riso fez-se o prantoSilencioso e branco como a brumaE das bocas unidas fez-se a espumaE das bocas unidas fez se a espumaE das mãos espalmadas fez-se o espanto.

De / re / pen / te / do / ri / so / fez / se o / pran / toDe / re / pen / te / do / ri / so / fez / se o / pran / to

Si / len / ci / o / so e / bran / co / co / mo a / bru / ma

E / das / bo / cas / u / ni / das / fez / se a es / pu / ma

E / das / mãos / es / pal / ma / das / fez / se o es / pan / to

FIGURAS DE MORFOLOGIA

• Prótese – aumento de fonema no princípio dapalavra Ex : “Abasta a gente saber”palavra. Ex.: Abasta a gente saber

• Paragoge – aumento no final Ex : “fugace”• Paragoge aumento no final. Ex.: fugace

• Aférese – diminuição no princípio do vocábulo• Aférese diminuição no princípio do vocábulo.“Stamos” / “inda”

• Síncope – diminuição no interior da palavra.“sec’lo” / “esp’rança” / “cum’lo” / “p’ra”sec lo / esp rança / cum lo / p ra

• Apócope – diminuição no final da palavra.• Apócope diminuição no final da palavra.“lampas” / “mármor” /”mui”

2. ESTROFE = grupos de versos em que os poetas dividem seustextos. O número de versos agrupados em cada estrofe podevariar. São chamados de: 2 versos = dístico; 3 versos = terceto; 4versos = quarteto; Quanto à estrutura a estrofe pode ser:

1. ISOSTRÓFICA = igualdade na estrutura dos versos de um poema.

TEXTO I TEXTO IITEXTO I

Um soneto começo em vosso gabo;Contemos esta regra por primeira,Já lá ã d t é t i

TEXTO II

Amor é fogo que arde sem se ver;É ferida que dói e não se sente;ÉJá lá vão duas, e esta é a terceira,

Já este quartetinho está no cabo.É um contentamento descontente;É dor que desatina sem doer;

2 ALOSTRÓFICA diferença na estrutura dos versos de um poema2. ALOSTRÓFICA = diferença na estrutura dos versos de um poema.

TEXTO ITEXTO II

“Ó Parnaíba! Ó RioO poeta é um fingidor.Finge tão completamenteQue chega a fingir que é dor

Ó Parnaíba! Ó Rio,Que em grandeza, e em virtude produtoraÉ, senão superior, igual ao menosA esse tão famoso que no Egitog g q

A dor que deveras sente.A esse tão famoso, que no EgitoOs meus amenos campos fertiliza!...”

PERDAS E DANOS

um cachorro amigo

O VAQUEIRO

um cachorro amigouma casa grandeum bom dinheiro

Eu venho dêrne menino, Dêrne munto pequenino, Cumprindo o belo destino

uma mulher bonitae uma pinga

Cumprindo o belo destino Que me deu Nosso Senhô. Eu nasci pra sê vaquêro,

um cachorro amigouma casa grandeum bom dinheiro

Sou o mais feliz brasilêro, Eu não invejo dinhêro, Nem diproma de dotôum bom dinheiro

e uma pingaNem diproma de dotô.

Sei que o dotô tem riquêza, É d fum cachorro amigo

uma casa grandee uma pinga

É tratado com fineza, Faz figura de grandeza, Tem carta e tem anelãoe uma pinga

um cachorro amigoe uma pinga

Tem carta e tem anelão, Tem casa branca jeitosa E ôtas coisa preciosa;

e uma pinga

uma pinga.Mas não goza o quanto goza Um vaquêro do sertão.

EM RELAÇÃO À METRIFICAÇÃO, A ESTROFE PODE SER:ISOMÉTRICA OU HETEROMÉTRICA.1. ISOMÉTRICA = igualdade na medida dos versos de um poema.

N d ú ti f dNa remansosa paz da rústica fazenda,à luz quente do sol e à fria luz do luar;vive como a expiar uma culpa tremendavive, como a expiar uma culpa tremenda,o engenho de madeira a gemer e a chorar.

É2. HETEROMÉTRICA = diferença na medida dos versos de um poema.

Eu nasci além dos mares (7)Os meus lares (3)Meus amores ficam lá (7)-Onde cata nos retiros (7)Seus suspiros, (3)Suspiros o sabiá (7)(Casimiro de Abreu)

3. RIMA = identidade de sons no fim (rima final) ou no meiodos versos (rima interna). Combinam-se da seguinte maneira:( ) g

1. QUANTO À DISPOSIÇÃO:

•Emparelhadas = duas a duas: AABB•Alternadas ou Cruzadas = ABABAlternadas ou Cruzadas ABAB•Opostas ou Interpoladas = ABBAMisturadas ordem aleatória Ex: ABAC ABBC ABCA•Misturadas = ordem aleatória. Ex: ABAC, ABBC, ABCA...

Alma minha gentil, que te partiste Atã d d t id d t t Btão cedo desta vida descontente, Brepousa lá no Céu eternamente Be viva eu cá na terra sempre triste. A

Na remansosa paz da rústica fazenda, Aà luz quente do sol e à fria luz do luar; Bq ;vive, como a expiar uma culpa tremenda, Ao engenho de madeira a gemer e a chorar. B

2. QUANTO À QUALIDADE OU VALOR GRAMATICAL:

• Ricas = palavras de classes gramaticais diferentes.• Pobres = palavras de classes gramaticais iguais• Pobres = palavras de classes gramaticais iguais.• Raras ou Preciosas= combinação de sons incomuns.

Estranho mimo, aquele vaso! Vi-oCasualmente uma vez de um perfumado RARASCasualmente, uma vez, de um perfumadoContador sobre o mármor luzidio,Entre um leque e o começo de um bordado.

RARAS

POBRES

Já da morte o palor me cobre o rostoJá da morte o palor me cobre o rosto,Nos lábios meus o alento desfalece,Surda agonia o coração fenece,E d t l d t !

POBRESE devora meu ser mortal desgosto!

RICAS

3. QUANTO À INTENSIDADE:• Agudas (palavra oxítona ou monossílabo tônico)• Graves (palavras paroxítonas)• Graves (palavras paroxítonas)• Esdrúxulas ou Datílicas (palavras proparoxítonas)

4. QUANTO AO GÊNERO:

• Femininas (palavras paroxítonas)• Masculinas (palavra oxítona ou monossílabo tônico)• Masculinas (palavra oxítona ou monossílabo tônico)

EXEMPLO:

Invejo o ourives quando escrevo:Imito o amor

C l lt lCom que ele, em ouro, o alto relevoFaz de uma flor.

ANÁLISE DE TEXTOSTEXTO IITEXTO I

AMOR PERFEITO

N d di t !

TEXTO II

SONETO Nº 4Nunca me canso de dizer que te amo!Por que calar o que me vai no peitose a vida me é mais vida deste jeito?se neste sentimento é que me inflamo?

Amor é fogo que arde sem se ver;É ferida que dói e não se sente;É um contentamento descontente;se neste sentimento é que me inflamo?

Quem ama como eu amo tem direitode proclamá lo assim como proclamo

É um contentamento descontente;É dor que desatina sem doer;

É um não querer mais que bem querer;de proclamá-lo assim como proclamo,porque é escravo e ao mesmo tempo é amonos labirintos de um amor perfeito.

u ão que e a s que be que e ;É solitário andar por entre a gente;É nunca contentar-se de contente;É cuidar que se ganha em se perder;

- Com que medida meço o teu valor,paixão! E o tempo que te quero assim!Ai, o que andamos entre espinho e flor.

q g p

É querer estar preso por vontade;É servir a quem vence, o vencedor;Ai, o que andamos entre espinho e flor.

Nas chamas deste fogo que arde em mim,amor, eu me convenço: nosso amor,

É ter com quem nos mata lealdade.

Mas como causar pode seu favor, ç ,como o tempo e o espaço não tem fim!

(Hardi Filho - Suicídio do Tempo)

Nos corações humanos amizade,Se tão contrário a si é o mesmo Amor?

TEXTO IV

AMARANTE (in: Minha terra)AMARANTE (in: Minha terra)

A minha terra é um céu, se há um céu sobre a terra:É um céu sob outro céu tão límpido e tão brando,p ,Que eterno sonho azul parece estar sonhandoSobre o vale natal, que o seio à luz descerra...

Que encanto natural o seu aspecto encerra!Junto à paisagem verde, a igreja branca, o bandoDas casas, que se vão, pouco a pouco, apagandoCom o nevoento perfil nostálgico da serra...

Com o seu povo feliz, que ri das próprias mágoas,Entre os três rios, lembra uma ilha, alegre e linda,A id d i d ó l d áA cidade sorrindo aos ósculos das águas.

Terra para se amar com o grande amor que eu tenho!Terra onde tive o berço e de onde espero aindaSete palmos de gleba e os dois braços de um lenho!

TEXTO V

MAR PORTUGUÊSMAR PORTUGUÊS

O’ Mar salgado quanto do teu salO Mar salgado, quanto do teu salSão lágrimas de Portugal!Por te cruzarmos quantas mães choraramPor te cruzarmos, quantas mães choraram,Quantos filhos em vão rezaram!Quantos noivas ficaram por casarQuantos noivas ficaram por casarPara que fosses nosso, ó mar!

Valeu a pena? Tudo vale a penaSe a alma não é pequena.Quem quer passar além do BojadorTem que passar além da dor.D i bi dDeus ao mar o perigo e o abismo deu,Mas nele é que espelhou o céu.

Não faça versos sobre acontecimentos.Não há criação nem morte perante a poesia.Diante dela a vida é um sol estáticoDiante dela, a vida é um sol estático,não aquece nem ilumina.As afinidades, os aniversários, os incidentes pessoais não contam.

Não faças poesia com o corpo, esse excelente, completo e confortável corpo, tão infenso à efusão lírica. Tua gota de bile, tua careta de gozo ou de dor no escuro são indiferentes.Tua gota de bile, tua careta de gozo ou de dor no escuro são indiferentes.Nem me releves teus sentimentos,que se prevalecem do equívoco e tentam a longa viagem.O que pensas e sentes, isso ainda não é poesia.q p , p

( . . . )Penetra surdamente no reino das palavras.Lá estão os poemas que esperam ser escritos.Estão paralisados, mas não há desespero,há calma e frescura na superfície intata.Ei-los sós e mudos, em estado de dicionário.

êConvive com teus poemas, antes de escrevê-los.Tem paciência, se obscuros. Calma, se te provocam.Espera que cada um se realize e consume

d d lcom seu poder de palavrae seu poder de silêncio.

é o modo como se veicula a mensagem literária.

- SonetoItaliano = 2q + 2t

Inglês = única estrofe

1. LÍRICOforma fixa de 14 versos.

Inglês = única estrofe

- sentimentos / emoções;

- Idílio = Amor + Natureza

Ode homenagem / texto longo- sentimentos / emoções; - poesia em geral;- há ritmo e melodia;

- Ode = homenagem / texto longo

- Hino = homenagem aos ideaisí i li i f- se preocupa com o

mundo interior de quem escreve o poema o eu

- Epitalâmio = homenagem às núpciascívicos, religiosos ou profanos.

escreve o poema, o eu lírico. - Sátira = criticar / debochar / ironizar

SONETO DO TIPO ITALIANOS A U D A D ES A U D A D E

Saudade! Olhar de minha mãe rezando,E o pranto lento deslizando em fio...Saudade! Amor da minha terra... O rioCantigas de águas claras soluçandoCantigas de águas claras soluçando.

Noites de junho... O caburé com frio,Ao luar sobre o arvoredo piando piandoAo luar, sobre o arvoredo, piando, piando...E, ao vento, as folhas lívidas cantandoA saudade imortal de um sol de estio.

Saudade! Asa de dor do pensamento!Gemidos vãos de canaviais ao vento...As mortalhas de névoa sobre a serra...

Saudade! O Parnaíba – velho mongeSaudade! O Parnaíba velho mongeAs barbas brancas alongando... E, ao longe,O mugido dos bois da minha terra...

PREFÁCIOPREFÁCIO SONETO DO TIPO INGLÊSQuem fez esta manhã, quem penetrouÀ noite os labirintos do tesouro,Q f hã d iQuem fez esta manhã predestinouSeus temas a paráfrases do touro,A t d õ d i fê lA traduções do cisne: fê-la paraAbandonar-se a mitos essenciais,D fl d í t dDesflorada por ímpetos de raraMetamorfose alada, onde jamaisSe e a re o de s q e m da q e trans i eSe exaure o deus que muda, que transvive.Quem fez esta manhã fê-la por serUm raio a fecundá la não por lívidaUm raio a fecundá-la, não por lívidaAusência sem pecado e fê-la terEm si princípio e fim: ter entre auroraEm si princípio e fim: ter entre auroraE meio-dia um homem e sua hora.

• Elegia = lamento / pranto / tristeza / sentimento dolorosoe fúnebre / morte. Há 3 tipos: epicédio (choro), endechae fúnebre / morte. Há 3 tipos: epicédio (choro), endecha(melancolia) e epitáfio (túmulo).

Eu deixo a vida como deixo o tédioDo deserto, o poento caminheiro

Á O

, p- Como as horas de um longo pesadeloQue se desfaz ao dobre de um sineiro;

EPITÁFIODescansem o meu leito solitárioNa floresta dos homens esquecidaNa floresta dos homens esquecida,À sombra de uma cruz, e escrevam nela:— Foi poeta, sonhou e amou na vida. p ,

www.literapiaui.com.br

Uma folha morta.Um galho no céu, grisalho.Fecho a minha porta.

(G ilh d Al id )

• Haicai = forma fixa de 3 versos / natureza e vida conjugados(Guilherme de Almeida)

Q i “A ”

natureza e vida conjugados.Estrutura métrica: 5-7-5

Quis gravar “Amor”No tronco de um velho freixo:“ íli ” i“Marília” escrevi.

(Manuel Bandeira)

Nem grilo grito ou galope;

(Manuel Bandeira)

Procurando pousoNem grilo, grito, ou galope;No silêncio imensoSó uma rã mergulha – plóóp!

na rua movimentadaborboleta aflita.g p p

(Millôr Fernandes) (Edson Kenji Iura)

NARRATIVO OU ÉPICO

- Técnica da narração / Objetividade

Discurso direto: reprodução de maneira direta da fala daspersonagens.p g

Discurso indireto: registro da fala da personagem porparte do narradorparte do narrador.

Discurso indireto livre: resultante da mistura dosdiscursos direto e indireto; o narrador pode, não apenasreproduzir indiretamente falas das personagens, mastambém o que elas não falam o que pensam sonhamtambém o que elas não falam, o que pensam, sonham,desejam, etc.

Abriu a lata de costura, remexeu nuns trapos, armou-se de agulha e linha Ceci teria um vestido novo háse de agulha e linha. Ceci teria um vestido novo, háquanto tempo? e arrumaria uma cabeleira bem pretapara ela.para ela.

Minha bonequinha. Minha bonequinha. (...)Ceci a acompanhara durante aqueles anos olhando op q

rio. Durante aquelas tardes - a sineta dos navios, o gritodos barqueiros, as pessoas quebrando os grãos de arrozq , p q gnas pedras sujas, a mão fria de Mundoca, vamo indo,mãe, vamo pra casa, vambora. Quando fugia nas águastinha sempre Ceci no colo - um complemento da dúvida,a melhor testemunha de sua vida no cais. Por vezespoucas a boneca ficara esquecida, relegada, mas cadavolta aos panos furta-cores, para um novo vestido,

f ãsignificava uma desilusão ou uma incerteza. (Beira Rio BeiraVida).

ESTRUTURA DO TEXTO NARRATIVO

Ficção = vem do latim fictionem (fingere, fictum), ato demodelar criação formação; ato ou efeito de fingir inventarmodelar, criação, formação; ato ou efeito de fingir, inventar,simular; suposição; coisa imaginária, criação da imaginação.

Foco narrativo: presença de um elemento que relata ahistória como participante (1º pessoa) ou como observadorhistória como participante (1 pessoa) ou como observador(3º pessoa). E, também há o narrador onisciente e intruso.

Enredo: é a sequência de fatos, podendo seguir a ordemCronológica (sucessão temporal dos fatos) ou a ordemCronológica (sucessão temporal dos fatos), ou a ordempsicológica (sucessão dos fatos, seguindo as lembranças ouevocações das personagens, apresentando, muitas vezesç p g , p ,flashbacks ou voltas ao passado).

Personagem: seres criados pelo autor comcaracterísticas físicas e psicológicas determinadas.características físicas e psicológicas determinadas.

- Personagem plano: caracterizado com um númeropequeno de atributos, que são identificados facilmente peloleitor; são dois tipos: tipo e caricatural. Ex.: Fabiano (VidasS ) C ild (B i Ri B i Vid )Secas); Cremilda(Beira Rio Beira Vida).

Personagem redondo: são mais complexos que os- Personagem redondo: são mais complexos que osplanos, isto é, apresentam uma variedade maior decaracterísticas que podem ser: físicas psicológicascaracterísticas que podem ser: físicas, psicológicas,sociais, ideológicas e morais. Ex.: Capitu (Dom Casmurro).;Aurélia Camargo (Senhora).Aurélia Camargo (Senhora).

Espaço: o momento e o local em que os fatores são narrados d d le onde se desenrolam.

Tempo: é divido em cronológico e psicológico.-- Cronológico = os fatos transcorrem em ordem natural, isto é, do

fi l / d li / d h dicomeço para o final / enredo linear / marcado por horas, dias,meses, anos, séculos.

P i ló i t d d t i d l d j- Psicológico = transcorre numa ordem determinada pelo desejo oupela imaginação do narrador ou dos personagens, isto é, altera aordem natural dos acontecimentos / enredo não-linear / utiliza-se oordem natural dos acontecimentos / enredo não linear / utiliza se oflashback.

Conflito: situação de tensão entre os elementos daConflito: situação de tensão entre os elementos danarrativa.

Clímax: a situação criada pelo narrador vaiprogressivamente aumentando sua dramaticidade até queh lí t á ichega ao clímax, ao ponto máximo.

Desfecho: momento que recebe o clímax, no qual sefinaliza a história e cada personagem se encaminha paraseu "destino".

Epopeia Clássica = versos. Ex.: ”Os Lusíadas”Moderna = prosa Ex : ”O Guarani”Moderna = prosa. Ex.: O Guarani

longa na ati a de ca áte he óico mo alistalonga narrativa de caráter heróico, moralista,grandioso e histórico; constituída de 5 partes:proposição / invocação / dedicatória / narração / epílogo.

"O homem é assombrado pela vastidão da eternidade,então perguntamos a nós mesmos: irão nossos atosentão perguntamos a nós mesmos: irão nossos atosecoar através dos séculos, estranhos ouvirão nossos

it d i d t tid i i ãnomes muito depois de termos partido e imaginarãoquem fomos, o quanto lutamos bravamente o quantoamamos intensamente?...” (Ilíada – Homero)

Romance = narrativa densa / complexa / observaçãoe análise / verossímil ou inverossímile análise / verossímil ou inverossímil.

Novela = predomínio da ação e fatos / verossímil /

ã ú ã

o e a p edo o da ação e atos / e oss /descritiva / linear.

Conto = breve / ação única / concentração textual.

Fáb l didá i li / i iFábula = tom didático e moralizante / animais comopersonagens / caráter inverossímil e alegórico.

Apólogo = lição de moral através de seres inanimadoscomo personagens

Crônica = predomina a denotação / tom coloquial e

como personagens.

Crônica predomina a denotação / tom coloquial ebreve; recriação do cotidiano por meio da fantasia.

textos para encenação;textos para encenação;

3. DRAMÁTICO- textos para encenação;textos para encenação;-- diálogos;diálogos;

dd úblúbl3. DRAMÁTICO

-- dirigedirige--se ao público;se ao público;-- não há narrador.não há narrador.

(do grego drân: agir)

- Tragédia = representação de um sofrimento / climapunitivo / purificação / transgressão da ordem social ou

Éfamiliar; Ex.: “Romeu e Julieta”; “Édipo - Rei”.

- Comédia = aborda fatos do cotidiano / temas alegresComédia = aborda fatos do cotidiano / temas alegres,leves / ironia / riso / crítica de costumes. Ex.: “Comédias davida privada” (Luís F. Veríssimo); “O Juiz de Paz na roça”vida privada (Luís F. Veríssimo); O Juiz de Paz na roça(Martins Pena).

T i édi d l á- Tragicomédia = mistura do real com o imaginário.Ex.: “Beijo no asfalto”; “Vestido de Noiva” – Nelson Rodrigues.

- Farsa = crítica a sociedade e seus costumes / tomcaricatural; Ex.: “A Farsa de Inês Pereira”.caricatural; Ex.: A Farsa de Inês Pereira .

- Auto = crítica moralizante / religiosidade.E “A t d B d i f ” Gil Vi tEx.: “Auto da Barca do inferno” – Gil VicenteEx.: “Auto da Compadecida” – Ariano Suassuna