COMUNICAÇÃO TÉCNICAa) ABNT NBR 7200: 1998 - Execução de revestimento de paredes e tetos de...

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COMUNICAÇÃO TÉCNICA ______________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________

Nº 176431

Requisitos e critérios de desempenho essenciais para sistemas de revestimentos argamassados Osmar Hamilton Becere

Slides apresentado da Palestra proferida na Universidade Federal do Amapá, 2019.

A série “Comunicação Técnica” compreende trabalhos elaborados por técnicos do IPT, apresentados em eventos, publicados em revistas especializadas ou quando seu conteúdo apresentar relevância pública. ___________________________________________________________________________________________________

Instituto de Pesquisas Tecnológicas do Estado de São Paulo S/A - IPT

Av. Prof. Almeida Prado, 532 | Cidade Universitária ou Caixa Postal 0141 | CEP 01064-970

São Paulo | SP | Brasil | CEP 05508-901 Tel 11 3767 4374/4000 | Fax 11 3767-4099

www.ipt.br

1

Requisitos e critérios de desempenho

essenciais para sistemas de revestimentos argamassados

UNIFAP-2019

Definições

LMCC- IPT 2019 2

Argamassa inorgânica

Mistura homogênea de agregado(s) miúdo(s), ligante(s) inorgânico(s) e água, contendo ou não aditivos ou adições, com propriedades de aderência e endurecimento.

Argamassa mista

Argamassa inorgânica que contém em sua composição dois ligantes, o cimento Portland e a cal.

Processos de produção Produzidas no próprio canteiro (“virada em obra”) Industrializadas (ensacadas, a granel, estabilizadas)

LMCC-IPT 2019 3

Controles rudimentares de ligantes (cimento e cal), agregados e água.

Sem garantia de desempenho do revestimento aplicado

Apesar da evolução da industrialização da argamassas ainda há construtoras que ainda optam por esse processo.

ARGAMASSAS PRODUZIDAS EM OBRA

LMCC-IPT 2019 4

ARGAMASSAS ENSACADAS E A GRANEL

Atendem a NBR 13281: Requer apenas a adição de água

na quantidade informada pelo fabricante

Realizar a mistura adequadamente (garantir o teor de ar incorporado e desempenho do revestimento)

LMCC-IPT 2019 5

ARGAMASSA ESTABILIZADA

Argamassa estabilizada

6

Vantagens

o Pronta para o uso - Disponibilidade a qualquer momento

o Garantia de formulação.

o Elimina a central de preparo da argamassa, estoque de

materiais ensacados, equipamentos de mistura, etc.

o Organização do canteiro

o Aumento da produtividade / redução de desperdícios

LMCC- IPT 2019

Desvantagens

o Inexistência de histórico de utilização.

o Exige equipe operacional capacitada (comprometida).

o Desempenho do revestimento a 36 h é o mesmo 72 h?

o Impacto dos aditivos inibidores na hidratação ?

o Relação água /materiais secos se mantém ao longo da

aplicação?

Normalização atual

7

a) ABNT NBR 13281: 2005 - Argamassa para assentamento e revestimento de paredes e tetos – Requisito.

- Apenas CLASSIFICAÇÃO

Panorama

LMCC- IPT 2019

Três normas principais:

LMCC-IPT 2019 8

REQUISITOS E CRITÉRIOS DE DESEMPENHO DA NBR 13281

APENAS CLASSIFICA!

LMCC-IPT 2019 9

LMCC-IPT 2019 10

LMCC-IPT 2019 11

Comentário: indica normas de método de ensaio, que permitem classificar as argamassas industrializadas em parâmetros mecânicos, físicos e de propriedades no estado fresco. Um dos objetivos: projetista de fachada não especifique mais a argamassa pelo traço, mas sim especifique classes de requisitos que essa argamassa deva atender

Exemplo de classificação: P5, M4, R3, C4, D4, U2, A3

MUITO DIFÍCIL PARA O PROJETISTA !!! COMO TRABALHAR COM ESSES DADOS?

LMCC-IPT 2019 12

b) ABNT NBR 13749: 1996 - Revestimento de paredes e tetos de argamassas inorgânicas - Especificação

- Não aborda aspectos relacionados a condição de exposição da edificação (clima, chuvas dirigidas, altura da edificação, etc.)

o Foco apenas no desempenho mecânico (resistência de aderência)

LMCC-IPT 2019 13

A partir da publicação da norma NBR 13755 as exigências para emboços destinados a revestimentos cerâmicos de paredes externas passaram a constar nessa norma. Até então fazia parte do escopo da NBR 13749

NOTA

14

a) ABNT NBR 7200: 1998 - Execução de revestimento de paredes e tetos de argamassas inorgânicas - Procedimento

o Requer revisão e atualização , visando subsidiar usuários frente aos novos processos e sistemas construtivos de edifícios (por ex. parede concreto)

LMCC- IPT 2019

ESSAS NORMAS RESPONDEM PELAS DEMANDAS ATUAIS?

E com relação a NBR 15575 E SUAS

PARTES? (NORMAS DE DESEMPENHO)

LMCC-IPT 2019 15

Bombeamento vertical: Edifício em SC, alcançando 226 metros de altura (69 pavimentos)

Técnica de bombeamento o empregada: sistema de Venturi (balanço entre a quantidade de entrada de material e a quantidade de ar), mensurar a perda de carga do sistema e realizar os cálculos necessários para encontrar o correto balanço.

DESAFIOS ATUAIS

Argamassa não pode separar fases!

FORMULAÇÃO

MA

RIA

S P

RIM

AS

R$/K

G

Como a escolha da compra da argamassa é encarada em muitos casos!

O CUSTO A QUALQUER CUSTO?

CONDIÇÕES BÁSICAS PARA ESPECIFICAR REVESTIMENTOS

LMC

C-I

PT

17

• ▪ Conhecer as funções que o revestimento deve desempenhar para determinada situação ;

• ▪ Identificar as características relevantes dos revestimentos para o desempenho das funções definidas; e

• ▪ Conhecer os métodos e critérios de avaliação dessas características (métodos de ensaios e limites considerados satisfatórios).

LMCC-IPT 2019 18

Propriedade do revestimento

Posicionamento da fachada no edifício

Pavimento térreo

Pavimentos superiores

Aderência - Crítico

Módulo de elasticidade - Crítico

Resistência superficial Crítico -

Estanqueidade Crítico Crítico

Condições superficiais (acabamento)

Crítico

Sensibilidade frente às condições de aplicação

- Crítico

Fissuras (Opinião do autor) Crítico Crítico

Essas propriedades são afetadas em > ou < escala pelas características da argamassa e : condições do substrato (base); características de execução e condições ambientais durante a produção do

revestimento; condições ambientais ao longo da sua vida útil.

Propriedades CRÍTICAS do revestimento de fachada (apontadas pelo CONSITRA)

A dinâmica relação entre a argamassa e as condições de uso.

LMC

C-I

PT

20

AGENTES E MECANISMOS DE DEGRADAÇÃO

• ÁGUA (principal agente)

CONDIÇÕES DE EXPOSIÇÃO

Primeiro mapa brasileiro de chuva dirigida

LMC

C-I

PT

21

LMCC-IPT

22

Precipitação anual no Brasil

Precipitação total média anual (INMET, 2006)

- Inexistência de dados combinados chuvas e ventos -

Critérios em função do grau de exposição

LMC

C-I

PT

23

Considerar além do DRI os fatores de forma da edificação, sua altura e entorno.

Mes

trad

o p

rofi

ssio

nal

IPT

- 2

01

2

24

TEORIA DA PROTEÇÃO DE FACHADAS (Autor: Eng. Helmut Künzel )

Revestimentos como parte do sistema de vedação devem apresentar equilíbrio entre:

a) Absorção de água (hidrorepelência)

b) Permeabilidade ao vapor de água (transpirabilidade)

Aplicado sobre uma parede, exposta à água e à humidade, o produto de acabamento, pintura ou revestimento, deve ser capaz de protegê-la:

dificultando a entrada de água e facilitando a saída de vapor.

A dimensão dos poros e os fenômenos de transporte de umidade

(HELENE, P – 2.000)

nm µm mm

10-9

10-8

10-7

10-6

10-5

10-4

10-3

Dimensão dos Poros (m)

CAPILARIDADE

DIFUSÃO GASOSA

LMC

C-I

PT

26

Grupo I: BI - precipitações anuais < 600 mm Grupo II: MI - precipitações anuais ≥ 600 e < 800 mm Grupo III: AI - precipitações anuais > 800 mm

Alemanha – Norma DIN

LMC

C-I

PT

27

Revestimentos de proteção contra chuva

W ≤ 0,5 kg / (m2.h1/2)

Sd ≤ 2m

W * Sd ≤ 0,2 kg/(m.h1/2)

Limites de resistência à difusão do vapor e de absorção de água

LMCC-IPT 2019 28

Norma Classes(*) Especificação

BS EN 998-1: 2010

W0 Sem especificação

W1 ≤ 0,40 kg/m2.min1/2

W2 ≤ 0,20 kg/m2.min1/2 (*) A norma BS EN 998-1 emprega o símbolo W para o coeficiente de absorção de água por capilaridade

Coeficiente de absorção de água por capilaridade (W), norma BS EN 998-1 –

Specification for mortar for mansory – Part 1: Rendering and plastering mortar (EN, 2010),

Aplicação: a norma DIN EN 13914 – Design, preparation and application fo external rendering and internal plastering – Part 1: External rendering, considerando as classes da norma BS EN 998-1 (W0, W1 ou W2), estabelece que argamassas produzidas em fábricas e destinadas a regiões sujeitas a muita chuva dirigida devem apresentar coeficiente de absorção de agua por capilaridade Classe W2

CRITÉRIO DE DESEMPENHO BS EN 998-1

W2 em Kg/(m².h1/2) = 1,55 W1 em Kg/(m².h1/2) = 3,1

Muitas argamassas de revestimento quando em

contato com a água saturam em ½ hora!

Reduzir valores elevados de absorção de água por capilaridade as argamassas brasileiras (atualmente ≈ 6,0 a 12,0 kg/m2/√h)

LMCC-IPT 2019 30

Retração: sem comentário (!!!)

EXEMPLO

31

ABNT NBR 16648- Argamassas inorgânicas decorativas para

revestimento de edificações - Requisitos e métodos de ensaios

o utilização como última camada (camada aparente) do revestimento

de edificações (não requer pintura).

o reduzir etapas de produção, aumentar a produtividade, diminuir o

consumo de materiais reduzir custos mantendo desempenho

Abordagem na norma

o Requisitos e critérios de desempenho regionalizados a) Zonas

costeiras; b) demais regiões

o Alguns critérios subsidiados em simulação higrotérmica

o Preocupação com o desempenho frente a chuvas dirigidas

LMCC- IPT 2019

SBTA 2017 32

ROTEIRO P/ AVALIAÇÃO DAS ARGAMASSAS E

REVESTIMENTOS ATD

Fluxograma de avaliação dos revestimentos ATD monocamada (Fig. 1)

SBTA 2017 33

Fluxograma de avaliação dos revestimentos ATD multicamadas (Fig. 2)

SBTA 2017 34

Fluxograma de avaliação dos revestimentos ATD monocamada (Figura 1)

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Susceptibilidade a fissuração (retração)

(Manifestação patológica recorrente ).

LMCC- IPT 2019

Desafio: definir critérios para a NBR 13281 considerando que os revestimentos obtidos a partir dessas argamassas receberão pintura e/ou texturização

TECNOLOGIAS ATUAIS PARA ALCANÇAR ESSES OBJETIVOS

36

Otimização da curva granulométrica

o Redução da porosidade do sistema

o Redução no consumo de ligantes

LMCC- IPT 2019

a) EMPACOTAMENTO DE PARTÍCULAS

37

Modelo de Furnas e Andreasen

LMCC- IPT 2019

b) ADITIVOS QUÍMICOS

Retentores de água Incorporadores de ar Hidrofugantes Plastificantes Etc...

Reometro

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Regime Transiente: Considera o transporte de umidade em regime dinâmico através da parede em ambos os fluxos (exterior para interior e

vice-versa)

c) SIMULAÇÃO COMPUTACIONAL

LMCC- IPT 2019

WUFI-Pro 5.3 (cálculo

higrotérmico em regime

dinâmico)

WUFI-Bio (avaliação crescimento de fungos

LMCC-IPT 2019 40

0

20

40

60

80

100

120

140

0 2 4 6 8 10 12 14 16

Teo

r d

e u

mid

ade

(kg

/m³)

Posição (cm)Teor de umidade - 01.01 23:59 h (ano 1)Teor de umidade - 23.09 23:59 h (ano 3)Teor de umidade - 21.12 23:59 h (ano 3)Teor de umidade - 20.03 23:59 h (ano 3)

ArgamassaBloco de concreto

Arg. de gessoTinta

Ext. Int.

Perfis de umidade na parede

LMCC-IPT 2019 41

-5,E-07

-4,E-07

-3,E-07

-2,E-07

-1,E-07

0,E+00

1,E-07

2,E-07

3,E-07

4,E-07

5,E-07

JAN FEV MAR ABR MAI JUN JUL AGO SET OUT NOV DEZ

Flu

xo

de u

mid

ad

e [

kg

/(s

.m²)

]

PeríodoS1_Fluxo de umidade na superfície interna S1_Fluxo de umidade na superfície externa

Fluxos de umidade médio mensal nas superfícies da parede

FO

RM

UL

ÃO

MA

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EA

L

A MANDALA DOS REVESTIMENTOS DE FACHADA

Eng. Carlos Carbone