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CLIPPING DE 21/06/2017
- Brookfield se reinventa e adota nome Tegra em sua
nova fase
- Brasil produz mais petróleo que Venezuela e México
- Governo tem muita margem para errar no Legislativo
- Arrecadação recua em maio e tem pior resultado em
7 anos
- Sem Temer, mas com sua coalizão
- CCEE estuda aprimorar formação de preço em
energia
- Aneel reduz em 13,6% as receitas de transmissoras
- Padilha diz que resultado da votação da reforma
trabalhista é „corriqueiro‟
- Mercado de trabalho abre 34,2 mil vagas formais em
maio
- Comissão do Senado impõe derrota ao governo e
rejeita parecer da reforma trabalhista
- „BNDES precisa fazer em seis meses o que faria em
seis anos‟, diz presidente da Fiesp ............................. 22
- Dólar fecha a R$ 3,33 após rejeição do texto da
reforma trabalhista no Senado
- Temer fora
- Arrecadação em maio soma R$ 97,6 bi e é a menor
para o mês desde 2010
- Temer diz que faz governo 'semi-parlamentarista' no
Brasil
- TRIUNFO VENDE PARTICIPAÇÃO EM TERMINAL
PORTUÁRIO POR R$ 1,3 BILHÃO
- ANP APRESENTA DETALHES DE RODADAS DE
LICITAÇÕES DURANTE ENCONTRO COM
INVESTIDORES NA RÚSSIA
- IBP E OGE PROMOVEM FÓRUM PARA DISCUTIR
MODELOS REGULATÓRIOS DO EXTERIOR
- ATOMEXPO COMEÇA EM MOSCOU COM
EMPRESAS BUSCANDO INVESTIMENTOS PARA O
SETOR NUCLEAR NO BRASIL
- PETROBRÁS CONVIDA EMPRESAS A
PARTICIPAREM DA DISPUTA PELO CAMPO DE
AZULÃO
- EPE ESTUDA AUMENTAR PARTICIPAÇÃO DO
BIOGÁS NA MATRIZ ENERGÉTICA BRASILEIRA
- OPERADORES DE PETRÓLEO ESTOCAM O
PRODUTO EM GRANDES NAVIOS PARA ESPERAR
RECUPERAÇÃO DO PREÇO DO BARRIL
- CANADENSES BUSCAM REDUZIR CUSTO DE
EXPLORAÇÃO PARA TORNAR VIÁVEL O PETRÓLEO
DAS AREIAS BETUMINOSAS
- DECISÃO EQUIVOCADA SOBRE O USO DE RISERS
COM TUBOS FLEXÍVEIS COLOCA EM RISCO A
PRODUÇÃO DO PRÉ-SAL
- Sebrae/RJ realizará sessões e rodadas de negócios
durante o evento em Macaé
- Aprovado acordo com investidores para encerrar
uma ação individual nos EUA
Fonte: Valor Econômico
21/06/2017
- Brookfield se reinventa e adota nome Tegra em sua nova fase
Por Chiara Quintão
Após dois anos em um processo de
reestruturação, a Brookfield Incorporações
dá início à sua nova fase, que tem como
marco a mudança da marca da companhia
para Tegra Incorporadora. A incorporadora,
liderada desde julho de 2015 por Ubirajara
Spessotto de Camargo Freitas, pretende
voltar a ter patamar de lançamentos
próprios de R$ 2,5 bilhões a R$ 3 bilhões, a
partir de 2019, e a atuar como "boutique em
1ª PARTE: 21/06/2017
Freitas, presidente: "Mais
importante do que ser a maior é
ser a melhor"
escala" de projetos imobiliários. "Cada projeto é um filho, tem alma e precisa
ser tratado com amor", diz Freitas.
A intenção é estar entre as três ou cinco maiores do mercado. "Mais
importante do que ser a maior é ser a melhor e ter o menor nível de
endividamento", afirma. A incorporadora projeta margem bruta de 38% a 42% e
margem líquida de 16% a 18%.
Na nova fase, a Tegra vai desenvolver projetos imobiliários para público com
renda mensal superior a R$ 8 mil, na Grande São Paulo, Grande Campinas e
na cidade do Rio de Janeiro, com preço por metro quadrado superior a R$ 5
mil. Futuramente, poderá expandir novos empreendimentos para o Paraná e
Rio Grande do Sul.
Os próximos lançamentos, que serão realizados a partir de agosto, já chegarão
ao mercado com a nova marca. O nome Tegra foi escolhido a partir dos
conceitos de "íntegra" e "integradora", que abrangem, segundo o presidente,
pilares como qualidade e foco no longo prazo que a companhia adota desde a
escolha do terreno até a gestão dos ativos, passando por incorporação,
construção e vendas.
A Brookfield Incorporações foi formada a partir da fusão de duas
incorporadoras de capital aberto Brascan Residential Properties e Company
em setembro de 2008. A empresa resultante da fusão manteve o nome
Brascan até junho de 2009, quando passou a se chamar Brookfield
Incorporações, como parte da estratégia da controladora Brookfield Asset
Management de alinhar suas marcas.
Agora, segundo Freitas, a mudança de nome resulta de decisão da
controladora canadense de restringir o uso da marca Brookfield aos seus
principais veículos de atuação global. O nome Brookfield poderá ser utilizado
em algum projeto imobiliário específico, que seja considerado ícone, como
ocorre no exterior. De acordo com o executivo, não há relação entre a
mudança do nome e as notícias que circularam, em 2013, de envolvimento da
companhia no esquema de irregularidades no pagamento de Imposto sobre
Serviços (ISS) à Prefeitura de São Paulo para obtenção de habite-se.
A incorporadora chegou a ser uma das maiores do setor, mas teve seus
resultados fortemente impactados, a partir de 2012, por estouros de orçamento
e, posteriormente, pelos distratos. De 2012 a 2015, acumulou prejuízos
líquidos. O endividamento aumentou muito a alavancagem medida por dívida
líquida sobre patrimônio líquido atingiu 126% em 2013 e sua redução tornou--
se prioridade. A incorporadora, que tinha lançado quase R$ 3 bilhões em 2010,
R$ 3,9 bilhões em 2011 e R$ 3 bilhões em 2012, apresentou R$ 1,16 bilhão em
2013, R$ 435 milhões em 2014 e não teve novos projetos em 2015.
No ano passado, porém, seu Valor Geral de Vendas (VGV) somou R$ 1,2
bilhão, ficando abaixo apenas ao da MRV Engenharia, Cyrela e Tenda. Para
2017, estão previstos lançamentos de R$ 1,6 bilhão por enquanto, foram
lançados R$ 250 milhões. Freitas ressalta que, como não se trata de meta
formal, conforme o mercado estiver, o VGV pode não alcançar o projetado,
mas vai superar o do ano passado. Apesar da piora da crise política a partir de
meados de maio, com denúncias envolvendo o nome do presidente da
República, Michel Temer, o executivo diz que o mês foi o melhor do ano em
vendas, no total de R$ 210 milhões.
O presidente da Tegra estima que os lançamentos chegarão a R$ 2 bilhões, no
próximo ano, e a R$ 2,5 bilhões em 2019. Freitas acredita que Temer ficará no
cargo até o fim do mandato e afirma que o planejamento da companhia se
baseia no encaminhamento das reformas trabalhista e previdenciária. O
executivo avalia que 2016 foi o pior ano já vivido pelas incorporadoras e que a
retomada do setor só ocorrerá em 2019 ou 2020, quando o Brasil já for liderado
por um novo presidente.
Segundo Freitas, a Tegra tem plano de negócios a ser executado em dez anos,
que permeia a aquisição de terrenos de janeiro a maio, foram compradas
áreas para desenvolvimento de projetos com VGV potencial de R$ 1 bilhão ,
investimentos em segurança da construção e sustentabilidade. No radar de
curto prazo, a volta ao mercado acionário não faz parte das intenções da
Tegra, mas nada impede, de acordo com o executivo, que uma nova oferta
ocorra, futuramente, quando o mercado for retomado.
Nos últimos três anos, a companhia recebeu aportes da controladora
canadense de R$ 4,4 bilhões, incluindo recursos para aumentos de capital,
compra de dívida corporativa e oferta pública de aquisição (OPA) das ações
que eram negociadas em bolsa. A OPA foi realizada no fim de 2014, e a saída
da bolsa ocorreu no ano seguinte. Atualmente, a alavancagem da Tegra está
em torno de 30%.
Em 2018, a incorporadora concluirá as entregas dos empreendimentos da
gestão anterior e concluirá o primeiro projeto da nova safra. Os projetos antigos
estão atrasados em relação aos prazos inicialmente propostos, mas seguem
em linha com os novos cronogramas apresentados aos clientes. A empresa
teve distratos de R$ 1,4 bilhão em 2015, R$ 1 bilhão em 2016 e estima R$ 650
milhões para este ano e R$ 400 milhões para 2018. Os preços dos imóveis
foram reduzidos, mas a Tegra não tem concedido descontos para acelerar
vendas, segundo Freitas.
O segmento de loteamentos também está entre as prioridades. Em 2016, foi
criada uma loteadora para destinação das áreas que a incorporadora possui
em Tamboré, bairro entre as cidades paulistas de Barueri e Santana de
Parnaíba. Ainda não está definido se a loteadora terá o nome Tamboré ou
Tegra Desenvolvimento Urbano.
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Fonte: Valor Econômico
21/06/2017
- Brasil produz mais petróleo que Venezuela e México
Por Marsílea Gombata
Com a queda de produção de petróleo na Venezuela e no México, o Brasil se
tornou o maior produtor de petróleo da América Latina. Desde o ano passado,
a produção nacional tem superado a dos principais países exportadores de
petróleo da região. Essa tendência deve se reforçar neste ano.
Segundo a edição de 2017 do "BP Statistical Review of World Energy", lançada
na semana passada, o Brasil superou a produção da Venezuela e do México
em 2016 (veja gráfico ao lado). Enquanto o Brasil registrou média diária de 2,6
milhões de barris/dia, a Venezuela encerrou o ano em 2,41 milhões, e o México
em 2,45 milhões. Em 2015 a produção venezuelana era de 2,64 milhões de
barris/dia e ainda superava a do México (2,58 milhões) e do Brasil (2,52
milhões).
Essa troca de posições ocorreu tanto pelo aumento da produção brasileiro
quanto principalmente pela queda de produção venezuelana e mexicana. E a
tendência é o Brasil continuar liderando o ranking regional neste ano.
Segundo a Agência Nacional do Petróleo (ANP), o Brasil produziu 2,53 milhões
de barris/dia em média em abril. Já a produção da Venezuela caiu para 2,19
milhões de barris/dia, segundo a Organização dos Países Exportadores de
Petróleo (Opep), com base em dados do governo. A produção do México ficou
em 2,012 milhões de barris/dia, segundo a estatal Petróleos Mexicanos
(Pemex).
Os dados sobre a produção na Venezuela são controversos. O Ministério de
Petróleo e Mineração não divulga estatísticas oficiais desde 2014. O relatório
da Opep cita fontes secundárias que estimam uma produção venezuelana
ainda menor, de 1,97 milhão de barris/dia em abril. Já a consultoria Oxford
Economics estima que a produção neste ano deve ficar em 2,1 milhões de
barris/dia.
"A perda da liderança da Venezuela em termos de produção é algo novo. O
país sempre foi o principal produtor e exportador de petróleo na América
Latina", diz Francisco Rodríguez, economista-chefe da consultoria Torino
Capital. Ele observa que, apesar de ter as maiores reservas do mundo
(estimadas em 300,9 bilhões de barris), o país produz muito abaixo da Arábia
Saudita, dona das segundas maiores reservas (266,5 bilhões de barris) e que
em 2016 teve produção de 12,3 milhões de barris/dia.
Dentre as razões por trás da queda da produção venezuelana ele aponta a
falta de investimentos e a nacionalização de empresas de serviço petroleiro, o
que impediu a estatal Petróleo de Venezuela (PDVSA) de manter o nível de
produtividade em 2006, por exemplo, a média foi de 3,3 milhões de barris/dia.
"Enquanto empresas que operam com a PDVSA têm dificuldades para importar
insumos e problemas logísticos, a própria PDVSA tem de decidir entre utilizar
os recursos para bens de capital ou para pagar sua dívida externa."
A produção no México vive um problema semelhante de falta de investimentos.
Ao lembrar que a produção mexicana há 12 anos era de 3,5 milhões de barris/
dia, Severo LópezMestre Arana, da consultoria Galo Energy, afirma que o
México demorou para abrir o setor petrolífero para investidores estrangeiros e
para perceber que a Pemex não podia dar conta da nova produção em águas
profundas.
Moises Kababie, da consultoria Control Risks, diz que a Pemex depende de
um número limitado de campos maduros, como o de Cantarell. "A produção da
Pemex dependia em mais de 60% desse campo, que está se esgotando.
Paralelamente, houve queda dos preços da commodity, limitando os recursos
da estatal para explorar, produzir e investir." Ele avalia que a produção
mexicana deve fechar o ano em 1,94 milhão de barris/dia.
Segundo o diretor-geral da ANP, Décio Oddone, enquanto "a falta de
investimentos em exploração no México e na Venezuela explica a queda da
produção, no Brasil os grandes projetos seguram e aumentam a produção."
A produção no Brasil cresce desde 2013 devido aos campos do pré-sal. "A
área do pré-sal é a única parte da Petrobras que continua a se expandir,
apesar da crise da empresa", diz Ricardo de Azevedo, especialista em
produção petroleira da USP. Para ele, o pré-sal seguirá nesse nível, ou até
crescerá. (Colaborou Cláudia Schüffner, do Rio)
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Fonte: Valor Econômico
21/06/2017
- Governo tem muita margem para errar no Legislativo
Por César Felício
Se a rejeição na Comissão de Assuntos Sociais do parecer do senador Ricardo
Ferraço (PSDBES) foi "a maior derrota do governo Temer" até hoje no Senado,
como disse o senador Humberto Costa (PTPE), isto mostra que a oposição
ainda tem um longo caminho a percorrer na casa legislativa para abalar o já
enfraquecido governo federal. A reforma trabalhista foi para a análise de três
comissões do Senado de forma simultânea, e não sequencial. De modo que a
derrota em uma comissão não significa que o parecer que deixa intocado o
projeto que veio da Câmara não vá ao plenário.
O texto de Ferraço já foi aprovado na Comissão de Assuntos Econômicos, e,
deste modo, já comprou o passe para ir ao exame de todos os senadores. E
ainda falta a Comissão de Constituição e Justiça, que deve votar o parecer de
Romero Jucá (PMDBRR) nos próximos dias.
O que o resultado deixa evidente foi a imperícia no dia de ontem da liderança
do governo e da presidente da CAS, senadora Marta Suplicy (PMDBSP), que
tão comprometida estava com a estratégia do Planalto que fez o senador Paulo
Paim (PTRS) chorar na semana passada. Cabia a ela e à liderança perceber,
por exemplo, que na ausência do senador Sérgio Petecão (PSDAC), o suplente
que votaria em seu lugar, Otto Alencar (PSDBA), é um dissidente do governo.
Um adiamento para a próxima semana evitaria a rejeição.
A oposição a Temer no Senado é ligeiramente mais forte do que na Câmara
por dois fatores: o primeiro é que boa parte da bancada de esquerda foi eleita
em 2010, ano em que o então presidente Luiz Inácio Lula da Silva fez um
esforço especial para aumentar a representação petista e de aliados na
renovação de dois terços das cadeiras da Casa. Já a Câmara renovou 100%
das cadeiras em 2014 e elegeu uma maioria parlamentar muito alinhada aos
interesses empresariais. O segundo é que o PMDB é liderado no Senado por
Renan Calheiros, o que inviabilizou a estratégia de trocar os integrantes que
representam o partido nas comissões, velho truque para limitar a voz das
dissidências.
O panorama mais equilibrado, contudo, nem de longe representa ameaça aos
interesses do Planalto no plenário, até porque para se aprovar o texto da
reforma trabalhista que veio da Câmara não é necessário quórum qualificado.
A capacidade dos dissidentes e da oposição de barganhar em plenário é
menor. A margem que o governo federal tem para errar na condução política e
ainda assim prevalecer na hora decisiva é grande.
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Fonte: Valor Econômico
21/06/2017
- Arrecadação recua em maio e tem pior resultado em 7 anos
Por Fabio Graner e Cristiane Bonfanti
A arrecadação federal de impostos e contribuições teve mais um mês difícil.
Dados divulgados pela Receita Federal mostraram que o mês de maio teve o
pior resultado para a arrecadação em sete anos. Ingressaram nos cofres do
governo R$ 96,69 bilhões, montante 0,96% inferior ao verificado em igual mês
do ano passado. Ao contrário da maioria dos meses deste ano, maio não teve
ajuda das "demais receitas" (como royalties), que acentuaram a queda da
arrecadação administrada diretamente pelo Fisco.
O chefe do Centro de Estudos Tributários e Aduaneiros da Receita Federal,
Claudemir Malaquias, avaliou que o quadro recessivo da economia ainda
continua impactando a arrecadação neste ano. Fatores como a fraca atividade
da indústria e do comércio, maiores fontes de receitas, pesam negativamente.
Ele lembrou que o crescimento econômico recentemente demonstrado é
concentrado no agronegócio e nas exportações, que são pouco geradores de
receitas, por serem desonerados.
No ano, a arrecadação está praticamente estável, com ligeira alta de 0,35%,
basicamente determinado pela forte alta nos pagamentos de royalties do
petróleo, que fizeram as demais receitas crescer 64,9% de janeiro a maio.
Apesar disso, Malaquias tentou sustentar o discurso otimista do governo,
avaliando que "efeitos multiplicadores do agronegócio", como nos setores de
serviços e transportes, ainda serão sentidos e podem gerar arrecadação. "Isso
não se dá na mesma velocidade e não virá imediatamente na arrecadação",
afirmou Malaquias. "O impacto do agronegócio ainda será sentido na
arrecadação. Provavelmente, a partir do segundo semestre, incluindo a
arrecadação de junho, vamos ter resultados bem positivos em relação a esse
tipo de receita vinculada ao agronegócio".
Malaquias destacou ainda que o Brasil registra números positivos na produção
de veículos, o que também deve apresentar reflexo sobre as receitas.
"Estamos otimistas de que sinais positivos da economia vão aparecer na
arrecadação no momento certo", afirmou.
Embora não tenha sido mencionado pelo técnico, vale lembrar que em maio
houve paralisação de auditores da Receita, o que também pode ter tido algum
impacto no desempenho arrecadatório do governo no mês passado.
O técnico da Receita também salientou o peso da queda na receita de Imposto
de Renda Pessoa Jurídica e Contribuição Social sobre Lucro Líquido
(IRPJ/CSLL) no resultado de maio e também no acumulado no ano. A piora no
recolhimento por estimativa mensal das empresas do setor financeiro foi
determinante. Em maio, a queda nesse segmento foi de 44,73% em termos
reais ante o mesmo mês de 2016 e no acumulado do ano, de 4,4%. "A queda
na arrecadação do setor financeiro aponta para lucratividade menor em 2017",
disse.
Por outro lado, a Receita teve ajuda extra com a arrecadação de R$ 1,272
bilhão em maio do Programa de Regularização Tributária (PRT), cuja medida
provisória venceu e foi substituída pelo novo Refis, oficialmente chamado de
Programa Especial de Regularização Tributária (PERT).
Para a consultoria Rosenberg e Associados, a arrecadação ainda "segue
apresentando sinais mistos e erráticos". "A atividade econômica e as
desonerações explicam grande parte deste desempenho. A crise política pode
resultar em um menor crescimento do PIB, tornando mais lenta a recuperação
da arrecadação. A melhora da arrecadação é crucial para o cumprimento da
meta fiscal deste ano", disse a consultoria em relatório para clientes.
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Fonte: Valor Econômico
21/06/2017
- Sem Temer, mas com sua coalizão
Por Cristiano Romero
O Brasil vive uma longa agonia. O país não cresce há três anos, está em
recessão desde o segundo trimestre de 2014 e tudo indica que, apesar da
melhora ocorrida no primeiro trimestre, terminará este ano com expansão
próxima de zero. Quando a economia deu sinais de que começava a melhorar,
o humor dos empresários, os responsáveis por tomar a decisão de investir e
assim acelerar a atividade, foi abatido, em meados do mês passado, pela crise
que ameça o mandato do presidente Michel Temer.
A reação dos mercados à crise foi imediata: a bolsa fez rápida correção nos
preços dos ativos, o dólar se moveu e os juros de curto e longo prazo dos
contratos futuros subiram. Apesar da correção, não houve pânico. Nas
semanas seguintes, o que se viu foi uma acomodação à espera de notícias de
Brasília. O cenário externo, mais favorável, ajudou a amortecer a queda do
real.
De certa forma, a expectativa predominante há um mês era a de que Temer
não conseguiria se manter no cargo. Seguindo o rito constitucional, o
presidente não resistiria à delação dos sócios da JBS e renunciaria ao mandato
ou então o perderia por decisão do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), que
deliberaria pela cassação da chapa Dilma-Temer. A deposição via TSE seria a
saída honrosa de Temer.
Muda-se o presidente, mas não a política econômica do governo
Com o presidente deposto, o deputado Rodrigo Maia (DEMRJ) assumiria o
posto interinamente e convocaria eleição indireta para escolher o substituto.
Para o pleito, os mais cotados a vencer seriam o senador Tasso Jereissati
(PSDBCE), o ex-ministro Nelson Jobim, que é filiado ao PMDB, e, correndo por
fora (na verdade, por dentro), o expresidente Fernando Henrique Cardoso,
além do próprio Rodrigo Maia, hoje personagem central da base aliada de
Temer.
Esse roteiro foi idealizado por quem acredita que o Brasil não aguenta mais
tanta turbulência. É um cenário em que muda-se o presidente, mas não a
política econômica. Em 2014, último ano do primeiro mandato da presidente
Dilma Rousseff, o Produto Interno Bruto (PIB) cresceu mísero 0,5%, resultado
da sucessão inacreditável de equívocos cometidos pelo governo desde 2011
entre outros, redução dos juros na marra, desvalorização forçada do real,
elevação descontrolada do gasto público, intervenção nos preços dos
combustíveis e de energia, maquiagem das contas públicas, pedaladas fiscais,
desoneração da folha de pessoal sem avaliação dos riscos fiscais e tolerância
com inflação alta.
O crescimento anêmico de 2014 foi a senha do que estava por vir. Em 2015, o
PIB recuou 3,8% e, no ano passado, caiu mais 3,6%. Em três anos, a renda
per capita recuou 11%. Empresários suspenderam investimentos; milhões de
trabalhadores perderam seus empregos; dezenas de empresas entraram em
regime de recuperação judicial; Estados dentre os mais ricos quebraram,
passando a atrasar o pagamento de salários de seus servidores; a miséria e a
violência escalaram nas grandes cidades e também no interior: este é o saldo,
até agora, da crise produzida por um governo que concluiu que o receituário
econômico que, inclusive, o levou ao poder estava errado!
Temer assumiu em maio do ano passado sob enorme desconfiança. O máximo
que se esperava dele era uma política feijão-com-arroz que levasse o país até
2018. O presidente percebeu, porém, que havia uma chance para tirar da
gaveta uma agenda ousada de reformas. Em momentos de crise aguda, há
sempre a oportunidade de se fazer algo, atribuindo ao descalabro encontrado a
justificativa das mudanças.
O presidente montou um governo "congressual" ao colocar na esplanada dos
ministérios políticos capazes de somar votos no Congresso. E nomeou uma
equipe econômica de alta qualidade, com excelentes serviços prestados à
nação. Com essa retaguarda, apresentou rapidamente propostas de reforma
ao Legislativo. Em um ano de mandato, aprovou a criação de um teto para as
despesas públicas e começou a passar a esperada reforma da previdência,
para citar os itens mais relevantes da agenda.
O que se viu nesse período foi a forte recuperação da confiança tanto dos
empresários quanto dos consumidores, que andavam deprimidos com as
perspectivas do país. A retomada da confiança não trouxe crescimento
imediato, mas o roteiro estava dado. Quando perceberam que o propósito do
governo em levar adiante as reformas era sério, os empresários começaram a
preparar o terreno para a volta do crescimento.
No último trimestre do ano passado, muitas empresas, depois de renegociarem
dívidas, foram ao mercado captar recursos, um movimento típico de quem
começa a acreditar na recuperação. Depois do vazio dos anos de crise, as
ofertas iniciais de ações (IPO, na sigla em inglês) voltaram com força.
Paralelamente, as aquisições e fusões de empresas também aceleraram, outro
sinal de posicionamento de grupos empresariais perante a retomada.
O único senão desse cenário benigno seria Temer ser atingido por uma
"hecatombe", isto é, por denúncias de malfeitoria investigadas pela Operação
Lava-Jato. Não foi exatamente isso o que ocorreu, mas o efeito das conversas
embaraçosas que o presidente teve com o empresário Joesley Batista foi o
mesmo. No Brasil atual, e isso é muito positivo, a maioria da sociedade não
aceita mais que um governante suspeito de corrupção permaneça no cargo.
O que não se esperava era que Temer fosse resistir tanto para ficar no cargo,
além de não renunciar. Neste momento, ele trava um duelo perigoso com o
procurador geral da República, Rodrigo Janot. A principal arma do presidente é
a economia, por isso, ele segue tentando aprovar as reformas no Congresso.
Os mercados, depois da correção inicial, devolveram dois terços da alta dos
juros e a bolsa, quase toda a perda, o que indica não otimismo, mas a crença
de que Temer pode até cair, mas a coalizão conservadora que o apoia seguirá
no comando das ações em Brasília.
"Os mercados estão 'standstill' (parados) porque a coalizão deve ficar", diz um
economista com experiência em Brasília e São Paulo. "Evidentemente, essa
situação só é possível porque a presença do Henrique Meirelles [ministro da
Fazenda] e do Ilan Goldfajn [presidente do Banco Central] é a garantia de que
não tem besteira na área econômica." Nesse caso, sinônimo de "besteira" é:
medida irresponsável para estimular o crescimento da economia a qualquer
preço, prática tão comum na gestão Dilma que levou o país à ruína.
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Fonte: Valor Econômico
21/06/2017
- CCEE estuda aprimorar formação de preço em energia
Por Camila Maia
A Câmara de Comercialização de Energia Elétrica (CCEE) está conduzindo
análises para aprimorar a formação do preço de liquidação das diferenças
(PLD, referência das operações do mercado de energia à vista), especialmente
depois da queda brusca registrada no começo do mês, quando o preço saiu da
faixa de R$ 407,02 por megawatthora (MWh) em maio para R$ 118,77/MWh na
primeira semana de junho.
O modelo vigente no setor elétrico, que calcula mensalmente o custo marginal
da operação (CMO), baseado no planejamento das hidrelétricas e em quais
termelétricas serão despachadas, é muito sensível à hidrologia passada.
Como as chuvas ficaram muito acima da média nas regiões Sul e Sudeste nas
últimas semanas de maio, a resposta no começo de junho foi a forte queda no
preço, que surpreendeu todo o setor, que contava com um PLD acima de R$
400/MWh até o fim do período seco, em novembro.
"O que é importante para o modelo é a chuva passada. A partir do momento
em que ele olhar para trás e não ver mais o pico de chuva que houve no fim de
maio, o preço voltará a subir", explicou Gustavo Arfux, diretor de pesquisa da
Compass Energia.
Segundo ele, o Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS) não tem
alternativa no caso de chuvas como as do fim de maio, pois a afluência se
concentrara nas hidrelétricas sem reservatórios. "Quando vem uma chuva
grande assim, você tem que gerar. Se não, vai jogar água fora. Então, faz
sentido desligar as termelétricas", disse.
"O modelo vigente leva a isso. Se chove muito, ele entende que vai chover
muito sempre. Se chove pouco, entende que será pouco sempre. Só haverá
uma mudança quando mudar a forma de precificar a energia", afirmou Fabio
Cuberos, gerente de regulação da comercializadora Safira Energia.
As chuvas têm superado a média histórica no período seco do ano já há alguns
anos, de acordo com Cristopher Vlavianos, presidente da Comerc. "Temos
visto chover acima da média no período seco, e isso impacta o preço", disse.
Apesar dos aprimoramentos em estudo, uma mudança que altere realmente a
forma de calcular o preço só deve entrar em vigor em 2019, quando se espera
a operação de um novo mecanismo de aversão ao risco no cálculo dos preços.
Desde maio, a CCEE começou a usar parâmetros mais elevados de risco no
cálculo semanal do PLD. Essa não foi, porém, a razão da queda brusca do
PLD. Em evento realizado semana passada em São Paulo, o presidente do
conselho da CCEE, Rui Altieri, explicou que foram feitas simulações utilizando
os padrões anteriores de risco, e o preço teria caído na mesma proporção, mas
para um patamar menor.
Há uma sensibilidade muito forte do preço em relação à água que chega, sem
levar em conta os níveis dos reservatórios", disse João Carlos Mello,
presidente da consultoria Thymos Energia. Segundo ele, esse é o grande
problema a "hipersensibilidade às chuvas" do modelo vigente.
De acordo com Vlavianos, o modelo hoje faz uma análise mensal das
condições de hidrologia e dos reservatórios das hidrelétricas. O ideal, segundo
ele, seria ter um modelo que analise como os reservatórios vão chegar ao fim
dos períodos seco e chuvoso. "O objetivo deveria ser chegar ao fim do período
seco com o nível dos reservatórios suficientemente confortável para iniciar o
período chuvoso", disse ele. O despacho das termelétricas precisaria levar em
conta esse objetivo.
A média de longo prazo também deve ser alterada, pois os números atuais não
refletem a realidade do sistema. "A média que temos hoje não é mais aderente
à realidade", disse Vlavianos.
A partir de 2019, além da entrada de um novo mecanismo de aversão ao risco,
deve passar a valer também o preço horário, outro fator que deve tornar o
preço da energia mais próximo da realidade do sistema. A idéia é que ele seja
mais elevado na ponta da carga e mais baixo nos horários de menor consumo.
"Vamos ter também informações mais detalhadas que permitam enxergar as
condições de operação e ter um sinal mais aderente de preço", disse Arfux.
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Fonte: Valor Econômico
21/06/2017
- Aneel reduz em 13,6% as receitas de transmissoras
Por Camila Maia
As principais transmissoras de energia
tiveram as receitas do ciclo 2017/2018 Wilson Ferreira Jr., presidente da
Eletrobras, disse que a estatal
poderá entrar com recursos
administrativo questionando a
decisão da agência reguladora
reduzidas em 13,6% ontem, como resultado da aplicação de uma decisão
judicial obtida por um grupo de consumidores de energia questionando o
pagamento de indenizações por ativos antigos não amortizados. A receita
anual permitida (RAP) das nove transmissoras afetadas prevista para o período
passou de R$ 10,807 bilhões para R$ 9,341 bilhões.
Considerando a RAP total prevista para o período, que inclui, além de outras
transmissoras, receitas de novas instalações e também referentes à operação
e manutenção, a queda é de 5,5%, para R$ 18,050 bilhões, que serão pagos
pela tarifa de energia.
As indenizações se referem aos ativos de transmissão anteriores a maio de
2000 e que ainda não foram amortizados, e que tiveram as concessões
renovadas nos termos da Medida Provisória (MP) 579, de 2012. O valor
aprovado antes da liminar somava cerca de R$ 62 bilhões, a serem pagos em
oito anos por meio da tarifa de transmissão.
A diretoria da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) ajustou a RAP das
nove transmissoras que terão direito às indenizações, retirando do cálculo o
pagamento da remuneração ou juros pelo capital não recebido entre janeiro de
2013 e junho de 2017, cumprindo decisão judicial.
Pelos cálculos da Aneel, do componente financeiro total incluído nas
indenizações, de R$ 35,2 bilhões, cerca de R$ 26,3 bilhões representam
receitas que não foram pagas nesse período. Os outros R$ 8,9 bilhões
representam a remuneração ou juros pelo capital não recebido no período. No
entendimento da agência, esse é o montante afetado pelas liminares, e que
será retirado de forma proporcional das transmissoras nos reajustes deste ano.
Entre as principais companhias afetadas, a Cteep vai ter RAP de R$ 1,502
bilhão, ante R$ 1,738 bilhão calculado antes da liminar. As empresas Chesf,
Furnas, Eletronorte e Eletrosul, do grupo Eletrobras, terão RAP de cerca de R$
6,797 bilhões, abaixo do montante de R$ 7,865 bilhões calculado antes da
liminar. Cemig, Copel e CEEE também foram afetadas pela redução na receita.
As ações da Eletrobras fecharam em queda ontem, refletindo, entre outros
fatores, o receio de que a companhia tenha que fazer uma baixa contábil como
resultado da decisão da Aneel. Isso porque a estatal elétrica, assim como as
outras transmissoras que receberão indenizações, já lançou no seu balanço os
recursos que entrarão no caixa nos próximos anos pela receita.
As ações preferenciais classe B (PNB) da Eletrobras caíram 4,22% ontem,
para R$ 15,89, e as ordinárias tiveram queda de 4,10%, a R$ 11,94. As ações
da Cteep perderam 0,98% no dia, a R$ 62,88.
Em abril de 2016, o MME determinou que as indenizações fossem pagas
via tarifa nos próximos oito anos
A estatal poderá entrar com um recurso administrativo questionando a decisão
tomada pela Aneel, informou Wilson Ferreira Júnior, presidente da companhia,
em conversa com jornalistas durante encontro de negócios da Associação
Brasileira de Energia Solar (Absolar), na noite de ontem em São Paulo.
Questionado sobre a possibilidade de a Eletrobras precisar fazer um ajuste no
balanço devido à redução do valor a ser recebido, Ferreira disse que a área
jurídica da companhia Ainda vai avaliar o que fazer, mas acredita que não, por
se tratar de uma decisão liminar.
No caso dos recursos contra a ação da Abrace, a Eletrobras se defende por
meio da Abrate, associação que representa as companhias transmissoras.
Originalmente, a ação judicial liderada pelas associações Abrace (que
representa grandes consumidores de energia), Abividro (das indústrias
automáticas de vidro) e Abrafe (dos produtores de ferroligas e silício metálico),
pedia que as indenizações dos ativos antigos de transmissão não fossem
pagos pelos consumidores por meio da tarifa.
As transmissoras tiveram as receitas fortemente reduzidas pela MP 579, e,
desde então, têm negociado com o governo o recebimento das indenizações
bilionárias.
Foi apenas em abril do ano passado que o Ministério de Minas e Energia
(MME) publicou a portaria 120, determinando que as indenizações fossem
pagas via tarifa nos próximos oito anos, a partir das revisões de julho deste
ano.
As associações questionavam o fato do pagamento ser via tarifa, e não por
meio de recursos do Tesouro, por exemplo. A liminar obtida, porém, se limitou
a determinar a exclusão do componente de remuneração ou juros da conta, o
que, segundo a Aneel, representa os R$ 8,9 bilhões calculados.
Um problema era que a liminar afetaria apenas a receita das associações
autoras da ação, mas a Aneel decidiu excluir a parcela questionada da receita
de todos os consumidores, para que o tratamento tarifário seja o mesmo, sem
diferimentos.
Segundo o voto do relator do processo, o diretor Tiago Correia, enquanto a
decisão judicial vigorar, os próximos ciclos de revisão tarifária das
transmissoras também deverão ter a parcela da remuneração dos juros
excluída.
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Fonte: O Globo
20/06/2017
- Padilha diz que resultado da votação da reforma trabalhista é „corriqueiro‟
Texto base foi rejeitado nesta terça-feira na Comissão de
Assuntos Sociais BRASÍLIA - O ministro da Casa Civil, Eliseu Padilha, classificou de "corriqueiro"
o resultado da votação da reforma trabalhista na Comissão de Assuntos
Sociais (CAS) do Senado. A rejeição do texto representou uma derrota para o
governo.
— A votação da reforma trabalhista na Comissão de Assuntos Sociais do
Senado hoje trouxe algo corriqueiro na lide parlamentar. Perde na comissão e
ganha no plenário — disse o ministro em uma gravação divulgada no Twitter.
Ele lembrou que a reforma trabalhista passou pelo mesmo processo na
Câmara dos Deputados. Padilha disse a proposta seguirá o tramite normal: o
relatório será lido nessa quarta-feira na Comissão de Constituição e Justiça
(CCJ) do Senado e aprovado pelo colegiado na próxima semana. Depois será
encaminhado ao plenário da Casa:
— Onde temos certeza de que teremos a aprovação por uma margem bastante
dilatada de votos. Com essa aprovação, nós estaremos dando início ao que
todo o Brasil espera, que é a geração de milhões de empregos para trazer
tranquilidade ao nosso povo.
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2ª PARTE: 20/06/2017
Fonte: O Globo
20/06/2017
- Comissão do Senado impõe derrota ao governo e rejeita parecer da reforma trabalhista
Por Maria Carolina Marcello
BRASÍLIA (Reuters) - A Comissão de Assuntos Sociais (CAS) do Senado
rejeitou nesta terça-feira o parecer oficial do senador Ricardo Ferraço (PSDB-
ES), impondo uma derrota inesperada ao governo com a participação de
integrantes da base aliada, num momento em que o presidente Michel Temer
busca demonstrar força no Congresso diante da grave crise política que
enfrenta.
No lugar do texto defendido pelo governo, a CAS aprovou o voto em separado
do senador de oposição Paulo Paim (PT-RS).
Longe de Brasília, em viagem oficial à Rússia, Temer procurou minimizar a
derrota sofrida e garantiu que a reforma será aprovada pelo plenário do
Senado.
"Não é surpresa negativa não, isso é assim mesmo, tem várias fases, varias
etapas, e nas etapas você ganha uma, ganha outra, perde outra, o que importa
é o plenário", disse o presidente a jornalistas em Moscou.
"Está certíssimo no plenário, o governo vai ganhar no plenário", prometeu.
O constrangimento trazido pela rejeição do relatório oficial, por 10 votos a 9,
não deve interferir na tramitação da medida. Permanece o plano de
apresentação de um parecer pela constitucionalidade na Comissão de
Constituição e Justiça (CCJ) da Casa na quarta-feira, e sua votação na próxima
semana, deixando a proposta pronta para o plenário a partir do dia 28.
Tanto o relator Ferraço quanto o líder do governo no Senado, Romero Jucá
(PMDB-RR), creditaram a rejeição desta terça-feira a fatores pontuais entre
governistas.
Segundo Jucá, o placar refletiu uma ―distorção‖ causada em parte pela
ausência do senador Sérgio Petecão (PSD-AC), permitindo que o senador Otto
Alencar (PSDB-BA), que já vinha se posicionando contra a reforma, votasse
em seu lugar.
Outros integrantes da base que votaram pela rejeição da proposta foram os
senadores Hélio José (PMDB-DF), ligado ao movimento sindical, e Eduardo
Amorim (PSDB-SE), que teria votado ―não‖ por questões pessoais, de acordo
com Jucá.
A expectativa do governo era de aprovação da reforma por 11 votos a 9.
―Não ficou recado nenhum‖, disse Jucá ao ser questionado sobre a sinalização
da votação. ―A posição individual de senadores que deu esse resultado, a
gente respeita.... mas o recado continua sendo que é importante aprovar a
reforma trabalhista.‖
―Essas posições individuais terminaram distorcendo um resultado que é a
maioria do plenário‖, acrescentou Jucá, negando que o placar desta terça
possa interferir no clima da votação em plenário na próxima semana.
Ferraço também ressaltou que na prática a proposta segue o trâmite normal,
mas reconheceu que foi "uma péssima sinalização para o governo‖.
―Evidentemente é uma derrota política do governo... o governo não conseguiu
articular os senadores para aprovar a matéria na CAS‖, disse o senador. Para
ele, esse revés pode interferir no posicionamento de senadores em plenário.
Os mercados financeiros reagiram mal à notícia. O dólar ampliou a alta a cerca
de 1,5 por cento, encostando em 3,35 reais após a rejeição do parecer de
Ferraço pela CAS. Já o principal índice de ações do país, o Ibovespa acentuou
a queda para 1,5 por cento. VOLTAR
Fonte: O Globo
20/06/2017
- „BNDES precisa fazer em seis meses o que faria em seis anos‟, diz presidente da Fiesp
Paulo Skaf volta a pedir que banco destrave o crédito. Setor de
infraestrutura endossa pleito
Paulo Skaf, presidente da Fiesp. Foto: Edilson Dantas / Agência O Globo
RIO - O presidente da Federação das Indústrias de São Paulo (Fiesp), Paulo
Skaf, disse nesta terça-feira que ―o BNDES precisa fazer em seis meses o que
faria em seis anos‖, para viabilizar a retomada da economia. Skaf aproveitou
evento em comemoração dos 65 anos do BNDES, no Rio, para lembrar que os
desembolsos do banco caíram 35% em 2016 e pediu que a diretoria da
instituição desse uma injeção de ânimo no corpo técnico para que as
liberações de crédito fossem retomadas.
Maria Silvia Bastos Marques renunciou à presidência do banco há pouco
menos de um mês, sob críticas de que estaria represando crédito e em meio à
insatisfação dos funcionários, que, por se sentirem acuados com as
investigações da Polícia Federal, causaram uma espécie de paralisia no banco
ao não se sentirem confortáveis em assinar documentos rotineiros de análise
de financiamentos.
— Alguns setores da indústria caíram 30%. Temos que ser realistas. Essas
empresas passam por dificuldade e não é por culpa delas. Para retomar
crescimento, o que é possível fazer de mais imediato? Crédito (...) O crédito do
BNDES caiu 35% em 2016. O BNDES estava fazendo caixa. Voltar com essas
empresas que estão no sufoco não é uma prioridade? O BNDES precisa fazer
em seis meses o que faria em seis anos — disse Skaf.
SKAF E BORGES NO PALCO
O presidente da Fiesp estava no palco do auditório do BNDES, ao lado de
Cesar Borges, da Associação Brasileira de Concessionárias de Rodovias
(ABCR). Ambos foram convidados para participar do seminário em
comemoração ao aniversário do banco. Ironicamente, Skaf e Borges estão
entre as principais vozes que, nos bastidores, fizeram pressão para a saída de
Maria Silvia. Além deles, participaram do seminário o presidente do Banco do
Brasil, Paulo Caffarelli, e o ex-presidente do BNDES José Pio Borges.
O presidente da Fiesp citou que o banco deve liberar não apenas crédito para
investimento, mas também crédito para capital de giro. E frisou que a diretoria
precisa dar um estímulo para o corpo técnico do banco, para que ele volte a
funcionar.
— Quem não errou não precisa pagar por nada. A confiança não pode ser
perdida — disse Skaf, aparentemente se referindo ao receio de funcionários do
banco de se tornarem alvo de investigações da Polícia Federal, que
recentemente deflagrou a Operação Bullish, para apurar supostas
irregularidades no apoio financeiro à JBS.
Cesar Borges também voltou a pedir que o BNDES destrave o crédito e pediu a
Paulo Rabello de Castro, presidente do BNDES, que avaliasse o retorno dos
empréstimos-ponte, que foram eliminados na gestão de Maria Silvia.
— No momento em que o BNDES se retrai e deixa de apoiar o setor produtivo
brasileiro fica difícil a retomada. O BNDES tem que ser uma mola propulsora
da retomada — disse Borges.
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Fonte: Estadão
20/06/2017
- Dólar fecha a R$ 3,33 após rejeição do texto da reforma trabalhista no Senado
Derrota do governo na Comissão de Assuntos Sociais (CAS) aumentou temor dos investidores; Bolsa recua 2% e chega a 60.766,15 pontos
O dólar fechou com alta de mais de 1% frente ao real, após a Comissão de
Assuntos Sociais (CAS) do Senado rejeitar o texto principal da reforma
trabalhista, demonstrando fragilidade do governo do presidente Michel Temer
no Congresso Nacional. A aversão ao risco no exterior diante da queda do
petróleo penalizou as moedas de países emergentes e ligadas a commodities e
contribuiu para o mau humor.
Investidores reagem a revés do governo no Senado Foto: Paulo Whitaker/Reuters
A Bovespa, que já havia aberto em queda, recuou a 2,01%, aos 60.766,15
pontos. Com o resultado de hoje, o Ibovespa atingiu seu menor nível desde 2
de janeiro (59.588,70 pontos). Passa, assim, a acumular queda de 3,10% em
junho e alta de 0,90% em 2017.
Em sua segunda etapa no Senado, a reforma trabalhista foi rejeitada pela
Comissão de Assuntos Sociais (CAS) por 10 votos a 9, em uma derrota
inesperada para o governo.
Nesta quarta-feira, 21, o texto será apreciado na Comissão de Constituição e
Justiça (CCJ). A previsão é que seja votado em plenário na próxima semana,
no dia 28.
Com a rejeição do parecer do relator, o senador Ricardo Ferraço (PSDB-ES),
os senadores acataram o voto em separado de Paulo Paim (PT-RS). A notícia
é vista por investidores como negativa.
Ambos os documentos serão analisados na CCJ, que pode anexar um terceiro
texto ao projeto antes que ele seja analisado no plenário do Senado.
Durante viagem a Moscou, o presidente Michel Temer mostrou confiança na
aprovação das mudanças na CLT e afirmou que a vitória do governo "é
certíssima".
O Ministério do Trabalho divulga agora à tarde o resultado do Cadastro Geral
de Empregados e Desempregados (Caged) de maio. A expectativa é que o
saldo seja novamente positivo. O ministro da Fazenda, Henrique Meirelles, se
antecipou ao resultado e disse, em um post na sua conta no Twitter, que
existem sinais de recuperação da agricultura, indústria, varejo e serviços, que
marcam o início de uma trajetória de crescimento.
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Fonte: Estadão
20/06/2017
- Temer fora
Temer vai para fora do País em semana de crise aguda para fingir que governa da Rússia e da Noruega
Temer chega a Moscou com direito a recepção da guarda de honra Foto: Sergei
Chirikov/EFE
O Podcast Comentaristas do Jornal Eldorado da Rádio Eldorado – FM 107,3 –
da terça-feira 20 de junho de 2017 começou com meu Direto ao Assunto
criticando a viagem de Temer para fora do Brasil, enquanto a crise engrossa
por aqui na semana em que a PF entrega o relatório parcial da investigação
sobre ele pedida pelo PGR, Aécio Neves é julgado no STF, Eduardo Cunha
chama Joesley de mentiroso e Gilmar Mendes mete o pau na Lava Jato. Esta é
mais uma bizarrice irresponsável para a conta dele. Em seguida, Alexandre
Garcia também comentou Aécio no Supremo e Temer na Rússia e depois na
Noruega. E, por fim, descreveu Brasília no topo da corrupção. Sônia Racy
entrou no debate sobre o acordo de leniência com os irmãos Batista. E Marília
Ruiz discorreu sobre os problemas do craque Cristiano Ronaldo com o Fisco
espanhol.
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Fonte: Estadão
20/06/2017
- Arrecadação em maio soma R$ 97,6 bi e é a menor para o mês desde 2010
Valor foi 0,96% menor do que o registrado em maio de 2016; com desonerações governo deixou de arrecadar R$ 35,17 bilhões
BRASÍLIA - A arrecadação de impostos e contribuições federais somou R$
97,694 bilhões em maio, um recuo real (já descontada a inflação) de 0,96% na
comparação com o mesmo mês de 2016. Em relação a abril deste ano, houve
queda de 17,50%. O valor arrecadado foi o pior desempenho para meses de
maio desde 2010, quando as receitas somaram R$ 97,523 bilhões.
O valor arrecadado foi o pior desempenho para meses de maio desde 2010 Foto:
Rafael Neddermeyer/ Fotos Públicas
O resultado veio dentro do intervalo de expectativas de 19 casas ouvidas
pelo Broadcast Projeções, que ia de R$ 94,600 bilhões a R$ 103,069 bilhões, e
abaixo da mediana de R$ 100,100 bilhões.
Entre janeiro e maio deste ano, a arrecadação federal somou R$ 544,485
bilhões, o que representa ainda uma alta real de 0,35% na comparação com
igual período do ano passado.
Desonerações. As desonerações concedidas pelo governo resultaram em uma
renúncia fiscal de R$ 35,177 bilhões entre janeiro e maio deste ano, valor
menor do que em igual período do ano passado, quando somaram R$ 37,894
bilhões. Apenas no mês de maio, as desonerações totalizaram R$ 7,035
bilhões, também abaixo do registrado em maio do ano passado (R$ 7,604
bilhões).
Só a desoneração da folha de pagamentos custou aos cofres federais R$ 1,207
bilhão em maio e R$ 6,035 bilhões no acumulado do ano.
Em março, o governo anunciou o fim da desoneração da folha para cerca de 50
setores a partir de julho. A renúncia fiscal será mantida apenas para os setores
de transporte rodoviário coletivo de passageiros, de transporte ferroviário e
metroviário de passageiros, de construção civil e obras de infraestrutura e de
comunicação.
A Medida Provisória 774, que reonerou a folha, ainda não foi aprovada pelo
Congresso e perde a validade no início de agosto.
Programa de Regularização Tributária. O governo arrecadou R$ 1,272 bilhão
com o Programa de Regularização Tributária (PRT) em maio. De janeiro até o
quinto mês do ano, o valor acumulado pago em tributos devidos foi de R$
1,681 bilhão. Do total, R$ 109 milhões se referem a contribuições
previdenciárias e os R$ 1,164 bilhão a outros tributos.
O PRT esteve em vigor entre janeiro, quando o governo enviou uma medida
provisória criando o programa, e o fim de maio, quando a MP caducou. O
governo enviou então uma segunda medida provisória criando o Programa
Especial de Regularização Tributária, com condições ainda mais favoráveis
para os devedores, como o desconto de até 90% nos juros e 50% nas multas
devidas.
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Fonte: Estadão
20/06/2017
- Temer diz que faz governo 'semi-parlamentarista' no Brasil
Em reunião bilateral com o presidente da Câmara dos Deputados da Rússia, presidente ressalta apoio que dispõe no Congresso Nacional e lembra que 90% de seus ministros são parlamentares
O presidente Michel Temer afirmou nesta terça-feira, 20, em Moscou, na
Rússia, que seu governo é "semi-parlamentarista", mesmo que o Brasil seja um
país presidencialista. A declaração foi feita em encontro bilateral com o
presidente da Câmara dos Deputados russa, Vyacheslav Volodin.
O presidente Michel Temer chega à Rússia, em meio à crise política no Brasil Foto:
Sergei Chirikov/Estadão
"A importância do poder Legislativo se reflete na composição que eu fiz do
poder Executivo. Cerca de 90% dos ministros que estão me ajudando a
governar vieram do poder Legislativo, são deputados e senadores », afirmou o
presidente, mencionando o ministro do Meio Ambiente, José Sarney Filho, que
estava à mesa ao lado de ministros, deputados e senadores membros da
delegação brasileira.
"O ministro Sarney Filho me lembra aqui que o nosso regime é presidencialista,
mas eu faço um presidencialismo semi-parlamentarista, porque nós
conseguimos produzir atos muito produtivos para o país exata e precisamente
porque temos o apoio do Congresso Nacional."
Minutos depois, Temer voltou ao assunto, quando ressaltou a ampla base de
apoio que garante ter no Parlamento. "Não sei se é bom ou se é ruim, mas
temos 28 partidos no parlamento brasileiro. Temos alguns de oposição, mas a
grande maioria apoiando o governo brasileiro », disse o presidente. "Temos 21
partidos apoiando o governo brasileiro."
Na reunião, Temer lembrou o programa de reformas econômicas, citando a
Proposta de Emenda Constitucional que estabeleceu um teto dos gastos
públicos. Fez referências ainda ao programa de concessões de portos e
aeroportos em curso e destacou que espera que a Parceria Estratégica entre
Rússia e Brasil, firmada em 2002, possa ser aprofundada. "Mas nossa relação
vai muito além do plano econômico", disse Temer, que lembrou os laços entre
os dois países nos BRICS e no G20.
O encontro terminou em uma nota bem-humorada, quando Temer disse
esperar que na final da Copa do Mundo de 2018 estejam presentes o Brasil e a
Rússia.
Temer está em Moscou na primeira etapa de sua turnê pela Europa, que ainda
inclui uma viagem a Oslo, na Noruega. Pressionado pela revelação de que a
Polícia Federal vê indícios de corrupção envolvendo seu nome, o presidente
não quis falar à imprensa em sua chegada à Rússia, na manhã desta terça-
feira (à tarde, no horário local). VOLTAR
Fonte: Petronotícias
20/06/2017
- TRIUNFO VENDE PARTICIPAÇÃO EM TERMINAL PORTUÁRIO POR R$ 1,3 BILHÃO
A Triunfo Participações e
Investimentos chegou a um acordo
com a Terminal Investment Limited
(TIL) para vender sua participação
de 50% no terminal portuário
Portonave, em Santa Catarina, por
R$ 1,3 bilhão.
O negócio vai ajudar a companhia
a melhorar sua delicada situação
financeira. A Triunfo terminou o
primeiro trimestre deste ano com uma dívida bruta de R$ 3,8 bilhões.
A negociação ainda depende da aprovação da Agência Nacional de
Transportes Aquaviários (Antaq) e do Conselho Administrativo de Defesa
Econômica (CADE). O terminal portuário Portonave é o segundo maior em
volume de movimentação de contêineres do Brasil.
Fonte: Petronotícias
20/06/2017
- ANP APRESENTA DETALHES DE RODADAS DE LICITAÇÕES DURANTE ENCONTRO COM INVESTIDORES NA RÚSSIA
A caravana da Agência Nacional
do Petróleo (ANP) ao redor do
mundo para atrair investidores para
as rodadas de licitações no Brasil
ganhou um novo capítulo nesta
terça-feira (20), na Rússia. O
diretor da agência, Décio Oddone
(foto), participou na capital Moscou
de um encontro com membros do
mercado para apresentar as
perspectivas e oportunidades do setor de petróleo e gás no Brasil até 2019.
Oddone detalhou aos russos as rodadas de licitações programadas para este
ano e também falou do calendário de leilões até 2019 – que prevê mais duas
rodadas de blocos sob concessão, duas com áreas do pré-sal e duas de
campos maduros. A estimativa é de que, até 2019, os leilões gerem US$ 83
bilhões em investimentos diretos no Brasil. O secretário de Petróleo e Gás do
Ministério de Minas e Energia, Márcio Félix, também participou da
apresentação.
Recentemente, a ANP também fez um encontro com investidores em
Singapura, Austrália e China. A comitiva esteve ainda em Londres (ING) e
Nova York (EUA), em reuniões com executivos de empresas de petróleo de
grande, médio e pequeno portes.
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Fonte: Petronotícias
20/06/2017
- IBP E OGE PROMOVEM FÓRUM PARA DISCUTIR MODELOS REGULATÓRIOS DO EXTERIOR
Executivos e representantes de governos de
diversos países discutiram as questões
regulatórias no setor de óleo e gás brasileiro
durante a primeira edição do Oil & Gas
Regulation International Benchmark Forum. O
objetivo do encontro foi olhar para modelos
usados nos EUA, Noruega e Reino Unido e
extrair lições para o Brasil.
O encontro foi organizado pelo Instituto
Brasileiro do Petróleo, Gás e Biocombustíveis
(IBP) e a OGE Óleo.Gás.Energia. Na visão do
presidente do IBP, Jorge Camargo (foto), o
Brasil ainda precisa percorrer um longo
caminho no campo regulatório para que se
torne atrativo para investidores. Já para a CEO da OGE Óleo.Gás.Energia,
Claudia Rabello, um ambiente regulatório atrativo ajudará a trazer de volta o
ciclo virtuoso da indústria de óleo e gás brasileira. Ela acrescentou ainda que o
calendário de leilões previstos até 2019 é motivo de comemoração, já que as
licitações são a mola propulsora do desenvolvimento da indústria.
O fórum teve a participação da representante do Departamento de Energia dos
EUA (DOE), Rachel Halpern, e também de Gunnar Sjøgren, da Diretoria de
Petróleo da Noruega; e Jessica Mackenzie, do Departamento de Negócios,
Energia e Estratégia Industrial do Reino Unido.
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Fonte: Petronotícias
20/06/2017
- ATOMEXPO COMEÇA EM MOSCOU COM EMPRESAS BUSCANDO INVESTIMENTOS PARA O SETOR NUCLEAR NO BRASIL
Moscou – A ATOMEXPO International Forum, uma
importante plataforma de exibição de negócios na
Rússia, onde são realizadas reuniões e negociações
entre os líderes mundiais do setor de energia nuclear,
entra no segundo dia, com uma importante
participação brasileira. A exposição internacional
especializada e um congresso – com a participação
de representantes de organizações internacionais e
empresas russas e estrangeiras, especialistas líderes
no setor de energia nuclear – estão debatendo as
novas alternativas para a geração de energia nuclear
no mundo inteiro. A Nuclep e a ABDAN – Associação
Brasileira de Desenvolvimento das Atividades
Nucleares – estão presentes aqui em Moscou
participando dos debates em busca de alternativas
para o desenvolvimento do setor no Brasil.
A construção de Angra 3, que ainda atravessa uma fase de indefinições para a
sua conclusão. A Rosatom está estudando uma proposta para financiar o
término da usina. O que se diz é que os russos aceitam seguir o modelo de
negócios que é defendido pela ABDAN. Ou seja, financiar a construção e o
licenciamento ambiental e vender a energia gerada quando estiver pronta.
Esse modelo seria o mesmo a ser seguido para todas as doze usinas previstas
no modelo de energia brasileiro para garantir a energia para o país até 2050.
O Presidente da ABDAN, Celso Cunha, falou sobre a sua participação no
congresso:
“É muito importante para a ABDAN estar aqui, acompanhando o que há
de mais moderno numa exposição com esta qualidade. Nós
representamos aqui nossos associados, que são as grandes e mais
importantes empresas do setor nuclear no Brasil. Temos conversado com
os mais importantes players deste setor em busca de conhecer e atrair
para o Brasil as novas tecnologias. Precisamos estar prontos para a
construção das futuras usinas nucleares, tão importantes e fundamentais
para as próximas gerações. Tive a oportunidade de participar também de
mesa redonda sobre as pequenas usinas nucleares, que podem ser
outras alternativas. Um outro destaque que posso ver foi a reunião com a
Rosatom e a participação dela, não só na construção de usinas, mas no
mercado de combustível nuclear e até na medicina nuclear. Com certeza
vamos voltar ao Brasil com mais ânimo para seguir e vencer os novos
desafios que se apresentam.”
Quem também está presente na
exposição em Moscou é o Gerente
Geral da Diretoria Industrial da
Nuclebrás, Carlos Frederico, e o
presidente da Nuclep, o Almirante
Carlos Seixas:
“A exposição está sendo muito
interessante. Fizemos alguns
bons contatos e gostei muito de uma empresa associada a Rosatom na
área de energia eólica. Já iniciamos algumas conversações para que eles
nos visitem na Nuclep. Pode ser o início de uma parceria. Esses contatos
são muito importantes para a Nuclep, porque precisamos de novos
negócios. Precisamos aumentar o nosso faturamento, entrando em novas
áreas, novos negócios.”
O objetivo do fórum é fornecer aos líderes da indústria de energia nuclear e à
engenharia de energia nuclear a oportunidade de definir publicamente o lugar e
o papel da geração nuclear no balanço energético do século XXI, analisar os
principais desafios, questões e cenários de desenvolvimento do mercado de
energia em todo o mundo. Ao longo de vários anos, o fórum tornou-se um dos
eventos mais importantes, durante o qual são discutidas as questões da mais
alta importância atual na indústria nuclear, e as tendências do seu
desenvolvimento posterior são
formadas.
A Rosatom assinou três
importantes memorandos de
entendimentos para cooperação
em usos pacíficos da energia
nuclear com três países africanos:
Uganda, Sudão e a Etiópia. O
documento prevê a cooperação
bilateral em desenvolvimento de infraestrutura nuclear com objetivo de
programas para aumentar a conscientização pública sobre as tecnologias
nucleares e sua aplicação, aplicação de radioisótopos e tecnologias de
radiação em setores industriais, médicos e agrícolas. O acordo abrange a
colaboração na segurança nuclear, radiológica e física, pesquisas
fundamentais e aplicadas, treinamento de RH, centros de pesquisa nuclear
baseados em reatores de pesquisa multifuncional, etc.
VOLTAR
Fonte: Petronotícias
20/06/2017
- PETROBRÁS CONVIDA EMPRESAS A PARTICIPAREM DA DISPUTA PELO CAMPO DE AZULÃO
Uma nova etapa em curso na
intenção da Petrobrás em vender
sua participação no Campo de
Azulão, na Bacia do Amazonas. A
estatal deu início à fase vinculante
do processo de desinvestimento,
onde são enviadas cartas-convite
para potenciais investidores.
―Neste projeto em particular não
está prevista a realização da fase
não vinculante, conforme faculta a sistemática para desinvestimentos aprovada
pela Diretoria Executiva da Petrobras e está alinhada às orientações do
Tribunal de Contas da União (TCU)‖, afirmou a Petrobrás. As ofertas não
vinculantes são aquelas onde não há obrigação de compra quando um
investidor manifesta interesse no negócio.
Este é o primeiro projeto posto à venda pela companhia após as mudanças no
plano de desinvestimentos negociado com o TCU. A Petrobrás diz que a venda
representará uma oportunidade para desenvolver uma descoberta de gás
natural perto de infraestrutura já existente, como o linhão de transmissão de
energia de Tucuruí (PA) para Manaus (AM).
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Fonte: Petronotícias
20/06/2017
- EPE ESTUDA AUMENTAR PARTICIPAÇÃO DO BIOGÁS NA MATRIZ ENERGÉTICA BRASILEIRA
O Biogás cada vez mais avança na pauta
governamental. Executivos da Associação
Brasileira de Biogás e Biometano (ABiogás)
se reuniram na Empresa de Pesquisas
Energéticas (EPE) para tratar do potencial do
energético na matriz brasileira. A EPE
reconheceu as externalidades positivas do
biogás e suas vantagens ambientais e
econômicas. A reunião tratou ainda da
possibilidade de mapear as principais fontes
potenciais, suas localidades e distâncias das
redes de energia elétrica e gás natural. Isso porque o biometano pode
aproveitar a tecnologia e infraestrutura consolidada do gás natural no Brasil. O
conselheiro da ABiogás, Marcelo Cupolo, diz que as duas entidades iniciaram
uma agenda positiva para o setor, que deve trazer maior visibilidade do biogás
e do biometano para outros órgãos governamentais e investidores interessados
no setor.
No âmbito do Sistema Interligado Nacional (SIN), Marcelo Cupolo avalia que o
biogás terá um papel fundamental na geração distribuída, pois o sistema
elétrico necessita de flexibilidade de despacho para complementar a inserção
de fontes de geração variável e a diminuição relativa da capacidade de
armazenamento de energia em reservatórios deve ser compensada pelo
aumento da capacidade de outro tipo de fonte:
“O biogás atende perfeitamente essa condição, pois tem flexibilidade
operacional com capacidade de armazenagem e pode ser gerado em
praticamente todo território nacional”.
Já na questão dos combustíveis, o executivo lembrou que o biometano é um
excelente substituto do diesel, podendo suprir 44% do produto consumido no
país e parte da demanda de gás natural requerida pelas distribuidoras:
“A indústria do biogás e do biometano só tende a se beneficiar com isso,
pois está consolidada no Brasil, possui pegada negativa de carbono, tem
estrutura de preço estável, não sofre com oscilações cambiais e variação
do preço internacional, tem competitividade frente ao diesel, viabiliza a
cadeia de tratamento de resíduos e tem um futuro mercado promissor na
área de geração distribuída”, finalizou. VOLTAR
Fonte: Petronotícias
20/06/2017
- OPERADORES DE PETRÓLEO ESTOCAM O PRODUTO EM GRANDES NAVIOS PARA ESPERAR RECUPERAÇÃO DO PREÇO DO BARRIL
Operadores da indústria do petróleo
têm cada vez mais armazenado
petróleo em navios-tanque no
Sudeste Asiático, enquanto lutam
contra o excesso de oferta que
deixou o sistema de vendas forçando
o preço para baixo, mesmo em um
momento em que a Organização dos
Países Exportadores de Petróleo
(Opep) tem cortado produção para apoiar a elevação nos preços. Cerca de 10
enormes velhos navios com petróleoforam fretados desde o final de maio para
guardar petróleo por períodos que vão de 30 dias a 6 meses. Cada navio pode
armazenar 2 milhões de barris de petróleo. Esses navios somam-se a outros
30 super-navios tanque utilizados para estocagem de longo prazo nos
arredores de Cingapura e Linggi, na costa ocidental da península da Malásia.
Um dos motivos que tem guiado o uso dos navios-tanque é que os preços do
petróleo para entrega imediata estão mais baixos que para vendas futuras,
uma condição de mercado conhecida como ―contango‖. Os futuros do Brent,
referência internacional, caíram 13 por cento desde o final de maio, para cerca
de 47 dólares por barril. O Brent para entrega ao final de 2017 está 1,5 dólar
mais caro. Para esses operadores, o armazenamento no mar parece mais
lucratico, já que as taxas de aluguel estão abaixo de 20 mil dólares por dia. O
custo atual de aluguel para um navio-tanque de cinco anos de idade é de 27
mil dólares por dia. Para esses operadores f az muito sentido para um
operador pagar entre 16 mil e 19 mil dólares por dia para ter um navio-tanque
antigo que armazene petróleo por entre 30 e 90 dias. Qualquer movimento para
cima no preço do Barril, já será lucrativo, pelo volume que pode ser
armazenado.
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Fonte: Petronotícias
20/06/2017
- CANADENSES BUSCAM REDUZIR CUSTO DE EXPLORAÇÃO PARA TORNAR VIÁVEL O PETRÓLEO DAS AREIAS BETUMINOSAS
Nas florestas boreais e nas
pradarias remotas do Estado de
Alberta, no Canadá, várias
empresas estão executando
projetos-piloto que esperam acabar
com uma seca de duas décadas
em inovação e impedir o êxodo das
principais empresas globais de
energia das areias petrolíferas do
Canadá. Elas estão procurando por um avanço que reduza o custo do
bombeamento do petróleo dos vastos reservatórios subterrâneos de betume do
país e que seja melhor competir com a crescente indústria do xisto nos Estados
Unidos. Se eles falharem, um pedaço das maiores reservas de petróleo do
mundo permanecerá no chão, até que encontre razões econômicas de serem
exploradas
O setor de areias petrolíferas do Canadá tornou-se uma das maiores vítimas da
queda do preço do petróleo global que começou em 2014, quando o principal
produtor da OPEP, a Arábia Saudita, inundou o mercado com petróleo barato
para expulsar competidores de alto custo. Somente neste ano, os maiores do
petróleo venderam mais de US$ 22,5 bilhões em ativos no setor de energia do
Canadá e foram atraídos para o sul e investir nos maiores retornos do xisto
nos Estados Unidos
As empresas canadenses estão na esperança de que elas possam virar o
jogo. Há quem já esteja testando o uso de solventes para trabalhar o betume
enterrado nas areias e torná-lo fluir como óleo. Usar esses solventes pode
reduzir entre 20 e 40% do custo de produção do óleo. A técnica atualmente
utilizada é usar vapor para aquecer as areias no subsolo para extrair o óleo. É
uma venda difícil, dizem os produtores do Canadá, que lutam com baixos
preços do petróleo. Eles estão relutantes em investir em uma tecnologia de
vários milhões de dólares que não está
A empresa Nsolv está encerrando um projeto piloto de três anos com o
segundo maior produtor de energia do Canadá, Suncor Energy, em seu
arrendamento de areias petrolíferas da Dover, no norte de Alberta. A Suncor
está avaliando os resultados. O quarto maior produtor, a Imperial Oil,
controlado pela ExxonMobil, também está desenvolvendo tecnologia solvente e
teve um projeto piloto atual de US$ 100 milhões desde 2013. O cuidado dos
produtores de areias petrolíferas decorre, em parte, dos desafios únicos de
atuação, onde os projetos levam anos para construir e exigem bilhões de
dólares em capital inicial. O desenvolvimento da técnica usando o vapor há
duas décadas tornou as areias do Canadá a nova fronteira para a indústria do
petróleo, e as principais empresas estavam entre as firmas que se reuniam
para comprar. Desde então, a inovação está paralisada. Esse fracasso, os
empresários da indústria da energia e os capitalistas de risco disseram estar
em uma cultura avessada ao risco que deixou as areias petrolíferas trás do
xisto dos EUA.
O êxodo de empresas petrolíferas internacionais, como a Shell e a Statoil das
areias petrolíferas, tornou a inovação mais difícil porque há menos clientes
potenciais que poderiam adotar novas tecnologias. A Fractal Systems
processa betume em produtos de alto nível e qualidade do petróleo na cabeça
do poço. A empresa está executando uma planta de teste de 1.000 barris por
dia no leste de Alberta para o terceiro maior produtor, a Cenovus Energy, que
ainda não tomou uma decisão sobre se prosseguir comercialmente.
O setor de xisto nos Estados Unidos, mudou-se rapidamente para inovar e
reduzir os custos para sobreviver ao crash do preço do petróleo. Em 2014, a
produção de petróleo da maioria dos campos de xisto custou mais do que a
média de US$ 60 por barril. Agora, existem alguns setores de xisto que podem
gerar lucro em US$ 15 por barril.
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Fonte: Petronotícias
20/06/2017
- DECISÃO EQUIVOCADA SOBRE O USO DE RISERS COM TUBOS FLEXÍVEIS COLOCA EM RISCO A PRODUÇÃO DO PRÉ-SAL
Uma decisão equivocada da
gerência executiva de serviços da
diretoria de exploração e produção
da Petrobrás, comandada
por Cristina Pinho (foto), está
pondo em grave risco a produção
do pré-sal brasileiro. A escolha por
usar tubos flexíveis nos Risers dos
poços do pré-sal enfrentou uma
espécie de desafio imposto pela
natureza: o altíssimo nível de corrosão provocado pelos contaminantes H2S e,
principalmente, pelo CO2, extremamente corrosivos, está trazendo resultados
terríveis para a eficiência da produção. Sem contar que o problema se agrava
devido a dois fatores: o peso desses Risers, que aumenta a tensão, e a
reinjeção do CO2 no reservatório. As consequências destes problemas
produziram um fenômeno nas tubulações identificado pelos especialistas
como SCC – Stress Corrosion Cracking. O SCC provoca a queda das linhas
dos Risers, parando a produção dos campos e ameaçando o meio ambiente
com possíveis vazamentos de petróleo e gás no mar. Já aconteceu
nos Campos de Lula e Sapinhoá.
Os tubos flexíveis foram anunciados como sendo uma nova fronteira da
tecnologia, capazes de suportarem a pressões internas de até 600 atmosferas
e os gases corrosivos. Mas, há um ano, o problema dessa grave corrosão foi
identificado pelos especialistas da Petrobrás e das empresas fornecedoras dos
Risers, que foram avisadas imediatamente. Desde então, essas empresas
intensificaram os estudos para conhecer o problema a fundo e buscar novos
materiais que substituam o atual. Até agora, sem sucesso. No caso de tubos
flexíveis, há pesquisas com diversos materiais, como o uso do aço inoxidável e
até mesmo um compósito com base no aço carbono, mas até agora ainda não
há uma solução confiável.
Há informações de que já houve pelo menos a queda de quatro linhas de
Risers, interrompendo a produção. O fato é ainda mais grave porque no caso
do contrato de fornecimento de cem quilômetros de linhas com a TechnipFMC,
não foi prevista a cláusula de liability. Ou seja, é um fornecimento sem
punições em caso de problemas, portanto, sem garantias do fabricante. A linha
deveria durar de 20 a 30 anos sem manutenção, mas caiu com pouco mais de
dois anos. E o prejuízo, por falta desta cláusula de garantia, ficará por conta da
Petrobrás.
O caso piora e expõe o erro da
escolha pelos Risers flexíveis quando
se tem conhecimento da contratação
de 19 barcos lançadores da tubulação
pela Petrobrás. Em função dos riscos
identificados, eles estão parados,
custando valores altíssimos em taxas
de afretamento, em dólar, sem terem
como operar. Mesmo assim, a
gerência comandada por Cristina
Pinho não parece ter sido convencida de uma decisão equivocada. Ela
pressiona não só a norte-americana National Oil Varco – NOV –, a GE e a
TechnipFMC, empresas fornecedoras dos tubos flexíveis para a Petrobrás,
como também a Saipem e a Subsea 7. Há uma forte pressão contra as
empresas para que tentem resolver o problema. Essa pressão vem por duas
razões significativas: a primeira, por uma persistência incompreensível para se
mostrar que a decisão da gerência da Petrobrás não está errada. A segunda,
por um dilema. Foi a própria gerência da Petrobrás a maior defensora de que
essas empresas fornecedoras construíssem e instalassem grandes fábricas de
tubos flexíveis no Brasil, ao custo de altos investimentos. Sendo assim, como
mudar de planos e passar a usar outras alternativas mais sólidas, mais viáveis,
como os tubos rígidos?
O Petronotícias teve informações seguras de fontes confiáveis de que os
parceiros da Petrobrás no Campo de Libra, com reservas de 8 a 12 bilhões de
barris de óleo, estão pressionando a estatal brasileira, operadora do consórcio,
para que os Risers a serem usados na exploração do campo sejam rígidos. A
Shell e a Total, principais sócios depois da Petrobrás, pressionam usando
como base as suas experiências técnicas e o conhecimento das falhas dos
Risers flexíveis em Lula e Sapinhoá
Os Risers flexíveis têm um diâmetro de passagem do óleo menor dos que a
tubulação rígida, o que aumenta a pressão. Com isso, existe a fuga de
gás contaminante pelos micropolímeros da tubulação, colocando esse gás em
contato com a água salgada. Esse contato aumenta ainda mais a corrosão,
provocando o SCC e, em consequência, com o tempo, a queda das linhas.
Diante das pressões estabelecidas pelos sócios da Petrobrás em Libra,
algumas empresas fornecedoras de tubos rígidos cladeados dos Estados
Unidos e da Europa já estão sendo consultadas para fornecimento deste tipo
de tubulação. Como não há pronta entrega para esse produto, o risco no atraso
na produção de Libra precisa ser considerado firmemente. A Total e a Shell,
duas gigantes do setor de petróleo, insistem para que a Petrobrás mude a sua
decisão. E há argumentos técnicos, como o diâmetro dos tubos rígidos, que
reduz a pressão e aumenta a produtividade, além de poder ser cladeado,
impedindo a fuga de partículas do gás contaminante, evitando o contato com a
água salgada.
Nós procuramos ouvir a Shell e a Total. A empresa francesa disse “que não
iria comentar”. A Shell, respondeu que: “Esta questão só pode ser
respondida pelo operador do projeto. Ressaltamos que as equipes
técnicas das sócias de Libra realizam um intercâmbio constante de
conhecimento e estão em convivência diária no projeto. “
O mercado de petróleo aprendeu a ler claramente quando uma empresa não
quer comentar. Ele lê nas entrelinhas. A turma do mercado de ações, então,
nem se fala. Lê até o silêncio. A TechnipFMC disse que: “os técnicos da
empresa estão prestando todo apoio necessário à Petrobrás nas
investigações sobre o problema.” E a GE, outra fornecedora de tubos
flexíveis, enviou a seguinte nota: ―A GE Oil & Gas já forneceu 2.500 km de
tubos flexíveis para uso offshore no Brasil, incluindo risers que
atualmente operam em campos do pré-sal. A GE Oil & Gas não registrou
nenhuma falha por corrosão em tubos flexíveis aplicados nas reservas
pré-sal. Os risers e flowlines da companhia são projetados para atender
às rigorosas especificações do cliente e aos próprios requisitos de
controle estrutural e de qualidade da GE.
O desenvolvimento de novos produtos da GE Oil & Gas é
estrategicamente adaptado para oferecer soluções que atendam às
necessidades dos clientes, no tempo que eles precisam. Para aplicações
futuras do pré-sal – incluindo o campo de Libra –, a companhia está
trabalhando em estreita colaboração com seus clientes para entender os
requisitos específicos de uso e, na sequência, definir e produzir uma
solução que atenda a todas as especificações exigidas.”
Mesmo diante de todas essas
evidências, da profundidade do
problema e dos riscos para a
produção do pré-sal, a assessoria
de imprensa da Petrobrás enviou
para o Petronotícias a mesma nota
que mandou para outros órgãos de
comunicação quando foi noticiada
a queda da linha de Risers
do Campo de Lula, mesmo
sabendo que os nossos
questionamentos tinham outra
finalidade. Ainda assim, reproduzimos esta nota, mesmo que ela tenha o
objetivo de tergiversar sobre o que realmente ocorreu:
“A falha técnica no campo de Lula ocorreu em um duto de injeção de gás,
sem consequências ambientais nem risco às instalações ou pessoas.
Este evento foi imediatamente controlado pela parada automática do
sistema de compressão de gás para reinjeção e fechamento da válvula de
segurança de subsuperficie. A manutenção do nível de produção do
campo pode ser viabilizada com a injeção de gás através de outros
poços. O duto de injeção de gás no campo de Sapinhoá, no final do ano
passado, estava fora de operação.
A investigação para conhecer as causas está em andamento. Os
resultados parciais do trabalho conduzido em conjunto com o fabricante
do duto indicam um mecanismo de falha antes desconhecido na indústria
de dutos flexíveis e que ocorre na presença de CO2 combinado a outros
parâmetros, que já conhecemos. Foram intensificadas as inspeções nos
dutos flexíveis em operação para a manutenção da continuidade
operacional com segurança, assim como implementação imediata de
soluções para bloquear o problema.
A Petrobras conta com sua experiência de operação e manutenção em
dutos flexíveis e com o conhecimento de seu grupo técnico, da
comunidade acadêmica, de seus parceiros e fornecedores para prover a
solução definitiva para seus de projetos.”
O Petronotícias fez outros questionamentos à Petrobrás. Desde o dia 2 de
junho, portanto há 18 dias, a assessoria de imprensa teve oportunidades de
responder. Por três vezes adiou as respostas, usando artifícios
incompreensíveis para não responder. Fizemos um pedido de entrevista com a
Gerente Cristina Pinho, para que ela pudesse esclarecer algumas dúvidas ou
para que ela respondesse às seguintes perguntas:
1 – A Petrobrás vai continuar optando pelos tubos flexíveis no pré-sal?
2 – No contrato de fornecimento dos 100 quilômetros de tubos flexíveis
com a TecnhipFMC tem alguma cláusula de garantia, o liability? Se não,
por que não foi feito?
3 – Está havendo pressão dos sócios (Shell e Total) para que os tubos a
serem usados no campo sejam rígidos?
4 – A Petrobrás pensa em abandonar os tubos flexíveis pelos tubos
rígidos? Se não, por quê?
5 – Quantos contratos a Petrobrás tem com embarcações para
lançamento de tubos no mar?
6 – Esses barcos contratados estão em atividade ou estão parados?
7 – Quanto a Petrobrás está gastando com esses barcos?
Não parecem perguntas comprometedoras, a não ser que as respostas
deixassem à mostra situações difíceis de explicar. Se não houvesse interesse
em esconder as respostas certas, não haveria razão para tanto mistério.
Mesmo assim, os assessores Eduardo Villela e Paula Almada, da gerência de
imprensa da companhia, não veem da mesma forma. Talvez ainda falte a
sensibilidade para se perceber o tamanho do problema que a Petrobrás está
enfrentando, o que representa prejuízos milionários para a empresa e
compromete a produção brasileira de petróleo.
Um caso desta ordem não pode ser tratado com descaso ou amadorismo. Ao
retardar as respostas que expõem algumas decisões equivocadas da
companhia, o silêncio em nada contribui. Seria importante esclarecer todos os
detalhes o quanto antes. Se existe, de fato, a preocupação com a ética ditada
pela Diretoria de Governança da companhia – precisa em apontar os erros
éticos em outras empresas -, talvez fosse importante dar exemplo dentro de
casa. A começar pela gerência de imprensa da companhia.
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Fonte: Tnpetróleo
20/06/2017
- Sebrae/RJ realizará sessões e rodadas de negócios durante o evento em Macaé
Começou hoje (20/6), em Macaé, a nona edição da Brasil Offshore, a maior feira de negócios do mercado de petróleo e gás do país. O evento reunirá as maiores empresas de exploração de petróleo do mundo para apresentar as inovações e os avanços tecnológicos e debater questões pertinentes ao setor em conferências técnicas e palestras.
O Sebrae/RJ estará presente ao evento realizará Sessões de Negócios entre empresas fornecedoras, nos dias 20 e 24 de junho, no stand 32. Organizadas pelo Sebrae/RJ com apoio da Rede Petro BC, os encontros terão a participação de 100 pequenas empresas, que visam fortalecer as redes de contatos entre os empresários de diversos segmentos da indústria, comércio e serviços.
Nos dias 21 e 22 de junho, acontecerão as Rodada de Negócios, organizadas pelo Sebrae/RJ, ONIP e Firjan, com os principais players da indústria de óleo e gás. O evento terá 154 empresas fornecedoras e terá 17 empresas âncoras (Air Liquide, Alphatec, Baker Hughes, BW Offshore, Estaleiro Mauá, Forship, Huisman, NUCLEP, Petrobras UO-BC, Porto do Açu, Queiroz Galvão, Shell, Sotreq, Subsea7, TechnipFMC, Transpetro e Tridimensional).
O Sebrae/RJ ainda realizará reuniões com instituições e grandes empresas para a identificação de oportunidades para as pequenas empresas: IBP, Apex, Ecopetrol e Transpetro e a participação de representantes do Sebrae Nacional, Rio Grande do Norte, Sergipe, Espirito Santos e Minas Gerais.
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Fonte: Tnpetróleo
20/06/2017
- Aprovado acordo com investidores para encerrar uma ação individual nos EUA
O Conselho de Administração da estatal aprovou, hoje, a celebração de um acordo para encerrar uma ação individual proposta perante a Corte Federal da Pensilvânia, EUA, por um grupo de afiliadas do The Vanguard Group, Inc. (―Vanguard‖).Vanguard é um dos maiores acionistas da companhia, após a União Federal e entidades relacionadas.
A Petrobras já havia celebrado acordos para encerrar outras dezenove ações individuais apresentadas perante a Corte Federal de Nova York, EUA, conforme divulgado em 21 de outubro de 2016, em 23 de novembro de 2016 e em 24 de fevereiro de 2017.
Incluindo as 19 ações individuais com acordos previamente celebrados, um total de 27 ações individuais haviam sido consolidadas, para fins de julgamento, em conjunto com uma ação coletiva (class action) perante a Corte Federal de Nova York. A ação judicial do Vanguard era a única ação individual proposta fora de Nova York.
Para refletir os acordos celebrados, assim como as negociações em curso com outros autores de ações individuais, o valor total de provisões estimado passa a ser US$ 445 milhões para o 2º trimestre de 2017, dos quais a companhia já havia provisionado o montante de US$ 372 milhões no resultado do exercício de 2016.
No momento, não é possível para a Petrobras fazer estimativa confiável sobre o desfecho da class action.
Esses acordos, cujos termos são confidenciais, têm como objetivo eliminar incertezas, ônus e custos associados à continuidade dessas disputas e não
constituem qualquer reconhecimento de responsabilidade por parte da Petrobras, que continuará se defendendo firmemente nas demais ações em andamento.
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