Post on 12-Dec-2018
Classificação de risco na demanda
espontânea na atenção básica
Alessandra Martins dos Reis
Webpalestra no TelessaúdeBA
19 de abril de 2017
AVALIAÇÃO DE RISCO E VULNERABILIDADES
A decision de implantar o acolhimento com classificação de risco na atenção básica implica na ampliação do acesso com equidade;
Avaliar as necessidade não só na perspectiva biológica,
mas também as condições geradoras de vulnerabilidade como os riscos sociais e subjetivos;
A estratificação de risco e vulnerabilidades orientará as
intervenções, as ofertas de cuidado a serem implementadas e qual o tempo em que devem acontecer.
(BRASIL, 2013)
EXEMPLOS DE CONDIÇÕES DE VULNERABILIDADE
Criança já acompanhada pelo serviço, procura o serviço porque a família
quer solicitor exames de rotina, mas durante o acolhimento surge a suspeita
de violência;
Pessoa nova no território com necessidade de trocar receita de
medicamento de uso controlado;
Homem de 55 anos que possui longas jornadas de trabalho e nunca foi ao
serviço de saúde, porém apresenta queixa de dor de cabeça frequente;
Mulher deseja fazer um exame preventivo de cancer de colo uterino,
durante a escuta identifica-se a dificuldade em acessar o serviço porque
tem muitos filhos e trabalha como diarista e não faz o exame há muitos
anos.
SUGESTÕES DE ESTUDO PARA EQUIPES
Cadernos de Atenção Básica do Ministério da Saúde, n 28,
volumes 1 e 2;
Protocolo Estadual de Classificação de Risco da SESAB
(2014)
Videoconferências do Ciclo de Oficinas de Qualificação da
Atenção Básica: enfase na implantação do acolhimento, da
Diretoria de Atenção Básica/SESAB (2013)
(www.saúde.ba.gov.br/dab) disponíveis na aba “materiais
institucionais”)
Fonte: Ministério da Saúde, Secretaria de Atenção à Saúde, Departamento de Atenção Básica, 2013.
TRABALHO EM EQUIPE
Como envolver toda a equipe no acolhimento da unidade?
Qual o papel de cada membro da equipe no acolhimento?
Existe uma agenda clara sobre o envolvimento de cada
pessoa da equipe no acolhimento?
Existem instrumentos que facilitam a decisão e registro?
Existem espaços de “alinhamento” e educação
permanente?
FLUXOGRAMA
Existe um fluxograma claro para todos os membros da
equipe e para a comunidade?
Neste fluxograma está claro o encaminhamento de cada
situação? Aguda, não aguda, crônica agudizada…
Sugere-se que a equipe escreva conjuntamente o fluxograma
do acolhimento para produzir sentido para todos os
trabalhadores da unidade! Durante a reunião de equipe,
retomar passo a passo o caminho do usuário no serviço,
trazendo exemplos reais para exercício e alinhamento.
ACOLHIMENTO À DEMANDA ESPONTÂNEA
Queixas mais comuns na Atenção Básica
OLHAR PARA AS ESPECIFICIDADES LOCAIS
Identificar as condições da unidade: número e perfil dos
trabalhadores, condições estruturais disponíveis, materiais e
medicamentos;
Identificar a rede municipal: cobertura de AB no município e áreas
próximas ao serviço, cobertura de unidades de pronto
atendimento, distância e acesso a hospitais, serviços de saúde
mental (CAPS, ambulatórios, leitos de urgência), CEO,
especialidades, disponibilidade de exames, outros;
Identificar o perfil da população do município e da localidade.
OLHAR PARA A AGENDA DA EQUIPE
Classificação de risco e vulnerabilidades tensiona a
diversificação das ofertas de cuidado!
A equipe oferta visitas e atendimentos domiciliares?
Atividades coletivas diversas? Atendimento compartilhado
com NASF ou outros profissionais que façam matriciamento?
Consultas individuais para o acompanhamento?
Existem linhas de cuidado claras no serviço/município?
Qual o tempo de abertura da agenda para consultas
individuais?
OLHAR PARA O ACOLHIMENTO REALIZADO E A
SITUAÇÃO LOCAL DE SAÚDE
Registrar todas as situações do acolhimento para análise e
aperfeiçoamento do trabalho da equipe:
Quantas pessoas são acolhidas?
Quais as necessidades apresentadas?
Qual o perfil dessa população acolhida? (Idade, sexo,
microarea, problemas frequentes)
Quais os encaminhamentos para cada situação?
É possível melhorar a resposta da equipe para as situações
mais frequentes?
CONSTRUIR RESPOSTAS COMUNS PARA SITUAÇÕES
FREQUENTES
Solicitação de exames
Resultados de exames
“Troca de receitas” de uso contínuo (hipertensão,
diabetes, contraceptivos, uso controlado)
Marcação de consultas individuais de acompanhamento
FINALIZANDO
Centralidade na (o) usuário (a), ela (e) é o sentido do
trabalho!
Exercício de empatia: sempre tente colocar-se no
lugar da pessoa acolhida!
Exercício de conexão: escuta profunda e olho no olho
Cuidar do cuidador
SUGESTÕES DE EXERCÍCIOS: COMO A EQUIPE
CLASSIFICA O RISCO? O QUE FAZ?
Caso 1
Mulher de 50 anos, referindo dor cervical intensa há 3 dias, com irradiação para o
braço esquerdo. Diz que é hipertensa, que usa os medicamentos corretamente e faz
acompanhamento. Refere nervosismo, sono irregular e longos períodos de uso do
computador e celular. No momento: PA= 150 X 90mmhg, FC = 75bpm, T = 36,3 graus
e FR = 20 rpm
Caso 2
Homem de 45 anos, refere dor torácica há 48 horas, especialmente no meio do tórax
durante movimentos com braço direito. Refere diabetes, porém faz uso irregular do
medicamento e não seguir dieta adequada. No momento: PA = 140 X 80mmhg,
Glicemia = 120 mg/dl, FC = 80bpm, T = 37 graus e FR = 18 rpm.
Caso 3
Mulher de 28 anos, refere febre há 24 horas e dificuldade para urinar, com
desconforto na barriga e ardor que vem aumentando a cada vez que vai urinar.
No momento: PA = 110 X 70 mmhg, FC = 85 bpm, T = 37,8 graus e FR = 22 rpm
Caso 4
Criança de 3 anos, mãe refere que possui asma e começou a tossir há 5 dias, porém
durante a ultima noite começou a fazer um som de gato e respirar mais rápido do que
o normal. No momento: FC = 110bpm, FR = 26rpm, T = 38,3 graus. Observa-se leve
tiragem subcostal.
Caso 5
Homem de 58 anos, refere ser hipertenso e que mediu a PA em casa e estava
170X100 mmhg, porém não estava se sentindo mal, apenas um leve desconforto na
cabeça. Ficou preocupado e veio para avaliação. No momento: PA = 175 X
105mmhg, demais sinais vitais sem alterações
Caso 6
Mulher de 70 anos, filha refere que mediu a glicemia e estava alta. Observa que a
mãe está com muita sede e urinando pouco, além do emagrecimento progressivo nos
últimos meses. No momento: PA = 130 X 100mmhg e Glicemia = 500 mg/dl
SUGESTÕES DE EXERCÍCIOS: COMO A EQUIPE
CLASSIFICA O RISCO? O QUE FAZ?
UTILIZE O TELESSAÚDE BAHIA
Uso de teleconsultorias:
Oferta apoio clínico para tomada de decisão;
Oferece espaço para discussão de caso clínico;
Apoia no encaminhamento mais qualificado, considerando
os protocolos pertinentes
Reduz o tempo de espera para especialidades, a partir da
qualificação;
Amplia a capacidade resolutiva da AB do município