Classificação de risco na demanda espontânea na atenção...

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Classificação de risco na demanda espontânea na atenção básica Alessandra Martins dos Reis Webpalestra no TelessaúdeBA 19 de abril de 2017

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Classificação de risco na demanda

espontânea na atenção básica

Alessandra Martins dos Reis

Webpalestra no TelessaúdeBA

19 de abril de 2017

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AVALIAÇÃO DE RISCO E VULNERABILIDADES

A decision de implantar o acolhimento com classificação de risco na atenção básica implica na ampliação do acesso com equidade;

Avaliar as necessidade não só na perspectiva biológica,

mas também as condições geradoras de vulnerabilidade como os riscos sociais e subjetivos;

A estratificação de risco e vulnerabilidades orientará as

intervenções, as ofertas de cuidado a serem implementadas e qual o tempo em que devem acontecer.

(BRASIL, 2013)

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EXEMPLOS DE CONDIÇÕES DE VULNERABILIDADE

Criança já acompanhada pelo serviço, procura o serviço porque a família

quer solicitor exames de rotina, mas durante o acolhimento surge a suspeita

de violência;

Pessoa nova no território com necessidade de trocar receita de

medicamento de uso controlado;

Homem de 55 anos que possui longas jornadas de trabalho e nunca foi ao

serviço de saúde, porém apresenta queixa de dor de cabeça frequente;

Mulher deseja fazer um exame preventivo de cancer de colo uterino,

durante a escuta identifica-se a dificuldade em acessar o serviço porque

tem muitos filhos e trabalha como diarista e não faz o exame há muitos

anos.

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SUGESTÕES DE ESTUDO PARA EQUIPES

Cadernos de Atenção Básica do Ministério da Saúde, n 28,

volumes 1 e 2;

Protocolo Estadual de Classificação de Risco da SESAB

(2014)

Videoconferências do Ciclo de Oficinas de Qualificação da

Atenção Básica: enfase na implantação do acolhimento, da

Diretoria de Atenção Básica/SESAB (2013)

(www.saúde.ba.gov.br/dab) disponíveis na aba “materiais

institucionais”)

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Fonte: Ministério da Saúde, Secretaria de Atenção à Saúde, Departamento de Atenção Básica, 2013.

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TRABALHO EM EQUIPE

Como envolver toda a equipe no acolhimento da unidade?

Qual o papel de cada membro da equipe no acolhimento?

Existe uma agenda clara sobre o envolvimento de cada

pessoa da equipe no acolhimento?

Existem instrumentos que facilitam a decisão e registro?

Existem espaços de “alinhamento” e educação

permanente?

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FLUXOGRAMA

Existe um fluxograma claro para todos os membros da

equipe e para a comunidade?

Neste fluxograma está claro o encaminhamento de cada

situação? Aguda, não aguda, crônica agudizada…

Sugere-se que a equipe escreva conjuntamente o fluxograma

do acolhimento para produzir sentido para todos os

trabalhadores da unidade! Durante a reunião de equipe,

retomar passo a passo o caminho do usuário no serviço,

trazendo exemplos reais para exercício e alinhamento.

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ACOLHIMENTO À DEMANDA ESPONTÂNEA

Queixas mais comuns na Atenção Básica

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OLHAR PARA AS ESPECIFICIDADES LOCAIS

Identificar as condições da unidade: número e perfil dos

trabalhadores, condições estruturais disponíveis, materiais e

medicamentos;

Identificar a rede municipal: cobertura de AB no município e áreas

próximas ao serviço, cobertura de unidades de pronto

atendimento, distância e acesso a hospitais, serviços de saúde

mental (CAPS, ambulatórios, leitos de urgência), CEO,

especialidades, disponibilidade de exames, outros;

Identificar o perfil da população do município e da localidade.

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OLHAR PARA A AGENDA DA EQUIPE

Classificação de risco e vulnerabilidades tensiona a

diversificação das ofertas de cuidado!

A equipe oferta visitas e atendimentos domiciliares?

Atividades coletivas diversas? Atendimento compartilhado

com NASF ou outros profissionais que façam matriciamento?

Consultas individuais para o acompanhamento?

Existem linhas de cuidado claras no serviço/município?

Qual o tempo de abertura da agenda para consultas

individuais?

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OLHAR PARA O ACOLHIMENTO REALIZADO E A

SITUAÇÃO LOCAL DE SAÚDE

Registrar todas as situações do acolhimento para análise e

aperfeiçoamento do trabalho da equipe:

Quantas pessoas são acolhidas?

Quais as necessidades apresentadas?

Qual o perfil dessa população acolhida? (Idade, sexo,

microarea, problemas frequentes)

Quais os encaminhamentos para cada situação?

É possível melhorar a resposta da equipe para as situações

mais frequentes?

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CONSTRUIR RESPOSTAS COMUNS PARA SITUAÇÕES

FREQUENTES

Solicitação de exames

Resultados de exames

“Troca de receitas” de uso contínuo (hipertensão,

diabetes, contraceptivos, uso controlado)

Marcação de consultas individuais de acompanhamento

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FINALIZANDO

Centralidade na (o) usuário (a), ela (e) é o sentido do

trabalho!

Exercício de empatia: sempre tente colocar-se no

lugar da pessoa acolhida!

Exercício de conexão: escuta profunda e olho no olho

Cuidar do cuidador

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SUGESTÕES DE EXERCÍCIOS: COMO A EQUIPE

CLASSIFICA O RISCO? O QUE FAZ?

Caso 1

Mulher de 50 anos, referindo dor cervical intensa há 3 dias, com irradiação para o

braço esquerdo. Diz que é hipertensa, que usa os medicamentos corretamente e faz

acompanhamento. Refere nervosismo, sono irregular e longos períodos de uso do

computador e celular. No momento: PA= 150 X 90mmhg, FC = 75bpm, T = 36,3 graus

e FR = 20 rpm

Caso 2

Homem de 45 anos, refere dor torácica há 48 horas, especialmente no meio do tórax

durante movimentos com braço direito. Refere diabetes, porém faz uso irregular do

medicamento e não seguir dieta adequada. No momento: PA = 140 X 80mmhg,

Glicemia = 120 mg/dl, FC = 80bpm, T = 37 graus e FR = 18 rpm.

Caso 3

Mulher de 28 anos, refere febre há 24 horas e dificuldade para urinar, com

desconforto na barriga e ardor que vem aumentando a cada vez que vai urinar.

No momento: PA = 110 X 70 mmhg, FC = 85 bpm, T = 37,8 graus e FR = 22 rpm

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Caso 4

Criança de 3 anos, mãe refere que possui asma e começou a tossir há 5 dias, porém

durante a ultima noite começou a fazer um som de gato e respirar mais rápido do que

o normal. No momento: FC = 110bpm, FR = 26rpm, T = 38,3 graus. Observa-se leve

tiragem subcostal.

Caso 5

Homem de 58 anos, refere ser hipertenso e que mediu a PA em casa e estava

170X100 mmhg, porém não estava se sentindo mal, apenas um leve desconforto na

cabeça. Ficou preocupado e veio para avaliação. No momento: PA = 175 X

105mmhg, demais sinais vitais sem alterações

Caso 6

Mulher de 70 anos, filha refere que mediu a glicemia e estava alta. Observa que a

mãe está com muita sede e urinando pouco, além do emagrecimento progressivo nos

últimos meses. No momento: PA = 130 X 100mmhg e Glicemia = 500 mg/dl

SUGESTÕES DE EXERCÍCIOS: COMO A EQUIPE

CLASSIFICA O RISCO? O QUE FAZ?

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UTILIZE O TELESSAÚDE BAHIA

Uso de teleconsultorias:

Oferta apoio clínico para tomada de decisão;

Oferece espaço para discussão de caso clínico;

Apoia no encaminhamento mais qualificado, considerando

os protocolos pertinentes

Reduz o tempo de espera para especialidades, a partir da

qualificação;

Amplia a capacidade resolutiva da AB do município

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