Civilização Greco-Romana - De Minos à Homero

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Governo do Estado do Rio de JaneiroSecretaria Estadual de Educação

Colégio Estadual Leopoldina da Silveira

HISTÓRIAProfessor Luiz Valentim

Aula II – 1ª Série – Ensino Médio

Civilização Greco-RomanaDe Minos à Homero

A Era de Péricles. Philipp von Foltz, 1853.

O Mundo Grego

Embora seja um dos principais símbolos da Democracia, o mundo grego excluía das decisões políticas grande parte de sua população, uma vez que mulheres, estrangeiros e escravos não tinham direitos civis ou políticos, ou seja, não eram considerados cidadãos.

História e Conceitos

• Cidadania– Conjunto de direitos e deveres políticos, sociais e

civis atribuídos aos indivíduos que integram uma Nação. A noção de cidadania está atrelada à participação social e política em um Estado. Todavia, nem o voto é uma garantia de cidadania, nem a cidadania pode ser resumida ao exercício do voto.

Dicionário de conceitos históricos. Contexto, 2008.

História e Conceitos

• Democracia– É uma forma de Governo que tem como

característica básica a escolha dos governantes pelo povo. Mas não estamos tratando de um conceito estático. O Estado Moderno não tem o mesmo projeto democrático da polis grega, que, sob certos aspectos, era amplamente mais democrática que o atual, pela simples razão de que a democracia ateniense era direta.

Dicionário de conceitos históricos. Contexto, 2008.

História e Conceitos

• Democracia– Na Grécia Antiga a ideia de democracia não era a

de “maioria”, mesmo porque os cidadãos atenienses eram, de fato, a minoria da população da polis, mas nela existia um efetivo interesse e respeito pela coisa pública, pela troca de opiniões, pelo debate e pela ação política.

Dicionário de conceitos históricos. Contexto, 2008.

História e Conceitos

• Democracia– A democracia das sociedades burguesas modernas e

contemporâneas, desde seu início, foi apenas mais formal, um espaço administrativo e burocrático situado fora do corpo de cidadãos. A participação de todos os cidadãos foi substituída pela eleição de representantes da maioria. Essa é a chamada democracia representativa, vigente hoje na maioria das Nações soberanas do mundo.

Dicionário de conceitos históricos. Contexto, 2008.

Os gregos antigos nunca formaram um Estado unificado e seu território não corresponde à Grécia atual.Os quatro grupos étnicos (aqueus, jônios, eólios e dórios) que migraram para a península Balcânica cerca de 2000 a.C. criaram sociedades distintas, mas identificavam-se culturalmente, formando o que ficou conhecido como a Hélade e tendo seus habitantes chamados helenos.

A Formação da Grécia Antiga

A Formação da Grécia AntigaA antiguidade grega, assim como a de diversos povos é conhecida através de uma combinação de vestígios arqueológicos e história oral, existente nos diversos mitos que buscam contar a História misturando acontecimentos reais com relatos fantásticos.

Civilização CretenseA primeira grande civilização da Europa surgiu na maior ilha do Mediterrâneo oriental a cerca de 6000 a.C e ficou conhecida como civilização minoica ou cretense.Em Creta os palácios eram, ao mesmo tempo, moradia real, centro religioso e núcleo comercial, sendo o principal deles o palácio de Cnossos.

Civilização CretenseEm Cnossos, chama a atenção a construção, em três andares, com áreas destinadas a atividades específicas, como o 1º andar, para as oficinas, adegas e depósitos de armazenamento, e o pátio, destinado a atividades religiosas.Ressalta-se ainda o complexo sistema de distribuição de água e o posicionamento estratégico para manter o recinto arejado pelos ventos da montanha.

Civilização CretenseAlém da forte ligação entre política e religião e os avanços tecnológicos utilizados, cabe ressaltar ainda os amplos contatos comerciais, que estenderam-se da Sicília ao Oriente Próximo e das ilhas do Egeu ao Egito.Os principais produtos exportados eram vinho, azeite, cerâmicas, tecidos, madeira e joalheria. O linho era importado do Egito.

Civilização CretenseTanto comércio obrigou aos cretenses criar um sistema de códigos pelo qual se poderia controlar os fluxos de mercadorias. Surgiu assim o “linear A”, escrita que parece ter grande influência do Egito e do Oriente Próximo mas que, até hoje, permanece indecifrada.

Período Micênico

Após a tomada de Cnossos pelos micênicos, em 1450 a.C., e o fim do controle econômico de Creta sobre o mar Egeu, tem início o Período Micênico, que durou até cerca de 1100 a.C., e teve seu centro de poder localizado no Peloponeso.

Período Micênico

Período Micênico

Esta civilização falava o greco arcaico e tinha um forte caráter militar, o que pode ser comprovado pelo fato de suas cidadelas serem totalmente fortificadas. No interior destas encontravam-se um santuário, um celeiro um cemitério, casas com afrescos decorativos e o palácio real. Do lado de fora ficavam os terrenos cultivados e um povoado.

Período Micênico

Seu sentido militar encontrava-se ainda presente na influência do Oriente Próximo na arte da guerra, de onde trouxeram carros de combate. Seus exércitos eram organizados, tendo os soldados da aristocracia usando armadura completa, perneiras de bronze e elmo, fabricado com presas de javali e orelhas de metal, além das lanças e escudos octogonais utilizados pela infantaria.

Período Micênico

Ao contrário dos cretenses, que exerceram enorme influência cultural devido às suas relações comerciais, os micênicos construíram sua supremacia desenvolvendo um sistema militar e suas embarcações tinham um importante papel nas expedições marítimas, como, por exemplo, no ataque a Tróia.

Período Homérico

Com a invasão dos dórios, no final do século XVIII, a Corinto, Olímpia e Micenas, a tomada de Creta e a criação de Esparta, chegava ao fim o período Micênico e, de suas cidades, restariam apenas algumas aldeias. Tem início a Idade do Ferro e sua grande característica foi a revolução tecnológica provocada ela metalurgia do ferro. Todavia, a principal fonte de informação sobre o período são os poemas atribuídos a Homero: Ilíada e Odisseia.

Período Homérico

Embora estes textos narrem suas aventuras misturando três períodos históricos distintos, são uma importante fonte de conhecimento acerca da economia e da sociedade gregas entre os séculos XII e VIII a.C. A instituição mais importante deste período é o oikos, ricamente descrito por Homero e que pode ser compreendido como casa, ou família, e de onde deriva, em português a palavra economia.

Período Homérico

O oikos era ao mesmo tempo uma unidade de consumo e produção, uma unidade familiar e econômica. O trabalho era realizado pelos escravos, que podiam ser comprados ou obtidos por meio do saque e da pilhagem. Todavia, o tratamento dado a estes era diferenciado. Uns tinham privilégios, por serem leais ou executarem bem suas tarefas, enquanto outros eram tratados com desprezo, e, apesar da privação de liberdade, muitos escravos tinham melhores condições de vida do que homens livres pobres.

Período Homérico

Uma vez que os homens sem posses não contavam com a proteção de ninguém, a liberdade jurídica não definia sua importância na hierarquia, mas sim sua maior ou menor integração no oikos. Nesta sociedade, os chefes acumulavam o poder econômico e político, formando uma aristocracia fechada, que tinha sua união reforçada por laços de parentesco, amizade e fidelidade. Estes decidiam o destino da comunidade nas assembleias, mas, ao povo, restava o direito de aplaudir ou vaiar, pois não tinha direito a votar ou propor decisão alguma.

Mitologia

Mitologia

Todos os povos, em algum momento, criam formas de explicar sua História baseando-se em relatos fantásticos e, até certo ponto, religiosos. As diversas mitologias existentes no mundo, quando comparadas, apresentam pontos de convergência e de contraste. Baseando-se na Mitologia Grega, cada uma das seis equipes deverá compará-la a um dos diversos mitos de criação existentes nas várias culturas.

Mitologia Hindu

Mitologia Africana

Mitologia Nórdica

Mitologia Judaica/Cristã

Mitologia Tupi-Guarani

Mitologia Asteca

Mãos à Obra!

Bibliografia• VAINFAS, Ronaldo; FARIA, Sheila

de Castro; FERREIRA, Jorge; SANTOS, Georgina. História: o longo século XIX. Vol. 2. São Paulo: Saraiva, 2010.

• SILVA, Kalina Vanderlei; SILVA, Maciel Henrique. Dicionário de Conceitos Históricos. 2ª ed. São Paulo: Contexto, 2008.