Post on 14-Dec-2018
Estágios da cicatrizaçãoAgudo – inflamação e coagulação:
Desencadeada pela lesão, média 72h (até 10 dias)
Vasoconstrição inicial (5 a 10min) e hipóxia na região
Vasodilatação inicia a fase inflamatória: Plaquetas - coágulo
prostaglandinas, histamina,cininas, etc (aumento da permeabilidade vascular)
Monócitos – Macrófagos, neutrófilos e fibroblastos – limpeza
Sinais flogísticos
Dor em repouso e movimento
Resposta aguda anormal (crônica ou persistente)
Estágios da cicatrizaçãoSubagudo – migratório e proliferativo:
Média 10 a 14 dias (até 6 semanas)
Formação de tecido granulado (rico em fibroblastos, neovascularização, macrófágos, fibroblastos e células endoteliais na matriz da lesão)
Proliferação de fibroblastos – síntese de colágeno, fibrina
Desenvolvimento gradual da resistência da lesão à tensão
Diminuição da efusão ativa e eritema local do estágio agudo
Estágios da cicatrização
Crônico - remodelação
Inicia após 14 dias (fase subaguda) e dura de 6 semanas a 12 meses
Fibroblastos se transformam em miofibroblastos –tracionam as bordas da lesão
Contração – remodelação e aumento da resistência à tensão – cicatriz
Progressão de função e atividades livres de dor
Estágios da cicatrização
Crônico - remodelação
Inicialmente rosada ou avermelhada – principalmente nos 6 primeiros meses proteger da exposição solar para não ficar hiperpigmentada
Após seis meses adquire coloração próxima à da pele (hipopigmentada)
3 a 4 semanas após a lesão – 25% da força
Após 6 meses a 1 ano - normalmente espessa e 70% força da pele original
Processo de cicatrização
Cicatrizes – resultado inevitável de uma lesão
Ocorre no tecido conjuntivo
Substituição do tecido lesado por conjuntivo neoformado
Hipertrófica, atrófica, normotrófica
Cicatriz atrófica
depressões dérmicas provocadas por
destruição do colágeno em doenças cutâneas
inflamatórias como queimaduras, acne ou
traumas
Cicatrizes hipertróficas e quelóides
Maior síntese de colágeno
Orientação em espiral e projeção das fibras colágenas na superfície cutânea
Cicatriz hipertrófica – pode regredir; ocorre dentro dos limites da lesão
Quelóide – definitivos, fibrose além dos limites da lesão
Processo de cicatrização
Cicatriz de primeira intenção:
Ocorre por planos
Menos colágeno
Menor tempo de recuperação
Tecido de granulação não visível
Processo de cicatrização
Cicatriz de segunda intenção:
Há perda de tecido e/ou infecção
Reparo por proliferação do tecido de granulação
Processo complicado e demorado
Inestética, possível comprometimento funcional
Fatores que influenciam a cicatrização
Fatores locais:
Infecção
Fatores mecânicos (movimento precoce)
Tamanho
Localização (vascularização do local)
Profundidade da lesão
Fatores que influenciam a cicatrização
Fatores sistêmicos:
Nutrição (deficiência proteína e vitamina C)
Estado metabólico (Diabetes mellitus)
Estado circulatório
Estado hormonal (glicocorticóides inibem síntese do colágeno)
Linhas de Langer
Orientação das fibras de colágeno na derme, seguindo as linhas de clivagem –alinhadas contra as forças comumente impostas ao tecido local.
Abordagem fisioterápica
Acelera o processo na cicatrização normal e previne complicações
Reabilitação de complicações
Intervenção precoce
Conhecimento da técnica cirúrgica e fisiologia da cicatrização
Objetivo: formar cicatriz móvel e forte , permitindo função indolor
Abordagem fisioterápica
Respeitar e estimular a neogênese vascular: fragilidade inicial; drenagem linfática manual na região vizinha
Orientação da cicatriz em relação às linhas de tensão
Mobilização favorece e melhora a síntese de colágeno
Massagem cicatricial
Mobiliza as fáscias
Orienta deposição das fibras colágenas (fase proliferativa)
Previne e trata fibroses, aderências e edemas
Pode ser realizada durante e após o processo
Manobras
Pinçamento
Pegar o tecido cicatricial entre os dedos
Levantá-lo sucessivamente ao longo da cicatriz, aproximando as bordas
Rompe aderências superficiais
Manobras
Rolamento
Pegar a cicatriz entre os dedos
Fazer um rolamento no sentido transverso e ao longo da cicatriz
Rompe aderências superficiais
Manobras
Amassamento
Com os polegares em lados opostos da cicatriz, realizar o “S”
Mobiliza tecidos profundos
Manobras
Estiramento
Manobras alternativas de estiramento com as pontas dos dedos, em sentido longitudinal e transversal
Utilizar após a fase de contração da ferida
Sistema Fascial
Tecido conjuntivo
Conjunto membranoso extenso, no qual tudo está ligado, em continuidade, em unidade funcional.
Envolve as estruturas internas protegendo e sustentando
Forma uma lâmina contínua que envolve todo o corpo abaixo da pele
Conduz nervos e vasos sangüíneos e linfáticos
Liga os sistemas musculoesquelético e visceral
Camadas fasciais
Fáscia superficial – tecido frouxo, contém gorduras, circulação dos fluidos, nutrição da pele, muito elástica
Fáscia muscular – esqueleto fibroso, mais densa, menos elástica, resistente às tensões
Fáscia visceral – pode ser delgada ou espessa, permite movimento
Camadas fasciais
Devem deslizar-se umas sobre as outras
Depende do comportamento dos fluidos da substância fundamental gelatinosa
É conduto da circulação lacunar – líquidos que fazem a nutrição tecidual, fora dos vasos
Depende das tensões e deformações, e responde à essas forças com encurtamentos, retrações, densificação, aderências
Manobras Miofasciais/Pompage(m)
Técnica desenvolvida por Marcel Bienfait e Cathie (norte americano) que associa uma distensão terapêutica da fáscia
com respiração. Normalmente precede a massagem, alongamento ou terapia manual.
Objetivos:
recuperação da frouxidão fisiológica da fáscia
Previnem aderências – aceleram a circulação lacunar e retarda a densificção e calcifícação artrósica
Hidratam a cartilagem articular
Permite o deslizamento dos tecidos
Manobras Miofasciais/Pompage(m)
A técnica deve ser realizada em três tempos:
1. Tensionamento do segmento
Até o limite da elasticidade fisiológica da estrutura musculoaponeurótica. O fisioterapeuta deve alongar lenta, regular e progressivamente as fibras até o limite de sua elasticidade (para evitar reflexo de estiramento do fuso)
Manobras Miofasciais/Pompage(m)
A técnica deve ser realizada em três tempos:
2. Manutenção do tensionamento
Maior ou menor de acordo com o tecido e objetivo. Normalmente mantém-se o tensionamento por 20 segundos.
3. Retorno à posição inicial
Realizada lentamente.
Repete-se o procedimento no mínimo 3 vezes, ou até que obtenha-se o relaxamento do tecido
Pompage global D.D., MMII e MMSS ao
longo do corpo, mãos para cima
Antebraços apoiados, mãos occipital, dedos cruzados .
Não é necessário elevar a cabeceira da maca, a não ser que o paciente não possua a lordose cervical fisiológica.
Tensionar as duas mãos
Pompage trapézio superior D.D.
Mão na base do crânio e outra sobre o ombro do mesmo lado, antebraços cruzam-se
Afasta-se as duas mãos ou somente a do ombro
Pompage elevador da escápula
D.D.
Mão na base do crânio e outra sobre o ombro, com polegar apoiado sobre a porção interna da espinha da escápula
Afasta-se as duas mãos ou somente a do ombro
Pompage rotação cervical D.D., cabeça girada
para o lado a ser trabalhado
Uma mão na base do crânio, alinha a coluna cervical, outra mão sobre o queixo
Pressão sobre a mandíbula aumentando a ADM rotação
Pompage peitoral menor D.D., se possível,
pequena almofada entre as escápulas
De pé, uma mão sobre o ombro e a outra sobre o gradil costal, anteriormente.
Estabiliza-se a mão inferior e traciona-se a mão sobre o ombro
Pompage lombar/paravertebrais
D.V, almofada sob abdome
Mão sobre dorsal inferior e outra sobre o sacro, ou na região a ser trabalhada. Antebraços podem ou não se cruzar
Tensão afastando-se as mãos
Pompage quadrado lombar
D. V.
Fisioterapeuta fixa as últimas costelas com o apoio da mão cefálica e traciona EIAS com a mão caudal, ritmicamente
Pompage tronco inferior em rotação
D.D.
Fisioterapeuta flexiona passivamente quadril e joelhos do paciente, traz em rotação do tronco em sua direção
Apoia as tíbias do paciente contra o seu tronco e realiza movimentos rítmicos suaves em direção caudal e cefálica.
Repetir do outro lado
Não fazer se o paciente não suportar a rotação do tronco