Post on 07-Apr-2016
Carolina Palace CardosoCarolina Palace CardosoResidente de Administração – HU/UFJFResidente de Administração – HU/UFJF
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Gestão Hospitalar
HOSPITALAR HOSPITALAR GESTÃO GESTÃO
SAÚDE SAÚDE ADMINISTRAR ADMINISTRAR
ADMINISTRAÇÃO - GESTÃOADMINISTRAÇÃO - GESTÃO
Desde os tempos primórdios administrar já se fazia necessário para que os homens pudessem se organizar e manter-se vivos diante da ameaça constante de suas vidas por parte dos mais
diversos tipos de animais existentes.
Em meados do século XVIII com o advento da revolução industrial, tornou-se mais presente e necessário para existência
das organizações.
Cada vez mais era necessário lidar com grandes produções e para administrá-los, conhecimentos técnicos eram cada vez mais
exigidos. A constante evolução também promoveu grandes diferenciais ao mercado consumidor.
DIFERENÇA ENTRE ADMINISTRAÇÃO E DIFERENÇA ENTRE ADMINISTRAÇÃO E GESTÃOGESTÃO
Administrar significa planejar algo, controlar e dirigir os recursos humanos, materiais e financeiros. Em sua concepção, o termo
é voltado para o lado técnico, com foco no processo administrativo. Segundo Henri Fayol, fundador da Teoria
Clássica da Administração, o administrador é responsável por conduzir a empresa, levando em consideração alcançar os
objetivos da organização, buscando extrair todas as vantagens possíveis. Sendo assim, a administração é racional e visa
atingir as metas e os propósitos da empresa.
Já a gestão tem como princípios fundamentais incentivar a participação, estimular a autonomia e a responsabilidade dos
funcionários. Em sua concepção, ela tem como foco a questão gerencial, cujo processo é voltado para o político-
administrativo. Sendo assim, gerir é atingir os objetivos da organização de maneira eficaz ao valorizar o conhecimento e
as habilidades das pessoas que trabalham dentro da empresa. O gestor deve ter a capacidade de manter a sinergia entre o
grupo, a estrutura e os recursos já existentes.
ESTABELECIMENTOS DE SAÚDEESTABELECIMENTOS DE SAÚDE- Clínica;
- Pronto-socorro;
- Posto de saúde;
Unidade Básica de Saúde;
- Ambulatório;
- Hospital.
Cadastro Nacional de Estabelecimentos de Saúde – CNES http://cnes.datasus.gov.br/
Instituição Responsável: Ministério da Saúde (MS)
FOCO DO NOSSO ESTUDOFOCO DO NOSSO ESTUDO HOSPITAIS HOSPITAIS
Definição
Estabelecimento de saúde com serviços diferenciados, dotado de capacidade de internamento, de ambulatório (consulta e urgência) e de meios de diagnóstico e terapêutica, com o
objetivo de prestar à população assistência médica curativa e de reabilitação, competindo-lhe também colaborar na
prevenção da doença, no ensino e na investigação científica.
EXEMPLOS DE CLASSIFICAÇÃOEXEMPLOS DE CLASSIFICAÇÃO
Quanto ao número de especialidades ou valências/áreas de patologia:
Geral;
Especializado
Porte:
Pequeno;
Médio ;
Grande Porte.
GESTÃO HOSPITALARGESTÃO HOSPITALAR
Os avanços tecnológicos e o aparecimento da medicina científica, entre o final do século XIX e início do século XX, vêm provocando uma verdadeira
revolução na função dos hospitais, que deixaram de ser um local onde os pobres e os doentes eram deixados para morrer, se transformando em uma instituição destinada ao cuidado e tratamento de enfermidades, com infra-estrutura suficiente para oferecer atenção médica à sociedade, buscando soluções para os problemas de saúde da comunidade (RUTHES; CUNHA,
2007).
Segundo Galvão (2003), o hospital moderno ajusta-se a todo o momento a um novo modelo, tendo como metas, além de tratar e curar doentes, oferecer
conforto, espelhando-se nos modelos hoteleiros, preocupado em proporcionar bem-estar aos seus usuários. Assim, deixa-se de lado a visão austera de sua
estrutura.
Os critérios que conduzem a uma nova gestão hospitalar são:
a orientação ao usuário e o avanço contínuo da procura por excelência e autoridade responsável no contexto de coordenação e integração em
redes, acompanhados por elementos estratégicos, tais como participação social, transparência e responsabilidade no desenvolvimento das políticas
públicas (SCARPI, 2004).
Sejam públicos ou privados, é necessário que os hospitais possuam um perfil com postura empreendedora, baseada no entendimento das organizações
como conjuntos de elementos que interagem entre si para a realização de um objetivo comum, mantendo interrelação com o ambiente (CATELLI et al,
2001).
“ Os hospitais estão entre os organismos mais complexos de serem administrados.”
Nos hospitais estão reunidos vários serviços e situações simultâneas:
Hospital é hotel;
Lavanderia;
Serviços médicos;
Limpeza;
Restaurante;
Vigilância;
Recursos humanos;
Relacionamento com consumidor.
(CELESTINO, 2002, p. 1).
DIFERENÇAS ENTRE ORGANIZAÇÕES DIFERENÇAS ENTRE ORGANIZAÇÕES HOSPITALARES E OS DEMAIS TIPOS DE HOSPITALARES E OS DEMAIS TIPOS DE
ORGANIZAÇÃOORGANIZAÇÃO
A dificuldade de definir e mensurar o produto hospitalar;
a frequente existência de dupla autoridade gerando a preocupação
dos médicos com a profissão e não com a organização,
a alta variabilidade e complexidade do trabalho, extremamente especializado e dependente de diferentes grupos profissionais;
muitas das inovações tecnológicas implicam não em mudanças no método de prestação de um dado serviço, mas a introdução de
um novo serviço que se soma aos anteriores e exige pessoal adicional para sua prestação;
a produtividade do trabalho depende, sobretudo, de uma combinação adequada entre os vários tipos de profissionais;
Apenas as organizações de saúde abarcam todas estas características simultaneamente,por isso a integração
organizacional se constitui em um desafio para tais empresas.
O Gestor Hospitalar é um profissional capaz de gerenciar de forma eficiente a complexidade das atividades das instituições de saúde, adquirindo autonomia no processo de aquisição e disseminação do
conhecimento para ser um agente multiplicador apto a resolver questões internas e externas da organização e suas relações
humanas, sociais e tecnológicas. As instituições de assistência à saúde são compostas pelos mais diversos setores, com equipes multidisciplinares e demandas muito especificas o que torna a
Gestão Hospitalar complexa e única.
GESTOR HOSPITALARGESTOR HOSPITALAR
Para atender às demandas do processo assistencial e gerencial, faz-se necessário que se implante um modelo de gestão atual, a fim de otimizar o processo gerencial hospitalar, que é visto hoje
como uma empresa (BURMESTER et al, 2007).
Dessa maneira, o gestor da atualidade deve ir mais além e compreender a parte técnica e a administrativa, no que diz
respeito ao planejamento e aos rumos da empresa. Além disso, é importante saber que para a gestão ser eficiente, é necessário
conhecer os processos, entender como está o mercado em que atua em relação aos clientes e aos concorrentes.
SETORES HOSPITALARESSETORES HOSPITALARES
HOSPITAIS NO BRASILHOSPITAIS NO BRASIL
No Brasil, a área hospitalar ainda precisa trilhar um longo caminho em busca da modernização de sua gestão, pois tais
organizações ainda se utilizam de métodos contábeis tradicionais e ultrapassados, desconhecendo efetivamente
seus custos por não utilizarem qualquer tipo de sistema que oriente e proporcione parâmetros para decisões
administrativas, investimentos e controle de atividades (ABBAS, 2001).
Administrar um hospital não é uma das tarefas mais fáceis. Num país, como o Brasil, marcado por diversidades nas
necessidades locais, o desafio é ainda maior. Uma gestão eficiente proporciona um melhor atendimento ao público e
promove condições de trabalho mais adequadas às equipes de saúde.
Porém, existem várias formas de gestão de um ambiente de saúde que contemplam tanto o setor público como o privado.
Estes últimos divididos entre lucrativos e não lucrativos.
Os hospitais privados com fins lucrativos, normalmente pertencem a famílias, grupos médicos ou empresas médicas,
como medicinas de grupo e cooperativa médica.
Já os estabelecimentos de saúde sem fins lucrativos, geralmente são geridos por irmandades, santas casas, hospitais religiosos
e outras formam o grande parque hospitalar brasileiro.
Atualmente existem mais duas formas de gestão:
Parceria Pública Privada (PPP) – quando há um contrato de longo prazo, normalmente superior a 10 anos, e uma empresa
ou um consórcio de empresas se dispõe a administrar um aparelho público de saúde – hospital, Unidade de Pronto
Atendimento (UPA), maternidade, unidade básica de saúde, e etc.;
Organizações Sociais de Saúde (OSSs) – forma de gestão que tem tido uma enorme dimensão em todo país. Na verdade, é quando por chamamento público ou licitação, uma entidade
sem fins lucrativos passa a administrar um aparelho público de saúde.
ReferênciasReferências
CATELLI, A.; PARISI, C.; SANTOS, E.S. & ALMEIDA, L.B. Um sistema para a gestão econômica de organizações governamentais empreendedoras. Revista do serviço público
da ENAP, Escola Nacional de Administração Pública, n. 3, p. 83-100, jul./set. 2001. BURMESTER, H.; PEREIRA, J. & SCARPI, M.J. Modelo de Gestão para organizações de saúde. RAS, São Paulo, vol. 9, n. 37, p. 125-32, out./dez. 2007. ABBAS, K. Gestão de Custos em Organizações Hospitalares. Dissertação (Mestrado em Engenharia de Produção). Florianópolis: Universidade Federal de Santa Catarina, 2001. GALVAO, J. O segmento de Saúde para o desenvolvimento regional no município de Blumenau – SC: a participação do Hospital Santa Isabel. Dissertação (Mestrado em Desenvolvimento Regional). Blumenau: Universidade Regional de Blumenau, 2003. http://www.revistahospitaisbrasil.com.br/artigos/varias-formas-de-gerenciar-um-hospital/