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8/14/2019 Cadernos de Tipografia 1, 2007
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Cadernos de
Tipografia
Maro de 2007
Cames, Didot, Bomtempo........................ 2
Para que que precisamos da Helvetica? ..3
Dino dos Santos, typeface designer ........... 8
A fonte Andrade, de Dino dos Santos ........ 9
Livros tcnicos sobre Tipografia
publicados em Portugal ............................10
A tipografia vernacular brasileira ......... 15Books on Demand j! .............................16
Reviso e Edio de Texto ......................... 17
Crculo de Leitores ....................................17
Ficha tcnica ..............................................18
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Cames, Didot, BomtempoO Festival Internacional de Msica do Algarve
inicia-se, a 6 de Abril de 2007, com o concerto coral
sinfnico Requiem Memria de Cames, de Domin-gos Bomtempo obra que ser dirigida em Faro
pelo maestro lvaro Cassuto, fundador e arquitecto
da Orquestra do Algarve, considerado o melhor e o
mais internacional dos dirigentes portugueses. Esta
escolha de lvaro Cassuto levou-me seguinte refle-
xo sobre a origem da notvel obra musical e o seu
contexto cultural e poltico.
Joo Domingos Bomtempo, (17751842) foi
um dos maiores compositores portugueses, e tam-
bm foi um cidado profundamente internacional e
cosmopolita, que passou largos perodos da sua vida
em Londres e Paris. Esteve fora de Portugal no s para estudar nos grandes cen-
tros da msica europeus, mas tambm porque a isso foi obrigado, visto que foi
vrias vezes alvo de perseguies movidas pelas fraces reaccionrias que ento
afligiam o Reino. Bomtempo, compositor, msico, pedagogo, liberal e maon, fun-
dou os Estudos Superiores de Msica em Portugal um dos muitos mritos que
distingue este ilustre intelectual. Comps a sua obra-mestra o Requiem em
Portugal, mas editou-a em Paris em 1819/1820, celebrando a elegantssima reedi-
o dOs Lusadas, elaborada em 1817 na prestigiada oficina tipogrfica Didot.
O esprito que movia vrios portugueses residentes em Paris era o do reviva-
lismo da ideia patritica, a vontade de fazer renascer um Portugal independentede tutelas estrangeiras, reafirmado nas suas razes culturais histricas. Por esse
motivo, o Morgado de Mateus encomendou a reedio da mais significativa obra
das Letras portuguesas ao mais excelente gravador de punes, fundidor de carac-
teres e impressor da poca: Firmin Didot.
Didot imprimiu uma luxuosa edio com os seus clebres tipos de metal, no
formato mais aparatoso: in octavo. (Em 2006, essa obra reapareceu nas livrarias em
edio facsimilada, mas sem qualquer nota que esclarecesse sobre o seu valor tipo-
grfico e contexto poltico um imperdovel desleixo!)
J no que se refere aos interesses polticos do editor Firmin Didot, estes reflec-
tem-se, melhor do que na faustosa edio camoniana que lhe tinha sido encomen-
dada, na edio do Contrato Social, a famosa obra de Jean Jacques Rousseau em ln-
gua portuguesa empreendimento quase revolucionrio, considerando o esprito
reaccionrio que ento (1821-2) imperava no Reino portugus...
A fatal eficcia da Rgia Censura explica o minsculo formato deste livrinho,
deveras subversivo: 8 x 13 cm; tamanho que permitia esconder rapidamente esta
obra probida na roupa do seu portador. Firmin Didot (1764-1836) completou a sua
famosa obra tipogrfica com diversas actividades literrias e polticas (estudos, tra-
dues, teatro). vido biblifilo, possuiu uma biblioteca enorme, dispersa em 1811;
alm disso foi poltico activo, Deputado pelo Eure de 1827 at 1836.
Paulo Heitlinger, pheitlinger@gmail.com, Maro de 2007.
Mais informaes: www.em-conservatorio-nacional.rcts.pt/historial.html
www.arqnet.pt/dicionario/oslusiadas.html
Os Lusadas impressos em
1817 na Oficina Didot em Paris:
a primeira edio moderna do
poeta quinhentista.
A partitura da Messe de Requiem,
ouvrage consacr la Mmoire de
Cames, de Joo Domingos
Bomtempo, impressa em Paris
http://www.em-conservatorio-nacional.rcts.pt/historial.htmlhttp://www.arqnet.pt/dicionario/oslusiadas.htmlhttp://www.arqnet.pt/dicionario/oslusiadas.htmlhttp://www.em-conservatorio-nacional.rcts.pt/historial.html8/14/2019 Cadernos de Tipografia 1, 2007
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Para que que precisamos
da Helvetica?Paulo Heitlinger (pheitlinger@gmail.com), Fevereiro de 2007
O 50.o aniversrio da Helvetica uma famlia de fontes criada em 1957 pelosuo Max Miedinger foi o pretexto para rodar um documentrio que iluraa expanso dee conhecido typeface. Reacende-se uma polmica que j vemde alguns anos atrs e que merece a pena retomar. Vejamos porqu.
Q
uando o editor suo Lars Mller publicou o seu livrinho Hommage to Helvetica (que
entretanto est venda a bom preo nas lojas da FNAC), argumentava que este typeface
sabe fazer tudo, e neste aspecto que genial ... Tive vontade de publicar este livro para reagir
contra a inflao das fontes. Temos hoje cerca de 30.000 fontes, mas que no servem para
grande coisa. Em vez de inventar novas fontes, valia mais renovar a tipografia com as fontes
existentes. este o caminho para o qual aponta o sucesso da Helvetica.
Em resposta a Lars Mller, tenho a argumentar que para um suo a Helvetica pode servir
para muitas aplicaes, mas para mim no serve para grande coisa, pois falta-lhe qualquer per-
sonalidade tipogrfica. a manque du charme, diriam os franceses. Temos milhares de fontes
disponveis para as mais variadas aplicaes, de modo que a questo pertinente ser: Para que
que ns precisamos ainda dessa letra de horripilante esttica, criada cinquenta anos para
atender s necessidades de clientes procura de uma letra despersonalizada, neutra, apta
a garantir-lhes um fcil acesso a um mercado global?
O trend da globalizao persisteA resposta, embora no goste dela, simples. Em pleno sculo XXI, a Helvetica continua em
uso, por fora do persistente revivalismo que nos aflige h anos. O conceituado designer e
crtico canadiano Nick Shinn, denunciando os malficos efeitos da authority of mass fashion,
escreveu: A Helvetica regressou em grande. Na rua, vemo-la em campanhas publicitrias de
Ser a fonte Helvetica mais
conhecida que a Sua?
Inventada em Basileia h 50
anos, este typeface j conheceu
duas reformas e vrios
revivalismos. Objecto de culto
entre jovens grficos sem
grande inspirao e propensos
a trends globais, a Helvetica
mereceu as honras do livro
Helvetica, Homage To ATypeface, que rapidamenteesgotou a primeira edio.
Este sucesso apanhou-nosde surpresa, explica o editorLars Mller, sedeado em
Baden, na Sua.
Pouco maior que um
passaporte helvtico, e como
este de capa vermelha, com
um H em vez da cruz branca,
este livrinho rene centenas de
fotos a ilustrar a omnipresena
deste tipo, utilizado tanto para
logtipos de multinacionaiscomo a Panasonic, a Texaco, a
Samsung, a Hoover, a
Lufthansa, a Kawasaki, a
Evian, a Agip, a BMW e a
Caterpillar, como para
sinalticas urbanas, de Hong-
Kong at Istambul.
Ao lado: posters publicitrios
do filme Helvetica.
Helvetica is very hard to read as printed
body copy - the wide letters and tight fit
is awful for body copy in my opinion. It
works better in display, but is so overused
even there that it can easily look stale.
William Berkson
Desenho de fontes
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empresas to diferentes como a IBM e The Gap. Nas vendas online, est sem-
pre no topo das listas das fontes mais vendidas...
A fonte que o typeface designer e ensasta Nick Shinn apelida com toda a
pertinnciaface of uniformity tem vindo a ocupar posies para as quais nunca
foi concebida, mas os designers contemporneos, com medo de afirmar assuas raizes culturais e os contextos regionais, preferem a fonte sem persona-
lidade. Nunca uma fonte to estril, de to fraca legibilidade e pobre esttica
teve uma proliferao to virulenta nefastos efeitos da globalizao em prin-
cpios do sculo XXI... (No perca o artigo de Nick Shinn em www.shinntype.
com/Stories/Uniformity.pdf)
Historial da HelveticaA Helvetica a fonte mais associada tipografia sua do ps-guerra e
Escola Internacional, por causa da sua crnica falta de personalidade. Sur-
giu nos anos 50, na conjuntura de recuperao econmica depois da Segunda
Guerra Mundial. Inmeras empresas alems e suas, vidas de se lanarem
de novo nos mercados internacionais, precisavam de uma letra clara, neutral,
moderna, internacional, com boas relaes com todos os pases e culturas
com as caractersticas da Sua, portanto...
O importante era que essa letra fosse moderna e que no tivesse qual-
quer associao nacional, ou qualquer filiao cultural especfica. Especial-
mente na Alemanha do ps-guerra procurava-se uma fonte neutra, que no
lembrasse o vergonhoso passado nazi do pas, que, agora democratizado
de fachada, o queria ultrapassar o mais depressa possvel. O tipo eleito pelas
empresas multinacionais foi a Helvetica, a fonte da globalizao dos anos 60 e
70 (e, como j veremos, tambm do sculo xxi).Nos anos 20 e 30, tinham sido os adeptos da Bauhaus os que exigiam
uma tipografia universal, apta para todas as aplicaes, todos os fins,
todos os idiomas e todas culturas. Nessa poca, as reinvidicaes dos van-
guardistas causaram pouca ressonncia; muito mais tarde, depois da
guerra, a indstria e o comrcio tinham finalmente captado a mensa-
gem, e exigiam: Venha uma letra universal!
A Helvetica foi desenhada para ser uma verso modernizada da Akzi-
denz Grotesk (propriedade da H. Berthold AG). Comeou por ser comer-
cializada como Neue Haas Grotesk, por se tratar de uma reformulao da
Haas Grotesk (propriedade da fundio Haas, a empresa que encarregou
Max Miedinger de modernizar a fonte).
A primeira verso foi apresentada em 1957, na feira graphic 57, reali-
zada em Lausanne. Esta fonte, ento chamada Helvetia, foi introduzida
no mercado paralelamente famosa Univers, de Adrian Frutiger.
Pouco depois, a fundio alem D. Stempel AG comprou os direitos
da Helvetia, adicionou-lhe vrios pesos e graus de condensado e rebapti-
zou-a com o nome de Helvetica, relanando-a em 1961. Nessa poca, j
50% do capital da D. Stempel AG se encontrava em posse da Linotype
AG, representando dentro do grupo Linotype o sector de tipos metli-
cos de fundio para composio tradicional, manual a fotocomposi-
o tinha comeado por volta do ano de 1955.A Helvetica no teve por auxiliar de parto um conceito estrutu-
ral como aquele que Adrian Frutiger inteligentemente deu sua Uni-
vers, quando inventou uma sistemtica numrica para calibrar os pesos
Smile for Helvetica
Para quem no gosta...
Em baixo: cenas do filme Helvetica
Desenho de fontes
http://www.shinntype.com/Stories/Uniformity.pdfhttp://www.shinntype.com/Stories/Uniformity.pdfhttp://www.shinntype.com/Stories/Uniformity.pdfhttp://www.shinntype.com/Stories/Uniformity.pdf8/14/2019 Cadernos de Tipografia 1, 2007
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e graus de condensao/expanso. Esta falta de sistemtica reflectiu-se
na pobre esttica das variantes e tornou necessrio um redesign, lanado
como Neue Helvetica em 1980.
Sucesso mundial
Apesar destes entraves, a Helvetica foi a fonte de maior sucesso nos anos60 e 70 pelo menos, foi a fonte mais usada. Substituiu rapidamente a
antiga Akzidenz Grotesk de 1897, que, no jocoso dizer de Erik Spieker-
mann, j mostrava muitas rugas.
A sua falta de personalidade nacional ou regional com todo o direito
que chamada a fonte sem carcter foi por vezes compensada pelo
emprego de cor, por exemplo, em posters publicitrios. De resto, a imagi-
nao criativa dos que optaram pela Helvetica ficava reduzida a explorar as
formas acentuadamente geomtricas, a compor em ngulos diagonais e/
ou a tirar partido da vasta gama de pesos e cortes da letra que passou a ser
a fonte universal e global da segunda metade do sculo XX.
A fonte das multinacionaisA partir da dcada de 1960, inmeras empresas internacionais adoptaram
a Helvetica para a sua comunicao. A Lufthansa, a conselho de Otl Aicher,
adoptou-a para Corporate Typeface. A KLM, a American Airlines e outras
companhias areas seguiram este trend. Depois veio a BASF, consrcio
qumico-farmacutico que nessa poca j ocupava em todo o globo 300
oficinas de impresso, alm de inmeras agncias de publicidade. Tam-
bm os consrcios Bayere Hoechst, outros dois gigantes do ramo qumico,
passaram a usar a Helvetica em qualquer parte do mundo onde fizessem
negcio. No ramo automvel, seguiram-se a Opel e depois a BMW, que usahoje uma fonteparecida com a Helvetica. A MANe a AEG optaram igual-
mente pelo tipo sem caractersticas.
Decididamente, a omnipresente Helvetica passou a ser conotada como
uma fonte moderna, progressista, cosmopolita, internacional. Mas na
realidade, continuou a ser uma fonte de pobre esttica, pacatamente burguesa, estridentemente
aborrecida, sem charme, sem elegncia e falha de qualquer temperamento, vitalidade ou
emoo. Por isso mesmo, a Helvetica foi a campe do Estilo Internacional, opo preferida por
mestres do desenho grfico, como os suos Max Bill e Josef Mller-Brockmann. Passados 45
anos depois da introduo, a Linotype listava 115 diferentes membros da famlia de fontes Hel-
vetica hoje presente no mercado ...um longo bocejo tipogrfico.
Um flagelo chamado ArialA Helvetica tem sido violentamente pirateada outra expresso da sua ubiquidade e populari-
dade. Quem no queria investir no produto original, comprava um dos mltiplos clones, muito
mais baratos: cpias ainda piores que o original, chamadas Swiss, Geneve, Zrich,
etc. De mal a pior, a degradao continuou quando a ainda jovem Microsoft decidiu poupar-
se a aquisio da Helvetica e encomendou, em 1982, a fonte Arial Monotype. A Arial, um
dos Windows core fonts, integrados no pacote do sistema operativo, outra fonte de inigualvel
banalidade e consegue ser mais feia que o original. Entretanto, at a Microsoft j notou isso; na
nova verso do Windows, a Helvetica e a Times j no fazem parte dos core fonts...
Por fim, falta responder pergunta feita no ttulo deste artigo: Para nada.Filme: www.helveticafilm.com
Entrevista: www.aiga.org/content.cfm/lights-camera-helvetica
A Newsletter Nr. 92 da empresa Monotype,
apregoando a Helvetica. Scan gentilmente cedido
por M.M. Malaquias.
Desenho de fontes
http://www.helveticafilm.com/http://www.aiga.org/content.cfm/lights-camera-helveticahttp://www.aiga.org/content.cfm/lights-camera-helveticahttp://www.helveticafilm.com/8/14/2019 Cadernos de Tipografia 1, 2007
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PrideinUnifor
mity
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Dino dos Santos, typeface designer
j uma referncia internacional da ainda jovem disciplina dotypeface design made in Portugal. As suas requintadas fontes
mereceram diines das mais conceuadas inuies e um crescente nmero de clientes.
Dino dos Santos nasceu em 1971, na cidade do Porto. Fiel suas origens, licen-
ciou-se em Design de Comunicao Visual pela Escola Superior de Artes e Design
(ESAD), Matosinhos, no ano de 1994. Obteve o seu Mestre em Arte Multimdia,
pela Faculdade de Belas Artes da Universidade do Porto, em 2002. Presentemente
docente de Projecto Multimdia e Teoria do Design na ESAD, desde 1996.
Participou nas Conferncias do Mediterrneo, ESAD, 2003, com uma comuni-
cao sobre tipografia denominada Abjad, Alefbet, Alfabeto - Pressupostos para uma
aproximao das culturas mediterrnicas. Dirigiu o workshop de tipografia digital,
no Instituto Politcnico de Coimbra, em 2004. Dirigiu tambm o workshop de
tipografia digital Redesenhar a histria Desenhar o futuro, na ESAD, 2005.
Dino dos Santos dirige desde 1994 a DSType Foundry (www.dstype.com), um atelier de
criao de tipografia digital, tendo desenhado fontes para diversas empresas, publicaes e
entidades culturais, nacionais e estrangeiras. Ganhou o Creative Review Type Design Award, na
categoria Revival / Extension family, com a famlia de fontes Andrade. A tipografia Esta foi con-
siderada Best Serif Font de 2005 pelo MyFonts.com. A tipografia Nerva foi includa nos Notable
Releases of 2005 pelo Typographi.com.
Em homenagem ao famoso calgrafo portugus Manuel de Andrade (16701735), Dino
dos Santos publicou a fonte caligrfica Pluma. A fonte Methodo baseada nos exerccios paten-
tes no Methodo Calligraphico de Pinto de Mesquita. Em 2005, Dino dos Santos publicou a fonteAndrade, uma obra-prima da Tipografia digital portuguesa, que apresentamos aos nossos lei-
tores na pgina seguinte. Entretanto, em 2007, aguardamos com grande expectativa o cl de
fontes Leitura, com famlias serifadas e sem serifas, demonstrando o virtuosismo e a versati-
lidade do autor. O PDF de apresentao j est online. Todos os desenhos tipogrficos de Dino
dos Santos esto vista em www.dstype.com e venda em www.myfonts.com
Conferncias, exposies, publicaesDino dos Santos participou na conferncia Os novos media e o futuro do design de comunicao,
ESAD, Caldas da Rainha, 2006. Participou no I Encontro Design Multimdia, ESEC, Coimbra,
2006. Participou na exposio O Fax a Mensagem, Icograda Lisboa95, no Porto. Exposio
colectiva Contaminao, Bienal de Cerveira, 2005. Exposio colectiva Contaminao, Gale-
ria da CM de Matosinhos, 2006. Entre as publicaes de Dino dos Santos destacam-se:
Trabalho grfico publicado em 1995 no catlogo Creative Xposure - a showcase for new talent.
Trabalho tipogrfico publicado na revista PAGE nr. 1 - 1998.
Entrevista e trabalho tipogrfico na revista Publish - Setembro 1998.
Trabalho de webdesign publicado no livro WebIndex 4, The Pepin Press, 2003.
Trabalhos tipogrficos publicados: na revista ComputerArts, Julho 2005; na revista Computer-
Arts, Fevereiro 2006; na revista Creative Review, Fevereiro 2006 e na revista ComputerArts,
nmero especial sobre Tipografia, Julho 2006.
Desenho de fontes
http://www.dstype.com/http://www.dstype.com/http://www.myfonts.com/http://www.myfonts.com/http://www.dstype.com/http://www.dstype.com/8/14/2019 Cadernos de Tipografia 1, 2007
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A fonte Andrade
de Dino dos Santos
Nova escola paraaprender a ler,
escrever,e contar.
ADDE PO REGUL
Offerecida a Augua Mageade
AN I P RG
D J V.ADDE BOLD PO REGUL, VESLETES
Rey de Portugal, primeira parte
p Manoel de
Andrade deFigueedo,AN S P RG
Mere dea Arte nasCidades de Lisboa.
AN SW P RG
Desenho de fontes
Pgina do mostrurio PDF distribudo online
Ligaduras particularmente belas
G maisculo, a surpresa
de um desenho invulgar.Gt
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Breve Tratado Theorico das Letras
Typograficas, offerecido a Sua Alteza Real o
Prncipe Regente Nosso Senhor (Lisboa
1803), Joaquim Carneiro da Silva.
Diagnosis Tipogrfica dos caracteres gregos,
hebraicos e arbicos, addicionada com algvmas
notas sobre a diviso orthografica da Lingva
latina e outras da Evropa, a que se jvntaro algvns
preceitos da Arte Tipogrfica para melhor
correco e vso dos compositores, aprendizes da
Imprensa Regia (Lisboa, 1804), Custdio Jos de
Oliveira.
Livros tcnicos sobre Tipografia
publicados em Portugal
Tecnologias
Por M. M. Malaquias / Maro de 2007
P oucos anos depois de iniciarmos a nossa profisso, foidado estampa a segunda edio do livro que, desde a suaprimeira edio em 1908, era considerado ser a Cartilhados Tipgrafos: o Manual do Tipgrafo de Libnio da Silva. Livro
reeditado em 1962 pelo Grmio dos Industriais Grficos passa-
dos mais de cinquenta anos e cujo Prlogo nos dizia, que, para
alm da falta de livros tcnicos sobre Artes Grficas, Portugal toda-
via conhecera grandes perodos de esplendor ..., documentado em
coleces de obras dadas estampa nos sculos XVII, XVIII e XIX e
comeos do sculo xx.
Esse Prlogo, de Armando Martins de Figueiredo, citava como
digna de especial relevo a obra mais antiga: a Diagnosis Tipogr-
fica (Lisboa, 1804) de Custdio Jos de Oliveira. (Obra que o citado
Grmio prometia reeditar, mas no temos conhecimento que se tenha feita essa
reedio). Mais tarde, na Biblioteca do Sindicato dos Tipgrafos de Lisboa, fomos
encontrar um exemplar dessa Diagnosis Tipogrfica obra que considervamos
ser o primeiro livro sobre tcnica tipogrfica editado em Portugal.
Contudo, ao consultar a obra de Manuel Canho intitulada Os caracteres de
Imprensa e a sua evoluo histrica, artstica e econmica em Portugal (Grmio
Nacional dos Industriais de Tipografia e Fotogravura; Lisboa, Porto e Coimbra,1941), leio no Prefcio referncias Diagnosis Tipogrfica e o comentrio que um
ano antes, porm, outra importante matria intimamente ligada arte tipogr-
fica, alcanara j honroso registo na bibliografia portuguesa, datado de 1803, o
Breve Tratado Theorico das Letras Typograficas, offerecido a Sua Alteza Real o Prn-
cipe Regente Nosso Senhor, por Joaquim Carneiro da Silva.
Passmos a Paulo Heitlinger esta informao, que a investigou e confirmou,
ao encontrar o Breve Tratado digitalizado nas pginas online da Biblioteca Nacio-
nal. (Veja: http://purl.pt/257)
Das obras publicadas em Portugal sobre tcnica tipogrfica, desde o Breve Tra-
tado Theorico das Letras Typograficas de Joaquim Carneiro da Silva, at aos finais
do passado sculo, passamos a descrever as que chegaram ao nosso conheci-
mento e destas, as com maior relevncia na divulgao e ensino da Tipografia em
Portugal:
Depois da fundao da Imprensa Rgia (1768), pelo Marqus de Pombal,
os ensinamentos dos mestres vindos do estrangeiro comeavam a florescer nos
seus discpulos nas vrias actividades tipogrficas, que laboriosamente seguiam
as regras e princpios procurando tambm aprofundar e estudar mtodos pr-
prios. o caso da fundio de caracteres e sua tcnica, onde os cuidados geom-
tricos do desenho obedeciam a normas muito prprias, quer em letras maiscu-
las, minsculas e nas letras chamadas de grifas ou itlicas.
Passado um ano depois da publicao do primeiro livro de tcnica tipogr-fica em Portugal, surge na mesma Imprensa Rgia outra obra, o que demons-
tra a frtil actividade desta casa nos cuidados de ensino tcnico aos seus oficiais
e aprendizes.
http://purl.pt/257http://purl.pt/2578/14/2019 Cadernos de Tipografia 1, 2007
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O extenso ttulo da obra informa sobre o que as suas pginas descrevem, assim
como outros vrios preceitos da aprendizagem na composio: Diagnosis Tipogrfica
dos caracteres gregos, hebraicos e arbicos, addicionada com algvmas notas sobre a divi-
so orthografica da Lingva latina e outras da Evropa, a que se jvntaro algvns preceitos da
Arte Tipogrfica para melhor correco e vso dos compositores, aprendizes da Imprensa
Regia (Lisboa, 1804, Custdio Jos de Oliveira). O livro termina com uma Prefaoaos compositores tipogrficos como uma verdadeira ode herica arte de compor e
aos seus artfices.
Catlogo de Tipos, Vinhetas e Ornatos da Imprensa Nacional, de 1838, o primeiro
dos catlogos de materiais tipogrficos provenientes da fundio de tipos da ento
IMPRENSA NACIONAL (nome adquirido por deliberao das Cortes de 1828, segundo
Ramiro Farinha em Imprensa Nacional de Lisboa - sinopse da sua histria, publicado no
II Centenrio desta casa, 1968).
Em 1895, foi editado o catlogo Fundio da Imprensa Nacional de Lisboa, Emble-
mas e Ornatos, com uma Parte I Emblemas, incluindo a tabela de preos das respec-
tivas peas e organizada por sectores tais como: religio, cincias, marinha, trofus,
comrcio, histria natural, tipografia, etc. E uma Parte II Ornatos, onde se incluem
peas que ento foram muito utilizadas nas obras tipogrficas at meados do sculo
passado.
O Manual do Typografo (1886), de Joaquim dos Anjos, um pequeno livrinho, de
64 pginas, integrando a Bibliotheca do Povo e das Escolas. Incluiu um interessante
historial da Tipografia, a aprendizagem dos tipos e respectivas caixas de composi-
o, os materiais, a tcnica de justificao e espacejao, a reviso das provas, pagina-
o, a imposio das pginas, entre outras descries dos termos tipogrficos. Uma
pequena grande ajuda, para quem na altura, em Portugal, pouco ou nada tinha.
Na altura, em Frana j se tinha publicado em 1855 o tratado Guide Pratique du
Compositeur dImprimerie (Paris, Firmin-Didot, 1855), de Thotiste Lefevre, na Tipogra-phie et Librairie de Firmin Didot Frres, com abertura de Hommage a MM. Firmin
Didot (Paul et Alfred), a leur entre dans la carrire tipographique si signement parcourue
par leur Famille. Uma obra de 440 pginas, impressa em formato in octavo, contendo
toda a tcnica de composio tipogrfica, incluindo a composio do latim, italiano,
ingls, grego, copta, alemo, russo, rabe e hebreu, com a descrio dos vrios carac-
teres no latinos. Obra executada com grande nvel artstico, composta em caracteres
Didot e impressa em papel de excelente qualidade. (Do Guide pratique du compositeur
et de limprimeur typographe foi feita uma reimpresso em 1999.)
Sculo XXO Manual do Tipgrafo (1908, 1.a edio e 1962, 2.a edio) de Libnio da Silva, foi
no sculo passado a grande obra de referncia da Tipografia portuguesa. Um manual
da autoria de um industrial que viu a necessidade de colmatar o vazio existente no
Pas, no s na formao tcnica, como a criao de uma forma prpria de trabalho
criativo, afim de evitar copiar o que do estrangeiro aparecia. Foi, durante todo o per-
curso, desde a sua primeira edio at ao fim da Tipografia clssica, a obra que serviu
os tipgrafos portugueses. Esta obra j se referia s mquinas de compor, da a sua,
sempre, actual leitura.
Na Iniciao do Compositor Tipogrfico (1929, de Apto de Oliveira), l-se no pref-
cio: ao escrevermos estas linhas preliminares deste livro, muito apraz nossa cons-
cincia que nele figurem os nomes de Joaquim dos Anjos e Libnio da Silva, acujas penas se deve o que de melhor se h escrito sobre o ensino da Tipografia Foi
uma obra pstuma, alterada em relao ao projecto inicial do Autor. Mas uma obra
Catlogo de Tipos, Vinhetas e Ornatos
da Imprensa Nacional, ano de 1895.
Manual do Tipgrafo (1908, 1.a edio;
1962, 2.a edio), Libnio da Silva.
Tecnologias
Manual do Typografo (1886),
Joaquim dos Anjos.
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que soube honrar o seu nome, pois as suas pginas ministram com sentido prtico o
conhecimento dos materiais e tcnicas de composio aos iniciados e estudiosos do
assunto.
Pequeno Manual do Tipgrafo (1939). Esgotados os livros at data publicados, s
restava aos mestres das escolas criar, eles prprios, pequenas obras, muitas vezes fruto
de apontamentos, tirados daqui e dali, dos ensinamentos recebidos e da prpria expe-rincia. Obras necessrias ao ensino dos alunos, para dar-lhes uma base de apoio. o
que se nos afigura deste interessante Pequeno Manual do Tipgrafo da Escola Tipogr-
fica de S. Jos, no Porto.
Na mesma linha de publicao do anterior livrinho, surge composto e impresso
pelos alunos do terceiro ano da Escola Profissional de Semide, o Manual do Impressor
(Amrico Silveira, 1947). Este Manual ministra noes sobre a histria da Tipografia;
deontologia e higiene profissional; generalidades; preparao de formas; estudo sobre
a afinao de minervas, seu funcionamento e tiragem; fundio de rolos; e vocabul-
rio. No final de cada captulo, apresenta um Questionrio sobre o estudo do mesmo
um excelente exemplo de pedagogia tcnica.
Manuel Pedro, um dos grandes mestres da Tipografia portuguesa, nas palavras
de A. Garibldi, foi um mestre da arte a que se deu, que engrandeceu e notabilizou;
como estudioso, temos o testemunho da actividade literria, especializada e tcnica,
que cultivou fecundamente, legando posteridade os seus vastos conhecimentos de
artista probo, de tcnico consagrado, conhecimentos que enfeixou em numerosos e
valiosos livros que escreveu.
Da sua vasta bibliografia, destacamos Tipgrafos Ilustres (1944); Gutenberg e a Arte
na Imprensa (1945); Os caracteres de Imprensa e a Tipografia Cientfica (1946); Os Burros
dos Tipgrafos;Os amores de Gutenberg;As Artes Grficas (1947).
Em 1948, publica uma obra mais abrangente e de grande utilidade: o Dicionrio
Tcnico do Tipgrafo, valioso instrumento de trabalho, onde foram reunidos os termosutilizados e sua descrio. Acompanhado de um dicionrio biogrfico das figuras not-
veis da Tipografia portuguesa da poca e das figuras da Tipografia universal. Dez anos
depois, publicado no Brasil um Dicionrio de Artes Grficas, da autoria de Frederico
Porta.
Passado um ano, Manuel Pedro d estampa um dos seus melhores livros sobre
tcnica tipogrfica o Guia Profissional do Tipgrafo (1949), onde apresenta uma tipo-
grafia com conceitos modernos, no s na criao, como na forma construtiva do traba-
lho. De salientar nesta valiosa obra: o emprego da cor e sua tcnica de impresso.
Conturbada foi a publicao dO Impressor Tipogrfico em 5 volumes (de 1951 a
1973), pela A. Marchetti, S. D. B. das Escolas Profissionais Salesianas Oficinas de S.
Jos. Depois de publicados os volumes I (1951), volume II (1956), volume V (1960), s
passados onze anos, com o apoio da Federao dos Sindicatos dos Grficos, se publi-
cou o volume III (1971); e mais tarde as Edies Salesianas, do Porto, publica (1973), o
IV e ltimo volume, completando assim a coleco de cinco volumes. Valiosa obra de
Mestre Marchetti, S. D. B., formador de inmeros tipgrafos impressores que tam-
bm souberam transmitir os seus ensinamentos aos colegas das oficinas por onde pas-
savam. Nos cinco volumes ministrada toda a tcnica tipogrfica e seus materiais, a
imposio, a preparao das mquinas, os papis e suas espcies, quantidades a uti-
lizar na tiragem, as tintas, cores e tudo o mais relacionado com a impresso, acaba-
mento e oramentao do trabalho.
A Tcnica da Composio (1953) de J. Bergant, S. D. B., veio das Escolas Profissio-nais Salesianas Oficinas de S. Jos. Eram lies tericas para os tipgrafos-composi-
tores do primeiro ano do curso profissional. Foi o nosso primeiro livro na aprendiza-
Iniciao do Compositor Tipogrfico
(1929), Apto de Oliveira.
Tecnologias
Tcnica da Composio (1953),
J. Bergant, S. D. B.
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gem da composio, graas a um colega Salesiano que nos facultou na altura prpria, e
ainda hoje consideramos o melhor para quem se iniciava como compositor tipogrfico.
Na linha de seu pai (Mestre Manuel Pedro) e em sua memria, Manuel Pedro
(Filho), publica Estudos sobre Tcnica de Composio Tipogrfica (1964), um estudo
sobre a classificao, diviso e disposio na composio de ttulos, onde, exemplifi-
cando, ministra as regras ortotipogrficas na construo de ttulos de jornais e revistas;explica os pequenos trabalhos grficos, chamados de fantasia ou remendagem ; comenta
o exagero no chamado modernismo das capas, assim como a tcnica de composio
e sua ordem nas lombadas dos livros. Um trabalho actual, onde os princpios bsicos
da composio so realados, porque no devemos esquecer que o impresso dirigido
a todas as camadas da populao, como tal, o sentido didctico deve estar sempre pre-
sente na sua concepo.
De Antnio Pereira Vilela temos a suaCartilha de Artes Grficas. ApontamentosHistrico-tcnicos e terico-prticos de todas as Indstrias Grficas dos sculos xv a xx .
(Editora Pax, Braga, 1978) e o Pronturio Grfico (Editora Pax, Braga, 1976), eventual-
mente o melhor pronturio deste gnero publicado em portugus, incluindo todo a ter-
minologia da composio manual com tipos de metal, mas tambm a extensa termino-
logia referente linotipia. Do mesmo autor temos ainda O Livro e Suas Tcnicas, com a
1.a edio feita em 1992, ISBN: 9726930340. A ltima publicao data de 2004: Artes
Grficas Noes Elementares.
Estes so os principais livros sobre tcnica tipogrfica de autores portugueses, que
se publicaram ao longo destes anos em Portugal. No foram muitos, da que o recurso
a obras brasileiras e espanholas para quem procurava aprender mais.
De salientar, do Brasil, e em traduo dos Estados Unidos, o Manual do Tipgrafo,
de Ralph W. Polk (1948); de Espanha, Teoria y Prctica de la Tipografia, de V. Martnez
Sicluna (1945), e La Composicin en Artes Grficas, das Ediciones Don Bosco. Livros que
so autnticos mananciais de tudo o que a Tipografia tinha de tcnica.No campo das revistas e jornais, do passado sculo, conhecemos O Grfico, peri-
dico do Sindicato dos Tipgrafos; Ccero (1959-1962); Prelo, da Imprensa Nacional,
entre os principais neste perodo ureo da Tipografia clssica.
A literatura tcnica fornecida pelas firmas construtoras de maquinaria e fundi-
es de tipo, foram desde o princpio da industrializao um meio difusor dos moder-
nos equipamentos e das suas reais capacidades, que nos elucidavam, com exemplos, as
melhores tcnicas de utilizao. As mquinas, com os seus manuais tcnicos de opera-
o. E no caso das fundies de caracteres, temos os seus belos catlogos, demonstra-
tivos da expressividade dos tipos e sua adequada utilizao. Assim como revistas edita-
das pelas firmas internacionais, divulgando a tecnologia dos seus produtos.
Aps a revoluo tecnolgica da Tipografia clssica para a Tipografia computori-
zada, a sua literatura mudou com a utilizao dos programas informticos sempre
acompanhados dos manuais para a operao desses programas. Actualmente, falta um
novo Manual grfico em que os princpios da composio sobre os quais os progra-
mas informticos se baseiam sejam descritos de forma a corresponder com os mto-
dos operativos que estamos hoje a utilizar.
Sculo XXA Tipografia est cada vez mais viva, assim a moderna tecnologia o demonstra atra-
vs dos equipamentos e processos de trabalho em constante evoluo. Na literatura,
ainda que no tcnica, o interesse dos autores crescente no nosso pas veja-se osseguintes volumes ultimamente publicados: Oficinas e Tipgrafos, cultura e quotidianos
de trabalho, de Susana Duro (Publicaes D. Quixote, 2003); A Tipografia no concelho
de Mafra, 1.o volume, de Irina Alexandra Lopes (2006).
Guia Profissional do Tipgrafo (1948),
Manuel Pedro.
O Impressor Tipogrfico,
5 volumes (1951 a 1973),
A. Marchetti, S. D. B.
Tecnologias
Um monstro mecnico, pesando
toneladas: a famosa mquina
de composio Linotype. Ilustrao
de um prospecto da empresa.
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O Manual Prtico de Produo Grfica (Principia, Lisboa, 2004,
ISBN 9728818157) veio colmatar uma sria lacuna. No web-site
www.producaografica.com, a autora Conceio Barbosa d dicas
e elucidaes sobre os principais temas do seu manual, dirigido a
estudantes e profissionais do design grfico e da publicidade.
Conceio Barbosa ps no seu manual materiais de auxlio pr-tico vocacionado aos j iniciados na produo grfica, e para quem
queira conhecer os aspectos essenciais do trabalho nesta rea. Com
base na sua experincia como produtora grfica, a autora descreve
as fases da pr-impresso e da impresso, assinalando as dificul-
dades a superar e dando dicas para a resoluo dos problemas com
que se debatem os intervenientes na produo de livros, brochuras,
folhetos, embalagens, rtulos, cartazes.
A obra Tipografia, origens, formas e uso das letras, de Paulo Heitlinger (Dinalivro,
2006, ISBN 13 978-972-576-396-4) embora no sendo o Manual de Boas Prticas
Tipogrficas que o autor promete publicar em breve , documenta 2000 anos de evo-
luo e o status quo da Tipografia Clssica e do typeface design contemporneo. Este
extenso livro 400 pginas, profusamente ilustradas, integrando vrias centenas de
fontes encontra um prolongamento e vrias actualizaes no site tipografos.net
M.M. Malaquias, 14 Maro 2007
Duas obras que faltam em PortugalDe Lucy Niemeyer veio Tipografia: uma apresentao. No seu livrinho (ISBN 85-86695-
18-1), Lucy Niemeyer divulga noes bsicas; na 4.a edio o livro vem em formato
maior (14 x 20 cm), com 112 pginas, i lustraes mais numerosas e texto actualizado.Tipografia: uma apresentao a principal referncia brasileira para obter noes bsi-
cas sobre tipografia e a primeira obra brasileira de introduo ao assunto. Lucy Nie-
meyer apresenta famlias tipogrficas, um historial da tipografia, noes tecnolgicas
sobre fontes e consideraes sobre seleco e aplicao de tipos no design grfico.
Do famoso livro Elementos do Estilo Tipogrfico, verso 3.0, do tipgrafo e poeta
canadense Robert Bringhurst, sabemos que existe uma traduo para o portugus,
venda no Brasil. Foi publicada pela editora Cosac Naify. De que que as editoras e
distribudoras de livros esto espera, para por este excelente livro, j um verdadeiro
clssico, venda em Portugal? Porque que continuamos a no ter acesso s edi-
es e revistas brasileiras? Problemas urgentes, por resolver...ph
Tecnologias
Elementos do Estilo Tipogrfico,
verso 3.0, de R. Bringhurst.
http://www.producaografica.com/http://tipografos.net/http://tipografos.net/http://www.producaografica.com/8/14/2019 Cadernos de Tipografia 1, 2007
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Uma fonte xilogrfica assim definiu o designer brasileiro Fer-
nando Rocha a sua tipografia digital baseada em xilogravura e
literatura de cordel. A fonte foi feita num projeto da Faculdade(PUC-Rio) e o alvo da pesquisa foram as aulas de gravura. A ideia
do projeto era desenvolver produtos digitais baseados em tcni-
cas de gravura; a fonte Thereza foi apenas uma dessas solues.
O nome da fonte veio da professora Thereza Miranda, que pio-
neira na fotogravura no Brasil e uma das gravadoras mais impor-
tantes. Os alunos da PUC tem o maior carinho por ela, mas ainda
sim o departamento de artes da Faculdade vive tentando aposen-
tar ela, o que um absurdo, pois se a Thereza sair, no vo acabar
o curso de gravura...
O alfabeto foi talhado em madeira, letra por letra, digitalizado
e corrigido no Illustrator; depois foi processada com o Fontlab.O alfabeto foi escaneado duas vezes, uma vez com a impresso falhada
e outra com ela bem feita, o que resultou em duas variantes. A fonte foi
pensada em ser toda em caixa alta, pela sua estrutura e finalidade.
ABCDEFGHIJKLMNOPQRSTUVWXYZ%?!abcdefghijklmnopqrstuvwxyz12
A tipografia vernacular brasileira
A fonte 1 Rial foi desenvolvida em 2006 por FtimaFinizola a partir da observao de fontes vernacularesde placas de rua da cidade do Recife. Partindo daessncia dos desenhos originais, algumas letrasforam retocadas e o os caracteres que faltavam foramcompletados.A fonte marcada por ngulos rectos e traos rsticose grosseiros, mostrando a ferramenta com a qual foi
elaborada originalmente pelo letrista o pincel. Para conhecer Ftima Finizola e o seutrabalho grfico, veja o site www.corisco.net
A fonte Tetia, feita em 2004 por Pedro
Moura, foi desenhada a partir de diversas
amostras de letras de origem popular, de
forma a compor um grupo de tipos harmni-
cos. Esta fonte, que faz parte do acervo Tipos
Populares, tem um kerning que possibilita
uma ligao entre as letras, como desenha-
das em sequncia. As maisculas tm cons-
trues mais trabalhadas, tornando-a uma
fonte para ttulos. A fonte Treta tambm de
autoria de Pedro Moura.
Amazona
BelezaVipabcdefghijlmnopqrstuvxz 'letratetia
TRETAS
Na Amrica Latina cresce um movimento que contraria o
globalismo no design. Com uma abordagem fresca e
imaginativa, uma gerao nova de designers e artistasgrficos assume as suas razes culturais, o imaginrio
popular, o kitsch, o vernacular.
No site da Tipografia Popular Brasileira, lemos: Ao contrriodo que se pensa, a Tipografia Popular ainda responsvel por
boa parte da divulgao de servios e produtos nas grandes
cidades. A actividade de letrista persiste e resiste remando
contra a mar das novas tecnologias de impresso,encontrando na periferia dos grandes centros urbanos e no
interior o seu lugar de actuao. a comunicao de massa,feita pela massa e para a massa. Mais detalhesem www.sibilina.com/tipos/
Desenho de fontes
http://www.corisco.net/http://www.sibilina.com/tiposhttp://www.sibilina.com/tiposhttp://www.corisco.net/8/14/2019 Cadernos de Tipografia 1, 2007
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Cadernos de Tipografia, Nr. 1 Ficha tcnica
Os Cadernos de Tipografia so redigidos, editados e
publicados por Paulo Heitlinger; so igualmente proprie-
dade intelectual deste editor. Qualquer comunicao diri-
gida ao editor calnias, louvores, propostas de suborno,etc. deve ser feita para info.tipografia@gmail.com.
Os Cadernos esto abertos mais ampla participa-
o de colaboradores, quer regulares, quer episdicos,
que queiram ver os seus artigos difundidos por este
meio.
Os artigos assinalados com o nome do(s) seu autor(es)
so da responsabilidade destes mesmos autor(es) e
tambm sua propriedade intelectual.
Conforme o nome indica, os Cadernos de Tipografia
incidem sobre temas relacionados com a Tipografia, o
typeface design, o design grfico, a anlise social e cul-
tural dos fenmenos relacionados com a edio, publi-
cao e reproduo de textos e imagens.
Os Cadernos, publicados em portugus, e ocasional-
mente e parcialmente tambm em castelhano, galego
ou catalo, dirigem os seus temas ao mundo lusfono,
concretamente a leitores em Portugal e no Brasil. OsCadernos de Tipografia no professam qualquer
orientao religiosa, misticista ou obscurantista.
Distribuio grtisA distribuio feita grtis, por divulgao da verso
PDF posta disposio do pblico interessado em
www.tipografos.net/cadernos/cadernos-1.pdf
Qualquer pessoa ou instituio poder redistribuir e
propagar os Cadernos de Tipografia, desde que divul-
gue cada exemplar na sua totalidade. No permitida a
divulgao de partes de um Caderno de Tipografia.
2007 by Paulo Heitlinger. All rights reserved.
Publicidade
Tiposfixes!Um workshop para gente jovem,
que aprende a fazer letrasde modos divertidos.
Com incio em 2007, Paulo Heitlinger
organiza Workshops de Tipografia.
Estes cursos livres so dirigidos a
crianas dos 10 aos 16 anos de idade.
O curso dinamizado por Paulo
Heitlinger e um/uma assistente.
O workshop realiza-se numa atmosfera
de oficina de tipografia, com uma
aproximao ldica a tecnologias e
processos da tipografia clssica e
contempornea.
A durao destes workshops varivel,
dura 1 dia, 2 ou 3 dias.
Uma sesso dura, em regra, duas a trs
horas. Tudo depende do pblico, da
sua idade mdia, das necessidades e
possibilidades da entidade que ofereceo workshop, do oramento.
Recomenda-se este workshop a pais e
professores, Bibliotecas e organizaes
de promoo cultural, Ateliers de
tempos livres, Escolas, etc.O workshop destina-se a alcanar as
seguintes metas:
* Desenvolver / cultivar nas crianas uma
atitude de interesse / curiosidade face s
letras, as suas formas, a sua
expressividade, o seu uso.* Desenvolver / reforar o gosto pelas
letras, apoiado numa atitude ldica e
criativa para a interpretao de formas
grficas.
* Criar uma conscincia do legado
histrico que as letras representam
* Incentivar a criatividade / fantasia para
os processos grficos subjacentes criao
de novos alfabetos.
Contacto: 289 366 106 / 91 899 11 05 /
pheitlinger@gmail.com
Fia tcnica
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