Busca por novos heróis olímpicos

Post on 12-Jul-2015

324 views 0 download

Transcript of Busca por novos heróis olímpicos

Espor tes

78 ATRIBUNA VITÓRIA, ES, DOMINGO, 05 DE AGOSTO DE 2012

Fontes: Wilson Cardoso, presdiente do Instituto para o Desenvolvimento da Criança e do Adolescentes pela Cultura e Esporte (Idecace); Antonio Carlos Gomes, doutor em Educação Física formado na Rússia ePaulo Roberto Ribas, doutorando em Educação Física.

Busca por novos heróis olímpicosJeito de campeão O que os cientistas buscam nos jovens

O que édeterminante paraser um atleta?

40%G E N É T I CAFatores biológicosque determinamc a ra c t e r í s t i c a sfavoráveis ao esporte

30%P S I C O LÓ G I C OCapacidade dededicação aos treinose de suportar a pres-são por resultados

20%AMBIENTECondição para poderse dedicar aos treinose contar com umaalimentação correta

10%OUTROS FATORESCasos não controlá-veis que podem deter-minar o futuro doatleta, como aci-dente ou gra-videz.

Exame de DNAPode determinar a diferença

entre um atleta comum e um meda-lhista. É observado o tipo de fibra

muscular, tendência de crescimento efuncionamento do metabolismo.

Etapas parad e t e c ta rta l e n t o s :

1 Avaliações físicas,psicológicas e so-

ciais para identificaro potencial do atleta

2Havendo poten-cial, testes especí-

ficos para identificarem qual modalidade oatleta melhor se adapta

3 Encaminhamentopara os centros de

treinamento

4 Exames de DNApara identificar o

potencial do atleta

5 Caso a criançanão tenha habili-

dades esportivas, éfeito um teste voca-cional.

Texto: Andréa NunesArte: André Felix

Ainda na reta final das Olim-píadas de Londres, um gru-po de cientistas já está de

olho nos talentos que vão brilharnos próximos Jogos, em 2016, queserão realizados no Brasil.

O Projeto Brasil Rumo 2016, quefoi desenvolvido em conjunto como Ministério dos Esportes, do go-verno federal, visa testar criançaspara recrutar novos talentos paraconquistar medalhas nos jogos.

“Essa política é muito importan-te. O Brasil não tem processo deformação de base. Quando a Aus-trália foi sede, teve um baixo índi-ce de medalhas, e o Brasil corre orisco de repetir esse feito. Temos ofutebol, que não se discute, mascom exceção de destaques indivi-duais, o Brasil não tem processo deformação de atleta de base”, res-saltou Wilson Cardoso, presiden-te do Idacace, Instituto que idea-lizou o projeto.

Para selecionar os futuros atle-tas, 10 pesquisadores doutores devárias universidades brasileirascriaram uma metodologia que en-volve 80 testes. A meta é testar 400mil crianças de 8 a 18 anos em todoo Brasil a partir do próximo mês.

Wilson Cardoso já sinalizou in-tenção de trazer o projeto para oEspírito Santo, mas ainda não háprazo para que isso aconteça.

Pesquisadores comapoio do governofederal vão a escolastestar estudantes compotencial para ganharmedalhas para o Brasil

D E STAQU EMichael Phelps,

da natação

2,01 metros dee n ve rga d u ra .Maior que suaaltura, de 1,93m.

M E D I DAS

D E STAQU EUsain Bolt, do

at l e t i s m oNa trave de equilíbrio,faz acrobacias sobre10 cm de largura.

DESEMPENHO

O velocista chega a45 km/h de velocida-de nos 100m rasos.

DESEMPENHO

Altura e pesoNão são determinantes,

pois há esportes para al-tos, baixos, magros e for-

tes. Até sobrepeso podeser superado com dieta e

treinamento adequado.

RAPIDEZ E FORÇA

M Ú S CU LO SHá fibras musculares lentas e rápidas. Asque predominam no atleta indicam qual tipode esporte pode ser o mais adequado

Daniele Hypólito,da ginástica

ar tística

D E STAQU E

Fibras BrancasConhecidas como“rápidas ”. Signifi-cam mais força epotência.

BOM PARA:ginástica, atletismo

Fibras VermelhasConhecidas como“lentas ”. Predomi-nância indica maisresistência.

BOM PARA:triatlo, maratonas.

LONDRES 2012

EQU I L Í B R I OImportante em quase

todos os esportes. Uma for-ma de observar é a criançacolocar a mão na cintura eficar sobre uma perna só.

3

BOM PARA: ginástica artística,nado ornamental e atletismo

1 P E RC E P Ç Ã OOs bons atletas têm

capacidade mais apuradapara percepção para o queacontece ao redor e anteci-pa seus movimentos.

BOM PARA: esportes coletivos,como basquete e futebol

BOM PARA: lutas e espor-tes com bola em geral

CO O R D E NA Ç Ã OÉ fundamental nos es-

portes que exigem técnica e mo-vimentos sem falhas. Um dostestes é quicar uma bola de tê-nis no chão e pegar no ar.

2

BOM PARA: ginástica olím-pica, lutas, atletismo

FORÇAEntre os testes está o

arremesso de peso e a flexãode braço. Importante para es-portes que exigem muito dam u s c u l at u ra .

4

V E LO C I DA D ETestada em provas

de corrida. Quem apresentadesempenho acima da mé-dia é candidato a seguircarreira esportiva.

5

BOM PARA:Natação, corrida, tênis.

BOM PARA: futebol, bas-quete, handebol, vôlei

AG I L I DA D EEssencial na maioria

dos esportes, principal-mente os coletivos. A agili-dade das pernas é medidapor testes com cones.

6

BOM PARA: n ata ç ã o ,vôlei, basquete.

E N V E RGA DU R AA envergadura é a distân-

cia entre as mãos do atleta, quan-do está de braços abertos. Quantomaior, melhores as chances nanatação, vôlei e basquete.

7