Post on 21-Jun-2015
Editorial
Certamente você já leu ou ouviu de alguém queestamos aqui para aprender. Que esta experiênciaterrena marca tão somente um período de passagem.Em cima desta ideia, há de se considerar que, paraevoluírmos como ser humano, precisamos aprender aolhar mais para o nosso interior, onde reside a verdade,a essência do que verdadeiramente somos, à espera deser descoberta em sua plenitude. Por isso “arrume asmalas” e embarque para as páginas 4 e 5, destino dareportagem de capa deste domingo, em queespecialistas dão dicas de como se conhecer melhor eagir de fora para dentro, valorizando-se e,consequentemente, fortalecendo-se para os desafiosque nos esperam nas “estações” da vida. Uma boaviagem.
24
Paris, toujours Paris!... Ande sem rumopelos bairros Montmartre e Belleville edescubra seus encantos
20
Série “Louco por Elas”, que marca avolta de Eduardo Moscovis à tevê, falado universo feminino sob a ótica deles
15
Ortodontista estreia no time decolunistas da Bem-Estar com um artigosobre qual a melhor idade para seiniciar um tratamento ortodôntico
Poesia
POEMA PARA O FILHO QUE SE CASA
Que este sonho inaugurado
Em tua carne, em teus atos,
Não se dissolva, abstrato,
Ao contato dos cactos.
Que este intervalo de orvalho
Em teu sorriso espelhado,
Mesmo exaurido, restaure
Futuras noites de barro.
E nas urgências vividas
Em teu sonhar acordado,
Um pouco, muito persista
Desta brasa, desta brisa.
Que do sonho consumado
Nos embaraços dos laços
Reste um desfrute de vida
Como fruto da saudade.
Yone Giannetti Fonseca
EDUCAÇÃOColégios no Brasil usam programaescolar que facilita ingresso emuniversidades norte-americanasPágs. 6 e 7
CARREIRAVeja como não errar no currículo ena entrevista para conquistarespaço no mercado de trabalhoPágs. 8 e 9
COMPORTAMENTOEntenda o sentimento dacompaixão, que expressaproteção e acolhimentoPágs. 10 e 11
SAÚDEConheça os sintomas que podemindicar problemas de distúrbio delabirinto em bebes e criançasPág. 14
Agência O Globo/Divulgação
Luiza Dantas/Divulgação
Turismo
Hamilton Pavam
Televisão
Há um destinodentro de nós
Tadeu GuerraDIÁRIO DA REGIÃO
Editor-chefeFabrício Carareto
fabricio.carareto@diarioweb.com.br
Editora-executivaRita Magalhães
rita.magalhaes@diarioweb.com.br
CoordenaçãoLigia Ottoboni
ligia.ottoboni@diarioweb.com.br
Editor de Bem-Estar e TVIgor Galante
igor.galante@diarioweb.com.br
Editora de TurismoCecília Demian
cecilia.demian@diarioweb.com.br
Editor de ArteCésar A. Belisário
cesar.belisario@diarioweb.com.br
Diretora SuperintendenteRosana Polachini
rosana.polachini@diarioweb.com.br
Pesquisa de fotosMara Lúcia de Sousa
DiagramaçãoCristiane Magalhães
Tratamento de ImagensYan Desidério
Matérias:
Agência EstadoAgência O GloboTV Press
2 / São José do Rio Preto, 11 de março de 2012 DIÁRIO DA REGIÃO
É preciso ir para dentro
do próprio coração,
do próprio ser.
Lá, a consciência da alma,
que é universal, desde
sempre nos aguarda
José Trigueirinho Netto
Sabemos que o apego é um
obstáculo que um dia todos te-
remos de superar. Ele surge
quando não compreendemos o
lado interno da vida e não esta-
mos em contato com a essência
das coisas. Por falta desse conta-
to, ficamos habituados à forma
externa e nos apegamos a ela.
Em nosso convívio com
os demais, é como se conside-
rássemos somente o corpo, o
rosto, a personalidade das
pessoas, esquecemo-nos de
que em sua verdadeira essên-
cia elas são almas, e de que,
como almas, estão presentes
em todos os lugares.
Muitos de nós gostaríamos
de nos tornar mais desapega-
dos. Mas como fazer isso? Co-
mo encontrar a essência das coi-
sas, como não nos prender a
aparências?
Temos muitos vícios de
pensamento e hábitos de lin-
guagem, e chegamos a dizer coi-
sas que, se pensássemos me-
lhor, veríamos que não corres-
pondem à realidade. Dizemos,
por exemplo: “Aquela espécie
de pássaros desapareceu”; ou:
“Aquele homem morreu” e as-
sim por diante. Na verdade, é
um engano dizer que as coisas
acabam ou morrem, pois não é
isso o que de fato acontece: na
verdade, é a essência das coisas
que transmigra; sai de uma for-
ma e entra em outra. Portanto,
nada acabou quando uma espé-
cie de pássaros já não é vista no
plano físico. E nada acabou
quando se diz impropriamente
que uma pessoa morreu. Den-
tro das novas espécies de pássa-
ros permanece a essência das es-
pécies extintas; e dentro das
pessoas que estão nascendo ho-
je se encontra a essência que ha-
bitava corpos de outras épocas.
Nada se perde tudo evolui. Ter
consciência disso é o primeiro
passo para nos desapegarmos
das formas externas, concretas.
Depois, numa segunda etapa,
desapegamo-nos de coisas mais
sutis, como, por exemplo, as
afetivas.
A vida pode levar-nos a
mudar de atividade externa
várias vezes. Nossa intenção
de servir e de melhorar – e
não a forma externa das ativi-
dades – é o fio que as pode in-
terligar, dando-nos impres-
são de coerência e harmonia
e não de percalços e contras-
tes. Consideram-se as mudan-
ças como se fossem incômo-
das, as transformações po-
dem parecer-nos drásticas.
Entretanto, não há diferença
alguma entre as várias ativi-
dades quando as exercermos
com o mesmo espírito. O espí-
rito com que se fazem as coi-
sas, isso é o importante - e
não tanto o que se faz.
Convivem harmoniosa-
mente no universo energias
que constroem e energias que
destroem. As primeiras
criam e alimentam formas.
As últimas possibilitam que
a essência abandone as for-
mas que já não lhe correspon-
dem. Ambas as energias são
necessárias para que a vida
prossiga seu curso. Como o es-
pírito que nos move poderia
realizar um trabalho de cres-
cente qualidade, se a certa al-
tura não surgisse outra forma
para ele animar?
A cura dos apegos solucio-
na os mais diversos proble-
mas. Podemos então encon-
trar resposta para muitas per-
guntas: Como encontrar a es-
sência das coisas? Como faço
para me desapegar de uma
ideia? Como faço para me de-
sapegar de minha atual ma-
neira de ser? Como faço para
me soltar do que me prende?
Como faço para transcender
os meus defeitos? Como faço
com essa enfermidade que os
médicos não sabem tratar?
Como faço para preencher o
vazio que sinto em minha vi-
da? A resposta para todas es-
sas perguntas é uma só: ir pa-
ra dentro do próprio coração,
para dentro do próprio ser.
Lá a consciência da alma,
que é universal, desde sem-
pre nos aguarda.
É n o c o r a ç ã o q u e s e
curam os apegos, porque ali
está a essência de tudo. Ali
nada nos falta. �
Serviço
Extraído da Série “Sínteses depalestras” (Irdin Editora), de Trigueirinho(www.trigueirinho.org.br). Palestras doautor poderão ser ouvidas,gratuitamente, no site: www.irdin.org.br
Esoterismo
A CURA DOSAPEGOS
José Trigueirinho Netto éfilósofo espiritualista, autorde 77 livros, com cerca de2,5 milhões de exemplarespublicados até o momento,e mais de 1,7 mil palestrasgravadas ao vivo
Quem é
DIÁRIO DA REGIÃO São José do Rio Preto, 11 de março de 2012 / 3
Arrume as malas e embarque para
um destino especial: o seu interior.
É dentro de você que está a chave
para libertá-lo das amarras que
impedem sua transcendência
Autoconhecimento
VIAGEM DEIDA E VOLTA
Gisele Bortoletogisele.bortoleto@diarioweb.com.br
Só temos chance de evoluir
e mudar verdadeiramente atitu-
des na vida se conseguirmos
olhar para dentro de nós mes-
mos. E a garantia de nos tornar-
mos seres humanos melhores -
um dos objetivos da vida, afi-
nal - é o que faz com que a via-
gem interior seja o melhor ro-
teiro que possamos escolher.
Para o psicólogo empresa-
rial Paulo Cesar Martins Gui-
marães, é percebendo constan-
temente nosso interior, exami-
nando e transcendendo os pa-
drões e os paradigmas herda-
dos da família, de nossa pró-
pria criação e da cultura e socie-
dade onde vivemos que podere-
mos reflexivamente encontrar
um sentido em nossas vidas e
descobrir a nossa missão no
mundo. Daí a importância de
termos consciência da necessi-
dade do autoconhecimento. “O
autoconhecimento nos conduz
a uma profunda viagem
interior, propiciando a com-
preensão do motivo de reagir-
mos de uma forma ou de outra
diante de uma determinada si-
tuação e, por consequência, in-
tensifica a capacidade de fazer
escolhas mais conscientes e ade-
quadas, que tragam maior satis-
fação pessoal.”
“A maior aventura de um
ser humano é viajar. E a maior
viagem que alguém pode em-
preender é para dentro de si
mesmo”, diz o psiquiatra e es-
critor Augusto Cury, um dos
autores que mais vendem li-
vros no Brasil.
A psicóloga clínica Rose-
meire Zago defende que, ao ele-
varmos o conhecimento sobre
quem somos, ficamos muito
mais conscientes do que quere-
mos para nós e paramos de cor-
rer atrás daquilo que nos ensi-
naram que deveríamos querer
e, assim, voltamos o foco para
onde ele nunca deveria ter saí-
do: dentro de nós mesmos.
“Não vivemos mais a mercê de
outras pessoas, mendigando
atenção, reconhecimento,
amor, aprovação, carinho, pois
aprendemos a nos nutrir com
nossos próprios recursos, e es-
tes, tenha certeza, são infini-
tos”, explica.
Busque as respostas dentro
de você, ressalta, isso fará com
que se conheça um pouco mais.
O respeito que temos por tudo
que somos e sentimos bem den-
tro de nosso mais profundo ser
é que irá delimitar até onde o
outro pode ou não chegar. Essa
viagem para dentro de nós mes-
mos permite aprendermos a
dar valor ao ser humano que so-
mos. Precisamos ter senso do nos-
so valor individual e não nos sen-
tirmos diminuídos diante do
mundo, ressalta Rosemeire. Con-
forme nos conhecemos, não fica-
mos mais vulneráveis às opiniões
alheias e muito menos nos deixa-
mos ser manipulados.
Mas essa viagem interior
que leva ao autoconhecimento
requer muito diálogo interno,
seja para identificar nossas
crenças ou as
máscaras que foram cria-
das para nos proteger, para de-
pois, sim, conseguirmos encon-
trar o verdadeiro eu, aquilo que
somos em essência, e que sem-
pre é muito melhor do que
aquela pessoa que nos fizeram
acreditar que somos. Mas para
atingirmos este estágio é preci-
so comprometimento em que-
rer realmente se conhecer, sem
medos, resistências, boicotes,
para que possamos atingir um
estágio de paz e harmonia inter-
na que todos ansiamos. Enfim,
o autoconhecimento é a base
primordial para alcançarmos a
verdadeira sabedoria.
Essa viagem para dentro de
nós mesmos nem sempre é fá-
cil, uma vez que o ser humano
é bastante dispersivo. Por isso,
nem todos conseguem. Assim,
como nas viagens de lazer, os
grupos com um orientador po-
dem facilitar a jornada. Mas in-
dependente da forma que será
utilizada, o resultado será sur-
preendente. Essa viagem inte-
rior permitirá a você perceber
melhor o que o motiva, os ins-
trumentos que você pode con-
tar para alavancar sua vida.
“Muitas vezes, não percebemos
as possibilidades e oportunida-
des que temos e, quando fecha-
mos os olhos para o externo e
nos interiorizamos, descobri-
mos coisas que não estavam
muito claras a nosso respeito”,
diz Berenice de Lara, psicólo-
ga, terapeuta floral e de cris-
tais, autora do livro “Elixires
de Cristais – Novo Horizonte
da Cura Interior” (ed. Pensa-
mento). Procure estar em silên-
cio, uma das grandes dificulda-
des da sociedade contemporâ-
nea. Se você consegue fazer is-
so , você vol tará dessa
interiorização muito mais tran-
quilo, fortalecido e se conhe-
cendo muito melhor.
4 / São José do Rio Preto, 11 de março de 2012 DIÁRIO DA REGIÃO
Escolha um momento em que você poderá ficar relaxado, emsilêncio e que não será interrompido
Procure ler alguma coisa que seja de qualidade mais elevada,que permita que você entre em uma sintonia melhor
Ao fim da leitura, coloque uma música relaxante, acenda umincenso, feche os olhos e sinta o que vem do alto. Não descartequalquer coisa que lhe ocorrer
Não racionalize. Aceite o que vier como dicadoseu “eu superior”
Fonte: Berenice de Lara, psicóloga
Dicas para a jornada
DIÁRIO DA REGIÃO São José do Rio Preto, 11 de março de 2012 / 5
Pelo menos 25 escolas de 19 cidades brasileiras já oferecem o programa
“high school”, que segue a mesma cartilha de escolas norte-americanas
Gisele Bortoletogisele.bortoleto@diarioweb.com.br
Cresce a cada dia o número de estu-
dantes de ensino médio no Brasil que
contam com um modelo que se destina
a manter o inglês na ponta da língua, co-
mo o mundo atual exige, e facilitar o in-
gresso dos jovens em uma universidade
do exterior. Trata-se do programa high
school, criado pela Texas Tech Univer-
sity, dos Estados Unidos, já presente
em 25 escolas de 19 cidades brasileiras.
O programa high school é a inclusão
do ensino médio norte-americano na esco-
las brasileiras. No período da manhã, os
alunos cursam normalmente as aulas com
o currículo regulamentado pelo Ministé-
rio da Educação e, no período da tarde, de
duas a três vezes por semana, voltam para a
escola e seguem o currículo das escolas nor-
te-americanas. No currículo, 17 discipli-
nas, todas em inglês, entre elas inglês, his-
tória, literatura e redação.
Em média, as mensalidades custam en-
tre US$ 250 e US$ 400, além da mensalida-
de do ensino médio, e os alunos terminam
o curso, que dura três anos (o nono do ensi-
no fundamental e o primeiro e o segundo
do ensino médio), com habilitação necessá-
ria para concorrer a uma vaga nas universi-
dades americanas. Os alunos têm o tercei-
ro ano livre para se dedicar ao vestibular.
Em situações normais, um estudante
brasileiro que quiser frequentar uma uni-
versidade americana precisa prestar o Toe-
fl, um teste de conhecimento da língua in-
glesa e fazer matérias complementares, de
acordo com a instituição escolhida.
A regra para ser professor do high
school brasileiro é ter nascido e cursado a
universidade em algum país de língua in-
glesa. Eles são treinados pela Texas Tech
University, que também é responsável pe-
lo material didático. As provas são envia-
das para os Estados Unidos, onde são corri-
gidas por uma equipe de professores, que fi-
cam responsáveis pelas notas. Para ter do-
mínio das matérias cursadas, os alunos pre-
cisam fazer 12 provas durante o curso, por
exigência do ministério da educação do Te-
xas, onde os estudantes do ensino médio
passam pelo mesmo processo de avaliação.
Os alunos só conseguem o diploma ameri-
cano se também forem aprovados no ensi-
no brasileiro. Se as notas forem adequadas,
ao final do curso recebem dois diplomas,
um brasileiro e um americano.
O programa tem seu foco no desenvol-
vimento de habilidades avançadas de escri-
ta, leitura e fala, orientadas para a geração
de credibilidade através da argumentação.
A sólida formação no currículo internacio-
nal oficial permite ao aluno, no futuro ime-
diato, trânsito em situações acadêmicas e
profissionais avançadas (congressos, semi-
nários, rodadas de negociação, cursos de es-
pecialização, mestrado, doutorado, bem co-
mo oportunidades profissionais em empre-
sas multinacionais localizadas no Brasil ou
fora dele).
O Centro Educacional Leonardo da
Vinci, em Vitória, no Espírito Santo, foi a
primeira escola brasileira a oferecer o pro-
grama high school. “Nossos alunos já fi-
cam na escola basicamente em período in-
tegral. Percebemos que os estudantes do
ensino médio buscavam algo que pudesse
permitir um trânsito acadêmico e cultural
significativo através de um currículo”, diz
Cristiano Bezerra de Carvalho, coordena-
dor da Texas Tech University High
School no Centro Educacional. Em 2008,
o centro foi autorizado a expandir o progra-
ma para outros colégios brasileiros com
perfil para oferecer a high school.
Os colégios Notre Dame Campinas,
em Campinas, e Luiz de Queiroz, em Pira-
cicaba, estão na lista de escolas paulistas
que oferecem o ensino.
“A globalização dos mercados ocorre
de forma acelerada, inclusive no mercado
de trabalho. A competição pelas boas opor-
tunidades profissionais hoje acontece de
forma global. Desse modo, o domínio ple-
no de um ou dois idiomas estrangeiros é
imperativo para o ingressante no mercado
de trabalho”, explica Lorenço Jungklaus,
diretor do Colégio Notre Dame. O conteú-
do programático das aulas especiais do hi-
gh school busca ampliar a visão do estu-
dante acerca do funcionamento dos merca-
dos de hoje, bem como treiná-lo no uso de
ferramentas essenciais para navegar nesse
universo. “Fazer o high school significa,
portanto, adquirir um grande diferencial
competitivo para o ingresso no mundo pro-
fissional.”
A aceitação do programa por parte das
famílias é grande: no colégio de Piracica-
ba, por exemplo, a high school começou
com 25 alunos em 2011 e hoje são 60 matri-
culados. No de Campinas, são 70 alunos.
Um dos grandes diferenciais apontados é a
forma como o estudante sai preparado pa-
ra a universidade e para o mercado de tra-
balho. O inglês que o aluno adquire com es-
sas aulas é o formal, não o coloquial das es-
colas de idiomas. Eles não fazem aula de in-
glês, mas em inglês.
O estudante Guilherme Ambrosano
cursa o primeiro ano do ensino médio no
CLQ em Piracicaba. “Decidi fazer o high
school porque eu acho que a fluência em
uma segunda língua, principalmente o
inglês, é importante em qualquer profis-
são e que um diploma do high school
iria me ajudar no mercado de trabalho”,
explica o jovem, que pretende fazer fa-
culdade no Brasil e a pós-graduação pro-
vavelmente nos Estados Unidos. A van-
tagem que acredita que irá levar em rela-
ção aos colegas que fazem o curso regu-
lar? “Acredito que o que aprendi sobre
a história americana, literatura, speech,
business information management, en-
tre outras matérias, será muito impor-
tante para minha vida profissional no fu-
turo”, complementa.
Serviço
Onde buscar informaçõesTexas Tech University-High School,www.hseducacional.com
Educação
Diploma do ‘Tio Sam’
Provas realizadas pelos
alunos no Brasil são
corrigidas por professores
da Texas Tech University
(foto), nos Estados Unidos
Divulgação
6 / São José do Rio Preto, 11 de março de 2012 DIÁRIO DA REGIÃO
Permite ao aluno estudarsimultaneamente, no país, os currículosbrasileiro e americano
Ter trânsito local e global, oficialmentereconhecido
Ter a vivência real da língua, no convívio
com professores estrangeiros
Elevar seus níveis de escrita, leitura e falaa patamares internacionais
Adquirir habilidades para expor suas ideiascom clareza e força
Fonte: Eduardo Francini, assistente do Colégio NotreDame Campinas
ESCOLAS QUE OFERECEM HIGH SCHOOL NO BRASIL
Centro Educacional Leonardo da Vinci - Vitória-ES,www.davincivix.com.br
Colégio Pentágono - Santana de Parnaíba-SP,www.colegiopentagono.g12.br
Instituto Magno de Educação - São Paulo-SP,www.colmagno.com.br
Colégio Dante Alighieri - São Paulo-SP, www.colegiodante.com.br
Centro Educacional Edna Roriz - Belo Horizonte-MG,www.colegioednaroriz.com.br
Colégio Franciscano Pio 12 - São Paulo-SP,www.pioxiicolegio.com.br
Colégio Notre Dame de Campinas - Campinas-SP,www.notredamecampinas.com.br
Colégio Jean Piaget - Santos-SP, www.jeanpiaget.g12.br
Colégio Christus - Fortaleza-CE, www.christus.com.br
Escola Dinâmica - Florianópolis-SC, www.escoladinamica.com.br
Colégio Franciscano São Miguel Arcanjo - São Paulo-SP,www.colegiosaomiguel.com.br
Colégio Luiz de Queiroz - Piracicaba-SP, www.clq.com.br
Colégio Portal de Limeira - Limeira-SP, www.anglolimeira.com.br
Colégio Damas - Recife-PE, www.colegiodamas.com.br
Colégio Santa Cecília – Fortaleza-CE, www.santacecilia.com.br
Colégio Master - Aracaju-SE, www.master.aju.com.br
Colégio Agostiniano São José - São Paulo-SP,www.agostinianosaojose.com.br
Instituto Gaylussac - Niterói-RJ, www.gaylussac.com.br
Centro de Ensino Upaon-Açu - São Luis-MA, www.upaon.com.br
Colégio Uirapuru - Sorocaba-SP, www.colegiouirapuru.com.br
Liceu Albert Sabin - Ribeirão Preto-SP, www.liceuasabin.br
Colégio Martha Falcão - Manaus-AM,www.colegiomarthafalcao.com.br
Colégio Villa-Lobos - Salvador-BA,www.colegiovillalobos-ba.com.br
Escola Harmonia - Campo Grande-MS,www.harmoniabilingue.com.br
Escola FourC - Bauru-SP, www.escolafourc.com.br �
O que é high school?
É o termo em inglês para Ensino Médio(secondary school). A grade curricular é formadapela junção dos currículos (brasileiro eamericano): as matérias do currículo brasileiroque encontram correspondente no currículoamericano (química, matemática, biologia, física,etc.) são convalidadas pela TexasTech UniversityHigh School e as disciplinas norte-americanasque não fazem parte dessa grade comum serãooferecidas pelo colégio no período da tarde
Quais as vantagens do curso de high School?
Garante ao aluno fluência plena no idioma
inglês em todas as habilidades comunicativas(tanto nas passivas, listening & reading, quantonas produtivas, speaking & writing) sem sair doBrasil. Tal processo é construído em cada auladevido à característica fundamental do curso: nãosão aulas de inglês, mas sim aulas em inglês
Quem pode fazer high school?
- O curso é opcional para os alunos do atual 8˚ano. Estão aptos a cursar aqueles que obtiveramdesempenho acima de 60% na prova deproficiência, uma vez que toda comunicação seráfeita em inglês
Fonte: Colégio Notre Dame Campinas e Colégio Luiz deQueiroz (Piracicaba)
Onde estudar
Colégio Leonardo
Da Vinci, em
Vitória, foi o
primeiro no Brasil
a oferecer o
programa
high school
Diferenciais do programa high school
Saiba mais
Divulgação
DIÁRIO DA REGIÃO São José do Rio Preto, 11 de março de 2012 / 7
Especialistas ensinam como evitar “pecados capitais” no currículo e
na entrevista para garantir a vaga que tanto deseja no mercado de trabalho
Elen Valeretoelen.valereto@diarioweb.com.br
A busca por uma vaga no mercado de trabalho
tem exigido cada vez mais dos candidatos. Mas as
exigências não se restringem à profissionalização
para acompanhar as mudanças constantes.
O preparo profissional é sim importante e conta
muito na hora da escolha entre um ou outro candida-
to, mas como conseguir destaque durante a apresenta-
ção do currículo e na entrevista? Quais são os princi-
pais erros cometidos por quem busca um novo desa-
fio na profissão?
Entre dúvidas e inseguranças, uma dica pri-
mordial é manter a organização para se preparar
para a entrevista. Tudo muito simples, mas essen-
cial, como a pontualidade, escolher uma roupa (e
maquiagem, para as mulheres) discreta e esquecer
o tal do nervosismo.
A sinceridade e clareza expressas do candidato
durante o contato com o examinador demonstram
que também há capacidade de buscar o aprendiza-
do. E é exatamente um dos pontos que as empre-
sas miram: profissionais com pré-disposição para
aprender e flexíveis a mudanças.
Mas para chegar à entrevista, outro processo se-
letivo é feito antes dos candidatos serem avaliados
pessoalmente: o currículo. É por meio dele que
muitas informações, mesmo que não estejam escri-
tas, são apontadas sobre o concorrente à vaga.
Textos longos, pretensões que fogem do fo-
co da vaga pretendida, informações desnecessá-
rias e erradas estão entre os principais equívo-
cos. Falta de objetividade e erros de português
são inadmissíveis, afirma a psicóloga e coach
de carreira e liderança Claudia Carraro, direto-
ra da consultoria Carreira&Cia.
Ela conta que informações erradas e falsas,
formatação colorida e confusa do documento do
currículo e qualificações pessoais incompletas são
alguns dos “pecados” mais comuns vistos nos cur-
rículos. Esse conjunto de dados já é suficiente pa-
ra indicar que o candidato não está bem prepara-
do profissionalmente, é desatento e não é ético
quando acrescenta mentiras no documento.
“Não se coloca no currículo termos que descre-
vam comportamento ou competências, como dina-
mismo, liderança, perfeccionista, etc. Ocupa espa-
ço e não agrega valor nenhum, pois isso não é uma
descrição que os antigos empregadores fazem de-
le”, explica Claudia.
O currículo tem de ser claro e conciso, direto ao
ponto, evitando estender as informações básicas e qua-
lificações em mais de duas folhas. Os dados pessoais
(nome completo, endereço, idade e e-mail), os cursos,
idiomas, as experiências e os resultados obtidos são su-
ficientes.
Aredaçãoelaboradanocurrículodeveserconvidati-
va e bem específica para atrair a atenção do examinador.
“Se o profissional tem como o seu curso principal en-
genharia e fez outros cursos que não são correlatos, e a
vaga que irá se candidatar é engenharia, é importante
somente colocar cursos e experiências no perfil que a
empresa solicita”, diz a presidente da Associação Bra-
sileira de Recursos Humanos (ABRH-Nacional),
Leyla Nascimento.
Como pensam os selecionadores?
Os candidatos costumam ensaiar o que dizer
para os selecionadores, mas o uso de frases prontas
que aparentemente soam bem aos ouvidos costumam
não convencer. Para comprovar o que está no currícu-
lo, algumas empresas optam em fazer testes práticos,
colocando os candidatos em situações cotidianas do
ambiente em que querem trabalhar.
Os selecionadores também podem fazer
perguntas de situações hipotéticas para ava-
liar como a pessoa se sairia em cada episódio.
Eles precisam apenas ser verdadeiros e mos-
trar suas habilidades.
“Escrever ou só falar não adianta. Tem de
explicar e provar que tem as determinadas
competências”, informa a psicóloga e coach
de carreira e liderança.
Redes sociais
É comum que no meio on-line sejam de-
monstradas algumas (ou muitas) característi-
cas de cada pessoa, de sua vida amorosa e pro-
fissional. Sim, isso é permitido, mas desde que
seja feito com cautela.
Para a presidente da Associação Brasileira de
Recursos Humanos (ABRH-Nacional), Leyla Nas-
cimento, as empresas buscam conhecer nos candi-
datos as competências individuais e as técnicas.
No entanto, não faz seu processo seletivo baseado
na mídia social.
“O processo seletivo é uma metodologia sé-
ria e que tem fundamentação científica. A
mídia social pode ser uma ferramenta de ratifi-
cação ou levantamento de dados de um deter-
minado requisito, mas não é determinante em
uma seleção”, afirma.
Carreira
ACERTE O ALVO!
8 / São José do Rio Preto, 11 de março de 2012 DIÁRIO DA REGIÃO
Saiba mais
Fique atento aos princípioserros que acabam com o sonho
da vaga de emprego
NO CURRÍCULO
Falta de objetividade ou ser prolixo
Erros de português
Informações falsas
Colocar foto (somente quandoa vaga exige)
Acrescentar número de documentos
Indicar objetivo diferente ao que foipedido na vaga ou que não condiz com aexperiência
Fontes e cores diferentes naformatação do documento
Citar viagens culturais ou passeio
Informar e-mail ou telefone errados
Dar telefone para recado oureferência de alguém que nãoconhece bem
NA ENTREVISTA
Chegar atrasado
Desviar o olhar ou não olhar para oentrevistador
Se irritar com as perguntas
Demonstrar insegurança
Mentir
Falar mal do empregador anterior
Vestir roupa inadequada
Mascar chiclete
Falar gírias e palavrão
Mostrar postura corporal incorreta
Esquecer o que colocou no currículo
Não saber explicar as própriasexperiências
Não desligar o telefone celular
Desrespeitar os funcionáriosda empresa
Como se preparar para uma entrevista
ÀS VÉSPERAS
Verifique com antecedência o localda entrevista para analisar o tempopercorrido na distância
Pesquise sobre a empresa para ter omáximo de informações, o que podeenriquecer a entrevista
Escolha uma roupa discreta, masverifique se a peça está limpa e passada
Durma bem e tenha uma alimentaçãoleve na véspera da entrevista
NO ‘DIA D’
Tenha um cuidado especialcom a higiene
Cabelos devem estar limpos epenteados e unhas bem apresentáveis.No caso das mulheres, as unhas devemestar feitas e, de preferência, comesmalte neutro
Saia com antecedência para nãochegar atrasado
Leve o currículo impresso �
Fonte: Claudia Carraro, psicóloga ecoach de carreira e liderança
DIÁRIO DA REGIÃO São José do Rio Preto, 11 de março de 2012 / 9
Junto com outras virtudes, como a
amizade e a solidariedade, a compaixão
gera grupos sociais cuja base é de
proteção mútua. Para esse grupo, o
bem-estar do indivíduo é importante
para o equilíbrio de todos
Gisele Bortoletogisele.bortoleto@diarioweb.com.br
“Cultivar estados mentais positi-
vos como a generosidade e a compai-
xão decididamente conduz à me-
lhor saúde mental e à felicida-
de”, disse Dalai Lama, autori-
dade máxima do budismo ti-
betano. Mas o que é esse senti-
mento que todo mundo fala, mas
pouco se sabe?
Apesar de o dicionário descrever co-
mo piedade, pena, dó e condolência, a
compaixão pode não ser exatamente o
que você pensa. Especialistas a descre-
vem como uma espécie particular de
amor e garantem que existem várias for-
mas de experimentá-la - a maioria de
forma surpreendente.
Você pode tentar exercitando a pa-
ciência e a tolerância estando perto de
alguém em silêncio, uma vez que ter
compaixão é olhar para o outro e ver a
necessidade dele. Pode ser um abraço ca-
rinhoso, uma ajuda material, uma orien-
tação em algum momento difícil ou até
mesmo uma bronca. É essencial apenas
que a ação parta do coração e que corres-
ponda ao que é preciso naquele instan-
te. Mas compaixão está muito distante
da pena. Quem tem pena, muitas vezes,
não ama verdadeiramente.
Compaixão é um valor e se expressa
através da nossa percepção ou consciên-
cia do mundo ao nosso redor, que con-
duz a nossa visão, nossa atitude, nossos
pensamentos, palavras e ações. Os valo-
res humanos funcionam como amorte-
cedores, que tornam a jornada da vida
mais prazerosa - eliminando o impacto
pesado e, por vezes, desconfortável dos
obstáculos que, inevitavelmente, fazem
parte do percurso.
O valor da compaixão é de grande
utilidade neste momento exigente do ce-
nário mundial. “Por ser um valor, a
compaixão conecta-se à minha grande-
za e a grandeza dos outros. É a minha
habilidade de estabilizar-me na minha
essência plena e me conectar com a es-
sência dos outros e das situações. E as-
sim, posso discernir melhor como me
posicionar diante de cada cena, perce-
Força transformadora
POR QUE NOSIMPORTAMOS?
10 / São José do Rio Preto, 11 de março de 2012 DIÁRIO DA REGIÃO
bendo de maneira mais ampla e, ao
mesmo tempo, contextualizada, qual
é a resposta a ser dada naquele mo-
mento”, diz a jornalista Juliana Vila-
rinho Faria, professora de raja yoga
da Brahma Kumaris, entidade espiri-
tual fundada na Índia.
A compaixão não é uma resposta mo-
vida pela “dó”. É um sentimento de
que, quando estamos fortalecidos, pode-
mos compartilhar o que a situação soli-
cita sem nos influenciar por ela. Se hou-
ver negatividades envolvidas, damos a
resposta necessária e seguimos em fren-
te. “Neste momento atual, doar paz, es-
perança, cooperação e positividade é
uma atitude de compaixão com a famí-
lia global e o planeta Terra que nos aco-
lhe. Mesmo com tantas cenas de deses-
perança, mover-se rumo a uma meta po-
sitiva é possível”, explica Juliana.
Vale lembrar que quando aborda-
mos o universo dos valores, eles jamais
operam de maneira isolada. Quanto
mais somos capazes de nos estabilizar
na nossa essência de paz, amor, felicida-
de, verdade, equilíbrio, força interior,
pureza, ressalta Juliana Vilarinho, mais
alimentamos a fonte de cada um dos va-
lores nobres de maneira que eles este-
jam disponíveis em momentos de neces-
sidade. Sendo assim, apenas quando es-
tamos fortalecidos e estabilizados em
nosso estado de alinhamento interior
podemos efetivamente exercer a compai-
xão, bem como outros valores.
“Trata-se da habilidade que um indi-
víduo tem de perceber o sofrimento de
outro em toda a sua magnitude”, diz o
psicólogo cognitivo-comportamental
Alexandre Caprio.
“A compaixão tem poder de criar e
manter harmonia entre as pessoas. Não
permite que a pessoa seja indiferente
ou, no outro extremo, que transforme o
sofrimento em um ainda maior por seus
julgamentos”, completa a psicóloga Ire-
ne Araújo Corrêa.
“A compaixão não é um ato de des-
prendimento, mas um ato protetivo. Es-
tamos protegendo nossos afins para que
o grupo continue forte e se amparando
sempre. O abandono e a apatia geram in-
divíduos frios, individualistas e egoís-
tas, que aprenderão que salvar a própria
pele é a regra geral. O grupo social que
se pauta nisso se destruirá, ao invés de
se proteger”, complementa. Compai-
xão, empatia, amizade e solidariedade
gerarão grupos sociais bons, que terão
como base a proteção mútua. Para esse
grupo, o bem-estar do indivíduo é im-
portante para o equilíbrio de todos.
Compaixão é um sentimento de
acolhimento circunstancial com al-
guém que passa por alguma adversi-
dade que cause sofrimento. Embora
as circunstâncias possam ser adver-
sas e ligadas a sofrimento, a compai-
xão não é piedade ou pena, mas um sen-
timento de respeito pelo outro. Não há
compaixão sem respeito. É o respeito pe-
lo outro, pelo seu sofrimento, sem fazer
julgamentos, que torna a compaixão um
sentimento de igualdade. O entendi-
mento das razões e das escolhas do ou-
tro nem sempre será claro e respeitar is-
so é um ponto importante do sentimen-
to de compaixão.
Quem desenvolveu essa atitude
se compadece porque tem consciên-
cia de que não há equivalência no so-
frimento, pois cada um passa e sente o
que lhe acontece de maneira particu-
lar e única. A empatia pode lhe dar
uma ideia do que a outra pessoa está
passando, mas viver a situação é algo
particular. O desenvolvimento da
compaixão é transformador, tanto pa-
ra o indivíduo quanto para um mundo
melhor. É importante desenvolver a
capacidade de sentir a compaixão
exercitando a empatia (se colocar no
lugar do outro). Com isso, a pessoa
se permite alcançar um entendimen-
to de como poderá acolher. Não é jul-
gar o sofrimento do outro, mas refle-
tir sobre ele. A compaixão, ressalta
Irene, pode ser demonstrada por ges-
tos, palavras, acolhimento ou sim-
plesmente estando, solidariamente,
ao lado da pessoa. Ela se exercita em
pequenos gestos, em manter princí-
pios de amor próprio, de amor ao
próximo e, principalmente, de res-
peito. A compaixão fortalece e nos
dá oportunidade de nos tornarmos
melhores e transformadores. �
Respeite o próximo.Não há compaixão semrespeito
Lembre-se quecompaixão não é sofrer pelooutro. Você não sentirá o quea pessoa está sentindo, massaberá como se sentiria selhe acontecesse o mesmo
Evite julgar a dor dooutro baseado emsuposições
Evite aumentar aindamais o sofrimento alheio comcomportamentos de crítica ediscriminação
Mantenha uma visãopositiva em relação àssituações em suaprópria vida
Fortaleça o amor-próprioe o amor pelo próximo
Fonte: Irene Araújo Corrêa,psicóloga
Neste momento, doar paz, esperança,cooperação e positividade é uma atitudede compaixão com a família global e oplaneta que nos acolhe. Mesmo comtantas cenas de desesperança, mover-serumo a uma meta positiva é possível Juliana Vilarinho Faria, professora de raja yoga da Brahma Kumaris
Exercite acompaixão
DIÁRIO DA REGIÃO São José do Rio Preto, 11 de março de 2012 / 11
Transforme o remorso, esse sentimento de culpa que paralisa sua evolução,
em estímulo para buscar mudanças positivas e compreender melhor o ciclo da vida
Elen Valeretoelen.valereto@diarioweb.com.br
“Às vezes, uma dor me desespe-
ra... Nestas ânsias e dúvidas em que
ando. Cismo e padeço, neste outono,
quando calculo o que perdi na prima-
vera”. “Remorsos”, do poeta carioca
Olavo Bilac, expressa o sentimento
do autor de fazer escolhas diferentes
das quais poderia ter feito devido ao
desconhecimento anterior.
Toda pessoa é responsável por seus
atos, certos ou errados, e, por isso, quase
todo mundo já sentiu alguma vez na vi-
da aquela sensação ruim de ter provoca-
do uma situação que deixou a desejar,
com palavras ou atitudes que levaram a
uma decisão “torta” em sua vida. Ou o
afastamento de uma pessoa querida.
O questionamento do “se” cria possi-
bilidades que levam a reflexões e dúvi-
das que podem machucar, caso seja
transformado em uma obsessão. “E se
eu tivesse feito outro curso?”, “E se eu
tivesse feito as pazes com aquela pes-
soa?”, “Se tivesse saído mais cedo, o aci-
dente seria evitado?”, “Ah, se eu soubes-
se”, e tantos outros “se”.
Pois esse sentimento é resultado do re-
morso, que surge da ideia de que um cami-
nho diferente poderia ter sido traçado com
desdobramentos melhores. Essas dúvidas e
culpas, quando são cultivadas e mal admi-
nistradas, atormentam a consciência, que
deixa de ser tranquila, e podem destruir a
autoestima, provocar ansiedade, depressão
e até ações autodestrutivas.
A psicoterapeuta não-convencional
com foco em trabalho de reorganização
de vida Dalva Almeida também acres-
centa a angústia e a culpa que, muitas ve-
zes, ficam remoendo as lembranças, le-
vando ao pensamento obsessivo. O so-
no também começa a ser afetado, assim
como tudo que envolve quem está so-
frendo de remorso, por exemplo a pro-
dutividade na vida profissional.
O remorso pode ser fruto de má-
goas, injustiças, discordâncias e es-
colhas duvidosas ou inseguras. Já es-
sas situações podem ser causadas in-
tencionalmente ou por desatenção
própria, em eventos comuns do coti-
diano ou em decisões importantes
para a vida.
Isso ocorre porque, como a convi-
vência social é complexa, está suscetível
a ter expectativas sobre os atos de cada
um, assim como todos esperam que haja
comportamentos aceitáveis. “Devemos
‘domar’ nossos instintos e nos adaptar-
mos aos padrões mais razoáveis de socia-
lização”, diz a psicóloga clínica e psico-
dramatista Meire Pandim Ravazzi.
As expectativas mais comuns po-
dem estar relacionadas à carreira, rela-
cionamentos afetivos, busca por lazer,
educação de filhos ou desenvolvimento
pessoal. Isso porque as decisões toma-
das podem ter efeitos duradouros ou ir-
reversíveis, que abrem margem para du-
vidar das escolhas.
Para estar suscetível ao sentimen-
to de remorso, basta estar vivendo.
Segundo profissionais do Instituto
de Psicologia, Educação, Comporta-
mento e Saúde (IPECS), de Rio Pre-
to, acredita-se que a origem do re-
morso pode variar de acordo com a
faixa etária e o sexo das pessoas.
Entre as mulheres, os assuntos predomi-
nantes são as questões familiares e os relacio-
namentos. Já os jovens – com faixa etária en-
tre 19 e 29 anos – sentem mais remorso asso-
ciado a lazer e relacionamentos, enquanto
pessoas mais velhas relatam remorso com a
vida profissional e questões familiares.
Mas as mais doloridas são aquelas co-
metidas a um ente querido, como a mãe, o
pai, o filho, marido, a esposa ou um amigo,
conta Meire. “Esse remorso acontece pelo
ato cometido sem o perdão, quando perce-
bemos que magoamos ou prejudicamos
aqueles que nos cercam.”
Uma forma encontrada para
amortecer o remorso é primeiramen-
te pedir perdão, quando há a cons-
ciência desse erro. O fato de ter a ne-
cessidade de ser perdoado e sentir is-
so sendo dado já proporciona um
sentimento de “libertação”.
Por isso a importância do
autoperdão. Buscar o fim desse senti-
mento oferece a constatação de que er-
ros e acertos são atitudes humanas e fa-
zem parte da vida, assim como o cresci-
mento que está conectado a esses fatos.
A psicóloga clíni-
ca explica que muitasvezes ser perdoado ou per-doar a si mesmo é mais difícil
quando quem ferimos não estámais presente, por falecimento,doença ou em uma situação que im-
possibilita um novo contato.Com esse impedimento de reparar o
erro, é comum quem sofre por remorso
querer se punir com a esperança de redi-mir de seu erro ou para fugir de uma pu-nição ainda mais severa. No entanto, es-
sa estratégia pode gerar situações aindamais críticas e prejudiciais.
“O ideal é falar, desmistificar, mos-
trar que a atitude naquele momento é oque a pessoa tinha, não sabia ou não con-seguia fazer de forma diferente”, ensina
a psicoterapeuta.Mas quando o remorso é por situa-
ções não vividas, aquelas do “se”, o que
resta a fazer é tirar proveito desse senti-mento para o próprio crescimento. Issopode ser feito pedindo desculpas, reto-mando atividades antes abandonadas
ou evitadas – como voltar a estudar parase aprimorar, mudar o campo de atua-ção profissional –, tentar resgatar um re-
lacionamento abandonado (ou partir pa-ra um novo) e procurar resolver proble-mas familiares, orientam os profissio-
nais do IPECS.“De qualquer forma, uma boa saída
é sempre a reflexão sobre nós mesmos e
como podemos não repetir nossas fa-lhas e, se possível, nos esforçarmos pararetribuir ao outro o prejuízo que causa-
mos”, destaca a psicóloga clínica.
ReavaliaçãoReavaliação
CHEGA DECHEGA DEREMOERREMOER
12 / São José do Rio Preto, 11 de março de 2012 DIÁRIO DA REGIÃO
Arrependimento
Impactos do remorso
A sensação de martírio que
corrói o peito provocada pelo
remorso não é a mesma senti-
da pelo arrependimento, expli-
ca a psicoterapeuta não-con-
vencional com foco em traba-
lho de reorganização de vida
Dalva Almeida.
A principal característica
do remorso é a superficialida-
de, mas que aprisiona os senti-
mentos, que machuca. Enquan-
to o arrependimento busca evi-
tar a repetição e se livrar do senti-
mento, conseguindo a cura, diz a
psicoterapeuta rio-pretense.
“O arrependimento é um
sentimento forte, de repulsa,
de negatividade. Aquele que se
arrepende não volta atrás e nor-
malmente não comete a mesma
ação duas vezes. Já o remorso é
como um corte no dedo que po-
de ser curado com um simples
curativo. Quem já se cortou
com uma faca por falta de aten-
ção não se arrepende de usar a
faça novamente em outra situa-
ção, porém, usa com mais aten-
ção”, explica Dalva. (EV)
Corrói a autoestima e motivação
Provoca experiências frustrantes e negativas
Causa depressão, ansiedade e autossabotagem
Gera sentimentos de impotência e hostilidade a si mesmo
Diminui a produtividade
Como lidar
Faça uma avaliação se as crenças envolvidas neste processosão reais ou imaginárias- Modifique as crenças, se forem imaginárias-Desenvolva habilidades sociais
Identifique estratégias mais eficazes de enfrentar os problemas-Busque uma boa rede de apoio social e seja mais assertivo- Procureajuda de um profissional �
Fonte: Instituto de Psicologia, Educação, Comportamentoe Saúde (IPECS), em Rio Preto
DIÁRIO DA REGIÃO São José do Rio Preto, 11 de março de 2012 / 13
Diagnóstico
correto e
treinamento
com exercícios
específicos
resgatam
qualidade de vida
de crianças que
sofrem com
distúrbios
do labirinto
Elen Valeretoelen.valereto@diarioweb.com.br
Engana-se quem pensa que as
crianças estão livres de distúrbios
do labirinto, popularmente co-
nhecidos como labirintites. O
problema, relatado mais por adul-
tos, merece atenção para ser detec-
tado também nos pequenos, uma
vez que pode causar sérios danos
na aprendizagem e socialização
da criança.
A dificuldade do diagnóstico
começa pela falta de reclamação
das crianças para relatar os sinto-
mas, o que chega a se tornar im-
possível quando ainda são tão pe-
quenas que nem falam. Em outros
casos, mesmo quando já têm cons-
ciênciaparaexplicarasdoresedifi-
culdadesque sentem, ospaise pro-
fessores podem chegar a interpre-
tar como manha ou até distração.
Os bebês, por exemplo, apre-
sentam um quadro típico: não
gostam de ficar no colo ou carri-
nho, e preferem ficar no berço,
onde conseguem se apoiar me-
lhor. Quando começam a crescer,
os distúrbios do labirinto podem
ser ainda maiores, diz o otorrino-
laringologista Ítalo Medeiros, res-
ponsável pelo Ambulatório de
Vertigem da Infância do Hospi-
tal das Clínicas, da Faculdade de
Medicina da Universidade de
São Paulo (USP).
Esses distúrbios do movimen-
to são responsáveis em dificultar
o andar da criança, gerar dores de
cabeça, irritabilidade, alterações
do sono, problemas no aprendiza-
do, tonturas, torcicolos e até atra-
palhar o desenvolvimento psíqui-
co. “Isso provoca dificuldades es-
colares também na socialização,
pois a criança não tem a mesma
disposição das demais”, afirma o
especialista.
Em meio a dúvidas, os pais se
confundem e também acabam
acreditando que o filho está pas-
sando por quadros de hiperativi-
dade, distúrbios psiquiátricos ou
problemas gastrointestinais. É co-
mum diante de crises causadas pe-
lo distúrbio ocorrer episódios de
vômitos nos pequenos, em espe-
cial em transportes, afastando
qualquer desconfiança relaciona-
da ao movimento e
equilíbrio.
Há nessa
questão uma varie-
dade de causas que de-
vem ser investigadas pelo
médico por meio de exames
e testes para então decidir
qual tipo de tratamento será utili-
zado. A observação deve ser feita
nos hormônios, na alimentação –
que pode ter origem na
metabolização de carboidratos –,
no uso de medicamentos e doen-
ças no ouvido, como otites.
“A alimentação influencia
quando há erros na escolha de ali-
mentos e longos períodos sem fa-
zer qualquer ingestão”, diz Me-
deiros. As otites, especificamente
a média aguda, é a segunda doen-
ça mais frequente em crianças, e
acabam produzindo grande inter-
ferência no equilíbrio, assim co-
mo uma alteração na tireoide.
Quando descoberta e tratada
a causa principal da tontura e do
mal-estar, uma terapia que pode
ser complementada ao tratamen-
to e tem muitos efeitos é a reabili-
tação vestibular. A técnica, com
base numa série de exercícios físi-
cos, pode trazer resultados entre
dois e três meses, período em que
é feita a reabilitação.
No Hospital das Clínicas, Me-
deiros conta que o tratamento é
feito na repetição de exercícios
que estimulam os movimentos
da cabeça, visão e caminhada. De-
pois do diagnóstico, essas ativida-
des podem ser aplicadas por três
profissionais: um otorrinolarin-
gologista, oftalmologista ou fisio-
terapeuta.
“É como um treinamento que
vai aumentando o grau de dificul-
dade aos poucos”, conta o otorri-
nolaringologista do Hospital das
Clínicas. Os exercícios são movi-
mentos simples para levantar a ca-
beça, virar para os lados, acompa-
nhar uma bola com o olhar, entre
outros, mas que devem ser feitos
sempre com acompanhamento
do médico, devido ao risco de
desestabilização do paciente.
Os exercícios podem resgatar
uma vida totalmente normal,
sem novos problemas, desde que
acompanhados os motivos desen-
cadeantes. Além disso, a reabilita-
ção vestibular impede que as
crianças sofram com efeitos cola-
terais comuns durante trata-
mentos feitos exclusivamen-
te com medicações, como so-
nolência e desatenção, preju-
diciais no período escolar.
“Não adianta somente fazer
os exercícios, mas também o
diagnóstico. Feito isso, há gran-
de melhora e o retorno de
uma vida normal”, destaca
o especialista.
Saúde infantil
SEM EQUILÍBRIOO QUE É O SISTEMAVESTIBULAR?
É um pequeno órgãolocalizado dentro de cadaorelha interna que auxiliano equilíbrio e permite umavisão estável durante osmovimentos com a cabeça.Infecções da orelha média(otite média) tambémpodem causar perda doequilíbrio e tontura, quemelhoram após acolocação de tubos deventilação na membranatimpânica. A enxaquecatambém pode causarsensações temporárias devertigem, sensibilidade aomovimento e desequilíbrio
COMO DESCOBRIR OPROBLEMA VESTIBULARNA CRIANÇA?
É preciso ter atenção,pois as crianças raramentereclamam ou sabemexplicar o que sentem.Crianças com problemasvestibulares podem terequilíbrio reduzido,causando algumas quedas,principalmente durantealgumas atividadesmotoras de alto nível, comopular e saltar. Elas tambémpodem ter problemas paramanter seus olhosfocalizados durante osmovimentos com a cabeçadurante a leitura ou umacaminhada, por exemplo.Os sintomas mais comunssão dores de cabeça,tontura, desequilíbrio,zumbido nos ouvidos edificuldade para falar. Nosbebês, os problemasvestibulares normalmentedemoram a aprender asentar, ficar em pée caminhar �
Fonte: Associação Americanade Fisioterapia – Neurologia
Principais reflexos do
distúrbio do labirinto
em crianças
Dores de cabeça
Alterações no sono
Irritabilidade
Tonturas
Vômitos
Dificuldade para
cultivar vida social
Baixo rendimentoescolar
Torcicolos
Fonte: Reportagem
Entenda
Saiba mais
Div
ulga
ção
14 / São José do Rio Preto, 11 de março de 2012 DIÁRIO DA REGIÃO
O objetivo da consulta inicial em crianças é personalizar o caso de cada paciente
Tadeu GuerraOrtodontista
A primeira coisa com que os pais
devem se preocupar é com a
amamentação. Ela fornece estímu-
los importantes ao desenvolvimen-
to das crianças. Quando a criança
inicia a sucção do leite materno, ela
obrigatoriamente deve respirar pelo
nariz. Esse ar que passa pelas nari-
nas levará estímulos que auxiliarão
no desenvolvimento do maxilar su-
perior. Ainda durante a sucção, a
criança fará exercícios com a mandí-
bula para frente e para trás e movi-
mento ondulatório com a língua pa-
ra poder beber o leite. Toda essa di-
nâmica direciona o bom desenvolvi-
mento dos maxilares.
Um segundo ponto importante é
quando as crianças passam a utilizar
a mamadeira. Normalmente, as
mães procuram bicos de mamadeira
com furos grandes, isso é errado: as
crianças necessitam desse exercício
natural que realizam durante a
amamentação. O orifício do bico da
mamadeira deve ser pequeno para
exigir que as crianças realizem a suc-
ção corretamente.
Depois deste período, gradativa-
mente a mãe deve oferecer alimen-
tos pastosos, depois alimentos sóli-
dos e incentivar a criança a realizar
a mastigação. Devemos ainda ressal-
tar a observação de determinados há-
bitos que a criança possa adquirir,
como: chupar o dedo, deglutição atí-
pica, respiração bucal, entre outros.
Embora a Associação America-
na de Ortodontistas (AAO) reco-
mende que todas as crianças façam
um check-up com um ortodontista
entre os 6 e 7 anos de idade, minha
experiência clínica mostra que o
ideal é fazer este check-up um ano
mais cedo para a detecção precoce
de eventuais problemas. Os dentes
da criança podem parecer bem posi-
cionados aos olhos dos pais, mes-
mo assim, pode haver algum pro-
blema que só um ortodontista pode
encontrar.
Muitas vezes, o ortodontista não
irá atuar diretamente sobre o proble-
ma, mas poderá indicar a necessida-
de de acompanhamento por parte
do médico otorrino, no caso de uma
respiração bucal, ou o acompanha-
mento por uma fonoaudióloga, no
caso de uma deglutição atípica ou in-
terposição de língua, por exemplo.
Entre 6 e 7 anos de idade, as
crianças apresentam dentição mis-
ta, ou seja, dentes de leite e perma-
nentes. Nesta fase, um ortodontista
pode encontrar potenciais proble-
mas ortodônticos relacionados
com o crescimento das arcadas (ma-
xila e mandíbula) e erupção dos
dentes permanentes, como falta de
espaço, mordida cruzada anterior
ou posterior, etc.
O objetivo da consulta inicial
em pacientes nesta faixa etária é per-
mitir ao ortodontista, por meio de
sua experiência clínica e do exame
radiográfico, personalizar o caso de
cada paciente, julgando quais os que
se beneficiariam com uma interven-
ção ortodôntica precoce e aqueles
que devem esperar algum tempo a
mais para iniciar um tratamento.
Quando é necessário, iniciar o
tratamento precocemente. A vanta-
gem é poupar o paciente de trata-
mentos mais complexos no futuro,
visto que muitas más oclusões, quan-
do diagnosticadas no início, podem
ser tratadas mais facilmente, pois a
criança encontra-se em fase de cres-
cimento com estrutura óssea ma-
leável e consequentemente maior
facilidade e rapidez nos movimen-
tos ortopédicos.
O que acontece se problemas
ortodônticos não forem tratados?
Dentes mal posicionados podem
facilitar o aparecimento de cáries,
doença periodontal e perda do osso
ao redor dos dentes(osso alveolar)
devido a maior dificuldade de se hi-
gienizar. Dentes protruídos (dentes
para frente) são mais suscetíveis a
traumas e fraturas. Dentes desali-
nhados ou uma face afetada pela má
oclusão podem prejudicar a fala, au-
toestima do indivíduo e até provo-
car assimetrias faciais. Dores muscu-
lares na face, pescoço, região cervi-
cal (nuca) e outros problemas fun-
cionais podem ocorrer devido a fal-
ta de tratamento ortodôntico.
A interação destes problemas exi-
ge um diagnóstico, planejamento e
tratamento minucioso, pois o que à
primeira vista parece ser um caso
simples, pode ser mal planejado e
tornar-se uma questão de extrema
dificuldade de resolução.
Como sabemos, existem varias
técnicas e biomecânicas para trata-
mentos ortodônticos. Cabe ao orto-
dontista utilizá-los de maneira ade-
quada, ter conhecimento real do
problema de cada paciente por
meio da documentação e indicar o
melhor tratamento para cada caso.
A avaliação e o tratamento devem
ser individualizados.
Como orientação, todo este estudo
só será possível com a ajuda dos pais e
familiares próximos, incentivando a
criança sobre a importância na
higienização e visitas ao ortodontista
para avaliações periódicas. �
Quando visitaro ortodontista?
Hamilton Pavam
DIÁRIO DA REGIÃO São José do Rio Preto, 11 de março de 2012 / 15
Joana Lerner faz sucesso como a
médium Luana em “Fina Estampa”
TV Press
A mudança do figurino de
um personagem no decorrer da
novela costuma inspirar a atua-
ção de seu intérprete. Aconte-
ceu com Joana Lerner, que vi-
ve Luana em “Fina Estampa”.
Para dar vida à garota de pro-
grama, no início da trama, Joa-
na exibia “dreadlocks” nos ca-
belos. “Eu usava uma meia pe-
ruca de dreads e também al-
guns entre meu cabelo, para dis-
farçar”, conta a atriz, que tem
cabelos curtos e lisos. Na tra-
ma, Luana se mudou para a
pousada de Zambeze, de Totia
Meireles, ao descobrir o dom
da vidência. Além da prostitui-
ção, também abandonou os
dreads e as roupas sóbrias. “O
visual inicial era muito pesado.
Eu colocava aquela roupa e o
personagem já vinha. Agora ela
está mais leve”, compara.
Foi Aguinaldo Silva quem
convidou Joana para o papel.
Eles se conheceram durante
uma pequena participação da
atriz em “Senhora do Desti-
no”, de 2004. Mas foi em “Tem-
pos Modernos”, de Bosco Bra-
sil, que Aguinaldo pode conhe-
cer melhor o trabalho de Joana.
Ela interpretou a atrapalhada
Helô, secretária de Goretti, de
Regiane Alves. “Foi maravilho-
so porque era comédia e eu
nem sabia que podia fazer hu-
mor”, lembra. O convite para
viver uma garota de programa
não a intimidou. “Adorei, fi-
quei felicíssima!”. Para inter-
pretar Luana, a atriz leu “Fi-
lha, Mãe, Avó e Puta”, de Ga-
briela Leite, e assistiu à peça
homônima, com a atriz Alexia
Dechamps e inspirada no livro.
Quando soube do lado mís-
tico da personagem, Joana pes-
quisou sobre o médium califor-
niano James Van Praagh, escri-
tor do livro “Conversando
Com os Mortos”. “Ele explica
como é entender e aceitar ser as-
sim”, adianta. A atriz também
foi a um centro espírita para co-
nhecer um médium pessoal-
mente. “Fui para sentir como
era o negócio. Foi uma expe-
riência forte”, revela a atriz.
A repercussão de Luana en-
tre o público foi positiva. “Ago-
ra, com a mudança nos cabelos,
as pessoas me reconhecem na
rua”. A atriz se diverte ao lem-
brar das abordagens. “Dizem:
‘Prevê o meu futuro! Vou ficar
rica? Me diz os números da lo-
teria! ‘“. Mas as previsões só
acontecem mesmo na trama.
Joana ainda não sabe qual será
o destino de Luana. “Acho que
ela vai bater de frente com o Ál-
varo, mas depois vai ajudá-lo”,
calcula, referindo-se ao perso-
nagem de Wolf Maya. A atriz
também acha que Luana não te-
rá um final romântico. “Não ve-
jo a Luana com alguém, ela é
muito ranzinza”.
Depois de “Fina Estampa”,
Joana deve voltar aos palcos. A
atrizfazpartedacompanhiadetea-
tro Pequena Orquestra e estreia,
em maio, a peça “Dentro”. Joana
também vai produzir seu primeiro
espetáculo, “A Raiva”, que já conta
com 11 atores no elenco. “Fui pre-
tensiosa, começar com tantos ato-
res em cena foi maluquice da mi-
nha parte”, brinca ela, que escalou
Rogério Fróes, Laila Zaid e João
Velho, para citar alguns. O projeto
de Luana tem estréia prevista pa-
ra abril. �
“Fina Estampa” - De segunda a sábado,às 21h, na Globo
Close
CORPO E ALMA
Quando soube do lado místico
da personagem, Joana
pesquisou sobre o médium
James Van Praagh, escritor
do livro “Conversando
Com os Mortos”
Jorge Rodrigues Jorge/Divulgação
TV - 16 / São José do Rio Preto, 11 de março de 2012 DIÁRIO DA REGIÃO
Força dopensamentoCissa Guimarães está na correria. A atriz grava há
mais de um mês a primeira temporada de “Viver Com
Fé”, novo programa do GNT. “Estou bem animada
com esse projeto. Até terá a música ‘Andar Com Fé’,
do meu grande amigo Gilberto Gil, como tema de aber-
tura”, conta, em tom de orgulho. Cissa deixa claro que
“Viver Com Fé” não será um programa triste ou foca-
do no sofrimento. “Mas baseado na superação com ba-
se na crença e com exemplos emocionantes”, detalha,
enquanto se prepara para gravar um depoimento de
um adepto da umbanda. A estreia acontece no dia 11
de abril.
Contato imediatoJulio Rocha não se preocupa com eventuais cenas sem
camisa do seu personagem Enzo, de “Fina Estampa”,
da Globo. Na reta final da novela, Enzo enfim desco-
bre seus dotes profissionais como modelo fotográfico,
mas de cuecas. “Quando temos de estar com ou sem ca-
misa, aquilo é uma questão do autor ou do figurino, a
minha missão e a de todo ator é fazer e me preocupar
apenas com a essência daquele personagem”, defende.
O ator conta que não tem planos para quando termi-
nar de gravar o folhetim das nove. Ele, inclusive, ga-
rante que não planeja a carreira. “Não sei se vou acor-
dar vivo amanhã. A vida é uma surpresa. Eu não tenho
isso, o meu projeto é me superar no hoje, no meu traba-
lho”, acredita.
TrincaA atriz Dhu Moraes vai repetir a dobradinha com Isa-
belle Drummond em “Cheias de Charme”, próxima
novela das sete da Globo. Na trama de Filipe Miguez e
Izabel de Oliveira, Dhu interpretará a madrinha de Ci-
da Maria, papel de Isabelle. Elas já contracenaram no
“Sítio do Picapau Amarelo” e na novela “Caras & Bo-
cas”. O novo folhetim das sete tem previsão de estreia
para abril.
Novos temposEriberto Leão está se preparando para interpretar Ulis-
ses no “remake” “Guerra dos Sexos”, da Globo. O ator
tem frequentado aulas de artes marciais mistas para
compor seu personagem na novela de Silvio de Abreu.
O folhetim começa a ser gravado só em junho. A es-
treia deve acontecer em setembro. Na versão de 1983,
o boxe era o esporte do personagem Ulisses, que era vi-
vido por José Mayer.
Ao trabalhoO autor Luiz Fernando Carvalho recomeçou a pesqui-
sa para “A Aldeia”, título provisório da sua próxima sé-
rie na Globo. A pesquisa havia sido interrompida por
solicitação da emissora, que agora planeja a produção
para 2013. Fernanda Montenegro e Antônio Fagun-
des, entre outros, estão no elenco. A produção é basea-
da no livro homônimo do escritor russo Fiódor Dos-
toiévski.
A vez do BialDurante uma festa para anunciar a nova programação
da Globo para 2012, Pedro Bial anunciou que coman-
dará um programa semanal, na faixa das 23h, a partir
de junho. A produção vai mesclar entrevistas e deba-
tes. Além disso, a emissora confirmou a realização do
“Big Brother Brasil 13”.
A “estrela”O Universal Channel marcou para o próximo dia 28,
às 23h, a estreia da série “Smash”, de Steven Spiel-
berg. A produção americana mistura drama e musical
e mostra a competitividade entre duas atrizes que dis-
putam o papel de Marilyn Monroe na montagem de
um espetáculo da Broadway. Anjelica Huston, Kathe-
rine McPhee e Megan Hilty, entre outros estão no
elenco.
Contra-ataqueRafinha Bastos iniciou os preparativos para o seu pro-
grama na RedeTV!: a versão brasileira do “late show”
“Saturday Night Live”, que curiosamente será apre-
sentado aos domingos. O humorista, que também assi-
na como produtor executivo, está em busca de um ex-
tenso elenco de comediantes para participar da produ-
ção. O programa tem previsão de estrear a partir de
abril e deverá competir diretamente com o “Pânico”,
que será exibido na Band.
Mais emoçõesA partir do dia 4 de maio, às 22h30, o GNT estreia a
terceira temporada do “Chegadas e Partidas”. A
apresentadora Astrid Fontenelle, que recentemen-
te foi diagnosticada com lúpus – doença autoimu-
ne provocada por um desiquilíbrio no sistema
imunológico –, já retomou as gravações dos episódios
inéditos do programa.
Troca-trocaMateus Solano está confirmado no elenco de “Gabrie-
la”, próximo “remake” de Walcyr Carrasco. O ator in-
terpretará Mundinho Falcão, personagem que ante-
riormente estava cotado para Max Fercondini, que fa-
rá outro papel na trama. As gravações da novela come-
çam em junho. Vale lembrar que Mateus e Walcyr já
trabalharam juntos em “Morde & Assopra”, da Globo.
Está combinadoO “Esquadrão da Moda” voltará à grade do SBT. A
ideia do canal é aproveitar a dupla Isabella Fiorentino
e Arlindo Grund para novamente comandar a produ-
ção. A expectativa é de que o programa vá ao ar ainda
neste semestre.
Agora vaiA Band trabalha com o título “Quem Fica em Pé” para
o novo programa de José Luiz Datena. Por enquanto,
só foram feitos pilotos. Uma produção de conteúdo
mais leve era uma antiga reivindicação do apresenta-
dor do jornalístico policial “Brasil Urgente”. O
“Quem Fica em Pé” estreia em abril.
Pequenos em focoO quadro “Medida Certa” ainda rende frutos. A produ-
ção do “Fantástico” programa uma nova edição do pro-
jeto, que agora será com crianças – no ano passado, os
protagonistas foram os jornalistas Zeca Camargo e Re-
nata Ceribelli –, sob a orientação do professor de Edu-
cação Física Márcio Atalla. A próxima temporada do
quadro começa a ser gravada ainda este mês e os candi-
datos já foram escolhidos. O projeto deve ir ao ar a par-
tir do dia 8 de abril.
Questão políticaA RedeTV! escalou o jornalista Kennedy Alencar para
comandar parte de sua programação especial em torno
das eleições. A partir de abril, o apresentador do pro-
grama “Tema Quente” será responsável por interme-
diar os debates entre os candidatos a prefeito de cinco
cidades: São Paulo, Rio de Janeiro, Belo Horizonte,
Fortaleza e Recife.
Sem pararAssim que terminou de gravar “A Vida da Gente”, o
diretor Jayme Monjardim partiu para um novo traba-
lho. Ele começou os preparativos para rodar o filme
“O Tempo e O Vento”, baseado no livro homônimo
do escritor Érico Veríssimo. A produção será lançada
em janeiro de 2014 e, meses depois, vai virar minis-
série na Globo. �
ZappingTV Press
Luiza Dantas/Divulgação
DIÁRIO DA REGIÃO São José do Rio Preto, 11 de março de 2012 / 17 - TV
Gabriel Braga Nunes se inspira no texto para interpretar
um domador de búfalos em “Amor Eterno Amor”
TV Press
Gabriel Braga Nunes foge do lu-
gar-comum. Normalmente, os ato-
res adotam um discurso mais defen-
sivo ao protagonizarem uma novela.
Já Gabriel se mostra seguro e con-
fiante. No lugar dos batidos discur-
sos de responsabilidade grande ou
intenso laboratório, o ator prefere
mergulhar no texto e na rotina da no-
vela para construir, aos poucos, seu
personagem. No caso, o rústico Car-
los de “Amor Eterno Amor”. Na tra-
ma de Elizabeth Jhin, ele vive o fi-
lho perdido de Verbena – de Ana Lú-
cia Torre – que possui o dom de acal-
mar os animais. E garante que não
se preocupou com qualquer tipo de
preparação para suas cenas. “No lu-
gar de ficar em casa lendo e pesqui-
sando como seria um domador, pre-
feri chegar no Pará para gravar e fa-
zer isso. Quando se ganha um papel
como esse, ou você confia na equipe
ou não funciona”, argumenta Ga-
briel, hoje um defensor da teledra-
maturgia. “Me formei sem pensar
em televisão. Mas agora, é o meu veí-
culo preferido. Não tem repetição
ou rotina, como no teatro”, justifica.
Pergunta – Entre “Insensato Co-ração” e “Amor Eterno Amor” vocêficou muito pouco tempo de férias.O que o fez aceitar logo fazer outranovela?
Gabriel Braga Nunes – O que
mais me chamou atenção nesse con-
vite foi sair do vilão e fazer o herói,
um contraste forte em tão curto espa-
ço de tempo. São personagens diame-
tralmente opostos. Nunca interpre-
tei esse tipo de pele queimada, cha-
péu, meio caubói sentado no cavalo
e galopando. Além disso, a previsão
é que a gente não ultrapasse 150 capí-
tulos. E sempre admirei o Papinha
(Rogério Gomes, diretor). Tinha
vontade de trabalhar com ele, fiquei
impressionado com o sucesso de “Es-
crito nas Estrelas”, última obra da
Elizabeth Jhin (autora) e também de-
sejava dividir cena com a Andréia
Horta, que já estava escalada. Ela fez
“Alice”, na HBO, junto com a mi-
nha mãe (a atriz Regina Braga) e fi-
quei extremamente fascinado com
seu talento.
Pergunta – O Carlos tem uma li-gação grande com os animais, fa-zendo com que você grave muitocom eles. Como tem sido essa ex-periência?
Nunes – Até onde eu recebi no
texto, o Carlos tem uma facilidade
no trato com os bichos. E é claro que
quando a gente está gravando, os ani-
mais não são dirigidos tão facilmen-
te quanto a gente gostaria que fos-
sem. Passamos por alguns imprevis-
tos, é normal. E são cenas mais de-
moradas, sem dúvida. Não é fácil vo-
cê falar para uma onça “para aqui”
ou “para ali”. Mas não tenho medo.
Decidi confiar. Até porque fazer um
personagem como esse e não se en-
tregar à equipe não seria possível. Já
aconteceu de tomar coice e cair do
cavalo, mas nada grave ou sério. In-
clusive diversos desses pequenos aci-
dentes foram incorporados à novela,
já que fazem parte da rotina de uma
fazenda.
Pergunta – Essas sequênciascom os animais têm sido suamaior dificuldade até agora?
Nunes – A minha maior dificul-
dade é o calor. O Rio de Janeiro –
principalmente nessa época – é mui-
to quente. E esse é um personagem
que vive basicamente de externas.
Eu quase não faço cenas de estúdio
por enquanto. E, como um bom pau-
lista de Higienópolis, adoro um ar-
Entrevista
NA CARA ENA CORAGEM
LuizaD
antas/D
ivulgação
Originário do
teatro, Gabriel
Braga Nunes
confessa que
hoje a tevê é
seu veículo
favorito
TV - 18 / São José do Rio Preto, 11 de março de 2012 DIÁRIO DA REGIÃO
condicionado. Na nossa cidade
cenográfica não venta. Então, a
gente trabalha invariavelmente
sob muito calor.
Pergunta – Vocês grava-ram muitas externas no Parátambém...
Nunes – Sim. E devo dizer
que fiquei absolutamente des-
lumbrado com tudo que vi ali.
Gostei demais da Ilha de
Marajó. No último dia, me agar-
rei a uma árvore e disse “nin-
guém me tira daqui” (risos). É
tão bonito, uma mistura dife-
rente de floresta amazônica e
praia nordestina. Fomos ainda
a Alter do Chão, que tem um
povo extremamente doce e edu-
cado. Eles têm uma espécie de
ingenuidade ou pureza que é
bem cativante.
Pergunta – Além do tratocom os animais, o Carlos étambém o filho perdido de Ver-bena, personagem de Ana Lú-cia Torre. Você chegou a seinspirar em alguém ou emuma história parecida?
Nunes – Não, eu tenho um
pensamento que é o seguinte:
novela a gente aprende fazen-
do. A gente descobre o persona-
gem com o passar dos capítu-
los. É contracenando com a
mãe, com a mulher que ele
ama, com o inimigo, prestando
atenção nos cenários, na rela-
ção com os animais, são nesses
detalhes que o personagem vai
aparecendo. Sempre tendo a
achar que aquilo que você pre-
para ou faz em casa e leva para
um set acaba te afastando do
personagem de novela.
Pergunta – E, fisicamente,precisou fazer alguma coisa?Afinal, você mesmo citou a pe-le bronzeada...
Nunes – Não, eu evito mes-
mo fazer qualquer preparação
para televisão. E, nesse sentido,
foi muito importante começar
a gravar lá no Pará. Não tinha
como eu preparar um domador
de búfalos, eu necessariamente
faria alguma coisa errada. Foi
mais real simplesmente chegar
lá e domar um búfalo. É mais
real do que ficar na minha casa
imaginando e lendo como um
domador de búfalos seria.
Pergunta – Como vocêschegaram ao visual do Car-los? Foi uma sugestão suadeixar o cabelo e a barbacrescerem?
Nunes – Aconteceu natural-
mente. Quando terminei a no-
vela, fui para Nova Iorque e de-
cidi deixar crescer tudo porque
assim, quando eu voltasse, te-
ria material para trabalhar. É
melhor ter mais do que ter me-
nos, qualquer coisa é só cortar a
barba e o cabelo e você está
pronto. Então, cheguei cabelu-
do e barbudo e o pessoal olhou
para mim achando interessan-
te. Todos começaram a enxer-
gar o personagem e comprei es-
sa ideia também.
Pergunta – A novela falade espiritismo e você é umateu. Como funciona essa re-lação na sua cabeça?
Nunes – Aposto que essa
vai ser uma história bonita e en-
volvente. E que vai me trazer
os elementos necessários para
eu fazer de forma crível. Sou
ateu, mas acredito muito na
capacidade do texto da Eliza-
beth Jhin. Acho que tem in-
gredientes muito fortes para
envolver o telespectador bra-
sileiro, que tem uma inclina-
ção grande à fé.
Pergunta – Nos últimosanos, você vem praticamenteemendando uma novela emoutra. O que aconteceu paraque se rendesse à televisão?
Nunes – É curioso isso por-
que, realmente, o que me levou
a escolher a profissão de ator
foi o teatro. E exclusivamente
ele! Nem cogitava fazer tevê.
Ao longo dos anos, resolvi expe-
rimentá-la e começamos a vi-
ver uma história de cada vez
mais envolvimento. Hoje em
dia, é o meu veículo favorito.
Prefiro fazer novelas a teatro
ou cinema. Isso tem a ver com
a vida dinâmica que uma nove-
la nos proporciona. Eu, como
um bom aquariano, me incomo-
dava muito com a repetição, a
rotina do palco. O dinamismo
de gravar coisas diferentes a ca-
da dia foi me contagiando. E
também de poder fazer viagens
tão diferentes, como quando
fui à Sicília para “Poder Parale-
lo” e, agora, no Pará. É, sem dú-
vida, o que mais gosto de fazer.
Pergunta – Foi isso que ofez assinar um contrato longocom a Globo? Afinal, vocêsempre disse que preferia fi-car livre para tomar suas pró-prias decisões na carreira.
Nunes – Pela primeira vez
na minha história eu faço um
contrato que não seja por obra,
mas por tempo. E isso tem a
ver sim. Bem, sempre prezei
muito a minha liberdade e meu
poder de decisão. E sempre
achei complicado ficar atrelado
por anos a uma empresa sem sa-
ber exatamente o que iria fazer.
Preferia dar um passo de cada
vez. Nesse momento da minha
vida, quando acabou “Insensa-
to Coração”, enxerguei na rela-
ção com a Globo um bom diálo-
go e capacidade de realização
de trabalhos de qualidade.
Me vi respeitado e valoriza-
do, senti que tenho voz ativa
e achei que era um momento
bonito com a empresa. E que
merecia ser coroado com um
belo contrato, exatamente co-
mo o que fiz.
“Amor, Eterno Amor” - Globo -Segunda a sábado, às 18h20
“Razão de Viver” (SBT,1996) - Mário
“Por Amor e Ódio”(Record, 1997) - LucasToledo
“Anjo Mau” (Globo,1997) - Olavo Ferraz
“Terra Nostra” (Globo,1999) - Augusto NevesMarcondes
“Uga Uga” (Globo,2000) - Otacílio
“Estrela-Guia” (Globo,2001) - Guilherme Nunes
“O Quinto dos Infernos”(Globo, 2002) - Felício
“O Beijo do Vampiro”(Globo, 2002) - Victor
“Kubanacan” (Globo,2003) - Vitor
“Senhora do Destino”
(Globo, 2004) - Dirceu
“Essas Mulheres”
(Record, 2005) - FernandoSeixas
“Cidadão Brasileiro”
(Record, 2006) - AntônioMaciel
“Caminhos do Coração”
(Record, 2007) - Taveira
“Os Mutantes” (Record,2008) - Taveira
“Poder Paralelo”
(Record, 2009) - TonyCastelamare
“Insensato Coração”
(Globo, 2011) - Léo
“Amor Eterno Amor”
(Globo, 2012) - Carlos
Gabriel Braga Nunes cres-
ceu cercado por referências tea-
trais. Filho da atriz Regina Bra-
ga e do diretor Celso Nunes, co-
meçou a frequentar o meio ar-
tístico desde muito novo e, pro-
vavelmente por isso, se interes-
sou pela interpretação ainda
criança. As primeiras aulas de
Teatro aconteceram na escola,
quando tinha por volta de 13
anos. E ajudaram muito o jo-
vem na hora em que optou por
fazer uma faculdade de Artes
Cênicas. “Desde garoto eu acha-
va legal a vida do ator. Olhava
para alguns e ficava impressio-
nado, queria ser como eles”, re-
corda Gabriel, que fazia perfor-
mances no bandejão da univer-
sidade onde estudava.
Fascinado por teoria e pes-
quisa, Gabriel estreou na tevê
em 1996, na novela “Razão de
Viver”, do SBT, na pele do
“bad boy” Mário. No ano se-
guinte, integrou o elenco de
“Por Amor e Ódio”, na Record,
fazendo logo em seguida o en-
gomadinho Olavo de “Anjo
Mau”, sua estreia na Globo. Co-
meçou a emplacar inúmeros ou-
tros trabalhos na emissora, co-
mo em “Terra Nostra”, “Estre-
la-Guia” e “O Beijo do Vampi-
ro”. Mas ganhou prestígio e res-
peito na televisão após se tor-
nar o principal nome do elenco
masculino da Record, emissora
onde protagonizou “Essas Mu-
lheres”, “Cidadão Brasileiro” e
“Poder Paralelo”, além de inter-
pretar o vilão Taveira em “Ca-
minhos do Coração” e na conti-
nuação “Os Mutantes”. “Fiz
bons trabalhos ali, grandes per-
sonagens. Cresci muito como
ator e pude estreitar esse laço
com a televisão”, valoriza.
Em forma
Gabriel não se esforçou pa-
ra ficar mais forte para interpre-
tar um domador de búfalos em
“Amor Eterno Amor”. Mas o ator
assume que, depois de mudar seus
hábitos para perder os 30 quilos ga-
nhosnaépocade“CidadãoBrasilei-
ro”,começouamudarseucorpo.Pa-
raeliminarabarriga,setornouadep-
to da corrida. E chegou a disputar,
no final do ano passado, a tradicio-
nal corrida de São Silvestre, em
São Paulo. “Estou me preparando
para fazer, no segundo semestre,
umamaratona.NoRio,agenteaca-
ba correndo muito na esteira por
causa do calor. Ou você levanta
muito cedo ou tem de estar li-
vre à noite. E nem sempre es-
tou”, conta. �
Trajetória televisiva
Talento de berço
Com Glória Pires na pele do vilão Léo, de “Insensato Coração”, seu
trabalho anterior na Globo, que o colocou em evidência na emissora
DIÁRIO DA REGIÃO São José do Rio Preto, 11 de março de 2012 / 19 - TV
“Louco por Elas” explora o universo feminino pela perspectiva masculina
TVPress
A dramaturgia quase sempre
prioriza o universo feminino. E
“Louco por Elas” não é diferente.
Mas, ao contrário de outras séries
recentes da Globo, como “Afinal,
O Que Querem as Mulheres?”,
“As Cariocas”, “As Brasileiras” e
“Tapas & Beijos”, o autor e diretor
geral João Falcão se utiliza do
ponto de vista masculino para
falar delas. Tanto que em seu
elenco fixo, o programa conta
com cinco nomes, sendo ape-
nas um de homem: o de Eduar-
do Moscovis. “É uma comédia
sobre mulheres, mas através da
ótica masculina. Queria algo
contemporâneo, que fosse dife-
rente da comédia romântica do
casal”, explica João.
Afastado de compromissos
comatevêabertadesdequeviveuo
mocinho Rafael em “Alma Gê-
mea”, em 2005, Eduardo Moscovis
foi o escolhido para viver o atrapa-
lhado Léo. Na história, ele é um
treinador de um time feminino de
futebol de praia que mora com a
avó e as duas filhas. Na verdade,
Theodora, personagem de Laura
Barreto, é sua filha com Giovana, a
ex-mulhervividaporDeborahSec-
co.JáBárbara,vividaporLuisaAr-
raes – filha do diretor de núcleo,
GuelArraes–, foicriadaporeledes-
debemnova,maséfrutodeumare-
lação anterior de Giovana. A de-
cisão por Moscovis, Falcão as-
sume, não foi à toa. “Além da
vontade de trabalharmos jun-
tos há muito tempo, o João sa-
be que eu tenho uma realidade
parecida com a dele. Somos
pais de três filhas, vivemos cer-
cados de mulheres. É um uni-
verso já conhecido por nós
dois”, explica o ator.
Ocasal formadoporLéoeGio-
vana lembra muitos já explorados
pela tevê. Principalmente pela ve-
lha e batida fórmula dos mocinhos
que se amam, mas parecem não
combinar. As filhas moram com
ele porque a mãe, cansada da falta
de ambição do marido, decide lar-
gar o casamento e apostar em sua
carreira de jornalista e escritora. E
se torna bem-sucedida no ramo
dos livros de autoajuda. “Quando
li, tomei um susto, porque é uma
personagem que nunca fiz, mãe de
adolescente. Mas não me restrinjo
e é tão raro ter o João Falcão escre-
vendo para a tevê que não tive co-
mo pensar em mais nada”, valoriza
DeborahSecco,queemendouotra-
balho em “Louco por Elas” com a
reta final de gravações de “Insensa-
toCoração”,ondeinterpretouades-
lumbrada Natalie Lamour.
Inicialmente, a ideia era exibir
apenas oito episódios de “Louco
por Elas”. Mas logo que a equipe
terminou de gravá-los a emissora
encomendou mais seis. Por isso
mesmo, por agora, ninguém conta
que o trabalho vai acabar depois
queesses14iniciasestiverempron-
tos. “Eu acho que a gente vai ficar
gravandooanotodo,mascomalgu-
mas pausas no meio”, supõe Glória
Menezes, que parece ser uma das
principaissurpresasdahistória.Na
pele da tresloucada Violeta, a atriz
aposta em um tom de humor que,
jura, nunca explorou na tevê. Ga-
nha um destaque que lembra um
pouco o espaço conquistado por
Ítalo Rossi na pele do irreverente
seu Ladir, no seriado “Toma Lá,
Dá Cá”, exibido pela Globo entre
2007e2009.“Joãotemumestilode
humormuitopeculiar.Talvezopú-
blico não conheça esse lado de hu-
mor. Eu mesma acho que nunca
fiz. A mais sensata e sábia dentro
dessa casa é uma menina de 10
anos”, adianta Glória.
“Louco por Elas” - Estreia dia 13,terça-feira, às 23 horas, na Globo
Inside
Pela luz dos olhos deles
Léo (EduardoMoscovis) –Técnico deumtime de futebol de praiafeminino,não temgrandes ambições. Atrai a atenção demuitasmulheresde todas as idades, masé apaixonadopelaex-mulherGiovana.Moracoma avóVioleta e cria aenteada Bárbaraea filhaTheodora
Giovana (DeborahSecco) –Escritorabem-sucedida de livrosdeautoajuda, largou Léopor nãoaguentar maisas diferençasentre eles esua falta deambição.Mas vive tendo recaídas. É mãe deBárbaraeTheodora
Violeta (Glória Menezes) –Age como louca, o quecria umaenormeafinidadecomTheodora. É quemtem asatitudes mais insanasdacasa
Bárbara (LuisaArraes) – Típicaadolescente, nãoconhece opaibiológicoe vêLéocomo a figurapaterna. Por isso, mantémcomeleuma relação deamor eódio. Éuma dasestrelas do time de futebol depraiaque opadrasto treina
Theodora (LauraBarreto) – Pareceamais madurada família. Faladifícil e sente uma identificaçãograndecomaavó Violeta �
Quem é quem
Cenas de
“Louco por
Elas”, série de
oito episódios
estrelada por
Eduardo
Moscovis, que
não atuava na
tevê desde
2005
Fotos: Luiza Dantas/Divulgação
TV - 20 / São José do Rio Preto, 11 de março de 2012 DIÁRIO DA REGIÃO
“Novas famílias”, do GNT, revela as diferentes formas de se viver junto no Brasil
TV Press
Papai já não sabe tudo há
umas três décadas no Brasil. É
o que mostra a série “Novas Fa-
mílias”, de João Jardim, que o
canal fechado GNT passou a
apresentar às sextas-feitas, às
22h. O modelo familiar tradi-
cional, com pais e filhos do
mesmo casamento morando
sob o mesmo teto, é cada vez
mais raro no Brasil. Na verda-
de, hoje representa menos que
35% dos lares do país.
Não há um único padrão pa-
ra a família brasileira, o que a
série do cineasta João Jardim
ilustra com visual macio e gos-
tosa luminosidade, para não
chocar algum telespectador dis-
traído com o que anda ocorren-
do mundo afora. Caso de duas
jovens de São Paulo que resol-
veram viver juntas e ter filhos.
São apresentadas sem o menor
ranço de gueto ou de comporta-
mento “desviante”. Vovôs e vo-
vós comemoram juntos ao ca-
sal “gay” o aniversário dos neti-
nhos, da mesma maneira que
em um núcleo familiar hetero.
A série revela com intimidade
como as pessoas se adaptam às
transformações e seguem a vi-
da adiante.
Em outro episódio, João
Jardim aponta a câmara para
os pais-avôs, como muitas ve-
zes são conhecidos homens
com mais de 50 anos – e, às
vezes, com mais de 70 – que
tem filhos em seus segundos
ou terceiros casamentos. E
ainda para os casais que reú-
nem sob o mesmo teto filhos
de relacionamentos anterio-
res, em delicadas equações de
espaço e afetividade.
A série jornalística chega
atrasada em relação à dramatur-
gia da teve e do cinema. “Os
Meus, Os Seus, Os Nossos”,
longa de Raja Gosnell estrela-
do por René Russo, já pensava
sobre a situação em 2005. E,
bem mais atrás, em 1986, o dire-
tor Bertrand Blier narrava a vi-
da a três no transgressivo “Meu
Marido de Batom”. Sem falar
em “A Gaiola das Loucas”, de
1978, sob a regência de
Édouard Molinaro. Aqui no
Brasil, os seriados também ten-
tam acompanhar essas altera-
ções da família, de “Malu Mu-
lher”, de 1979, a “Tapas & Bei-
jos”, que volta ao ar este ano
em nova temporada.
Nas fundações desses novos
lares brasileiros está aquela que
talvez seja a mudança mais radi-
cal do século 20: a independên-
cia da mulher. Sem depender
do marido provedor, a mulher
se tornou livre para decidir se
quer casar, ter filhos e que tipo
de vida deseja viver. Mais do
que os socialismos ou a criação
de novos estados na Ásia e na
África, foi a descoberta da mu-
lher que modificou de forma ra-
dical as sociedades de todo o
planeta. É uma força que retém
o crescimento populacional em
meio mundo, perturba a ordem
islâmica e ocupa cada vez mais
postos de trabalho em escala
global. Uma história que ainda
não terminou. �
“Novas Famílias” – GNT –Sexta, às 22h
Ponto de vista
Amores possíveis
Mariana Elisabetsky e Paula Izzo com os gêmeos Mia e Gael: com visual “macio”, série mostra que não existe mais um único padrão de família
Divulgação
DIÁRIO DA REGIÃO São José do Rio Preto, 11 de março de 2012 / 21 - TV
MALHAÇÃO - 17H50
Segunda-feira - Maruschka tentaconvencer Ana Girafa a desistirdo processo de reconhecimento.Vicente oferece seu apartamentopara Sebastião morar com Raís-sa. Sarita fica revoltada com aagressão de Rubinho a Ana Gira-fa e sugere que Alberto castigueo filho. Felizardo expulsa Locan-
da de casa. Eveva aconselha Be-lezinha a abrir seu coração. Cami-la encontra Agenor e Brigitte jun-tos em casa. Renato se declarapara Belezinha. Camila conta pa-ra Claudia que Bernadete estágrávida de Ricardo.Terça-feira - Maruschka resolvese aproximar de Ana Girafa. Orlan-
dinho conta para Belezinha quea viu beijando Renato. Saritadescobre que Otília está em co-ma por causa de Estela. Olgapressiona Estela a não aban-doná-la. Camila esbarra em Jo-selito e ele tem uma vidência.Locanda não vai ao casamentode Damiana. Estela fala mal de
Sarita para Raul. Raimundinhaconversa com Damiana antesdo casamento e arma um planopara roubar Felizardo. DoutorNebarian diz a Vicente que eletem chance de voltar a andar.Quarta-feira - Até o fechamento destaedição, a emissora não divulgou o re-sumodo capítulo.
Quinta-feira - Até o fechamento destaedição, a emissora não divulgou o re-sumodo capítulo.Sexta-feira - Até o fechamento destaedição, a emissora não divulgou o re-sumodo capítulo.Sábado - Até o fechamento desta edi-ção, a emissora não divulgou o resu-modocapítulo.
FINA ESTAMPA - 21H00
AMOR ETERNO AMOR - 18H15
Segunda-feira - Celina protesta pornãopoderassistir àaudiênciadeDa-nielle. Zambeze reclama da presen-ça de Tereza Cristina na pousada.GuaracyflagraconversaentreRenêeGriselda. Chiara vai com Vilma aohospital.GriseldacomentacomAmá-lia que Renê ainda defende TerezaCristina.Esther agradeceaPauloporcuidar de Vitória. Chiara morre nosbraços de Vilma. Griselda reclamaporGuaracynãodeixá-la falarcomRe-nê. Danielle pede para falar antes
queseja anunciada suasentença.Terça-feira - Marilda acusa Íris de terroubadoTerezaCristina.Asocialite in-sinua que a empregada a roubou eelaameaçacontarparapolíciatudooquesabesobreavilã.PatríciaeRenêJr. vãomorar comGriselda.Odelega-do Paredes intercepta uma ligaçãoentreFerdinandeTerezaCristina. Írise Alice compram um caminhão. Da-nielle temseudiplomacassado.Teo-doraavisaaQuinzéquevaiemboraepede para ficar um dia com Quinzi-
nho. Griselda encontra a loira aosprantos.Quarta-feira - Teodora se recusaa fa-larcomGriselda.Pereirinhaseassus-ta ao ver Tereza Cristina no escurodentro da mansão. Baltazar ouvePezão elogiando Celeste e fica furio-so. Patrícia sugere que ela e Antenortenham um filho. Wallace beija Dag-mar. Griselda aceita o pedido de ca-samento de Guaracy. Renê beija Va-nessa. Letícia e Juan marcam a datado casamento. Baltazar se recusa a
fazer amor com Celeste. Crô flagraBaltazarolhandoparasua janela. Pe-droJorge fogedacasadeCelina.Ma-rilda pede para trabalhar na casa deGriselda.Quinta-feira - Renê e Tereza Cristinatrocamofensas.Danielle produzEn-zo para seu ensaio fotográfico. Pe-dro Jorge implora para que Danielleo tire da casa de Celina. Juan e Vil-ma comentam sobre o clima entreFábio e Carolina. Crô conta para Te-reza Cristina que Marilda trabalhará
na casa de Griselda. Paredes ouvea vilã marcando um encontro comseu cúmplice. A loura misteriosaconsegue avisar a Ferdinand queseu telefone está sendo rastreado.Tereza Cristina orienta Ferdinand alevar Griselda para o mesmo case-bre onde ele prendeu Antenor.Sexta-feira - Até o fechamento destaedição,aemissoranãodivulgouo re-sumodo capítulo.Sábado-Atéo fechamentodestaedi-ção, a emissora não divulgou o resu-modocapítulo.
Segunda-feira - Carlos obriga Pe-dro a apagar todas as fotos que ti-rou dele. Tobias conta para o irmãopor que levou o jornalista para a Vi-la dos Milagres. Pedro avisa a Pris-cila que encontrou Rodrigo. Valériatenta descobrir o que pode sobre ahistória de Carlos. Priscila contra-ria a ordem de Dimas e conta so-bre o telefonema de Pedro para Mi-riam. Dimas conta para Melissa so-bre a ligação que Priscila recebeude Pedro. Valéria se oferece paralevar o jornalista à casa de Carlos.Fernando flagra Miriam ao telefonecom Pedro falando sobre Rodrigo.Terça-feira - Fernando convence Mi-
riam a não contar para Verbenaque Rodrigo pode ter sido encontra-do. Clara confessa para Zilda quenão gosta de Fernando. Gracinha fi-ca encantada com as histórias dePedro. Bruno e os amigos ignoramJáqui durante uma conversa sobrea viagem. Marlene pede para Gildatomar conta de Juninho e Laís. Pe-dro conversa com Miriam sobre Ro-drigo. Miriam afirma a Verbena quetrará Rodrigo de volta.Quarta-feira - Melissa ouve a con-versa de Deolinda e Tereza sobre osobrinho e decide ir à casa da ir-mã. Fernando exige que Miriam de-sista de viajar para Belém. Carlos
procura Carmem e Zé. Beatriz ten-ta convencer Gabriel de que Claraé uma criança especial. Marleneavisa que a reunião de condomínioserá adiada e todos ficam chatea-dos. Miriam se entristece por Fer-nando não aparecer no aeroporto.Pedro recepciona a jornalista emsua chegada a Belém.Quinta-feira - Miriam desconfia dasintenções de Pedro ao conversarcom ele. Fernando não atende aotelefonema da noiva. Miriam e Pe-dro chegam a Marajó. Valéria procu-ra os desenhos que Carlos fez deElisa. Gabi implica com Clara. Fer-nando finge acreditar na volta de
Rodrigo para Verbena. Valéria ten-ta intimidar Miriam por causa deCarlos. Carlos e Miriam se encon-tram no lago e se encantam umcom o outro.Sexta-feira - Carlos fica perturbadocom a presença de Miriam e deci-de ir embora. Pedro fica ansioso aosaber do encontro de Carlos e Mi-riam. Fernando pergunta a Priscilapor notícias de sua noiva. Carlospega os desenhos que fez de Elisae pensa em seu encontro com Mi-riam. A jornalista induz o peão a fa-lar sobre seu passado. Gabriel con-segue falar com Miriam. Clara diz aFernando que sonhou que a irmã
encontrava outro noivo. Carlos levaMiriam para contemplar as estre-las e os dois se aproximam.Sábado - Josué, Carlos e Miriamchegam ao estábulo, onde umabúfala está prestes a dar à luz.Gabriel fica preocupado com o es-tado de Verbena. Carlos se des-culpa com Miriam. Fernando re-serva uma passagem para Be-lém. Miriam promete ajudar Car-los a desvendar a história de suaorigem. Clara pede para Beatriznão contar nada sobre sua ses-são para Gabriel. Miriam tentaconvencer Carlos a ir para o Riode Janeiro com ela.
Segunda-feira - Fabiano convidaLaura para jantar em sua casa.Gabriel sugere a Alexia que elesfinjam uma briga para Cristal dei-xá-los em paz. Natália sugere queAlexia e Gabriel provoquem umabriga na frente de Moisés. Déboraafirma a Isabela que não quer sersua amiga. Cristal mente para Ba-bi e diz ter desistido de entrevis-tar Juninho. Moisés fica satisfeitoao ver Alexia discutir com Gabriel.Betão lê uma matéria em uma re-vista adolescente e acredita queBabi o esteja traindo. Débora vaiao jantar com Laura e fica mal-hu-
morada ao ver que Isabela é a fi-lha de Fabiano.Terça-feira - Sabiá interrompe aentrevista de Cristal. Gabriel éobrigado a deixar Alexia sozinhapara tomar conta de Kiko. Babi seimpressiona com a determinaçãode Guido, que não desiste de seunegócio, mesmo trabalhando noposto. Débora muda de compor-tamento ao descobrir que Fabia-no é o diretor do seriado dekung fu. Jefferson e Dieguinhocontam para Aparecida sobre aentrevista de Juninho que estáindo ao ar no rádio.
Quarta-feira - Cristal nega ter fala-do com Juninho. Fabiano repreen-de Kiko por ter se atrasado para agravação. Cristal confessa a Babique entrevistou Juninho. Filipenão acredita na mudança repenti-na de postura de Débora. Natáliatenta convencer Jefferson a nãofazer o show da forma comoMoisés mandou. Isabela leva Fili-pe a uma cachoeira. Guido acer-ta seu acordo com o advogadode Juarez. Natália consegue queseu irmão use a cozinha do barde Coxinha para fazer seus pas-téis. Filipe e Isabela se beijam.
Guido vê Fabiano próximo a Lau-ra e fica nervoso.Quinta-feira - Guido fica desapon-tado quando Laura o apresentapara Fabiano como seu amigo. Fili-pe confessa a Betão que estáapaixonado por Isabela. Kiko seaproxima das namoradas de trêshomens fortes e pede ajuda a Ga-briel. Moisés orienta Jefferson aentrar no palco na cadeira de ro-das e ficar de pé na frente da pla-teia. Juninho cobra de Cristal o di-nheiro que prometeu para conse-guir a entrevista.Sexta-feira - Cristal enrola Juni-
nho, diz que deu a grana paraMoisés e consegue a entrevista.Ao tentar ficar de pé, Jeffersoncai no palco, mas decide conti-nuar o show, mesmo sentindo do-res. Rose conta para Aparecidasobre Juninho e ela denuncia obandido à polícia. Guido fica ali-viado quando Laura afirma queFabiano é apenas um cliente dobrechó. Babi não encontra Cris-tal em casa e se preocupa. Umhelicóptero da polícia aparece eassusta a todos na Comunidadedos Anjos. Juninho consegue fu-gir, mas Cristal cai, sofre um aci-dente e fica desacordada.
Resumo das novelas
AQUELE BEIJO - 19H15
GLOBO
TV - 22 / São José do Rio Preto, 11 de março de 2012 DIÁRIO DA REGIÃO
Segunda-feira -MicheleReginaencon-tram Eduardo acidentado na estrada.Emdelírio, Eduardo chamapelo nomede Amanda. O caseiro da fazenda deGlaucocolocaAmandaemumbarco–elesfogempelorio.VerapedeparaAli-ne usar o colar que ganhou da avó nodiadacerimôniadecasamento.Eduar-dofalaaMichelquesesentemelhorequer ir atrás de Amanda. Eduardopede para Luciano ir procurarAmanda. Dante entrega a caixa demúsica para Eduardo, que ao abrirvê as fotos de Rodrigo e Aline.Eduardo fica extremamente arre-pendido. Glauco vai ao quarto deAmanda e a convida para jantar.
Terça-feira - Dante conta a Eduardoque Amanda e Glauco estão de parti-da para São Paulo. Desconfiado, Vitorperguntaa Alineseela tem certeza deque Amanda namorou Rodrigo. Eduar-do se hospeda no mesmo hotel queAmanda e Glauco. Aline confirma a Vi-tor que Amanda namorou Rodrigo.Amanda descobre que Vitor e Alinevão se casar. Amanda promete nãodeixar Aline fazer mal a Vitor. Vitor vaiaoapartamentodeFlávio.Eduardoen-contraTitaeperguntaseAmandaestáescondidanamansão.Eletelefonapa-ra Bianca e diz que precisa falar comAmanda.Quarta-feira - Bianca afirma a Eduardo
que não vai ajudá-lo com Amanda. Elaconta a Amanda que Eduardo estáhospedado no mesmo hotel que ela.Ao subir para o quarto, Amanda e He-loísa se esbarram pelos corredores.Vera diz a Aline que Eduardo e Aman-da não receberam o convite de casa-mento. Olavo acha que foi proposital.HeloisaseperguntacomoAmandavaireagir quando souber que ela é suamãe. Amanda diz a Bianca e Glaucoque vai desmascarar Aline no dia docasamento. Eduardo afirma para Ola-vo que culpou Amanda pela morte deseu irmão e confessa o seu plano devingança.Quinta-feira -Chegaodiadocasamen-
to de Vitor e Aline. Vera pede para elacolocar o pingente da avó. Vera procu-raopingentenocofreeencontraacai-xa vazia. Aline coloca a culpa em Tita.Os primeiros convidados começam achegar à igreja. Amanda e Glauco fi-campresosnotrânsito.Opadredá iní-cio à cerimônia. Aflita, Amanda entrana igreja e desperta a atenção de to-dos.Alinepedeparaopadrecontinuarcomacerimônia.ElaeVitor trocamasaliançaseopadreosdeclaramaridoemulher. Ao sair da igreja, Aline é se-questradapor homens encapuzados.Sexta-feira - Aline é levada pelos se-questradores para uma casa abando-nada. Lucy pergunta a Heloisa o que
ela está fazendo na igreja, ela afirmaque está decidida a se apresentar aAmanda. Vitor pergunta a Olavo o queAmandaqueria quandoentrou na igre-ja. Vera diz que Amanda armou o se-questro por inveja. Amanda diz à tiaque ela irá se arrepender quando des-cobrir a verdade. Os sequestradoresfazem contato com Vitor. Eles pedemR$9milhõesparao resgate.Vitor per-guntaaAmandapor queelaentrounaigreja daquela maneira. Tita conta aAmanda que o pingente de Aline su-miu. Amanda afirma que o pingentevai aparecer. Flávio chega ao cativeiroemqueAlineestáeapontaumaarmacontraela.
Terça-feira - Davi e os outros conse-guemderrotarosamalequitaseresga-tamsuasmulheres.Jonatasmorredu-rante a batalha. Ao ver o filho morto,Saulolhaparaocéu,dizaDeusqueotronodeIsraelestá livreesemata.Osfilisteus atacam o acampamento.
Com o filho de Jonatas no colo, Tirsafogedeumfilisteu.Elatropeçaederru-baacriança.Ocavalopassaemcimadas pernas de Mefibosete, que gritade dor. Abner discursa para a popula-ção defendendo que Esbaal assumao trono. Davi chega e chama a aten-
çãodetodos.AitofelafirmaqueDaviéoungidodeDeusedeveseronovoreide Israel.Quinta-feira - Davi diz que não quer lu-tar pelo trono. Ele confia na vontadedeDeus.Amultidão ficadividida.Davisurpreende todos e entrega a coroa
de Saul para Esbaal. Mical corre atéDavi e diz que ele precisa dela parareunir as tribos de Israel. Com o tem-po, o reino de Davi prospera en-quanto a casa de Saul enfraque-ce. Um mensageiro diz a Davi queAbner aceita ajudá-lo e propõe
uma aliança. Ele diz que só aceita-rá a aliança se devolverem sua es-posa Mical. Itai chega ferido aoacampamento de Davi. Mical tam-bém chega ao acampamento ecumprimenta Davi com um tapano rosto.
Segunda-feira - Descontrolada, DivinabateemErnesto,exigindoqueelereve-le a localização de Jaqueline. Ele a se-gura, dizendo que não fez nada, masDivina não acredita. Jaqueline se apro-xima com Daniel. Ele mente que a me-nina havia se perdido. Patrícia fica ani-mada ao saber que foi encontradauma testemunha que vai depor contraRita.Eladecidedescobrirqueméessapessoa. Cacau, Renato, Grace e Fáti-masaemàprocuradeWellington.Elesencontram o jogador, que ainda tentafugir, mas acaba se entregando. Apósuma longa conversa, ele decide se in-ternar emuma clínica de reabilitação.
Terça-feira - Patrícia fica magoadacom as insinuações de Francisco. Elea ofende, fazendo comparações comRegina. Patrícia chora, mas Franciscodecide ver Miguel antes de ir embora.Rita firma um acordo com o homemque havia encontrado. Ela entrega umenvelope gordo, mas pede que elenão o abra em público. O homem afir-ma que vai acabar com a testemunhade Patrícia. Patrícia recebe uma caixa,semremetente, comoCDgravadope-lo assassino, onde Rita confessa es-tar aflita por conta da nova testemu-nha que surgiu.
Quarta-feira - Rita afirma que estimu-lou Ivan a sequestrá-la, mas explicaque fez tudo isso para se defender deRegina. Rita diz que pode tirar MigueldePatríciaeaindafazameaças.Noca-tiveiro, após uma distração de Lucas,Cleberoacertacomumacadeira.Oex-motorista de van desmaia, enquantoCleber foge do cativeiro. Regina pegaas chaves e consegue se libertar. Elasai cautelosapara ter certeza dequeoex-motorista de van não está por ali. Aturma do bolão se reúne para decidirseMargaridateráumanovachancedecumprir suamissão.
Quinta-feira - Jorge e Severino se posi-cionam contra a nova oportunidade deMargarida. Francisco decide dar umachance enquanto Carlos não tem mui-tasegurançadesuadecisão,mastam-bém dá um voto de confiança. O votodeMarizeteserádecisivoparadefiniroimpasse.Amilionáriadecidevotarcon-tra.Antesde ir embora,aex-namoradade Elton ameaça todos os que vota-ram contra. Francisco diz a Guilhermeque mandou fazer uma varredura emsua casa e descobriu uma mini câme-ra.Eleacreditaque Patríciaéa respon-sável pelaescuta.Sexta-feira - Rita afirma que precisa
provar que Patrícia pagou a testemu-nha que a viu no cativeiro. Nelize des-confia de Rita. Lúcia entrega objetospessoais a Regina no hotel. A empre-sária conta para Lúcia que Lucas se-questrou ela, Cleber e Elton. ReginaafirmaquenãodenunciaráLucas,poisdeseja que Cleber permaneça no cati-veiro. Carlos se dá conta de queWellingtonsumiudaclínica.Patríciade-termina que Miguel não ficará sob omesmo teto que Rita e Franciscoameaçabrigar na justiça. Regina suge-re para Margarida que elas matem osmembros da turma do bolão, com ex-ceçãode Francisco.
Segunda-feira - Até o fechamentodesta edição, a emissora não di-vulgou o resumo do último capí-tulo da primeira temporada de“Rebelde”.Terça-feira - Alice e Pedro chegama um acampamento. Vicente diz aTomás que vai viajar. Tomás seressente por não poder ir e acusaCarla de sufocá-lo. Carla lembraTomás que eles têm shows a fa-zer. Diego e Roberta comemoramo tempo livre em um hotel fazen-da. Pedro acha graça das reclama-ções de Alice sobre o acampa-mento. Leila chama Binho para
executar as tarefas no colégio. To-más diz a Leila que terminou comCarla e que quer ir para NovaYork. Pedro e Alice discutem assuas diferenças. Jonas recebe osnovos alunos.Quarta-feira - Pedro e Tomás fi-cam deslumbrados com a belezade Lucy. Roberta diz a Alice queLucy ficou encarando Diego. Asmeninas ficam empolgadas coma chegada de Miguel. Binho diz aPilar que foi expulso do antigo co-légio por causa de Miguel. Jonasanuncia Leila como membro da di-retoria do Elite Way. Vicente suge-
re que sejam oferecidas matériasextracurriculares ligadas às artese ela aprova. Roberta é desarma-da pela simpatia de Lucy. Jonasconfronta Leila sobre o seu apoioà prática de artes no colégio. Pilarrevela a Carla que ela e Binho es-tão apaixonados.Quinta-feira - Lucy conta para Car-la que ela e o irmão usam lentesde contato para proteger os olhosda luz do sol. Binho diz a Pilar queMiguel é perigoso. Miguel os vêaos beijos. Lucy provoca uma dis-cussão entre Roberta e Alice. Mi-guel corrige Marcelo durante a au-
la. Os alunos ficam impressiona-dos com o conhecimento dele so-bre História. Bernardo fica encan-tado com Carla. Carla tenta fazerciúmes em Tomás. Roberta falapara Diego que Binho não olha nacara de Miguel. Ela afirma que Bi-nho está diferente. Miguel e Lucyapostam em quem conquistaráAlice ou Diego primeiro.Sexta-feira - Lucy e Miguel convi-dam Carla para jogar na casa de-les. Alice fica mexida após conver-sar com Miguel. Pedro diz a Lucyque ela é diferente da maioria dasmeninas. Roberta questiona Lucy
sobre um caderno com aplica-ções de olhos vermelhos, mas elase esquiva. Roberta diz a Aliceque o objeto deve ter alguma rela-ção com vampiros. Binho diz quepedirá para trocar de quarto. Elefala para Pedro ter cuidado comMiguel. Pedro pede que ele proveo que diz. Jonas não permite queBinho mude de quarto. Leila afir-ma que ele deve estar se sentin-do ameaçado pelo bom históricode Miguel. Alice e Pedro e Tomáse Carla se estranham. Lucy e Mi-guel ficam satisfeitos ao veremos ex-casais brigando.
Resumo das novelas
CORAÇÕES FERIDOS - 20H30
REI DAVI - 23H00
VIDAS EM JOGO - 22H15
REBELDE - 20H30
RECORD
SBT
DIÁRIO DA REGIÃO São José do Rio Preto, 11 de março de 2012 / 23 - TV
Montmartre e Belleville revelam novos encantos
de uma das cidades favoritas dos brasileiros
Agência O Globo
Montmartre e Belleville, es-
palhados pelos 18, 19 e 20 ar-
rondissements, são dois bair-
ros ótimos para praticar a arte
de andar sem rumo, subindo la-
deiras e escadas e desvendando
novos ângulos da capital france-
sa. Você descobre padarias que
servem algumas melhores ba-
guetes de Paris, restaurantes ét-
nicos, lojas de design e galerias
de arte, além de endereços his-
tóricos, como La Mére Catheri-
ne, onde teria nascido a palavra
imensamente relevante para os
gauleses, bistrô, e o café Aux
Folies, frequentado por nin-
guém menos que Edith Piaf.
Turismo
BELAS VISTASDE PARIS
TURISMO - 24 / São José do Rio Preto, 11 de março de 2012 DIÁRIO DA REGIÃO
Escadarias da Basilique
du Sacré Coeur de
Montmartre, principal
cartão-postal do bairro
Agência
OG
lobo
DIÁRIO DA REGIÃO São José do Rio Preto, 11 de março de 2012 / 25 - TURISMO
Nessa charmosa rua e seus arredores estão algumas das melhores boulangeries da capital francesa
Agência O Globo
Montmartre, mais especifica-
mente a Rue des Abbesses, é um
dos melhores lugares de Paris para
se começar um dia de maneira mui-
to parisiense. É que estão ali algu-
mas das melhores boulangeries da
capital francesa, como Le Grenier
à Pain, Coquelicot, La Flûte de
Pain e Au Levain d’Antan - este úl-
timo é o atual campeão do concur-
so de melhor baguete de Paris, que
faz dele o fornecedor oficial do Pa-
lácio do Eliseu, residência do casal
Nicolas Sarkozy e Carla Bruni.
Portanto, passear por Mont-
martre é uma ótima razão para dis-
pensar o café da manhã do hotel.
Não apenas pela qualidade de suas
padarias, mas também pela enor-
me oferta de lojas de alimentos,
tanto “traiteurs” que vendem pra-
tos prontos, quanto as casas espe-
cializadas (em queijos, em vinhos,
em pescados...).
Depois de comprar uma bela
baguete, croissant ou brioche, ou
mesmo os três, podemos sair em
busca de queijos, geleias, embuti-
dos, pastinhas e outros recheios
que a nossa imaginação permitir
pelas lojinhas da Rue de Abbesses.
Gostoso e prático, já que a esta-
ção Abbesses do metrô - em ponto
central, facilmente alcançada a par-
tir de diversas linhas - está a pou-
cos passos dessa coleção de lugares
deliciosos. Para achar a padaria Le
Grenier à Pain basta ficar atento à
fila, que está sempre à porta.
Ali perto, o imenso gramado
que desce as encostas da Basilique
du Sacré Coeur de Montmartre é
um convite irresistível para esticar
a toalha e fazer um piquenique ma-
tinal - há vários banquinhos de ma-
deira, com linda vista da cidade.
Montmartre é um bairro reple-
to de imigrantes, daí a quantidade
imensa de restaurantes étnicos: há
endereços chineses, tailandeses, ti-
betanos, cambojanos, indianos,
húngaros, italianos, gregos.
Na Rue de Abbesses e seus arre-
dores, encontramos uma babel gas-
tronômica, com pratos autênticos
e a bons preços, preparados por co-
zinheiros nativos desses lugares.
Muitos desses endereços são es-
pecializados em comida pronta, os
“traiteurs”, um achado para os que
planejam um piquenique por aque-
les lados: numa pequena área da
Rue des Abbesses encontra-se um
traiteur asiático, chamado Shan-
ghai; um outro italiano, La Botte-
ga di Piacenza, e outro grego, a Pe-
lops - além de uma bela “charcute-
rie”, a Nathalie et Christian Du-
rand; uma casa de chás, a Kusmi
Paris; e uma loja de queijos, Les
Fromages de Marie, com uma ad-
mirável coleção de exemplares de
diversas regiões da França.
Há outras vitrines tentadores,
que exibem vistosos sanduíches
(tem cada croque monsieur lindís-
simo), frangos assando lentamente
(há uma casa especializada em
aves, a Chicken Family), embuti-
dos pendurados, peixarias (na Pe-
pone, que prepara uma famosa so-
pa de pescados, é possível comprar
peixes e frutos do mar vistosos; pa-
ra as ostras, basta um limão para
uma bela brincadeira ao ar livre),
açougues (a Jack Gaudin vale a visi-
ta), mercadinhos com frutas visto-
sas, cafés, brasseries, bistrôs.
Amantes das ostras encontram
um porto seguro na tradicional La
Mascotte, um bar especializado
em peixes e frutos do mar, que tem
sempre uma ótima seleção delas,
exposta do lado de fora.
Paris
COMECE O DIA PELARUE DES ABBESSES
Balcão repletode pãesdeliciosos naLeGranier àPain, eleitaa melhorbaguetedeParis em 2010
Fotos: Agência O Globo
TURISMO - 26 / São José do Rio Preto, 11 de março de 2012 DIÁRIO DA REGIÃO
A parte baixa de
Montmartre, repleta
de restaurantes
étnicos, bistrôs e
lojas de alimentos, é
pouco frequentada
por turistas
Um ótimo lugar para um
aperitivo depois do café da ma-
nhã e antes do almoço, na parte al-
ta de Montmartre, é o bar de vi-
nhos e loja Caves des Abbesses,
que tem uma ótima seleção de ró-
tulos (há mais duas lojas ali, Nico-
las e a De Verre en Vers).
Para os dias mais quentes,
duas mesinhas do lado de fora
convidam a ficar por ali, beberi-
cando ao sabor de pratos de pe-
tiscos, com queijos, embutidos
e conservas.
No frio, nos fundos da loja
há um pequeno e acolhedor sa-
lão, com algumas mesas. Para
um bom “gelato”, a Amorino
serve uma ótima seleção, sem
conservantes e corantes, no esti-
lo italiano.
Montmartre não é nenhum
Marais, mas existe ali um co-
mércio moderninho, com algu-
mas galerias de arte e lojinhas
de roupas e objetos que agra-
dam a turma que curte design e
afins, como a Pylones e a
Kiehl’s, uma marca de produ-
tos de beleza muito fashion.
Os fãs da gastronomia en-
contram diversão garantida na
Ets Lion, ainda na Rue des Ab-
besses. Inaugurada em 1895 é
loja de produtos alimentícios,
como ervas, geleias e objetos de
culinária e decoração de cozi-
nhas, como velas, potes e traves-
sas, além de plantas, sementes
e material para jardinagem.
Ainda que o maior burburi-
nho artístico esteja na parte al-
ta do bairro, na Rue des Abbes-
ses e cercanias também encon-
tram-se boas galerias, como a
Tableaux e a W Eric Landau.
A Yellow Korner é uma im-
perdível galeria de arte dedica-
da exclusivamente à fotografia,
com uma incrível seleção de
imagens, entre registros clássi-
cos de artistas famosos e impor-
tantes agências de imagens (co-
mo a americana Keystone) a no-
vos talentos nessa área.
Há por ali, ainda, algumas
lojas de suvenires com peças
bastante interessantes, como a
Montmartre Je t’aime, e até
uma casa especializada em obje-
tos angelicais, La Boutique des
Anges, com envelopes para car-
tas e abajures, passando por
ímãs de geladeira, velas e toda
a sorte de imagens.
Ainda na linha loja temáti-
ca, na Rue Tardieu, no cami-
nho para a Basilique du Sacré
Coeur de Montmartre, encon-
tra-se uma casa especializada
em frascos de perfume e talco,
a Belle de Jour.
Para se chegar à parte alta
do bairro há três possibilida-
des: usar o trenzinho branco
que circula por Montmartre
(com saída e chegada da Pla-
ce Blanche, bem próxima à
Rue des Abbesses), subir pe-
lo funicular que está aos pés
da igreja ou encarar os de-
graus da escadaria, num pro-
grama relativamente cansati-
vo, mas que revela aos poucos
lindos ângulos de Paris. (AG)
Croque Monsieur: vitrines das lojas nas ruas Abbesses e Lepic
guardam delícias como este clássico francês
Trattoria grega
Palops:
endereços
gastronômicos
de vários países
e lojas de
alimentos
prontos são
características
de Montmartre
Aux Folies: o bar
frequentado por
Edith Piaf fica ao
lado da
grafitadíssima Rue
Dénoyez
Lojas moderninhas
DIÁRIO DA REGIÃO São José do Rio Preto, 11 de março de 2012 / 27 - TURISMO
O bairro se desenvolveu como área pobre, frequentada por operários e
imigrantes: hoje, exagera no charme
Agência O Globo
Se o mundo está em Paris,
pode-se dizer que a sua diversi-
dade circula pelas ruas de Belle-
ville. O bairro no 20º arrondis-
sement, afastado do Centro,
viu nascer a cantora Edith Piaf
e tem no Aux Folies um ícone
da época em que ela se apresen-
tava por lá.
Hoje um museu guarda sua
memória. Excluído do grande
redesenho de Paris promovido
pelo Barão de Haussmann, que
enfeitou a capital francesa com
seus bulevares no século 19,
Belleville se desenvolveu como
um bairro pobre frequentado
por operários e imigrantes que
buscavam aluguéis baratos.
Por sua rica história, Belle-
ville inspira estudos sociológi-
cos. O bairro absorveu grandes
correntes migratórias a partir
dos anos 1950.
Sua comunidade chinesa é
uma das maiores de Paris - a outra
fica nos arredores da Place d’Italie,
no 13˚ arrondissement.
Por muitas décadas Belle-
ville sofreu com a violência.
Mas agora é candidato a
substituir o Marais em char-
me. Já começa atrair a aten-
ção de artistas plásticos, de-
signers e artesãos, que en-
contram nas ruas do 19º e
20º arrondissements, separa-
dos pela Rue de Belleville,
um custo de vida mais aces-
sível e alternativo ao de lo-
cais como o Marais, hoje
com preços inflacionados pe-
la presença de turistas e lo-
jas de grife.
A Rue de Belleville é o epi-
centro deste novo ponto borbu-
lhante, onde a mais importante
atração turística é o cemitério
Père-Lachaise. Apesar de guar-
dar túmulos famosos como os
de Chopin, Oscar Wilde, Mar-
cel Proust, Honoré de Balzac,
Jim Morrison e o da própria
Piaf, o cemitério está longe de
ser uma unanimidade turística
ou cartão-postal inevitável.
Mesmo estando a algumas esta-
ções de metrô, a Rue de Belle-
ville vale a esticada.
Paris aqui se apresenta um
pouco diferente porque não cir-
culam milhares de turistas de
todas as partes do mundo, mas,
sim, gente que mora na vizi-
nhança, das mais diversas ori-
gens. E quem vai dizer que ali
não bate um coração autentica-
mente parisiense?
A língua francesa se mistu-
ra aos dialetos. As placas em
francês de bistrôs, bares de vi-
nhos e boulangeries se interca-
lam a letreiros de dim sum, bal-
cões de sushi, boucheries mu-
çulmanas, restaurantes tunisia-
nos, argelinos, marroquinos,
etíopes.
Prateleiras de livros se reve-
zam com vitrines de tecidos
que envolvem rostos e corpos
africanos, indianos, árabes.
Paris
As cores do mundonas ruas de Belleville
Rue de Belleville: depois de grandes fluxos migratórios no século 20, a região do 20º hoje tem na diversidade cultural sua maior riqueza
Fotos: Agência O Globo
TURISMO - 28 / São José do Rio Preto, 11 de março de 2012 DIÁRIO DA REGIÃO
Impassível às transformações
do tempo, está o Aux Folies,
cujas mesas na calçada estão sem-
pre ocupadas, de carona na fama
de Édith Piaf. Frequentadora do
local, ela costumava se apresentar
na porta ao lado, onde funciona-
va o cabaré Folies-Belleville, e ho-
je é um supermercado.
E a Rue Dénoyez, vizinha
ao café, é uma galeria de arte ur-
bana a céu aberto. Uma atração
à parte. Nem vasos de plantas
ou ferros de calçadas escapam
dos grafismos.
Vale um passeio sem pressa
para observar os desenhos e as de-
corações individuais das fachadas
de lojas e cafés que alinham, além
dos traços grafitados, objetos e pe-
quenos brinquedos, que dão colo-
rido e dramaticidade aos muros e
às fachadas. A rua estreita é uma
das poucas na cidade onde o grafi-
te é permitido.
Mas se o 20˚ arrondissement
parece pouco com a imagem gla-
mourosa de Paris que se cultua -
sempre abarrotada de turistas -
basta subir um pouquinho a Rue
de Belleville e olhar para trás, que
a Torre Eiffel, lá em baixo, vai
trazê-lo de volta a Paris.
Para uma vista melhor ainda,
típica paisagem de cartão-postal,
vale dar um pulo até um dos mi-
rantes do Parc de Belleville.
A Torre Eiffel desponta num
plano mais baixo, entre telhados
e murais marcados por grafites
que aliás, deixaram as paredes e
os muros da Rue Dénoyez, na es-
quina do Aux Folies, e já domi-
nam as vans de serviço que circu-
lam como painéis ambulantes gra-
fitados enquanto abastecem bou-
cheries e lojas diversas pelas ruas
da cidade.
Quem estiver disposto a ex-
plorar o 20º arrondissement em
mais do que um passeio de um
dia encontra variada oferta de
hospedagem.
Você pode escolher um hotel
ali por dois critérios: badalação
ou preço. A distância das áreas
mais valorizadas faz com que os
hotéis da região ofereçam diárias
mais em conta. O Armstrong é
um deles. Honesto, simples e
com serviço atencioso, carece de
atrativos ao redor, mas permite
boa economia. E, vale lembrar,
em Paris, há sempre uma estação
de metrô por perto.
Já o Mama Shelter é mais ba-
dalado. Hotel de design, localiza-
do bem pertinho do Pére-Lachai-
se, contribui para a onda de mo-
dernidade que encharca a região.
Tem quartos assinados por Phili-
ppe Starck, e é o segundo na lista
de “hotéis tendência” do Trip
Adivisor de 2012, depois do Ho-
tel Sublim Eiffel, lá na outra pon-
ta da cidade.
Oferece filmes gratuitos no
apartamento num sistema de en-
tretenimento que inclui aparelhos
de CD, DVD e computador com
acesso à internet. O hotel também
põeàdisposiçãodoshóspedesbici-
cletas, scooters e carros compactos
que podem ser alugados. (AG)
Letreiros
orientais: o
bairro absorveu
grandes
correntes
migratórias
Rue Dènoyez:
fachadas, muros,
vitrines e vasos de
plantas cobertos por
grafites
Père-Lachaise:
cemitério é
atração turística
mais famosa da
região
Saudade de Piaf
DIÁRIO DA REGIÃO São José do Rio Preto, 11 de março de 2012 / 29 - TURISMO
Variedade de restaurantes étnicos, diversidade no cardápio e o bom vinho francês
-
Agência O Globo
As influências multiculturais são visíveis
também na oferta gastronômica de Belleville. A
diversidade ganha lugar nos cardápios e nos am-
bientes dos restaurantes.
O molho de soja rega o peixe que vem acom-
panhado de arroz branco num bistrô, enquanto
no bar de vinhos a trilha escolhida para embalar
a noite inclui clássicos da Tropicália como
“Aquele abraço”.
Além da variedade de restaurantes étni-
cos, há ao menos dois bons bistrôs que estão
dando o que falar na região, Le Baratin e Cha-
peau Melon.
O Le Baratin fica numa ruazinha transversal
à Rue de Belleville. De ambiente informal, o lo-
cal está sempre cheio. Mas o clima é amigável
mesmo para quem chega sem avisar.
Com uma clientela que parece ser fiel, o Le
Baratin tem cardápio que muda todos os dias
“de acordo com o que se encontra no mercado”,
diz Raquel Carena, argentina, dona do restau-
rante e que comanda pessoalmente fogão e pane-
las na cozinha aberta à vista dos fregueses.
Enquanto Raquel se encarrega dos pedidos
na cozinha, o marido francês, Philippe Piñoton,
cuida da seleção de vinhos do lugar. Entre os
Borgonha, têm muita saída os aligotés - vinhos
mais rústicos, tradicionais da região de onde
saem alguns dos vinhos mais festejados e valio-
sos do mundo, os Grand Crus, como o Romanée-
Conti. É como se o aligoté fosse o vinho de todo
dia na refeição rotineira.
Para quem estica a visita até mais tarde, a di-
ca é jantar no Chapeau Melon. Mesmo se você
não estiver por ali, o restaurante vale o passeio
até essas bandas da cidade. Trata-se de um bar
au vin com cozinha caprichada, comandado por
Olivier Camus, que foi sócio de Raquel no Le
Baratin até 2001.
Olivier é um entusiasta dos vinhos naturais
e um dos precursores do movimento que valori-
za o cultivo natural e orgânico da bebida em Pa-
ris. Ele é responsável pela criteriosa seleção de
rótulos nas prateleiras de seu restaurante, onde
predominam os vinhos naturais. O local abriu
como bar de vinhos em 2003 e a comida entrou
para o cardápio da casa em 2005, quando Olivier
passou a cuidar também da cozinha.
Paris
Cozinha multiculturale vinhos naturais
Típica paisagem de
cartão-postal, a partir de
um dos mirantes do Parc de
Belleville, com a Torre Eiffel
ao fundo, entre os telhados
Fotos: Agência O Globo
TURISMO - 30 / São José do Rio Preto, 11 de março de 2012 DIÁRIO DA REGIÃO
Como chegar
De avião: A Air France, KLM eTAM têm bilhetes de ida e volta a partirde R$ 1.583. Valores com taxas paraprimeira quinzena de abril.
MONTMARTRE
Onde ficar
My Hotel: Diárias a partir de 70euros para casal. Rue des Abbesses57. Fone 4251-5000.my-paris-hotel.com
Hôtel Bellevue Montmartre:Diárias a partir de 79 euros para casal.Rue d’Orsel 19. Fone 5341-3200.hotelbellevueparis.com
L’Hôtel Particulier deMontmartre: Diárias a partir de 390euros (o café da manhã custa mais 25euros). Avenue Junot 23 Pavillon D.Fone 5341-8140.hotel-particulier-montmartre.com
Restaurantes
La Mère Catherine: Place duTertre 6. Fone 4606-3269.lamerecatherine.com
Moulin de la Galette: Rue desMoulins 15. Fone 3980-6955.moulindelagalette.fr
Le Miroir: Rue des Martyrs 94.Fone 4606-5073.
Les Deux Moulins: Rue Lepic 15.Fone 4254-9050.
Padarias
Le Grenier à Pain: Rue desAbbesses 38. Fone 4606-4181.legrenierapain.com
Au Levain d’Antan: Rue desAbbesses 6. Fone 4264-97 83.
Coquelicot: Rue des Abbesses24. Fone 4606-1877.coquelicot-montmartre.com
Traiteurs
La Bottega di Piacenza: Rue desAbbesses 53. Fone 4492-9099.
Shanghai: Rue des Abbesses 50.Fone 4264-3658.
Pelops: Rue des Abbesses 44.Fone 5328-2669.
Nathalie et Christian Duran: Ruedes Abbesses 30. Fone 4606-4435.
Lojas
Les Fromages de Marie: Rue desAbbesses 32.
La Cave des Abbesses: Rue desAbbesses 43. Fone 4252-8154.cavesbourdin.fr
Ets Lion: Rue des Abbeses 7.Fone 4606-6471. epicerie-lion.fr
Yellow Corner: Rue des Abbesses44. Fone 4258-3128.fr.yellowkorner.com
Kusmi Tea: Rue des Abbesses38. Fone 4278-1196. kusmitea.com
La Boutique des Anges: RueYvonne le Tac 2. Fone 4257-7438.boutiquedesanges.fr
Belle de Jour: Rue Tardieu 7. Fone4606-1528. belle-de-jour.fr
Passeios
Basilique du Sacré Coeur deMontmartre: Entrada gratuita; fotossão proibidas. Aberto das 6h até as22h30 (entrada permitida até as22h15). Rue du Chevalier de la Barre35. Fone 5341-8900.sacre-coeur-montmartre.com
Espace Dalí: Ingresso: 11 euros.Rue Poulbot 11. Fone 4264-4010.daliparis.com
Le Petit Train de Montmartre: Otrenzinho circula pelo bairro, compartida e chegada da Place Blanche epassando por pontos turísticos como aPlace du Tertre, o Espace Dalí, abasílica e o cemitério de Montmartre.Preço: 6 euros. Fone 4262-5030.promotrain.fr
Casas de shows
Moulin Rouge: Só o show custa95 euros (há preços combinados comjantar, podendo chegar até 200 euros).Boulevard du Clichy 82. Fone5309-8282. moulinrouge.fr
Au Lapin Agile: Ingresso: 24euros, com direito a uma bebida. RueSaules 22. Fone 4606-8587.au-lapin-agile.com
BELLE VILLE
Onde ficar
Hotel Armstrong: Diárias a 75euros para casal com café da manhã.Metrô: Porte de Montreuil.hotelarmstrong.com
Hotel Mama Shelter: Diárias apartir de 109 euros. Café da manhã:15 euros. Rue de Bagnolet 109.75020. Metrô: Gambetta, Porte deBagnolet e Alexandre Dumas.mamashelter.com
Passeios
Museu Édith Piaf: Mantido pelobiógrafo da cantora, Bernard Marchois.Rue Crespin du Gast 5. Visitasagendadas: 4355-5272. Metrô:Menilmontant.
Cemitério Pére-Lachaise: Abertodas 8h30 às 17h30. Rue du Repos 16.Metrô: Père-Lachaise, AlexandreDumas, Pl. Gambetta.pere-lachaise.com �
Programe Paris
Le Baratin: clientela assídua e
bom movimento no almoço em
bistrô comandado pela argentina
Raquel Carena
Belleville: gastronomia de Paris e do mundo, com variedade de cardápios e restaurantes
Chapeau Melon: foie gras
delicado e seleção criteriosa de
vinhos naturais fazem valer o
passeio noturno até Belleville
DIÁRIO DA REGIÃO São José do Rio Preto, 11 de março de 2012 / 31 - TURISMO
Paulo Coelho
Sobre aelegância
Escritor
Caminhe com firmezaealegria,
semmedo de tropeçar. Todos
osmovimentosestão sendo
acompanhadospelos seus
aliados, que oajudarãono que
for necessário
Às vezes eu me surpreendo com
os ombros curvados; e sempre que
estou assim, tenho certeza de que al-
go não está bem. Neste momento,
antes mesmo de procurar a razão
do que me incomoda, procuro mu-
dar minha postura – torná-la
mais elegante. Ao colocar-me de
novo em posição ereta, dou-me
conta de que este simples gesto
me ajudou a ter mais confiança no
que estou fazendo.
Elegância é geralmente confun-
dida com superficialidade, moda,
falta de profundidade. Isso é um gra-
ve erro: o ser humano precisa ter
elegância em suas ações e em sua
postura, porque esta palavra é sinô-
nimo de bom gosto, amabilidade,
equilibro, e harmonia.
É preciso ter serenidade e ele-
gância para dar os passos mais im-
portantes na vida. Claro, não vamos
ficar delirando, preocupados o tem-
po inteiro com a maneira como mo-
vemos as mãos, sentamos, sorri-
mos, olhamos ao redor; mas é bom
saber que nosso corpo fala uma lin-
guagem, e a outra pessoa – mesmo
inconscientemente – está entenden-
do o que dizemos além das pala-
vras.
A serenidade vem do coração.
Embora muitas vezes torturado por
pensamentos de insegurança, ele sa-
be que - através da postura correta,
pode tornar a equilibrar-se. A ele-
gância física, a qual estou me refe-
rindo neste artigo, vem do corpo, e
não é uma coisa superficial, mas a
maneira que o homem encontrou
para honrar a maneira com que colo-
ca seus dois pés sobre a terra. Por is-
so, quando às vezes você sentir que
a postura o está incomodando, não
pense que ela é falsa ou artificial:
ela é verdadeira porque é difícil. Ela
faz com que o caminho sinta-se hon-
rado pela dignidade do peregrino.
E por favor, nada de confundi-la
com arrogância ou esnobismo. A
elegância é a postura mais adequa-
da para que o gesto seja perfeito, o
passo seja firme, o seu próximo seja
respeitado.
A elegância é atingida quando
todo o supérfluo é descartado, e o
ser humano descobre a simplicida-
de e a concentração: quanto mais
simples e mais sóbria a postura,
mais bela ela será.
A neve é bonita porque tem ape-
nas uma cor, o mar é bonito porque
parece uma superfície plana – mas
tanto o mar como a neve são profun-
dos e conhecem suas qualidades.
Caminhe com firmeza e alegria,
sem medo de tropeçar. Todos os mo-
vimentos estão sendo acompanha-
dos pelos seus aliados, que o ajuda-
rão no que for necessário. Mas não
esqueça que o adversário também
está observando, e conhece a dife-
rença entre a mão firme e a mão tre-
mula: portanto, se estiver tenso, res-
pire fundo, acredite que está tran-
qüilo – e por um destes milagres
que não sabemos explicar, a tranqüi-
lidade logo se instala.
No momento em que você toma
uma decisão e a coloca em marcha,
procure rever mentalmente cada
etapa que o levou a preparar seu pas-
so. Mas faça isso sem tensão, por-
que é impossível ter todas as regras
na cabeça: e com o espírito livre, à
medida que revê cada etapa, irá dar-
se conta dos momentos mais difí-
ceis, e de como os superou. Isso irá
se refletir em seu corpo, portanto
preste atenção!
Fazendo uma analogia com o ti-
ro com arco: muitos arqueiros se
queixam que, apesar de praticarem
por anos a arte do tiro, ainda sen-
tem o coração disparar de ansieda-
de, a mão tremer, a pontaria falhar.
A arte do tiro faz com que nossos er-
ros sejam mais evidentes.
No dia que você estiver sem
amor pela vida, seu tiro será confu-
so, complicado. Verá que está sem
força suficiente para esticar ao máxi-
mo a corda, que não consegue fazer
o arco curvar-se como deve.
E ao ver que seu tiro é confuso
naquela manhã, vai tentar desco-
brir o que provocou tamanha impre-
cisão: isso fará com que enfrente
um problema que o incomoda, mas
que até então encontrava-se oculto.
Você descobriu este problema
porque seu corpo estava mais enve-
lhecido, menos elegante. Mude a pos-
tura, relaxe a testa, estique a coluna, en-
frente o mundo de peito aberto; ao
pensar no seu corpo, você também es-
tá pensando em sua alma, e uma coisa
ajudará a outra. �
32 / São José do Rio Preto, 11 de março de 2012 DIÁRIO DA REGIÃO