Aula 3 - Medicamentos

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Administração de medicamentos

Profª MSC. Eveline T. JustinoDisciplina: Semiologia e Semiotécnica

CURSO DE GRADUAÇÃO EM ENFERMAGEM

Administração de medicamentos

Administração de medicamentos

• Processo de preparo e introdução do fármaco no organismo humano, visando obter efeitos terapêuticos.

• Um dos deveres de maior responsabilidade da equipe de enfermagem.

• Requer conhecimentos de:– Farmacologia e terapêutica medicamentosa

• Ação, dose, efeitos colaterais, métodos e precauções na administração.

• Geralmente são os auxiliares e técnicos de enfermagem que realizam concretamente a administração de medicamentos aos pacientes e realizam a observação direta das reações adversas que podem ocorrer.

• E como participante ativo, o enfermeiro tem como papel fundamental a orientação, supervisão destes profissionais e a realização de atividades de educação continuada.

Vias de administração1. Via oral2. Via sublingual3. Via retal4. Via gástrica (SNG)5. Via ocular6. Via otológica (auricular)7. Via respiratória (inalatória)8. Via tópica ou cutânea9. Via nasal10. Via vaginal11. Via endovenosa12. Via intradérmica13. Via subcutânea14. Via intramuscular

Via parenteral (injeções)

Via gastrointestinal

Regras gerais

• 5 certos: – MEDICAMENTO CERTO– PACIENTE CERTO– DOSE CERTA– HORA CERTA– VIA CERTA.

– Observar a validade, visto que medicamentos vencidos podem ser nocivos ou não atingirem o efeito esperado.

Prevenção de erros

Lembre-se de...

...identificar a medicação com os cinco certos....checar no prontuário o horário da administração dos

medicamentos, pois é sua prova legal da assistência prestada de forma correta.

... registrar medicação não realizada, assim como intercorrências ou efeito colateral da medicação.

...que o paciente tem o direito de saber que medicação está usando e o profissional tem o dever de informa-lo.

...respeitar a privacidade do paciente e dê a ele o direito de participar, dentro do possível da escolha do local da aplicação.

• No preparo de medicações é importante observar a integridade da embalagem, bem como alterações no aspecto dos solutos e solventes.

• Ressalta-se a necessidade de manter técnica asséptica no preparo, levando em conta a importância da higienização das mãos.

• Quanto à administração é imprescindível o conhecimento dos locais corretos e do volume suportável.

• Fornecer informações ao paciente sobre qual medicamento está recebendo, a finalidade, quais os possíveis efeitos esperados, a sua frequência, orientar o paciente a relatar qualquer alergia.

Cuidados no preparo

• Higienizar as mãos• Paramentar-se adequadamente (mascara)• Evitar conversar• Ter sempre a frente a prescrição médica ou a

etiqueta de medicação• Ler o rótulo/identificação do medicamento 3 vezes,

comparando-o com a prescrição: antes de retirá-lo da embalagem, antes de coloca-lo no recipiente para administrar e antes de administrar no paciente.

Cuidados no preparo

• Colocar etiqueta junto com medicamento na bandeja.

• Não tocar com a mão em comprimidos, cápsulas, drágeas e pastilhas.

• Se faltar medicamentos tomar medidas imediatas.• Evite distrações• Manter postura

Cuidados na administração

• Identificar o paciente antes de administrar o medicamento, solicitando nome completo.

• Relatar /registrar efeitos colaterais e queixas do paciente.• Pacientes inconscientes não devem receber medicação

VO.• Dissolver medicamentos para pacientes que tenham

dificuldade em deglutir.

• NÃO ADMINISTRAR MEDICAMENTOS PREPARADOS POR OUTRA PESSOA.

VO – formas de apresentação

– Cápsula: apresenta invólucro de gelatina com medicamento internamente na forma sólida, semissólida ou líquida.

– Comprimido: pó comprimido em formato redondo ou ovalado, pode trazer uma marca, um sulco que facilita sua divisão.

– Drágea: comprimido revestido por solução de queratina composta por açúcar e corante.

VO – formas de apresentação

• Elixir: medicamento + 20% de açúcar + 20% de álcool.

• Xarope: soluto + solvente + 2/3 de açucar.

• Colutório: Forma farmacêutica líquida destinada à higiene bucal (anti-sépticos orais). Não devendo ser engolido.

VO

• Segura• Não requer técnica estéril na sua preparação• Absorvidos: estomago e intestino• Oferecer água (atentar para Jejum)

• Contra-indicada: náusea, vômito, diarreia ou dificuldade de deglutir.

VO - Técnica1. Preencher rótulo/etiqueta da medicação / CPM – 5 certos2. Separar material/medicamento3. Higienizar as mãos4. Cuidadosamente colocar o medicamento no copinho.5. Diluir se for necessário6. Colar etiqueta no copinho7. Levar bandeja para junto do paciente8. Perguntar o nome do paciente, verificando na etiqueta9. Orienta-lo sobre o procedimento e medicamento.10. Colocar o comprimido na mão ou diretamente na boca (com

copinho)11. Oferecer-lhe água 12. Verificar se paciente deglutiu.13. Checar medicamento.

Sublingual

• Medicação colocada sob a língua até sua absorção total.

• Orientar para paciente não ingerir líquidos nem alimentos até absorção total do medicamento.

• Fornecer liquido para enxaguar a boca antes de fornecer medicamento.

• Seguir mesmos passos da VO, somente não fornecer líquido ao final.

Gástrica

• Introdução do medicamento via sonda nasogástrica.

• Indicada: pacientes inconscientes ou com dificuldade para deglutir.

• Comprimido: dissolver e introduzir com seringa.

Gástrica

1. Preencher rótulo/etiqueta da medicação / CPM – 5 certos

2. Separar material/medicamento3. Higienizar as mãos4. Macerar comprimido e dissolver com água estéril5. Aspirar com seringa 6. Identificar seringa com o rótulo7. Levar bandeja até o paciente.8. Orientar paciente ou acompanhante.

Gástrica

9. Parar infusão da dieta (se for o caso).10. Pinçar extensão e abrir a sonda.11. Adaptar seringa na sonda.12. Introduzir medicamento.13. Lavar sonda para retirar resíduos do

medicamento.14. Fechar sonda ou reiniciar dieta.15. Organizar ambiente.16. Checar medicamento na prescrição

médica.

Via Retal

• Introdução de medicamento no reto, em forma de supositório ou clister.

• Paciente pode colocar supositório sem auxilio.• As vezes, necessário colocar comadre ou encaminhar paciente

imediatamente ao banheiro.

Via Retal - supositório

1. Preencher rótulo/etiqueta da medicação / CPM – 5 certos2. Separar material/medicamento3. Cercar o leito com biombo4. Higienizar as mãos5. Levar material até o paciente, calçar as luvas.6. Posicionar o paciente em decúbito lateral E.7. Colocar o supositório sobre uma gaze.8. Com o polegar e o indicador da mão não dominante, entreabrir as

nádegas.9. Introduzir o supositório no reto, delicadamente, e pedir ao

paciente que o retenha.10. Organizar ambiente - Tirar as luvas , lavar as mãos.11. Checar medicamento.

Via vaginal

• Introdução de medicamentos no canal vaginal. – Comprimidos– Cremes/gel– Tampões

1. Preencher rótulo/etiqueta da medicação / CPM – 5 certos2. Separar material/medicamento3. Cercar o leito com biombo4. Higienizar as mãos5. Levar material até o paciente, calçar as luvas.

Via vaginal

6. Colocar paciente posição ginecológica, com um travesseiro sob os quadris.

7. Colocar o medicamento no aplicador e lubrificar a ponta com o próprio creme.

8. Abrir os lábios maiores e menores do púbis, expondo o orifício vaginal e introduzir o aplicador, cerca de 5 cm.

9. Pressionar o êmbolo, introduzindo o medicamento.10. Pedir para paciente permanecer em decubito dorsal por 15

min para melhor distribuição do medicamento.11. Colocar um absorvente SN.12. Organizar ambiente, tirar luvas...

Via vaginal

• Fazer higiene íntima antes – SN

• De preferência aplicar à noite.

• Se possível, não manter relação sexual durante tratamento.

• Mesmo menstruada continuar aplicação.

Via Tópica

• Emulsão: 2 tipos de líquidos imiscíveis.• Forma farmacêutica líquida com base aquosa e oleosa contendo o princípio ativo em uma delas.

• Gel: forma semissólida, que proporciona pouca penetração na pele.

• Loção: líquido ou semilíquido que podem ter principio ativo ou não.

• Creme: forma semissólida, consistência macia e aquosa, boa penetração na pele.

• Pomada: forma semissólida, consistência macia e oleosa, pouca penetração na pele.

Via tópica

• Aplicação do medicamento na pele.

– Calçar luvas– Expor o local– Colocar o medicamento sobre a gaze ou diretamente

na pele com a espátula.– Aplicar e espalhar delicadamente, fazendo fricção se

necessário.

Via nasal

• Consiste em levar à mucosa nasal um medicamento liquido ou pomada.

– Calçar luvas– Inclinar cabeça do paciente para trás (sentado ou deitado).– Pingar na parte superior da cavidade nasal, evitando que o

conta-gotas toque a mucosa. – Solicitar para que o paciente permaneça nessa posição por

mais alguns minutos.* Pomada com cotonete.

Via ocular - colírio

• Aplicação de colírio ou pomada na conjuntiva ocular.

- Calçar luvas- Posicionar o paciente com a cabeça um pouco inclinada

para trás.- Afastar a pálpebra inferior, com auxilio de uma gaze,

expondo o saco conjuntival.- Solicitar para que o paciente olhe para cima e instilar a

medicação no ponto médio do saco conjuntival, mantendo o olho levemente aberto, sem forçar.

- Enxugar o excesso de líquido com gaze ou lenço de papel.

Via ocular - pomada

• Afastar a pálpebra inferior• Colocar cerca de 2 cm de pomada com auxilio de

uma espátula ou própria bisnaga.• Após aplicação, solicitar que paciente feche

lentamente os olhos e faça movimento giratórios do globo ocular.

• Retirar excesso de medicamento e fazer leve fricção sobre o globo ocular, para que medicamento se espalhe.

Via otológica

• Introduzir medicamento no canal auditivo externo.

– Inclinar cabeça lateralmente.– No adulto puxar o pavilhão da orelha para cima e para

trás. NA criança para baixo e para trás. Para retificar o canal auditivo.

– Instilar a medicação no conduto auditivo. – Colocar um pedaço de algodão no orifício externo da

orelha.

Via parenteral

Via subcutânea Via intramuscularVia intradérmicaVia endovenosa

Materiais

* Ampola * Frasco ampola

Gargalo da ampola

Seringas

Partes da seringa

Bico Luor Lock

Agulhas

Agulhas

Codificações diferentes:– Calibres

– Tamanhos

Agulhas

• Polifix • Equipo

Escolha da agulha e seringaAgulhas Seringa

ID 13 x 3,8 (cinza) 13 x 4,5 (marrom) Tipo insulina: 1mlSC 13 x 3,8 (cinza) 13 x 4,5 (marrom) Tipo insulina / 3mlIM 3 e 5 ml

IMEspessura do tecido subcutâneo

Soluções aquosas

Soluções oleosas

Adulto: Magro Normal Obeso

25x6 ou 25x730x6 ou 30x740x6 ou 40x7

25x8 ou 25x930x8 ou 25x940x8 ou 25x9

Criança: Magra Normal Obesa

20x6 ou 20x725x6 ou 25x730x6 ou 30x7

20x825x830x8

Ângulo das agulhas

IM SC ID

Intradérmica - ID

• É a aplicação de drogas na derme.• Seringa: 1ml (tipo insulina)• Agulha: 13 x 3,8 ou 13 x4,5• Volume máximo: 0,5ml

Intradérmica• Locais:

– BCG: inserção inferior do deltóide D– Face interna do antebraço ou região escapular

Subcutânea - SC

• Administração de medicamento no tecido subcutâneo.

• Drogas que não precisam ser rapidamente absorvidas

• Vacina anti-rábica• Insulina, heparina...

Subcutânea

• Volume máximo: 0,5 a 1,0 ml (algumas literaturas 1,5ml)

• Agulha: 25 ou 30x6 – ângulo 45°• Agulha: 13 x 4,5 - ângulo 90°

Subcutânea

• Locais:– Parte externa dos braços– Face lateral externa e frontal das coxas– Região gástrica e abdome– Nádegas– Costas

Subcutânea

• Fazer rodízio dos locais

• Local de fácil visualização

• Fazer prega adiposa

• Aspirar para certificar que não atingiu vaso sanguíneo

• Não realizar massagem após

Intramuscular - IM

• Aplicação de medicamento dentro do tecido muscular.

– Depois da EV é a de mais rápida absorção.

– Estabelecer rodízio.

– Aspirar para certificar que não atingiu vaso sanguíneo.

– Volume máximo deltóide: 3ml; demais: 5ml

– Agulha: ver slide com tabela.

– Solução oleosa – aquecer a ampola com as mãos.– APLICAÇÃO EM Z OU COM DESVIO.

Intramuscular

1. Deltóide

2. Região ventro-glútea

3. Face ântero-lateral da coxa (FALC)

4. Região dorso-glútea

1.

2.

3.

4.

Intramuscular - IM

• Para escolha do local:– Distância em relação a vasos e nervos importantes– Musculatura suficiente para absorver– Espessura do tecido adiposo– Irritabilidade da droga– Atividade do cliente