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21/03/2017
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Prof. Raquel Peverari de Campos
FerimentosFerimentos
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Ferimento é uma agressão à integridade tecidual.
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O ferimento é sempre produzido por um agente lesivo que alberga micróbios próprios e, desta forma, contamina a ferida, como também leva os micróbios que vivem na pele para o interior da ferida.
Esta contaminação, se não for adequadamente tratada, pode levar a uma infecção localizada da ferida.
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Tipo de LesãoTipo de Lesão
Puntiforme
Instrumentos pontiagudos, longos e com diâmetro transverso pequeno.
Ex.: estilete, furador de gelo e compasso.
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Tipo de LesãoTipo de Lesão
Puntiforme
�orifício de entrada de diâmetro menor que o objeto, graças à elasticidade dos tecidos cutâneos.�pouco sangramento�pode causar graves lesões na profundidade do corpo, apesar de pouco comprometimento da pele.
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Tipo de LesãoTipo de Lesão
Cortante
Instrumentos com gume afiado.
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Tipo de LesãoTipo de Lesão
Cortante
�agem por deslizamento do gume afiado sobre os tecidos�possuem bordas regulares�hemorragia abundante quase
sempre�maior comprimento que
profundidade�centro da ferida mais
profundo que a extremidade
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Tipo de LesãoTipo de Lesão
Contundente
Objetos de superfície ampla, de natureza bem variada.
Ex.: barras de ferro, pedras, tocos de madeira, etc.
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Tipo de LesãoTipo de Lesão
Contundente
�sua ação se faz por pressão, explosão, compressão ou deslizamento�assumem variados aspectos dependentes do tipo de objeto contundente (escoriação, equimose, hematoma, fraturas, etc.)
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Tipo de LesãoTipo de Lesão
Perfuro-cortante
Instrumentos de ponta e gume afiados.
Ex.: faca-peixeira, e canivete (um gume), punhal (2 gumes) e lima (3 gumes).
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Tipo de LesãoTipo de Lesão
Perfuro-cortante
�atuam por mecanismo misto, penetrando com a ponta e perfurando com a borda cortante�são geralmente graves�instrumentos de 1 gume produzem lesões em forma de botoeira, com um lado regular em ângulo agudo e outro arredondado. �Os que possuem 2 gumes, produzem umaferida com as bordas iguais e ângulos agudos. �Os de 3 gumes dão origem a lesões de forma triangular ou estrelada.
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Tipo de LesãoTipo de Lesão
Perfuro-contundente
Arma de fogo.
Ex.: pistolas, rifles, metralhadoras.
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Tipo de LesãoTipo de Lesão
Perfuro-contundente
�orifício de entrada geralmente arredondado ou ovalado, dependendo da incidência da penetração do projétil. �Bordas invertidas e, às vezes, sinais cutâneos devidos à explosão da pólvora, que dependerão da distância do tiro�quando há orifício de saída, estepossui forma irregular, bordas invertidas e é geralmente maior que o orifício de entrada.
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Tipo de LesãoTipo de Lesão
Corto-contundente
Instrumentos de gume afiado. Possuem ação contundente, quer pelo seu próprio peso, quer pela força ativa de quem o maneja.
Ex.: facão, foice, machado, enxada, dente, etc.
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Tipo de LesãoTipo de Lesão
Corto-contundente
�forma bastante variável, dependendo do peso, gume e força atuante�são lesões graves, profundas, determinando várias formas de ferimentos, inclusive fraturas.
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Conduta nos ferimentos superficiais:
Os ferimentos podem ser superficiais ou profundos.
Nos ferimentos superficiais devemos tomar as seguintes medidas:
�Limpar o ferimento com água, se o transporte a um hospital for demorado;�Proteger o ferimento com gaze ou pano limpo, fixando sem apertar demasiadamente;�Fazer compressão local, o suficiente para fazer cessar a hemorragia;�Não tocar no ferimento;�Conduzir a vítima a um hospital, para receber tratamento definitivo.
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Conduta nos ferimentos profundos:
�Não lavar a ferida, pois aumenta o risco de hemorragia;�Colocar gaze ou pano limpo sobre o ferimento, fazendo compressão o suficiente para cessar a hemorragia;�Se o ferimento for nos membros, elevar o membro ferido;�Não remover objetos empalados;�Transportar a vítima para um hospital.
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Ferimentos profundos no tórax:
�Controlar hemorragia;�Pedir para a vítima expulsar todo o ar dos pulmões (expiração forçada);�Colocar uma proteção (gaze, plástico, etc) sobre o ferimento no final da expiração, para evitar penetração de ar no tórax;�Fixar o material usado com esparadrapo ou fita de crepe, em três lados;�Não usar cinta ou atadura que envolva todo o tórax, pois pode dificultar a respiração;�Conduzir a vítima a um hospital.
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Ferimentos profundos abdominais
Na cavidade abdominal, encontramos as alças intestinais, fígado, baço, pâncreas e outras vísceras que, dependendo da extensão do ferimento, podem sair do abdome. Quando isto ocorre, devemos tomar as seguintes medidas:
�Cobrir as vísceras com compressas de gaze ou pano limpo;�Não tentar recolocar as vísceras para dentro do abdome;�Manter o curativo preso com atadura, não muito apertado, embebido em Soro Fisiológico;�Conduzir a vítima a um hospital;
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Ferimentos da cabeça:
Os ferimentos da cabeça podem estar acompanhados de ferimentos internos do crânio. Devemos tomar as seguintes condutas:
�Verificar a permeabilidade das vias aéreas, mantendo a coluna cervical alinhada;�Colocar gaze sobre o ferimento e não apertar;�Não retirar objetos encravados ou transfixantes;�Conduzir a vítima a um hospital.
�É importante registrar se a vítima perdeu os sentidos no momento do acidente, ou não�Também é necessário assinalar as circunstâncias em que se deu o acidente e a natureza do agente causador do traumatismo.
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AmputaçãoAmputação
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Amputação em geral é produzida por corte ou
tração violenta que arranca ou separa uma
parte do corpo, como: dedo, mão, pé, braço,
ou perna
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�utilize EPI
�remova vestuário para acesso ao ferimento
�controle o sangramento;
�atenda a vítima para o estado de choque;
�recupere a parte amputada, se possível leve com a vítima para o hospital;
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�não lave a parte amputada;
�coloque em saco plástico a parte amputada envolvida em gaze seca sobre uma camada de gelo e não dentro do gelo
�esfrie a parte amputada, sem gelar.
•se exceder 6 horas - mínimas chances de reimplante
•tempo máximo 18h - reimplante em membro amputado bem acondicionada e resfriado
•após 4-6 horas - tecido muscular sem sangue - perde a viabilidade
�chame SME
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NUNCA:
�envolva a parte amputada em gaze úmida �hidratação das células - amolece o tecido reduzindo a
possibilidade de reimplante
�envolva a parte amputada com gelo
�coloque sobre o gelo
se as bordas se as bordas
congelarem congelarem --
reimplante não reimplante não
terá sucessoterá sucesso
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Objeto Objeto EmpaladoEmpalado
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�remover ou cortar as roupas ao redor do ferimento;
�exponha a área onde o objeto está empalado
� não remova nem movimente o objeto empalado;
� qualquer movimento produzirá sangramento e agravará o ferimento;
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�controle qualquer tipo de sangramento com pressão ao redor do objeto;
�imobilize o objeto envolvendo com bandagem ou pano;
�se possível corte o objeto para dar maior estabilidade e prevenindo contra movimentos
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Corpo estranho Corpo estranho no olhono olho
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� não esfregar
� não coloque mãos sujas
� se consegue ver corpo estranho - lenço de papel para retirá-lo.
� lavar olho -água corrente (ou soro)
� para lavar o olho, mantenha-o aberto com a ajuda do dedo polegar e do indicador.
� se a sensação não passar, procure o seu
oftalmologista.
� não coloque pomadas, açúcar ou qualquer
outro produto, apenas mantenha o olho fechado,
até receber o auxílio.
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ÁCIDOS OU OUTRAS SUBSTÂNCIAS:
� devem ter um socorro imediato.
� faça a lavagem do olho afetado
com soro fisiológico, água filtrada ou água da torneira.
� não aplique nenhum produto no olho - apenas água.
� procure imediatamente o seu oftalmologista.
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Como proteger um olho ferido com corpo estranho
1. bandagem 1. bandagem triangular triangular --colocácolocá--lo lo envolvendo envolvendo objeto penetrado objeto penetrado no olho no olho
2. gaze sobre 2. gaze sobre o objeto sem o objeto sem pressão, pressão, depois depois envolver a envolver a gasegase -- anel anel de bandagemde bandagem
3. olhos têm 3. olhos têm movimentos movimentos combinados combinados -- cobrir cobrir olho sadio com gaze olho sadio com gaze --evitar que a evitar que a movimentação grave a movimentação grave a lesãolesão
4. fixar 4. fixar tudo com tudo com bandagembandagem
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Choque
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Existem, quanto à natureza, vários tipos de choque.
No atendimento da vítima, no local do acidente, os primeiros procedimentos são idênticos.
Lembrar que nos acidentes a causa mais comum de choque é a perda de sangue, que pode ser interna ou externa.
O tratamento definitivo só pode ser realizado por médicos e no hospital.
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O sangue leva até às células os nutrientes e o oxigênio para manutenção da sua vida, através de pequenos vasos sanguíneos.
Quando, por qualquer motivo, isto deixa de acontecer, as células começam a entrar em sofrimento e, se esta condição não for revertida à normalidade com urgência, as células acabam morrendo.
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Tipos de Choque:
�Choque Hipovolêmico: causado pela diminuição
do volume circulante, pela perda do plasma,
sangue, etc.
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Tipos de Choque:
�Choque Neurogênico:
distúrbio no SNC
provocado por
anestésico, narcóticos,
transtornos emocionais.
(dor intensa, ansiedade,
medo).
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Tipos de Choque:
�Choque Cardiogênico: é aquele que se instala
devido a uma deficiência cardíaca, ou seja, o
coração não consegue bombear quantidade de
sangue suficiente para o organismo. (causa pode
ser IAM e ICC).
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Tipos de Choque:
�Choque Séptico:
resultante de
processos
infecciosos;
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Tipos de Choque:
�Choque Anafilático: resulta da reação antígeno-
anticorpo, devido à hipersensibilidade do organismo a
determinadas substâncias como penicilina, etc.
Os sintomas de um
choque anafilático são:
sensação de calor, prurido,
urticária, formigamento,
dispnéia (edema de glote),
cefaléia, sensação de
opressão no peito.
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Tipos de Choque:
�Choque Pirogênico: reação febril devido à
presença de pirogênio e contaminação de soluções
e material utilizado na administração IM ou EV.
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Como identificar:
�estado mental alterado: ansiedade e combatividade�palidez, frio, pele fria e pegajosa, lábios e bases das unhas descoloradas�náuseas e vômitos�pulso rápido e fino, respiração curta e rápida�inconsciência em estado grave do choque.
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Em caso sangramento mesmo que a vítima não apresente sinais e sintomas do estado de choque, aplique os procedimentos para
prevenir o choque:
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Como agir:
�atenda imediatamente lesões que ameacem a vida e outros
traumas graves
�deite a vítima de costas
�eleve as pernas da vítima cerca de 30 cm, para facilitar o retorno
venoso
�envolva a vítima em cobertas para prevenir contra perda de calor
corporal.