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ATUALIZAÇÃO SOBRE

ESPECIFICIDADE E

INTERFACES DA

PROTEÇÃO SOCIAL

BÁSICA NO SUAS

CURSO

Proteção social básica no SUAS

Trabalho social com família na PSBArticulação com a redeBenefícios socioassistenciais

Vamos

Aprofundar

Atividade em grupo

Cite três necessidades que mais

caracterizam a vulnerabilidade

das famílias que residem nos

municípios representados no

grupo?

Vamos

Aprofundar

em Grupo?

“A mais perversa armadilha da

alienação é acreditar que sempre foi

assim e, portanto, sempre será

assim”.

Mauri Luis Iase / UFRJ

Vale Refletir:

De tanto ver, a gente banaliza o olhar – ver... não vendo.Experimente ver, pela primeira vez, o que você vê todo dia, sem ver.Parece fácil, mas não é: o que nos cerca, o que nos é familiar, já não desperta curiosidade.O campo visual da nossa retina é como o vazio.Você sai todo dia, por exemplo, pela mesma porta.Se alguém lhe pergunta o que você vê pelo caminho, você não sabe.De tanto vê, você banaliza o olhar.Sei de um profissional que passou 32 anos a fio pelo mesmo hall do prédio do seu escritório.Lá estava sempre, pontualíssimo, o mesmo porteiro.Dava-lhe bom dia, às vezes, lhe passava um recado ou uma correspondência.

Ver vendo...Otto Lara Resende

Um dia o porteiro faleceu.Como era ele? Sua cara? Sua voz? Como se vestia? Não fazia a mínima idéia.

Em 32 anos nunca consegui vê-lo.

Para ser notado o porteiro teve que morrer.Se, um dia, emseu lugar tivesseuma girafa cumprindo o rito, pode ser, também, que ninguém desse por sua ausência.

O hábito suja os olhos e baixa a vontade. Mas a sempre o que ver; gente; coisa; bichos.E vemos? Não, não vemos.Uma criança vê aquilo que o adulto não vê. Tem olhos atentos e limpo para o espetáculo do mundo. O poeta é capaz de ver pela primeira vez, o que, de tão visto, ninguém vê. O pai que raramente vê o próprio filho. O marido que nunca viu a própria mulher (e desconhece seus anseios e desejos).Os nossos olhos se gastam no dia a dia, opacos.É por ai que se instala no coração o monstro da indiferença

Qual a contribuição do modelo deproteção social na perspectiva dorespeito a singularidade da famíliareconhecendo-a, também, napluralidade coletiva?

MATRICIALIDADE SOCIOFAMILIAR

RECONHECIMENTO DA IMPORTANCIA

DA FAMÍLIA

A FAMÍLIA NA

CENTRALIDADE

DAS AÇOES DA

PNAS

PREVENIR

PROTEGER

PROMOVER

INCLUIR

GARANTIR

CONDIÇÕES DE

SUSTENTABILIDADE

PARA A FAMÍLIA.

Centralidade na família:

Compreender, em um determinado contexto, comose constroem e se expressam as relações familiaresentre seus membros.

Essa perspectiva não visa responsabilizar a famíliae seus componentes no tocante às vicissitudes quevivenciam no seu cotidiano, mas contextualizar asituação vivida e recolocar o papel do Estado comoprovedor de direitos por meio das políticas sociais,fornecendo instrumentos de apoio e sustentaçãonecessários para a proteção social das famílias.

A centralidade na família implica, ainda, reconhecerque esta pode se configurar como um espaçocontraditório, onde o lugar da proteção pode sertambém o da violência e da violação de direitos.

MATRICIALIDADE SOCIOFAMILIAR

disputa

Reconhecer nos territórios onde

vivem as famílias

trocasrelações

Expectativas e sonhos

Construção e desconstrução de

vínculos

Contradições e conflitos

... Compreender que esses territórios revelam os

significados atribuídos pelos diferentes sujeitos

Mas de que família estamos falando?

O que conseguimos ver e o que conseguimos enxergar nas que

atendemos?Quando a ética se instala no

acompanhamento?

A família, independente dos formatos oumodelos que assume, é mediadora das relaçõesentre os sujeitos e a coletividade, delimitando,continuamente os deslocamentos entre o públicoe o privado, bem como geradora de modalidadescomunitárias de vida. Todavia, não se podedesconsiderar que ela se caracteriza como espaçocontraditório, cuja dinâmica cotidiana deconvivência é marcada por conflitos e tambémpor desigualdades. PNAS 2004 pg 41

CONTEXTUALIZANDO FAMÍLIAS

E importante ressaltar que as novas feições dafamília estão intrínseca e dialeticamentecondicionadas as transformações societáriascontemporâneas. O novo cenário tem remetidoà discussão sobre o novo conceito, trazendo atona novos modelos e arranjos familiares. PNAS2004 pg 41

CONTEXTUALIZANDO FAMÍLIAS

RECONHECENDO AS OFERTAS FRENTE AOS DESAFIOS DE SUPRIR AS

NECESSIDADES NO CAMPO SOCIOASSISTENCIAL NA

PERSPECTIVA DA UNIVERSALIZAÇÃO DE DIREITOS.

ORGANIZÇÃO DOS SERVIÇOS SOCIOASSISTENCIAIS DA PSB

São considerados serviços de proteção básica deassistência social aqueles que potencializam afamília como unidade de referência,fortalecendo seus vínculos internos e externosde solidariedade, através do protagonismo deseus membros e de oferta de um conjunto deserviços locais que visam a convivência, asocialização e o acolhimento, em famílias cujosvínculos familiar e comunitário não foramrompidos.

Quais os procedimentos fundamentais para o

TRABALHO EM EQUIPES DE REFERÊNCIA

Junto as famílias?

Contribuições interprofissionais (campocomum e núcleos específicos);Diagnostico atualizado continuamente;Definição de IndicadoresPlanejamento tático operacional;Articulação em Rede (socioassistencial eintersetorial);Estudo sobre as situações que compõem ocaso;Referenciamento;Acompanhamento sistemático...

Uma equipe não é simplesmente um conjuntoou grupo de pessoas que se aplicam a umatarefa ou trabalho.Se não há um propósito comum, se não hácompartilhamento de propósitos, se nãoexistem estratégias estabelecidas em conjuntopelo grupo para alcançá-lo, não existe equipe(MUNIZ, 2011,p.93).

Não se trata de funcionar na lógica deencaminhamento formal de uma equipe paraoutra, como se a somatória de intervençõesisoladas levasse, automaticamente, aoatendimento das necessidades sociais dasfamílias e indivíduos!

Ainda que cada equipe organize seu plano detrabalho para garantir os resultados do serviçoque está sob sua responsabilidade, há que seter essa referência compartilhada, cuja a balizaé a matricialidade sociofamiliar e o território!

TRABALHO EM EQUIPES

DE REFERÊNCIA

As EQUIPES DE REFERÊNCIA são formadas porprofissionais de diferentes áreas, que possuemobjetivos em comum, além de conhecimentos,habilidades e atitudes que se complementampartilhando responsabilidades na oferta de umserviço a determinado número de usuários queapresentam situações de vulnerabilidade e/ouriscos similares, com os quais constroem vínculose para os quais se tornam um parâmetro, oureferência (MUNIZ, 2011,p.97).

DESAFIO:A NOB-RH/SUAS determina que toda aequipe de referência (do CRAS, do CREAS,Centro POP e serviços de acolhimentoinstitucional) seja composta por servidorespúblicos efetivos: Tal determinaçãoreconhece que a baixa rotatividade éfundamental para que se garanta acontinuidade, a eficácia e a efetividade dosserviços e ações ofertadas, bem como parapotencializar o processo de EDUCAÇÃOPERMANENTE dos profissionais.

Além dos profissionais definidos na NOB-RH/SUASpara compor as equipes de referência dos CRAS (2técnicos, sendo 1 Assistente Social e,preferencialmente, 1 Psicólogo), CREAS (AssistenteSocial, Psicólogo e Advogado) e dos serviços deacolhimento (Assistente Social e Psicólogo), aResolução nº 17, de 20 de junho de 2011, do CNAS,reconheceu outras categorias profissionais de nívelsuperior que poderão integrar essas equipes paraatender às especificidades da prestação dosserviços socioassistenciais: Antropólogo;Economista Doméstico; Pedagogo; Sociólogo;Terapeuta ocupacional; Musicoterapeuta, inclusivepara postos de gestão, como Advogado;Administrador; Contador; Economista.

PORTANTO:

É importante reconhecer que as unidades doSUAS envolvem um conjunto diversificado deprofissões, que possuem atribuições ecompetências a serem desenvolvidas no âmbitodo SUAS de acordo com as necessidadesdiagnosticadas, avaliadas, analisadascontinuamente.

Esse trabalho é complexo, “pois cada uma dascategorias profissionais envolvidas tem umahistória particular de organização e de lutacorporativa e sindical, com acúmulos ereivindicações específicas no que tange àscondições de exercício do trabalho, aosconhecimentos e saberes e aos parâmetros éticose políticos orientadores do trabalho profissional”(MDSA, SNAS, 2011, p.9).

Trabalho em

Grupos

Descreva o que precisa acontecer antes, durante e depois:

Individual (GT AMARELO) - Acolhida no CRAS;(GT ROSA) - Atendimento nos serviços;(GT AZUL) - Acompanhamento.

Eu NÃO SOU VOCÊ VOCÊ NÃO É EU

Eu não sou você

Você não é eu

Mas sei muito de mim

Vivendo com você.

E você, sabe muito de você vivendo comigo?

Eu não sou você

Você não é eu.

Mas encontrei comigo e me vi

Enquanto olhava pra você

Na sua, minha, insegurança.

Na sua, minha, desconfiança.

Na sua, minha, competição.

Na sua, minha, birra infantil.

Na sua, minha, omissão.

Na sua, minha, firmeza.

Na sua, minha, impaciência.

Na sua, minha, prepotência.

Na sua, minha, fragilidade doce.

Na sua, minha, mudez aterrorizada.

E você se encontrou e se viu, enquanto olhava pra mim?

Eu não sou você,

Você não é eu.

Mas foi vivendo minha solidão que conversei

com você, e você conversou comigo na sua solidão

Ou fugiu dela, de mim e de você?

Eu não sou você,

Você não é eu.

Mas sou mais eu, quando consigo

Lhe ver, porque você me reflete

No que eu ainda sou

No que já sou e

No que quero vir a ser…

Eu não sou você

Você não é eu

Mas somos um grupo, enquanto

Somos capazes de, diferenciadamente,

Eu ser eu, vivendo com você e

Você ser você, vivendo comigo.

Madalena Freire

REFLETINDO COLETIVAMENTE:

O QUE NÃO PODE FALTAR NO TRABALHO EMEQUIPES NA PERSPECTIVA DA ATUALIZAÇÃOSOBRE ESPECIFICIDADE E INTERFACES DAPROTEÇÃO SOCIAL BÁSICA NO SUAS

MODELO DE PROTEÇÃO BÁSICA

ObjetivoO que deve ser feito

Como deve ser feito

Para quem deve ser feito

Promoção aos usuários do acesso àinformação, garantindo conhecer o nome ea credencial de quem os atende para aconstrução do vínculo entre o trabalhador eo usuário, é essencial a criação deestratégias simples, como expor acredencial para que o usuário possa tratá-lopelo nome. Assim como o trabalhadorpossa referir-se ao usuário do mesmomodo.

Proteção à privacidade dos usuários,observando o sigilo profissional,preservando sua privacidade e opção eresgatando sua história de vida

Compromisso em garantir atençãoprofissional direcionada para a construçãode projetos pessoais e sociais paraautonomia e sustentabilidade

Reconhecimento do direito dos usuários ater acesso a benefícios e à renda e aprogramas de oportunidades para inserçãoprofissional e social

Incentivo aos usuários para que estes exerçamseu direito de participar de fóruns, conselhos,movimentos sociais e cooperativas popularesde produção;

Garantia do acesso da população à política deassistência social sem discriminação dequalquer natureza:

ENFRENTAMENTO A TODA E QUALQUERdiscriminação entre beneficiários de programasde transferência de renda condicionada eusuários dos serviços, como se o profissionalpudesse estabelecer uma hierarquia dasnecessidades das famílias.

Satisfação das necessidades de proteção socialreconhecendo que essas são complementares, enão excludente: o fortalecimento do caráterprotetivo das famílias e a expansão do campo dasrelações sociais são, do ponto de vista dasfamílias, tão importantes quanto o acesso àrenda.

Devolução das informações colhidasnos estudos e nas pesquisas aosusuários, no sentido de que estespossam usá-las para o fortalecimentode seus interesses

Reconhecer o prontuário deatendimento previsto na TipificaçãoNacional de ServiçosSocioassistenciais, como uminstrumento que compõe o trabalhosocial.

Socializar junto as famílias o conteúdo do seuprontuário de atendimento, lembrando que esseé um direito das famílias e dos indivíduosusuários do SUAS. Enfim, toda informação sobreo acesso aos serviços e benefícios, bem como àsinstâncias de defesa desses direitos deve sergarantida ao cidadão prontamente, semprocedimentos morosos que dificultem aoexercício de sua cidadania.

Contribuição para a criação de mecanismos quevenham desburocratizar a relação com osusuários, no sentido de agilizar e melhorar osserviços prestados.

ATENTE PARA

Cuidado com os registros para o alcance deresultados e garantia de direitos dos usuáriosda política, tanto na proteção social básicaquanto na proteção social especial.

O uso da informação é um dos elementosnecessários à boa gestão. Assim, todos osprofissionais deverão zelar para que asinformações sejam prestadas comfidedignidade, transparência e no prazoestipulado.

É preciso que haja planejamento do trabalho,realização de reuniões de equipe, planos deacompanhamento dos usuários e das famílias,prontuários, entre outros, de acordo com asespecificidades do trabalho que compõem adinâmica da operacionalização do SUAS.

Embora o coordenador do CRAS tenha um papelfundamental na gestão territorial, a equipe técnicatambém desempenha uma importante função naarticulação do PAIF com os demais serviços,programas, projetos e benefícios da Proteção SocialBásica. São, o coordenador e a equipe,responsáveis por promover a integração do PAIFcom as ações presentes no território deabrangência ou no próprio CRAS por meio dereuniões sistemáticas, visitas às unidades, entreoutras estratégias.

Papel da Equipe

Técnica

ARTICULAR E

PROMOVR

MOVIMENTO DE

INTEGRAÇÃO

FAMÍLIA

PAIF

OFERTAS

A família exerce uma função assistencialprimária;

Toda proteção passa pela via da família com umaíntima relação com o território;É um núcleo de sujeitos de direitos e deveres;

É preciso buscar a segurança de convivênciapara a família e seus membros.

Por que a FAMÍLIA é o “OBJETO DE

PROTEÇÃO” para a Política de

Assistência Social?

DIRETRIZES METODOLOGICAS DO TRABALHO

COM FAMÍLIA:

DIRETRIZES METODOLOGICAS DO

TRABALHO COM FAMÍLIA:

- Fortalecer a Assistência social como um

direito de cidadania (inclusive estimulando a

participação das famílias no planejamento

da intervenção = protagonismo);

- Respeitar os arranjos familiares (valorizar

histórias, respeitando crenças e valores);

DIRETRIZES METODOLOGICAS DO

TRABALHO COM FAMÍLIA:

- Rejeitar concepções preconceituosas (no

âmbito da própria família);

- Respeitar e preservar confidencialidade;

- Potencializar recursos das famílias e

territórios (Relacionar a história das famílias

com a história e contexto do território;)

- As metodologias devem estimular a

participação de todos os membros da

família. (cuidado com acesso e linguagem)

Trabalho social com famílias.

Finalidade:

- Fortalecer a função protetiva das

famílias;

- Prevenir a ruptura de seus vínculos;

- Promover seu acesso e usufruto de

direitos

- Contribuir na melhoria qualidade de

vida.

Prevê o desenvolvimento de potencialidades e

aquisições das famílias e o fortalecimento de

vínculos familiares e comunitários, por meio de

caráter preventivo, protetivo e proativo (MDS,

2012, p.12).

- Prevenir a institucionalização e a

segregação de crianças, adolescentes,

jovens e idosos e, em especial, das pessoas

com deficiência;

- Promover acessos a benefícios e serviços

socioassistenciais, fortalecendo a rede de

proteção social de assistência social nos

territórios;

OBJETIVOS

- Favorecer o desenvolvimento de

atividades intergeracionais, propiciando

trocas de experiências e vivências.OBJETIVOS

- Oportunizar o acesso às informações

sobre direitos e sobre participação cidadã;

- Possibilitar acessos a experiências e

manifestações artísticas, culturais,

esportivas e de lazer;

OBJETIVOS

A adoção de práticas sistemáticas deplanejamento, monitoramento e avaliaçãopermitem:

• Identificação da realidade

•Definição de prioridades

•Definição de estratégias e metas

•Organização das ações

•Acompanhamento e redirecionamento permanentes

• Promoção do impacto necessário à superação das condições de vulnerabilidade e risco

• Medição do grau de alcance junto à população usuária

•Projetar a ampliação de resultados e impactos

É IMPORTANTEDESTACAR

Secretaria de Desenvolvimento Social, Criança e JuventudeSecretaria Executiva de Assistência Social

Gerência de Projetos e Capacitação

www.sigas.pe.gov.brE-mail: capacitasuas.pe@sedsdh.pe.gov.br

Telefone: 81 3183 0702

Faculdade de Ensino Superior de Caruaru- ASCES

E-mail: capacitasuaspe@asces.edu.brTelefones: (081) 2103-2096