Assistência de Enfermagem aos pacientes com estomas ...

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Assistência de Enfermagem aos

pacientes com estomas

intestinais

Profa. Dra. Helena Megumi Sonobe

2020

Situações que determinam confecção de estomas

intestinais

Estoma ou estomia (grafia português brasileiro):

exteriorização do íleo ou do cólon para o meio externo através

da parede abdominal por tempo determinado ou

indeterminado (definitivo)

➢ Condições agudas

acidentes automobilísticos, arma de fogo e arma branca;

➢ Condições crônicas

Doenças inflamatórias intestinais (Doença de Chron);

Megacolón chagásico; Câncer colorretal e traumas perineais

irreparáveis

Tipos de estomas

Colostomia

Sigmoidostomia

Transversostomia

Ileostomia

Tipos de estomas

Protrusão (Perfil)

Transversostomia

Pino de sustentação

Boca proximal

Boca distal

Tipos de estomas e equipamentos

Colostomia

abdominal

Colostomia perineal

Irrigador intestinal

Protetor de estoma (stoma cap)

Fase pré-operatória

➢ Verificar a demanda de necessidades de aprendizagem do

paciente;

➢ Explicar sobre cirurgia e suas consequências;

➢ Descrever os tipos e a localização do estoma;

➢ Demonstrar os equipamentos coletores e encorajar o

cliente a manuseá-los;

➢ Encorajar o cliente a expressar seus medos e ansiedades

sobre as consequências da cirurgia;

➢ Demarcar o estoma (Enfermeiro-Estomaterapeuta ou

Enfermeiro treinado);

Fase pré-operatória

Fase pré-operatória

➢ Preparo pré-operatório: preparo colônico - hidratação;

➢ Avaliação da condição clínica (SAG – fadiga) e controle

das comordidades do paciente;

➢ Promover e incentivar o autocuidado;

➢ Solicitar a visita de um voluntário da Associação dos

Ostomizados;

➢ Solicitar avaliação do Serviço Social, Nutrição e

Psicologia;

➢ Iniciar ensino do autocuidado para familiar

acompanhante.

Fase Intraoperatória

Equipamento coletor de peça única transparente com presilha

Sistema de

fechamento integrado

(velcro)

➢ Assegurar a continuidade da assistência mantendo comunicação com a

enfermeira do bloco cirúrgico;

➢ Padronização do equipamento coletor para o intraoperatório - avaliação

do estoma e do efluente no pós-operatório imediato.

Fase Pós-operatória imediata

➢ Utilizar equipamento de uma ou duas peças, transparente e

drenável;

➢ Observar alterações: coloração, edema, sangramento,

retração e necrose do estoma;

➢ Monitorar o volume urinário (30 ml/h), e características de

h/h (urostomias);

➢ Monitorar débito da ileostomia (perda de eletrólitos);

➢ Reposição de volume;

➢ Indicar um equipamento com sistema antirrefluxo

(urostomias);

➢ Inspecionar o estoma a cada 4 horas;

➢ Trocar o equipamento se ocorrer infiltração ou vazamento;

➢ Manter a pele periestoma íntegra, limpa e seca.

Fase Pós-operatória mediata

➢ Esvaziar o equipamento coletor quando estiver com um terço a um

meio de sua capacidade, e trocá-lo regularmente antes que ocorra

o vazamento;

➢ Confeccionar o molde adequado ao formato do estoma do

paciente, quando for necessário;

➢ Ensinar a manipulação, higienização e troca do equipamento ao

paciente e familiar/cuidador;

➢ Corrigir irregularidades periestomais com utilização de pasta de

resina sintética para previnir lesões de pele periestoma;

➢ Utilizar o cinto para auxiliar e melhorar a sustentação no abdome,

garantindo segurança ao paciente, quando necessário;

➢ Estimular o paciente quanto à ingesta de 2 a 3 litros de líquidos

diariamente;

➢ Encaminhar o cliente para aquisição dos dispositivos nos

Programas ou Associações existentes no Serviço Público.

Fase Pós-operatória mediata

➢ Quadro de “íleo paralítico” – exame físico;

➢ Alta após funcionamento intestinal;

➢ Retirada do pino de sustentação, após 7º. Dia de PO;

➢ Regressão do edema do estoma entre 15 e 30 dias;

➢ Monitorar peso do paciente (ganho e perda), importante no

dia da alta hospitalar para o seguimento ambulatorial;

➢ Retorno ao seguimento das comorbidades;

Para assegurar a higiene e manejo com estomas

(autocuidado)

➢ Educação de Adultos - Ensino do autocuidado: avaliação da

capacidade do autocuidado (evolução de cuidados: 1º.

esvaziamento; 2º. limpeza da bolsa coletora; 3º. troca do

equipamento);

➢ Participação do familiar/cuidador;

➢ Participação nas Associações de Estomizados;

➢ Direitos pelo Sistema único de Saúde (SUS) e pela

assistência de saúde suplementar;

➢ Seguimento especializado: supervisão do autocuidado e

revisão da indicação de equipamentos coletores e

adjuvantes;

➢ Capacitação dos profissionais da saúde.

➢ O enfermeiro ou enfermeiro-estomaterapeuta deverá realizar

uma consulta de Enfermagem.

➢ Avaliação clínica geral do paciente;

➢ Avaliação específica sobre o tipo e localização do estoma, da

condição da pele periestoma, capacidade de aprendizado e

realização dos cuidados pelo próprio

paciente;

➢ Em relação ao estoma (tipo de estoma, perfil, diâmetro, saída

de efluente) e presença de complicações de estoma

(sangramento, edema, necrose, deiscência, retração,

estenose, prolapso e hérnia paraestomal) e de pele

periestoma (lesões de pele e fatores de risco)

Para assegurar a higiene e manejo com estomas

(autocuidado)

Equipamentos coletores

Adjuvantes de proteção e segurança

Cinto elástico Cinta abdominal

Pasta de resina

sintética

Pó de resina sintéticaMedidor de estoma Filtro de carvão ativado

Troca do equipamento coletor

Troca do equipamento coletor

Troca do equipamento coletor

Avaliação do estoma

Avaliação do estoma

Correção das irregularidades

da área periestoma

Conforto do paciente

Nutrição

A nutrição é um aspecto importante para a manutenção,

recuperação e reabilitação de todo indivíduo que apresenta

problemas de saúde.

Observar

➢ Perda e ganho de Peso;

➢ Tipo de estoma e segmento exteriorizado;

➢ Consistência das fezes;

➢ Risco de irritação química;

➢ Orientar sobre alimentos laxantes e obstipantes;

➢ Alimentos que aumentam ou diminuem a produção de gases

bem como de odores.

Consistência das fezes

O estomizado deve aprender a observar o funcionamento do próprio

organismo após a cirurgia.

A presença da nutricionista nas instituições de saúde facilita o desenvolvimento de

um atendimento integrado entre todos os profissionais que prestam assistência ao

estomizado, com discussão das condições de cada paciente.

Relatório de Enfermagem - continuação

BRASIL. Ministério da saúde. Saúde da Pessoa com Deficiência: diretrizes,

políticas e ações. Brasília, DF. Disponível em: http://saude.gov.br/saude-de-a-

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