Post on 18-Feb-2016
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ANÁLISE E CONTROLE DO AMBIENTE DE TRABALHO EM CANTEIRO
DE OBRAS PARA AMPLIAÇÃO DE UMA MADEIREIRA NA CIDADE DE
PAULICÉIA -SP
1Fernanda Romero Alves
Discente do Curso Engenharia de Segurança do Trabalho do Centro Universitário de Lins -
Unilins, Três Lagoas-MS, Brasil
feroalves@gmail.com
2Bianca Di Lucia,
3Ana Elisa Alencar Oliveira, (orientador);
Docente do Curso Engenharia de Segurança do Trabalho do Centro Universitário de Lins -
Unilins, Três Lagoas-MS, Brasil
Resumo:
O presente artigo tem por escopo avaliar o
canteiro de obras e as condições de trabalho
durante parte dos serviços necessários para a
ampliação de uma madeireira na cidade de
Paulicéia, estado de São Paulo. Serão
avaliadas as condições do ambiente de
trabalho nos serviços de escavação para a
construção do alicerce e execução do
mesmo, organização do canteiro de obra e
interação entre pessoas e maquinas pesadas
utilizadas para o serviço. Dessa forma o
estudo apresenta fotos dos serviços
executados demonstrando os riscos da
atividade para o trabalhador e como o
serviço deveria ser executado de acordo com
as normas vigentes sem que causasse riscos
à vida do trabalhador.
Palavras chaves: Construção civil. Canteiro
de Obras. Segurança do Trabalho.
Abstract:
This article has the purpose to evaluate the
jobsite and working conditions for part of
the services required for the expansion of a
timber in the city of Paulicéia, state of São
Paulo. Will assess the conditions of the work
environment in excavation services for the
construction of the foundation and its
implementation, organization of
construction site and interaction between
people and heavy machinery used for the
service. Thus the study presents photos of
the services performed demonstrating the
risks of the activity for the employee and
how the service should be implemented in
accordance with the standards without
cause risks to the worker's life.
Keywords: Civil construction. Jobsite.
Safety. 1 Introdução
No Brasil a construção civil
encontra-se aquecida tanto para as grandes
obras como barragens, prédios e pontes,
quanto para às pequenas construções como
pequenos comércios e residências,
construções essas que na maioria das vezes
são gerenciadas pelo próprio proprietário da
obra, que por não ter muitos recursos para
investir na mesma, trabalham com poucos
profissionais em média de 1 a 5. A alta na
construção é de grande valor econômico,
mas a fiscalização voltada à segurança do
trabalho que é intensa em obras de grande
porte deixa a desejar nas pequenas obras,
onde acabam acontecendo muitos acidentes.
O controle de riscos existentes em
grandes obras que minimiza os acidentes e
seus efeitos ao trabalhador, é desconhecido
pelos proprietários das pequenas obras, que
muitas vezes nem sabem que segurança e
bem estar dos pedreiros e ajudantes
(principais funções das pequenas obras) são
2
de sua responsabilidade. E os proprietários
por não terem experiência em obras não tem
o senso prático do profissional da segurança
em avaliar o seu pequeno canteiro de obras e
perceber os riscos existentes ao trabalhador.
Ferramentas e programas
importantes para evitar acidentes como APR
(Análise Preliminar de Riscos), DDS
(Dialogo Diário de Segurança) e PCMAT
(Programa de Condições e Meio Ambiente
de Trabalho na Indústria da Construção) não
são utilizadas em pequenas obras.
O presente artigo que se
fundamentou em pesquisas bibliográficas e
pesquisas de campo abordará parte da
construção da ampliação de uma pequena
madeireira localizada no interior de São
Paulo, construção que foi gerenciada pelo
proprietário e construída por 1 pedreiro e 2
ajudantes de pedreiro, onde avaliou-se a
organização do canteiros e os riscos das
atividades dos trabalhadores.
O objetivo é analisar o canteiro e as
atividades dos trabalhadores verificando as
exigências legais e as medidas preventivas
que garantam a integridade física desses
trabalhadores.
2 Referencial teórico
No Brasil a construção civil
encontra-se aquecida como mostra a figura
1, em 2010 houve um aumento do PIB
(Produto Interno Bruto) da Construção civil
em relação ao ano de 2009 de 11,6%, nos
próximos anos (2011 e 2012) houve um
crescimento menor, mas ainda assim a
variação do PIB da construção civil
ultrapassou a variação do PIB do Brasil. È
importante ressaltar que nesses dados estão
englobadas tanto as grandes construções
quanto as pequenas que é o foco do presente
artigo.
Figura 1 – PIB Brasil x PIB Construção Civil (Variação
%) – 2004/2012.
Fonte - http://www.cbicdados.com.br/home/
Com o aumento da construção civil,
cresceu também o número de acidentados no
trabalho nesse setor, conforme mostra a
figura 2.
Figura 2 – Numero de Acidentados setor da construção
civil. Fonte – Fundacentro, Elaboração de Gráfico –
Aluno.
É importante ressaltar que os dados
da figura 2, retirados do site da Fundacentro,
são dados estatísticos da Previdência Social,
portanto só compõem esses dados os
acidentados que foram afastados do seu
posto de trabalho, portanto o número real de
acidentes nesse período foi muito maior que
o apresentado na figura 2, pois de acordo
com Henrique (2010) do ponto de vista
técnico, Acidente do trabalho é toda ocorrência
não programada, inesperada ou não,
que interfere ou interrompe o processo
normal de uma atividade, ocasionando perda de tempo útil com ou sem lesão
3
nos trabalhadores e/ou danos materiais
(HENRIQUE, 2010.p.09).
Além de não entrarem nesses dados
os trabalhadores informais e os contratados
de forma alternativa (BENITE, 2004), que
são os mais utilizados em pequenas
construções.
2.1 Pequenas Construções Civis
No Brasil há inúmeras pequenas
construções, que apesar de existentes não se
tem dados da quantidade, pois a maioria é
feita de forma irregular, muitas vezes
executadas sem projeto, e sem fiscalização
de prefeituras e CREA (Conselho Regional
de Engenharia e Agronomia).
Segundo GOMES, 2011, nas normas
brasileiras não há uma classificação das
construções de acordo com o seu porte, o
que existe é uma classificação das empresas
segundo o seu faturamento anual. para
facilitar o seu estudo o mesmo classificou as
obras de acordo com a obrigatoriedade da
existência do Programa de Condições e
Meio Ambiente de Trabalho na Indústria da
Construção (PCMAT), como:
a) Obra de pequeno porte: Até
19 empregados no
estabelecimento em qualquer
fase da obra;
b) Obra de grande porte: com
mais de 20 empregados no
estabelecimento em qualquer
fase da obra.
Há muitas construções de pequeno
porte onde o próprio proprietário conduz o
andamento da obra, não existindo vinculo
empregatício entre proprietário e
trabalhadores, que normalmente são
contratados de forma verbal e recebem por
produção ou por dia trabalhado. Esses
proprietários normalmente não sabem que é
de sua responsabilidade a garantia de
segurança e bem estar dos trabalhadores que
o prestam serviço. E muitas vezes esses
trabalhadores desconhecem que mesmo não
tendo vinculo empregatício tem o direito de
segurança a sua vida e integridade física
garantidos, já que de acordo com o artigo
186 do Código Civil,
Aquele que, por ação ou omissão
voluntária, negligência ou imprudência,
violar direito e causar dano a outrem,
ainda que exclusivamente moral,
comete ato ilícito (BRASIL, 2002).
Existem poucos trabalhos literários
voltados a segurança em pequenas obras
como o Manual de Pequenas Obras uma
iniciativa do Sinduscon-GO com o apoio e
participação do Crea-GO, Seconci-GO,
Secovi-GO, Sintracom, Senai-GO, SRTE e
Prefeitura Municipal de Goiânia., esse
manual tem como função orientar todos
aqueles que pretendem atuar no mercado da
construção seja construindo a sua casa
própria ou atuando como empregador em
pequenas obras, de uma maneira geral o
manual cita as medidas que devem ser
tomadas na contratação de pessoal, como
fazer as comunicações de inicio de obras,
porém ele está mais voltado ao empregador
que atua nesse tipo de obras do que ao
proprietário (SINDUSCON GO).
O problema de obras gerenciadas
pelos proprietários é o desconhecimento de
programas e ferramentas que auxiliam na
garantia de segurança, como:
a) APR - Análise Preliminar de
Riscos,
b) DDS - Diálogo Diário de
Segurança,
c) PCMAT - Programa de
Condições e Meio Ambiente
de Trabalho na Indústria da
Construção (que somente são
exigidos em obras com 20
trabalhadores ou mais),
d) OS – Ordem de Serviço,
e) PPRA – Programa de
Prevenção de Riscos
Ambientais,
f) PT – Permissão de Trabalho.
Ferramentas voltadas à segurança do
trabalho que são utilizadas em grandes obras
onde atuam profissionais de segurança, mas
desconhecidas pelos proprietários e
trabalhadores das pequenas obras.
Assim como é desconhecido os
dados da quantidade de pequenas obras
existentes no Brasil, também desconhece a
quantidade acidentes que nelas ocorrem, e
somente são mostrados pelos meios de
4
comunicações os acidentes fatais ou que
causam grandes danos aos trabalhadores, os
pequenos acidentes não são nem citados mas
é sabido que ocorrem, pois se onde há
controle dos riscos há acidentes, onde não se
tem controle algum também há.
2.2 Organização Canteiro de obras
De acordo com a NR 18 Canteiro de
Obras é uma "área de trabalho fixa e
temporária, onde se desenvolvem operações
de apoio e execução de uma obra".
A Segurança do Trabalho está
diretamente ligada com a organização do
canteiro de obras, organização essa que deve
contemplar:
a) Locais de abastecimento de
água e energia;
b) Disposição dos materiais e
equipamentos de uso diário ou
estocagem de forma a facilitar
o acesso;
c) Acessos ao canteiro (entrada
de materiais e funcionários e
saída do entulho gerado).
d) Locais de armazenamento de
entulho;
e) Ponto de saída de esgoto
quando necessário;
f) Local coberto para guardar
materiais que não podem sofrer
intempéries e os projetos da
obra em questão;
g) Local destinado ao
atendimento das necessidades
fisiológicas de excreção
(Sanitários);
h) Áreas de lazer, vestiários,
lavanderia, alojamento,
cozinha e locais para refeição
quando necessário
(normalmente não são
necessários em pequenas
obras).
É importante lembrar que todos esses
itens devem atender os requisitos na NR 18 -
Condições e Meio Ambiente de Trabalho na
Indústria da Construção.
A correta disposição dos itens que
devem contemplar o canteiro garantirá ao
trabalhador agilidade na execução da obra,
facilidade de sua locomoção e
equipamentos, diminuindo assim o risco de
acidentes e aumentando o conforto na
execução das atividades.
2.3 Riscos Relacionados à Construção
Civil.
A construção civil se destaca como
um dos setores mais problemáticos no que
diz respeito aos acidentes de trabalho tanto
em países desenvolvidos quanto no BrasiL
onde o setor é o quarto maior gerador de
acidentes fatais. (BRASIL, 1996 apud
SAURIN).
Como visto no parágrafo anterior o
índice de acidentes na construção civil é
alto, por isso tanto nas grandes quantos nas
pequenas obras é necessária a
implementação da NR 9 Programa de
Prevenção de Riscos Ambientais, que tem
por objetivo preservar a saúde e a
integridade dos trabalhadores, através do
reconhecimento e avaliação antecipada do
local de trabalho, posterior controle da
ocorrência de riscos ambientais existentes
ou que possam existir no ambiente de
trabalho, tendo em consideração a proteção
do meio ambiente e dos recursos naturais.
a) Riscos físicos são efeitos gerados por
equipamentos, máquinas,
ferramentas e condições físicas,
características do local de trabalho
que podem causar prejuízos à saúde
do trabalhador, como: ruído,
vibrações, pressões anormais,
temperaturas extremas, radiações
ionizantes, radiações não ionizantes,
bem como o infrassom e o ultrassom,
(SANTOS).
b) Riscos Químicos são causados por
substâncias, produtos ou compostos
que possam penetrar no organismo
pela via respiratória (poeiras, fumos,
névoas, neblinas, gases ou vapores)
ou que, possam ter contato ou ser
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absorvidos pelo organismo através
da pele ou por ingestão, (NR 9).
c) Riscos Biológicos são causados por
microorganismos (bactérias, fungos,
vírus, bacilos), são capazes de
desencadear doenças devido à
contaminação, (SANTOS).
Além desses riscos citados pela NR9
é importante lembrar dos Riscos
Ergonômicos e de Acidentes.
a) Riscos Ergonômicos:
causados por trabalho pesado,
postura incorreta,
repetitividade, ritmo
excessivo e ausência de
pausas, (NETO).
b) Riscos de Acidentes (quedas
de altura e de mesmo nível,
atropelamentos entre outros),
causados por falta de arranjo
físico, iluminação e
sinalização, (GOMES, 2011).
3 Estudo de caso
3.1 Métodos e técnicas
A pesquisa de campo baseou-se em
observação e registro fotográfico dos
serviços executados entre maio e junho de
2012.
O acompanhamento e registro
fotográfico das fases de execução de alicerce
foram autorizados pelo proprietário da
madeireira, porém a pedido do mesmo o
presente trabalho não divulgará o nome da
madeireira estudada, que nesse trabalho será
identificada como Madeireira A.
3.1 Caracterização da Empresa
A Madeireira A atua na fabricação de
estruturas para telhados como tesouras,
oitões e ripas desde 2008, há alguns meses
decidiu-se investir na fabricação de móveis
rústicos como camas, mesas e cadeiras, com
o sucesso da iniciativa veio à necessidade de
ampliação da madeireira para atender o setor
de fabricação de moveis.
3.2 Etapa da Construção Analisada
Foram analisadas as etapas de
escavação e construção do alicerce, bem
como a etapa de elevação da alvenaria e
demais estruturas, durante essas etapas foi
possível analisar a interação entre
trabalhadores e máquinas pesadas.
As etapas da construção analisada
foram executadas por 1 pedreiro, 2 ajudantes
e 1 operador de pá carregadeira,
trabalhadores que durante o período da
execução dos serviços não possuíam
nenhum vínculo empregatício com nenhuma
empresa do ramo da construção ou com o
proprietário da obra, de acordo com o
mesmo optou-se por esse tipo de contratação
como tentativa de diminuir os custos da
obra.
Através do acompanhamento
fotográfico da obra foi possível analisar que
as atividades de gerenciamento ficaram a
cargo do proprietário e segundo seus relatos
não há sequer um contrato de prestação de
serviços entre as partes, à contratação dos
trabalhadores deu-se de forma verbal, e o
pagamento dos serviços é baseado na
produção semanal.
3.3 Método de Trabalho
Nesta etapa do trabalho são
apresentados os riscos a vida e integridade
física do trabalhador, e qual a maneira
correta para execução do serviço para
eliminar ou minimizar esses riscos de acordo
com as normas vigentes, principalmente a
NR 18, que estabelece diretrizes de ordem
administrativa, de planejamento e de
organização, que objetivam a implementação de medidas de controle
e sistemas preventivos de segurança
nos processos, nas condições e no meio
ambiente de trabalho na Indústria da
Construção, (NR18).
3.3.1 Organização do Canteiro de Obras
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Durante as etapas da ampliação
analisada não havia organização nenhuma
do canteiro, como mostram as figuras 3 e 4.
Figura 3 - Visão Geral Organização do Canteiro de
Obras
Fonte – Material fotográfico do aluno
Figura 4 – Ampliação organização do Canteiro de obras
Fonte – Material fotográfico do aluno
Pode-se notar que o terreno era
irregular, o que dificulta o transporte dos
materiais que era executado com carriolas e
giricos.
3.3.1.1 Disposição de Equipamentos e
Materiais de Construção
Observa-se na figura 4, a incorreta
disposição dos materiais e equipamentos, é
possível verificar carriolas dentro da
escavação destinada ao alicerce, depósito de
tijolos locado no meio da obra.
É possível analisar ainda a má
locação das betoneiras que se encontram em
terreno desnivelado, além de estarem longe
dos pontos de abastecimento de água e
energia, dificultando assim o correto
funcionamento da mesma.
Os materiais não possuíam um local
específico para estocagem, os mesmos
ficavam locados no meio do canteiro, sem a
preocupação de protegê-los das intempéries.
A má disposição de materiais e
equipamentos podem causar riscos de queda
e riscos ergonômicos ao trabalhador, além
de diminuir a produção, pois dificulta o
trabalho.
3.3.1.2 Destinação do entulho gerado na
obra
Durante o período analisado não
houve presença de caçambas estacionárias
para disposição do entulho gerado pela obra,
e o mesmo era disposto no meio do canteiro,
não havendo sequer um local próprio para
essa disposição.
Parte do entulho gerado era
queimado dentro do próprio canteiro
causando um desconforto aos trabalhadores
e aos moradores das edificações vizinhas.
Na figura 3 observa-se que não havia
somente resíduos de construção nesse
canteiro, o material de refugo da Madeireira
A era disposto na área do canteiro até atingir
a quantidade necessária para ser vendido as
cerâmicas da região.
A ausência de uma caçamba
estacionária e a presença do refugo da
madeireira causou dificuldades de
locomoção aos trabalhadores.
3.3.1.3 Portões de Acesso
A obra em questão iniciou-se sem
um portão de acesso, a entrada de materiais,
equipamentos e trabalhadores era feita por
dentro da madeireira já existente, o portão
de acesso ao canteiro de obras apenas foi
executado quando a obra já estava em
andamento.
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O trânsito dos trabalhadores da obra
dentro da área da madeireira é um risco
tanto para eles quanto para os funcionários
da mesma, pois os trabalhadores da obra não
estão habituados a esse ambiente, e esse
acesso pode causar acidentes como colisão
com os funcionários, ferramentas ou
matéria-prima da madeireira durante o
processo de fabricação, já que esse processo
gera ruídos de grande intensidade e
movimento de matérias-primas de grandes
dimensões.
3.3.1.4 Sanitários e Bebedouros
Para atender as necessidades
fisiológicas de excreção os trabalhadores
utilizavam os banheiros já existentes para os
funcionários da madeireira, o mesmo
também ocorreu com os bebedouros.
O maior problema desta utilização
está ligado ao acesso dos trabalhadores da
construção no interior da madeireira que
como já foi visto é um risco para eles e para
os funcionários da mesma.
3.3.1.5 Pontos de Energia e Água
Quanto aos pontos de água e energia
não é utilizada nenhuma proteção nem
sinalização, como mostra a figura 5.
Figura 5 – Disposição de Água e Energia
Fonte – Manterial Fotografico do Aluno
A instalação de energia estava em
desconformidade com a NR 18, pois:
a) Os condutores não possuíam
isolamento adequado;
b) Os condutores obstruíam a passagem
de pessoas e equipamentos;
c) Os circuitos elétricos não eram
protegidos contra impactos
mecânicos, umidade e agentes
corrosivos.
d) Utilização de cabos de extensões
sem tomadas adequadas.
e) Inexistência de plugs nas betoneiras.
Quanto ao abastecimento de água foi
utilizada uma mangueira para levá-la até o
local que necessitava do seu abastecimento.
Quanto à instalação hidráulica o que
mais chamou atenção foi à proximidade com
a elétrica, o que pode causar choque elétrico
já que se tem 2 instalações precárias (água e
energia).
Tanto a mangueira que fazia o
abastecimento de água quanto os fios
condutores de energia foram dispostos nos
poucos acessos existentes nesse canteiro,
portanto muitas vezes essas duas instalações
eram pisoteadas pelos trabalhadores e pelos
seus equipamentos, o que poderia ter
causado desgaste no isolamento da fiação e
elétrica causando choque elétrico.
3.3.2 Interação entre maquinas pesadas e
trabalhadores.
Na obra analisada os serviços
grandes de escavação e aterramentos eram
feitos com auxilio de uma Pá carregadeira
por questão de agilidade, no entanto as
questões de segurança não foram analisadas,
como pode se observado na figura 6.
Figura 6 – Interação Maquina Pesada e Homem
Fonte: Material Fotográfico do Aluno
Água
Energia
Ajudante
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O ajudante identificado na figura 6
corre risco de soterramento tanto pelo
material que a pá carregadeira está
transportando quanto pelo solo e o muro que
estão as suas costas.
Caso o operador do equipamento
falhe ele pode empurrar os demais
trabalhadores para a vala entre a alvenaria e
o solo irregular do local causando um
atropelamento e soterramento dessas
pessoas.
Figura 7 – Interação Maquina Pesas e Homem
Fonte Material Fotográfico do Aluno
Na figura 7, é possível verificar a
proximidade entre os trabalhadores e a
maquina pesada.
Verifica-se que a pá carregadeira não
atende alguns requisitos da NR 18:
a) A máquina de grande porte
não protege o operador contra
a incidência de raios solares e
intempéries;
b) Há trabalhadores muito
próximos (ao lado e atrás) da
maquina pesada, critério que
deve ser avaliado antes do
inicio da operação do
equipamento;
c) Não há presença de
retrovisores nem alarme
sonoro de ré no equipamento.
3.3.3 Execução do Alicerce
A escavação do alicerce foi feito de
forma manual utilizando picaretas e pás.
Esse serviço pesado pode acarretar
problemas de coluna caso as ferramentas
utilizadas não forem as corretas e caso o
serviço não seja executado de forma
ergonomicamente correta.
No entanto o maior risco para os
trabalhadores nessa fase é o risco de
desmoronamento de solo e das estruturas
próximas, nesse caso o muro e àrvores,
como é mostrado na figura 8.
Figura 8 – Escavação das valas do alicerce
Fonte: Material Fotográfico do Aluno
Pode-se observar que o solo retirado
da escavação foi disposto muito próximo à
vala escavada, o que também acentua o risco
de soterramento pelo próprio material solto
retirado da vala onde será executado o
alicerce, a figura 9 mostra com mais clareza
esse risco de soterramento.
Figura 9 – Escavação das valas do alicerce
Fonte: Material Fotográfico do Aluno
De acordo com informação do
pedreiro o alicerce em questão tem
profundidade de 0,70 m.
O escoramento do muro próximo as
valas escavadas foi feito com cordas que
9
eram presas as árvores como mostra a figura
10.
Figura 10 – Escoramento do Muro
Fonte: Material Fotográfico do Aluno
A escavação do alicerce foi
executada sem levar em consideração o que
preconiza a NR 18, pois:
a) Não foi feita uma limpeza previa
retirando das proximidades da área
escavada equipamentos, materiais e
objetos que podiam atingir o
trabalhador;
b) O escoramento do muro foi feito de
forma precária já que os galhos das
árvores onde o muro foi amarrado
poderiam quebrar;
c) Os materiais retirados da escavação
eram depositados bem próximos a
borda das valas;
3.3.3 Execução da Alvenaria
A alvenaria foi executada pelo
pedreiro e por 1 dos ajudantes, o outro
ajudante ficou responsável pela execução da
argamassa e transporte da mesma.
Durante a elevação da alvenaria
ainda havia risco de soterramento, como
pode ser observado na figura 11.
Figura 11 – Execução da Alvenaria
Fonte Material Fotográfico do Aluno
Figura 12 – Execução da Alvenaria
Fonte Material Fotográfico do Aluno
A figura 12 mostra a execução da
alvenaria sobre um talude instável, que é um
talude oriundo de aterro que foi executado
como tentativa de agilizar a construção, pois
deveria ser feito o uso de andaimes nessa
etapa da elevação da alvenaria.
A instabilidade do talude poderia ter
acarretado deslizamento de terra, causando
queda dos trabalhadores, ou mesmo
soterramento.
3.4 Análise preliminar dos agentes de
riscos
Os agentes de riscos inerentes as
atividades de execução de alicerce e
elevação de alvenaria são físicos, químicos
mecânicos ou de acidentes, ergonômicos e
biológicos.
Corda
10
A seguir descrevem-se os mais
inerentes e as suas fontes geradoras
encontrados no estudo de caso.
3.4.1 Agentes de riscos mecânicos (ou de
acidentes)
Os riscos mecânicos encontrados e
suas possíveis consequências são:
a) Canteiro de obras com arranjo
físico inadequado gerando riscos
de quedas e esforços
desnecessários;
b) Utilização de extensores elétricos
deficientes podendo causar
choques elétricos, incêndios, e
acidentes fatais;
c) Armazenamento inadequado de
materiais podendo causar queda de
matérias sobre os trabalhadores;
d) Equipamentos de proteção
individual inadequado ou a
ausência deles podendo acarretar
acidentes e doenças profissionais;
e) Escoramentos de estruturas
vizinhas inadequados;
f) Inexistência de escoramento de
taludes.
3.5.2 Agentes físicos
O principal risco físico identificado foi
exposição a radiações não ionizantes (raios
solares) que podem ocasionar lesões
oculares, na pele e queimaduras.
3.5.3 Agentes químicos
Os riscos químicos do canteiro
estudado são:
a) Presença de poeiras minerais que
ocasionam problemas alérgicos e
pulmonares;
b) Contato com materiais como
cimento que pode causar alergias
de pele e problemas respiratórios,
em casos mais graves pode causar
até intoxicação.
3.5.4 Agentes biológicos
Dentre os agentes biológicos os riscos
o mais importante são:
a) A presença de bactérias na
água;
b) Tétano.
3.5.5 Agentes Ergonômicos
a) Esforço físico e atividades
repetitivas que levam ao cansaço,
dores musculares, problemas de
coluna e acidentes;
b) Levantamento e transporte manual
de peso que causam as mesmas
doenças citadas anteriormente.
4 Proposta de intervenção
A proposta de intervenção é a adoção
de medidas de segurança e implantação de
PPRA e OS para os serviços em questão
visando melhor condições de trabalhos para
os trabalhadores.
4.1 Elaboração de arranjo físico
A primeira proposta de intervenção é a
elaboração de um arranjo físico visando à
organização geral do canteiro de obras, com
locais destinados a armazenamento de
insumos e equipamentos de forma a facilitar
a execução da obra e com isso melhorar as
condições dos trabalhadores.
A Figura 3 representa o arranjo
proposto, incluindo acesso à rua mais
próxima, utilização de caçamba estacionária,
local destinado a armazenamentos dos
refugos da Madeireira A, locação das
betoneiras próximo aos pontos de água e
energia de forma que não seja necessário
utilização de extensores de água e energia
espalhada pelo canteiro, a betoneira também
se encontra próximo aos depósitos dos
insumos.
11
Figura 13 – Arranjo Físico proposto
Fonte: Elaboração do Aluno
4.2 Implementação de Check-List dos
equipamentos
Para facilitar a verificação das
condições de segurança dos equipamento
pode-se fazer a utilização de check-list, que
devem ser preenchidos pelos trabalhadores
antes de iniciar a operação dos
equipamentos.
Figura 14 – Modelo de Check-list de pá carregadeira
Fonte: Tecnolass
Figura 15 – Modelo de Check-lista de Betoneira
Fonte: Freitas, 2012
4.3 Implementação de Ordens de Serviço
(OS).
Para o trabalho analisado seria
importante a implementação de Ordens de
Serviço elaboras pelo empregador, conforme
preconiza a NR 1.
Seriam necessárias a implementação
de 3 ordens de serviço que encontram-se
anexas:
a) Pedreiro
b) Ajudante de Pedreiro
c) Operador de Pá Carregadeira
4.4 Utilização de EPI adequado.
Para as etapas de contrução analizada
seriam necessárias a utlização dos seguintes
EPIs:
a) Botina de segurança;
b) Capacete;
c) Oculos de sol;
d) Luvas impermeáveis;
e) Sinto de segurança.
5 Conclusão
Conforme exposto há na construção
civil um alto índice de acidentes de trabalho,
as obras de pequeno porte como a citada no
12
artigo onde não há presença de profissionais
de segurança e nem mesmo profissionais da
área de engenharia ficam mais propícias a
acontecimento de acidentes, pois os
proprietários e trabalhadores desconhecem
ferramentas e programas de segurança que
ajudam a evitar os acidentes ou diminuir os
seus impactos quando adotados de maneira
correta.
Se as propostas de intervenção citadas
nesse trabalho fossem colocadas em prática
haveria grandes melhoras tanto na área da
segurança reduzindo os riscos ao
trabalhador, quanto nos aspectos de
engenharia, pois haveria um aumento na
produtividade, já que foi proposta a
organização do canteiro de obras.
Portanto seria muito significativo se
houvesse programas de fiscalização desse
tipo de obra, bem como manuais práticos
para que os proprietários pudessem aprender
a utilizar algumas dessas ferramentas, pois
em obras desse porte não é necessária a
contratação de profissionais de segurança do
trabalho que são de grande importância pois
além de evitar e minimizar os riscos a vida e
integridade física do trabalhador, o mesmo
pode auxiliar e ajudar a ter uma obra mais
produtiva.
Referências
BENITE, A. G. Sistema de gestão de
segurança e saúde no trabalho para
empresas construtoras. 2004. Dissertação
(Mestrado em Engenharia de Civil e
Urbana), Universidade de São Paulo, São
Paulo.
BRASIL. Código civil brasileiro - Lei
10406. 10 jan. 2010. Disponível em: <
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/20
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%20sem%2024%20meses.pdf>. Acesso em
15 jul. 2013
BRASIL. Norma Regulamentadora 09 – Programa de Prevenção de Riscos
Ambientais. 08 jun. 1978. Disponível em:
<http://portal.mte.gov.br/data/files/FF80808
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Disponível em:
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Trabalho. Disponível em:<
http://www.colegiometropole.com.br/downloads/apostila_henrique/seguranca_trabalho/introducao.pdf>. Acesso em 28 set. 2013.
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meio ambiente, NR 9 – Riscos Ambientais
13
(Atual Programa de controle médico de
saúde ambientais – PPRA). Disponível em:
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operários e da gerência. Porto Alegre –
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construções. Disponível em: <
http://www.crea-
go.org.br/site/arquivos/uploads/Manual_de_
Pequenas_Obras.pdf>. Acesso em 07 mai.
2013.
TECNOLASS. Check Lists. Disponível em
<http://www.tecnolass.com.br/Check_Lists.
php>. Acesso em 28 set. 2013.
.
14
Anexos
Anexo 1 - Figura 1 – PIB Brasil x PIB Construção Civil (Variação %) – 2004/2012.
Anexo 2 - Figura 16 – Arranjo Físico proposto
15
Anexo 3 - Figura 14 – Modelo de Check-list de pá carregadeira
16
Anexo 4 - Figura 15 – Modelo de Check-list de betoneira
17
Anexo 5 – Modelo Ordem de Serviço Pedreiro
Data de
Emissão:
___/___/____
ORDEM DE SERVIÇO
SEGURANÇA E SAÚDE DO TRABALHO
Responsável pela apresentação da Ordem de
Serviço:
Função:
Pela presente Ordem de serviço, objetivamos informar os trabalhadores que executam suas atividades laborais
nesse setor, conforme estabelece a NR-1, item 1.7, sobre as condições de segurança e saúde às quais estão
expostos, como medida preventiva e ,tendo como parâmetro os agentes físicos, químicos, e biológicos citados na
NR-9 - Programa de Prevenção de Riscos Ambientais (Lei n.º 6514 de 22/12/1977,Portaria n.º 3214 de
08/06/1978), bem como os procedimentos de aplicação da NR-6 - Equipamento de Proteção Individual – EPI ,
NR-17 – Ergonomia , de forma a padronizar comportamentos para prevenir acidentes e/ou doenças ocupacionais.
Nome: Código:
Setor: Função: Pedreiro
18
Atividades
Constrói e repara fundações e paredes das obras, utilizando tijolos, ladrilhos e pedras, reveste as paredes, tetos e
pisos dos edifícios com argamassa de reboco e chapisco. Assenta tijolos de vários tipos utilizando argamassa de
cal, cimento e areia e ou saibro, obedecendo o prumo e nivelamento das mesmas.
Fixa marcos e contra marcos nos batentes das aberturas, desempena contra pisos e verifica o esquadramento das
peças.
Equipamentos de Proteção Individual(EPI)Necessários
a) Capacete;
b) Bota de segurança;
c) Bota de segurança de PVC em locais alagadiços ou execução de concretagem;
d) Uniforme Completo;
e) Protetor Auricular em ambientes ruidosos
f) Luvas de Borracha ou PVC (contato com cimento );
g) Luvas de Vaqueta, raspa ou malha pigmentada (apicoamento, superfícies ásperas, transporte e manuseio de
materiais);
h) Óculos de Segurança;
i) Respirador purificador de ar contra poeiras;
j) Cinto de segurança tipo paraquedista equipado com trava - quedas em conjunto de corda de poliamida
preso a estrutura fixa da edificação (trabalho em altura).
Medidas Preventivas para os Riscos
a) Não transite pela obra sem capacete e calçado de segurança;
b) Use seus EPIs apenas para a finalidade a que se destinam e mantenha-os sob sua guarda e conservação;
c) Observe atentamente o meio ambiente do trabalho ao circular na obra, e corrija as condições, inseguras
encontradas, imediatamente;
d) Não ultrapasse a barreira (cancela) de segurança sem o elevador esteja no seu pavimento.
e) Treinamento para execução das tarefas;
f) Respeite o guarda corpo de proteção nas periferias das lajes e nos vãos das lajes e escadas;
g) Não execute nenhum tipo de tarefa ou exerça atividade para a qual não foi treinado, autorizado e não está
habilitado.
19
Orientações de Segurança do Trabalho
a) Use corretamente o cinto de segurança o cinto de segurança ligado a um cabo de segurança, para trabalhos
realizados em andaimes suspensos mecânicos, para trabalhos em altura superior a 2,00 metros ou na
periferia da obra;
b) Use roupa completa (calça e camisa), bota de borracha, luvas de borracha e óculos de segurança, nos
trabalhos de lançamento e vibração do concreto quando for o caso;
c) Verifique as condições gerais das ferramentas manuais e elétricas antes de usá-las;
d) Não improvise extensões elétricas, e nem conserte equipamentos elétricos defeituosos. Chame o eletricista;
e) Não “fabrique” andaimes de madeira e masseiras e nem trabalhe em andaimes sem guarda- corpo, rodapé e
estrado com no mínimo 0,60 centímetros de largura. Avise o carpinteiro ou mestre de obras;
f) Use corretamente o cinto de segurança, ligado a um cabo de segurança, para os trabalhos realizados em
altura superior a 2,00 m ou na periferia da obra;
g) Use óculos de segurança contra impactos e respingos para trabalhos em esmeril, apicoamento, lixamento,
pintura, fabricação e lançamentos de concreto;
h) De acordo com a CLT artigo 198 é terminantemente proibido o transporte manual de cargas acima de 60
Kg;
i) Use protetor auricular, quando estiver auxiliando o carpinteiro nos trabalhos de serra circular ou em outros
trabalhos que exijam (martelete, compressor etc) ;
j) Use luvas de raspa de couro para transporte de madeira, cimento, tubos e materiais abrasivos;
k) Use máscara contra poeiras em trabalhos que provoquem seu desprendimento.
Recebi treinamento de segurança e saúde no trabalho, bem com todos os equipamentos de proteção
individual para neutralizar a ação dos agentes nocivos presentes no meu ambiente de trabalho.
Serei cobrado, pelo não cumprimento ao disposto nesta ordem de serviço, estando sujeito às penas de lei, que
vão desde a advertência e suspensão até demissão por justa causa.
Cidade , ____ de _______________ de ______
____________________________
Assinatura do Empregado
20
Anexo 6 – Modelo Ordem de Servente
Data de
Emissão:
___/___/____
ORDEM DE SERVIÇO
SEGURANÇA E SAÚDE DO TRABALHO
Responsável pela apresentação da Ordem de
Serviço:
Função:
Pela presente Ordem de serviço, objetivamos informar os trabalhadores que executam suas atividades laborais
nesse setor, conforme estabelece a NR-1, item 1.7, sobre as condições de segurança e saúde às quais estão
expostos, como medida preventiva e ,tendo como parâmetro os agentes físicos, químicos, e biológicos citados na
NR-9 - Programa de Prevenção de Riscos Ambientais (Lei n.º 6514 de 22/12/1977,Portaria n.º 3214 de
08/06/1978), bem como os procedimentos de aplicação da NR-6 - Equipamento de Proteção Individual – EPI ,
NR-17 – Ergonomia , de forma a padronizar comportamentos para prevenir acidentes e/ou doenças ocupacionais.
Nome: Código:
Setor: Função: Servente/Ajudante de Pedreiro
Atividades
Executar tarefas auxiliares no canteiro de obras: escavar valas, transportar e / ou misturar materiais, arrumar,
limpar obras, montar e desmontar armações, e observando as ordens de serviço, para auxiliar a construção ou
reforma de prédios. Pode auxiliar pedreiro, carpinteiro, armadores, eletricistas, na montagem e desmontagem da
obra.
Manter as instalações do canteiro limpas. Prepara mistura para argamassa, transporta carrinho com massa, faz
transporte manual de materiais. Corta alvenaria utilizando ponteira e marreta.
Equipamentos de Proteção Individual(EPI)Necessários
a) Capacete;
b) Bota de segurança;
c) Bota de segurança de PVC em locais alagadiços ou execução de concretagem;
d) Uniforme Completo;
e) Protetor Auricular em ambientes ruidosos
f) Luvas de Borracha ou PVC (contato com cimento );
g) Luvas de Vaqueta, raspa ou malha pigmentada (apicoamento, superfícies ásperas, transporte e
manuseio de materiais);
h) Óculos de Segurança;
21
k) Respirador purificador de ar contra poeiras;
l) Cinto de segurança tipo paraquedista equipado com trava - quedas em conjunto de corda de poliamida
preso a estrutura fixa da edificação (trabalho em altura).
Medidas Preventivas para os Riscos
a) Não transite pela obra sem capacete e calçado de segurança;
b) Use seus EPIs apenas para a finalidade a que se destinam e mantenha-os sob sua guarda e conservação;
c) Observe atentamente o meio ambiente do trabalho ao circular na obra, e corrija as condições, inseguras
encontradas, imediatamente;
d) Não ultrapasse a barreira (cancela) de segurança sem o elevador esteja no seu pavimento.
e) Treinamento para execução das tarefas;
f) Respeite o guarda corpo de proteção nas periferias das lajes e nos vãos das lajes e escadas;
g) Não execute nenhum tipo de tarefa ou exerça atividade para a qual não foi treinado, autorizado e não está
habilitado.
Orientações de Segurança do Trabalho
a) Use corretamente o cinto de segurança o cinto de segurança ligado a um cabo de segurança, para trabalhos
realizados em andaimes suspensos mecânicos, para trabalhos em altura superior a 2,00 metros ou na
periferia da obra;
b) Use roupa completa (calça e camisa), bota de borracha, luvas de borracha e óculos de segurança, nos
trabalhos de lançamento e vibração do concreto quando for o caso;
c) Verifique as condições gerais das ferramentas manuais e elétricas antes de usá-las;
d) Não improvise extensões elétricas, e nem conserte equipamentos elétricos defeituosos. Chame o eletricista;
e) Não “fabrique” andaimes de madeira e masseiras e nem trabalhe em andaimes sem guarda- corpo, rodapé e
estrado com no mínimo 0,60 centímetros de largura. Avise o carpinteiro ou mestre de obras;
f) Use corretamente o cinto de segurança, ligado a um cabo de segurança, para os trabalhos realizados em
altura superior a 2,00 m ou na periferia da obra;
g) Use óculos de segurança contra impactos e respingos para trabalhos em esmeril, apicoamento, lixamento,
pintura, fabricação e lançamentos de concreto;
h) De acordo com a CLT artigo 198 é terminantemente proibido o transporte manual de cargas acima de 60
Kg;
i) Use protetor auricular, quando estiver auxiliando o carpinteiro nos trabalhos de serra circular ou em outros
trabalhos que exijam (martelete, compressor etc) ;
j) Use luvas de raspa de couro para transporte de madeira, cimento, tubos e materiais abrasivos;
k) Use máscara contra poeiras em trabalhos que provoquem seu desprendimento.
22
Recebi treinamento de segurança e saúde no trabalho, bem com todos os equipamentos de proteção
individual para neutralizar a ação dos agentes nocivos presentes no meu ambiente de trabalho.
Serei cobrado, pelo não cumprimento ao disposto nesta ordem de serviço, estando sujeito às penas de lei, que
vão desde a advertência e suspensão até demissão por justa causa.
Cidade , ____ de _______________ de ______
____________________________
Assinatura do Empregado
Anexo 7 – Modelo Ordem de Operador de Pá Carregadeira
Data de
Emissão:
___/___/____
ORDEM DE SERVIÇO
SEGURANÇA E SAÚDE DO TRABALHO
Responsável pela apresentação da Ordem de
Serviço:
Função:
Pela presente Ordem de serviço, objetivamos informar os trabalhadores que executam suas atividades laborais
nesse setor, conforme estabelece a NR-1, item 1.7, sobre as condições de segurança e saúde às quais estão
expostos, como medida preventiva e ,tendo como parâmetro os agentes físicos, químicos, e biológicos citados na
NR-9 - Programa de Prevenção de Riscos Ambientais (Lei n.º 6514 de 22/12/1977,Portaria n.º 3214 de
08/06/1978), bem como os procedimentos de aplicação da NR-6 - Equipamento de Proteção Individual – EPI ,
NR-17 – Ergonomia , de forma a padronizar comportamentos para prevenir acidentes e/ou doenças ocupacionais.
Nome: Código:
Setor: Função: Operador de Pá Carregadeira
Atividades
Opera veículo automotor tipo pá carregadeira, acionando os comandos de marcha e direção, conduzindo-o em
trajeto indicado, para movimentação, escavação e extração de materiais, aterro e bota fora, a curta e longa distância.
23
Equipamentos de Proteção Individual(EPI)Necessários
a) Capacete;
b) Bota de segurança;
c) Uniforme Completo;
d) Protetor Auricular.
Medidas Preventivas para os Riscos
a) Uso correto de EPI`S.
b) Treinamento para execução das tarefas,
c) Manutenção preventiva do sistema hidráulico da máquina
d) Inspeção periódica dos sinais luminosos e sonoros do veículo
Orientações de Segurança do Trabalho
a) Não transite pela obra sem capacete e sapatão;
b) Sempre use o sinto de segurança do veiculo.
c) Use seus EPIs apenas para a finalidade a que se destinam e mantenha-os sob sua guarda e
conservação;
d) Observe atentamente o meio ambiente do trabalho ao circular na obra, e corrija as condições, inseguras
encontradas, imediatamente;
e) Não permita que outras pessoas operem a máquina para a qual foi designado.
f) Realize a manutenção preventiva recomendada pelo fabricante e a registo no livro de inspeção.
g) Vistorie a máquina ou equipamento, diariamente, antes de iniciar seu trabalho, fazendo uso do check-
list.
h) Não ultrapasse os limites estabelecidos pelo fabricante.
i) Obedeça a sinalização existente na obra.
j) Não fume quando estiver operando máquina.
k) Use o protetor auricular quando estiver operando a máquina
l) Verifique mensalmente a documentação do veículo
Recebi treinamento de segurança e saúde no trabalho, bem com todos os equipamentos de proteção
individual para neutralizar a ação dos agentes nocivos presentes no meu ambiente de trabalho.
Serei cobrado, pelo não cumprimento ao disposto nesta ordem de serviço, estando sujeito às penas de lei, que
vão desde a advertência e suspensão até demissão por justa causa.
24
Cidade , ____ de _______________ de ______
____________________________
Assinatura do Empregado