Arquitetura: expressão simbólica do poder?

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História da Arte, da Arquitetura e do Urbanismo I

Seminário 1 – SEM 2013.1

Equipe: Bruna Barreto, Bruno Lima e Úrsula Nobrega

UFC – departamento de arquitetura e urbanismo

ARQUITETURA: Expressão Simbólica do Poder?

Eduardo Diatahy Bezerra de Menezes

Fortaleza

1988

índice

• Sobre o Autor

• Introdução

• Exame de alguns casos

2.1 – Na URSS

2.2 – Na Alemanha Nazista

2.3 – Na Itália Fascista

2.4 – No Brasil Pós-30 e Pós-64

• Nossas conclusões.

• Bibliografia

Sobre o autor:

Eduardo Diatahy Bezerra de Menezes é um sociólogo brasileiro. Bacharel em Letras e em Pedagogia pela Universidade Federal do Ceará, é doutor em Sociologia do Conhecimento pela Université de Tours (França) e pós-doutor em História Antropológica pela École des Hautes Études en Sciences Sociales (França)

Professor da Universidade Federal do Ceará e da Universidade Estadual do Ceará, foi vencedor do Prêmio Osmundo Pontes, na categoria Ensaio, em 2000. Autor de vasta produção bibliográfica, especialmente científica, é membro da Academia Cearense de Letras, da Academia Cearense de Ciências, do Instituto do Ceará e da Association Internationale des Sociologues de Langue Française.

Fonte: http://8encontrodacidade.blogspot.com.br/

2007/11/eduardo-diatahy-bezerra-de-menezes_16.html

Introdução:

Fruto de uma casualidade?

Metáforas arquitetônicas.

• Mito bíblico sobre a origem da diversidade das línguas:

• A construção da Torre de Babel.

• Restou o símbolo.

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Introdução:

Fruto de uma casualidade?

Metáforas arquitetônicas.

• Gilberto Freyre

• Título da sua principal obra.

• Símbolos arquitetônicos básicos do empreendimento colonial no Brasil:

Casa Grande & Senzala.

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Introdução:

Fruto de uma casualidade?

Metáforas arquitetônicas.

• Marx

• Modelo de uma formação social.

• Em uma página célebre, demarca a diferença fundamental do trabalho humano face a atividade animal.

• Contrapondo o labor da abelha ao do arquiteto.

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Introdução:

Para além disso, devemos considerar

que arquitetura é dotada de sentidos.

“[...]a produção arquitetônica, na sua acepção mais ampla, representa, para além de suas funções aparente e imediata, uma expressão fundamental da ação coletiva do homem no sentido de criar formas simbólicas e culturais [sistemas semióticos, portanto] que tendem a se perpetuar.”

Introdução:

O homem: animal criador de símbolos.

• O vazio do cosmo espantava Pascal.

• Esse mesmo vazio levou a mitologia clássica a povoar esse espaço de figuras significantes.

• O deserto diz pouco do ponto de vista da cultura humana: ele constitui o único lugar na terra que não possui arquitetura.

• No campo da Arqueologia, são as formas arquiteturais e, mais genericamente, a cultura material que compõem o principal suporte das reflexões sistemáticas sobre as sociedades humanas do passado remoto.

• O mundo dos objetos historicamente produzidos pelo homem pertence ao universo semiótico.

• Todos os produtos culturais ou já são intrinsecamente investidos de sentido, ou podem ser legitimamente encarados como sistemas semióticos; por conseguinte, a arquitetura, como um desses componentes, é geralmente “consumida” como fenômeno, sem prejuízo de sua inerente funcionalidade primária.

Introdução:

A arquitetura e as demais artes.

• Em todas as épocas a arquitetura foi sempre protótipo de uma obra de arte.

• Desde a Pré-história a construção tem acompanhado o homem.

• Muitas formas de arte foram criadas e, depois, desapareceram.

1. A tragédia.

2. O poema épico.

3. A pintura de quadros.

• Mas, a necessidade de habitar é permanente.

• A arquitetura jamais conheceu paralisações.

• A sua história é mais longa que qualquer outra arte.

• Nela reside o entendimento da obra e sua relação com as massas.

Introdução:

• Objetivo do texto, porém, não é analisar toda a produção da arquitetura.

• Mas especificamente a relação da arquitetura com poder:

• A arquitetura como expressão simbólica do poder.

• Essa análise não parte da natureza instrumental desses produtos, de sua utilidade primária, mas antes, de sua função segunda, o saber, o significado sócio-político de tais construções e o seu caráter público, sem excluir os valores estéticos que eles veiculam.

Exame de alguns casos

• Tese de Poche: o arquiteto é um homem do monumento – obra pública ou privada prestigiosa

• Conceito ao longo do tempo

• O arquiteto vende emoção – o arquiteto é um homem de poder: a arquitetura é uma arte do poder

• Excluindo formas coletivas de construção como arquitetura indígena, arquitetura sem “arquiteto” da tradição rural, habitação popular, etc.

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Exame de alguns casos

• Este é apenas um fenômeno do passado?

Ex: templos, pirâmides, arcos triunfais, torres...

• Examinando milênios de história: figuras reais sacralizadas – arquitetura fundia símbolos reais e divinos.(Egito e Mesop.)

• Conotação de autoridade e poder desde épocas remotas na imaginação do povo e dos nobres;

• Essa influência atravessa os tempos até a época renascentista e barroca;

• Arquitetura como símbolo e propaganda de regimes políticos

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Exame de alguns casos

• Evolução das sociedades humanas:

GRUPOS DOMINANTES X

• Espaçosas moradias

Castelos, mansões, palácios

Definem áreas de maior valor

Expressa as estruturas sócio-econômicas e de PODER. O antigo é perpetuado.

GRUPO SUBALTERNO

• Ocupam espaço mínimo;

Choupanas, casebres, tocas...

Ocupam áreas periféricas

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Exame de alguns casos

• A Cidade como local privilegiado – Marx

• A GRANDE arquitetura sempre foi elaborada por profissionais a serviço de uma ELITE (política, econômica, religiosa)

• A produção popular era tarefa para o próprio povo.

“..., o arquiteto está submetido ao domínio da classe dirigente, muito mais do que um peão.” Hannes Meyer

Exemplos:

Leonardo Da Vince – Francisco I

Bernini – Luís XIV (Versailles e

Praça de São Pedro)

Título: arquiteto do rei.

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Exame de alguns casos

• MONUMENTALIDADE: necessidade de todos os tempos – Giedion

• Criar símbolos do que vivo e creio;

1. Desejo satisfeito por todos os regimes políticos(anacrônico e monótono);

2. Expressão do perfil específico de épocas ou culturas;

Na URSS

• Período de 1918 a 1935 – brilhantes promessas arquitetônicas e urbanísticas;

• Expansão da “nova arquitetura” de Mies, Gropius, Corbusier

• Ideal de transformar a cidade e mudar o estilo de vida

• 1918 a 1922: decretos de controle de solo, plano urbanístico, propriedade fundiária

• Período decisivo: grupo OSA (Ass. Arq. Contemporaneo) e revista AC;

• Debates

Na URSS

• Projetos e criações inovadoras:

Casa coletiva

Clube operário

Novas instalações fabris

Novos planos urbanísticos

• Anos 30: instalação da ditadura stalinista

• Brilhante arq. I. Leonidov cria Palácio da Cultura, 1930. é atacado por rivais e autoridades;

• Construtivistas são atacados pela União dos Arquitetos Proletários;

Na URSS

“O Realismo Socialista de Stálin, ao mesmo tempo em que negava o Modernismo, adotou muito da estética Construtivista, que nos primeiros anos após a Revolução Russa cumpria com primazia o papel de propaganda socialista.” Guilherme Ruchaud

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Na URSS

• Criação da academia de Arquitetura

• Princípios: realismo socialista:

Arquitetura Neoclássica

Pseudogrega

Pseudoflorentina

Pseudorrusa

Dominante até 1955

• Monumentalismo e fachadismo

• Muitas colunas na cidade, arranha-céus escalonados e construções modernas com decorações;

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Na URSS

• 1985 – Plano Diretor de Moscou

• Bom zoneamento

• Muito formalismo acadêmico

• Praças e palácios imensos

• Teatros decorados

• Leonidov recebe o prêmio Stalin – Marx-Engels-Lenin Institute

Edifício da Universidade http://www.arquitetonico.ufsc.br/a-arquitetura-a-servico-do-totalitarismo

Marx-Engels-Lenin Institute http://www.arquitetonico.ufsc.br/a-arquitetura-a-servico-

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7 Irmãs de Stalin http://www.arquitetonico.ufsc.br/a-arquitetura-a-servico-do-totalitarismo

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Na Alemanha Nazista:

• Desde o primeiro pós-guerra a Alemanha:

Pátria da arquitetura Moderna

• Os arquitetos modernos trabalharam em condição adversa.

1. Derrota

2. Grave crise econômica

3. Inflação de 1924

• Porém, conseguiram realizar uma das experiências mais fecundas da arquitetura contemporânea.

• Bauhaus: importante escola de arquitetura e artes aplicadas (decoração gráfica, fotográfica, cenográfica, etc.) 1919.

• Walter Gropius

• União entre capacidade criativa com a execução prática.

• “Arquitetura Internacional”

• As inovações por ela introduzidas contrariavam interesses e os ataques se fizeram constantes.

Na Alemanha Nazista:

• Nova sede em Dessau 1925.

Fonte: http://2.bp.blogspot.com/_QxGh3a0XfHA/TJpRv-g6CWI/AAAAAAAAA-

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Na Alemanha Nazista:

• Em 1932, os nazistas chegaram ou poder em Dessau.

• A sede passa para Berlim.

• Um ano depois com a nomeação de Hitler como chanceler, Mies van der Rohe encerra definitivamente a brilhante experiência dessa instituição.

• Os edifícios em Dessau passaram a servir de centro de treinamento para dirigentes políticos.

• Os integrantes da escola viram-se obrigados a sair do país.

• A arquitetura moderna – caráter inovador e amplitude de seus objetivos – implica o suporte financeiro dos encargos públicos – dependência do poder público.

• Entartete Kunst (Arte Degenerada).

Na Alemanha Nazista:

• A experiência nazista foi explicitando cada vez mais claramente seu rumo: Uma arquitetura monumentalista, tradicional e estritamente nacionalista.

• Residencial: neomedievalismo.

• Edifícios públicos: Neoclassicismo e greco-germânico.

• Por toda parte: estátuas alegóricas, águias e cruzes gamadas.

• O paraíso dos velhos arquitetos.

• Por que o Neoclássico?

Na Alemanha Nazista:

• Necessidade de controlar estritamente cada aspecto da vida e dos costumes nacionais.

• Cobrir de certa formalidade suas mudanças e diretrizes.

• Repertório gasto pela contínua repetição.

• Perda do seu sentido ideológico.

• Forma vazia.

• Podendo preencher com qualquer conteúdo.

Fonte: http://2.bp.blogspot.com/_QxGh3a0XfHA/TJpRv-g6CWI/AAAAAAAAA-g/h8QqCHzMlYM/s1600/bauhaus.jpg

Na Alemanha Nazista:

• Albert Speer.

• Lança-se na arena política para conquistar o controle da arquitetura oficial.

• É nomeado diretor geral de edificações na Capital em 1937.

• Nova Chancelaria, em Berlim.

Albert Speer.

Na Alemanha Nazista:

Maquete da avenida proposta por Hitler, ligando o Arco do Triunfo de Berlim ao

Volkshalle.

Volkshalle (Pavilhão do Povo), projeto do arquiteto Albert Speer, principal arquiteto do

nazismo. Fortemente inspirado no Panteão Romano, mas em escala muito maior. Não

chegou a ser construído.

Gravura do interior do Volkshalle.

Na Alemanha Nazista:

• Tudo foi feito de modo a causar respeito e admiração, mas também afastando o povo do poder, como que deixando claro qual é o seu papel.

• A monumentalidade não se manifesta somente na escala, mas também na maneira como uma obra se desloca do conjunto da cidade.

• Tendo uma forma que deliberadamente não se encaixa no contexto urbano.

• Em decorrência disso, há muitos casos em que a forma arquitetônica não busca se respaldar em conceitos ou referências: ela existe por si só, pela experimentação gratuita, tendo como objetivo apenas diferenciar-se do contexto, chamar atenção para si, criar um certo mistério e intangibilidade em relação ao poder.

Na Alemanha Nazista:

Reichsparteitagsgelaende Zeppelinfeld Tribuene, que recebia congressos do Partido Nazista. Obra monumental, opressiva, monolítica, monocromática. Se impõe hierarquicamente sobre tudo o que há em volta, de maneira tão autocrática como o regime que buscava

representar.

Na Alemanha Nazista:

• As construções como blocos maciços, além de alegadamente preconizarem pela funcionalidade, acabam por isolar o ambiente urbano do ambiente interno das mesmas, tornando invisível ao público o que ocorre no interior, deixando bem claro o tipo de relação que devia haver entre o Estado e o povo.

• O antônimo desse tipo de construção é frequentemente visto no modernismo e na arquitetura contemporânea, manifestado por meio de peles de vidro, que, ainda que às vezes apenas simbolicamente, permitem a visualização mútua do exterior e interior.

Na Alemanha Nazista:

Museu Stasi, antiga sede da polícia secreta da Alemanha Oriental.

Casa de vidro mies van der ruhr.

Na Alemanha Nazista:

Fortaleza de artilharia anti-aérea (Torre Flak) em Hamburgo, mas poderia se passar por uma fortaleza medieval.

Na Alemanha Nazista:

Karl-Marx-Allee.

Na Alemanha Nazista:

Edifício da administração do Partido Nazista em Berlim, com elementos neoclássicos.

Na Alemanha Nazista:

• Pavilhão da Alemanha, na Exposição Universal de 1937, em Paris.

Postal histórico, ambos os

pavilhões frente a frente.

Ao fundo a Torre Eiffel na outra

margem do Sena.

Na Alemanha Nazista:

• A sua empírica mega estrutura uniforme e perfeitamente simétrica tentava transmitir uma mensagem de solidez e robustez, dar uma sensação de inamovibilidade só de vê-la.

• O seu interior, rico e finamente decorado, como um museu e com grandes salões, tentava dar a ideia da riqueza alemã.

• No mesmo, estavam expostas peças que explicavam a visão do futuro por Hitler e uma abundância de esculturas.

Postal do pavilhão alemão.

Podem notar-se, além da águia de Kurt Schmid-Ehmen, as esculturas de Arno Breker na base.

Na Alemanha Nazista:

• A enorme águia de 9 metros, colocada no topo seria desenhada pelo mesmíssimo Kurt Schmid-Ehmen, e construída em bronze maciço.

• A mesma ganharia o Grande Prémio da República Francesa e a sua imponente estética seria copiada até à saturação, durante todo o séc. XX.

Os irmãos de Arno Breker.

Detalhe da águia de bronze, de 9 m que ocupava o alto do edifício do pavilhão alemão.

Foi desenhada por Kurt Schmid-Ehmen e ganhou o Grande Prémio.

Interior do pavilão alemão.

Na Alemanha Nazista:

• Para Speer, a arquitetura constituía, sobretudo, um instrumento de poder.

• Albert Speer foi incluso entre os líderes nazistas no Julgamento de Nuremberg.

Na Itália FASCISta

• Itália em grave crise econômica após a 1º Guerra Mundial;

• Surge, em 1921, o Partido Nacional Fascista, fundado por Benito Mussolini;

• Características:

1. Nacionalismo;

2. Antiproletário;

3. Estado Forte. Símbolo do Fascismo.

Fonte: http://2.bp.blogspot.com/-

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“Tudo no Estado, nada contra o Estado, nada fora do Estado”

Benito Mussolini

Benito Mussolini. Fonte:

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Na Itália FASCISta

• No contexto da ditadura fascista surge os primeiros ideais da arquitetura moderna na Itália;

• Inicialmente o governo não exercia tanta pressão sobre a cultura e sobre a arquitetura;

Tradicionalismo historicista x Movimentos de vanguarda

Neoclassicismo simplificado Racionalismo italiano

Na Itália FASCISta

• Disputa entre vários agrupamentos de arquitetos pela hegemonia na representação do regime;

• Arquitetura como “Arte do Estado”;

• Criação do MIAR (Movimento Italiano de Arquitetura Racional);

• 1ª Exposição de Arquitetura Racional em 1928;

• 2ª Exposição: “Petição a Mussolini pela Arquitetura”

Arquitetura

Tradicionalista

Velho mundo burguês

Nova arquitetura

Expressão dos ideais revolucionários

Na Itália FASCISta

• A União Nacional dos Arquitetos, liderada por Marcello Piacentini, condena o MIAR;

• Em 1937, Mussolini decide pela arquitetura tradicionalista, expressa pelo neoclassicismo simplificado de Marcello Piacentini como a mais representativa para o governo fascista devido:

1. Aos tempos de glória do Império Romano;

2. À ocupação da capital da Etiópia.

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Na Itália FASCISta

• Consolidação do Estilo Lictórico: referência ao lictor, pessoa que seguia adiante de um magistrado abrindo caminho com uma machadinha e um feixe de varas amarradas (fascio littorio)

• Piacentini como uma metáfora do “lictor”;

• Neoclassicimo simplificado.

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• Cidade Universitária de Roma

Planta Cidade Universitária de Roma.

Fonte:http://bp1.blogger.com/_nPHTbRJlbJ8/R0RK3zQ8iFI/AAAAAAAAAkg/mDZql7T

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Planta Cidade Universitária de Roma. Fonte:

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Maquete: Cidade Universitária de Roma.

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Cidade Universitária de Roma. Fonte: http://photos1.blogger.com/hello/10/9241/1024/Reitoria%20da%20Universidade%20de%20Roma.jpg

Palazzo della Civiltà Italiana, de 1937. Projeto de G. Guerrini, E.

Padula e M. Romano

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Palazzo dei Recevimenti e Congressi, de 1937. Projeto de

Adalberto Libera.

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Tribunal de Bolzano, de 1932. Projeto de Marcello Piacentini. Fonte:

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No brasil pós-30 e pós-64

• O governo de Vargas, tanto no momento revolucionário quanto no ditatorial, não chegou a trazer obstáculos às tendências inovadoras da arquitetura;

• Estímulo aos diversos tipos de experiência arquitetônica;

• Era permitido qualquer ousadia no campo arquitetônico desde que se evidenciasse o caráter do poder político.

Getúlio Vargas.

Fonte:

http://www.an.gov.br/crapp_sit

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Getúlio Vargas.

Fonte:http://www.olhardireto.com.br/imgsite/noticias/deputados-cassados-

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Minstério da Educação e Saúde.

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Minstério da Educação e Saúde.

Fonte: http://extra.globo.com/incoming/5545097-a63-b3d/w640h360-PROP/ministerio-fazenda.jpg

Prédio do então Ministério da Guerra.

Fonte: http://extra.globo.com/noticias/rio/762522-df8-763/w976h550/10_23_ghg_rio_eravargas_duquecaxias2.jpg

Banco do Nordeste do Brasil em Fortaleza.

Fonte: http://dialogospoliticos.files.wordpress.com/2013/01/agc3aancia-central-do-

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Banco Central em Fortaleza.

Fonte:

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Banco Central em Fortaleza.

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Banco do Brasil em Fortaleza.

Fonte: Google Earth

Banco Central em Fortaleza.

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Banco do Brasil em Fortaleza.

Fonte: Google Earth

Conclusões

“Os homens poderosos têm sempre inspirado os arquitetos: o arquiteto é sempre influenciado pelo poder. O orgulho, e a vitória alcançada sobre a gravidade, a ambição do poder, todos estes sentimentos têm de se inscrever no edifício: a arquitetura é uma espécie de eloquência do poder, a qual se manifesta nas formas, ora mansa e convincente, ora dando apenas ordens. O apogeu do sentimento do poder e segurança encontra expressão adequada num estilo grandioso. O poder que precisa já demostrar que muito pode; que desdenha de agradar; que não dá respostas; que não tem testemunhas; que vive das críticas que lhe são feitas, ainda que de tal não tenha consciência, que se funde em si mesmo, que é fatal, que é uma lei entre outras leis; é tal poder, que é uma lei entre outras leis; é um tal poder que se manifesta num estilo grandioso. [...]”

Nietzsche.

Bibliografia

http://pt.wikipedia.org/wiki/Torre_Flak

http://www.secult.ce.gov.br/index.php/patrimonio-cultural/patrimonio-material/bens-tombados/43575

http://1.bp.blogspot.com/-fUwwE3A1K0I/UDyC6XF__5I/AAAAAAAACws/O4RyXZaYcHY/s1600/tour_eiffel_nuit.jpg

http://www.sambaphoto.com.br/eusoudosamba/wp-content/uploads/2010/10/001702038L-590x393.jpg

http://ultradownloads.com.br/papel-de-parede/Estatua-da-Liberdade-Nova-Iorque/

http://pt.wikipedia.org/wiki/Ficheiro:Ancient_ziggurat_at_Ali_Air_Base_Iraq_2005.jpg

http://nadirzenite.blogspot.com.br/2008/10/exposio-mundial-de-1937.html

http://directoriodenoticias.files.wordpress.com/2011/02/egipto.jpg

Textos complementares:

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