Post on 05-Jul-2020
VIGILÂNCIA À FALHA TERAPÊUTICA EM PESSOAS VIVENDO COM HIV/AIDS
Monaliza Rebouças
Brasília, 04 de dezembro de 2019
Centro Estadual Especializado em Diagnóstico,
Assistência e Pesquisa - CEDAP
VIGILÂNCIA À FALHA TERAPÊUTICA (VigiFALHA)
EM PESSOAS VIVENDO COM HIV/AIDS
Modalidade I – Experiência do serviço de saúde
Nº da inscrição: A02012-19
VIGILÂNCIA À FALHA TERAPÊUTICA EM PESSOAS VIVENDO COM HIV/AIDS
Introdução
VIGILÂNCIA À FALHA TERAPÊUTICA EM PESSOAS VIVENDO COM HIV/AIDS
Família RetroviridaeGenus Lentivirus
Tipos HIV 1 e HIV 2Vírus RNA (1983)
Introdução
O HIV
VIGILÂNCIA À FALHA TERAPÊUTICA EM PESSOAS VIVENDO COM HIV/AIDS
Introdução
O HIV
Família RetroviridaeGenus Lentivirus
Tipos HIV 1 e HIV 2Vírus RNA (1983)
1987 Aprovado a Zidovudina (AZT)
VIGILÂNCIA À FALHA TERAPÊUTICA EM PESSOAS VIVENDO COM HIV/AIDS
Introdução
O HIV
Família RetroviridaeGenus Lentivirus
Tipos HIV 1 e HIV 2Vírus RNA (1983)
1987 Aprovado a Zidovudina (AZT)
Descoberta de novas drogas ARV
Inibidores da Transcriptase reversa
Inibidores da Protease
Inibidores de Fusão
Inibidores da Integrase
VIGILÂNCIA À FALHA TERAPÊUTICA EM PESSOAS VIVENDO COM HIV/AIDS
Introdução
O HIV
Família RetroviridaeGenus Lentivirus
Tipos HIV 1 e HIV 2Vírus RNA (1983)
1987 Aprovado a Zidovudina (AZT)
Descoberta de novas drogas ARV
Evolução e ampliação do tratamento
Mudança no perfil de morbimortalidade
VIGILÂNCIA À FALHA TERAPÊUTICA EM PESSOAS VIVENDO COM HIV/AIDS
1987 Aprovado a Zidovudina (AZT)
Família RetroviridaeGenus Lentivirus
RNA
1982 e 1983 Descoberta do HIV
Transmissão sexual, vertical e sanguínea
Descoberta de novas drogas ARV
Evolução e ampliação do tratamento
Anos 1980 Dias atuais
Evolução e ampliação do tratamento
Sem tratamento
AZT mono
Monoterapia e terapia dupla
Monoterapia e terapia dupla
com IPTerapia
combinada
Qualquer CD4
Critérios clínicos
CD4 < 500 cél./mm3
Critérios clínicos
CD4 < 350 cél./mm3
Critérios clínicos
CD4 < 200 cél./mm3
Tratar todos
3 drogas
ativas
Introdução
O HIV
VIGILÂNCIA À FALHA TERAPÊUTICA EM PESSOAS VIVENDO COM HIV/AIDS
Introdução
O HIV
Família RetroviridaeGenus Lentivirus
Tipos HIV 1 e HIV 2Vírus RNA (1983)
1987 Aprovado a Zidovudina (AZT)
Descoberta de novas drogas ARV
Evolução e ampliação do tratamento
Mudança no perfil de morbimortalidade
Risco Cardiovascular e efeitos Metabólicos
(Dislipidemias, lipodistrofia)
Toxicidades hepática e
renal
Efeitos Neurológicos e psiquiátricos
Falha Terapêutica
Preocupações relacionadas ao
tratamento
VIGILÂNCIA À FALHA TERAPÊUTICA EM PESSOAS VIVENDO COM HIV/AIDS
Introdução
O HIV
Família RetroviridaeGenus Lentivirus
Tipos HIV 1 e HIV 2Vírus RNA (1983)
1987 Aprovado a Zidovudina (AZT)
Descoberta de novas drogas ARV
Evolução e ampliação do tratamento
Mudança no perfil de morbimortalidade
Preocupações relacionadas ao
tratamento
Falha Terapêutica
Reposta subótima ou falta de
resposta sustentada à terapia antirretroviral
Falha Terapêutica
Falha ImunológicaFalha Virológica Falha Clínica
Principal parâmetro para a caracterização da falha terapêutica
Resposta incompleta ou redução de CD4
não obtenção da supressão viral
ocorrência de IO após a TARV.
Elevação menos robusta de CD4
Acúmulo de mutações de resistência
Maior risco de progressão da doença
Introdução
Introdução
Falha Virológica
Carga viral plasmática detectável:
- Após 6 meses do início ou modificação da TARV- Carga viral detectável após período de supressão viral
CV > 500 cópias
Genotipagem
Introdução
Causas possíveis
Falha Terapêutica
Introdução
• A adesão ao tratamento se destaca entre os maiores
desafios da atenção às pessoas vivendo com HIV/aids.
• Para vencer esse desafio os serviços de saúde precisam
desenvolver atividades capazes de identificar e atuar, de
maneira abrangente, na multiplicidade de fatores que se
apresentam como barreiras para o uso regular dos
medicamentos.
DESAFIO 1: Adesão
Introdução
UNAIDS. 90-90-90 Uma meta ambiciosa de tratamento para contribuir para o fim da epidemia de AIDS. 2015
DESAFIO 2:
2013
59%indetecção da
carga viral
41% Taxa de Falha
Estudo de Prevalência
Cedap
Solicitação de genotipagem
<50% dos casos
Grupo de Vigilância à Falha Terapêutica (VigiFalha)
Introdução
Brasil. Protocolo Clínico e Diretrizes Terapêuticas para Manejo da Infecção pelo HIV em Adultos. Brasília: Ministério da Saúde, 2018.
• Implementar um serviço de vigilância em falha virológica para
pessoas vivendo com HIV/AIDS (PVHIV) acompanhadas no
centro de referência do estado da Bahia em HIV/AIDS.
Objetivo Geral
Objetivo
• Identificar as PVHIV com suspeita de falha virológica
acompanhadas no serviço;
• Avaliar o histórico de tratamento antirretroviral, adesão e critérios
para realização do exame de genotipagem das PVHIV com
suspeita de falha virológica;
• Avaliar a prevalência de falha virológica em PVHIV
acompanhadas no serviço.
Objetivos Específicos
Objetivo
• Local da experiência
Referência da Bahia para atendimento
de ISTs, HIV/Aids e Hepatites Virais
* 41.966 usuários cadastrados
* Atendimento multidisciplinar
* Testagem ISTs, HIV, Hepatites
* Aconselhamento
* Distribuição ARV:
5.000 pacientes/ mêsCentro Estadual Especializado em Diagnóstico,
Assistência e Pesquisa – CEDAP
Salvador - Bahia
Metodologia
Metodologia
• Equipe
1 médica infectologista
1 Farmacêutico
3 Enfermeiras
1 Assistente administrativo
*Equipe do Núcleo de Ensino e Pesquisa. Não são exclusivos para o VigiFalha.
Metodologia
• Público alvo
PVHIV• Pessoas vivendo com HIV
CEDAP• Acompanhamento médico no CEDAP
SAH• Consulta médica agendada
Metodologia
• Monitoramento dos exame de carga viral (CV)
• Lista e classificação de pacientes segundo resultado da CV
• Revisão do tratamento com antirretrovirais(ARV) e avaliação da indicação de genotipagem
• Confirmação telefônica prévia da consulta agendada
• Busca ativa de pacientes que faltaram à consulta agendada
• Encaminhamento de pacientes com má adesão ao tratamento ao Núcleo de Inclusão e
Adesão ao Tratamento (NIAT)
Metodologia
1) Monitoramento dos exames de CV
Acesso ao sistema de agendamento de consultas médicas para infectologistas e clínicos
Identificação dos cadastros e listagem nominal por data da consulta e médico de referência
Acesso ao SISCEL para busca dos resultados de exames de Carga Viral (CV)
Sistema de Controle de Exames
Laboratoriais da Rede Nacional de
Contagem de Linfócitos CD4+/CD8+
e Carga Viral do HIV (SISCEL)
A CV é principal parâmetro de controle da infecção pelo HIV e
resposta ao tratamento
Sistema de Acompanhamento
Hospitalar (SAH)
Metodologia
2) Relação de pacientes monitorados
Lista e classificação de pacientes segundo resultado da CV
(a) não detectáveis
(b) CV acima de 40 cópias/ml
(c) CV acima de 500 cópias/ml
Acompanhamento de rotina
Acompanhamento do Grupo Vigilância
Acompanhamento do Grupo Vigilância, indicação
de Genotipagem ou Grupo de Adesão
Planilha de controleVigiFalha
Metodologia
3) Revisão do Tratamento e elaboração da carta
Revisão do tratamento antirretroviral (ARV)
Início do tratamento
Tratamentos anteriores
Tratamento atual
Avaliação da adesão (número de dispensas da farmácia)
Avaliação da indicação de genotipagem
Elaboração da Carta
Sistema de Controle
Logístico de Medicamentos
Antirretrovirais (Siclom)
Metodologia
• Carta ao médico
assistente
Metodologia
• Carta o Grupo
de Adesão
Metodologia
4) Estratégias de reforço à adesão
Alerta no prontuário eletrônico
Confirmação telefônica prévia da consulta agendada
Busca ativa de pacientes faltosos
Encaminhamento de pacientes com má adesão ao tratamento ao NIAT
Para pacientes com
elaboração de Carta
Verificação do prontuário e
conduta médica pós consulta
Contato telefônico para
reagendamento de faltosos
Metodologia
• Ciclo VigiFalha
Histórico de tratamento,
indicação de genotipagem,
revisão do prontuário
Revisão das Agendas médica
Lista de pacientes classificados pela CV
CV detectável –monitoramento do
grupo
Carta, alerta no sistema, confirmação
telefônica
Revisão pós consulta e Busca ativa de
faltoso
Execução das atividades sistemáticas do VigiFalha, CEDAP, 2019
Resultados
• Diagnóstico
2013
8527 exames de Carga Viral (CV)
404 pacientes com CV >1000
41,6% de Falha Virológica
ações sistemáticas de promoção da adesão, divulgação do grupo entre os profissionais envolvidos
na assistência às PVHIV e implementação do
monitoramento de pacientes em acompanhamento médico
2017 (agosto a novembro)
2909 consultas agendadas
1071 PVHIV em tratamento
26,1% de Falha Virológica
• Projeto Piloto
Resultados
2018
12533 consultas agendadas
4615 PVHIV em tratamento
13,3%
Falha Virológica
2017 (agosto a novembro)
2909 consultas agendadas
1071 PVHIV em tratamento
26,1% de Falha Virológica
• Projeto Piloto• Diagnóstico
2013
8527 exames de Carga Viral (CV)
404 pacientes com CV >1000
41,6% de Falha Virológica
Sem intervenção Com intervenção
• VigiFalha
Resultados
Sem intervenção Com intervenção
Taxa de Falha Virológica em Pessoas vivendo com HIV acompanhadas no CEDAP
27,7% da
taxa de falha
Resultados
01/08/2017 – 30/09/2019
14.140 consultas agendadas
12.387 (87,6%)
CV < 1000
11.080 (78,35%)
CV indetectável
87,6 %
• VigiFalha x Meta UNAIDS
Resultados
não preencheram critérios
para genotipagem
má adesão
critérios para genotipagem
(3,17%)
(19,99%)
Suspeita de Falha
20,94%
Taxa de Pessoas vivendo com HIV com suspeita de falha virológica, elegíveis ou não à genotipagem e Cartas emitidas pelo VigiFalha, de 2017 a 2019
Resultados
59,1 %
40,9%
Média de idade = 42,8 anos (DP±10,7)
Principais características das Pessoas vivendo com HIV com falha virológica, elegíveis à genotipagem, acompanhadas pelo serviço de VigiFalha de 2017 a 2019
33,3%39,4%
59,1%65,1%
80,3%89,4%
0%
15%
30%
45%
60%
75%
90%
105%
Faixa Etária 40 - 49 anos
Ensino Fundamental Incompleto
Cor Parda Solteiro HeterossexuaisResidentes em Salvador
• Impacto das ações do VigiFalha na redução
relevante da taxa de falha virológica das
PVHIV acompanhadas no serviço
Conclusões
Saúde e qualidade de vida Redução do N casos e custos
Conclusões
Implementação de estratégias que
promovam a busca ativa de usuários
faltosos, vinculação, retenção e
adesão ao tratamento têm impacto
positivo para o serviço e usuários
• Sensibilização e orientação dos
profissionais da Unidade quanto
à importância da detecção e
redução da falha viral
Conclusões
• Identificação de que a falha virológica está relacionada
à má adesão ao tratamento
• Fortalecimento de estratégias de adesão ao acompanhamento
médico e ao tratamento
• Fomento a solicitação de genotipagem em tempo oportuno e
diagnóstico precoce de resistencia do HIV ao tratamento
• Oportunidade potencial de consolidar dados de saúde dos usuários do serviço
em um banco com informações sociodemográficas e de acompanhamento
Recomendações
• Esta experiência utilizou recursos simples que poderá ser
implementada em outros serviços
Otimização da adesão à TARV e às
consultas através da identificação
oportuna de pacientes com histórico de
sucessivos abandonos e adoção de
estratégias que favoreçam a aderência ao
tratamento.
Pretendemos alcançar a meta proposta
pela UNAIDS (90-90-90) para controle
da AIDS até o ano de 2020
MOTIVAÇÃO
APOIO INSTITUCIONAL TRABALHO EM EQUIPE
Recomendações
cedap.nep@saude.ba.gov.br
José Adriano Góes
Fabianna Bahia
Marta Conde
Miralba Freire
Simone Murta
Talita Oliva
Agradecimentos